1. Escola Secundária Augusto Gomes - Matosinhos
Página 1 de 4
Maria Esteves Vieira
Giovanni Pierluigi Palestrina
Introdução
Giovanni Pierluigi Palestrina foi um compositor italiano. É conhecido por
ser o mais célebre compositor de música sacra do século XVI. Era muito
talentoso, o que lhe conferiu sempre um grande sucesso
na música. Há, neste momento, 88 partituras disponíveis
da sua autoria.
A música de Palestrina é caracterizada pela sua
beleza, contendo emoção e espiritualidade, o que lhe
confere um encanto divino. Este compositor é
considerado a “perfeição” no que toca à polifonia
renascentista.
Apesar de ter composto vários madrigais profanos, Palestrina destaca-
se principalmente na música religiosa. Foi o compositor mais prestigiado antes
de J. S. Bach. Com a sua obra, marcou a música polifónica do Renascimento e
da Contrarreforma.
Biografia
Nasceu a 3 de Fevereiro de 1525 em Palestrina, Itália. Palestrina
sempre teve uma carreira ligada à música, começando a estudar música logo
em criança, aos doze anos de idade. Foi através da música que serviu a Igreja
durante toda a sua vida.
Participou no coro da igreja de Santa Maria Maggiore, em Roma, cidade onde
estudou como organista e cantor até 1540. Após esse ano volta à sua terra
natal, onde foi mestre de coro e organista. Foi também mestre da Capella
Giulia, em 1550, e, passado um ano, publicou o seu primeiro livro de Missas.
Após a morte de Júlio II, (o papa que o contratou, anteriormente bispo da
2. Escola Secundária Augusto Gomes - Matosinhos
Página 2 de 4
Maria Esteves Vieira
cidade de Palestrina) este compositor é demitido por ser casado e por ter
composto obras de música profana. Tendo sido dispensado do cargo que
mantinha, dirigiu-se a outras capelas, vindo a ser mestre da capela de São
João de Latrão e, novamente, de Santa Maria Maggiore. Em 1571 torna-se
diretor da Capela Sistina, após ter trabalhado com o cardeal Hipólito d’Este. E,
por fim, em 1572 volta à Capela Giulia, na Basílica de São Pedro, como
maestro do coro, onde permaneceu o resto da sua vida.
No tempo das epidemias, em 1570, perdeu a sua esposa e os seus dois
filhos mais velhos, ambos com um grande talento musical. Após esse trágico
acontecimento, Palestrina decidiu tornar-se padre, no entanto, não concretizou
essa ideia. Casou com Lucrezia Gori, uma viúva com fortuna pessoal de Roma,
e continuou o negócio de comércio de peles que o falecido marido desta tinha,
no qual teve grande sucesso. Isto permitiu-lhe a publicação da sua obra até ao
fim da sua vida.
Palestrina tem uma vasta produção musical. Esta contém mais de cem
missas, motetos, madrigais, etc.
O seu talento foi reconhecido universalmente e os seus serviços eram variadas
vezes requisitados por diversas autoridades da Europa.
Palestrina morreu em Roma, a 2 de Fevereiro de 1594 e foi dignamente
enterrado na Basílica de São Pedro.
Importância para o renascimento
Palestrina foi o mais famoso compositor da sua época e também o
representante da Escola romana do século XVI. Diz-se ter “salvo” a música
sacra polifónica.
O Concílio de Trento estava prestes a proibi-la nas Igrejas, sendo apenas
permitido o canto gregoriano. Apercebendo-se disto, Palestrina apresenta um
novo estilo, um estilo digno e sem aspetos contrapontísticos que podiam
possivelmente atrapalhar a compreensão do texto. Este novo estilo passou a
chamar se “estilo Palestrina”.
3. Escola Secundária Augusto Gomes - Matosinhos
Página 3 de 4
Maria Esteves Vieira
Tendo tido sempre muito sucesso na vida, é compreensível que
Palestrina tenha uma maneira de ser típica de um génio. Este tinha consciência
das suas capacidades e do quanto era admirado. Sendo assim, nunca se
sentia forçado a aceitar nenhum trabalho, sentindo-se livre para escolher os
que mais lhe agradassem.
Devido a toda a competição para obter os serviços de Palestrina, o
Vaticano via-se obrigado a aumentar o seu salário anualmente, de modo a
mantê-lo em Roma.
Palestrina foi, como podemos constatar, muito importante para o
desenvolvimento da música no Renascimento. Os seus principais sucessores
foram Festa, Arcadelt e Morales.
Conclusão
“O Príncipe da Música” era um nome ao qual se associava logo a
Palestrina, o responsável pela “perfeição absoluta” do estilo eclesiástico na
música.
Captou, melhor que ninguém, o aspeto sóbrio e conservador da
Contrarreforma, numa polifonia de extrema pureza.
As suas obras nunca caíram no esquecimento, pelo contrário, sempre foram
apreciadas como sendo “obras-primas da polifonia".
Podemos concluir que, mesmo tendo uma vida por vezes um pouco
trágica, é possível continuar a ter sucesso e não deixar que esses obstáculos
nos privem aos nossos prazeres da vida, sendo esses, para Palestina, a
música e a Igreja.
Trabalho realizado por Maria Esteves Vieira, 10º I,
Junho de 2013
4. Escola Secundária Augusto Gomes - Matosinhos
Página 4 de 4
Maria Esteves Vieira
Bibliografia
http://pegada.blogs.sapo.pt/2178145.html
http://musicantiga.com.sapo.pt/Musicantiga-Palestrina.htm
http://pt.cantorion.org/composers/35/Giovanni-Pierluigi-da-Palestrina
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/GiovPale.html
http://www.lastfm.pt/music/Giovanni+Pierluigi+da+Palestrina
http://www.oliver.psc.br/compositores/compositores_renascentistas.htm
http://oserdamusica.blogspot.pt/2011/05/giovanni-pierluigi-da-palestrina-
1525.html