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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
         Faculdade de Ciências da Saúde
               Curso de Medicina
                 Clínica Médica




          Willian Pegoraro Kus
               Interno HU/UFGD

                 Dourados/MS
                Agosto de 2012
   Friedmann, A. A. Eletrocardiograma em 7
    aulas: temas avançados e outros métodos.
    Barueri, SP: Editora Manole, 2011.
ECG no Hospital Geral
     Sumário

1.     Cardiopatias
2.     Doenças Pulmonares
3.     Doenças do Sistema Nervoso
4.     Outras Condições Não Cardíacas
5.     Efeitos de Medicamentos no ECG
ECG no Hospital Geral
    1. Cardiopatias
•   Pericardite aguda
•   Derrame pericárdico
•   Miocardiopatias
•   Miocardites agudas
•   Miocardiopatia da doença de Chagas
•   Cardiomiopatia hipertrófica
•   Valvopatias
•   Hipertensão Arterial
•   Cardiopatias congênitas em adultos
ECG no Hospital Geral
    1. Cardiopatias
   Distúrbios eletrolíticos e outras alterações metabólicas
   Hiperpotassemia
   Hipopotassemia
   Hipocalcemia
   Hipercalcemia
   Hipotermia
   Hipotiroidismo
   Supradesnivelamento de ST
     Caráter difuso                        IAM
     Amplitude menor             X         Localizado
       não maior que 0,5 mV                 e maior ampl
     “ST feliz”  concavidade superior
     Consequente da inflamação miocárdica subepicárdica

   Infradesnivelamento de PR
     + Supra ST = patognomônico de pericardite aguda
     Caracteriza comprometimento de câmara atrial e
      ventricular
     Lesão inflamatória dos átrios
   Taquicardia sinusal
     Comprometimento epicárdio

   Arritmias
     FA e extrassístoles

   Onda T
     Progressivo achatamento e inversão
     Pode ocorrer mesmo após desaparecer elevação ST

   Diagnóstico diferencial de IAM
     Ausência de onda Q patológica na pericardite
   Baixa voltagem
     Deflexões maiores que 0,5 mV nas D de plano frontal
                             que 1,0 mV nas D precordiais
     Efeito dielétrico do líquido
      ▪ Quanto mais fibrina, maior o isolamento

   Taquicardia sinusal
     Por tamponamento cardíaco
                       insuficiência cardíaca diastólica
   Alternância elétrica
     Variações da amplitude QRS
O mesmo que cardiomiopatia
“Patologias que se caracterizam pelo acometimento primário do
           miocárdio, comprometendo sua função.”
   Três tipos:
     Dilatada
    1ª. Idiopática
    2ª. Inflamatório (miocardite), tóxico, metabólico, infiltrativo,
    fibrodegenerativo ou isquêmico.
         Chagas; C. alcoólica; Miocardite viral;
         Cardiomiocardite periparto, diabética, relacionada ao HIV...
     Hipertrófica
    Hipertrofia excêntrica e concêntrica
      Restritiva
    Fibrose e hipertrofia  redução da complacência  disfunção diastólica
ECG  Alterações inespecíficas

   Alterações da onda T
     Baixa voltagem ou negativa
   Arritmias cardíacas
     Muito frequêntes
     Extrassístole e taquiarritmia
   Sobrecargas
     S. de câmara esquerda  miocard. hipertensiva ou
                                                valvar
   Distúrbios de condução
     Mais encontrada na D. de Chagas pela avidez do
     parasita ao tecido nervoso
   Áreas inativas
     Confundidas com necrose IAM
     Causada por fibrose do miocárdio
   Taquicardia sinusal persistente
   Alterações inespecíficas da repolarização ventricular
   ST supra ou infradesnivelado
   Onda T menor voltagem ou negativa
   Arritmias: taquiarritmia; extrassístoles ventriculares ou
    supraventriculares (atriais e juncionais); FA

Doença reumática:
   Intervalo PR aumentado indica miocardite
   Três fases:

