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METODOLOGIA
CIENTÍFICA –
FAC. INTEGRADAS “ESPÍRITA”
FITOTERAPIA - 2015
PROF. DR. VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA
1
O QUE É CIÊNCIA?
“CIÊNCIA É UM EMPREENDIMENTO ESSENCIALMENTE
ANÁRQUICO: O ANARQUISMO TEÓRICO É MAIS
HUMANITÁRIO E MAIS APTO A ESTIMULAR OO
PROGRESSO DO QUE SUAS ALTERNATIVAS QUE
APREGOAM A LEI E A ORDEM” FEYARABEND, Paul.
Contra o método.
2
O QUE É CIÊNCIA?
• É um desenvolvimento progressivo do
senso comum (RUBEM ALVES, p.12)
• Para que serve a ciência?
• A gente pensa porque as coisas não
vão bem. Quando as coisas vão bem, a
gente não pensa, simplesmente goza e
usufrui.
3
• Todo pensamento começa com um
problema.
• É preciso formular problemas com
clareza para produzir ciência.
• Em ciência, como no senso comum,
existe uma estreita relação entre ver com
clareza e dizer com clareza. Quem não
diz com clareza não está vendo com
clareza. Dizer com clareza é a marca do
entendimento, da compreensão.
O QUE É CIÊNCIA ?
4
O QUE É OU EM QUE SE
BASEIA A OBJETIVIDADE
CIENTÍFICA?
 Basicamente é o princípio da relação entre causa e
efeito.
• A relação entre os objetos e a razão estariam
em dois princípios (HUME):
* Representação das idéias: campo da lógica e
da matemática.
* Descrição do mundo material: o que nos
conduz ao mundo exterior e suas relações.
5
O QUE É OU EM QUE SE BASEIA
A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA?
Exemplo no campo da psicologia:
psicologia comportamentalista de PAVLOV / SKINNER
é um ex. de ciência baseada em causa e efeito.
• ESTÍMULO (CAUSA); é tudo que vem do ambiente,
penetra o organismo e provoca qualquer tipo de
atividade.
• RESPOSTA (EFEITO): é o comportamento do
organismo diante de um efeito.
6
MAS, AFINAL,O QUE É
CIÊNCIA MESMO?
RELATIVIZANDO AS SUAS
BASES CONCEITUAIS...
“Não será verdade que cada ciência, no
fim, se reduz a um certo tipo de mitologia?”
 Carta de Freud a Einstein (1932)
“(...) as categorias mais fundamentais do pensamento e,
conseqüentemente, da ciência têm sua origem na religião”
E. Durkheim
7
MAS, AFINAL,O QUE É
CIÊNCIA MESMO?
RELATIVIZANDO AS SUAS
BASES CONCEITUAIS...
“Não será verdade que cada ciência, no
fim, se reduz a um certo tipo de mitologia?”
 Carta de Freud a Einstein (1932)
“(...) as categorias mais fundamentais do pensamento e,
conseqüentemente, da ciência têm sua origem na religião”
E. Durkheim
8
SONHO OU REALIDADE?
PRINCÍPIO POSITIVISTA: SOMENTE PODE SER AFIRMADO AQUILO QUE OS
FATOS AUTORIZAM....
9
A Fenomenologia:
• Os fenômenos são experienciados pela consciência
.
• sujeito e objeto se inter-relacionam no processo de
conhecimento.
Por isso, Merleau-Ponty (1994, p. 3) afirma que tudo aquilo que sei
do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de visão minha ou de
uma experiência do mundo, sem a qual os símbolos da ciência não
poderiam dizer nada. O universo da ciência é construído sobre o
mundo-vivido e, se queremos pensar a própria ciência com rigor,
apreciar exatamente seu sentido e seu alcance, precisamos,
primeiramente, despertar essa experiência do mundo da qual ela é
a expressão segunda. APUD Moreira, Ana Regina de Lima. Algumas
considerações sobre a consciência na perspectiva
fenomenológica de Merleau-Ponty.IN: Estudos de Psicologia N.º
21997, p. 399-405.
10
 ESTES MODELOS SÃO BASTANTE LIMITADOS E A BUSCA
INCESSANTE PELA OBJETIVAÇÃO RELATIVIZA MUITO
CERTAS DIMENSÕES DA CONSCIÊNCIA HUMANA
COMO A INTUIÇÃO POR EXEMPLO, EM RAZÃO DA
DIFICULDADE DE COMPROVAÇÃO;
 ATIVIDADE DE RELAXAMENTO E DE ESTÍMULO À
INTUIÇÃO
A DIFÍCIL RELAÇÃO ENTRE O SABER
EMPÍRICO (BASE BACONIANA-
CARTESIANA) E A CONSCIÊNCIA
11
Consciência adquire um novo significado,
totalmente diferente daquele existente até
então. Ela é definida como percepção, de
modo que não há separação e oposição entre
os dados sensível e racional no ato de
apreensão das coisas.
BOA CIÊNCIA SE PRODUZ COM O
APROFUNDAMENTO DA
CONCIÊNCIA
12
 QUE TIPO DE SABER É A CIÊNCIA?
 a ciência é apenas uma forma de conhecimento que
produz suas verdades a partir de métodos empíricos (WILBER,
K. A união da alma e dos sentidos).
 CONHECIMENTO EMPÍRICO: Baseia-se em evidências
experimentais.
 Este sentido deve ser ampliado para outros domínios
(sensorial, mental e espiritual).
TRÊS BASES DO CONHECIMENTO:
•INJUNÇÃO INSTRUMENTAL;
•APREENSÃO DIRETA;
•CONFIRMAÇÃO. (P. 123)
13
VERSÃO PÓS-MODERNA DA CIÊNCIA
 A CIÊNCIA NÃO É GOVERNADA POR FATOS E SIM POR
PARADIGMAS.
