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PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃO NOS SECULOS I E II
DA ERA CRISTÃ
WERKSON DA SILVA AZEREDO 1
WERKSON DA SILVA AZEREDO2
Curso Pós-Graduação
Especialização em Ciências da Religião
FANAN – Faculdade de Nanuque
RESUMO
Na visão Paulina o nascimento de Cristo ocorreu em momento oportuno “Plenitude dos
tempos” que viria a favorecer a propagação da Fé cristã, porém Jesus foi uma figura
controversa em seu contexto amado pelas massas, mas em constante conflito com os
líderes Judaicos o que culminará na sua crucificação e morte de Jesus, evento relatado nos
quatro evangelhos (Mt. 27.45-56; Mc. 15.33-41; Jo 19.28-30), contudo Jesus Ressuscita
provando ser o messias, ressuscitando vencera a morte, sendo agora capaz de conceder a
vida que antes havia prometido (Jo 10.10 b), comissiona os apóstolos a irem por todo
mundo pregando o Evangelho (Mc 16.15) e assim o fizeram começando no dia de
Pentecostes. A partir deste momento começam as oposições aos Cristãos (neste momento
não eram vistos como uma nova religião, mas uma seita dentro do judaísmo “Os do
Caminho”), que a princípio partiram dos Judeus, em seguida Imperadores como Nero,
Domiciano, Trajano e Marco Aurélio, darão início a Politica imperial das Perseguições.
1. INTRODUÇÃO
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” Mateus 16:18, Jesus diz
que edificaria a sua Igreja e que as oposições “as portas do inferno” não seriam
capazes de paralisá-la, o que realmente irá acontecer, o Cristianismo consegue em
pouco mais de 250 anos emergir de um movimento marginalizado, para religião
oficial do Império Romano, tal movimento tem seu início no dia de Pentecostes
(Pentecostes uma das principais festa do calendário judaico é celebrado 50 dias
depois do domingo de Páscoa) neste dia o apostolo Pedro toma a palavra e
ousadamente anuncia o primeiro sermão cristão da história da igreja, tendo grande
aceitação, porém o teor da mensagem, certamente traria problemas “Saiba pois com
certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez
Senhor e Cristo”. Atos 2:36, claramente Pedro coloca sobe responsabilidade dos
líderes judaicos a morte de Cristo, por isso, futuramente, será preso, mas o discurso
de Gamaliel encontra eco entre o Sinédrio e após serem açoitados são libertos
“Mas, levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei,
venerado por todo o povo, mandou que por um pouco levassem para fora os
apóstolos; Atos 5:34 e noutra ocasião por meio de um milagre é liberto “E eis que
sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro
na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as
cadeias. Atos 12:7, esses episódios já revelação como será a relação entre Cristão e
líderes Judaicos, além disso não serão apenas os Judeus, os Romanos também irão
perseguir, aprisionar e “condená-los à pena capital”
______________________
Aluno do Curso de Pós Graduação- Especialização em Ciências da Religião - Lato – Sensu- Faculdade Vale do
Cricaré.
2
Graduado em Teologia.
2 – VIDA DE CRISTO E FORMAÇÃO DA ECLÉSIA
O apostolo Paulo acreditava que o nascimento de Jesus Cristo aconteceu em
momento oportuno, “Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a
fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl. 4:4-5), segundo Orígenes citado por
FOSTER (1961, p. 6) aquele momento de estabilidade política propiciava condições
favoráveis a divulgação do evangelho:
O Mestre disse: "Ide e fazei discípulos de todas as nações." Ora, é certo
que Jesus nasceu no reinado de Augusto (31 A.C.-14A.D.) o qual, por assim
dizer, fundiu em um só império tantas populações do mundo. Se tivesse
havido muitos reinos por toda parte, os homens estariam lutando
guerreando cada um por sua terra natal, e isso teria impedido a
disseminação da doutrina de Jesus por toda a terra.
Contudo, nem mesmo tais condições (geopolíticas) impediram que questões de
ordem religiosa conduzissem Jesus ao martírio, os que estavam mais preparados
para compreender sua mensagem tornaram-se seus mais ferrenhos opositores.
Após a crucificação e morte de Jesus, evento relatado nos quatro evangelhos (Mt.
27.45-56; Mc. 15.33-41; Jo 19.28-30), os seus seguidores são tomados por um forte
sentimento de decepção, tudo parecia acabado, mas no primeiro dia da semana,
após a crucificação Jesus aparece a Maria Madalena (Jo 20.14) e ao cair da tarde
aos seus discípulos (Jo 20.19, nvi).
Nisso ela se voltou e viu Jesus ali, em pé, mas não o reconheceu. Disse
ele: "Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando? "
Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: "Se o senhor o levou embora,
diga-me onde o colocou, e eu o levarei". (Grifo meu) João 20:14-15
Com estas aparições Jesus provara ser o messias, ressuscitando vencera a morte,
sendo agora capaz de conceder a vida que antes havia prometido (Jo 10.10 b, nvi),
então ele os instrui durante quarenta dias que antecederam sua ascensão,
orientando-os a permanecer em Jerusalém para recebem o Espírito Santo - “[...] Não
saiam de Jerusalém, mas esperam pela promessa de meu pai, da qual lhes falei”
(At. 1.4 b, nvi) - antes de atenderem a Grande Comissão (Mc 16.15).
Enfim, era dia de pentecostes, grande numero de Judeus estavam em Jerusalém -
Muitos destes eram prosélitos e Judeus da diáspora, como também judeus
palestinos, o que tornava o momento bem oportuno para a primeira proclamação
publica do evangelho - enquanto isso cerca de 120 discípulos de Jesus estavam
reunidos e perseveravam em oração (At. 1.14). “Todos ficaram cheios do espírito
santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o espírito santo os capacitava.
” (At. 2.4), dos que estavam ali uns ficaram maravilhados (2.13) outros zombavam
(At. 2.13).
A tradição Rabínica acreditava que o dia de pentecostes além de ser uma festa de
ação de Graças marcava também o dia em que Deus entregou a lei a Moisés
(RICHARDS, 2008, p. 253) e assim como o profeta Isaias declara que: “E irão
muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de
Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque
de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor” (Is.2.3) temos assim o
cumprimento da promessa.
Pedro, então toma a palavra e ousadamente anuncia o primeiro sermão cristão da
historia da igreja, demonstrando que o que ali estava acontecendo nada mais era do
que o cumprimento da promessa Divina, tanto do derramamento do Espírito, “nos
últimos dias”, sobre todos os povos (Jl. 2.28-32) quanto sobre a glorificação do
Messias (Sl. 110.1).
Shelley descreve: “O Messias, uma vez crucificado, foi exaltado sobre toda criação.
Sem esse Milagre, disseram os apóstolos, não existe evangelho, nem salvação,
nem igreja. ” (2008, p. 18), Cerca de três mil homens atendem a mensagem, notório
é o fato de o texto dizer que houve um acréscimo, mas, onde? Na igreja – ekklesia -,
aqui tem o inicio da igreja cristã, aquela que Jesus dissera que edificaria (Mt. 16.18),
mesmo que os que dela faziam parte ainda assim não entendiam seu cumprimento
(percebemos isso em At. 3, quando os discípulos estão indo ao templo fazerem suas
orações, muito da verdade é que os primeiros cristãos conhecidos como “os do
caminho” eram tidos como uma seita dentro do judaísmo).
O centro de suas atividades nos primeiros anos era Jerusalém, “As sedes gerais
daquela época eram o cenáculo, no monte Sião, e o pórtico de Salomão, no Templo.
” (HURLBUT, 2007, p. 22) “E em seu nome se pregasse o arrependimento e a
remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. ” (Lc.
24.47).