     Indeterminada                     Avançada
      ▪ Sem alterações                   ▪ Extrassístoles ventriculares
                                           polimórficas
                                         ▪ Taquicardia ventricular
     Cardiopatia clínica
                                         ▪ BAV avançado ou total
      ▪ Distúrbios de condução
                                         ▪ Ondas Q patológicas
        ▪ BRD; BDAS; BAV de 1º grau
                                           ▪ Q normal até no máximo 25% da onda R
      ▪ Extrassístoles Ventriculares
                                         ▪ Transtornos difusos da condução
      ▪ FA
                                         ▪ Baixa voltagem
                                          - Indicado marca-passo
Critérios:
   Alargamento final do QRS > 3 quadradinhos
   Em V1: presença de RSR’, volta a ter inscri-
    ção positiva após onda S; onda R pura
   Em DI, V5 e V6: ondas S profundas e lentas
   BAV de 1º grau: é caracterizado por um intervalo PR > 0,2 s = 5 q
   BAV de 2º grau Mobitz I: ondas P bloqueadas (ausência de
    onda P a cada determinado período de tempo).
 Fenômeno de Wenckebach - É o que caracteriza o Mobitz I
    ▪ Aumento progressivo do intervalo PR até que a onda P seja bloqueada.
 Intervalo RR variável
 Se entre os QRS temos 2 ondas P, diz-se que é um bloqueio 2:1.
    Quando temos um bloqueio do tipo 3:1 (ou mais de 1 onda P
    bloqueada em seguida), diz-se que é um BAV avançado.
   BAV de 2º grau Mobitz I
   BAV de 2º grau Mobitz II
     Critérios diagnósticos:
       Eventuais ondas P não seguidas de QRS
       Intervalo PR fixo
       Intervalos RR regulares
       Em geral, o complexo QRS apresenta padrão de bloqueio de ramo.
   BAV de 2º grau Mobitz II
   BAV de 3º grau ou BAV total (BAVT)
    Neste bloqueio as ondas P não guardam nenhuma relação com os complexos
    QRS, o átrio passa a ter os seus ritmos comandados por fontes diferentes.
   BAV de 3º grau ou BAV total (BAVT)
   Três fases:

     Indeterminada                     Avançada
      ▪ Sem alterações                   ▪ Extrassístoles ventriculares
                                           polimórficas
                                         ▪ Taquicardia ventricular
     Cardiopatia clínica
                                         ▪ BAV avançado ou total
      ▪ Distúrbios de condução
                                         ▪ Ondas Q patológicas
        ▪ BRD; BDAS; BAV de 1º grau
                                           ▪ Q normal até no máximo 25% da onda R
      ▪ Extrassístoles Ventriculares
                                         ▪ Transtornos difusos da condução
      ▪ FA
                                         ▪ Baixa voltagem
                                          - Indicado marca-passo
   Três fases:

     Indeterminada                     Avançada
      ▪ Sem alterações                   ▪ Extrassístoles ventriculares
                                           polimórficas
                                         ▪ Taquicardia ventricular
     Cardiopatia clínica
                                         ▪ BAV avançado ou total
      ▪ Distúrbios de condução
                                         ▪ Ondas Q patológicas
        ▪ BRD; BDAS; BAV de 1º grau
                                           ▪ Q normal até no máximo 25% da onda R
      ▪ Extrassístoles Ventriculares
                                         ▪ Transtornos difusos da condução
      ▪ FA
                                         ▪ Baixa voltagem
                                          - Indicado marca-passo
   Figura 7,4
Potencialmente   Taquicardias                      síncopes e
     grave      Ventriculares                    morte súbita

Há 2 formas:
 Septal
     Q importante em D inferiores e/ou laterais
     Onda R em V1

   Apical
     Doença de Yamagushi
     D precordiais Onda T negativa gigante, > 10 mm
   Septal
     Q importante em D inferiores e/ou laterais; Onda R em V1
   Apical
     D precordiais Onda T negativa gigante, > 10 mm
Estenose                   Sobrecarga
Insuficiência valvar            Cardíaca


   Lesão mitral  aumento de átrio esquerdo
   Lesão tricúspide  aumento de átrio direito
     Arritmias supraventriculares: FA
   Estenose mitral = SAE + SVD
                                    hipertensão pulmonar

 SAE
Onda P ≥ 0,12 s - onda p mitrale
       Entalhada
       Índice de Morris - V1: fase (-) > 1mm
 SVD
QRS     Desvio de eixo:
                para direita – QRS negativo em V1 e positivo em aVR
                ou para frente – V1: ao invés de rS  Rs, qR, qRs, R puro
        Onda S em V5 e V6 maiores que 5 mm
   Insuficiência Mitral
    Sobrecarga de ambas as câmaras esquerdas
 ▪ SAE
Onda P      ≥ 0,12 s - onda p mitrale
            Entalhada
            Índice de Morris - V1: fase (-) > 1mm

