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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA - SOCIESC
               INSTITUTO SUPERIOR TUPY - IST




                       WILLIAN MEWS


SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A
               FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE




                          Joinville
                           2012
WILLIAN MEWS




SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A
               FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE




                           Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
                           Instituto Superior Tupy - IST como requisito par-
                           cial para obtenção do Título de Bacharel em En-
                           genharia da Computação, sob orientação do Pro-
                           fessor Robson Thanael Poffo.




                         Joinville
                           2012
MEWS, WILLIAN. SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTI-
LIZANDO A FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE. Joinville: SOCIESC, 2012.
WILLIAN MEWS




     SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A
                      FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE




                                            Esse trabalho foi julgado e aprovado em
                                            sua forma final pela banca examinadora
                                            abaixo assinada.




Joinville, 13 de Julho de 2012




                     Prof. Robson Thanael Poffo - SOCIESC




                   Prof. Dr. Andre Tavares da Silva - SOCIESC




                      Felipe Baptista Bahiense - NEOMIND
Dedico este trabalho a pessoa que mais
amo nesse mundo, minha esposa Luisa, a
qual sempre esteve ao meu lado e merece
toda a minha dedicação e carinho.
AGRADECIMENTOS




          Primeiramente a Deus, sem Ele nada seria
          possível;
          A minha esposa, que pacientemente me in-
          centivou a elaboração deste trabalho, com-
          preendeu minha ausência necessária para
          o desenvolvimento do projeto e participou
          realizando a revisão;
          A minha familia e principalmente minha fa-
          lecida vó, que na sua simplicidade e sabe-
          doria soube me educar e ensinar valores
          que jamais deixarão de fazer parte da mi-
          nha vida;
          Ao professor Robson, que dedicou seu
          tempo para que esse trabalho pudesse ser
          realizado;
          A Neomind, que disponibilizou espaço e
          acreditou no potencial desse projeto;
          A todos que não foram mencionados, mas
          que, direta ou indiretamente, ajudaram
          para a finalização deste trabalho.
"Se você está à procura de uma grande oportunidade, descubra
um grande problema."

                                            Martinho Lutero
RESUMO


       Existem diversas ferramentas de suporte a gestão de projetos e modelagem de fluxo
de processos. Essas ferramentas realizam análises de caminho crítico e gerenciamento da
execução do processo de acordo com o fluxo modelado. Com o crescente número de empre-
sas optando por gerir suas atividades por meio de fluxos de processo de trabalho cada vez
mais torna-se promissor o desenvolvimento de software que permitam a modelagem e geren-
ciamento dos processos. Porém, quando se trata especificamente desse tipo de solução, é
pequeno o número delas que possuem módulo de simulação entretanto tal funcionalidade é de
necessidade do mercado. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é desenvolver um módulo de
simulação de processos para a ferramenta Fusion ECM Suíte que é um produto da empresa
Neomind. A metodologia utilizada para o desenvolvimento desse módulo consiste na aplicação
do método Monte Carlo, para a simulação de execução de cada atividade do processo através
da geração de números aleatórios. Como resultado obtem-se o valor total do processo atrelado
a um cenário. Essa rotina pode ser executada inúmeras vezes, gerando resultados estatísti-
cos e diminuindo a margem de erro do valores obtidos. Além disso o módulo de simulação
permite saber qual será o caminho a ser executado em um processo baseado em um cenário
pré determinado. A luz do exposto, conclui-se que através do uso do módulo de simulação
torna-se possível prever possíveis falhas de modelagem do processo ou até mesmo enxergar
melhorias contínuas, assim como mitigar impacto no processo antes de realizá-las no ambiente
corporativo.

       Palavras-chave: Método Monte Carlo. Simulação. Fusion ECM Suíte.
ABSTRACT


         There are several tools to support project management and process flow designer. These
tools allow to perform critical path analysis and management of process execution according to
the flow modeled. With the growing number of companies opting to manage their activities
through the work process flows increasingly become the promising development of tools that
enable modeling and managing processes. However, when this specific type of tool, the number
of them that have a simulation module is very small even with large market need. Thus, the
objective of this work is to develop a module for process simulation tool Fusion ECM Suite. This
tool is a product of the company Neomind Sollutions. The methodology used for the develop-
ment of this module is the application of the Monte Carlo method for simulation of execution of
each process activity through the generation of random numbers. As a result we obtain the total
value of the process coupled to a scenario. This routine can be executed many times, genera-
ting statistical results and reducing the margin of error to the values. Furthermore, the simulation
module lets you know which flow that will be runs in a process based on a scenario pre registe-
red. Thus, it appears that by using the simulation module becomes possible to predict potential
failure flow modeling or even see improvements, and perform them whether actually impacted in
the process prior to putting it into production.

       Palavras-chave: Monte Carlo Method. Simulation. Fusion ECM Suíte.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES


Figura 1 - Histograma - Exemplo       . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Figura 2 - Polígono de Frequência - Exemplo                  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Figura 3 - Gráfico de frequência acumulada - Exemplo                             . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Figura 4 - Distribuição Triangular - Exemplo               . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Figura 5 - Estrutura Tradicional   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Figura 6 - Visão Departamental x Visão de Processo                           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Figura 7 - Subprocesso - Exemplo          . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Figura 8 - Rede PERT - Exemplo        . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

Figura 9 - Caminho Crítico - Exemplo           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Figura 10 - Cadastro de Formulário - Fusion               . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Figura 11 - Cadastro de Campos de Formulário - Fusion                             . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

Figura 12 - Cadastro de um Processo - Fusion                   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Figura 13 - Ferramenta de Modelagem de Fluxo de Processo - Fusion                                          . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Figura 14 - Cadastrando uma nova simulação - Fusion                           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

Figura 15 - Cadastro do cenário - Fusion           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

Figura 16 - Preenchendo os campos do cenário - Fusion                             . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

Figura 17 - Listagem de atividades do processo - Fusion                           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

Figura 18 - Preenchendo os dados para simulação da atividade - Fusion                                            . . . . . . . . . . . . . . 57

Figura 19 - Cadastro da simulação completa - Fusion                         . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

Figura 20 - Executar simulação - Fusion           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

Figura 21 - Diagrama de Atividade - Teste de execução do processo - Fusion                                               . . . . . . . . . . 59

Figura 22 - Diagrama de Atividade - Simulação de processo - Fusion                                       . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

Figura 23 - Fluxo de Atividades Simuladas - Fusion                      . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Figura 24 - Selecionar cenário para visualizar simulação - Fusion                                 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Figura 25 - Resultado da Simulação - Fusion                . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Figura 26 - Cadastro de Formulário - Caso de Uso - Solicitação de Compra                    . . . . . . . . . . . 65

Figura 27 - Cadastro do Processo - Caso de Uso - Solicitação de Compra                   . . . . . . . . . . . . . 66

Figura 28 - Modelagem do Fluxo - Caso de Uso - Solicitação de Compra                   . . . . . . . . . . . . . . 66

Figura 29 - Cadastro da Simulação - Caso de Uso - Solicitação de Compra                    . . . . . . . . . . . . 67

Figura 30 - Executar Simulação - Caso de Uso - Solicitação de Compra                 . . . . . . . . . . . . . . . 67

Figura 31 - Resultado 1 - Caso de Uso - Solicitação de Compra         . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Figura 32 - Resultado 2 - Caso de Uso - Solicitação de Compra         . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Figura 33 - Resultado 3 - Caso de Uso - Solicitação de Compra         . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Figura 34 - Diagrama de Classes do Simulador - Fusion   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
LISTA DE TABELAS


Tabela 1 - Distribuição de frequência dos salários semanais de 100 operários    . . . . . . . . . 20

Tabela 2 - Distribuição de frequência de idade de consumidores de um supermecado             . 21

Tabela 3 - Cálculo das frequências acumuladas para os dados da tabela 1    . . . . . . . . . . . . 23
Sumário


1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .          16

2 SIMULAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .         18

2.1 CONCEITO        . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   18

2.2 ESTATÍSTICA       . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   19

2.2.1 Distribuições de Frequência       . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   20

2.2.2 Intervalos de Classes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       20

2.2.3 Histogramas e Polígonos de Frequência           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   21

2.2.4 Distribuições de Frequências Cumulativas          . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   22

2.3 TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   23

2.3.1 Distribuição Triangular     . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   24

2.4 ONDE AS SIMULAÇÕES SÃO APLICADAS                  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   25

2.4.1 Linhas de Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        25

2.4.2 Logística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     25

2.4.3 Bancos, Supermecados, Escritórios etc.          . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   26

2.5 MONTE CARLO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .           26

2.5.0.1 Geração de Números aleatórios         . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   27

2.5.0.2 Correlação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      28

3 GESTÃO DE PROCESSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .              30

3.1 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL TRADICIONAL                   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   30

3.1.1 Estruturação da organização funcional tradicional . . . . . . . . . . . . . . . .           30

3.2 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL POR PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . .                       31

3.2.1 Atividades    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   32

3.2.2 Subprocessos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        33

3.2.3 Processos     . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   34

3.2.4 Tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     34
3.3 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO                       . . . . . . . . . . . . . . . .   35

3.3.1 Ciclo BPM     . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   37

3.3.2 Riscos    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   38

3.3.3 Custos    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   38

3.3.4 Rede PERT/CPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .         38

3.3.4.1 Caminho Crítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       39

4 PRÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       42

4.1 O PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .         42

4.1.1 A Neomind . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       42

4.1.2 Fusion ECM Suite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        42

4.1.3 Workflow/BPM (Business Process Management                . . . . . . . . . . . . . . . . .   43

4.1.3.1 O CICLO     . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   44

4.2 TECNOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS                . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   46

4.2.1 Java . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    46

4.2.2 Hibernate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     46

4.2.3 jQuery    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   47

4.2.3.1 jqPlot . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    47

4.2.4 HTML (Hyper Text Markup Language) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .             48

4.2.5 CSS (Cascading Style Sheets) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .          48

4.3 ARQUITETURA DO SISTEMA              . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   48

4.3.1 Portlets . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    49

4.3.2 EForms . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      49

4.3.3 Diagrama de Classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        49

4.4 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .             50

4.4.1 Cadastro de Formulários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .         51

4.4.2 Cadastro de Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        52
4.4.3 Cadastro da Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        54

4.4.4 Executar Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       57

4.4.4.1 TESTE    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   58

4.4.4.2 SIMULAÇÃO      . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   59

4.4.5 Apresentação dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .          63

4.5 ESTUDO DE CASO         . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   64

4.5.1 Resultados Obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       67

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS           . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   70

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        72

6 APÊNDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        74
16


1   INTRODUÇÃO




       Atualmente existem diversas ferramentas de suporte à gestão de projetos e modelagem
de fluxos de processos, tais como MS Project, Primave ou outras soluções distribuídas embar-
cadas em softwares ERP’s. Dentre as técnicas utilizadas para viabilidade destas ferramentas
está a simulação, objeto deste trabalho de conclusão, que pretende traçar estatísticas para ob-
tenção de valores que aproximem o tempo total gasto do projeto com o realizado. Todavia,
na visão de Aguiar e Henning (2010), diversos profissionais de diferentes áreas, inviabilizam
a utilização de softwares de simulação, em decorrência da falta de conhecimento estatístico,
complexidade de utilização ou até mesmo, baixa atratividade pelos resultados oferecidos.

       Conforme Prado (2004), a execução do projeto na rotina diária traz situações inespera-
das, uma vez que inúmeras são as variáveis que podem comprometer o sucesso de cada ativi-
dade. Essas atividades estão relacionadas aos riscos pelo qual um projeto pode ser submetido,
como: atraso de entrega, escassez de recursos, alto custo de execução, entre outros. Para o
(INSTITUTE, 2008), riscos em projetos podem ser definidos como um evento ou condição incerta
que, caso venha a ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo
do projeto como tempo, custo, qualidade ou escopo. Todos esses riscos podem comprometer o
sucesso de um projeto e torna-lo inviável quando não previstos antecipadamente.

       Comumente, gestores utilizam ferramentas para a modelagem de seus fluxos de tra-
balhos e todas as atividades envolvidas. Nesse sentido, Thiry-Cherques (2008) relata que
softwares como a Microsoft Project realizam cálculos de folgas, durações, recursos entre ou-
tros. Algumas ferramentas permitem a definição dos prazos de execução, tornando possível a
visualização de possíveis caminhos críticos, baseados na rede PERT. Porém, quando se trata
de avaliação de centenas ou até mesmo milhares de cenários que podem ser obtidos com a
execução do projeto, torna-se obrigatória a utilização de simulação estatística. Sendo assim,
viabilizou-se o desenvolvimento de um módulo de simulação de processos baseado no produto
Fusion ECM Suíte, possibilitando a análise antecipada e a detecção de possíveis conflitos ou
atividades que possam comprometer o resultado do projeto.

       No entanto, no intuito de simplificar e funcionalizar este método, o objetivo geral desse
trabalho é desenvolver um novo módulo de análise de fluxos de processos, permitindo que
gestores de seus processos possam efetuar estudos e realizar tomadas de decisões através
das simulações geradas pelo sistema utilizando o Método Monte Carlo (MMC), por meio de
cenários que serão apresentados de forma gráfica ou através de relatórios.
17


       Para tanto, a metodologia a ser empregada neste trabalho é a pesquisa de caráter des-
critivo, uma vez que haverá a realização de comparações entre os resultados obtidos, conforme
preceitua Gurgacz e Nascimento (2007). Será utilizado como estratégia de pesquisa o estudo
de caso. A pesquisa está direcionada a empresa Neomind Solutions, que desenvolve soluções
voltadas para Gestão de Conteúdo Empresarial. Dentre os módulos existentes no sistema está
o de Gestão de Processos (Workflow) que tem como objetivo gerir o processo existente em
uma organização.

       O presente trabalho está dividido em cinco capítulos. No primeiro, é apresentada uma
visão geral do trabalho, demonstrando e justificando a relevância do tema abordado, bem como
o objetivo geral, os objetivos específicos e a metodologia utilizada no desenvolvimento da pes-
quisa. No segundo capítulo, serão abordados conceitos acerca da simulação bem como os
tipos de simulação, onde podem ser utilizadas, qual a finalidade e sobre á técnica de simula-
ção estocástica Método Monte Carlo. O terceiro capítulo traz, também no âmbito conceitual, o
sistema de gestão de processos, desde um comparativo entre o modelo de gestão tradicional
e o modelo de gestão através de processo, até definição de termologias que serão emprega-
das no decorrer do desenvolvimento prático. O quarto capítulo será a parte prática do trabalho,
propondo a relação entre a teoria ora apresentada bem como a utilização de conhecimentos
em Engenharia de Computação para a definição da arquitetura a ser empregada e o desen-
volvimento da aplicação. Ainda nesse capítulo será brevemente abordado sobre a ferramenta
Fusion ECM Suíte, com o objetivo de elucidar acerca da ferramenta que será utilizada para
o desenvolvimento do módulo de simulação. Por fim, no quinto capítulo, serão apresentadas
as considerações finais do trabalho, bem como os resultados obtidos mediante a utilização de
simulação Monte Carlo para fluxo de processos utilizando a ferramenta Fusion ECM Suíte.
18


2     SIMULAÇÃO




2.1   CONCEITO


        Filho (2008) descreve que simulação é a possibilidade de projetar um sistema compu-
tacional que se assemelha ao real buscando descrever o comportamento do sistema, construir
hipóteses e assim prever o comportamento futuro.

        Por sua vez, Prado (1999), acrescenta que simulação é a técnica que se utiliza de um
computador digital, com objetivo de solucionar um dado problema pela análise de um modelo
que descreve o comportamento do sistema. Dessa forma pode-se dizer que a simulação permite
que diferentes cenários possam ser encontrados através do uso de um modelo pré-definido.

        Esses cenários são como situações inesperadas, ou seja, casos não previstos. No caso
de uma simulação de execução de um projeto onde cada atividade possui seus recursos neces-
sários para a execução e o custo da locação do recurso varia de acordo com os riscos subme-
tidos, pode-se prever situações que tornem o projeto mais caro, como por exemplo: Chuva em
um dia de construção de um prédio. A simulação não somente pode ser utilizada para simulação
de custo, pode auxiliar também na previsão do tempo total de execução de um projeto.

        A simulação pode ser classificada em duas categorias: a simulação computacional e a
simulação não computacional. A simulação computacional, como o próprio nome já diz, neces-
sita da utilização de um computador, diferente da não computacional. A simulação não com-
putacional pode ser observada quando se trabalha com protótipos em escala reduzida, tendo
assim um cenário simulado, porém sem a necessidade de um sistema computacional. (CHWIF;
MEDINA,   2010).

        Tanto a simulação computacional quanto a não computacional possibilitam descrever
o comportamento de um sistema, porém quando se trata de previsão de cenários ocultos aos
olhos humanos e que só podem ser previstos através de simulações baseadas e em dados alea-
tórios, utiliza-se a simulação computacional. O número de iterações de uma simulação se limita
apenas na capacidade oferecida pelo equipamento que será utilizado para o processamento da
simulação.

        De acordo com Barros (2009), a utilização de simulação para obtenção de análises
podem ser apropriadas pelas seguintes razões:
19


      I. O uso de simulação permite avaliar de modo experimental as possíveis intereções in-
        ternas de um sistema, desta forma pode-se classificar se o sistema corresponde, por
        exemplo, a uma empresa, economia, indústria ou subconjunto deles.

   II. Permite estudar as reações do sistema, organização, ou mudança no meio ambiente,
        através de alterações do modelo e assim observar os novos resultados obtidos, ou seja,
        os efeitos das alterações no comportamento do sistema.

  III. Permite um melhor entendimento do sistema, através de informações obtidas em simu-
        lações préviamente realizadas. Com esse entendimento do sistema, pode-se sugerir
        melhorias e correções, antes do sistema ser realmente colocado em prática.

  IV. Pode ser utilizado por estudantes e profissionais como ferramenta pedagógica. Desta
        forma o aluno pode realizar análises teóricas ou estatísticas assim como tomar decisões
        através dos resultados obtidos. Pode-se encontrar o uso de simulações destinadas a este
        fim em disciplinas como administração de negócios, economia, medicina e outros.

   V. Utilizado para estimular o interesse e o entendimento de pessoas e é extremamente útil
        para orientação.

  VI. O desenvolvimento de um sistema de simulação computacional pode ser mais viável do
        que a simualação de sistemas reais. Além disso, geralmente sugere-se modificações no
        sistema devido ao conhecimento obtido no planejamento do estudo de simulação compu-
        tacional. Estas modificações podem ser realizadas e testadas antes de ser realizado a
        implementação do sistema através de simulações.

