2. COEM - 1ª Aula Teórica
A MEDIUNIDADE ATRAVÉS DOS
TEMPOS
PRECURSORES DO ESPIRITISMO
AS IRMÃS FOX - MESAS GIRANTES
MEDIUNIDADE: CONCEITO
3. I - A MEDIUNIDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS
• A mediunidade, por ser uma faculdade inerente ao ser humano, tem-se
manifestado em todos os tempos. Desde os escritos religiosos mais
antigos, como os Vedas (cerca de 2 mil anos antes de Cristo), já se
tem notícia de intercâmbio espiritual com os chamados "mortos".
• Tal intercâmbio, porém, era feito somente por homens e mulheres
dedicados especialmente ao mister religioso; eram os iniciados que, às
vezes, levavam dezenas de anos se preparando para poderem, depois
de desenvolvidas as suas faculdades mediúnicas, exercitar o seu poder
sobre o povo, governantes, etc... Por isso, eram pessoas temidas e
respeitadas por todos.
• Como tais fenômenos eram tidos como maravilhosos, sobrenaturais,
por desconhecimento das leis que os regem, os indivíduos que podiam
manter tal intercâmbio eram considerados privilegiados. Formados tais
círculos sacerdotais, eram eles os responsáveis pela orientação
religiosa da massa.
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4. I - A MEDIUNIDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS
• Na Índia - os iniciados brâmanes, com 40 anos de
noviciado, exercitavam a comunicabilidade com os
Espíritos.
• Na Grécia - a crença na evocação era geral (deuses e
sombras) através das pitonisas, nome dado às médiuns
da época.
• Em Roma - consultas às sibilas (profetizas entre os
antigos).
• Na Gália - consultas entre os sacerdotes druidas, na
França antiga.
• Na Bíblia- I Samuel, cap. 28.
• No Cristianismo - inúmeros exemplos, entre os quais
o de Pentecostes.
• Na Idade Média- comunicações com os "santos";
visões: Joana D'Arc.
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5. II - OS PRECURSORES DO ESPIRITISMO:
Emmanuel Swendenborg
Nascimento: Estocolmo, Suécia, em 1688.
Desencarnação: Londres, Inglaterra, em 1772.
Dados pessoais: engenheiro de minas, autoridade em metalurgia,
engenheiro militar, astrônomo, físico, zoólogo, anatomista, financista,
economista e escritor.
Dotado de grandes possibilidades mediúnicas, notadamente a vidência.
Swedenborg deu ao homem a primeira visão das cidades espirituais
com sua organização social, exatamente há duzentos anos, confirmada
na atualidade por André Luiz.
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6. II - OS PRECURSORES DO ESPIRITISMO:
Edward Irving
Local e época: Escócia entre 1830 e 1833.
Dados pessoais: pastor de uma igreja escocesa e possuidor de
eloqüente oratória, que conseguiu atrair centenas de fiéis às suas
pregações.
Ocorrências: fenômenos mediúnicos que inesperadamente irromperam
na igreja de Irving, quando os membros de sua congregação,
sofrendo o influxo de forças consideradas estranhas, faziam curas,
falavam línguas desconhecidas (xenoglossia) e profetizavam.
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7. II - OS PRECURSORES DO ESPIRITISMO:
Os "Shakers"
Local e época: Estados Unidos, 1837.
Dados: os "Shakers" foram refugiados que chegaram à Inglaterra e
formaram comunidades, transferindo-se logo depois para os
Estados Unidos.
Ocorrências: fenômenos mediúnicos singulares. Espíritos "visitavam"
com muita freqüência a comunidade dos Shakers e diziam-se
índios peles-vermelhas; apareciam em grupos como numa tribo. O
objetivo de tais manifestações entre outros, era provar a veracidade
da existência dos Espíritos.
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8. II - OS PRECURSORES DO ESPIRITISMO:
Andrew Jackson Davis
Nascimento: às margens do Hudson (EUA), em 1826
Desencarnação: em 1910.
Dados pessoais: nascido entre gente simples, não teve oportunidade de
desenvolvimento intelectual.
"Jamais houve um rapaz com menos disposições favoráveis do que Davis...
Fora dos livros da escola primária, apenas se lembrava de um livro que
sempre lia até os dezesseis anos de idade. Entretanto, naquela criatura
mirrada dormiam tais forças espirituais que antes dos vinte anos tinha
escrito um dos livros mais profundos e originais de filosofia jamais
produzidos." (Arthur Conan Doyle - "História do Espiritismo - Cap. III).
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9. III - OS FENÔMENOS DE HYDESVILLE - IRMÃS FOX
Local: vilarejo de Hydesville, próximo à cidade de Rochester, nos Estados Unidos.
Protagonistas: família Fox, particularmente as jovens Margareth, de 14 anos e
Kate, de 11 anos.
Ocorrências: fenômenos de maneira ostensiva e rude, caracterizados por
pancadas ou "raps", arrastar de cadeiras, estremecimento e deslocamento de
objetos, em síntese, uma erupção de sons fortes.
Desenvolvimento: após observação, constatou-se que eram fenômenos
inteligentes e que só se processavam em presença das irmãs Fox.