 ▪ SVE                            Sensibilidade Especificidade
Sokolow (V1: S + R em V5 > 35mm)     baixa       muito alta
Cornell (aVL: R + S em V3 > 20-28mm) média          alta
R em aVL > 11mm                      baixa       muito alta
Romhilt-Estes                        média          alta
   Critérios de Homhilt                    Interpretação
     3 pontos cada item                     5 pontos
      ▪ Sokolow                               ▪ SVE
      ▪ Padrão strain sem digitálicos
                                             4 pontos
      ▪ SAE (Morris)
                                              ▪ Provável
     2 pontos
      ▪ BDAS
     1 ponto
      ▪ QRS alargado sem bloqueio de ramo
      ▪ Padrão strain em uso de digitálicos
   Valvopatias aórticas
     Sobrecarga VE  aumento da amplitude QRS

    ▪ Estenose aórtica
     ▪ SVE + strain
        Infradesnivelo de ST
        Onda T negativa nas                 Fig 2.8
               D esquerdas

     ▪ Repolarização invertida:
     endocárdio  epicárdio
   A causa mais comum de SVE e de BRE
   SVE com padrão strain
     Infradesnivelo de ST
     Onda T negativa nas D esquerdas
   BRE
       QRS ≥ 0,12s
       Eixo normal
       Morfologia em V1 do tipo rS ou QS
       Onda T negativas nas D esquerdas
       QRS monofásico com ondas R alargadas e entalhadas nas D
        esquerdas
   C IA
   C IV
   PCA
   Estenose Pulmonar
   Estenose Aórtica
   Coarctação da Aorta
   Tetralogia de Fallot
   C I A ostium secundum
     Sobrecarga diastólica do VD
      ▪ Sobrecarga do AD
      ▪ Desvio do QRS para D
      ▪ V1: bloqueio de ramo D

   C I A ostium primum
     BDAS

   Síndrome de Eisenmenger – HAPulmonar
     Acentuada sobrecarga de coração D
   C IV
     Sobrecarga Biventricular
   PCA
     SVE
   Estenose Pulmonar
     HVD
   Estenose Aórtica e Coarctação da Aorta
     HVE
   Tetralogia de Fallot
     HVD, BRD
   Hiperpotassemia
   Hipopotassemia
   Hipocalcemia
   Hipercalcemia
   Alterações de magnesemia
   Hipotermia
   Hipotiroidismo
   Bradiarritmias
   Diminui amplitude da onda P
   QRS alargado
   Fibrilação V ou parada cardíaca
   Supra de ST

   Onda T
     Aumenta amplitude
     Alta, pontiaguda, simétrica
             padrão “em tenda”
   QRS alargado: Simula BR, até QRS bizarro
   Onda P
     Diminuição progressiva
     Desaparecimento de P
     Ritmo sinoventricular
      ▪ Origem sinusal sem despolarização atrial

   Supra de ST
     Fase avançada
     Simula IAM
   Bradiarritmias
     Frequente no Renal Crônico
     Inicialmente: aumento intervalo PR
     Evolução: BAV 2º ou 3º grau
   Onda T
     Amplitude regride progressivamente
     Achatamento
     Negativa
     Infradesnivelo ST
   Arritmias
     Principalmente em uso de digitálicos
     Extrassístoles e taquicardias atriais ou ventriculares

   Onda U
     Aparecimento próxima e maior à onda T
     Positiva   X   Negativa do IAM
   ST prolongado e retificado
Clínica                                 ECG

   Hiperpotassemia                            Onda T em tenda
   Hipocalcemia                               ST prolongado
   SVE                              Sensibilidade   Especificidade
Sokolow (V1: S + R em V5 > 35mm)        baixa          muito alta
Cornell (aVL: R + S em V3 > 20-28mm)    média             alta
R em aVL > 11mm                         baixa          muito alta
Romhilt-Estes                           média             alta
   ST diminui; QRS se aproxima da onda T; Onda J
   Abaixo de 35ºC
     Bradicardia sinusal

     Onda J (Tomaszewski, 1938)
      ▪ Entalhe positivo nas D esquerdas no final no ponto J
              entre o término do QRS e o início do segmento ST