 VII. Permite avaliar as variáveis com maior importância no sistema e suas interações.

VIII. Auxilia na prevenção de resultados inesperados.

  IX. Possibilita o estudo dinâmicos em tempo real, tempo reduzido ou tempo estendido.



2.2    ESTATÍSTICA


         A simulação demanda de um número significativo de dados para poder ter sua eficiência.
Esses dados, se não tratados e formatados de maneira que um usuário possa compreender o
resultado, não terá o efeito esperado. Para facilitar o entendimento dos valores gerados utiliza-
se de técnicas estatísticas.
20


        Segundo Kazmier (2007), a estatística está diretamente relacionada com o conjunto de
técnicas usadas em uma coleção, organização, análise e interpretação dos dados. Esses re-
sultados podem ser representados de maneira quantitativa ou qualitativa. Os resultados quanti-
tativos são representados numericamente diferente dos resultados qualitativos que expressam,
por exemplo, quais são as preferências de um certo grupo de individuos obtidos por meio de
uma pesquisa de campo.



2.2.1   Distribuições de Frequência


        Para apresentação dos resultados de uma simulação, pode-se agrupar valores em clas-
ses e assim registrar a incidência dos valores levando em consideração os intervalos de classe.
Para representar o agrupamento dos dados, utiliza-se um distribuição de frequência. A distri-
buição de frequência pode ser representada através de uma tabela contendo os intervalos de
classe e a quantidade de registros para cada intervalo.

          Tabela 1: Distribuição de frequência dos salários semanais de 100 operários

                          Salário semanal(R$)    Número de operários
                               240 |– 260                 7
                               260 |– 280                20
                               280 |– 300                33
                               300 |– 320                25
                               320 |– 340                11
                               340 |– 360                 4
                                                     Total 100




2.2.2   Intervalos de Classes


        Cada classe de uma distribuição de frequência, possui um limite de classe inferior e su-
perior. Esses limites indicam os valores registrados inclusos dentro da classe. A amplitude de
classe, ou os intervalos de classe definem a faixa de valores inseridos na classe. Em implemen-
tações realizadas através do uso de computadores, na grande maioria das vezes se tem como
objetivo que todos os intervalos de classe de uma determinada distribuição de frequência sejam
iguais. Sendo assim, pode se utilizar a fórmula seguinte para determinar o valor aproximado do
intervalo de classe:
21



                                        maior valor dos          menor valor dos
                                                           −
                                   dados não-agrupados         dados não-agrupados
           Intervalo de Classe =
                                              número de classes desejadas

         Em uma distribuição de frequência realizada através de um estudo referente a idade
de individuos que costumam frequentar um supermecado não acompanhados, onde a idade
máxima fosse 81 anos e a minima de 12 anos e a quantidade de classes dado como objetivo
fosse 4, a fórmula anterior poderia ser representada da seguinte forma:




                                                  81 − 12
                         Intervalo de Classe =            = 17, 25 = 18
                                                     4

         A distribuição de frequência para uma pesquisa de 100 consumidores de um superme-
cado, levando em consideração o intervalo de frequência de 18 e a quantidade de classes igual
a 4 seria seria:

        Tabela 2: Distribuição de frequência de idade de consumidores de um supermecado

                              Idade     Quantidade de consumidores
                             12 |– 30               28
                             30 |– 48               39
                             48 |– 66               25
                             66 |– 84                8
                                                 Total 100




2.2.3   Histogramas e Polígonos de Frequência


         Para alguns usuários a utilização de tabelas para a representação dos resultados de
análise estatística se torna algo complexo e demora para se obter as devidas conclusões. Para
isso existem forma gráficas para a representação desses resultados. Uma dessas formas é a
utilização de histogramas.

         Kazmier (2007) define histograma como um gráfico de barras utilizado para apresenta-
ção de um distribuição de frequência. Conforme pode ser observado na Figura 1, o histograma
apresenta no seu eixo horizontal os limites de classes extatos e por sua vez, no eixo vertical
são apresentados os valores quantitativos incidentes a cada intervalo de classe.

         Outro gráfico muito comum utilizado para representar uma distribuição de frequência é
o polígono de frequência. O polígono de frequência é representado por um gráfico de linhas.
22


Kazmier (2007) descreve que o número de registros em cada classe é representado através de
um ponto acima do ponto médio da classe. O nome polígono é dado porque utiliza-se de uma
série de segmentos de retas para ligar os pontos, formando assim a imagem de um polígono,
como mostra a Figura 2.




                                Figura 1: Histograma - Exemplo




                          Figura 2: Polígono de Frequência - Exemplo




2.2.4   Distribuições de Frequências Cumulativas


        A distribuição de frequência acumulada é dada através da soma das frequência dos va-
lores inferiores ou iguais ao valor em questão (CASTANHEIRA, 2008). Em outras palavras Kazmier
(2007) define frequência cumulativa como a identificação do número acumulado de observações
registradas inferiormente ou igual ao limite superior exato de cada classe da distribuição.
23


             Tabela 3: Cálculo das frequências acumuladas para os dados da tabela 1

           Salário semanal(R$)   Número de operários (f)   Frequência acumulada (cf)
                 240-259                   7                           7
                 260-279                  20                     20 + 7 = 27
                 280-299                  33                     33 + 27 = 60
                 300-319                  25                     25 + 60 = 85
                 320-339                  11                     11 + 85 = 96
                 340-359                   4                     4 + 96 = 100
                                       Total 100




                      Figura 3: Gráfico de frequência acumulada - Exemplo


2.3    TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO


         Para cada cenário a ser empregado na simulação, é necessária a escolha do modelo de
distribuição de probabilidades numéricas que melhor represente a realidade. Para a obtenção
de um melhor resultado, o ideal é ter uma base de dados contendo resultados passados, ou
seja, histórico de execução.

         Conforme Fernandes (2005), no caso de não se ter histórico de execução, ou se esses
forem insuficientes, pode-se utilizar de dois possíveis caminhos. O primeiro é o estudo referente
à utilização de modelagens tradicionais, como, por exemplo:


(a) Distribuição Exponencial: Utilizada geralmente na teoria de filas para a modelagem de lap-
      sos temporais aleatórios, como o surgimento de um possível cliente em um chaveiro.

(b) Distribuições Lognormal e Gama: Comumente utilizada na modelagem de cenários onde
      não é permitida a utilização de números negativos, como por exemplo, em previsões de
      chuva ou em previsão de falhas de uma máquina.
24


(c) Distribuição Beta: Essa é uma extensão da distribuição binomial utilizada na modelagem de
   proporções aleatória. Esse modelo é facilmente observado em redes PERT para obtenção
   de tempos aleatórios das atividades de um processo ou projeto.


        Já o segundo caminho citado por Fernandes (2005), utilizado em caso de ausência de
dados referente a um histórico de execução de dada atividade, é a utilização de distribuição
triangular ou Beta-PERT.



2.3.1   Distribuição Triangular


        A distribuição triangular necessita apenas três dados de entrada, sendo eles um va-
lor para qual o risco é mínimo, um segundo valor onde o risco é máximo e um terceiro valor
considerado risco mais provável. O valor mais provável pode ser obtido através do uso do co-
nhecimento heurístico ou através da obtenção da moda realizada sobre os dados históricos de
execução do processo e suas atividades.




                                            2(x−A)
                                      =   (C−A)(B−A) para   A≤x ≤C
                                  f (x)
                                            2(B−x)
                                      =   (B−C)(B−A) para C   ≤x≤B




                           Figura 4: Distribuição Triangular - Exemplo
25


2.4     ONDE AS SIMULAÇÕES SÃO APLICADAS


         Segundo Prado (1999), a simulação pode ser aplicada a inúmeras realidades encontra-
das no mundo atual, sendo em uma produção manufaturada até os ambientes escritoriais. Em
outras palavras o autor define que qualquer processo que possa ser descrito, pode utilizar de
simulação. Prado cita algumas áreas que podem utilizar de simulações, como:



2.4.1    Linhas de Produção


         Em diversas áreas e setores onde a simulação pode ser aplicada, está a área de linha
de produção, ela se destaca pela quantidade de aplicações de modelagem desenvolvidas. Di-
ferentes cenários podem ser inseridos dentro deste item, desde empresas manufatureiras até
minerações.


      I. A simulação utilizada em processos produtivos pode antecipar possíveis gargalos decor-
        rentes de alterações do fluxo produtivo existente. Desta forma a simulação auxilia na
        geração de possibilidades que tendam ao melhor cenário.

   II. Pode-se utilizar também para a definição da melhor política de estoque de um parque
        fabril.



2.4.2    Logística


         Logística é uma área que pode ser encontrada em diferentes cenários, como: em indús-
trias, banco, tráfego de uma cidade etc. Os meios de transporte utilizados são diversos, como:
empilhadeira, no caso de indústria, pessoas, no caso de um banco onde pessoas são respon-
sáveis por deslocar os documentos de um lugar para o outro entre outros meios comumente
observados.

         A simulação utilizada em sistemas rodoviários possibilita realizar o dimensionamento de
um pedágio ou até mesmo, ajustar o fluxo de veículos de uma cidade, com o ajuste dos tempos
e sincronização dos semáforos.
26


2.4.3    Bancos, Supermecados, Escritórios etc.


         Supermecados são cenários populares, assim como bancos. Nesses cenários, a simu-
lação é empregada para a definição de caixas de atendimento, de modo que as filas estejam
abaixo do que se foi planejado para obtenção da melhor satisfação do cliente.


(a) O sistema real ainda não existe: nessa situação o emprego da simulação terá o objetivo de
      planejar o futuro do sistema. Esse sistema pode ser uma nova unidade ou até mesmo um
      novo negócio, por exemplo;

(b) Experimentar com o sistema real é dispendioso: o modelo poderá apresentar um resultado
      que auxiliará em forma de indicação e com um menor custo, quais são os benefícios de se
      investir na compra de um novo equipamento, por exemplo;

(c) Experimentar com o sistema real não é apropriado: um caso que pode ser observado atra-
      vés desse item é, por exemplo, o serviço emergencial. O serviço emergêncial deve prever
      antecipadamente a logística que será utilizada no acionamento e atuação utilizando um
      modelo simulado através de um computador. Não se pode permitir que seja necessário
      provocar uma situação real de acionamento, ou seja, realizar um desastre para poder utili-
      zar dos serviços emergenciais.



2.5     MONTE CARLO


         Monte Carlo é uma cidade situada em Mônaco, e muito famosa por seu cassino. Os
cassinos são conhecidos por oferecerem atrativos baseados em jogos de azar, ou seja, a sorte
de um ganhador está relacionada diretamente a um sistema aleatório.

         O Método de Monte Carlo surgiu oficialmente em 1949, através de um artigo publicado
pelos matemáticos John Von Neumann e Stanislaw Ulam. O artigo The Monte Carlo Method
foi publicado após estudos realizados em função do desenvolvimento da bomba atômica dos
aliados durante a segunda guerra mundial. O método recebeu esse nome em homenagem ao
tio de Stanislaw Ulam que era frequentador do cassino de Monte Carlo. O método passou a ser
mais conhecido com o advento das calculadoras e computadores, por se tratar de um método
numérico (TOO, 2010).

         Conforme Barros (2009) o método Monte Carlo inquire as distribuições estocásticas de
diversos dados estatísticos e determina os resultados de infringir presunções sobre outras dis-
tribuições. Com outras palavras, pode-se afirmar que Monte Carlo utiliza de números aleatórios
e probabilidades de modo a solucionar um dado problema.
27


          Aguiar e Henning (2010) afirmam que a utilização do método Monte Carlo nas empresas
é comum em problemas de análise de riscos, gestão e controle de estoque, fluxo de produção,
filas de espera e manutenção de máquinas. Os autores ainda descrevem que para esses pro-
blemas a análise torna-se trabalhosa e a utilização do Método Monte Carlo (MMC) pode ser
uma excelente alternativa para avaliar de forma experimental os efeitos conjuntos das variáveis
aleatórias no sistema.



2.5.0.1    Geração de Números aleatórios


          Existem diversas técnicas para geração de números aleatórios. Essas técnicas tem sido
sugeridas, testadas e utilizadas nos últimos anos. Algumas das diferentes técnicas são basea-
das em fenômenos aleatórios, outros sobre os procedimentos de recorrência determinísticos.

          Antes de John von Neumann sugerir o modelo de geração de números aleatórios utili-
zando operações aritméticas de um computador, não se acreditava que seria possível gerar tais
números a não ser utilizando um dispositivo mecânico ou eletrônico. Dispositivos mecânicos cri-
ariam os verdadeiros números aleatórios porém isso tornava o processo lento e as sequências
geradas por eles não podem ser reproduzidas. Com o advento computacional isso se tornou
mais fácil. John von Neuman, avaliando as dificuldades existentes, propôs o método denomi-
nado como quadrado médio. Esse método tinha como objetivo elevar o número anterior ao
quadrado, extrair os digitos do meio e asssim por diante repetir o processo (RUBINSTEIN, 2009).
Exemplo de uma geração de números aleatórios partindo de um número de quatro digitos:

          Exemplo:


                                            x1 = 7676
                                         x12 = 58920976
                                            x2 = 9209
                                         x22 = 84805681
                                            x3 = 8056


          Com o passar dos anos e a evolução da tecnologia computacional, viu-se a possibilidade
de executar simulações baseadas em números aleatórios através do uso do computador. Isso
fez com que o modelo descrito manualmente fosse implementado utilizando de linguagens de
programação. Isso tornou o processo de simulação mais fácil e rápido. Pode-se executar o
mesmo modelo milhares de vezes, ou melhor, quantas vezes julgar necessário. Nesse caso a
única limitação é o poder computacional disponível na máquina.
28


               A linguagem de programação Java, criada pela empresa Sun Microsystem e atualmente
     mantida pela empresa Oracle, possui uma função de geração de números aleatórios desde
     a sua versão 1.0. A classe Random da biblioteca java implementa um gerador de números
     aleatórios, o que facilita ainda mais o processo de simulação.

               Exemplo de um código em java:

                     Code 2.1: Exemplo de uma classe java para geração de números aleatórios
1    package random ;
2

3    import j a v a . u t i l . Random ;
4

5    public class RandomExemplo
6    {
7               public s t a t i c void main ( S t r i n g [ ] args )
8                {
9                           Random rnd = new Random ( ) ;
10

11                          / ∗ ∗ A função nextDouble ( ) r e t o r n a um v a l o r do t i p o double
12                            ∗     entre 0 e 1.
13                            ∗
14                            ∗     A função System . o u t . p r i n t l n ( ) imprime o r e s u l t a d o
15                            ∗     no console
16                            ∗∗/
17                          System . o u t . p r i n t l n ( rnd . nextDouble ( ) ) ;
18               }
19   }




     2.5.0.2    Correlação


               Quando se trata de geração de números aleatórios deve-se levar em consideração a
     correlação entre os números gerados. O Método Monte Carlo avalia o grau de correlação entre
     os eventos. Por definição do método, todos os eventos não podem estar correlacionados, ambos
     agem independentemente.

               A verificação de correlação dos eventos são fácilmente identificadas quando existe cor-
     relação direta, ou seja, 100% de correlação. No caso de existir correlação parcial, o processo
     de análise torna-se mais difícil.

               Conclui-se este capítulo, apresentando conceitos sobre estatística e simulação numé-
     rica. Foi abordado também especificamente sobre o Método Monte Carlo através de citações
29


dos principais autores. Inicia-se um novo capítulo abordando os conceitos de gestão de proces-
sos, realizando um comparação com o modelo de gestão organizacional.
30


3     GESTÃO DE PROCESSO




3.1     ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL TRADICIONAL


         A organização funcional tradicional é a mais conhecida dentre os diferentes tipos de
organizações. Essa é caracterizada pela burocracia e o pensamento mecanicista. Esses con-
ceitos foram instituídos devido à chegada das máquinas na indústria, principalmente durante
a revolução industrial. Uma organização funcional tem seu trabalho organizado com base na
função desempenhada, dividindo em departamentos como, por exemplo, finanças, marketing,
contabilidade e outros (SCHIAR; DOMINGUES, 2002).

         Schiar e Domingues (2002) acrescentam que com a chegada do modelo produtivo Taylor-
fordista, evidenciou a total despreocupação com o aspecto humano, passando a pensar ainda
mais na maximização da eficiência e a eficácia no processo produtivo, onde o ser humano, ope-
rário, não necessita pensar e sim executar suas atividades, pois o pensar é de responsabilidade
do gerente.



3.1.1    Estruturação da organização funcional tradicional


         Segundo Picchiai (2010), a organização de estrutura funcional tradicional possui as se-
guintes características:


(a) Um responsável chefe para cada função. Desta maneira, funcionários subordinados exer-
      cem diferentes funções na organização e ficam sob o mando de um ou mais chefes.

(b) As funções são organizadas de acordo com os tipos de recursos técnicos utilizados.

(c) Seus objetivos planejados a longo prazo.

(d) Necessidade básica é a especialização, devido a necessidade do conhecimento para a
      execução de uma atividade.

(e) A estrutura organizacional é dividida de acordo com as funções, como: produção, finanças,
      recursos humanos, marketing etc.

(f) Todos os níveis de execução se submetem funcionalmente aos seus correspondentes níveis
      de comando funcional, ou seja, hierarquicamente.
31


         Picchiai (2010) ainda cita que esse modelo facilita a formação de equipes de trabalhos e
valoriza o especialista, o que resulta em qualidade do serviço prestado, harmonia no ambiente
de trabalho e também satisfação pessoal e profissional.

         Em contrapartida, esse modelo causa distorção dos objetivos e falta de clareza na co-
municação devido ao número de superiores na escala hierárquica.




                                  Figura 5: Estrutura Tradicional




3.2   ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL POR PROCESSOS


         Atualmente, há empresas que optam por gerir suas atividades por meio de fluxos de
processo de trabalho, objetivando a melhora do resultado em detrimento do tempo utilizado.

         Processos são definidos como uma sequência de atividades, como por exemplo: pro-
cessos jurídicos, processos químicos, processos de produção etc. Dentre outros estão os pro-
cessos de negócio, que abrangem diferentes áreas de ocupação (BALDAN ROGéRIO VALLE; AL.,
2010).

         De acordo com Gonçalves (apud STEWART, 1992), gestão por processos diverge da ges-
tão tradicional por no mínimo três motivos: ela emprega objetivos externos, recursos são agru-
pados para se obter um trabalho completo e a informação trafega para o destino necessário.
Essa metodologia torna a empresa independente de hierarquias, pois as atividades existen-
32


tes em um processo serão executadas por diversos usuários de diferentes setores até que o
fluxo do processo seja concluído. Em alguns cenários onde não exista cargo e sim papel, um
colaborador pode executar diferentes papéis.

        Schiar e Domingues (2002) descrevem esse modelo de gestão como interfuncionais,
pois grande parte dos processos de uma empresa atravessam fronteiras da área funcional,
sendo assim denominados transversais, transorganizacionais, interfuncionais ou interdeparta-
mentais.

        Em um modelo de gestão baseado em processos, as pessoas já não trabalham mais
especificamente em setores e sim em processos. Desta forma a gestão por processos orga-
nizacionais difere da gestão por funções tradicionais onde o sucesso da gestão está ligado ao
esforço de minimizar a subdivisão dos processos empresariais (GONçALVES, 2000).




                       Figura 6: Visão Departamental x Visão de Processo
                                       Fonte: Malamut(2005)




3.2.1   Atividades


        Para a execução de processos, é necessário estabelecer atividades e seus respectivos
executores, de modo a planejar e controlar seu desempenho.