A comunidade ali localizada a principio era constituída por judeus da palestina
(hebreus) e judeus helenistas (desdentes da disperção) e proselitos (renunciantes
do paganismo e convertidos ao judaismo), e dos helenistas são escolhidos sete
homens com a função de supervisionar a distribuição de alimentos, o lider deles era
Estevão, porém, morre como mártir, devido as criticas feitas contra o templo (At. 7),
Estevão parece ser o primeiro a compreender que o Cristianismo não era “O
cumprimento do Judaísmo” (LADD, 2004, 500), em seguida Pedro também toma
contato com gentios e estes também são cheios do espírito e ao que tudo indica
ocorre ali o fenômeno da glossolalia (At.10.44), Paulo (logo abaixo falaremos mais
sobre ele) desde sua primeira viajem missionária observa como os gentios mais do
que os Judeus abraçam a nova fé, como declara Ladd: “ele recebia, quase que
invariavelmente, oposição por parte dos lideres judeus e pela maioria da sinagoga,
porém encontrava um recepção calorosa pelos gentios que cultuavam nas
sinagogas” ( 2004, p. 501). Essa receptividade por parte dos gentios não era bem
vista por todos, havia os que o apostolo Paulo chamada “os da parte de Tiago” (Gl.
2.12) que acreditavam que para se tornar um cristão antes um gentio deveria iniciar-
se no Judaísmo, tal problemática ficou conhecida como “controvérsia judaizante”
somente no concilio de Jerusalém no 50 d. C com os testemunhos de Pedro, Paulo
e a compreensão que Tiago tem dos acontecimentos, interpretando a profecia bíblia
de Amos 9.11,12 a problemática é teoricamente resolvida. Tudo isso já demonstrava
uma separação entre Judaísmo e Cristianismo, que tem na queda de Jerusalém no
ano 70 d. C o marco definitivo, quando Tito invade Jerusalém, sob ordens de seu pai
o então Imperador Vespasiano.
Os judeus, no ano setenta, cerca de quarenta anos depois da paixão de
Cristo, foram destruídos por Tito e por seu pai Vespasiano (que sucedeu
Nero no império) num total de um milhão e cem mil, sem contar aqueles que
Vespasiano matou ao subjugar a região da Galileia. Dezessete mil foram
vendidos e enviados para o Egito e outras províncias como vis escravos;
dois mil Tito trouxe consigo para a celebração do seu triunfo. Destes, muitos
ele entregou para que fossem devorados por animais selvagens, os
restantes foram assassinados de outras formas cruéis ao extremo (FOXE,
2003).
3. PRIMEIRAS OPOSIÇÕES E INICIO DAS PERSEGUIÇÕES
Anos antes surge Saulo de Tarso, este que fora relevante no que se refere à
perseguição contra os cristãos, tornar-se-ia ainda mais na propagação do kerigma.
As primeiras oposições contra os cristãos advêm dos judeus, o vinho novo e o odre
velho estavam em conflito, como relata o texto bíblico (At. 4; At. 5.17; At. 8):
Enquanto Pedro e João falavam ao povo, chegaram os sacerdotes, o
capitão da guarda do templo e os saduceus. Eles estavam muito
perturbados porque os apóstolos estavam ensinando o povo e proclamando
em Jesus a ressurreição dos mortos. Agarraram Pedro e João e, como já
estava anoitecendo, os colocaram na prisão até o dia seguinte. Atos 4:1-3
Vale ressaltar que os saduceus não criam na ressureição dos mortos “E, chegando-
se alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, perguntaram-lhe” (Lc.
20:27).
A partir de 58 d. C com Nero tem inicio as perseguições por parte do império
romano, conhecido pela crueldade com que tratou os Cristãos e por ter acusado-os
pelo incêndio que destruiu boa parte da cidade Roma o
historiador romano Tácito (56 d.C. – 117 d.C.) registra em seus anais o trato de Nero
para com os Cristão, sendo ele o principal suspeito do incêndio “Nero, para desviar
as suspeitas, procurou culpados, e castigou com as mais terríveis penas a certo
grupo, já odiado por suas abominações, que o vulgo chamava cristãos” (Tácito.
Anais XV. 44,3). Tácito, citado por Silva, fala-nos ainda com mais detalhes como
padeceram os acusados.
“O suplício destes miseráveis foi ainda acompanhado de insultos, porque ou
os cobriam com peles de animais ferozes para serem devorados pelos cães,
ou foram crucificados, ou os queimaram de noite para servirem de archotes
e tochas ao público”. (Tácito. Anais XV. 44,7):
E sobe este mesmo imperador, são martirizados tanto o apostolo Pedro quanto o
apostolo Paulo. O termino desta primeira perseguição e sobe o imperador
Vespasiano.
A primeira das dez perseguições foi desencadeada por Nero por volta do
ano 64 do Senhor. A tirânica fúria desse imperador foi cruel contra os
cristãos, “a ponto de — conforme registra Eusébio — encher cidades de
cadáveres humanos, mostrando velhos jazendo ao lado de jovens e corpos
de mulheres abandonados nus no meio da rua sem respeito algum por seu
sexo. ” Muitos houveram entre os cristãos daqueles dias que, vendo as
obscenas abominações e a intolerável crueldade de Nero, julgaram que ele
era o anticristo. (FOXE, 2003)
Eusébio de Cesareia conhecido como o pai da história da igreja no seu livro História
Eclesiástica faz referência a Nero de maneira crítica e pondera sobre seu
comportamento brutal que não considerou nem mesmo seus familiares
Já que, sendo muitos os que transmitiram em relatos precisos suas
maldades, quem queira poderá aprender destes sobre a grosseira demência
deste homem estranho que, levado por ela e sem a menor reflexão,
produziu a morte de inúmeras pessoas e a tal ponto levou seu afã homicida
que não se deteve nem mesmo ante os mais chegados e queridos, mas que
até a sua mãe, seus irmãos, sua esposa e com eles muitos familiares, fez
perecer com variadas formas de morte, como se fossem adversários e
inimigos. (História Eclesiástica II. XXV, 2)
Domiciano por volta do ano 90 D. c, irmão de Tito continua as perseguições,
orgulhoso institui a adoração de sua pessoa, como deus, o apostolo João e por
Domiciano exilado na Ilha de Patmos sendo posto em liberdade depois da morte de
dele. “Dion Cássio afirma que Domiciano mandou matar aqueles "qui in mores
Judeorum transierant" (livro -T). Isto e, aqueles que se tornaram cristãos [...]” (A.J.
O'Reilly, 2005) A. Knight e W. Anglin falam também sobre início da perseguição
“Contudo durante esse tempo Domiciano (que podia quase levar a palma a Nero,
quanto à intolerância e crueldade) subiu ao trono; e depois de quatorze anos do seu
reinado, rebentou a perseguição geral (1983, p. 9) “Cerca do ano 90, o cruel e
indigno imperador Domiciano iniciou a segunda perseguição imperial aos cristãos.
Durante esses dias, milhares de cristãos foram mortos, especialmente em Roma e
em toda a Itália. (Hurlbut, 2002). Eusébio fala como procedeu Domiciano tanto a
respeito dos Romanos como aos Cristãos:
Domiciano deu provas de uma grande crueldade para com muitos, dando
morte sem julgamento razoável a não pequeno número de patrícios e de
homens ilustres, e castigando com o desterro fora das fronteiras e confisco
de bens a outras inúmeras personalidades sem causa alguma. Terminou
por constituir a si mesmo sucessor de Nero na animosidade e guerra contra
Deus. Efetivamente ele foi o segundo a promover a perseguição contra nós,
apesar de que seu pai Vespasiano nada de mal planejou contra nós. .
(História Eclesiástica III. XVII, 1)
Toda sorte de maldades eram validas na busca de eliminar estes homens e
mulheres, a incompreensão por parte dos romanos, e as acusações do populacho
só faziam aumentar a desconfiança imperial contra os servos do Cristo, até de
ateísmo estes foram acusados, sua fé subjetiva e desvinculada a imagens e
estatuas, diferiam dos templos pagãos, e toda desgraça que sobrevinha, seja, fome,
peste, tempestade etc. Culpa era daqueles que não se dobravam em adoração aos
deuses ou seja acontecia a quebra da pax deorum “paz dos deus” . Silva citando
CROIX reforça o argumento:
[...] as perseguições aos cristãos se baseavam na recusa deste grupo em
reconhecer os deuses de Roma, o que era visto como um comportamento
perigoso e sedicioso. Afinal, os deuses tradicionais do panteão greco-
romano eram as divindades principais da religião pública de Roma, que se
não fossem cultuadas, mesmo que por apenas uma parcela da população,
poderiam se enraivecer devido à quebra da pax deorum, a “paz dos deuses”
(Ste. CROIX, 1963: 24).