INTERPRETAÇÕES REDUCIONISTAS DA TEORIA DE KUHN.
 A CIÊNCIA É MONOLÓGICA. OS NOVOS PARADIGMAS NÃO
NOS FORNECEM NENHUM CONHECIMENTO ESPIRITUAL
DIRETO. SÃO IDÉIAS ATRELADAS A PERCEPÇÕES SENSORIAIS.
 NÃO INCORPORAM AS DIFERENTES DIMENSÕES DO SER
HUMANO A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PLURAL DA
EPISTEMOLOGIA, QUE GERAM TRÊS TIPOS CONHECIMENTO:
(P.22)
 O OLHO DA CARNE (EMPIRISMO);
 O OLHO DA MENTE (RACIONALISMO);
 O OLHO DA CONTEMPLAÇÃO (MISTICISMO).
14
KEN WILBER:
 A DIVISÃO DA CIÊNCIA EM QUADRANTES:
FREUD
JUNG
PIAGET
AUROBINDO
PLOTINO
BUDA
SKINNER
LOCKE
BEHAVIORISMO
FISICA, BIOLOGIA ,
NEUROLOGIA
THOMAS KHUN
WEBER
DILTHEY
MARX
TEORIA DE SISTEMAS
T. PARSONS
COMTE
INDIVIDUALCOLETIVO
INTERIOR EXTERIOR
INTERIORES:
•INTERPRETATIVA
•HERMENEUTICA
•CONSCIENCIA
EXTERIORES:
•MONOLOGICA
•EMPIRICA/POSITIVISTA
•FORMAL
15
TODA CIÊNCIA PRESSUPÕE
MÉTODOS
 MÉTODO INDUTIVO
 CASOS EMPÍRICOS PARA A TEORIA GERAL
 MÉTODO DEDUTIVO
 RACIONALIZAÇÃO TEÓRICA/CONCEITOS/MODELOS PARA O
ESTUDO DE CASOS PARTICULARES
 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
 ELABORAÇÃO DO PROBLEMA – HIPÓTESES –
VERIFICAÇÃO/TESTE DAS HIPÓTESES -
CORROBORAÇÃO/CONFIRMAÇÃO - FALSEAMENTO
 MÉTODO DIALÉTICO
 TESE-ANTÍTESE-SÍNTESE
 MÉTODO EXPERIMENTAL – SUBMETE O OBJETO A INFLUENCIA
DE CERTAS VARIÁVEIS CONTROLADAS
16
MÉTODOS ETNOGRÁFICOS
OU ANTROPOLÓGICOS
 MÉTODO ETNO-BOTÂNICO/FARMACOLÓGICO: É
através da etnobotânica que se busca o
conhecimento e o resgate do saber botânico
tradicional particularmente relacionado ao uso dos
recursos da flora (GUARIN NETO; SANTANA; BEZERRA
DA SILVA, 2000).
 Sua base discursiva e investigativa é antropologia
médica/saude
17
Técnicas possíveis em
Estudos etnodirigidos:
18
EXIGÊNCIAS DE UMA PESQUISA
CIENTÍFICA, INDEPENDENTE DO
MÉTODO:
Pesquisa Bibliográfica
 “A Pesquisa bibliográfica é fundamentada nos
conhecimentos de biblioteconomia, documentação e
bibliografia; sua finalidade é colocar o pesquisador em
contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de
pesquisa.” (PÁDUA, 2004)
 Imprescindível para qualquer pesquisa científica
 Registrar e organizar os dados bibliográficos referentes aos
documentos obtidos e empregados na pesquisa científica
 Objetivos: desvendar, recolher e analisar as principais
contribuições sobre um determinado fato, assunto ou idéia
19
MODELOS DE PRODUÇÃO
DA PESQUISA
 PESQUISA-AÇÃO
 PESQUISA PARTICIPANTE
 PESQUISA EMPÍRICO-DOCUMENTAL (MÉTODO HISTÓRICO)
 PESQUISA EXPERIMENTAL -
 SURVEY (LEVANTAMENTO) – aplicação de questionários para conhecer as
pessoas e seus comportamentos.
 Pode ser por amostragem ou população absoluta
 Aplica-se métodos estatísticos
ENTREVISTAS E
APLICAÇÃO DE
SURVEYS,
TÉCNICAS DE
OBSERVAÇÃO
• GRUPO EXPERIMENTAL
• GRUPO CONTROLE
20
 Pode-se pensar que há maior aceitação e credibilidade se uma
pesquisa for expressa em números, mas...
21
MODELOS DE PESQUISA
APLICADA
 PESQUISA TEÓRICA
 PESQUISA DE CAMPO
 PESQUISA LABORATORIAL
22
PESQUISA TEÓRICA
 BASEIA-SE EXCLUSIVAMENTE EM UMA ANÁLISE CRÍTICA
E COMPARATIVA SOBRE AS INTERPRETAÇÕES E
RESULTADOS DISPONÍVEIS NA LITERATURA CIENTÍFICA
23
PESQUISA DE CAMPO
Onde acontece o fato/fenômeno/processo
 Coleta de dados e observação do fato/fenômenos/ processo in natura
 Formas:
 Observação direta;
 Levantamento;
 Estudo de caso
24
PESQUISA DE LABORATÓRIO
Caracterizada por:
 Interferir artificialmente na produção do fato/
 fenômeno/processo OU
 Artificializar o ambiente ou os mecanismos de percepção para que o
fato/fenômeno/processo seja produzido/percebido adequadamente
“Estímulos” “Cenários”
 Permite:
 Estabelecer padrão desejável de observação
 Captar dados para descrição e análise
 Controlar o fato/fenômeno/processo
25
Exemplos de Pesquisa:
 Desenvolvimento de um fármaco para malária
 Pesquisa Experimental
 Saber quais os hábitos alimentares da população de
Curitiba no inverno
 Pesquisa Social
 Saber de que forma se deu a Organização do SUS
 Pesquisa Histórica
 Efeitos colaterais do Tamiflu apresentadas em revistas
científicas
 Pesquisa Teórica
26
TODA PESQUISA DEVE SER
INICIADA COM UM
PROJETO, POR QUÊ?