        Para Baldan Rogério Valle e al. (2010), atividade é considerada um termo genérico, que
define o trabalho que uma organização executa por meio de um processo de negócio. Essas
atividades podem ser caracterizadas como um processo, subprocesso ou tarefas.

        Uma atividade pode conter diversas outras atividades críticas ou não, para obter os ob-
jetivos da empresa, podendo, desta maneira, ser chamadas de processos. Elas envolvem uma
série de atividades operacionais, diferentes níveis organizacionais e práticas gerenciais. As ati-
vidades possuem prazo de execução. Em alguns mecânismos de orquestração de processo,
33


pode-se avançar automaticamente uma atividade se esta tiver passado do seu prazo final para
execução. Nesse casso assume-se um valor padrão a atividade para dar sequência ao pro-
cesso.

         Orquestração de processo é a capacidade de um software gerenciar um fluxo de tra-
balho. Esse termo é muito comum, pois o gerenciamento das atividades se assemelha a uma
orquestra, onde é necessário que cada músico e seu instrumento execute o seu papel no tempo
certo.

         As atividades de execução múltipla são atividades que são executadas por 2 ou mais
usuários. No caso de haver consenso para dar sequência ao processo, esse consenso pode
ser percentual ou fixo. No caso de consenso fixo se de cinco atividades que foram executadas,
quatro atenderam a regra de negócio e o consenso definia que havendo quatro aprovações,
esta será avançada, caso contrário tomará outro sentido no fluxo do processo. Já para um
consenso percentual a metodologia é a mesma, porém o consenso é definido, por exemplo,
como sessenta por cento de aprovação. A atividade de execução múltipla pode não conter
consenso, dessa forma todas as atividades da execução múltipla deverão ser aprovadas de
acordo com a regra de negócio definido na modelagem do processo.

         Além de selecionar um usuário para execução de uma atividade, pode-se definir um
grupo. Nesse caso a atividade é enviada para o Pool, onde todos os usuários do grupo tem
acesso a descrição da atividade, porém somente um poderá assumir essa atividade.



3.2.2    Subprocessos


         Quando um processo torna-se grande, é necessário estudar a segmentação dele. Esta
segmentação pode ser realizada avaliando grupos de atividades que possam ser reutilizadas
em diferentes processos. Esse grupo de atividades necessita ter seu fluxo claro e o mais ge-
nérico possível. Isto facilita o acoplamento em diferentes processos que possuem diferentes
finalidades.

         Baldan Rogério Valle e al. (apud HARRINGTON, ) define que um subprocesso é uma
porção do processo principal que possui um objetivo específico. Em alguns cenários, o sub-
processo possui autonomia para executar independentemente, já em outros subprocessos isso
não é possível devido a necessidade de parâmetros a serem definidos pelo processo principal.
34




                              Figura 7: Subprocesso - Exemplo


3.2.3   Processos


        Toda ação realizada por um sujeito, pode ser considerada com uma atividade e uma
sequência de atividade constitui um processo.

        Em um supermercado, para fazer a compra planejada, é necessário executar algumas
atividades, como: escolher o produto, pesar, comparar, decidir, embalar entre outros. Porém o
resultado dessas operações é o processo de compra.

        O guia Furlan Sérgio Mylius da Silva (2009) define processo com um conjunto definido
de atividades ou interações humanas ou máquinas para alcançar metas. Esses processos são
inicializados por eventos específicos e podem apresentar diferentes resultados, dependendo
fluxo executado. Para a validação de um processo, é necessário que as tarefas ou atividades
estejam inter-relacionadas de modo a solucionar uma questão específica. Os processos ainda
são descritos como fluxo que cruzam limites funcionais necessários para entregar valor aos
clientes.



3.2.4   Tarefas


        Em matéria de gerenciamento de processos de negócios, tarefa pode ser considerada
como uma atividade atômica que é inclusa no processo. Uma tarefa é derivada de uma ativi-
dade, sendo que uma atividade pode gerar várias tarefas, como , por exemplo, uma atividade
de execução múltipla. É utilizada quando em um processo uma atividade não pode ser refinada
em um subprocesso. A tarefa é executada geralmente por um único usuário.
35


3.3    GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO


         Gerenciamento de processos de negócio desde a definição, o aperfeiçoamento ou me-
lhoria e a administração dos processos de negócio de uma organização. Esses processos vão
desde o inicio ao fim, envolvendo todos os departamentos e fases da organização, assim como
também os parceiros, terceiros com ou sem apoio de tecnologia. Para uma empresa dirigida
ao cliente e focada no desempenho, existem três importantes pontos a serem estudos: clareza
na direção estratégica, alinhamento dos recursos da organização; e a crescente disciplina nas
operações diárias Netto (2008).

         Netto (2008) ainda descreve que o Business Process Management (BPM), da tradução
Gerenciamento de Processos de Negócio, passou por diversas mudanças desde o ínicio dos
estudos, que pode ser visto por volta de 1920. Essas mudanças podem ser notadas como
ondas de evolução. A primeira onda se deu com o movimento taylorista, onde os processos
ainda não era automatizados e estavam implícitos nos trabalhos. Já a segunda onda veio com
a reegenharia, complementada pelo ERP(Enterprise resource planning). Nesse momento os
processos passaram a ser automatizados, mas ainda não possuiam flexibilidade e agilidade
para atender as diferentes mudanças internas e externas. A terceira e atual onda, que se
encontra em fase de consolidação, é fundamentada e baseada no gerenciamento de processos,
de forma que seja dividida em fases determinadas e dirigidas à satisfação dos clientes.

         Através do uso do BPM, o estudo com relação a transformação das organizações deixou
de ser uma arte imprecisa e com resultados imprevisíveis, passando a ser uma disciplina admi-
nistrativa e de engenharia, possuindo indicadores predefinidos, porém fácilmente modificáveis.
De acordo com Baldan Rogério Valle e al. (2010), ela exige:


      • Meio de execução do processos definidos

      • Um método confiável e sistemático para a realização de análises referente ao impacto
        causado pelo processo de negócio e de introdução de inovações.

      • Modelos de execução de processos que sejam de acordo com a estratégia da organização
        e que possam refletir a dificuldade de suas atividades diárias e que permitam a fácil
        análise, transformação e mobilização das equipes.

      • Facilidade para o gerenciamento dos diveros processos de negócio, focando nas necessi-
        dades atuais dos diversos clientes e possibilitando também a constante alteração dessas
        necessidades.
36


   • Habilidade para rapidamente atender as alterações do mercado podendo reformular o
      processo.

   • Compreensão facilitada da trajetória estratégica da organização: incremento dos lucros e
      expansão de mercado, ou diminuição das influências externas, obstáculos e falhas inter-
      nas para tomar ações rápidas com as constantes mudanças do mercado.

   • Um meio consistente e de fácil previsão para o processamento de processos, podendo
      desta forma transformar a empresa num permanente laboratório de processos, permitindo
      inovações contínuas, transformações e agilidade de execução.


       Mesmo sendo a atual melhor alternativa para o gerenciamento das atividades organiza-
cionais, existem fatores críticos necessários para obtenção de sucesso na implantação do BPM.
Baldan Rogério Valle e al. (2010) cita alguns:


(a) Por ser uma medida e alto impacto de administração e ordem de uma organização, torna-
    se necessidade o apoio da alta direção, incluindo a presidência organizacional e demais
    profissionais de alto escalão.

(b) É necessário haver mudança cultural com relação ao gerenciamento organizacional, ali-
    nhando as iniciativas de BPM à estratégia da organização.

(c) Possuir um gerente de BPM com conhecimentos suficientes, experiência e competências
    necessárias para o gerenciamento a partir desse novo modelo.

(d) Uma estrutura de auxílio com relação ao BPM. Este deve ser claro e objetivo, incluindo o
    Manual de Processos.

(e) Estratégia para tratar a gestão de mudança.

(f) Capacitação dos profissionais envolvidos na nova metodologia.

(g) Demonstração dos resultados obtidos com a execução do processo, inicialização e conclu-
    são, evitando a percepção de que não valeu o esforço demandado.

(h) Apresentar de maneira clara o dinâmismo das atividades, através das constantes alterações
    nos fluxos de processos, de modo a atender as variações de mercado e ambientais.

(i) Possuir desempenho sustentável, de modo a não caracterizar a execução das atividades
    como pontual e eventual. O trabalho deve ser continuado e sem paradas.

(j) Apresentar concretamente e coerentemente os benefícios alcançados, a agregação de valor
    alcançada, o alinhamento á estratégia obtido.
37


3.3.1    Ciclo BPM


         Existem diferentes sugestões referente a modelos de auxílio a gerenciamento de proces-
sos de negócios. Todos esses modelos partem do pré-suposto que a empresa ou a organização
já possua uma estrutura preparada para fazer o BPM, de modo formal ou não, ou seja, incluso
no organograma da organização ou não. Baldan Rogério Valle e al. (2010) ressalta, porém, que
nenhum dos modelos existentes correspondem exatamente com a realidade. Não é possível, a
partir de um simples modelo, conseguir prever exatamente o comportamento efetivo do BPM.
Partindo desse princípio pode-se utilizar o modelo com o objetivo de orientação para a prática,
porém as pessoas que implementam ou operam fazem toda a diferença em sua aplicação.

         Baldan Rogério Valle e al. (2010) descrevem cada etapa que compõe o ciclo:


   • Planejamento do BPM - O planejamento do BPM tem como objetivo definir as atividades
        de BPM que servirão para auxiliar no alcance das metas organizacionais. Essas metas
        vão desde estratégicas até operacionais, como a possibilidade de encontrar possíveis
        falhas no processo que possam trazer danos a organização (imagem, financeiros, satis-
        fação de clientes, prazos, etc.), estudo e definição de planos de ação para implantação.

   • Modelagem e otimização de processos - Atividades que possibilitam a geração de in-
        formações referente o processo corrente ou também sobre um processo futuro. Realizar
        a documentação do processo, para ter detalhadamente todas as informações referente
        ao processo, podendo assim qualquer pessoa com conhecimento em BPM ter conheci-
        mento como funcionam os processos da organização. Prover integração entre os dados
        de diferentes processos. Realizar simulações dos processos e assim enxergar possí-
        veis falhas de modelagem, prever custos baseados em circunstâncias aleatórias, estimar
        tempo total de execução de processo ainda ativo, inovar e permitir redesenhar sempre
        que necessário. Gerar especificações para implementação de processos, configuração e
        customização, para execução e controle.

   • Execução de processos - Atividades que possui objetivo de garantir a implementação e
        a execução dos processos, como treinamentos, ajustes de equipamentos de softwares,
        implantação dos planos de transferência de tecnologia, acompanhamento do processo
        implantado, monitoria e controle da execução de instância de processo.

   • Controle e análise de dados - Atividades de controle de dados obtidos através da execu-
        ção de processos. Isso permite a criação de indicadores e monitoramento constante dos
        resultados obtidos a cada atualização do processo, ou seja a cada execução de atividade.
38


        Pode-se utilizar ferramentas como BI(Business Inteligence) para geração de gráficos e ta-
        belas personalizadas afim de se obter uma análise mais elaborada e concreta.



3.3.2    Riscos


         Assim como em projetos, os processos também possuem seus riscos e que da mesma
maneira podem influenciar no seu resultado. O risco esta diretamente relacionado com o custo.
Custo seja ele de execução de uma atividade ou até mesmo de correção, no caso de algo não
previsto acontecer e necessitar ser corrigido.

         A avaliação do risco é fundamental no gerenciamento de processo. Essa avaliação
deve ter como base dois aspectos: probabilidade de ocorrência e e gravidade das consequên-
cias. Realizando o produto entre a probabilidade de um determinado risco acontecer com a
sua respectiva gravidade, normalmente demonstrada através de prejuízos financeiros, tem-se
o conceito essencial para a quantificação dos riscos. Essa quantificação é denominada de Va-
lor Monetário Esperado. A definição das prioridades referentes aos risco será o resultado dos
eventos que possuirem o maior valor monetário esperado (VARGAS, 2005).


                   Valor monetário esperado = ( Probabilidade ) x ( Gravidade )



3.3.3    Custos


         Toda atividade de usuário, ou seja, que é executada por uma pessoa, direta ou indere-
tamente, possui um custo. Vargas (2005) define custo como sendo a quantidade necessária de
capital para se executar e realizar uma atividade, projeto ou processo. Esse custo é calculado
como a soma dos recursos envolvidos na atividade. Esses recursos podem ser máquinas, fer-
ramentas, operadores, supervisores, ou seja, tudo que está relacionado com uma atividade e
que possuí um custo para utilização.



3.3.4    Rede PERT/CPM


         Para realizar a simulação da execução de um processo, é necessário a utilização de
técnicas já existentes em matéria de gerenciamento de projetos. Vargas (2005) afirma que a
análise PERT (Program Evaluation Review Technique) é um processo fundamental e eficiente
para quando se tem o objetivo de calcular a duração das atividades de um processo ou projeto.
O cálculo baseado na análise PERT define a duração da atividade através de uma estimativa
pessimista, otimista e outra mais provável. Levando em consideração a necessidade dessas
39


três variáveis utilizou-se a distribuição triângular para obtenção da simulação do tempo total do
processo.

          PERT é utilizada em projetos que possuem diversas tarefas, isso se dá pela complexi-
dade que se tem devido ao grande número de atividades e os problemas envolvidos. A análise
PERT possibilita a definição do caminho crítico, assim como a determinação das atividades crí-
tica. As atividades críticas são assim definidas com base nas folgas que podem ser visualizadas
pela rede, sendo assim nota-se a preocução com o critério tempo.

          A análise PERT possibilita uma maior precisão no cálculo de um processo se os valores
das variáveis forem verdadeiros e próximos ao real. Isso é possível através de duas maneiras.
Uma maneira muito comum é através do conhecimento heurístico do profissional responsável
pelo projeto ou processo. Dessa forma os valores são baseados na experiência adquirida.
Através do uso de software, pode-se armazenar um histórico de execução de processo e assim
utilizar a informação para análises futuras. Sendo assim, torna-se possível e sem muito esforço
obter um valor pessimista, levando em consideração a atividade que mais demorou para ser
concluída. Da mesma forma o valor otimista pode ser adquirido através da atividade que custou
o menor tempo para a execução. Para estimar a terceira variável a ser preenchida, ou seja, o
valor mais provável, utiliza-se da técnica de medida de posição estatística chamado de moda,
como descrito nas seções anteriores desse trabalho.




                                 Figura 8: Rede PERT - Exemplo




3.3.4.1    Caminho Crítico


          Em matéria de gerenciamento de projetos, o caminho crítico é composto de atividades
que possuem a maior complexidade de execução em um projeto. Essas atividades, por serem
mais complexas, atingem diretamente no resultado do projeto caso elas atrasem. Em outras
palavras, o atraso dessas atividades interferem na duração do projeto.
40


       Caminho crítico também pode ser definido como o caminho que possui a menor folga,
desta forma não existe margem para atraso (VARGAS, 2005).

       Algumas definições existentes no estudo de caminhos críticos (VARGAS, 2005):


   • Início mais cedo de uma atividade - Assim como em uma análise rede PERT, o início
     mais cedo de uma atividade pode ser considerado como o início mais otimista, ou seja,
     não correu nenhum atraso e as interdependências com as atividades predecessoras fo-
     ram respeitadas.

   • Início mais tarde de uma atividade - Diferente do exposto acima, o início mais tar é o
     início mais pessimista de uma atividade. Esse início não pode prejudirar o processo como
     um todo, isto significa que é a data mais tarde possível para se iniciar a atividade.

   • Término mais cedo de uma atividade - É a data de término mais otimista de uma ativi-
     dade. Essa é baseada no início mais cedo e o tempo de duração estimada da atividade e
     sem considerar nenhum folga.


                 Término mais cedo = ( Início mais cedo ) + ( Duração estimada )


   • Término mais tarde de uma atividade - É a última data para concluir a execução da
     atividade sem comprometer o processo.


                 Término mais tarde = ( Início mais tarde ) + ( Duração estimada )


   • Folga Total - A folga de total é baseada nas estimativas mais tarde de uma atividade.
     Essa folga não afeta na duração total do processo, porém pode alterar suas atividades
     sucessoras, desde que essa não sejam atividades críticas. Quando uma atividade utiliza
     toda a sua folga para realizar o trabalho, ela automaticamente força que todas as suas
     atividades diretamente sucessoras se tornem atividades críticas, em outras palavras, elas
     passam a possuir folga zero, pois a sua folga individual foi utilizada pela predecessora.


                     Folga total = ( Término mais tarde ) - ( Início mais tarde )


   • Folga Livre ou Individual - A folga livre ou individual é a folga de tempo de uma ati-
     vidade que não provoca nenhum atraso em suas atividades sucessoras, independente-
     mente dessa atividade ser ou não crítica.

     Obtem-se o valor da folga livre através da diferente entre o início mais cedo da atividade
     sucessora e o término mais cedo da atividade predecessora.
41




                             Figura 9: Caminho Crítico - Exemplo


      Folga livre = ( Início mais cedo da sucessora ) - ( Término mais cedo da predecessora )


       O terceiro capítulo apresenta além de conceitos sobre gestão de processos um compa-
ração com o modelo de gestão funcional tradicional. Inicia-se um novo capítulo deste trabalho,
cujo o objetivo é apresentar o processo de desenvolvimento da ferramenta de simulação.
42


4     PRÁTICA




4.1     O PROJETO


4.1.1    A Neomind


         Com o objetivo de desenvolver uma solução inovadora para o mercado, a Neomind
surgiu da junção de profissionais com amplo conhecimento e qualificação na área de gestão do
conhecimento empresarial. O objetivo maior é resolver uma série problemas de negócios das
organizações. A Neomind, como o próprio nome diz, significa nova mentalidade, ou seja, uma
empresa especializada em gestão da informação, e pronta a solucionar os diversos problemas
de diferentes setores do mercado. Essa solução é dada através da soma alguns fatores, tais
como:


(a) Tecnologia: Com a crescente expansão do desenvolvimento de aplicações voltadas ao
      ambiente web, a Neomind oferece suas soluções com o que há melhor e mais seguro no
      mercado. A utilização de Java, HTML, CSS3, Javascript e flex oferece ao usuário o que há
      de melhor em termos de usabilidade, desempenho e segurança.

(b) Metodologia de Desenvolvimento: O desenvolvimento do produto Fusion é regido através
      de práticas de metodologias ágeis. Essas práticas aperfeiçoam o resultado esperado de
      novas soluções.

(c) Profissionais Qualificados: A Neomind conta com a colaboração de profissionais que
      possuem como objetivo principal a satisfação do cliente. Esses profissionais se relacionam
      constantemente com o cliente e por isso agregam valor ao produto. Profissionais consulto-
      res, desenvolvedores e até mesmo suporte ao cliente, buscam a constante atualização de
      seus conhecimentos.