Quando começa a terceira onda de perseguição Trajano é o imperador, deste
período e bem conhecida a Carta de Plínio II ao imperador onde relata como eram
mortos e as mazelas que sofriam os Cristãos.
Entretanto, eis o procedimento que adotei nos casos que me foram
submetidos sob acusação de cristianismo. Aos incriminados pergunto se
são cristãos. Na afirmativa, repito a pergunta segunda e terceira vez,
ameaçando condená-los à pena capital. Se persistirem, condeno-os à
morte. Não duvido que, seja qual for o crime que confessem, sua pertinácia
e obstinação inflexíveis devem ser punidas. Alguns apresentam indícios de
loucura; tratando-se de cidadãos romanos, separo-os para enviá-los a
Roma. [...] Em determinados dias, costumavam comer antes da alvorada e
rezar responsivamente hinos a Cristo, como a um deus; obrigavam-se por
juramento não a algum crime, mas à abstenção de roubos, rapinas,
adultérios, perjúrios e sonegação de depósitos reclamados pelos donos.
Concluído este rito, costumavam distribuir e comer seu alimento. Este, aliás,
era um alimento comum e inofensivo.
Outro perseguidor o imperador Marco Aurélio (161 a 180 d. C) filho de Antonino Pio,
trata com rigidez a causa cristã, aqueles que professassem fé no Cristo sofria
duramente, há relatos que Marco Aurélio mandava “decapitar e lançar as feras”, vale
ressaltar o martírio de Policarpo de Esmirna. Nesta perseguição padeceram os
conhecidos mártires de Lyon e Vienne (FOXE, 2003, p. 31)
Desde o reinado de Trajano ao de Antonino Pio (98-161), o Cristianismo não
era reconhecido, mas também não foi perseguido de modo severo. Sob o
governo dos quatro imperadores Nerva, Trajano, Adriano e Antonino Pio (os
quais, com Marco Aurélio, foram conhecidos como os "cinco bons
imperadores"), nenhum cristão podia ser preso sem culpa definida e
comprovada. O espírito da época inclinava-se a ignorar a religião cristã.
Contudo, quando se formulavam acusações e os cristãos se recusavam a
retratar-se, os governantes eram obrigados, contra a própria vontade, a pôr
em vigor a lei e ordenar a execução. (HURLBUT, 2007, p. 62)
É notório que durante os dois primeiros séculos da era cristã as perseguições
ocorriam de forma isoladas e em curtos períodos, não havia uma política Imperial
concernente a perseguição Cristã, a questão política ganha força a partir do século
III com a estruturação culto ao Imperador, o que demonstrava lealdade ao império, o
cristão agora tem que decidir quem deveria ser o seu senhor.
Obviamente estes não queimam incenso a Cesar, nem lhe oferecem culto, não o
bastante estes já estavam sob observação, devido a forma como se reunião (nas
catacumbas) o que gerava certa desconfiança, e diferente dos Judeus grupo com o
qual se identificavam nos primeiros anos ( chegando a ser considerados apenas
uma seita dentro do judaísmo) os cristãos participavam de uma religião de
conversão, o que realizavam com grande sucesso, logo, temos uma formação de um
cenário desfavorável a igreja do Cristo; claramente diziam já possuir um Rei (Jesus),
pertencerem a um Reino ( O corpo de Cristo), defenderem a idéia da igualdade entre
os homens, idéia contraria à mentalidade pagã que possui um visão aristocrática, ou
seja, sua presença e vivencia segundo o populacho quebravam a pax deorum, e sua
cosmo visão quebravam pax Romana fazendo deste grupo religioso um religio
ilícita.
Nos aproximadamente 250 anos que separam a perseguição posta em
prática pelo imperador Nero (54-68), no ano 64, e o “Edito de Galério”, do
ano 311, o Cristianismo era considerado uma religião ilícita e suspeita, cujos
membros estavam sujeitos ao aprisionamento, à condenação e à pena
capital. (SILVA)
Como já foi dito os primeiros focos de perseguição vieram por parte dos Judeus, os
que eram tidos em baixa estima começaram a incomodar “homens sem letras e
indoutos” Atos 4:13, havia as expectativas judaicas sobre a vinda de um messias,
de fato variadas, dentre essas havia a perspectiva de um Messias Libertador-
Restaurador que restabelecesse o trono de Davi e Libertasse o povo do Império
Romano e nesta perspectiva que Jesus como Messias torna-se um obstáculo na
propagação do Evangelho do lado Judaico, uma vez que, seus seguidores
afirmavam ser ele Senhor ou seja o Cristo (palavra grega para Messias), o que
causava grande escândalo do lado Judaico, ele foi um carpinteiro, iniciou seu
ministério pela galileia – território estigmatizado pelo judaísmo – “Terra de pessoas
impuras e pecadoras é a terra onde Jesus começa seu ministério messiânico, pois,
afinal de contas, ele não veio para chamar justos, mas pecadores (Mc 2,17)”
(Zabatiero, 2013), um Rabino não ordena que por vezes entrava em conflito com o
sacerdócio oficial, que afirma que seu Reino não era deste mundo, e por fim morre
como um maldito “não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no
naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está
debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus,
lhes dá por herança” Deuteronômio 21:23.
Além disso, afirmavam no só que Jesus era o Messias, Diziam ser Jesus, Senhor
(Kyrios) que na septuaginta é traduzido do termo hebraico Adonai, assim afirmavam
jesus ser o próprio Deus.
Não o bastante, a eclesiologia cristã descentralizava a experiência religiosa do
templo, agora pensem no que representava o templo para os Judeus, era o centro
da vida religiosa, onde eram oferecidos os sacrifícios e o povo alcançava graça e
purificação ante Javé, havia ali o Santos dos santos lugar da presença viva de seu
Deus (Javé), agora homens com Estevão afirmam que Deus não habita em templos
feitos por mãos humanas "Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por
homens. Como diz o profeta” Atos 7:48, Paulo a frente fará a mesma afirmação “O
Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não
habita em santuários feitos por mãos humanas” Atos 17:24. Assim o templo era
pequeno demais para ser morada de Deus. Afinal é ele o Aquele que enche céu e
terra “Poderá alguém esconder-se sem que eu o veja? ", pergunta o Senhor. "Não
sou eu aquele que enche os céus e a terra? ", pergunta o Senhor” Jeremias 23:24.
(GREEN, 1984).
4. RELIGIO X SUPERSTITIO
Havia entre os Romanos a distinção entre Religio e Superstitio, Religio seria a
“religião oficial romana; era o vínculo formal entre as pessoas e os deuses” como
afirma Michael Green, Religio seria uma crença mais ampla de cunho nacional,
sendo vistas como emotivas, que ofereciam perspectivas para os menos favorecidos
cujas necessidades não eram satisfeitas “pela dialética do Filósofos” o culto a
Cibele a grande mãe da Ásia Menor, Dionísio da Grécia são exemplos de Superstitio
e nesta categoria enquadrava-se o Judaísmo e o Cristianismo, a religião pagã oficial
era muito mais ritualística e sincrética, muitos descriam no pacto com os deus mas
acreditavam haver a necessidade da manutenção da adoração aos deus que eram
os fornecedores da proteção estatal enquanto ao monarca caberia a
responsabilidade pelos sacrifícios e adoração, parece incoerente a manutenção de
um acordo do qual não se há uma genuína crença, porém não era para o para o
mundo antigo.