27
COMPONENTES QUE
CONSTITUEM ARTIGOS OU
MONOGRAFIAS
28
TRADICIONALMENTE OS ELEMENTOS QUE
COMPÕEM TEXTOS DE ARTIGOS SÃO:
1. TÍTULO EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA
2. RESUMO EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA
3. PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA
4. INTRODUÇÃO:
5. DESENVOLVIMENTO OU CORPO
• MATERIAL E MÉTODOS
• DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA EMPÍRICA
6. CONCLUSÃO
7. ELEMENTOS POS-TEXTUAIS
8. REFERÊNCIAS:
29
Considerações sobre a
“INTRODUÇÃO” ao artigo ou
monografia:
ESTABELECE O ASSUNTO, A
PERTINÊNCIA, DIMENSÕES DO
CAMPO DE PESQUISA E
PERÍODO
INDICA OS OBJETIVOS E A
FINALDADE, JUNTIFICANDO O
PONTO DE VISTA QUE É
UTILIZADO;
APRESENTA O ROTEIRO E
ORDEM DE EXPOSIÇÃO
30
Etapas do
“DESENVOLVIMENTO” do artigo
ou trabalho cientifico:
1. REVISÃO DA LITERATURA
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4. DISCUSSÃO
31
RETROSPECTIVA DE UMA
BOA CONCLUSÃO
• APRESENTAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA EM SUA
ÚLTIMA FORMULAÇÃO
• APRESENTAÇÃO PRINCIPAL DOS FUNDAMENTOS DOS
MODELOS DE ANÁLISE E DAS HIPÓTESES DE PESQUISA
• UMA DESCRIÇÃO GERAL DO CAMPO DE
OBSERVAÇÃO, DAS FONTES E DOS MÉTODOS
UTILIZADOS PARA A OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES
• UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS
HIPOTETICAMENTE ESPERADOS E OS RESULTADOS
OBTIDOS
32
QUAIS SÃO AS MINHAS
FONTES?
 FONTES QUANTITATIVAS
 FONTES QUALITATIVAS
33
PROPOSTA DE SUMÁRIO:
 ORDENAMENTO DOS CONTEÚDOS A SEREM
INVESTIGADOS
34
ETAPAS DA
PESQUISA SOCIAL
PROF. VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA
FONE: 41 9668 7045
E-MAIL: vladimiroliveira@msn.com
35
36
PERGUNTA DE PARTIDA
 CLAREZA
 PERTINENCIA
 EXEQUILIDADE
37
1)QUAL É O IMPACTO DAS
MUDANÇAS NA ORGANIZAÇÃO DO
ESPAÇO SOBRE A VIDA DOS
HABITANTES?
EQUÍVOCOS MAIS COMUNS
NAS PERGUNTAS DE PARTIDA
38
2)EM QUE MEDIDA O AUMENTO DA
PERDA DOS EMPREGOS NO SETOR
DE CONTRUÇÃO EXPLICA A
MANUTENÇÃO DOS GRANDES
PROJETOS DE TRABALHOS
PÚBLICOS, DESTINADOS NÃO SO A
MANTER ESTE SETOR, MAS TAMBÉM
A DIMINUIR OS RISCOS DE
CONFLITOS SOCIAIS INERENTES A
ESTA SITUAÇÃO?
39
4) A FORMA COMO O
FISCO É DISTRIBUÍDO É
SOCIALMENTE JUSTA?
40
5)SERÁ QUE OS
PATRÕES EXPLORAM
OS TRABALHADORES?
41
AFETARÃO A
ORGANIZAÇÃO DO
ENSINO NOS
PRÓXIMOS VINTE
ANOS?
42
7) Os jovens são
mais afetados pelo
desemprego do que
os adultos?
43
2. ETAPA – EXPLORAÇÃO
LEITURAS
PESQUISAS PRELIMINARES DAS FONTES
ENTREVISTAS EXPLORATÓRAS44
LEITURAS –COMO COMEÇAR
A ESCOLHER
• COMEÇAR PELA PERGUNTA DE PARTIDA
• LEITURAS DE SÍNTESES E ARTIGOS
• ESCOLHER AUTORES QUE NÃO POSSUAM APENAS DADOS, MAS ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO
• ESCOLHER AUTORES COM ABORDAGENS DIVERSIFICADAS DO ASSUNTO
• REGULARMENTE PROCURE REFLETIR SOBRE O TEMA ESTUDADO E TROCAR
IDÉIAS COM COLEGAS
45
ENTEVISTAS EXPLORATÓRIAS E
ANÁLISE PRELIMINAR DAS
FONTES
 PERMITEM CONSTITUIR A PROBLEMÁTICA DA PESQUISA
 PERMITEM DESCOBRIR OS ASPECTOS QUE SE TEM OM
CONTA NÃO OBSERVADOS ANTERIORMENTE PELO
AUTOR E PERMITEM AMPLIAR A VISÃO DOS
FICHAMENTOS DAS LEITURAS;
46
NO CASO DAS ENTREVISTAS
COM QUEM É ÚTIL?
• DOCENTES
• INVESTIGADORES ESPECIALIZADOS
• PERITOS
47
QUANTO AS PERGUNTAS
• EVITAR FAZER PERGUNTAS LONGAS
• EVITAR FAZER EXCESSO DE PERGUNTAS
• EVITAR SE PERDER E FAZER EXCESSO DE COMENTÁRIOS
SOBRE SEU PROJETO, TIRANDO O FOCO DAS
INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS PARA APRIMORÁ-LO.