4.1.2    Fusion ECM Suite


         O desenvolvimento do trabalho terá como base a ferramenta Fusion ECM Suíte. Esta
ferramenta é desenvolvida e mantida pela empresa Neomind Solutions. De acordo com a Neo-
mind (2012) o Fusion é uma solução segmentada modularmente, podendo ser facilmente inte-
grada a fim de oferecer diferentes aplicações ao mercado. Essas aplicações possuem o objetivo
43


de agilizar e facilitar a gestão das informações, auxiliar o processo de decisão e maximizar os
resultados das empresas.



4.1.3   Workflow/BPM (Business Process Management


        Dentres os módulos desenvolvidos pela empresa Neomind na ferramenta Fusion ECM
Suíte está o módulo de workflow. O módulo de workflow/BPM caracteriza-se pela união de pro-
gramas e ferramentas que trabalham em conjunto, respeitando suas características e funções.
O workflow foi desenvolvido com o objetivo de facilitar o fluxo de trabalho, desde a modelagem
dos processos até o gerenciamento de cada atividade de um processo, e assim permitir à or-
ganização atingir seus diferentes objetivos e metas e agregar ainda mais, possibilitando que as
pessoas trabalhem de modo cooperativo.

        O workflow/BPM está contido em um propósito maior, que é o gerenciamento das infor-
mações de uma empresa. Através dessa tecnologia a empresa pode criar facilmente a interação
entre pessoas através de processo, podendo, além disso, gerenciar documentos, equipamentos
e sistema.

        Dentre as características existentes no módulo de workflow estão:


(a) Decisões podem ser tomadas de maneira automática a partir de informações de negócio,
   preenchidas colaborativamente.

(b) Regras de negócios estão relacionadas aos processos, o que facilita o gerenciamento.

(c) As atividades de um processo podem ser executadas por usuários, sistemas, grupos ou
   papéis. Nesse cenário papéis estão relacionados com as habilidades e competências dos
   usuários. Como por exemplo: Papel de Auditoria possuem diversos usuários auditores,
   podendo ser estes integrantes de diferentes grupos.

(d) Relatórios personalizados podem ser gerados dinâmicas através das informações e esta-
   tísticas geradas pelos processos.

(e) Permite controle de alçadas e escalonamentos, utilizadas para aprovações e definição de
   rotas no fluxo modelado.

(f) Sistema desenvolvido com tecnologias web, que permitem a utilização de diferentes perifé-
   ricos e de diferentes lugares, fazendo com o que o processo não seja prejudicado.

(g) Muitos sistema possuem, além de notificações através de email,e também notificações atra-
   vés de SMS, como o caso do Fusion ECM Suíte.
44


(h) A documentação dos processos são geradas dinâmicamente após a conclusão da modela-
    gem do fluxo.

 (i) Elimina a necessidade de utilização de papel na comunicação entre setores em uma orga-
    nização

 (j) Permite de modo claro e simples a intereção com possíveis participantes externos da orga-
    nização, como: fornecedores, representantes, clientes e outros colaboradores.

(k) Os processos podem ser monitorados em tempo de execução e de maneira transparente.

 (l) Reduz o tempo na movimentação de tarefas.

(m) Permite a comunicação com outros sistemas utilizados pela organização.



4.1.3.1    O CICLO


          Segundo Cruz (2004), o ciclo Workflow é divido em seis etapas:


    I. Análise do Fluxo de Trabalho (processo de negócio) atual: Para definição do fluxo de
      trabalho, é necessário partir de um cenário real. Esse cenário pode ser obtido através
      de uma análise realizada com base no modelo atual, com o objetivo de conseguir os
      elemetos necessários para projetar o novo fluxo de trabalho.

   II. Projetar o modelo de informação do fluxo de trabalho que quer automatizar: Para
      projetar o modelo de informação é necessário estudar os objetos que fazem parte do
      fluxo de trabalho. Esses objetos podem ser procedimentos, regras de negócio, tarefas.
      Ambos são automatizados com o intuito de tornar o novo processo modelado capaz de
      contemplar todas as funções do modelo real.


           • Objetivo do Processo. É necessário saber qual o objetivo a ser atingido com a
             implentação de um software de workflow. O objetivo é a gestão do fluxo de trabalho
             por meio de seus documentos, de modo a torná-lo mais eficiente, gerenciado, ágil e
             seguro. O objetivo pode ser simples ou múltiplo.

           • Papéis do Workflow. Após a definição do objetivo do processo, é necessário definir
             quem serão os envolvidos, ou seja, quem participará do ambiente workflow. Os
             envolvidos são chamados de atores e estes executarão as tarefas mecessárias para
             que cada atividade especificada no processo seja realizada com sucesso. Os papéis
             podem ser individuais, possuindo apenas um ator, ou um grupo onde diversos atores
45


        executarão a mesma atividade. Por isso, a definição dos papéis do workflow é o
        principal fator de sucesso da aplicação.

      • Rota do Processo. O terceiro elemento do projeto é a definição da rota que os
        documentos, formulários entre outros, irão percorrer para que o processo tenha vida.
        Para isso existem diversas rotas. Existe a rota sequêncial, paralela, condicional,
        dinâmica, podem ser agrupadas e dividades em apenas dois grupos: simples e
        compostas.

      • Os Documentos e Formulários são o transporte para as informações referente ao
        processo. Essas informações são disponibilizadas de diferentes formas, tais como:
        texto, imagem, planilhas, som e outros.

      • As mensagens que são utilizadas nos diferentes níveis e tipos de eventos do work-
        flow.

      • Funções administrativas são utilizadas no decorrer da execução do processo para
        criar, editar e eliminar usuários.

      • E-mail. Integração com contas de correio eletrônico através de SMTP. Muito utilizado
        para notificações.


III. Programar o modelo de informação, definindo e detalhando cada um dos elementos
   contidos nele: Os objetos contidos no modelo de informação são descritos através de
   formulários, pastas, documentos e o que mais possa se relacionar com estes.

IV. Implantar o Workflow: Tendo concluído o desenvolvimento do novo processo, baseado
   no fluxo de trabalho, será implantado o workflow. Inicialmente realiza-se a execução do
   workflow em um ambiente de teste ou homologação. Após testado e aprovado, esse fluxo
   será colocado em produção.

V. Gerenciar o processo por intermédio do Workflow: Esse passo consiste na observa-
   ção e estudo do workflow que está sendo executado. O objetivo é o fluxo de execução e
   verificar se não há nenhum exceção não contemplada pelos testes realizados anterionar-
   mente. Pode-se também gerenciar os usuários envolvidos assim como o tempo de cada
   atividade realizada.

VI. Atualizar o modelo de informação implantado: Como todo processo ou procedimento,
   o modelo de informação pode ser atualizado, com o objetivo de aprimorar os resultados.
   Dentre esse resultados estão: redução de tempo por atividade, redução recursos utiliza-
   dos, qualidade dos resultados, novas informações inseridas para gerar relatórios futuros
   e outros.
46


4.2     TECNOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS


4.2.1    Java


         Optando por utilizar de uma tecnologia gratuita e de código aberto, a Neomind escolheu
a linguagem de programação Java.

         No ano de 1991, um grupo de pesquisa da Sun Microsystems, chefiados por James
Gosling e Patrick Naughton, desenvolveram uma linguagem que por eles foi denominada de
Green. Essa linguagem havia sido desenvolvida com o objetivo de ser usada em dispositivos
consumidores como receptores inteligentes para televisão. Essa linguagem foi desenvolvida
para ser simples e neutra em relação à arquitetura, sendo assim poderia ser executada em
qualquer dispositivos de hardwares. Apesar disso, nenhum cliente demonstrou interesse pela
tecnologia (HORSTMANN, 2004).

         Os anos passaram e a linguagem passou a ser muito utilizada por toda a comunidade de
desenvolvedores. Sistemas de pequeno a grande porte passaram a ser desenvolvidos utilizando
java, além de diversos trabalhos academicos realizados.

         A grande quantidade de material de pesquisa ajuda a manter a linguagem viva e cada
vez mais forte, além dos benefícios que ela própria oferece.



4.2.2    Hibernate


         Com o objetivo de facilitar a integração do sistema com o banco de dados, o Fusion
ECM Suíte utilizou o framework de mapeamento objeto relacional chamado Hibernate.

         Segundo Filho (2006) o Hibernate como um framework open-source desenvolvido exclu-
sivamente para a linguagem java, onde suas principais vantagens são permitir que a aplicação
permaneça orientada a objetos e que havendo mudanças na base de dados, essas impliquem
em um impacto menor sobre a aplicação.

         Filho (2006) ainda cita que uma aplicação orientada a objetos, através do uso do hi-
bernate, possa guardar no banco de dados o atual estado do objeto em questão para que
futuramente possa ser reutilizado.

         O uso do hibernate oferece grandes ganhos ao desenvolvedor, devido a simplificação
da persistência das informações.
47


     4.2.3      jQuery


                Na camada visual do projeto do simulador foi utilizado o framework de javascript cha-
     mado JQuery. Esse framework tem o objetivo de facilitar o desenvolvimento web de uma apli-
     cação.

                Através do uso do JQuery fica muito mais criar efeitos visuais em uma página html,
     como sincronizar e gerenciar os eventos em ajax. Os evento ajax no desenvolvimento web,
     são aqueles eventos assíncronos que não necessitam da atualização de toda a página, sendo
     necessário apenas uma área, como por exemplo um container div.

                Existem no mercado diversos plugins, que são programas que possuem uma funções
     específicas e que trabalham em conjunto com outros programas. No desenvolvimento do simu-
     lador foi necessário a utilização de um plugin que de maneira simples pudesse gerar um gráfico
     para a apresentação dos resultados simulados. Para isso utilizou-se o JQPlot.



     4.2.3.1        jqPlot


                JQPlot é um plugin de plotagem de gráficos muito utilizado no desenvolvimento de sis-
     temas web. Este é baseado na tecnologia javascript somado a utilização do JQuery. Essa
     ferramenta possuí diversas opções de gráficos, como: gráfico de barras, de linha, de pizza
     entre outros.

                Além do belo gráfico plotado pela ferramenta, a utilização do JQPlot torna mais fácil a
     criação desses gráficos.

                        Code 4.1: Exemplo de criação de um gráfico de linha utilizando JQPlot
 1   $ ( document ) . ready ( function ( ) {
 2     var ajaxDataRenderer = function ( u r l , p l o t , o p t i o n s ) {
 3           var r e t = n u l l ;
 4           $ . ajax ( {
 5              async : f a l s e ,
 6              url : url ,
 7              dataType : "json" ,
 8              success : function ( data ) {
 9                  r e t = data ;
10              }
11           }) ;
12           return r e t ;
13      };
14
48


15     //url do arquivo
16      var j s o n u r l = "./jsondata.txt" ;
17


18     // utiliza a url do arquivo texto que possui os valores
19     // para a geração do gráfico
20      var p l o t 2 = $ . j q p l o t ( ’chart2’ , j s o n u r l , {
21          t i t l e : "Exemplo de renderização de gráfico utilizando JSON" ,
22          dataRenderer : ajaxDataRenderer ,
23          dataRendererOptions : {
24               unusedOptionalUrl : j s o n u r l
25          }
26      }) ;
27   }) ;




     4.2.4       HTML (Hyper Text Markup Language)


                 Por se tratar de um sistema web, o simulador foi desenvolvido baseado na linguagem
     de marcação chamada Html. O Html é o padrão mais utilizado no mercado. Existem diversos
     frameworks de desenvolvimento que possuem o objetivo de facilitar e acelerar esse processo,
     porém em muitos casos, ou quase todos, o resultado gerado através desses frameworks é a
     soma de Html com javascrpt.



     4.2.5       CSS (Cascading Style Sheets)


                 Somente com o uso do Html não é suficiente para desenvolver sistemas que atendam
     o conceito RIA(Rich Internet Applicatio). Para isso existe o Css. O Css é uma folha estilo
     que define como serão exibidos cada elemento de uma página na internet. Ela proporciona
     uma maior flexibilidade através da inclusão de elementos como cores, formatos de fontes e
     organização do layout de uma página.



     4.3        ARQUITETURA DO SISTEMA


                 Nessa seção do quarto capítulo serão apresentados alguns padrões adotados no desen-
     volvimento do simulador. Como o padrão portlets, eforms e por fim a apresentação do diagrama
     de classe com a definição da arquitetura de desenvolvimento do simulador.
49


4.3.1      Portlets


           O Fusion ECM Suíte foi desenvolvido no conceito de portal. O portal é um centralizador
de conteúdo que possui diversos outros subsites que podem ser visualizados dentro dele. Esses
subsites podem estar dentro do domínio do sistem ou fora.

           Para visualizar os subsites são utilizados portlets. Assim como a orientação a objetos
surgiu para haver reutilização de conteúdo, da mesma forma foi desenvolvido o conceito de
portlet.

           O sistema Fusion implementa portlets para que suas telas possam ser reutilizadas em
diferentes locais do sistema ou fora do sistema.

           Levando em consideração esse benefício, também utilizou-se o conceito de portlet no
desenvolvimento do simulador.

           Outra grande vantagem do sistema Fusion é a fácil criação de formulários eletrônicos,
chamados de EForms.



4.3.2      EForms


           Os EForms são formulário eletrônicos que são inteiramente criados pelo usuário do
sistema sem a necessidade de desenvolvimento de códigos de programação. Esse usuário
pode criar o seu formulário de acordo com o que ele necessita para contemplar seu negócio.

           Além de oferecerem ganhos de redução com custo de papel também aumenta a produ-
tividade na busca, recuperação, impressão e distribuição das informações.

           No módulo de simulação do sistema Fusion os formulários serão utilizados para a cria-
ção dos cenários que definirão o fluxo do processo. Esse será melhor explicado no decorrer do
trabalho.



4.3.3      Diagrama de Classe


           A próxima seção deste trabalho mostrará o processo de desenvolvimento do módulo de
simulação de processos. Na etapa de especificação do sistema desenvolveu-se um diagrama
de classe cujo o objetivo é descrever as classes criadas para que o sistema pudesses ter exito.
Esse diagrama pode ser visto nos apêndices deste trabalho.
50


4.4    DESENVOLVIMENTO


          Quando se tem um processo com apenas três atividades sequênciais, fica fácil prever
o tempo total desse processo, porém quando há um processo que possui inúmeras atividades
com condições que possam alterar a rota de execução do processo, a previsão do tempo total do
processo torna-se complexo e com baixa precisão se não utilizar uma ferramenta para executar
esse trabalho.

          O Fusion ECM Suíte possui uma ótima ferramenta de modelagem de processo, porém
ainda não há nada desenvolvido que possa simular a execução do processo.

          A proposta desse trabalho é justamente de desenvolver um simulador de processos.
Essa ferramenta que será acoplada a Suíte do Fusion será chamada de Fusion Workflow Simu-
lation.

          O processo de desenvolvimento foi dividido em:


      I. Cadastro de EForm que será utilizado em um processo

   II. Cadastro de processo que será simulado

  III. Cadastro da simulação

            Listagem das atividades

            Definir os valores de mínimo, máximo e moda de cada atividade

  IV. Executar simulação

            Definição da quantidade de simulações

            Como funciona

              Inicialização do processo

              Definição do cenário que será executado o processo

              Criação de rede PERT e validação de erros de modelagem

              Simular um valor para cada atividade

              Calcular o tempo total do processo

              Criar os objetos analíticos

              Apresentar os resultados
51


4.4.1   Cadastro de Formulários


        O cadastro do formulário é fundamental para a execução da simulação. O formulário
define a estrutura do cenário que será simulado. Em um processo o formulário tem a responsa-
bilidade de documentar as informações que são preenchidas pelo usuário ou sistema.




                            Figura 10: Cadastro de Formulário - Fusion


        A Figura 10 mostra a tela de cadastro de formulário da ferramenta Fusion. Nessa ima-
gem, pode-se observar o campo denominado de EForm Pai que permite a utilização do conceito
de herança para a modelagem do formulário. Dessa forma torna-se possível criar formulários
mais genéricos que possam ser reutilizáveis por outros EForms filhos.

        Existem também a possibilidade de criar formulários que não podem ser executados.
Estes são chamados de abstratos. Dessa forma os metadados podem ser especificados, o
formulário pode ser extendido e utilizado em regras de negócio, porém não pode ser executado
diretamente pelo usuário.

        No cadastro do formulário os metadados são definidos através do cadastro de campos.

        No cadastro do campo do formulário além dos atributos: visível, editável, filtrável, existe
também o campo tipo, que como o nome diz, define o tipo do metadado.

        Os tipos podem ser:


   • Arquivo - Campo utilizado para fazer upload de arquivos

   • Booleano - Campo do tipo selecionável com as opções sim e não.

   • Data - Campo do tipo data que permite selecionar uma data no calendário.
52




                         Figura 11: Cadastro de Campos de Formulário - Fusion


   • E-Form - Campo que permite inserir um formulário dentro de outro. O formulário é visto
        de forma expandida, mostrando todos os campos que nele foram cadastrados.

   • Fórmula - Permite inserir fórmulas matemáticas utilizando referência a campos visiveis
        no formulário.

   • Hora - Campo do tipo input que possui dados do tipo hora.

   • Número - Campo que apenas permite a inserção de números.

   • Texto - Campo do tipo input que permite a inserção de texto.

   • Usuário - Campo do tipo selecionável que permite selecionar um usuário cadastrado no
        fusion.


         Após cadastrados todos os campos necessário e realizado as configurações precisas,
pode-se partir para o cadastro e a modelagem do processo.



4.4.2    Cadastro de Processo


         No cadastro do processo, primeiramente é necessário selecionar um formulário já ca-
dastrado, ou cadastrar um novo para ser selecionado. Após selecionado o formulário que será
utilizado na modelagem do fluxo de processo, seleciona-se um gestor para esse processo, o
qual será responsável pelo processo que está sendo modelado. Tendo realizado essas opera-
ções, pode modelar o fluxo do processo e suas atividades.
53




                        Figura 12: Cadastro de um Processo - Fusion


       Para a execução da modelagem do fluxo de processo, a ferramenta Fusion ECM Suíte
possuí um aplicativo Java Web Start, que permite a execução de uma aplicação java na máquina
do cliente, em outras palavras, localmente. Esse aplicativo permite a modelagem de forma
simples e eficiente.




             Figura 13: Ferramenta de Modelagem de Fluxo de Processo - Fusion


       Além das atividades de usuários, a ferramenta permite criar também atividades de sis-
tema, subfluxo e roteadoras.

       As atividades de sistema, como o próprio nome diz é executada pelo sistema. Para
isso a Neomind desenvolveu o conceito de Adapters, que permitem a inserção de classes java
54


que possuem uma regra de negócio específica e que após executadas seguirão o fluxo normal-
mente. Um exemplo de adapter seria a execução de uma classe que verifica a cotação atual do
dólar e caso o dólar esteja acima de dois reais direciona o fluxo para o gerente comercial para
a aprovação da compra.

        Por sua vez, as atividades de subfluxo possuem o comportamente de um subprocesso,
conforme descrito no capítulo 3.

        As atividades roteadoras são utilizadas em um fluxo de processo para definir o sentido
do fluxo.