As superstitiones não eram proibidas por Roma desde que não fossem ou
produzissem comportamento criminoso e antissocial, Tibério chegou a decretar a
prática de magia negra como crime, logo com a perseguição desencadeada por
Nero em 64 d. c, na qual os cristãos foram acusados de incendiários, criminosos e
antissociais, fazer parte da “Superstitio cristã” era estar ariscando a própria vida e
como diz Green seria “namorar o martírio”.
Além dos fatores citados acima pesavam contra os cristãos acusações variadas a
primeira delas era a de ateísmo, os cristãos eram tidos como ateus, sim, pode
parecer estranho ao um ocidental atual, mas neste contexto sociocultural adorar a
uma divindade, logo o associava a um templo, uma imagem, um ritual, porém os
cristãos, têm uma fé subjetiva, assim como os judeus eram tidos como ateus por
não prestarem culto aos deuses oficiais e por seu Deus não possuir nenhuma
representação material, isso gerava sérios problemas, pois o cristianismo como uma
Superstitio de conversão traria graves problemas a estabilidade do império,
imaginem se gente de todo o império passasse a negar os deus , publicamente, os
provedores da estabilidade o caos se estabeleceria, haveria a quebra da pax
deorum (paz dos deuses). Incesto outra acusação que pesava contra cristãos o
populacho dizia que os seguidores de Jesus chamavam-se de irmãos, contudo
casavam-se entre si, o nome dado ao culto cristão “reunião ágape” reunião do amor
também era motivos para desconfianças, além desses fatores há ainda acusações
de canibalismo, isto mesmo, nas reuniões do ágape, comia-se a carne e bebia-se o
sangue, assim seriam as ceias cristãs.
A carta a Diogneto (120 d. C.) um dos primeiros documentos que fala a respeito da
vivência da comuna primitiva é uma resposta a um de um cristão anônimo a um
pagão culto, desejoso por conhecer melhor a nova fé cristão. Segue trecho abaixo,
com grifo nos tópicos relevantes às perseguições sofridas por esses homens e
mulheres seguidores do Cristo:
1. Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela
língua, nem pelos costumes. Nem, em parte alguma, habitam cidades peculiares,
nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza singular.
2. Nem uma doutrina desta natureza deve a sua descoberta à invenção ou
conjectura de homens de espírito irrequieto, nem defendem, como alguns, uma
doutrina humana.
3. Habitando cidades Gregas e Bárbaras, conforme coube em sorte a cada um, e
seguindo os usos e costumes das regiões, no vestuário, no regime alimentar e no
resto da vida, revelam unanimemente uma maravilhosa e paradoxal constituição no
seu regime de vida político-social.
4. Habitam pátrias próprias, mas como peregrinos: participam de tudo, como
cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para eles
uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira.
5. Casam como todos e geram filhos, mas não abandonam à violência os recém-
nascidos. Servem-se da mesma mesa, mas não do mesmo leito.
6. Encontram-se na carne, mas não vivem segundo a carne.
7.Moram na terra e são regidos pelo céu.
8.Obedecem às leis estabelecidas e superam as leis com as próprias vidas.
9. Amam todos e por todos são perseguidos.
10.Não são reconhecidos, mas são condenados à morte;
11. são condenados à morte e ganham a vida.
12. São pobres, mas enriquecem muita gente;
13.de tudo carecem, mas em tudo abundam.
14.São desonrados, e nas desonras são glorificados;
15.injuriados, são também justificados.
16.Insultados, bendizem;
17.ultrajados, prestam as devidas honras.
18. Fazendo o bem, são punidos como maus; fustigados, alegram-se, como se
recebessem a vida.
19. São hostilizados pelos Judeus como estrangeiros; são perseguidos pelos
Gregos, e os que os odeiam não sabem dizer a causa do ódio.
20. Numa palavra, o que a alma é no corpo, isso são os cristãos no mundo.
21. A alma está em todos os membros do corpo e os cristãos em todas as cidades
do mundo.
22. A alma habita no corpo, não é, contudo, do corpo; também os cristãos, se
habitam no mundo, não são do mundo.
23. A alma invisível vela no corpo visível; Também os cristãos sabe-se que estão
neste mundo, mas a sua religião permanece invisível.
24. A carne odeia a alma, e, apesar de não a ter ofendido em nada, faz-lhe guerra,
só porque se lhe opõe a que se entregue aos prazeres
25. da mesma forma, o mundo odeia os cristãos que não lhe fazem nenhum
mal, porque se opõem aos seus prazeres.
26. A alma ama a carne, que a odeia, e os seus membros; Também os cristãos
amam os que os odeiam.
27. A alma está encerrada no corpo, é todavia ela que sustém o corpo;
28. Também os cristãos se encontram retidos no mundo como em cárcere, mas são
eles que sustêm o mundo.
29. A alma imortal habita numa tenda mortal; Também os cristãos habitam em
tendas mortais, esperando a incorrupção nos céus.
30. Provada pela fome e pela sede, a alma vai-se melhorando; também os
cristãos, fustigados dia-a-dia, mais se vão multiplicando. Deus pô-los numa tal
situação, que lhes não é permitido evadir-se.
É neste contexto que desenvolve-se o Cristianismo, inicia-se na palestina,
desenvolve-se, foi perseguido, porém manteve-se vivo, como se diz na celebre frase
de Tertuliano “O sangue dos mártires é a semente da Igreja” houveram fatores que
favoreceram como salienta Paulo ao dizer que Jesus nasceu “à plenitude dos
tempos” (Gl. 4:4-5) numa conjuntura Geopolítica que favorece a propagação do
Querygma, contundo muitos outros foram contrários, desde os próprios divulgadores
“homens sem letras e indoutos” Atos 4:13, o tema da mensagem (Jesus), sua
cosmo visão (igualitária, contrária à pagã), acusações do populacho (canibalismo,
incesto, imoralidades, nas reuniões do Ágape) etc. Desde Nero (54 a 68 d. C.)
quando os Cristão são acusados pelo incêndio que destrói boa parte de Roma até o
Imperador Diocleciano (305 a 310), que promoveu a mais dura e sistemática
perseguição contra os cristão, mandando inclusive por meio de um Edito que todos
os exemplares da Bíblia fossem queimados, os cristãos passaram por várias
dificuldades, mas com o Edito de Galério em 311 o Cristianismo passa a ser
tolerado, dois anos depois em 313 Constantino através do Edito de Milão oficializa o
Cristianismo “Por essa lei o Cristianismo foi oficializado, sua adoração tornou-se
legal e cessou a perseguição, para não mais voltar, enquanto durou o Império
Romano.” Finalmente, no ano 380 d.C. o Cristianismo torna-se a religião oficial do
Império Romano, em pouco mais de três séculos o “obscuro e marginal movimento
de Jesus” como afirma Stark sai de seita dentro do Judaísmo a Religião oficial de
todo império Romano e a maior religião do planeta atualmente com mais de bilhões
de seguidores em todo mundo.
REFERENCIAS
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento 4ª
Ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008.
SHELLEY, Bruce L. História do Cristianismo – Ao alcance de todos, São Paulo,
Shedd Publicações, 2004.
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Vida, 2002.
LADD, G. Eldon, Teologia do Novo Testamento, Edição Revisada, São Paulo, Ed.
Hagnus, 2003.
F O X E, John, O livro dos Mártires, São Paulo: Mundo Cristão, 2003.
DA SILVA, Diogo Pereira, As perseguições aos cristãos no império romano
(séc. I-IV): dois modelos de apreensão.
Eusébio De Cesaréia, HISTÓRIA ECLESIÁSTICA, São Paulo, Novo Século,
2002.
A.J. O'Reilly, Os Mártires do Coliseu O Sofrimento dos Cristãos no Grande Anfiteatro
Romano 3ª impressão, Rio de Janeiro, CPAD, 2005.
A. Knight. W. Anglin, História Do Cristianismo - Dos apóstolos do Senhor Jesus
ao século XX, 2ª ed. - Rio de Janeiro, 1983.
ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Temas Teológicos Na Literatura Sinótica,
Faculdade Unida, Vitória – ES. 2014.
GREEN, Michael, Evangelização Na Igreja Primitiva, São Paulo, Ed. Vida Nova,
1984.