Idealizado um alfabeto para poder traduzir as pancadas, facilitando a compreensão
do que era dito, o Espírito declarou-se o responsável pelas manifestações,
dizendo que se chamava Charles Rosna, que fora vendedor ambulante
(mascate) e que, havendo se hospedado ali, fora assassinado pelo casal Bell.
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10. Efetuadas as buscas, verificou-se a veracidade da revelação.
Após as primeiras manifestações em Hydesville, que se
caracterizaram pelas pancadas e ruídos grotescos, iniciou-se,
por volta de 1850, a fase conhecida como a das "mesas
girantes".
Inicialmente o processo era moroso e difícil. Foi quando os
próprios Espíritos indicaram nova maneira de comunicação:
bastava, simplesmente, reunirem-se as pessoas em torno de
uma mesa, porem as mãos em cima dela e a mesa, levantando-
se, daria uma pancada, soletrando-se o alfabeto, ver-se-ia a
letra que o Espírito queria designar.
Este processo, ainda que muito lento, produziu resultados
excelentes, chegando-se às mesas girantes e falantes.
Conseqüências: a partir daí, o fenômeno atingiu a Europa,
chegando à França em 1853, encarado como diversão nos
salões de festas.
A vulgarização das manifestações, no entanto, já vinha
oferecendo matéria para estudos sérios e dignos, despertando
a atenção dos sábios. Aí então, a trajetória missionária do Prof.
Rivail (Kardec), traçada pelo alto, estava delineada. Observados
os fatos e aplicado o método experimental, com a publicação
de "O Livro dos Espíritos", extinguia-se o período áureo das
mesas girantes...
11. Tentou-se explicar os movimentos das mesas girantes através
das teorias magnéticas, porém, por mais esforço que se
fizesse, alguns fenômenos escapavam a tais explicações.
Mesmo porque, desde Hydesville, o responsável pelos
"raps" já se auto-identificava, como sendo um Espírito, o
de Charles Rosna, cujo esqueleto mais tarde foi encontrado,
juntamente com seu baú de quinquilharias, numa parede
velha da casa dos Fox.
As mesas girantes não apenas se movimentavam através de
pancadas, como procuravam responder inteligentemente às
questões que eram formuladas e a algumas que eram
somente pensadas.
Isso significava que havia um elemento inteligente por trás do
fenômeno.
12. IV - MEDIUNIDADE - CONCEITO
Como vimos, se os Espíritos atuam sobre os objetos
inanimados, fazendo deles instrumentos para as suas
manifestações inteligentes, nada os impede de atuar
sobre uma estrutura que já lhes é conhecida (por serem
eles as almas dos chamados mortos), e que está
devidamente preparada para lhes servir de meio de
manifestação entre os encarnados.
A diferença reside no fato de que o corpo que é utilizado
pelos desencarnados é vivo, tem um dono e responsável,
está acostumado, condicionado ao modo e forma de
pensar e ser do espírito que o movimenta.
Assim, à faculdade que permite a um espírito encarnado
"emprestar" o seu organismo (não nos referimos somente
ao corpo físico, senão ao complexo fisiológico e espiritual
que é a criatura humana), para que através dele, uma
inteligência desencarnada se manifeste em nosso meio,
denominamos faculdade mediúnica ou mediunidade.
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13. 1.Bibliografia Essencial:
• ALLAN KARDEC - "O Livro dos Médiuns" - 2a. parte - caps. I e II
• GABRIEL DELANNE - "O Fenômeno Espírita" - 1a. parte - caps. I e II
2.Bibliografia Suplementar:
• ALLAN KARDEC - "Introdução à Doutrina Espírita" - 3a. parte.
• GABRIEL DELANNE - "A Alma é Imortal" - 1a. parte - cap. I e II
• LEON DENIS - "No Invisível " - 1a. parte - cap. IV
• ARTHUR CONAN DOYLE - "História do Espiritismo" - caps. I a V.
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14. RELAXAMENTO E ABSTRAÇÃO -
ELEVAÇÃO
• O relaxamento deverá ser completo: muscular e psíquico.
• Para tanto, evitar todas as causas, pelo menos no dia da reunião, que
levam o indivíduo a uma tensão.
• Preparado convenientemente durante o dia, procurar alimentar-se
frugalmente, evitando problemas de sobrecarga física; vestir-se com
sobriedade, evitando roupas e calçados apertados.
• Durante a reunião, manter-se relaxado, respirar calmamente, tomar na
cadeira a posição cômoda, solta, evitando contrair os músculos, para
facilitar um bem estar físico.
• Abstração quer dizer desligamento de problemas outros, que não digam
respeito às finalidades da sessão: problemas domésticos, particulares, etc.
• O relaxamento, proporcionando um bem estar fisiológico, e a abstração,
evitando tensões psíquicas, dão condições para que o indivíduo possa
focalizar seu pensamento em objetivos elevados.
• Pensar no bem, no amor, na caridade, nas virtudes que exornam o caráter
do verdadeiro cristão.
• O resultado da reunião depende da concentração e da elevação com que é
feita.
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