        No processo anterior, onde iniciou o cadastro do processo, foi selecionado um formulário.
Esse formulário possui campos cadastrados que serão relacionados com as atividades de fluxo
do processo. Na figura 13 do lado direito, pode-ser observar uma árvore de campos disponíveis
do formulário para o processo. Ao selecionar uma atividade é possível definir quais campos
serão visíveis, editáveis ou obrigatórios na sua execução.

        Após criado o fluxo e definido todas as regras de execução, como saídas múltiplas ou
fluxo baseado em condição, pode-se encerrar a aplicação, salvando o novo processo.



4.4.3   Cadastro da Simulação


        A próxima etapa do desenvolvimento do simulador é a realização do cadastro da simu-
lação. Para isso foi desenvolvido uma tela para facilitar a especificação dos valores de cada
atividade.




                      Figura 14: Cadastrando uma nova simulação - Fusion


        No cadastro da simulação é necessário selecionar o processo que será simulado. Esse
processo já possui o fluxo de trabalho modelado, conforme visto no item anterior.
55


       O processo é o principal objeto que será analisado na simulação. É através dele que
será possível saber o fluxo de execução e todas as regras envolvidas. Esse fluxo também está
relacionado com campos de um formulário e por fim da execução do processo automaticamente
é gerado um documento apartir dos dados preenchidos pelos usuários responsáveis por cada
atividade do processo.




                             Figura 15: Cadastro do cenário - Fusion


       Outro cadastro obrigatório contido no cadastro da simulação é o cadastro de cenários
que está relacionado diretamente com o formulário vinculado no processo. Esse cenário tem a
função de determinar o caminho que será seguido no fluxo do processo.

       O cenário é o formulário preenchido de modo em que seus campos, que estão relaci-
onados com diferentes regras e condições, atendam diferentes cenários reais e previstos pelo
gestor do processo.




                      Figura 16: Preenchendo os campos do cenário - Fusion


       Um exemplo pode ser observado em um processo de compra de uma empresa, onde
um campo valor de compra define qual o caminho que o fluxo irá seguir. Nesse caso, se o
valor da compra for superior a um mil reais, será necessário que o gerente comercial aprove
essa operação e isso fará com que o fluxo dirija a próxima atividade a esse gerente. Caso
contrário a aprovação não será necessária avançando a atividade diretamente para o processo
de solicitação de compra.
SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE
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SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE

  • 1. SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA - SOCIESC INSTITUTO SUPERIOR TUPY - IST WILLIAN MEWS SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE Joinville 2012
  • 2. WILLIAN MEWS SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Superior Tupy - IST como requisito par- cial para obtenção do Título de Bacharel em En- genharia da Computação, sob orientação do Pro- fessor Robson Thanael Poffo. Joinville 2012
  • 3. MEWS, WILLIAN. SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTI- LIZANDO A FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE. Joinville: SOCIESC, 2012.
  • 4. WILLIAN MEWS SIMULAÇÃO MONTE CARLO PARA FLUXO DE PROCESSOS UTILIZANDO A FERRAMENTA FUSION ECM SUÍTE Esse trabalho foi julgado e aprovado em sua forma final pela banca examinadora abaixo assinada. Joinville, 13 de Julho de 2012 Prof. Robson Thanael Poffo - SOCIESC Prof. Dr. Andre Tavares da Silva - SOCIESC Felipe Baptista Bahiense - NEOMIND
  • 5. Dedico este trabalho a pessoa que mais amo nesse mundo, minha esposa Luisa, a qual sempre esteve ao meu lado e merece toda a minha dedicação e carinho.
  • 6. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, sem Ele nada seria possível; A minha esposa, que pacientemente me in- centivou a elaboração deste trabalho, com- preendeu minha ausência necessária para o desenvolvimento do projeto e participou realizando a revisão; A minha familia e principalmente minha fa- lecida vó, que na sua simplicidade e sabe- doria soube me educar e ensinar valores que jamais deixarão de fazer parte da mi- nha vida; Ao professor Robson, que dedicou seu tempo para que esse trabalho pudesse ser realizado; A Neomind, que disponibilizou espaço e acreditou no potencial desse projeto; A todos que não foram mencionados, mas que, direta ou indiretamente, ajudaram para a finalização deste trabalho.
  • 7. "Se você está à procura de uma grande oportunidade, descubra um grande problema." Martinho Lutero
  • 8. RESUMO Existem diversas ferramentas de suporte a gestão de projetos e modelagem de fluxo de processos. Essas ferramentas realizam análises de caminho crítico e gerenciamento da execução do processo de acordo com o fluxo modelado. Com o crescente número de empre- sas optando por gerir suas atividades por meio de fluxos de processo de trabalho cada vez mais torna-se promissor o desenvolvimento de software que permitam a modelagem e geren- ciamento dos processos. Porém, quando se trata especificamente desse tipo de solução, é pequeno o número delas que possuem módulo de simulação entretanto tal funcionalidade é de necessidade do mercado. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é desenvolver um módulo de simulação de processos para a ferramenta Fusion ECM Suíte que é um produto da empresa Neomind. A metodologia utilizada para o desenvolvimento desse módulo consiste na aplicação do método Monte Carlo, para a simulação de execução de cada atividade do processo através da geração de números aleatórios. Como resultado obtem-se o valor total do processo atrelado a um cenário. Essa rotina pode ser executada inúmeras vezes, gerando resultados estatísti- cos e diminuindo a margem de erro do valores obtidos. Além disso o módulo de simulação permite saber qual será o caminho a ser executado em um processo baseado em um cenário pré determinado. A luz do exposto, conclui-se que através do uso do módulo de simulação torna-se possível prever possíveis falhas de modelagem do processo ou até mesmo enxergar melhorias contínuas, assim como mitigar impacto no processo antes de realizá-las no ambiente corporativo. Palavras-chave: Método Monte Carlo. Simulação. Fusion ECM Suíte.
  • 9. ABSTRACT There are several tools to support project management and process flow designer. These tools allow to perform critical path analysis and management of process execution according to the flow modeled. With the growing number of companies opting to manage their activities through the work process flows increasingly become the promising development of tools that enable modeling and managing processes. However, when this specific type of tool, the number of them that have a simulation module is very small even with large market need. Thus, the objective of this work is to develop a module for process simulation tool Fusion ECM Suite. This tool is a product of the company Neomind Sollutions. The methodology used for the develop- ment of this module is the application of the Monte Carlo method for simulation of execution of each process activity through the generation of random numbers. As a result we obtain the total value of the process coupled to a scenario. This routine can be executed many times, genera- ting statistical results and reducing the margin of error to the values. Furthermore, the simulation module lets you know which flow that will be runs in a process based on a scenario pre registe- red. Thus, it appears that by using the simulation module becomes possible to predict potential failure flow modeling or even see improvements, and perform them whether actually impacted in the process prior to putting it into production. Palavras-chave: Monte Carlo Method. Simulation. Fusion ECM Suíte.
  • 10. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Histograma - Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Figura 2 - Polígono de Frequência - Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Figura 3 - Gráfico de frequência acumulada - Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Figura 4 - Distribuição Triangular - Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Figura 5 - Estrutura Tradicional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Figura 6 - Visão Departamental x Visão de Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Figura 7 - Subprocesso - Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Figura 8 - Rede PERT - Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Figura 9 - Caminho Crítico - Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Figura 10 - Cadastro de Formulário - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Figura 11 - Cadastro de Campos de Formulário - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Figura 12 - Cadastro de um Processo - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Figura 13 - Ferramenta de Modelagem de Fluxo de Processo - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Figura 14 - Cadastrando uma nova simulação - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Figura 15 - Cadastro do cenário - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Figura 16 - Preenchendo os campos do cenário - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Figura 17 - Listagem de atividades do processo - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Figura 18 - Preenchendo os dados para simulação da atividade - Fusion . . . . . . . . . . . . . . 57 Figura 19 - Cadastro da simulação completa - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Figura 20 - Executar simulação - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Figura 21 - Diagrama de Atividade - Teste de execução do processo - Fusion . . . . . . . . . . 59 Figura 22 - Diagrama de Atividade - Simulação de processo - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Figura 23 - Fluxo de Atividades Simuladas - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Figura 24 - Selecionar cenário para visualizar simulação - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Figura 25 - Resultado da Simulação - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
  • 11. Figura 26 - Cadastro de Formulário - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . 65 Figura 27 - Cadastro do Processo - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . . . 66 Figura 28 - Modelagem do Fluxo - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . . . . 66 Figura 29 - Cadastro da Simulação - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . . 67 Figura 30 - Executar Simulação - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . . . . . 67 Figura 31 - Resultado 1 - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Figura 32 - Resultado 2 - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Figura 33 - Resultado 3 - Caso de Uso - Solicitação de Compra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Figura 34 - Diagrama de Classes do Simulador - Fusion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
  • 12. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Distribuição de frequência dos salários semanais de 100 operários . . . . . . . . . 20 Tabela 2 - Distribuição de frequência de idade de consumidores de um supermecado . 21 Tabela 3 - Cálculo das frequências acumuladas para os dados da tabela 1 . . . . . . . . . . . . 23
  • 13. Sumário 1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2 SIMULAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 2.1 CONCEITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 2.2 ESTATÍSTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2.2.1 Distribuições de Frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.2.2 Intervalos de Classes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.2.3 Histogramas e Polígonos de Frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 2.2.4 Distribuições de Frequências Cumulativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 2.3 TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 2.3.1 Distribuição Triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 2.4 ONDE AS SIMULAÇÕES SÃO APLICADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2.4.1 Linhas de Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2.4.2 Logística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2.4.3 Bancos, Supermecados, Escritórios etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 2.5 MONTE CARLO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 2.5.0.1 Geração de Números aleatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 2.5.0.2 Correlação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 3 GESTÃO DE PROCESSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.1 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL TRADICIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.1.1 Estruturação da organização funcional tradicional . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.2 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL POR PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.2.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 3.2.2 Subprocessos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 3.2.3 Processos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 3.2.4 Tarefas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
  • 14. 3.3 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO . . . . . . . . . . . . . . . . 35 3.3.1 Ciclo BPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 3.3.2 Riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 3.3.3 Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 3.3.4 Rede PERT/CPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 3.3.4.1 Caminho Crítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 4 PRÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 4.1 O PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 4.1.1 A Neomind . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 4.1.2 Fusion ECM Suite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 4.1.3 Workflow/BPM (Business Process Management . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 4.1.3.1 O CICLO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.2 TECNOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 4.2.1 Java . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 4.2.2 Hibernate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 4.2.3 jQuery . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4.2.3.1 jqPlot . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4.2.4 HTML (Hyper Text Markup Language) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 4.2.5 CSS (Cascading Style Sheets) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 4.3 ARQUITETURA DO SISTEMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 4.3.1 Portlets . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 4.3.2 EForms . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 4.3.3 Diagrama de Classe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 4.4 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 4.4.1 Cadastro de Formulários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 4.4.2 Cadastro de Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
  • 15. 4.4.3 Cadastro da Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 4.4.4 Executar Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 4.4.4.1 TESTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 4.4.4.2 SIMULAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 4.4.5 Apresentação dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 4.5 ESTUDO DE CASO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 4.5.1 Resultados Obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 6 APÊNDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
  • 16. 16 1 INTRODUÇÃO Atualmente existem diversas ferramentas de suporte à gestão de projetos e modelagem de fluxos de processos, tais como MS Project, Primave ou outras soluções distribuídas embar- cadas em softwares ERP’s. Dentre as técnicas utilizadas para viabilidade destas ferramentas está a simulação, objeto deste trabalho de conclusão, que pretende traçar estatísticas para ob- tenção de valores que aproximem o tempo total gasto do projeto com o realizado. Todavia, na visão de Aguiar e Henning (2010), diversos profissionais de diferentes áreas, inviabilizam a utilização de softwares de simulação, em decorrência da falta de conhecimento estatístico, complexidade de utilização ou até mesmo, baixa atratividade pelos resultados oferecidos. Conforme Prado (2004), a execução do projeto na rotina diária traz situações inespera- das, uma vez que inúmeras são as variáveis que podem comprometer o sucesso de cada ativi- dade. Essas atividades estão relacionadas aos riscos pelo qual um projeto pode ser submetido, como: atraso de entrega, escassez de recursos, alto custo de execução, entre outros. Para o (INSTITUTE, 2008), riscos em projetos podem ser definidos como um evento ou condição incerta que, caso venha a ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto como tempo, custo, qualidade ou escopo. Todos esses riscos podem comprometer o sucesso de um projeto e torna-lo inviável quando não previstos antecipadamente. Comumente, gestores utilizam ferramentas para a modelagem de seus fluxos de tra- balhos e todas as atividades envolvidas. Nesse sentido, Thiry-Cherques (2008) relata que softwares como a Microsoft Project realizam cálculos de folgas, durações, recursos entre ou- tros. Algumas ferramentas permitem a definição dos prazos de execução, tornando possível a visualização de possíveis caminhos críticos, baseados na rede PERT. Porém, quando se trata de avaliação de centenas ou até mesmo milhares de cenários que podem ser obtidos com a execução do projeto, torna-se obrigatória a utilização de simulação estatística. Sendo assim, viabilizou-se o desenvolvimento de um módulo de simulação de processos baseado no produto Fusion ECM Suíte, possibilitando a análise antecipada e a detecção de possíveis conflitos ou atividades que possam comprometer o resultado do projeto. No entanto, no intuito de simplificar e funcionalizar este método, o objetivo geral desse trabalho é desenvolver um novo módulo de análise de fluxos de processos, permitindo que gestores de seus processos possam efetuar estudos e realizar tomadas de decisões através das simulações geradas pelo sistema utilizando o Método Monte Carlo (MMC), por meio de cenários que serão apresentados de forma gráfica ou através de relatórios.
  • 17. 17 Para tanto, a metodologia a ser empregada neste trabalho é a pesquisa de caráter des- critivo, uma vez que haverá a realização de comparações entre os resultados obtidos, conforme preceitua Gurgacz e Nascimento (2007). Será utilizado como estratégia de pesquisa o estudo de caso. A pesquisa está direcionada a empresa Neomind Solutions, que desenvolve soluções voltadas para Gestão de Conteúdo Empresarial. Dentre os módulos existentes no sistema está o de Gestão de Processos (Workflow) que tem como objetivo gerir o processo existente em uma organização. O presente trabalho está dividido em cinco capítulos. No primeiro, é apresentada uma visão geral do trabalho, demonstrando e justificando a relevância do tema abordado, bem como o objetivo geral, os objetivos específicos e a metodologia utilizada no desenvolvimento da pes- quisa. No segundo capítulo, serão abordados conceitos acerca da simulação bem como os tipos de simulação, onde podem ser utilizadas, qual a finalidade e sobre á técnica de simula- ção estocástica Método Monte Carlo. O terceiro capítulo traz, também no âmbito conceitual, o sistema de gestão de processos, desde um comparativo entre o modelo de gestão tradicional e o modelo de gestão através de processo, até definição de termologias que serão emprega- das no decorrer do desenvolvimento prático. O quarto capítulo será a parte prática do trabalho, propondo a relação entre a teoria ora apresentada bem como a utilização de conhecimentos em Engenharia de Computação para a definição da arquitetura a ser empregada e o desen- volvimento da aplicação. Ainda nesse capítulo será brevemente abordado sobre a ferramenta Fusion ECM Suíte, com o objetivo de elucidar acerca da ferramenta que será utilizada para o desenvolvimento do módulo de simulação. Por fim, no quinto capítulo, serão apresentadas as considerações finais do trabalho, bem como os resultados obtidos mediante a utilização de simulação Monte Carlo para fluxo de processos utilizando a ferramenta Fusion ECM Suíte.
  • 18. 18 2 SIMULAÇÃO 2.1 CONCEITO Filho (2008) descreve que simulação é a possibilidade de projetar um sistema compu- tacional que se assemelha ao real buscando descrever o comportamento do sistema, construir hipóteses e assim prever o comportamento futuro. Por sua vez, Prado (1999), acrescenta que simulação é a técnica que se utiliza de um computador digital, com objetivo de solucionar um dado problema pela análise de um modelo que descreve o comportamento do sistema. Dessa forma pode-se dizer que a simulação permite que diferentes cenários possam ser encontrados através do uso de um modelo pré-definido. Esses cenários são como situações inesperadas, ou seja, casos não previstos. No caso de uma simulação de execução de um projeto onde cada atividade possui seus recursos neces- sários para a execução e o custo da locação do recurso varia de acordo com os riscos subme- tidos, pode-se prever situações que tornem o projeto mais caro, como por exemplo: Chuva em um dia de construção de um prédio. A simulação não somente pode ser utilizada para simulação de custo, pode auxiliar também na previsão do tempo total de execução de um projeto. A simulação pode ser classificada em duas categorias: a simulação computacional e a simulação não computacional. A simulação computacional, como o próprio nome já diz, neces- sita da utilização de um computador, diferente da não computacional. A simulação não com- putacional pode ser observada quando se trabalha com protótipos em escala reduzida, tendo assim um cenário simulado, porém sem a necessidade de um sistema computacional. (CHWIF; MEDINA, 2010). Tanto a simulação computacional quanto a não computacional possibilitam descrever o comportamento de um sistema, porém quando se trata de previsão de cenários ocultos aos olhos humanos e que só podem ser previstos através de simulações baseadas e em dados alea- tórios, utiliza-se a simulação computacional. O número de iterações de uma simulação se limita apenas na capacidade oferecida pelo equipamento que será utilizado para o processamento da simulação. De acordo com Barros (2009), a utilização de simulação para obtenção de análises podem ser apropriadas pelas seguintes razões:
  • 19. 19 I. O uso de simulação permite avaliar de modo experimental as possíveis intereções in- ternas de um sistema, desta forma pode-se classificar se o sistema corresponde, por exemplo, a uma empresa, economia, indústria ou subconjunto deles. II. Permite estudar as reações do sistema, organização, ou mudança no meio ambiente, através de alterações do modelo e assim observar os novos resultados obtidos, ou seja, os efeitos das alterações no comportamento do sistema. III. Permite um melhor entendimento do sistema, através de informações obtidas em simu- lações préviamente realizadas. Com esse entendimento do sistema, pode-se sugerir melhorias e correções, antes do sistema ser realmente colocado em prática. IV. Pode ser utilizado por estudantes e profissionais como ferramenta pedagógica. Desta forma o aluno pode realizar análises teóricas ou estatísticas assim como tomar decisões através dos resultados obtidos. Pode-se encontrar o uso de simulações destinadas a este fim em disciplinas como administração de negócios, economia, medicina e outros. V. Utilizado para estimular o interesse e o entendimento de pessoas e é extremamente útil para orientação. VI. O desenvolvimento de um sistema de simulação computacional pode ser mais viável do que a simualação de sistemas reais. Além disso, geralmente sugere-se modificações no sistema devido ao conhecimento obtido no planejamento do estudo de simulação compu- tacional. Estas modificações podem ser realizadas e testadas antes de ser realizado a implementação do sistema através de simulações. VII. Permite avaliar as variáveis com maior importância no sistema e suas interações. VIII. Auxilia na prevenção de resultados inesperados. IX. Possibilita o estudo dinâmicos em tempo real, tempo reduzido ou tempo estendido. 2.2 ESTATÍSTICA A simulação demanda de um número significativo de dados para poder ter sua eficiência. Esses dados, se não tratados e formatados de maneira que um usuário possa compreender o resultado, não terá o efeito esperado. Para facilitar o entendimento dos valores gerados utiliza- se de técnicas estatísticas.
  • 20. 20 Segundo Kazmier (2007), a estatística está diretamente relacionada com o conjunto de técnicas usadas em uma coleção, organização, análise e interpretação dos dados. Esses re- sultados podem ser representados de maneira quantitativa ou qualitativa. Os resultados quanti- tativos são representados numericamente diferente dos resultados qualitativos que expressam, por exemplo, quais são as preferências de um certo grupo de individuos obtidos por meio de uma pesquisa de campo. 2.2.1 Distribuições de Frequência Para apresentação dos resultados de uma simulação, pode-se agrupar valores em clas- ses e assim registrar a incidência dos valores levando em consideração os intervalos de classe. Para representar o agrupamento dos dados, utiliza-se um distribuição de frequência. A distri- buição de frequência pode ser representada através de uma tabela contendo os intervalos de classe e a quantidade de registros para cada intervalo. Tabela 1: Distribuição de frequência dos salários semanais de 100 operários Salário semanal(R$) Número de operários 240 |– 260 7 260 |– 280 20 280 |– 300 33 300 |– 320 25 320 |– 340 11 340 |– 360 4 Total 100 2.2.2 Intervalos de Classes Cada classe de uma distribuição de frequência, possui um limite de classe inferior e su- perior. Esses limites indicam os valores registrados inclusos dentro da classe. A amplitude de classe, ou os intervalos de classe definem a faixa de valores inseridos na classe. Em implemen- tações realizadas através do uso de computadores, na grande maioria das vezes se tem como objetivo que todos os intervalos de classe de uma determinada distribuição de frequência sejam iguais. Sendo assim, pode se utilizar a fórmula seguinte para determinar o valor aproximado do intervalo de classe:
  • 21. 21 maior valor dos menor valor dos − dados não-agrupados dados não-agrupados Intervalo de Classe = número de classes desejadas Em uma distribuição de frequência realizada através de um estudo referente a idade de individuos que costumam frequentar um supermecado não acompanhados, onde a idade máxima fosse 81 anos e a minima de 12 anos e a quantidade de classes dado como objetivo fosse 4, a fórmula anterior poderia ser representada da seguinte forma: 81 − 12 Intervalo de Classe = = 17, 25 = 18 4 A distribuição de frequência para uma pesquisa de 100 consumidores de um superme- cado, levando em consideração o intervalo de frequência de 18 e a quantidade de classes igual a 4 seria seria: Tabela 2: Distribuição de frequência de idade de consumidores de um supermecado Idade Quantidade de consumidores 12 |– 30 28 30 |– 48 39 48 |– 66 25 66 |– 84 8 Total 100 2.2.3 Histogramas e Polígonos de Frequência Para alguns usuários a utilização de tabelas para a representação dos resultados de análise estatística se torna algo complexo e demora para se obter as devidas conclusões. Para isso existem forma gráficas para a representação desses resultados. Uma dessas formas é a utilização de histogramas. Kazmier (2007) define histograma como um gráfico de barras utilizado para apresenta- ção de um distribuição de frequência. Conforme pode ser observado na Figura 1, o histograma apresenta no seu eixo horizontal os limites de classes extatos e por sua vez, no eixo vertical são apresentados os valores quantitativos incidentes a cada intervalo de classe. Outro gráfico muito comum utilizado para representar uma distribuição de frequência é o polígono de frequência. O polígono de frequência é representado por um gráfico de linhas.
  • 22. 22 Kazmier (2007) descreve que o número de registros em cada classe é representado através de um ponto acima do ponto médio da classe. O nome polígono é dado porque utiliza-se de uma série de segmentos de retas para ligar os pontos, formando assim a imagem de um polígono, como mostra a Figura 2. Figura 1: Histograma - Exemplo Figura 2: Polígono de Frequência - Exemplo 2.2.4 Distribuições de Frequências Cumulativas A distribuição de frequência acumulada é dada através da soma das frequência dos va- lores inferiores ou iguais ao valor em questão (CASTANHEIRA, 2008). Em outras palavras Kazmier (2007) define frequência cumulativa como a identificação do número acumulado de observações registradas inferiormente ou igual ao limite superior exato de cada classe da distribuição.
  • 23. 23 Tabela 3: Cálculo das frequências acumuladas para os dados da tabela 1 Salário semanal(R$) Número de operários (f) Frequência acumulada (cf) 240-259 7 7 260-279 20 20 + 7 = 27 280-299 33 33 + 27 = 60 300-319 25 25 + 60 = 85 320-339 11 11 + 85 = 96 340-359 4 4 + 96 = 100 Total 100 Figura 3: Gráfico de frequência acumulada - Exemplo 2.3 TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO Para cada cenário a ser empregado na simulação, é necessária a escolha do modelo de distribuição de probabilidades numéricas que melhor represente a realidade. Para a obtenção de um melhor resultado, o ideal é ter uma base de dados contendo resultados passados, ou seja, histórico de execução. Conforme Fernandes (2005), no caso de não se ter histórico de execução, ou se esses forem insuficientes, pode-se utilizar de dois possíveis caminhos. O primeiro é o estudo referente à utilização de modelagens tradicionais, como, por exemplo: (a) Distribuição Exponencial: Utilizada geralmente na teoria de filas para a modelagem de lap- sos temporais aleatórios, como o surgimento de um possível cliente em um chaveiro. (b) Distribuições Lognormal e Gama: Comumente utilizada na modelagem de cenários onde não é permitida a utilização de números negativos, como por exemplo, em previsões de chuva ou em previsão de falhas de uma máquina.