PAIVA, Geraldo José de, Religião, enfrentamento e cura: perspectivas
psicológicas, Estudos de Psicologia, Campinas, p. 99-104, janeiro - março 2007.
FOSTER, James Richard. Começando de Jerusalém: a expansão cristã através
de dezessete séculos. Tradução de: Moysés Martins de Aguiar. São Paulo:
Imprensa Metodista, 1961.
http:www.bibliaonline.com.br, Acesso em 17 de Junho de 2014. (Todas as citações
bíblicas foram retidas deste site)

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Perseguições aos primeiros cristãos nos séculos I-II

  • 1. PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃO NOS SECULOS I E II DA ERA CRISTÃ WERKSON DA SILVA AZEREDO 1 WERKSON DA SILVA AZEREDO2 Curso Pós-Graduação Especialização em Ciências da Religião FANAN – Faculdade de Nanuque RESUMO Na visão Paulina o nascimento de Cristo ocorreu em momento oportuno “Plenitude dos tempos” que viria a favorecer a propagação da Fé cristã, porém Jesus foi uma figura controversa em seu contexto amado pelas massas, mas em constante conflito com os líderes Judaicos o que culminará na sua crucificação e morte de Jesus, evento relatado nos quatro evangelhos (Mt. 27.45-56; Mc. 15.33-41; Jo 19.28-30), contudo Jesus Ressuscita provando ser o messias, ressuscitando vencera a morte, sendo agora capaz de conceder a vida que antes havia prometido (Jo 10.10 b), comissiona os apóstolos a irem por todo mundo pregando o Evangelho (Mc 16.15) e assim o fizeram começando no dia de Pentecostes. A partir deste momento começam as oposições aos Cristãos (neste momento não eram vistos como uma nova religião, mas uma seita dentro do judaísmo “Os do Caminho”), que a princípio partiram dos Judeus, em seguida Imperadores como Nero, Domiciano, Trajano e Marco Aurélio, darão início a Politica imperial das Perseguições. 1. INTRODUÇÃO “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” Mateus 16:18, Jesus diz que edificaria a sua Igreja e que as oposições “as portas do inferno” não seriam capazes de paralisá-la, o que realmente irá acontecer, o Cristianismo consegue em pouco mais de 250 anos emergir de um movimento marginalizado, para religião oficial do Império Romano, tal movimento tem seu início no dia de Pentecostes (Pentecostes uma das principais festa do calendário judaico é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa) neste dia o apostolo Pedro toma a palavra e ousadamente anuncia o primeiro sermão cristão da história da igreja, tendo grande aceitação, porém o teor da mensagem, certamente traria problemas “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”. Atos 2:36, claramente Pedro coloca sobe responsabilidade dos líderes judaicos a morte de Cristo, por isso, futuramente, será preso, mas o discurso de Gamaliel encontra eco entre o Sinédrio e após serem açoitados são libertos “Mas, levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo, mandou que por um pouco levassem para fora os
  • 2. apóstolos; Atos 5:34 e noutra ocasião por meio de um milagre é liberto “E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias. Atos 12:7, esses episódios já revelação como será a relação entre Cristão e líderes Judaicos, além disso não serão apenas os Judeus, os Romanos também irão perseguir, aprisionar e “condená-los à pena capital”
  • 3. ______________________ Aluno do Curso de Pós Graduação- Especialização em Ciências da Religião - Lato – Sensu- Faculdade Vale do Cricaré. 2 Graduado em Teologia. 2 – VIDA DE CRISTO E FORMAÇÃO DA ECLÉSIA O apostolo Paulo acreditava que o nascimento de Jesus Cristo aconteceu em momento oportuno, “Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl. 4:4-5), segundo Orígenes citado por FOSTER (1961, p. 6) aquele momento de estabilidade política propiciava condições favoráveis a divulgação do evangelho: O Mestre disse: "Ide e fazei discípulos de todas as nações." Ora, é certo que Jesus nasceu no reinado de Augusto (31 A.C.-14A.D.) o qual, por assim dizer, fundiu em um só império tantas populações do mundo. Se tivesse havido muitos reinos por toda parte, os homens estariam lutando guerreando cada um por sua terra natal, e isso teria impedido a disseminação da doutrina de Jesus por toda a terra. Contudo, nem mesmo tais condições (geopolíticas) impediram que questões de ordem religiosa conduzissem Jesus ao martírio, os que estavam mais preparados para compreender sua mensagem tornaram-se seus mais ferrenhos opositores. Após a crucificação e morte de Jesus, evento relatado nos quatro evangelhos (Mt. 27.45-56; Mc. 15.33-41; Jo 19.28-30), os seus seguidores são tomados por um forte sentimento de decepção, tudo parecia acabado, mas no primeiro dia da semana, após a crucificação Jesus aparece a Maria Madalena (Jo 20.14) e ao cair da tarde aos seus discípulos (Jo 20.19, nvi). Nisso ela se voltou e viu Jesus ali, em pé, mas não o reconheceu. Disse ele: "Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando? " Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: "Se o senhor o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o levarei". (Grifo meu) João 20:14-15 Com estas aparições Jesus provara ser o messias, ressuscitando vencera a morte, sendo agora capaz de conceder a vida que antes havia prometido (Jo 10.10 b, nvi),
  • 4. então ele os instrui durante quarenta dias que antecederam sua ascensão, orientando-os a permanecer em Jerusalém para recebem o Espírito Santo - “[...] Não saiam de Jerusalém, mas esperam pela promessa de meu pai, da qual lhes falei” (At. 1.4 b, nvi) - antes de atenderem a Grande Comissão (Mc 16.15). Enfim, era dia de pentecostes, grande numero de Judeus estavam em Jerusalém - Muitos destes eram prosélitos e Judeus da diáspora, como também judeus palestinos, o que tornava o momento bem oportuno para a primeira proclamação publica do evangelho - enquanto isso cerca de 120 discípulos de Jesus estavam reunidos e perseveravam em oração (At. 1.14). “Todos ficaram cheios do espírito santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o espírito santo os capacitava. ” (At. 2.4), dos que estavam ali uns ficaram maravilhados (2.13) outros zombavam (At. 2.13). A tradição Rabínica acreditava que o dia de pentecostes além de ser uma festa de ação de Graças marcava também o dia em que Deus entregou a lei a Moisés (RICHARDS, 2008, p. 253) e assim como o profeta Isaias declara que: “E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor” (Is.2.3) temos assim o cumprimento da promessa. Pedro, então toma a palavra e ousadamente anuncia o primeiro sermão cristão da historia da igreja, demonstrando que o que ali estava acontecendo nada mais era do que o cumprimento da promessa Divina, tanto do derramamento do Espírito, “nos últimos dias”, sobre todos os povos (Jl. 2.28-32) quanto sobre a glorificação do Messias (Sl. 110.1). Shelley descreve: “O Messias, uma vez crucificado, foi exaltado sobre toda criação. Sem esse Milagre, disseram os apóstolos, não existe evangelho, nem salvação, nem igreja. ” (2008, p. 18), Cerca de três mil homens atendem a mensagem, notório é o fato de o texto dizer que houve um acréscimo, mas, onde? Na igreja – ekklesia -, aqui tem o inicio da igreja cristã, aquela que Jesus dissera que edificaria (Mt. 16.18), mesmo que os que dela faziam parte ainda assim não entendiam seu cumprimento (percebemos isso em At. 3, quando os discípulos estão indo ao templo fazerem suas orações, muito da verdade é que os primeiros cristãos conhecidos como “os do caminho” eram tidos como uma seita dentro do judaísmo). O centro de suas atividades nos primeiros anos era Jerusalém, “As sedes gerais daquela época eram o cenáculo, no monte Sião, e o pórtico de Salomão, no Templo. ” (HURLBUT, 2007, p. 22) “E em seu nome se pregasse o arrependimento e a