• EVITE DISCUSSÕES E ANOTE SUGESTÕES
• AMBIENTE ADEQUADO
• PROCURE GRAVAR SE POSSÍVEL
48
PROBLEMÁTICA
• POSSUI DOIS MOMENTOS:
1. FAZER UM BALANÇO DAS DIRERENTES ABORDAGENS
SOBRE O TEMA E DEFINIÇÃO DO REFERENCIAL
TEÓRICO
2. ELUCIDAR AS SUAS CARACTERÍSTICAS DE BASE
ESSENCIAIS;
49
50
CONSTRUÇÃO DE MODELOS
DE ANÁLISE
 CONCEITOS E TEORIAS
 DIMENSÕES E TESTE DE HIPÓTESES
 INDICADORES QUE QUALIFICAM AS HIPÓTESES
51
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DAS
OBSERVAÇÕES (FONTES)
• NÃO BASTA SABER QUE TIPO DE ANÁLISE SERÃO
RECOLHIDOS
• É PRECISO CIRCUSNCREVER O CAMPO SOCIAL,
ESPACIAL E TEMPORAL
A OBSERVAÇÃO PODESER:
• DIRETA
• INDIRETA
52
RETROSPECTIVA DE UMA
BOA CONCLUSÃO
• APRESENTAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA EM SUA
ÚLTIMA FORMULAÇÃO
• APRESENTAÇÃO PRINCIPAL DOS FUNDAMENTOS DOS
MODELOS DE ANÁLISE E DAS HIPÓTESES DE PESQUISA
• UMA DESCRIÇÃO GERAL DO CAMPO DE OBSEVAÇÃO,
DAS FONTES E DOS MÉTODOS UTILIZADOS PARA A
OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES
• UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS
HIPOTETICAMENTE ESPERADOS E OS RESULTADOS
OBTIDOS
53
Todas as etapas anteriores
servem de base para estudos
monográficos e artigos!
 TRADICIONALMENTE OS ELEMENTOS QUE COMPÕE O
TEXTO DO ARTIGO SÃO:
1. INTRODUÇÃO:
2. DESENVOLVIMENTO OU CORPO
3. CONCLUSÃO
4. ELEMENTOS POS-TEXTUAIS
5. TÍTULO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
6. RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
7. PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
8. REFERÊNCIAS:
54
INTRODUÇÃO:
ESTABELECE O ASSUNTO, A
PERTINÊNCIA, DIMENSÕES DO
CAMPO DE PESQUISA E
PERÍODO
INDICA OS OBJETIVOS E A
FINALDADE, JUNTIFICANDO O
PONTO DE VISTA QUE É
UTILIZADO;
APRESENTA O ROTEIRO E
ORDEM DE EXPOSIÇÃO
55
DESENVOLVIMENTO:
1. REVISÃO DA LITERATURA
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4. DISCUSSÃO
56
CONCLUSÃO:
 CONSIDERAÇÕES FINAIS BASEADA NO
DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO
 RECAPITULAÇÃO SINTÉTICA DOS RESULTADOS OBTIDOS
57
ATIVIDADES:
 PROCURE DEFINIR SEU OBJETO DE PESQUISA MEDIANTE:
 ELABORAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA
 ELABORAÇÃO DE PELOS MENOS TRÊS HIPÓTESES
 DEFINIÇÃO MÍNIMA DE UM REFERENCIAL TEÓRICO
58
Elaboração de hipóteses
 Hipóteses são respostas provisórias, de teor explicativo sobre os
fenômenos observáveis, mas cujo valor científico é apenas corroborado
mediante comprovações empíricas;
 Vejam os exemplos de construção de hipóteses de Antonio Carlos Gil:
59
Construção de objetivos
 Divide-se em:
 OBJETIVO GERAL
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Devem ser elaborados no infinitivo e fazer
apontamento sobre o nível de alcance da pesquisa;
60
Referencias Bibliográficas:
QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, Luc Van. Manual de investigações em
ciencias sociais. Lisboa-POR: Gradiva, 1995.
UFPR. Normas para apresentação de trabalhos científicos. Curitiba, Editora
UFPR, 2007. vol.1 a 9.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
1991.
POPPER, Karl. Conjecturas e refutações. Brasília: Ed.UNB, 2008.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Perpectiva: São Paulo, 1995.
WEBER, Max. Metodologia das ciencias sociais. Vol. I-II.Cortes-Ed.UnIcamp:
Campinas, 1999.
FAYERABEND, Paul. Contra o método. São Paulo: Unesp, 2007.
61
CITAÇÕES EM
TRABALHOS
CIENTÍFICOS
PROFA. VLADIMIR L. DE OLIVEIRA
2010
CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• CITAÇÃO: é quando se menciona no texto
uma informação (citação indireta) ou de
trechos (citação direta) extraídos de outra
fonte com finalidade de esclarecer, ilustrar
ou sustentar o assunto apresentado.
• Podem aparecer no texto ou em notas de
rodapé.
• Utiliza-se o sistema AUTOR-DATA ou
NUMÉRICO.
CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• Sistema AUTOR-DATA ou ALFABÉTICO: a
indicação da fonte no texto é feita pela
autoria seguida da data da publicação.
• Quando a autoria iniciar a frase, usar letra
maiúscula somente para a primeira letra e
entre parênteses o ano e a página.
• Quando a autoria for no final da frase,
abrir parênteses e usar caixa alta e a seguir
o ano e a página e fechar o parênteses.
CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• No sistema autor-data as notas de rodapé
são usadas para citação de citação, para
documentos não-publicados e notas
explicativas.
• As referências completas devem constar
na lista de referências, ao final do trabalho,
em ordem alfabética.
CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• Sistema NUMÉRICO: a indicação da
fonte é feita em algarismos arábicos (entre
parênteses ou sobrescrita, no final da
frase), em numeração única e consecutiva,
relacionada nesta sequência na lista de
referências ao final do trabalho.
CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• Tipos de citação: direta, indireta, citação
de citação.
• DIRETA: transcrição literal. EVITAR. Usar
somente quando for imprescindível.
• Curta: de até 3 linhas, deve abrir aspas e
escrever na mesma linha do texto,
fechando aspas.
• Longa: mais de 3 linhas, escrever em
parágrafo distinto, recuo de 4 cm da
margem esquerda, sem aspas, letra e
entrelinhamento menor, com linha em
branco separando.
CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
•INDIRETA: texto redigido pelo autor do
trabalho baseado nas idéias de um ou mais
autores, respeitando o que foi exposto
originalmente.
• CITAÇÃO DE CITAÇÃO: é quando se
refere a um texto que não teve acesso, mas
que foi citado por outro autor. EVITAR. Usa-
se citado por ou appud após a indicação da
fonte consultada. Na lista de referências,
citar a obra que foi consultada. Ex: Cardoso
et al. (1998, appud FREITAS; SANTOS,
2009) apresentou resultados semelhantes,
.....
DICAS PARA ESCREVER E
PUBLICAR ARTIGOS
CIENTIFICOS
DR.VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA
Introdução
 O meio de comunicação por excelência do
campo científico e acadêmico é o texto escrito
 Diversos gêneros de texto produzidos nesse
campo:
 livros, ensaios, artigos, resenhas, monografias,
teses, dissertações, capítulos de livros, papers
enviados a congressos e eventos, resumos,
fichamentos, trabalhos de fim de disciplina,
avaliações, projetos e relatórios de pesquisa, notas
de campo, obras de referência (verbetes de
enciclopédias, de dicionários etc.), textos de
opinião, notas de aula, apostilas, materiais didáticos
diversos etc.
Revistas científicas
 São publicações periódicas (anuais, semestrais,
quadrimestrais, trimestrais etc.) dotadas de pelo menos
cinco características:
1 – um corpo editorial permanente, composto por
cientistas;
2 – um corpo de pareceristas, igualmente pertencentes à
comunidade científica, encarregado de avaliar os artigos
submetidos;
3 - uma linha editorial expressa;
4 - um número de registro ISSN (International Standard
Serial Number), que contém 8 algarismos e identifica
todos os periódicos científicos; e
5 - uma definição disciplinar e/ou temática dos artigos que
publicam.
 São submetidos espontaneamente pelos autores,
Os artigo científico tem seu
gênero de escrita peculiar:
 concisão;
 foco restrito a um problema ou a poucos
problemas interligados;
 linguagem técnica, destinada a iniciados e
especialistas;
 adequação temática à linha da revista;
 diálogo com a literatura pertinente mais
recente;
 explicitação das teorias, dos conceitos e das
metodologias usados;
 explicitação das fontes de idéias e dados;
 comunicação de resultados de pesquisas.
DEZ PASSOS PARA FAZER FLORESCER UMA “CULTURA
DA PUBLICAÇÃO”
1. uma cultura de escrita e de publicações. Ou seja, querer escrever
é preciso!
2. ler sistematicamente artigos publicados em revistas científicas. Ou
seja, ler artigos alheios é preciso. Quem não lê não sabe escrever!
3. assumir uma disposição a escrever especificamente para revistas
científicas.
4. identificar as revistas de maior penetração e peso e a seguir as suas
instruções para preparar artigos a serem submetidos. Ou seja,
conhecer as revistas e as suas exigências é preciso.
5. enviar os artigos para essas revistas (enviar os textos é preciso);
para isso devem
(a) seguir procedimentos tipicamente meticulosos (a tendência atual das boas
revistas é receber artigos exclusivamente pela Internet, por meio de
softwares de submissão automatizada, que aumentam a meticulosidade
do processo); e
(b) seguir duas “regras de ouro” – só se submete cada artigo a uma única
revista de cada vez e só se submete artigos inéditos.
DEZ PASSOS PARA FAZER
FLORESCER UMA “CULTURA DA
PUBLICAÇÃO”
6. esperar pacientemente pela avaliação, pela eventual aceitação e
pela publicação dos seus artigos – tudo isso pode levar muitos
meses(18 a 24 meses).
7. suportar eventuais pareceres duros ou muito críticos e a eventual
rejeição dos seus artigos, sem ficarem “ofendidas” ou
“deprimidas”.
8. se o artigo for aceito com exigências de reformulações solicitadas
por pareceristas e/ou editores, as pessoas têm de ponderar sobre
elas e decidir se querem mesmo fazê-las; às vezes o editor indica que
a inclusão das reformulações garantirá a aceitação do texto; em
geral, no entanto, executar a reformulação não garante essa
aceitação, e o artigo terá de ser resubmetido e talvez tenha que
passar por outra avaliação.
9. uma opção à resubmissão é enviar o artigo rejeitado por uma
revista para ser avaliado por outra revista. Variar de revista-alvo
pode ser uma solução.
10. manter um fluxo constante de submissão de artigos diferentes a
revistas diferentes, independente de aceitações ou rejeições.
Escrever e submeter artigos deve se tornar um hábito profissional.
DEZ DICAS PARA ESCREVER
ARTIGOS CIENTÍFICOS Um bom artigo deve conter uma (boa) idéia. Se houver
várias boas idéias você deve:
(i) hierarquizá-las, para deixar claro qual delas será
tratada;
(ii) planejar a escrita de vários artigos, cada um sobre uma
das suas idéias (nesse caso, é recomendável que você
não os escreva simultaneamente, pois isso significa
escolher alguma como prioritária, ou seja, significa
voltar ao item precedente);
(iii) fundir as várias idéias em uma só, que seja consistente,
sem ser excessivamente genérica.
 usar teorias, informações e/ou dados oriundos de uma
pesquisa. A função principal de um artigo é
precisamente a de apresentar sinteticamente à
comunidade científica os resultados de suas mais
recentes pesquisas.