  • 24. 24 (c) Distribuição Beta: Essa é uma extensão da distribuição binomial utilizada na modelagem de proporções aleatória. Esse modelo é facilmente observado em redes PERT para obtenção de tempos aleatórios das atividades de um processo ou projeto. Já o segundo caminho citado por Fernandes (2005), utilizado em caso de ausência de dados referente a um histórico de execução de dada atividade, é a utilização de distribuição triangular ou Beta-PERT. 2.3.1 Distribuição Triangular A distribuição triangular necessita apenas três dados de entrada, sendo eles um va- lor para qual o risco é mínimo, um segundo valor onde o risco é máximo e um terceiro valor considerado risco mais provável. O valor mais provável pode ser obtido através do uso do co- nhecimento heurístico ou através da obtenção da moda realizada sobre os dados históricos de execução do processo e suas atividades. 2(x−A) = (C−A)(B−A) para A≤x ≤C f (x) 2(B−x) = (B−C)(B−A) para C ≤x≤B Figura 4: Distribuição Triangular - Exemplo
  • 25. 25 2.4 ONDE AS SIMULAÇÕES SÃO APLICADAS Segundo Prado (1999), a simulação pode ser aplicada a inúmeras realidades encontra- das no mundo atual, sendo em uma produção manufaturada até os ambientes escritoriais. Em outras palavras o autor define que qualquer processo que possa ser descrito, pode utilizar de simulação. Prado cita algumas áreas que podem utilizar de simulações, como: 2.4.1 Linhas de Produção Em diversas áreas e setores onde a simulação pode ser aplicada, está a área de linha de produção, ela se destaca pela quantidade de aplicações de modelagem desenvolvidas. Di- ferentes cenários podem ser inseridos dentro deste item, desde empresas manufatureiras até minerações. I. A simulação utilizada em processos produtivos pode antecipar possíveis gargalos decor- rentes de alterações do fluxo produtivo existente. Desta forma a simulação auxilia na geração de possibilidades que tendam ao melhor cenário. II. Pode-se utilizar também para a definição da melhor política de estoque de um parque fabril. 2.4.2 Logística Logística é uma área que pode ser encontrada em diferentes cenários, como: em indús- trias, banco, tráfego de uma cidade etc. Os meios de transporte utilizados são diversos, como: empilhadeira, no caso de indústria, pessoas, no caso de um banco onde pessoas são respon- sáveis por deslocar os documentos de um lugar para o outro entre outros meios comumente observados. A simulação utilizada em sistemas rodoviários possibilita realizar o dimensionamento de um pedágio ou até mesmo, ajustar o fluxo de veículos de uma cidade, com o ajuste dos tempos e sincronização dos semáforos.
  • 26. 26 2.4.3 Bancos, Supermecados, Escritórios etc. Supermecados são cenários populares, assim como bancos. Nesses cenários, a simu- lação é empregada para a definição de caixas de atendimento, de modo que as filas estejam abaixo do que se foi planejado para obtenção da melhor satisfação do cliente. (a) O sistema real ainda não existe: nessa situação o emprego da simulação terá o objetivo de planejar o futuro do sistema. Esse sistema pode ser uma nova unidade ou até mesmo um novo negócio, por exemplo; (b) Experimentar com o sistema real é dispendioso: o modelo poderá apresentar um resultado que auxiliará em forma de indicação e com um menor custo, quais são os benefícios de se investir na compra de um novo equipamento, por exemplo; (c) Experimentar com o sistema real não é apropriado: um caso que pode ser observado atra- vés desse item é, por exemplo, o serviço emergencial. O serviço emergêncial deve prever antecipadamente a logística que será utilizada no acionamento e atuação utilizando um modelo simulado através de um computador. Não se pode permitir que seja necessário provocar uma situação real de acionamento, ou seja, realizar um desastre para poder utili- zar dos serviços emergenciais. 2.5 MONTE CARLO Monte Carlo é uma cidade situada em Mônaco, e muito famosa por seu cassino. Os cassinos são conhecidos por oferecerem atrativos baseados em jogos de azar, ou seja, a sorte de um ganhador está relacionada diretamente a um sistema aleatório. O Método de Monte Carlo surgiu oficialmente em 1949, através de um artigo publicado pelos matemáticos John Von Neumann e Stanislaw Ulam. O artigo The Monte Carlo Method foi publicado após estudos realizados em função do desenvolvimento da bomba atômica dos aliados durante a segunda guerra mundial. O método recebeu esse nome em homenagem ao tio de Stanislaw Ulam que era frequentador do cassino de Monte Carlo. O método passou a ser mais conhecido com o advento das calculadoras e computadores, por se tratar de um método numérico (TOO, 2010). Conforme Barros (2009) o método Monte Carlo inquire as distribuições estocásticas de diversos dados estatísticos e determina os resultados de infringir presunções sobre outras dis- tribuições. Com outras palavras, pode-se afirmar que Monte Carlo utiliza de números aleatórios e probabilidades de modo a solucionar um dado problema.
  • 27. 27 Aguiar e Henning (2010) afirmam que a utilização do método Monte Carlo nas empresas é comum em problemas de análise de riscos, gestão e controle de estoque, fluxo de produção, filas de espera e manutenção de máquinas. Os autores ainda descrevem que para esses pro- blemas a análise torna-se trabalhosa e a utilização do Método Monte Carlo (MMC) pode ser uma excelente alternativa para avaliar de forma experimental os efeitos conjuntos das variáveis aleatórias no sistema. 2.5.0.1 Geração de Números aleatórios Existem diversas técnicas para geração de números aleatórios. Essas técnicas tem sido sugeridas, testadas e utilizadas nos últimos anos. Algumas das diferentes técnicas são basea- das em fenômenos aleatórios, outros sobre os procedimentos de recorrência determinísticos. Antes de John von Neumann sugerir o modelo de geração de números aleatórios utili- zando operações aritméticas de um computador, não se acreditava que seria possível gerar tais números a não ser utilizando um dispositivo mecânico ou eletrônico. Dispositivos mecânicos cri- ariam os verdadeiros números aleatórios porém isso tornava o processo lento e as sequências geradas por eles não podem ser reproduzidas. Com o advento computacional isso se tornou mais fácil. John von Neuman, avaliando as dificuldades existentes, propôs o método denomi- nado como quadrado médio. Esse método tinha como objetivo elevar o número anterior ao quadrado, extrair os digitos do meio e asssim por diante repetir o processo (RUBINSTEIN, 2009). Exemplo de uma geração de números aleatórios partindo de um número de quatro digitos: Exemplo: x1 = 7676 x12 = 58920976 x2 = 9209 x22 = 84805681 x3 = 8056 Com o passar dos anos e a evolução da tecnologia computacional, viu-se a possibilidade de executar simulações baseadas em números aleatórios através do uso do computador. Isso fez com que o modelo descrito manualmente fosse implementado utilizando de linguagens de programação. Isso tornou o processo de simulação mais fácil e rápido. Pode-se executar o mesmo modelo milhares de vezes, ou melhor, quantas vezes julgar necessário. Nesse caso a única limitação é o poder computacional disponível na máquina.
  • 28. 28 A linguagem de programação Java, criada pela empresa Sun Microsystem e atualmente mantida pela empresa Oracle, possui uma função de geração de números aleatórios desde a sua versão 1.0. A classe Random da biblioteca java implementa um gerador de números aleatórios, o que facilita ainda mais o processo de simulação. Exemplo de um código em java: Code 2.1: Exemplo de uma classe java para geração de números aleatórios 1 package random ; 2 3 import j a v a . u t i l . Random ; 4 5 public class RandomExemplo 6 { 7 public s t a t i c void main ( S t r i n g [ ] args ) 8 { 9 Random rnd = new Random ( ) ; 10 11 / ∗ ∗ A função nextDouble ( ) r e t o r n a um v a l o r do t i p o double 12 ∗ entre 0 e 1. 13 ∗ 14 ∗ A função System . o u t . p r i n t l n ( ) imprime o r e s u l t a d o 15 ∗ no console 16 ∗∗/ 17 System . o u t . p r i n t l n ( rnd . nextDouble ( ) ) ; 18 } 19 } 2.5.0.2 Correlação Quando se trata de geração de números aleatórios deve-se levar em consideração a correlação entre os números gerados. O Método Monte Carlo avalia o grau de correlação entre os eventos. Por definição do método, todos os eventos não podem estar correlacionados, ambos agem independentemente. A verificação de correlação dos eventos são fácilmente identificadas quando existe cor- relação direta, ou seja, 100% de correlação. No caso de existir correlação parcial, o processo de análise torna-se mais difícil. Conclui-se este capítulo, apresentando conceitos sobre estatística e simulação numé- rica. Foi abordado também especificamente sobre o Método Monte Carlo através de citações
  • 29. 29 dos principais autores. Inicia-se um novo capítulo abordando os conceitos de gestão de proces- sos, realizando um comparação com o modelo de gestão organizacional.
  • 30. 30 3 GESTÃO DE PROCESSO 3.1 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL TRADICIONAL A organização funcional tradicional é a mais conhecida dentre os diferentes tipos de organizações. Essa é caracterizada pela burocracia e o pensamento mecanicista. Esses con- ceitos foram instituídos devido à chegada das máquinas na indústria, principalmente durante a revolução industrial. Uma organização funcional tem seu trabalho organizado com base na função desempenhada, dividindo em departamentos como, por exemplo, finanças, marketing, contabilidade e outros (SCHIAR; DOMINGUES, 2002). Schiar e Domingues (2002) acrescentam que com a chegada do modelo produtivo Taylor- fordista, evidenciou a total despreocupação com o aspecto humano, passando a pensar ainda mais na maximização da eficiência e a eficácia no processo produtivo, onde o ser humano, ope- rário, não necessita pensar e sim executar suas atividades, pois o pensar é de responsabilidade do gerente. 3.1.1 Estruturação da organização funcional tradicional Segundo Picchiai (2010), a organização de estrutura funcional tradicional possui as se- guintes características: (a) Um responsável chefe para cada função. Desta maneira, funcionários subordinados exer- cem diferentes funções na organização e ficam sob o mando de um ou mais chefes. (b) As funções são organizadas de acordo com os tipos de recursos técnicos utilizados. (c) Seus objetivos planejados a longo prazo. (d) Necessidade básica é a especialização, devido a necessidade do conhecimento para a execução de uma atividade. (e) A estrutura organizacional é dividida de acordo com as funções, como: produção, finanças, recursos humanos, marketing etc. (f) Todos os níveis de execução se submetem funcionalmente aos seus correspondentes níveis de comando funcional, ou seja, hierarquicamente.
  • 31. 31 Picchiai (2010) ainda cita que esse modelo facilita a formação de equipes de trabalhos e valoriza o especialista, o que resulta em qualidade do serviço prestado, harmonia no ambiente de trabalho e também satisfação pessoal e profissional. Em contrapartida, esse modelo causa distorção dos objetivos e falta de clareza na co- municação devido ao número de superiores na escala hierárquica. Figura 5: Estrutura Tradicional 3.2 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL POR PROCESSOS Atualmente, há empresas que optam por gerir suas atividades por meio de fluxos de processo de trabalho, objetivando a melhora do resultado em detrimento do tempo utilizado. Processos são definidos como uma sequência de atividades, como por exemplo: pro- cessos jurídicos, processos químicos, processos de produção etc. Dentre outros estão os pro- cessos de negócio, que abrangem diferentes áreas de ocupação (BALDAN ROGéRIO VALLE; AL., 2010). De acordo com Gonçalves (apud STEWART, 1992), gestão por processos diverge da ges- tão tradicional por no mínimo três motivos: ela emprega objetivos externos, recursos são agru- pados para se obter um trabalho completo e a informação trafega para o destino necessário. Essa metodologia torna a empresa independente de hierarquias, pois as atividades existen-
  • 32. 32 tes em um processo serão executadas por diversos usuários de diferentes setores até que o fluxo do processo seja concluído. Em alguns cenários onde não exista cargo e sim papel, um colaborador pode executar diferentes papéis. Schiar e Domingues (2002) descrevem esse modelo de gestão como interfuncionais, pois grande parte dos processos de uma empresa atravessam fronteiras da área funcional, sendo assim denominados transversais, transorganizacionais, interfuncionais ou interdeparta- mentais. Em um modelo de gestão baseado em processos, as pessoas já não trabalham mais especificamente em setores e sim em processos. Desta forma a gestão por processos orga- nizacionais difere da gestão por funções tradicionais onde o sucesso da gestão está ligado ao esforço de minimizar a subdivisão dos processos empresariais (GONçALVES, 2000). Figura 6: Visão Departamental x Visão de Processo Fonte: Malamut(2005) 3.2.1 Atividades Para a execução de processos, é necessário estabelecer atividades e seus respectivos executores, de modo a planejar e controlar seu desempenho. Para Baldan Rogério Valle e al. (2010), atividade é considerada um termo genérico, que define o trabalho que uma organização executa por meio de um processo de negócio. Essas atividades podem ser caracterizadas como um processo, subprocesso ou tarefas. Uma atividade pode conter diversas outras atividades críticas ou não, para obter os ob- jetivos da empresa, podendo, desta maneira, ser chamadas de processos. Elas envolvem uma série de atividades operacionais, diferentes níveis organizacionais e práticas gerenciais. As ati- vidades possuem prazo de execução. Em alguns mecânismos de orquestração de processo,
  • 33. 33 pode-se avançar automaticamente uma atividade se esta tiver passado do seu prazo final para execução. Nesse casso assume-se um valor padrão a atividade para dar sequência ao pro- cesso. Orquestração de processo é a capacidade de um software gerenciar um fluxo de tra- balho. Esse termo é muito comum, pois o gerenciamento das atividades se assemelha a uma orquestra, onde é necessário que cada músico e seu instrumento execute o seu papel no tempo certo. As atividades de execução múltipla são atividades que são executadas por 2 ou mais usuários. No caso de haver consenso para dar sequência ao processo, esse consenso pode ser percentual ou fixo. No caso de consenso fixo se de cinco atividades que foram executadas, quatro atenderam a regra de negócio e o consenso definia que havendo quatro aprovações, esta será avançada, caso contrário tomará outro sentido no fluxo do processo. Já para um consenso percentual a metodologia é a mesma, porém o consenso é definido, por exemplo, como sessenta por cento de aprovação. A atividade de execução múltipla pode não conter consenso, dessa forma todas as atividades da execução múltipla deverão ser aprovadas de acordo com a regra de negócio definido na modelagem do processo. Além de selecionar um usuário para execução de uma atividade, pode-se definir um grupo. Nesse caso a atividade é enviada para o Pool, onde todos os usuários do grupo tem acesso a descrição da atividade, porém somente um poderá assumir essa atividade. 3.2.2 Subprocessos Quando um processo torna-se grande, é necessário estudar a segmentação dele. Esta segmentação pode ser realizada avaliando grupos de atividades que possam ser reutilizadas em diferentes processos. Esse grupo de atividades necessita ter seu fluxo claro e o mais ge- nérico possível. Isto facilita o acoplamento em diferentes processos que possuem diferentes finalidades. Baldan Rogério Valle e al. (apud HARRINGTON, ) define que um subprocesso é uma porção do processo principal que possui um objetivo específico. Em alguns cenários, o sub- processo possui autonomia para executar independentemente, já em outros subprocessos isso não é possível devido a necessidade de parâmetros a serem definidos pelo processo principal.
  • 34. 34 Figura 7: Subprocesso - Exemplo 3.2.3 Processos Toda ação realizada por um sujeito, pode ser considerada com uma atividade e uma sequência de atividade constitui um processo. Em um supermercado, para fazer a compra planejada, é necessário executar algumas atividades, como: escolher o produto, pesar, comparar, decidir, embalar entre outros. Porém o resultado dessas operações é o processo de compra. O guia Furlan Sérgio Mylius da Silva (2009) define processo com um conjunto definido de atividades ou interações humanas ou máquinas para alcançar metas. Esses processos são inicializados por eventos específicos e podem apresentar diferentes resultados, dependendo fluxo executado. Para a validação de um processo, é necessário que as tarefas ou atividades estejam inter-relacionadas de modo a solucionar uma questão específica. Os processos ainda são descritos como fluxo que cruzam limites funcionais necessários para entregar valor aos clientes. 3.2.4 Tarefas Em matéria de gerenciamento de processos de negócios, tarefa pode ser considerada como uma atividade atômica que é inclusa no processo. Uma tarefa é derivada de uma ativi- dade, sendo que uma atividade pode gerar várias tarefas, como , por exemplo, uma atividade de execução múltipla. É utilizada quando em um processo uma atividade não pode ser refinada em um subprocesso. A tarefa é executada geralmente por um único usuário.
  • 35. 35 3.3 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO Gerenciamento de processos de negócio desde a definição, o aperfeiçoamento ou me- lhoria e a administração dos processos de negócio de uma organização. Esses processos vão desde o inicio ao fim, envolvendo todos os departamentos e fases da organização, assim como também os parceiros, terceiros com ou sem apoio de tecnologia. Para uma empresa dirigida ao cliente e focada no desempenho, existem três importantes pontos a serem estudos: clareza na direção estratégica, alinhamento dos recursos da organização; e a crescente disciplina nas operações diárias Netto (2008). Netto (2008) ainda descreve que o Business Process Management (BPM), da tradução Gerenciamento de Processos de Negócio, passou por diversas mudanças desde o ínicio dos estudos, que pode ser visto por volta de 1920. Essas mudanças podem ser notadas como ondas de evolução. A primeira onda se deu com o movimento taylorista, onde os processos ainda não era automatizados e estavam implícitos nos trabalhos. Já a segunda onda veio com a reegenharia, complementada pelo ERP(Enterprise resource planning). Nesse momento os processos passaram a ser automatizados, mas ainda não possuiam flexibilidade e agilidade para atender as diferentes mudanças internas e externas. A terceira e atual onda, que se encontra em fase de consolidação, é fundamentada e baseada no gerenciamento de processos, de forma que seja dividida em fases determinadas e dirigidas à satisfação dos clientes. Através do uso do BPM, o estudo com relação a transformação das organizações deixou de ser uma arte imprecisa e com resultados imprevisíveis, passando a ser uma disciplina admi- nistrativa e de engenharia, possuindo indicadores predefinidos, porém fácilmente modificáveis. De acordo com Baldan Rogério Valle e al. (2010), ela exige: • Meio de execução do processos definidos • Um método confiável e sistemático para a realização de análises referente ao impacto causado pelo processo de negócio e de introdução de inovações. • Modelos de execução de processos que sejam de acordo com a estratégia da organização e que possam refletir a dificuldade de suas atividades diárias e que permitam a fácil análise, transformação e mobilização das equipes. • Facilidade para o gerenciamento dos diveros processos de negócio, focando nas necessi- dades atuais dos diversos clientes e possibilitando também a constante alteração dessas necessidades.
  • 36. 36 • Habilidade para rapidamente atender as alterações do mercado podendo reformular o processo. • Compreensão facilitada da trajetória estratégica da organização: incremento dos lucros e expansão de mercado, ou diminuição das influências externas, obstáculos e falhas inter- nas para tomar ações rápidas com as constantes mudanças do mercado. • Um meio consistente e de fácil previsão para o processamento de processos, podendo desta forma transformar a empresa num permanente laboratório de processos, permitindo inovações contínuas, transformações e agilidade de execução. Mesmo sendo a atual melhor alternativa para o gerenciamento das atividades organiza- cionais, existem fatores críticos necessários para obtenção de sucesso na implantação do BPM. Baldan Rogério Valle e al. (2010) cita alguns: (a) Por ser uma medida e alto impacto de administração e ordem de uma organização, torna- se necessidade o apoio da alta direção, incluindo a presidência organizacional e demais profissionais de alto escalão. (b) É necessário haver mudança cultural com relação ao gerenciamento organizacional, ali- nhando as iniciativas de BPM à estratégia da organização. (c) Possuir um gerente de BPM com conhecimentos suficientes, experiência e competências necessárias para o gerenciamento a partir desse novo modelo. (d) Uma estrutura de auxílio com relação ao BPM. Este deve ser claro e objetivo, incluindo o Manual de Processos. (e) Estratégia para tratar a gestão de mudança. (f) Capacitação dos profissionais envolvidos na nova metodologia. (g) Demonstração dos resultados obtidos com a execução do processo, inicialização e conclu- são, evitando a percepção de que não valeu o esforço demandado. (h) Apresentar de maneira clara o dinâmismo das atividades, através das constantes alterações nos fluxos de processos, de modo a atender as variações de mercado e ambientais. (i) Possuir desempenho sustentável, de modo a não caracterizar a execução das atividades como pontual e eventual. O trabalho deve ser continuado e sem paradas. (j) Apresentar concretamente e coerentemente os benefícios alcançados, a agregação de valor alcançada, o alinhamento á estratégia obtido.
  • 37. 37 3.3.1 Ciclo BPM Existem diferentes sugestões referente a modelos de auxílio a gerenciamento de proces- sos de negócios. Todos esses modelos partem do pré-suposto que a empresa ou a organização já possua uma estrutura preparada para fazer o BPM, de modo formal ou não, ou seja, incluso no organograma da organização ou não. Baldan Rogério Valle e al. (2010) ressalta, porém, que nenhum dos modelos existentes correspondem exatamente com a realidade. Não é possível, a partir de um simples modelo, conseguir prever exatamente o comportamento efetivo do BPM. Partindo desse princípio pode-se utilizar o modelo com o objetivo de orientação para a prática, porém as pessoas que implementam ou operam fazem toda a diferença em sua aplicação. Baldan Rogério Valle e al. (2010) descrevem cada etapa que compõe o ciclo: • Planejamento do BPM - O planejamento do BPM tem como objetivo definir as atividades de BPM que servirão para auxiliar no alcance das metas organizacionais. Essas metas vão desde estratégicas até operacionais, como a possibilidade de encontrar possíveis falhas no processo que possam trazer danos a organização (imagem, financeiros, satis- fação de clientes, prazos, etc.), estudo e definição de planos de ação para implantação. • Modelagem e otimização de processos - Atividades que possibilitam a geração de in- formações referente o processo corrente ou também sobre um processo futuro. Realizar a documentação do processo, para ter detalhadamente todas as informações referente ao processo, podendo assim qualquer pessoa com conhecimento em BPM ter conheci- mento como funcionam os processos da organização. Prover integração entre os dados de diferentes processos. Realizar simulações dos processos e assim enxergar possí- veis falhas de modelagem, prever custos baseados em circunstâncias aleatórias, estimar tempo total de execução de processo ainda ativo, inovar e permitir redesenhar sempre que necessário. Gerar especificações para implementação de processos, configuração e customização, para execução e controle. • Execução de processos - Atividades que possui objetivo de garantir a implementação e a execução dos processos, como treinamentos, ajustes de equipamentos de softwares, implantação dos planos de transferência de tecnologia, acompanhamento do processo implantado, monitoria e controle da execução de instância de processo. • Controle e análise de dados - Atividades de controle de dados obtidos através da execu- ção de processos. Isso permite a criação de indicadores e monitoramento constante dos resultados obtidos a cada atualização do processo, ou seja a cada execução de atividade.
  • 38. 38 Pode-se utilizar ferramentas como BI(Business Inteligence) para geração de gráficos e ta- belas personalizadas afim de se obter uma análise mais elaborada e concreta. 3.3.2 Riscos Assim como em projetos, os processos também possuem seus riscos e que da mesma maneira podem influenciar no seu resultado. O risco esta diretamente relacionado com o custo. Custo seja ele de execução de uma atividade ou até mesmo de correção, no caso de algo não previsto acontecer e necessitar ser corrigido. A avaliação do risco é fundamental no gerenciamento de processo. Essa avaliação deve ter como base dois aspectos: probabilidade de ocorrência e e gravidade das consequên- cias. Realizando o produto entre a probabilidade de um determinado risco acontecer com a sua respectiva gravidade, normalmente demonstrada através de prejuízos financeiros, tem-se o conceito essencial para a quantificação dos riscos. Essa quantificação é denominada de Va- lor Monetário Esperado. A definição das prioridades referentes aos risco será o resultado dos eventos que possuirem o maior valor monetário esperado (VARGAS, 2005). Valor monetário esperado = ( Probabilidade ) x ( Gravidade ) 3.3.3 Custos Toda atividade de usuário, ou seja, que é executada por uma pessoa, direta ou indere- tamente, possui um custo. Vargas (2005) define custo como sendo a quantidade necessária de capital para se executar e realizar uma atividade, projeto ou processo. Esse custo é calculado como a soma dos recursos envolvidos na atividade. Esses recursos podem ser máquinas, fer- ramentas, operadores, supervisores, ou seja, tudo que está relacionado com uma atividade e que possuí um custo para utilização. 3.3.4 Rede PERT/CPM Para realizar a simulação da execução de um processo, é necessário a utilização de técnicas já existentes em matéria de gerenciamento de projetos. Vargas (2005) afirma que a análise PERT (Program Evaluation Review Technique) é um processo fundamental e eficiente para quando se tem o objetivo de calcular a duração das atividades de um processo ou projeto. O cálculo baseado na análise PERT define a duração da atividade através de uma estimativa pessimista, otimista e outra mais provável. Levando em consideração a necessidade dessas