  • 5. remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. ” (Lc. 24.47). A comunidade ali localizada a principio era constituída por judeus da palestina (hebreus) e judeus helenistas (desdentes da disperção) e proselitos (renunciantes do paganismo e convertidos ao judaismo), e dos helenistas são escolhidos sete homens com a função de supervisionar a distribuição de alimentos, o lider deles era Estevão, porém, morre como mártir, devido as criticas feitas contra o templo (At. 7), Estevão parece ser o primeiro a compreender que o Cristianismo não era “O cumprimento do Judaísmo” (LADD, 2004, 500), em seguida Pedro também toma contato com gentios e estes também são cheios do espírito e ao que tudo indica ocorre ali o fenômeno da glossolalia (At.10.44), Paulo (logo abaixo falaremos mais sobre ele) desde sua primeira viajem missionária observa como os gentios mais do que os Judeus abraçam a nova fé, como declara Ladd: “ele recebia, quase que invariavelmente, oposição por parte dos lideres judeus e pela maioria da sinagoga, porém encontrava um recepção calorosa pelos gentios que cultuavam nas sinagogas” ( 2004, p. 501). Essa receptividade por parte dos gentios não era bem vista por todos, havia os que o apostolo Paulo chamada “os da parte de Tiago” (Gl. 2.12) que acreditavam que para se tornar um cristão antes um gentio deveria iniciar- se no Judaísmo, tal problemática ficou conhecida como “controvérsia judaizante” somente no concilio de Jerusalém no 50 d. C com os testemunhos de Pedro, Paulo e a compreensão que Tiago tem dos acontecimentos, interpretando a profecia bíblia de Amos 9.11,12 a problemática é teoricamente resolvida. Tudo isso já demonstrava uma separação entre Judaísmo e Cristianismo, que tem na queda de Jerusalém no ano 70 d. C o marco definitivo, quando Tito invade Jerusalém, sob ordens de seu pai o então Imperador Vespasiano. Os judeus, no ano setenta, cerca de quarenta anos depois da paixão de Cristo, foram destruídos por Tito e por seu pai Vespasiano (que sucedeu Nero no império) num total de um milhão e cem mil, sem contar aqueles que Vespasiano matou ao subjugar a região da Galileia. Dezessete mil foram vendidos e enviados para o Egito e outras províncias como vis escravos; dois mil Tito trouxe consigo para a celebração do seu triunfo. Destes, muitos ele entregou para que fossem devorados por animais selvagens, os restantes foram assassinados de outras formas cruéis ao extremo (FOXE, 2003). 3. PRIMEIRAS OPOSIÇÕES E INICIO DAS PERSEGUIÇÕES Anos antes surge Saulo de Tarso, este que fora relevante no que se refere à perseguição contra os cristãos, tornar-se-ia ainda mais na propagação do kerigma.
  • 6. As primeiras oposições contra os cristãos advêm dos judeus, o vinho novo e o odre velho estavam em conflito, como relata o texto bíblico (At. 4; At. 5.17; At. 8): Enquanto Pedro e João falavam ao povo, chegaram os sacerdotes, o capitão da guarda do templo e os saduceus. Eles estavam muito perturbados porque os apóstolos estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dos mortos. Agarraram Pedro e João e, como já estava anoitecendo, os colocaram na prisão até o dia seguinte. Atos 4:1-3 Vale ressaltar que os saduceus não criam na ressureição dos mortos “E, chegando- se alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, perguntaram-lhe” (Lc. 20:27). A partir de 58 d. C com Nero tem inicio as perseguições por parte do império romano, conhecido pela crueldade com que tratou os Cristãos e por ter acusado-os pelo incêndio que destruiu boa parte da cidade Roma o historiador romano Tácito (56 d.C. – 117 d.C.) registra em seus anais o trato de Nero para com os Cristão, sendo ele o principal suspeito do incêndio “Nero, para desviar as suspeitas, procurou culpados, e castigou com as mais terríveis penas a certo grupo, já odiado por suas abominações, que o vulgo chamava cristãos” (Tácito. Anais XV. 44,3). Tácito, citado por Silva, fala-nos ainda com mais detalhes como padeceram os acusados. “O suplício destes miseráveis foi ainda acompanhado de insultos, porque ou os cobriam com peles de animais ferozes para serem devorados pelos cães, ou foram crucificados, ou os queimaram de noite para servirem de archotes e tochas ao público”. (Tácito. Anais XV. 44,7): E sobe este mesmo imperador, são martirizados tanto o apostolo Pedro quanto o apostolo Paulo. O termino desta primeira perseguição e sobe o imperador Vespasiano. A primeira das dez perseguições foi desencadeada por Nero por volta do ano 64 do Senhor. A tirânica fúria desse imperador foi cruel contra os cristãos, “a ponto de — conforme registra Eusébio — encher cidades de cadáveres humanos, mostrando velhos jazendo ao lado de jovens e corpos de mulheres abandonados nus no meio da rua sem respeito algum por seu sexo. ” Muitos houveram entre os cristãos daqueles dias que, vendo as obscenas abominações e a intolerável crueldade de Nero, julgaram que ele era o anticristo. (FOXE, 2003) Eusébio de Cesareia conhecido como o pai da história da igreja no seu livro História Eclesiástica faz referência a Nero de maneira crítica e pondera sobre seu comportamento brutal que não considerou nem mesmo seus familiares Já que, sendo muitos os que transmitiram em relatos precisos suas maldades, quem queira poderá aprender destes sobre a grosseira demência
  • 7. deste homem estranho que, levado por ela e sem a menor reflexão, produziu a morte de inúmeras pessoas e a tal ponto levou seu afã homicida que não se deteve nem mesmo ante os mais chegados e queridos, mas que até a sua mãe, seus irmãos, sua esposa e com eles muitos familiares, fez perecer com variadas formas de morte, como se fossem adversários e inimigos. (História Eclesiástica II. XXV, 2) Domiciano por volta do ano 90 D. c, irmão de Tito continua as perseguições, orgulhoso institui a adoração de sua pessoa, como deus, o apostolo João e por Domiciano exilado na Ilha de Patmos sendo posto em liberdade depois da morte de dele. “Dion Cássio afirma que Domiciano mandou matar aqueles "qui in mores Judeorum transierant" (livro -T). Isto e, aqueles que se tornaram cristãos [...]” (A.J. O'Reilly, 2005) A. Knight e W. Anglin falam também sobre início da perseguição “Contudo durante esse tempo Domiciano (que podia quase levar a palma a Nero, quanto à intolerância e crueldade) subiu ao trono; e depois de quatorze anos do seu reinado, rebentou a perseguição geral (1983, p. 9) “Cerca do ano 90, o cruel e indigno imperador Domiciano iniciou a segunda perseguição imperial aos cristãos. Durante esses dias, milhares de cristãos foram mortos, especialmente em Roma e em toda a Itália. (Hurlbut, 2002). Eusébio fala como procedeu Domiciano tanto a respeito dos Romanos como aos Cristãos: Domiciano deu provas de uma grande crueldade para com muitos, dando morte sem julgamento razoável a não pequeno número de patrícios e de homens ilustres, e castigando com o desterro fora das fronteiras e confisco de bens a outras inúmeras personalidades sem causa alguma. Terminou por constituir a si mesmo sucessor de Nero na animosidade e guerra contra Deus. Efetivamente ele foi o segundo a promover a perseguição contra nós, apesar de que seu pai Vespasiano nada de mal planejou contra nós. . (História Eclesiástica III. XVII, 1) Toda sorte de maldades eram validas na busca de eliminar estes homens e mulheres, a incompreensão por parte dos romanos, e as acusações do populacho só faziam aumentar a desconfiança imperial contra os servos do Cristo, até de ateísmo estes foram acusados, sua fé subjetiva e desvinculada a imagens e estatuas, diferiam dos templos pagãos, e toda desgraça que sobrevinha, seja, fome, peste, tempestade etc. Culpa era daqueles que não se dobravam em adoração aos deuses ou seja acontecia a quebra da pax deorum “paz dos deus” . Silva citando CROIX reforça o argumento: [...] as perseguições aos cristãos se baseavam na recusa deste grupo em reconhecer os deuses de Roma, o que era visto como um comportamento perigoso e sedicioso. Afinal, os deuses tradicionais do panteão greco- romano eram as divindades principais da religião pública de Roma, que se
  • 8. não fossem cultuadas, mesmo que por apenas uma parcela da população, poderiam se enraivecer devido à quebra da pax deorum, a “paz dos deuses” (Ste. CROIX, 1963: 24). Quando começa a terceira onda de perseguição Trajano é o imperador, deste período e bem conhecida a Carta de Plínio II ao imperador onde relata como eram mortos e as mazelas que sofriam os Cristãos. Entretanto, eis o procedimento que adotei nos casos que me foram submetidos sob acusação de cristianismo. Aos incriminados pergunto se são cristãos. Na afirmativa, repito a pergunta segunda e terceira vez, ameaçando condená-los à pena capital. Se persistirem, condeno-os à morte. Não duvido que, seja qual for o crime que confessem, sua pertinácia e obstinação inflexíveis devem ser punidas. Alguns apresentam indícios de loucura; tratando-se de cidadãos romanos, separo-os para enviá-los a Roma. [...] Em determinados dias, costumavam comer antes da alvorada e rezar responsivamente hinos a Cristo, como a um deus; obrigavam-se por juramento não a algum crime, mas à abstenção de roubos, rapinas, adultérios, perjúrios e sonegação de depósitos reclamados pelos donos. Concluído este rito, costumavam distribuir e comer seu alimento. Este, aliás, era um alimento comum e inofensivo. Outro perseguidor o imperador Marco Aurélio (161 a 180 d. C) filho de Antonino Pio, trata com rigidez a causa cristã, aqueles que professassem fé no Cristo sofria duramente, há relatos que Marco Aurélio mandava “decapitar e lançar as feras”, vale ressaltar o martírio de Policarpo de Esmirna. Nesta perseguição padeceram os conhecidos mártires de Lyon e Vienne (FOXE, 2003, p. 31) Desde o reinado de Trajano ao de Antonino Pio (98-161), o Cristianismo não era reconhecido, mas também não foi perseguido de modo severo. Sob o governo dos quatro imperadores Nerva, Trajano, Adriano e Antonino Pio (os quais, com Marco Aurélio, foram conhecidos como os "cinco bons imperadores"), nenhum cristão podia ser preso sem culpa definida e comprovada. O espírito da época inclinava-se a ignorar a religião cristã. Contudo, quando se formulavam acusações e os cristãos se recusavam a retratar-se, os governantes eram obrigados, contra a própria vontade, a pôr em vigor a lei e ordenar a execução. (HURLBUT, 2007, p. 62) É notório que durante os dois primeiros séculos da era cristã as perseguições ocorriam de forma isoladas e em curtos períodos, não havia uma política Imperial concernente a perseguição Cristã, a questão política ganha força a partir do século III com a estruturação culto ao Imperador, o que demonstrava lealdade ao império, o cristão agora tem que decidir quem deveria ser o seu senhor. Obviamente estes não queimam incenso a Cesar, nem lhe oferecem culto, não o bastante estes já estavam sob observação, devido a forma como se reunião (nas