10 DICAS para compor um bom artigo
1. Antes de escrever, elabore um roteiro: tenha uma idéia clara
do que você quer demonstrar, confirmar/desmentir, ilustrar,
exemplificar, testar, comparar, recomendar etc. Não é por
acaso que vigora a máxima de que o ofício de pesquisador
requer 10% de inspiração e 90% de transpiração.
2. Valorize a fórmula consagrada de escrita chamada SVP –
“sujeito, verbo e predicado”. Escreva “O conselho discutiu a
regra”.
3. Evite generalidades. Cada afirmação do seu artigo deve ser
capaz de ser respaldada por dados, achados e interpretações
encontrados em artigos e textos de outros autores ou na sua
própria pesquisa
4. Evitar:“Eu acho”, “eu prefiro”, “o melhor é”, “deve ser”,
“tem que ser”, “todo mundo sabe que”, “sempre foi assim”,
“a tendência natural é” - nada disso dá respaldo a argumentos
usados em textos científicos.
5. Seja lógico: após o A, vem o B, e não o C ou o D. Releia as suas
afirmações e conclusões: veja se elas têm mesmo respaldo
empírico e se decorrem logicamente da sua argumentação.
10 DICAS para compor um bom artigo
6. Mantenha as suas sentenças curtas. Para isso, a solução é
simples: abuse dos pontos finais, pois eles são gratuitos, não
estão ameaçados de extinção e organizam o seu texto.
Sentenças longas exigem o uso excessivo de recursos como
virgulas, dois pontos, pontos e virgulas, travessões, parênteses
etc. Eles são também gratuitos e abundantes, mas quando
usados a granel não facilitam a leitura do seu texto.
7. Reserve tempo para sempre ler literatura. Ler bons textos é
fundamental para aprender a escrever.
8. Não use apud quando puder se referir diretamente a um
autor/texto, pois este é um recurso excepcional. Leia e cite
sempre o autor e o texto originais
9. Busque sempre usar como fontes os autores mais
reconhecidos, as maiores autoridades no assunto.
10. Regra de ouro para publicar artigos: “quem não pesquisa, não
escreve; quem não escreve, não submete; quem não submete,
não é aceito; quem não é aceito, nunca será publicado;. quem
não é publicado permanece anônimo, e de nada vale um
cientista ou intelectual anônimo.”
DEZ INSTRUÇÕES PARA TORNAR O SEU ARTIGO
PUBLICÁVEL EM UMA BOA REVISTA CIENTÍFICA.
1. Atenção especial ao resumo (ou abstract) e a introdução são as partes mais
importantes para que o seu texto seja publicado, seguidos da conclusão.
2. O resumo, além de ser breve, tem de ser convincente, colocando
claramente o problema estudado, o objeto, as principais idéias discutidas, os
principais achados e as conclusões mais relevantes
3. A introdução deve ter apenas 1 a 15 páginas e, tal como o resumo, deve
sintetizar vários pontos. Começa com um parágrafo de efeito, relatando e
situando o problema. Continua com as idéias principais a serem discutidas e
com créditos aos principais autores que abordaram o assunto.A introdução
deve adiantar brevemente os principais resultados e/ou conclusões.
4. No que toca ao desenvolvimento do resto do texto, lembre que alguns
leitores não passarão do resumo; outros chegarão apenas à introdução; uns
poucos pularão à frente e lerão as conclusões; raros serão aqueles que lerão
o texto do princípio ao fim.
5. Não use sistematicamente o artifício de citação "segundo fulano", "de acordo
com...". Principalmente, nunca comece um parágrafo dando crédito a outro
autor. O parágrafo deve começar com a apresentação da idéia a ser
desenvolvida. O crédito ao autor relevante, deve aparecer, entre parênteses,
apenas no final da apresentação da idéia correspondente.
DEZ INSTRUÇÕES PARA TORNAR O SEU ARTIGO
PUBLICÁVEL EM UMA BOA REVISTA CIENTÍFICA.
6. Evite ao máximo a citação de trechos entre aspas. Só cite
em caso de frases lapidares e de autores consagrados, ou de
afirmações que v. pretende confirmar ou desafiar com a sua
pesquisa. Apresente sempre as idéias em discussão com as
suas próprias palavras (paráfrase) e depois dê o crédito
devido aos autores que você está usando.
7. Sempre que uma idéia nova surgir no texto, mencione
autores/textos que já trataram dela. Não é preciso citar
trechos escritos por eles.
8. Use ao máximo referências a artigos publicados em
periódicos. O uso de documentos governamentais, relatórios
de eventos, tratados, acordos, pode ajudar, mas não deve
ser proeminente nem excessivo.
9. Citar a si próprio moderadamente é válido, mas só nos casos
de trabalhos publicados.
10. O título não pode ser um resumo do trabalho. Deve ser curto
e instigante, capaz de despertar a curiosidade do leitor,
dando, no entanto, idéia clara sobre o conteúdo do artigo.
Estrutura “IMRAD” ou “IMRAC”:
 I – Introdução);
 M – Materiais e Métodos – materiais: descrição dos dados,
das localidades, das comunidades, das amostras, das fontes,
das teorias, das hipóteses, das pergunta de pesquisa etc.;
métodos: descrição das formas de obtenção / organização
dos dados, das abordagens adotadas, dos testes estatísticos
feitos, dos critérios de mensuração e de validação dos
achados, de local/época/duração/contexto da pesquisa etc.;
 R – Resultados – narrativa objetiva dos achados,
constatações, comprovações, desmentidos (mas não ainda as
conclusões);
 A – Análise – reflexão sobre os resultados – qualidade,
confiabilidade, novos ou velhos insights derivados,
implicações para a literatura corrente etc.;
 D / C - (D = Discussão e/ou C = Conclusão) – implicações
teóricas e empíricas dos resultados; contribuições dadas para
a literatura; sugestões para futuras pesquisas, na forma de
hipóteses, perguntas e questões.
VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA
 Evite Pleonasmos: subir para cima; descer para baixo;
surpresa inesperada;
 A nível de, deve ser substituído por em, ao ou no nível de;
 Através, quando não se está referindo a atravessar, deve
ser substituído por mediante, por meio de, por intermédio
de;
 O uso freqüente de extremo ou extremamente para indicar
a importância de várias coisas/pessoas/fatos no mesmo
texto acaba diluindo a importância daquilo que o autor
pretende destacar; extremo ou extremamente deve ser
usado para qualificar uma única coisa/pessoa/fato;
 Preste atenção às expressões importadas, por exemplo:
face a não é da língua portuguesa; use em face de;
 Cuidado com o tempo verbal adotado. Passar do presente
ao passado e vice-versa, de forma instável, deixando o
leitor confuso. Escolha um tempo verbal e aplique-o ao
longo de todo o texto ou de todo o trecho pertinente; mude
de tempo verbal apenas quando for indispensável;
VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA
 Cuidado com o uso do pronome pessoal. Não use eu e evite o nós
quando possível. Na medida do possível, prefira constata-se que...;
 Se você usar assim sendo ou em outras palavras, repare se você não
está repetindo a idéia exposta anteriormente. Em geral, está.
 Um parágrafo deve exprimir um raciocínio, uma idéia, um assunto,
dentro de um texto mais longo que trata necessariamente de vários
raciocínios, várias idéias, e vários assuntos. Se o seu parágrafo tiver
apenas uma sentença - e sobretudo se parágrafos como esse forem
recorrentes no seu texto – geralmente você está fragmentando
demasiadamente o fluxo da sua exposição e enfraquecendo o seu
texto. Espere concluir a exposição daquele particular ponto e só então
mude de parágrafo.
 Por outro lado, se os seus parágrafos forem sempre grandes, com mais
de 10 sentenças, você geralmente está desenvolvendo mais de um
raciocínio, ou expondo mais de uma idéia, tratando de mais de um
assunto ao mesmo tempo. Tente ser mais sucinto e objetivo em cada
parágrafo.
 Uma sentença longa é de difícil entendimento. Se você chegar à
terceira linha de uma sentença e ela ainda não acabou, encontre uma
forma de colocar um ponto final e de começar uma nova sentença. Isso
quase sempre é possível e o seu texto ganha em clareza e organização.
VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA
 Sentenças longas são difíceis de entender. Vírgulas, pontos e
vírgulas, travessões e parênteses são os artifícios mais visíveis.
Menos visíveis, mas por vezes ainda piores para o entendimento do
texto, são pronomes em excesso (que, aquele, o qual, seu, cujo
etc.), conectivos (e, também, igualmente, ainda) e
gerúndios(“vamos estar fazendo...” pode ser substituído por
“faremos”).
 Cada vez que você iniciar uma sentença com “nesse sentido”,
“portanto”, “destarte”, “assim” etc., tente apagar essa palavra.
Você verá que ela é quase sempre dispensável.
 Em um artigo (ou tese), a introdução serve para introduzir. Não
deve descrever um posicionamento ou debate teórico.
 Em um artigo (ou tese), a conclusão, serve para concluir. Não deve
conter posicionamento ou debate teórico.
 Quando a pesquisa usa entrevistas, deve-se resistir à tentação de
usar no texto transcrições numerosas e longas das falas dos
entrevistados. Outra prática a evitar é o de transcrever essas falas
mantendo os erros de português (“pra”), os jargões, os vícios de
fala (“então”, “aí”) e as gírias, que só dificultam o entendimento,
embora pareçam dar ao texto um tom “democrático” ou “realista”.
VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE
ESCRITA
 Ao citar trechos de obras escritas em
outras línguas, o autor deve levar em
conta as suas próprias limitações como
tradutor. Se o autor resolver traduzir os
trechos citados, sempre deve avisar que a
tradução foi feita por ele.
 Deve ser dado um trato especial às
bibliografias ou às listas de referências,
que freqüentemente são consultadas
antes que leitores potenciais decidam ser
leitores de fato de um texto. Elas
documentam o diálogo do autor com a
literatura pertinente e ajudam o leitor a
situar o seu texto.