   Prolongamento QT
Prolongamento      Taquicardias                 síncopes e
     QT         Ventriculares                morte súbita
   Baixa voltagem
     Mixedema + Derrame Pericárdico
     QRS ≤ 0,5 mV em D frontais
     QRS ≤ 1,0 mV em D horizontais

   Bradicardia sinusal
     Derrame Pericárdico   X Hipotireoidismo
        taquicardia             bradicardia
ECG no Hospital Geral
    2. Doenças Pulmonares
    Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
    Tromboembolismo pulmonar

                      Padrão de
 Doenças            Hipertensão           Sobrecarga
Pulmonares            Pulmonar            Câmaras direitas
   Onda P pulmonale
     Negativa em aVL e V1, maior amplitude em D2, D3 e aVF
   QRS
       Amplitude diminui
       V1-V6: rS
       V1 e V2 sem R
       Sem enfisema – SVD
   Arritmias
       Extrassístoles
       FA
       Flutter atrial
       Taquicardia atrial
        ▪ T A Multifocal após broncodilatador com teofilina ou agonistas ß-adrenérgicos
Padrão de
 Doenças                Hipertensão              Sobrecarga
Pulmonares                Pulmonar               Câmaras direitas

        ECG exclui IAM, Exame clínico e RX são de pouca ajuda


   Taquicardia sinusal
     O mais frequente

   Alterações inespecíficas de onda T
     Inversão em D3, avF, V1 a V4
   Padrão S1Q3T3
     D1: onda S
     D3: onda Q e onda T negativa

   Distúrbio do condução do ramo direito
     R’ em V1



   Pequeno desvio para direita comparado com ECG prévio
   O
ECG no Hospital Geral
    3. Doenças do Sistema Nervoso
•    Lesões agudas do sistema nervoso central
•    Estresse emocional
•    Distrofias musculares
•    Doença de Parkinson
   AVE hemorrágico e TCE
     Liberação de noradrenalina
     Acidente vascular isquêmico, tumores, infecções do SNC e
      durante neurocirurgia.

   Onda T cerebrais
     Ondas negativas gigantes (> 1mV)
     Diagnóstico diferencial IAM
   O
   Prolongamentos QT
     Causado por injúria cerebral aguda
     Predispõem à Arritmias Ventriculares malignas e morte
      súbita

   Síndrome do miocárdio atordoado
     Onda Q transitórias sem isquemia de miocárdio

   Arritmias
     Bradi ou Taquicardia sinusal
     Extra sístoles
     Taquiarritmias ventricular e supraventriculares
   Pode causar insuficiência coronária aguda sem
    doença coronariana

   ECG com padrão de infarto, mas o
    acometimento é difuso

   Eco: miocardiopatia dilatada
   Cardiomiopatia pseudo-hipertrófica
   Atrofia de miofibrinas
   Fibrose intersticial
   Miocardiopatia dilatada

   ECG com hipertrofias, dist. de condução, arritmias...

   Duchenne e Becker
   Em V1: Ondas R com relação R/S >1
   D1, aVL, V5 e V7: ondas Q
   O
   Simula flutter atrial
ECG no Hospital Geral
     4. Outras Condições Não Cardíacas

•   Desvio de eixo - pneumotórax, proc expansivo do
    mediastino

•   Alterações de ST-T - DRGE

•   BAVT congênito – RN de mães lúpicas
ECG no Hospital Geral
    5. Efeitos de Medicamentos no ECG
•    Ação digitálica
•    Intoxicação digitálica
•    Antiarrítmicos
•    Antidepressivos
•    Outras drogas
   Onda T achatada
   ST infradesnivelado e côncavo
   QT diminuído
   PR aumentado
   O
   Arritmias
     Bradi ou taquiarritmias e arritmias complexas

   Intoxicação digitálica = interrupção do tratamento
   Bloqueio AV parcial na FA
     Diminui FC – melhora condições cardiocirculatórias

   Extrassístoles ventriculares bigeminadas
   Extrassístoles ventriculares polimórficas
   Taquicardia atrial com bloqueio AV variável
   Taquicardia juncional não paroxística
   Dissociação AV
   Taquicardia bidirecional
   FA e flutter atrial
   Quinidina:
     Reduz amplitude onda T e infradesnivelo de ST
     QT prolongado
      ▪ Predispõem arritmias ventriculares graves
     QRS alargado
      ▪ Acima de 25% é característico de intoxicação
   QT prolongado - tricíclicos e tetracíclicos
     Taquiarritmias ventriculares