  • 9. catacumbas) o que gerava certa desconfiança, e diferente dos Judeus grupo com o qual se identificavam nos primeiros anos ( chegando a ser considerados apenas uma seita dentro do judaísmo) os cristãos participavam de uma religião de conversão, o que realizavam com grande sucesso, logo, temos uma formação de um cenário desfavorável a igreja do Cristo; claramente diziam já possuir um Rei (Jesus), pertencerem a um Reino ( O corpo de Cristo), defenderem a idéia da igualdade entre os homens, idéia contraria à mentalidade pagã que possui um visão aristocrática, ou seja, sua presença e vivencia segundo o populacho quebravam a pax deorum, e sua cosmo visão quebravam pax Romana fazendo deste grupo religioso um religio ilícita. Nos aproximadamente 250 anos que separam a perseguição posta em prática pelo imperador Nero (54-68), no ano 64, e o “Edito de Galério”, do ano 311, o Cristianismo era considerado uma religião ilícita e suspeita, cujos membros estavam sujeitos ao aprisionamento, à condenação e à pena capital. (SILVA) Como já foi dito os primeiros focos de perseguição vieram por parte dos Judeus, os que eram tidos em baixa estima começaram a incomodar “homens sem letras e indoutos” Atos 4:13, havia as expectativas judaicas sobre a vinda de um messias, de fato variadas, dentre essas havia a perspectiva de um Messias Libertador- Restaurador que restabelecesse o trono de Davi e Libertasse o povo do Império Romano e nesta perspectiva que Jesus como Messias torna-se um obstáculo na propagação do Evangelho do lado Judaico, uma vez que, seus seguidores afirmavam ser ele Senhor ou seja o Cristo (palavra grega para Messias), o que causava grande escândalo do lado Judaico, ele foi um carpinteiro, iniciou seu ministério pela galileia – território estigmatizado pelo judaísmo – “Terra de pessoas impuras e pecadoras é a terra onde Jesus começa seu ministério messiânico, pois, afinal de contas, ele não veio para chamar justos, mas pecadores (Mc 2,17)” (Zabatiero, 2013), um Rabino não ordena que por vezes entrava em conflito com o sacerdócio oficial, que afirma que seu Reino não era deste mundo, e por fim morre como um maldito “não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança” Deuteronômio 21:23. Além disso, afirmavam no só que Jesus era o Messias, Diziam ser Jesus, Senhor (Kyrios) que na septuaginta é traduzido do termo hebraico Adonai, assim afirmavam jesus ser o próprio Deus.
  • 10. Não o bastante, a eclesiologia cristã descentralizava a experiência religiosa do templo, agora pensem no que representava o templo para os Judeus, era o centro da vida religiosa, onde eram oferecidos os sacrifícios e o povo alcançava graça e purificação ante Javé, havia ali o Santos dos santos lugar da presença viva de seu Deus (Javé), agora homens com Estevão afirmam que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas "Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por homens. Como diz o profeta” Atos 7:48, Paulo a frente fará a mesma afirmação “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas” Atos 17:24. Assim o templo era pequeno demais para ser morada de Deus. Afinal é ele o Aquele que enche céu e terra “Poderá alguém esconder-se sem que eu o veja? ", pergunta o Senhor. "Não sou eu aquele que enche os céus e a terra? ", pergunta o Senhor” Jeremias 23:24. (GREEN, 1984). 4. RELIGIO X SUPERSTITIO Havia entre os Romanos a distinção entre Religio e Superstitio, Religio seria a “religião oficial romana; era o vínculo formal entre as pessoas e os deuses” como afirma Michael Green, Religio seria uma crença mais ampla de cunho nacional, sendo vistas como emotivas, que ofereciam perspectivas para os menos favorecidos cujas necessidades não eram satisfeitas “pela dialética do Filósofos” o culto a Cibele a grande mãe da Ásia Menor, Dionísio da Grécia são exemplos de Superstitio e nesta categoria enquadrava-se o Judaísmo e o Cristianismo, a religião pagã oficial era muito mais ritualística e sincrética, muitos descriam no pacto com os deus mas acreditavam haver a necessidade da manutenção da adoração aos deus que eram os fornecedores da proteção estatal enquanto ao monarca caberia a responsabilidade pelos sacrifícios e adoração, parece incoerente a manutenção de um acordo do qual não se há uma genuína crença, porém não era para o para o mundo antigo. As superstitiones não eram proibidas por Roma desde que não fossem ou produzissem comportamento criminoso e antissocial, Tibério chegou a decretar a prática de magia negra como crime, logo com a perseguição desencadeada por Nero em 64 d. c, na qual os cristãos foram acusados de incendiários, criminosos e antissociais, fazer parte da “Superstitio cristã” era estar ariscando a própria vida e como diz Green seria “namorar o martírio”. Além dos fatores citados acima pesavam contra os cristãos acusações variadas a primeira delas era a de ateísmo, os cristãos eram tidos como ateus, sim, pode
  • 11. parecer estranho ao um ocidental atual, mas neste contexto sociocultural adorar a uma divindade, logo o associava a um templo, uma imagem, um ritual, porém os cristãos, têm uma fé subjetiva, assim como os judeus eram tidos como ateus por não prestarem culto aos deuses oficiais e por seu Deus não possuir nenhuma representação material, isso gerava sérios problemas, pois o cristianismo como uma Superstitio de conversão traria graves problemas a estabilidade do império, imaginem se gente de todo o império passasse a negar os deus , publicamente, os provedores da estabilidade o caos se estabeleceria, haveria a quebra da pax deorum (paz dos deuses). Incesto outra acusação que pesava contra cristãos o populacho dizia que os seguidores de Jesus chamavam-se de irmãos, contudo casavam-se entre si, o nome dado ao culto cristão “reunião ágape” reunião do amor também era motivos para desconfianças, além desses fatores há ainda acusações de canibalismo, isto mesmo, nas reuniões do ágape, comia-se a carne e bebia-se o sangue, assim seriam as ceias cristãs. A carta a Diogneto (120 d. C.) um dos primeiros documentos que fala a respeito da vivência da comuna primitiva é uma resposta a um de um cristão anônimo a um pagão culto, desejoso por conhecer melhor a nova fé cristão. Segue trecho abaixo, com grifo nos tópicos relevantes às perseguições sofridas por esses homens e mulheres seguidores do Cristo: 1. Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela língua, nem pelos costumes. Nem, em parte alguma, habitam cidades peculiares, nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza singular. 2. Nem uma doutrina desta natureza deve a sua descoberta à invenção ou conjectura de homens de espírito irrequieto, nem defendem, como alguns, uma doutrina humana. 3. Habitando cidades Gregas e Bárbaras, conforme coube em sorte a cada um, e seguindo os usos e costumes das regiões, no vestuário, no regime alimentar e no resto da vida, revelam unanimemente uma maravilhosa e paradoxal constituição no seu regime de vida político-social. 4. Habitam pátrias próprias, mas como peregrinos: participam de tudo, como cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para eles uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira. 5. Casam como todos e geram filhos, mas não abandonam à violência os recém- nascidos. Servem-se da mesma mesa, mas não do mesmo leito. 6. Encontram-se na carne, mas não vivem segundo a carne. 7.Moram na terra e são regidos pelo céu.