  • 39. 39 três variáveis utilizou-se a distribuição triângular para obtenção da simulação do tempo total do processo. PERT é utilizada em projetos que possuem diversas tarefas, isso se dá pela complexi- dade que se tem devido ao grande número de atividades e os problemas envolvidos. A análise PERT possibilita a definição do caminho crítico, assim como a determinação das atividades crí- tica. As atividades críticas são assim definidas com base nas folgas que podem ser visualizadas pela rede, sendo assim nota-se a preocução com o critério tempo. A análise PERT possibilita uma maior precisão no cálculo de um processo se os valores das variáveis forem verdadeiros e próximos ao real. Isso é possível através de duas maneiras. Uma maneira muito comum é através do conhecimento heurístico do profissional responsável pelo projeto ou processo. Dessa forma os valores são baseados na experiência adquirida. Através do uso de software, pode-se armazenar um histórico de execução de processo e assim utilizar a informação para análises futuras. Sendo assim, torna-se possível e sem muito esforço obter um valor pessimista, levando em consideração a atividade que mais demorou para ser concluída. Da mesma forma o valor otimista pode ser adquirido através da atividade que custou o menor tempo para a execução. Para estimar a terceira variável a ser preenchida, ou seja, o valor mais provável, utiliza-se da técnica de medida de posição estatística chamado de moda, como descrito nas seções anteriores desse trabalho. Figura 8: Rede PERT - Exemplo 3.3.4.1 Caminho Crítico Em matéria de gerenciamento de projetos, o caminho crítico é composto de atividades que possuem a maior complexidade de execução em um projeto. Essas atividades, por serem mais complexas, atingem diretamente no resultado do projeto caso elas atrasem. Em outras palavras, o atraso dessas atividades interferem na duração do projeto.
  • 40. 40 Caminho crítico também pode ser definido como o caminho que possui a menor folga, desta forma não existe margem para atraso (VARGAS, 2005). Algumas definições existentes no estudo de caminhos críticos (VARGAS, 2005): • Início mais cedo de uma atividade - Assim como em uma análise rede PERT, o início mais cedo de uma atividade pode ser considerado como o início mais otimista, ou seja, não correu nenhum atraso e as interdependências com as atividades predecessoras fo- ram respeitadas. • Início mais tarde de uma atividade - Diferente do exposto acima, o início mais tar é o início mais pessimista de uma atividade. Esse início não pode prejudirar o processo como um todo, isto significa que é a data mais tarde possível para se iniciar a atividade. • Término mais cedo de uma atividade - É a data de término mais otimista de uma ativi- dade. Essa é baseada no início mais cedo e o tempo de duração estimada da atividade e sem considerar nenhum folga. Término mais cedo = ( Início mais cedo ) + ( Duração estimada ) • Término mais tarde de uma atividade - É a última data para concluir a execução da atividade sem comprometer o processo. Término mais tarde = ( Início mais tarde ) + ( Duração estimada ) • Folga Total - A folga de total é baseada nas estimativas mais tarde de uma atividade. Essa folga não afeta na duração total do processo, porém pode alterar suas atividades sucessoras, desde que essa não sejam atividades críticas. Quando uma atividade utiliza toda a sua folga para realizar o trabalho, ela automaticamente força que todas as suas atividades diretamente sucessoras se tornem atividades críticas, em outras palavras, elas passam a possuir folga zero, pois a sua folga individual foi utilizada pela predecessora. Folga total = ( Término mais tarde ) - ( Início mais tarde ) • Folga Livre ou Individual - A folga livre ou individual é a folga de tempo de uma ati- vidade que não provoca nenhum atraso em suas atividades sucessoras, independente- mente dessa atividade ser ou não crítica. Obtem-se o valor da folga livre através da diferente entre o início mais cedo da atividade sucessora e o término mais cedo da atividade predecessora.
  • 41. 41 Figura 9: Caminho Crítico - Exemplo Folga livre = ( Início mais cedo da sucessora ) - ( Término mais cedo da predecessora ) O terceiro capítulo apresenta além de conceitos sobre gestão de processos um compa- ração com o modelo de gestão funcional tradicional. Inicia-se um novo capítulo deste trabalho, cujo o objetivo é apresentar o processo de desenvolvimento da ferramenta de simulação.
  • 42. 42 4 PRÁTICA 4.1 O PROJETO 4.1.1 A Neomind Com o objetivo de desenvolver uma solução inovadora para o mercado, a Neomind surgiu da junção de profissionais com amplo conhecimento e qualificação na área de gestão do conhecimento empresarial. O objetivo maior é resolver uma série problemas de negócios das organizações. A Neomind, como o próprio nome diz, significa nova mentalidade, ou seja, uma empresa especializada em gestão da informação, e pronta a solucionar os diversos problemas de diferentes setores do mercado. Essa solução é dada através da soma alguns fatores, tais como: (a) Tecnologia: Com a crescente expansão do desenvolvimento de aplicações voltadas ao ambiente web, a Neomind oferece suas soluções com o que há melhor e mais seguro no mercado. A utilização de Java, HTML, CSS3, Javascript e flex oferece ao usuário o que há de melhor em termos de usabilidade, desempenho e segurança. (b) Metodologia de Desenvolvimento: O desenvolvimento do produto Fusion é regido através de práticas de metodologias ágeis. Essas práticas aperfeiçoam o resultado esperado de novas soluções. (c) Profissionais Qualificados: A Neomind conta com a colaboração de profissionais que possuem como objetivo principal a satisfação do cliente. Esses profissionais se relacionam constantemente com o cliente e por isso agregam valor ao produto. Profissionais consulto- res, desenvolvedores e até mesmo suporte ao cliente, buscam a constante atualização de seus conhecimentos. 4.1.2 Fusion ECM Suite O desenvolvimento do trabalho terá como base a ferramenta Fusion ECM Suíte. Esta ferramenta é desenvolvida e mantida pela empresa Neomind Solutions. De acordo com a Neo- mind (2012) o Fusion é uma solução segmentada modularmente, podendo ser facilmente inte- grada a fim de oferecer diferentes aplicações ao mercado. Essas aplicações possuem o objetivo
  • 43. 43 de agilizar e facilitar a gestão das informações, auxiliar o processo de decisão e maximizar os resultados das empresas. 4.1.3 Workflow/BPM (Business Process Management Dentres os módulos desenvolvidos pela empresa Neomind na ferramenta Fusion ECM Suíte está o módulo de workflow. O módulo de workflow/BPM caracteriza-se pela união de pro- gramas e ferramentas que trabalham em conjunto, respeitando suas características e funções. O workflow foi desenvolvido com o objetivo de facilitar o fluxo de trabalho, desde a modelagem dos processos até o gerenciamento de cada atividade de um processo, e assim permitir à or- ganização atingir seus diferentes objetivos e metas e agregar ainda mais, possibilitando que as pessoas trabalhem de modo cooperativo. O workflow/BPM está contido em um propósito maior, que é o gerenciamento das infor- mações de uma empresa. Através dessa tecnologia a empresa pode criar facilmente a interação entre pessoas através de processo, podendo, além disso, gerenciar documentos, equipamentos e sistema. Dentre as características existentes no módulo de workflow estão: (a) Decisões podem ser tomadas de maneira automática a partir de informações de negócio, preenchidas colaborativamente. (b) Regras de negócios estão relacionadas aos processos, o que facilita o gerenciamento. (c) As atividades de um processo podem ser executadas por usuários, sistemas, grupos ou papéis. Nesse cenário papéis estão relacionados com as habilidades e competências dos usuários. Como por exemplo: Papel de Auditoria possuem diversos usuários auditores, podendo ser estes integrantes de diferentes grupos. (d) Relatórios personalizados podem ser gerados dinâmicas através das informações e esta- tísticas geradas pelos processos. (e) Permite controle de alçadas e escalonamentos, utilizadas para aprovações e definição de rotas no fluxo modelado. (f) Sistema desenvolvido com tecnologias web, que permitem a utilização de diferentes perifé- ricos e de diferentes lugares, fazendo com o que o processo não seja prejudicado. (g) Muitos sistema possuem, além de notificações através de email,e também notificações atra- vés de SMS, como o caso do Fusion ECM Suíte.
  • 44. 44 (h) A documentação dos processos são geradas dinâmicamente após a conclusão da modela- gem do fluxo. (i) Elimina a necessidade de utilização de papel na comunicação entre setores em uma orga- nização (j) Permite de modo claro e simples a intereção com possíveis participantes externos da orga- nização, como: fornecedores, representantes, clientes e outros colaboradores. (k) Os processos podem ser monitorados em tempo de execução e de maneira transparente. (l) Reduz o tempo na movimentação de tarefas. (m) Permite a comunicação com outros sistemas utilizados pela organização. 4.1.3.1 O CICLO Segundo Cruz (2004), o ciclo Workflow é divido em seis etapas: I. Análise do Fluxo de Trabalho (processo de negócio) atual: Para definição do fluxo de trabalho, é necessário partir de um cenário real. Esse cenário pode ser obtido através de uma análise realizada com base no modelo atual, com o objetivo de conseguir os elemetos necessários para projetar o novo fluxo de trabalho. II. Projetar o modelo de informação do fluxo de trabalho que quer automatizar: Para projetar o modelo de informação é necessário estudar os objetos que fazem parte do fluxo de trabalho. Esses objetos podem ser procedimentos, regras de negócio, tarefas. Ambos são automatizados com o intuito de tornar o novo processo modelado capaz de contemplar todas as funções do modelo real. • Objetivo do Processo. É necessário saber qual o objetivo a ser atingido com a implentação de um software de workflow. O objetivo é a gestão do fluxo de trabalho por meio de seus documentos, de modo a torná-lo mais eficiente, gerenciado, ágil e seguro. O objetivo pode ser simples ou múltiplo. • Papéis do Workflow. Após a definição do objetivo do processo, é necessário definir quem serão os envolvidos, ou seja, quem participará do ambiente workflow. Os envolvidos são chamados de atores e estes executarão as tarefas mecessárias para que cada atividade especificada no processo seja realizada com sucesso. Os papéis podem ser individuais, possuindo apenas um ator, ou um grupo onde diversos atores
  • 45. 45 executarão a mesma atividade. Por isso, a definição dos papéis do workflow é o principal fator de sucesso da aplicação. • Rota do Processo. O terceiro elemento do projeto é a definição da rota que os documentos, formulários entre outros, irão percorrer para que o processo tenha vida. Para isso existem diversas rotas. Existe a rota sequêncial, paralela, condicional, dinâmica, podem ser agrupadas e dividades em apenas dois grupos: simples e compostas. • Os Documentos e Formulários são o transporte para as informações referente ao processo. Essas informações são disponibilizadas de diferentes formas, tais como: texto, imagem, planilhas, som e outros. • As mensagens que são utilizadas nos diferentes níveis e tipos de eventos do work- flow. • Funções administrativas são utilizadas no decorrer da execução do processo para criar, editar e eliminar usuários. • E-mail. Integração com contas de correio eletrônico através de SMTP. Muito utilizado para notificações. III. Programar o modelo de informação, definindo e detalhando cada um dos elementos contidos nele: Os objetos contidos no modelo de informação são descritos através de formulários, pastas, documentos e o que mais possa se relacionar com estes. IV. Implantar o Workflow: Tendo concluído o desenvolvimento do novo processo, baseado no fluxo de trabalho, será implantado o workflow. Inicialmente realiza-se a execução do workflow em um ambiente de teste ou homologação. Após testado e aprovado, esse fluxo será colocado em produção. V. Gerenciar o processo por intermédio do Workflow: Esse passo consiste na observa- ção e estudo do workflow que está sendo executado. O objetivo é o fluxo de execução e verificar se não há nenhum exceção não contemplada pelos testes realizados anterionar- mente. Pode-se também gerenciar os usuários envolvidos assim como o tempo de cada atividade realizada. VI. Atualizar o modelo de informação implantado: Como todo processo ou procedimento, o modelo de informação pode ser atualizado, com o objetivo de aprimorar os resultados. Dentre esse resultados estão: redução de tempo por atividade, redução recursos utiliza- dos, qualidade dos resultados, novas informações inseridas para gerar relatórios futuros e outros.
  • 46. 46 4.2 TECNOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS 4.2.1 Java Optando por utilizar de uma tecnologia gratuita e de código aberto, a Neomind escolheu a linguagem de programação Java. No ano de 1991, um grupo de pesquisa da Sun Microsystems, chefiados por James Gosling e Patrick Naughton, desenvolveram uma linguagem que por eles foi denominada de Green. Essa linguagem havia sido desenvolvida com o objetivo de ser usada em dispositivos consumidores como receptores inteligentes para televisão. Essa linguagem foi desenvolvida para ser simples e neutra em relação à arquitetura, sendo assim poderia ser executada em qualquer dispositivos de hardwares. Apesar disso, nenhum cliente demonstrou interesse pela tecnologia (HORSTMANN, 2004). Os anos passaram e a linguagem passou a ser muito utilizada por toda a comunidade de desenvolvedores. Sistemas de pequeno a grande porte passaram a ser desenvolvidos utilizando java, além de diversos trabalhos academicos realizados. A grande quantidade de material de pesquisa ajuda a manter a linguagem viva e cada vez mais forte, além dos benefícios que ela própria oferece. 4.2.2 Hibernate Com o objetivo de facilitar a integração do sistema com o banco de dados, o Fusion ECM Suíte utilizou o framework de mapeamento objeto relacional chamado Hibernate. Segundo Filho (2006) o Hibernate como um framework open-source desenvolvido exclu- sivamente para a linguagem java, onde suas principais vantagens são permitir que a aplicação permaneça orientada a objetos e que havendo mudanças na base de dados, essas impliquem em um impacto menor sobre a aplicação. Filho (2006) ainda cita que uma aplicação orientada a objetos, através do uso do hi- bernate, possa guardar no banco de dados o atual estado do objeto em questão para que futuramente possa ser reutilizado. O uso do hibernate oferece grandes ganhos ao desenvolvedor, devido a simplificação da persistência das informações.
  • 47. 47 4.2.3 jQuery Na camada visual do projeto do simulador foi utilizado o framework de javascript cha- mado JQuery. Esse framework tem o objetivo de facilitar o desenvolvimento web de uma apli- cação. Através do uso do JQuery fica muito mais criar efeitos visuais em uma página html, como sincronizar e gerenciar os eventos em ajax. Os evento ajax no desenvolvimento web, são aqueles eventos assíncronos que não necessitam da atualização de toda a página, sendo necessário apenas uma área, como por exemplo um container div. Existem no mercado diversos plugins, que são programas que possuem uma funções específicas e que trabalham em conjunto com outros programas. No desenvolvimento do simu- lador foi necessário a utilização de um plugin que de maneira simples pudesse gerar um gráfico para a apresentação dos resultados simulados. Para isso utilizou-se o JQPlot. 4.2.3.1 jqPlot JQPlot é um plugin de plotagem de gráficos muito utilizado no desenvolvimento de sis- temas web. Este é baseado na tecnologia javascript somado a utilização do JQuery. Essa ferramenta possuí diversas opções de gráficos, como: gráfico de barras, de linha, de pizza entre outros. Além do belo gráfico plotado pela ferramenta, a utilização do JQPlot torna mais fácil a criação desses gráficos. Code 4.1: Exemplo de criação de um gráfico de linha utilizando JQPlot 1 $ ( document ) . ready ( function ( ) { 2 var ajaxDataRenderer = function ( u r l , p l o t , o p t i o n s ) { 3 var r e t = n u l l ; 4 $ . ajax ( { 5 async : f a l s e , 6 url : url , 7 dataType : "json" , 8 success : function ( data ) { 9 r e t = data ; 10 } 11 }) ; 12 return r e t ; 13 }; 14
  • 48. 48 15 //url do arquivo 16 var j s o n u r l = "./jsondata.txt" ; 17 18 // utiliza a url do arquivo texto que possui os valores 19 // para a geração do gráfico 20 var p l o t 2 = $ . j q p l o t ( ’chart2’ , j s o n u r l , { 21 t i t l e : "Exemplo de renderização de gráfico utilizando JSON" , 22 dataRenderer : ajaxDataRenderer , 23 dataRendererOptions : { 24 unusedOptionalUrl : j s o n u r l 25 } 26 }) ; 27 }) ; 4.2.4 HTML (Hyper Text Markup Language) Por se tratar de um sistema web, o simulador foi desenvolvido baseado na linguagem de marcação chamada Html. O Html é o padrão mais utilizado no mercado. Existem diversos frameworks de desenvolvimento que possuem o objetivo de facilitar e acelerar esse processo, porém em muitos casos, ou quase todos, o resultado gerado através desses frameworks é a soma de Html com javascrpt. 4.2.5 CSS (Cascading Style Sheets) Somente com o uso do Html não é suficiente para desenvolver sistemas que atendam o conceito RIA(Rich Internet Applicatio). Para isso existe o Css. O Css é uma folha estilo que define como serão exibidos cada elemento de uma página na internet. Ela proporciona uma maior flexibilidade através da inclusão de elementos como cores, formatos de fontes e organização do layout de uma página. 4.3 ARQUITETURA DO SISTEMA Nessa seção do quarto capítulo serão apresentados alguns padrões adotados no desen- volvimento do simulador. Como o padrão portlets, eforms e por fim a apresentação do diagrama de classe com a definição da arquitetura de desenvolvimento do simulador.
  • 49. 49 4.3.1 Portlets O Fusion ECM Suíte foi desenvolvido no conceito de portal. O portal é um centralizador de conteúdo que possui diversos outros subsites que podem ser visualizados dentro dele. Esses subsites podem estar dentro do domínio do sistem ou fora. Para visualizar os subsites são utilizados portlets. Assim como a orientação a objetos surgiu para haver reutilização de conteúdo, da mesma forma foi desenvolvido o conceito de portlet. O sistema Fusion implementa portlets para que suas telas possam ser reutilizadas em diferentes locais do sistema ou fora do sistema. Levando em consideração esse benefício, também utilizou-se o conceito de portlet no desenvolvimento do simulador. Outra grande vantagem do sistema Fusion é a fácil criação de formulários eletrônicos, chamados de EForms. 4.3.2 EForms Os EForms são formulário eletrônicos que são inteiramente criados pelo usuário do sistema sem a necessidade de desenvolvimento de códigos de programação. Esse usuário pode criar o seu formulário de acordo com o que ele necessita para contemplar seu negócio. Além de oferecerem ganhos de redução com custo de papel também aumenta a produ- tividade na busca, recuperação, impressão e distribuição das informações. No módulo de simulação do sistema Fusion os formulários serão utilizados para a cria- ção dos cenários que definirão o fluxo do processo. Esse será melhor explicado no decorrer do trabalho. 4.3.3 Diagrama de Classe A próxima seção deste trabalho mostrará o processo de desenvolvimento do módulo de simulação de processos. Na etapa de especificação do sistema desenvolveu-se um diagrama de classe cujo o objetivo é descrever as classes criadas para que o sistema pudesses ter exito. Esse diagrama pode ser visto nos apêndices deste trabalho.
  • 50. 50 4.4 DESENVOLVIMENTO Quando se tem um processo com apenas três atividades sequênciais, fica fácil prever o tempo total desse processo, porém quando há um processo que possui inúmeras atividades com condições que possam alterar a rota de execução do processo, a previsão do tempo total do processo torna-se complexo e com baixa precisão se não utilizar uma ferramenta para executar esse trabalho. O Fusion ECM Suíte possui uma ótima ferramenta de modelagem de processo, porém ainda não há nada desenvolvido que possa simular a execução do processo. A proposta desse trabalho é justamente de desenvolver um simulador de processos. Essa ferramenta que será acoplada a Suíte do Fusion será chamada de Fusion Workflow Simu- lation. O processo de desenvolvimento foi dividido em: I. Cadastro de EForm que será utilizado em um processo II. Cadastro de processo que será simulado III. Cadastro da simulação Listagem das atividades Definir os valores de mínimo, máximo e moda de cada atividade IV. Executar simulação Definição da quantidade de simulações Como funciona Inicialização do processo Definição do cenário que será executado o processo Criação de rede PERT e validação de erros de modelagem Simular um valor para cada atividade Calcular o tempo total do processo Criar os objetos analíticos Apresentar os resultados
  • 51. 51 4.4.1 Cadastro de Formulários O cadastro do formulário é fundamental para a execução da simulação. O formulário define a estrutura do cenário que será simulado. Em um processo o formulário tem a responsa- bilidade de documentar as informações que são preenchidas pelo usuário ou sistema. Figura 10: Cadastro de Formulário - Fusion A Figura 10 mostra a tela de cadastro de formulário da ferramenta Fusion. Nessa ima- gem, pode-se observar o campo denominado de EForm Pai que permite a utilização do conceito de herança para a modelagem do formulário. Dessa forma torna-se possível criar formulários mais genéricos que possam ser reutilizáveis por outros EForms filhos. Existem também a possibilidade de criar formulários que não podem ser executados. Estes são chamados de abstratos. Dessa forma os metadados podem ser especificados, o formulário pode ser extendido e utilizado em regras de negócio, porém não pode ser executado diretamente pelo usuário. No cadastro do formulário os metadados são definidos através do cadastro de campos. No cadastro do campo do formulário além dos atributos: visível, editável, filtrável, existe também o campo tipo, que como o nome diz, define o tipo do metadado. Os tipos podem ser: • Arquivo - Campo utilizado para fazer upload de arquivos • Booleano - Campo do tipo selecionável com as opções sim e não. • Data - Campo do tipo data que permite selecionar uma data no calendário.
  • 52. 52 Figura 11: Cadastro de Campos de Formulário - Fusion • E-Form - Campo que permite inserir um formulário dentro de outro. O formulário é visto de forma expandida, mostrando todos os campos que nele foram cadastrados. • Fórmula - Permite inserir fórmulas matemáticas utilizando referência a campos visiveis no formulário. • Hora - Campo do tipo input que possui dados do tipo hora. • Número - Campo que apenas permite a inserção de números. • Texto - Campo do tipo input que permite a inserção de texto. • Usuário - Campo do tipo selecionável que permite selecionar um usuário cadastrado no fusion. Após cadastrados todos os campos necessário e realizado as configurações precisas, pode-se partir para o cadastro e a modelagem do processo. 4.4.2 Cadastro de Processo No cadastro do processo, primeiramente é necessário selecionar um formulário já ca- dastrado, ou cadastrar um novo para ser selecionado. Após selecionado o formulário que será utilizado na modelagem do fluxo de processo, seleciona-se um gestor para esse processo, o qual será responsável pelo processo que está sendo modelado. Tendo realizado essas opera- ções, pode modelar o fluxo do processo e suas atividades.
  • 53. 53 Figura 12: Cadastro de um Processo - Fusion Para a execução da modelagem do fluxo de processo, a ferramenta Fusion ECM Suíte possuí um aplicativo Java Web Start, que permite a execução de uma aplicação java na máquina do cliente, em outras palavras, localmente. Esse aplicativo permite a modelagem de forma simples e eficiente. Figura 13: Ferramenta de Modelagem de Fluxo de Processo - Fusion Além das atividades de usuários, a ferramenta permite criar também atividades de sis- tema, subfluxo e roteadoras. As atividades de sistema, como o próprio nome diz é executada pelo sistema. Para isso a Neomind desenvolveu o conceito de Adapters, que permitem a inserção de classes java
  • 54. 54 que possuem uma regra de negócio específica e que após executadas seguirão o fluxo normal- mente. Um exemplo de adapter seria a execução de uma classe que verifica a cotação atual do dólar e caso o dólar esteja acima de dois reais direciona o fluxo para o gerente comercial para a aprovação da compra. Por sua vez, as atividades de subfluxo possuem o comportamente de um subprocesso, conforme descrito no capítulo 3. As atividades roteadoras são utilizadas em um fluxo de processo para definir o sentido do fluxo. No processo anterior, onde iniciou o cadastro do processo, foi selecionado um formulário. Esse formulário possui campos cadastrados que serão relacionados com as atividades de fluxo do processo. Na figura 13 do lado direito, pode-ser observar uma árvore de campos disponíveis do formulário para o processo. Ao selecionar uma atividade é possível definir quais campos serão visíveis, editáveis ou obrigatórios na sua execução. Após criado o fluxo e definido todas as regras de execução, como saídas múltiplas ou fluxo baseado em condição, pode-se encerrar a aplicação, salvando o novo processo. 4.4.3 Cadastro da Simulação A próxima etapa do desenvolvimento do simulador é a realização do cadastro da simu- lação. Para isso foi desenvolvido uma tela para facilitar a especificação dos valores de cada atividade. Figura 14: Cadastrando uma nova simulação - Fusion No cadastro da simulação é necessário selecionar o processo que será simulado. Esse processo já possui o fluxo de trabalho modelado, conforme visto no item anterior.
  • 55. 55 O processo é o principal objeto que será analisado na simulação. É através dele que será possível saber o fluxo de execução e todas as regras envolvidas. Esse fluxo também está relacionado com campos de um formulário e por fim da execução do processo automaticamente é gerado um documento apartir dos dados preenchidos pelos usuários responsáveis por cada atividade do processo. Figura 15: Cadastro do cenário - Fusion Outro cadastro obrigatório contido no cadastro da simulação é o cadastro de cenários que está relacionado diretamente com o formulário vinculado no processo. Esse cenário tem a função de determinar o caminho que será seguido no fluxo do processo. O cenário é o formulário preenchido de modo em que seus campos, que estão relaci- onados com diferentes regras e condições, atendam diferentes cenários reais e previstos pelo gestor do processo. Figura 16: Preenchendo os campos do cenário - Fusion Um exemplo pode ser observado em um processo de compra de uma empresa, onde um campo valor de compra define qual o caminho que o fluxo irá seguir. Nesse caso, se o valor da compra for superior a um mil reais, será necessário que o gerente comercial aprove essa operação e isso fará com que o fluxo dirija a próxima atividade a esse gerente. Caso contrário a aprovação não será necessária avançando a atividade diretamente para o processo de solicitação de compra.