   Distúrbio de condução de ramo direito
     Sinal precoce de intoxicação
   Cisaprida
     Prolonga IQT


   Ensaios clínicos
     atenção ao efeito no intervalo QT
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ECG no Hospital Geral

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Faculdade de Ciências da Saúde Curso de Medicina Clínica Médica Willian Pegoraro Kus Interno HU/UFGD Dourados/MS Agosto de 2012
  • 2. Friedmann, A. A. Eletrocardiograma em 7 aulas: temas avançados e outros métodos. Barueri, SP: Editora Manole, 2011.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. ECG no Hospital Geral Sumário 1. Cardiopatias 2. Doenças Pulmonares 3. Doenças do Sistema Nervoso 4. Outras Condições Não Cardíacas 5. Efeitos de Medicamentos no ECG
  • 12. ECG no Hospital Geral 1. Cardiopatias • Pericardite aguda • Derrame pericárdico • Miocardiopatias • Miocardites agudas • Miocardiopatia da doença de Chagas • Cardiomiopatia hipertrófica • Valvopatias • Hipertensão Arterial • Cardiopatias congênitas em adultos
  • 13. ECG no Hospital Geral 1. Cardiopatias  Distúrbios eletrolíticos e outras alterações metabólicas  Hiperpotassemia  Hipopotassemia  Hipocalcemia  Hipercalcemia  Hipotermia  Hipotiroidismo
  • 14. Supradesnivelamento de ST  Caráter difuso IAM  Amplitude menor X Localizado não maior que 0,5 mV e maior ampl  “ST feliz”  concavidade superior  Consequente da inflamação miocárdica subepicárdica  Infradesnivelamento de PR  + Supra ST = patognomônico de pericardite aguda  Caracteriza comprometimento de câmara atrial e ventricular  Lesão inflamatória dos átrios
  • 15. Taquicardia sinusal  Comprometimento epicárdio  Arritmias  FA e extrassístoles  Onda T  Progressivo achatamento e inversão  Pode ocorrer mesmo após desaparecer elevação ST  Diagnóstico diferencial de IAM  Ausência de onda Q patológica na pericardite
  • 16.
  • 17. Baixa voltagem  Deflexões maiores que 0,5 mV nas D de plano frontal que 1,0 mV nas D precordiais  Efeito dielétrico do líquido ▪ Quanto mais fibrina, maior o isolamento  Taquicardia sinusal  Por tamponamento cardíaco  insuficiência cardíaca diastólica  Alternância elétrica  Variações da amplitude QRS
  • 18.
  • 19. O mesmo que cardiomiopatia “Patologias que se caracterizam pelo acometimento primário do miocárdio, comprometendo sua função.”  Três tipos:  Dilatada 1ª. Idiopática 2ª. Inflamatório (miocardite), tóxico, metabólico, infiltrativo, fibrodegenerativo ou isquêmico. Chagas; C. alcoólica; Miocardite viral; Cardiomiocardite periparto, diabética, relacionada ao HIV...  Hipertrófica Hipertrofia excêntrica e concêntrica  Restritiva Fibrose e hipertrofia  redução da complacência  disfunção diastólica
  • 20. ECG  Alterações inespecíficas  Alterações da onda T  Baixa voltagem ou negativa  Arritmias cardíacas  Muito frequêntes  Extrassístole e taquiarritmia  Sobrecargas  S. de câmara esquerda  miocard. hipertensiva ou valvar
  • 21. Distúrbios de condução  Mais encontrada na D. de Chagas pela avidez do parasita ao tecido nervoso  Áreas inativas  Confundidas com necrose IAM  Causada por fibrose do miocárdio
  • 22.
  • 23. Taquicardia sinusal persistente  Alterações inespecíficas da repolarização ventricular  ST supra ou infradesnivelado  Onda T menor voltagem ou negativa  Arritmias: taquiarritmia; extrassístoles ventriculares ou supraventriculares (atriais e juncionais); FA Doença reumática: Intervalo PR aumentado indica miocardite