  • 12. 8.Obedecem às leis estabelecidas e superam as leis com as próprias vidas. 9. Amam todos e por todos são perseguidos. 10.Não são reconhecidos, mas são condenados à morte; 11. são condenados à morte e ganham a vida. 12. São pobres, mas enriquecem muita gente; 13.de tudo carecem, mas em tudo abundam. 14.São desonrados, e nas desonras são glorificados; 15.injuriados, são também justificados. 16.Insultados, bendizem; 17.ultrajados, prestam as devidas honras. 18. Fazendo o bem, são punidos como maus; fustigados, alegram-se, como se recebessem a vida. 19. São hostilizados pelos Judeus como estrangeiros; são perseguidos pelos Gregos, e os que os odeiam não sabem dizer a causa do ódio. 20. Numa palavra, o que a alma é no corpo, isso são os cristãos no mundo. 21. A alma está em todos os membros do corpo e os cristãos em todas as cidades do mundo. 22. A alma habita no corpo, não é, contudo, do corpo; também os cristãos, se habitam no mundo, não são do mundo. 23. A alma invisível vela no corpo visível; Também os cristãos sabe-se que estão neste mundo, mas a sua religião permanece invisível. 24. A carne odeia a alma, e, apesar de não a ter ofendido em nada, faz-lhe guerra, só porque se lhe opõe a que se entregue aos prazeres 25. da mesma forma, o mundo odeia os cristãos que não lhe fazem nenhum mal, porque se opõem aos seus prazeres. 26. A alma ama a carne, que a odeia, e os seus membros; Também os cristãos amam os que os odeiam. 27. A alma está encerrada no corpo, é todavia ela que sustém o corpo; 28. Também os cristãos se encontram retidos no mundo como em cárcere, mas são eles que sustêm o mundo. 29. A alma imortal habita numa tenda mortal; Também os cristãos habitam em tendas mortais, esperando a incorrupção nos céus. 30. Provada pela fome e pela sede, a alma vai-se melhorando; também os cristãos, fustigados dia-a-dia, mais se vão multiplicando. Deus pô-los numa tal situação, que lhes não é permitido evadir-se.
  • 13. É neste contexto que desenvolve-se o Cristianismo, inicia-se na palestina, desenvolve-se, foi perseguido, porém manteve-se vivo, como se diz na celebre frase de Tertuliano “O sangue dos mártires é a semente da Igreja” houveram fatores que favoreceram como salienta Paulo ao dizer que Jesus nasceu “à plenitude dos tempos” (Gl. 4:4-5) numa conjuntura Geopolítica que favorece a propagação do Querygma, contundo muitos outros foram contrários, desde os próprios divulgadores “homens sem letras e indoutos” Atos 4:13, o tema da mensagem (Jesus), sua cosmo visão (igualitária, contrária à pagã), acusações do populacho (canibalismo, incesto, imoralidades, nas reuniões do Ágape) etc. Desde Nero (54 a 68 d. C.) quando os Cristão são acusados pelo incêndio que destrói boa parte de Roma até o Imperador Diocleciano (305 a 310), que promoveu a mais dura e sistemática perseguição contra os cristão, mandando inclusive por meio de um Edito que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados, os cristãos passaram por várias dificuldades, mas com o Edito de Galério em 311 o Cristianismo passa a ser tolerado, dois anos depois em 313 Constantino através do Edito de Milão oficializa o Cristianismo “Por essa lei o Cristianismo foi oficializado, sua adoração tornou-se legal e cessou a perseguição, para não mais voltar, enquanto durou o Império Romano.” Finalmente, no ano 380 d.C. o Cristianismo torna-se a religião oficial do Império Romano, em pouco mais de três séculos o “obscuro e marginal movimento de Jesus” como afirma Stark sai de seita dentro do Judaísmo a Religião oficial de todo império Romano e a maior religião do planeta atualmente com mais de bilhões de seguidores em todo mundo. REFERENCIAS RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento 4ª Ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008.
  • 14. SHELLEY, Bruce L. História do Cristianismo – Ao alcance de todos, São Paulo, Shedd Publicações, 2004. Hurlbut, Jesse Lyman, História da Igreja Cristã, 14ª impressão, São Paulo, Ed. Vida, 2002. LADD, G. Eldon, Teologia do Novo Testamento, Edição Revisada, São Paulo, Ed. Hagnus, 2003. F O X E, John, O livro dos Mártires, São Paulo: Mundo Cristão, 2003. DA SILVA, Diogo Pereira, As perseguições aos cristãos no império romano (séc. I-IV): dois modelos de apreensão. Eusébio De Cesaréia, HISTÓRIA ECLESIÁSTICA, São Paulo, Novo Século, 2002. A.J. O'Reilly, Os Mártires do Coliseu O Sofrimento dos Cristãos no Grande Anfiteatro Romano 3ª impressão, Rio de Janeiro, CPAD, 2005. A. Knight. W. Anglin, História Do Cristianismo - Dos apóstolos do Senhor Jesus ao século XX, 2ª ed. - Rio de Janeiro, 1983. ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Temas Teológicos Na Literatura Sinótica, Faculdade Unida, Vitória – ES. 2014. GREEN, Michael, Evangelização Na Igreja Primitiva, São Paulo, Ed. Vida Nova, 1984. PAIVA, Geraldo José de, Religião, enfrentamento e cura: perspectivas psicológicas, Estudos de Psicologia, Campinas, p. 99-104, janeiro - março 2007. FOSTER, James Richard. Começando de Jerusalém: a expansão cristã através de dezessete séculos. Tradução de: Moysés Martins de Aguiar. São Paulo: Imprensa Metodista, 1961. http:www.bibliaonline.com.br, Acesso em 17 de Junho de 2014. (Todas as citações bíblicas foram retidas deste site)