  • 24. Três fases:  Indeterminada  Avançada ▪ Sem alterações ▪ Extrassístoles ventriculares polimórficas ▪ Taquicardia ventricular  Cardiopatia clínica ▪ BAV avançado ou total ▪ Distúrbios de condução ▪ Ondas Q patológicas ▪ BRD; BDAS; BAV de 1º grau ▪ Q normal até no máximo 25% da onda R ▪ Extrassístoles Ventriculares ▪ Transtornos difusos da condução ▪ FA ▪ Baixa voltagem - Indicado marca-passo
  • 25. Critérios:  Alargamento final do QRS > 3 quadradinhos  Em V1: presença de RSR’, volta a ter inscri- ção positiva após onda S; onda R pura  Em DI, V5 e V6: ondas S profundas e lentas
  • 26.
  • 27.
  • 28. BAV de 1º grau: é caracterizado por um intervalo PR > 0,2 s = 5 q
  • 29. BAV de 2º grau Mobitz I: ondas P bloqueadas (ausência de onda P a cada determinado período de tempo).  Fenômeno de Wenckebach - É o que caracteriza o Mobitz I ▪ Aumento progressivo do intervalo PR até que a onda P seja bloqueada.  Intervalo RR variável  Se entre os QRS temos 2 ondas P, diz-se que é um bloqueio 2:1. Quando temos um bloqueio do tipo 3:1 (ou mais de 1 onda P bloqueada em seguida), diz-se que é um BAV avançado.
  • 30. BAV de 2º grau Mobitz I
  • 31. BAV de 2º grau Mobitz II  Critérios diagnósticos:  Eventuais ondas P não seguidas de QRS  Intervalo PR fixo  Intervalos RR regulares  Em geral, o complexo QRS apresenta padrão de bloqueio de ramo.
  • 32. BAV de 2º grau Mobitz II
  • 33. BAV de 3º grau ou BAV total (BAVT) Neste bloqueio as ondas P não guardam nenhuma relação com os complexos QRS, o átrio passa a ter os seus ritmos comandados por fontes diferentes.
  • 34. BAV de 3º grau ou BAV total (BAVT)
  • 35. Três fases:  Indeterminada  Avançada ▪ Sem alterações ▪ Extrassístoles ventriculares polimórficas ▪ Taquicardia ventricular  Cardiopatia clínica ▪ BAV avançado ou total ▪ Distúrbios de condução ▪ Ondas Q patológicas ▪ BRD; BDAS; BAV de 1º grau ▪ Q normal até no máximo 25% da onda R ▪ Extrassístoles Ventriculares ▪ Transtornos difusos da condução ▪ FA ▪ Baixa voltagem - Indicado marca-passo
  • 36. Três fases:  Indeterminada  Avançada ▪ Sem alterações ▪ Extrassístoles ventriculares polimórficas ▪ Taquicardia ventricular  Cardiopatia clínica ▪ BAV avançado ou total ▪ Distúrbios de condução ▪ Ondas Q patológicas ▪ BRD; BDAS; BAV de 1º grau ▪ Q normal até no máximo 25% da onda R ▪ Extrassístoles Ventriculares ▪ Transtornos difusos da condução ▪ FA ▪ Baixa voltagem - Indicado marca-passo
  • 37. Figura 7,4
  • 38.
  • 39. Potencialmente Taquicardias síncopes e grave  Ventriculares  morte súbita Há 2 formas:  Septal  Q importante em D inferiores e/ou laterais  Onda R em V1  Apical  Doença de Yamagushi  D precordiais Onda T negativa gigante, > 10 mm
  • 40. Septal  Q importante em D inferiores e/ou laterais; Onda R em V1
  • 41. Apical  D precordiais Onda T negativa gigante, > 10 mm
  • 42. Estenose Sobrecarga Insuficiência valvar  Cardíaca  Lesão mitral  aumento de átrio esquerdo  Lesão tricúspide  aumento de átrio direito  Arritmias supraventriculares: FA
  • 43. Estenose mitral = SAE + SVD hipertensão pulmonar  SAE Onda P ≥ 0,12 s - onda p mitrale Entalhada Índice de Morris - V1: fase (-) > 1mm  SVD QRS Desvio de eixo: para direita – QRS negativo em V1 e positivo em aVR ou para frente – V1: ao invés de rS  Rs, qR, qRs, R puro Onda S em V5 e V6 maiores que 5 mm
  • 44.
  • 45.
  • 46. Insuficiência Mitral Sobrecarga de ambas as câmaras esquerdas ▪ SAE Onda P ≥ 0,12 s - onda p mitrale Entalhada Índice de Morris - V1: fase (-) > 1mm ▪ SVE Sensibilidade Especificidade Sokolow (V1: S + R em V5 > 35mm) baixa muito alta Cornell (aVL: R + S em V3 > 20-28mm) média alta R em aVL > 11mm baixa muito alta Romhilt-Estes média alta
  • 47.
  • 48.
  • 49. Critérios de Homhilt  Interpretação  3 pontos cada item  5 pontos ▪ Sokolow ▪ SVE ▪ Padrão strain sem digitálicos  4 pontos ▪ SAE (Morris) ▪ Provável  2 pontos ▪ BDAS  1 ponto ▪ QRS alargado sem bloqueio de ramo ▪ Padrão strain em uso de digitálicos
  • 50.
  • 51. Valvopatias aórticas  Sobrecarga VE  aumento da amplitude QRS ▪ Estenose aórtica ▪ SVE + strain  Infradesnivelo de ST  Onda T negativa nas Fig 2.8 D esquerdas ▪ Repolarização invertida: endocárdio  epicárdio
  • 52. A causa mais comum de SVE e de BRE  SVE com padrão strain  Infradesnivelo de ST  Onda T negativa nas D esquerdas  BRE  QRS ≥ 0,12s  Eixo normal  Morfologia em V1 do tipo rS ou QS  Onda T negativas nas D esquerdas  QRS monofásico com ondas R alargadas e entalhadas nas D esquerdas
  • 53.
  • 54.
  • 55. C IA  C IV  PCA  Estenose Pulmonar  Estenose Aórtica  Coarctação da Aorta  Tetralogia de Fallot
  • 56. C I A ostium secundum  Sobrecarga diastólica do VD ▪ Sobrecarga do AD ▪ Desvio do QRS para D ▪ V1: bloqueio de ramo D  C I A ostium primum  BDAS  Síndrome de Eisenmenger – HAPulmonar  Acentuada sobrecarga de coração D
  • 57.
  • 58.
  • 59. C IV  Sobrecarga Biventricular  PCA  SVE  Estenose Pulmonar  HVD  Estenose Aórtica e Coarctação da Aorta  HVE  Tetralogia de Fallot  HVD, BRD
  • 60. Hiperpotassemia  Hipopotassemia  Hipocalcemia  Hipercalcemia  Alterações de magnesemia  Hipotermia  Hipotiroidismo
  • 61. Bradiarritmias  Diminui amplitude da onda P  QRS alargado  Fibrilação V ou parada cardíaca  Supra de ST  Onda T  Aumenta amplitude  Alta, pontiaguda, simétrica  padrão “em tenda”
  • 62. QRS alargado: Simula BR, até QRS bizarro
  • 63.
  • 64. Onda P  Diminuição progressiva  Desaparecimento de P  Ritmo sinoventricular ▪ Origem sinusal sem despolarização atrial  Supra de ST  Fase avançada  Simula IAM
  • 65.
  • 66. Bradiarritmias  Frequente no Renal Crônico  Inicialmente: aumento intervalo PR  Evolução: BAV 2º ou 3º grau
  • 67.
  • 68.
  • 69. Onda T  Amplitude regride progressivamente  Achatamento  Negativa  Infradesnivelo ST
  • 70.
  • 71.
  • 72. Arritmias  Principalmente em uso de digitálicos  Extrassístoles e taquicardias atriais ou ventriculares  Onda U  Aparecimento próxima e maior à onda T  Positiva X Negativa do IAM
  • 73.
  • 74. ST prolongado e retificado
  • 75. Clínica ECG  Hiperpotassemia Onda T em tenda  Hipocalcemia ST prolongado  SVE Sensibilidade Especificidade Sokolow (V1: S + R em V5 > 35mm) baixa muito alta Cornell (aVL: R + S em V3 > 20-28mm) média alta R em aVL > 11mm baixa muito alta Romhilt-Estes média alta
  • 76. ST diminui; QRS se aproxima da onda T; Onda J
  • 77. Abaixo de 35ºC  Bradicardia sinusal  Onda J (Tomaszewski, 1938) ▪ Entalhe positivo nas D esquerdas no final no ponto J entre o término do QRS e o início do segmento ST  Prolongamento QT Prolongamento Taquicardias síncopes e QT  Ventriculares  morte súbita
  • 78.
  • 79. Baixa voltagem  Mixedema + Derrame Pericárdico  QRS ≤ 0,5 mV em D frontais  QRS ≤ 1,0 mV em D horizontais  Bradicardia sinusal  Derrame Pericárdico X Hipotireoidismo taquicardia bradicardia
  • 80.
  • 81. ECG no Hospital Geral 2. Doenças Pulmonares  Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica  Tromboembolismo pulmonar Padrão de Doenças  Hipertensão  Sobrecarga Pulmonares Pulmonar Câmaras direitas
  • 82. Onda P pulmonale  Negativa em aVL e V1, maior amplitude em D2, D3 e aVF  QRS  Amplitude diminui  V1-V6: rS  V1 e V2 sem R  Sem enfisema – SVD  Arritmias  Extrassístoles  FA  Flutter atrial  Taquicardia atrial ▪ T A Multifocal após broncodilatador com teofilina ou agonistas ß-adrenérgicos
  • 83.
  • 84. Padrão de Doenças  Hipertensão  Sobrecarga Pulmonares Pulmonar Câmaras direitas ECG exclui IAM, Exame clínico e RX são de pouca ajuda  Taquicardia sinusal  O mais frequente  Alterações inespecíficas de onda T  Inversão em D3, avF, V1 a V4
  • 85. Padrão S1Q3T3  D1: onda S  D3: onda Q e onda T negativa  Distúrbio do condução do ramo direito  R’ em V1  Pequeno desvio para direita comparado com ECG prévio
  • 86. O
  • 87. ECG no Hospital Geral 3. Doenças do Sistema Nervoso • Lesões agudas do sistema nervoso central • Estresse emocional • Distrofias musculares • Doença de Parkinson
  • 88. AVE hemorrágico e TCE  Liberação de noradrenalina  Acidente vascular isquêmico, tumores, infecções do SNC e durante neurocirurgia.  Onda T cerebrais  Ondas negativas gigantes (> 1mV)  Diagnóstico diferencial IAM
  • 89. O
  • 90. Prolongamentos QT  Causado por injúria cerebral aguda  Predispõem à Arritmias Ventriculares malignas e morte súbita  Síndrome do miocárdio atordoado  Onda Q transitórias sem isquemia de miocárdio  Arritmias  Bradi ou Taquicardia sinusal  Extra sístoles  Taquiarritmias ventricular e supraventriculares
  • 91. Pode causar insuficiência coronária aguda sem doença coronariana  ECG com padrão de infarto, mas o acometimento é difuso  Eco: miocardiopatia dilatada
  • 92. Cardiomiopatia pseudo-hipertrófica  Atrofia de miofibrinas  Fibrose intersticial  Miocardiopatia dilatada  ECG com hipertrofias, dist. de condução, arritmias...  Duchenne e Becker  Em V1: Ondas R com relação R/S >1  D1, aVL, V5 e V7: ondas Q
  • 93. O
  • 94. Simula flutter atrial
  • 95. ECG no Hospital Geral 4. Outras Condições Não Cardíacas • Desvio de eixo - pneumotórax, proc expansivo do mediastino • Alterações de ST-T - DRGE • BAVT congênito – RN de mães lúpicas
  • 96. ECG no Hospital Geral 5. Efeitos de Medicamentos no ECG • Ação digitálica • Intoxicação digitálica • Antiarrítmicos • Antidepressivos • Outras drogas
  • 97. Onda T achatada  ST infradesnivelado e côncavo  QT diminuído  PR aumentado
  • 98. O
  • 99. Arritmias  Bradi ou taquiarritmias e arritmias complexas  Intoxicação digitálica = interrupção do tratamento  Bloqueio AV parcial na FA  Diminui FC – melhora condições cardiocirculatórias  Extrassístoles ventriculares bigeminadas  Extrassístoles ventriculares polimórficas  Taquicardia atrial com bloqueio AV variável  Taquicardia juncional não paroxística  Dissociação AV  Taquicardia bidirecional  FA e flutter atrial
  • 100. Quinidina:  Reduz amplitude onda T e infradesnivelo de ST  QT prolongado ▪ Predispõem arritmias ventriculares graves  QRS alargado ▪ Acima de 25% é característico de intoxicação
  • 101. QT prolongado - tricíclicos e tetracíclicos  Taquiarritmias ventriculares  Distúrbio de condução de ramo direito  Sinal precoce de intoxicação
  • 102. Cisaprida  Prolonga IQT  Ensaios clínicos  atenção ao efeito no intervalo QT