AVALIAR SE O ARTIGO TEM:
 Objetividade e coerência-
 abordagem simples e direta do tema;-
 seqüência lógica e ordenada de idéias;-
 coerência e progressão na apresentação do tema conforme objetivo
proposto;-
 conteúdo apoiado em dados e provas, não opinativo;
 não deixa margem a interpretações diversas;-
 Clareza e precisão-
 evita comentários irrelevantes e redundantes;-
 vocabulário preciso (evita linguagem rebuscada e prolixa);-
 nomenclatura aceita no meio científico;
 cada palavra traduz exatamente o que o autor transmite;
 Imparcialidade-
 evita idéias pré-concebidas;-
 não faz prevalecer seu ponto de vista;Uniformidade-
 uniformidade ao longo de todo texto (tratamento, pessoa gramatical,
números, abreviaturas, siglas, títulos de seções);
 Conjugação-
 uso preferencial da forma impessoal dos verbos;

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  • 1. METODOLOGIA CIENTÍFICA – FAC. INTEGRADAS “ESPÍRITA” FITOTERAPIA - 2015 PROF. DR. VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA 1
  • 2. O QUE É CIÊNCIA? “CIÊNCIA É UM EMPREENDIMENTO ESSENCIALMENTE ANÁRQUICO: O ANARQUISMO TEÓRICO É MAIS HUMANITÁRIO E MAIS APTO A ESTIMULAR OO PROGRESSO DO QUE SUAS ALTERNATIVAS QUE APREGOAM A LEI E A ORDEM” FEYARABEND, Paul. Contra o método. 2
  • 3. O QUE É CIÊNCIA? • É um desenvolvimento progressivo do senso comum (RUBEM ALVES, p.12) • Para que serve a ciência? • A gente pensa porque as coisas não vão bem. Quando as coisas vão bem, a gente não pensa, simplesmente goza e usufrui. 3
  • 4. • Todo pensamento começa com um problema. • É preciso formular problemas com clareza para produzir ciência. • Em ciência, como no senso comum, existe uma estreita relação entre ver com clareza e dizer com clareza. Quem não diz com clareza não está vendo com clareza. Dizer com clareza é a marca do entendimento, da compreensão. O QUE É CIÊNCIA ? 4
  • 5. O QUE É OU EM QUE SE BASEIA A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA?  Basicamente é o princípio da relação entre causa e efeito. • A relação entre os objetos e a razão estariam em dois princípios (HUME): * Representação das idéias: campo da lógica e da matemática. * Descrição do mundo material: o que nos conduz ao mundo exterior e suas relações. 5
  • 6. O QUE É OU EM QUE SE BASEIA A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA? Exemplo no campo da psicologia: psicologia comportamentalista de PAVLOV / SKINNER é um ex. de ciência baseada em causa e efeito. • ESTÍMULO (CAUSA); é tudo que vem do ambiente, penetra o organismo e provoca qualquer tipo de atividade. • RESPOSTA (EFEITO): é o comportamento do organismo diante de um efeito. 6
  • 7. MAS, AFINAL,O QUE É CIÊNCIA MESMO? RELATIVIZANDO AS SUAS BASES CONCEITUAIS... “Não será verdade que cada ciência, no fim, se reduz a um certo tipo de mitologia?”  Carta de Freud a Einstein (1932) “(...) as categorias mais fundamentais do pensamento e, conseqüentemente, da ciência têm sua origem na religião” E. Durkheim 7
  • 8. MAS, AFINAL,O QUE É CIÊNCIA MESMO? RELATIVIZANDO AS SUAS BASES CONCEITUAIS... “Não será verdade que cada ciência, no fim, se reduz a um certo tipo de mitologia?”  Carta de Freud a Einstein (1932) “(...) as categorias mais fundamentais do pensamento e, conseqüentemente, da ciência têm sua origem na religião” E. Durkheim 8
  • 9. SONHO OU REALIDADE? PRINCÍPIO POSITIVISTA: SOMENTE PODE SER AFIRMADO AQUILO QUE OS FATOS AUTORIZAM.... 9
  • 10. A Fenomenologia: • Os fenômenos são experienciados pela consciência . • sujeito e objeto se inter-relacionam no processo de conhecimento. Por isso, Merleau-Ponty (1994, p. 3) afirma que tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de visão minha ou de uma experiência do mundo, sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada. O universo da ciência é construído sobre o mundo-vivido e, se queremos pensar a própria ciência com rigor, apreciar exatamente seu sentido e seu alcance, precisamos, primeiramente, despertar essa experiência do mundo da qual ela é a expressão segunda. APUD Moreira, Ana Regina de Lima. Algumas considerações sobre a consciência na perspectiva fenomenológica de Merleau-Ponty.IN: Estudos de Psicologia N.º 21997, p. 399-405. 10
  • 11.  ESTES MODELOS SÃO BASTANTE LIMITADOS E A BUSCA INCESSANTE PELA OBJETIVAÇÃO RELATIVIZA MUITO CERTAS DIMENSÕES DA CONSCIÊNCIA HUMANA COMO A INTUIÇÃO POR EXEMPLO, EM RAZÃO DA DIFICULDADE DE COMPROVAÇÃO;  ATIVIDADE DE RELAXAMENTO E DE ESTÍMULO À INTUIÇÃO A DIFÍCIL RELAÇÃO ENTRE O SABER EMPÍRICO (BASE BACONIANA- CARTESIANA) E A CONSCIÊNCIA 11
  • 12. Consciência adquire um novo significado, totalmente diferente daquele existente até então. Ela é definida como percepção, de modo que não há separação e oposição entre os dados sensível e racional no ato de apreensão das coisas. BOA CIÊNCIA SE PRODUZ COM O APROFUNDAMENTO DA CONCIÊNCIA 12
  • 13.  QUE TIPO DE SABER É A CIÊNCIA?  a ciência é apenas uma forma de conhecimento que produz suas verdades a partir de métodos empíricos (WILBER, K. A união da alma e dos sentidos).  CONHECIMENTO EMPÍRICO: Baseia-se em evidências experimentais.  Este sentido deve ser ampliado para outros domínios (sensorial, mental e espiritual). TRÊS BASES DO CONHECIMENTO: •INJUNÇÃO INSTRUMENTAL; •APREENSÃO DIRETA; •CONFIRMAÇÃO. (P. 123) 13
  • 14. VERSÃO PÓS-MODERNA DA CIÊNCIA  A CIÊNCIA NÃO É GOVERNADA POR FATOS E SIM POR PARADIGMAS. INTERPRETAÇÕES REDUCIONISTAS DA TEORIA DE KUHN.  A CIÊNCIA É MONOLÓGICA. OS NOVOS PARADIGMAS NÃO NOS FORNECEM NENHUM CONHECIMENTO ESPIRITUAL DIRETO. SÃO IDÉIAS ATRELADAS A PERCEPÇÕES SENSORIAIS.  NÃO INCORPORAM AS DIFERENTES DIMENSÕES DO SER HUMANO A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PLURAL DA EPISTEMOLOGIA, QUE GERAM TRÊS TIPOS CONHECIMENTO: (P.22)  O OLHO DA CARNE (EMPIRISMO);  O OLHO DA MENTE (RACIONALISMO);  O OLHO DA CONTEMPLAÇÃO (MISTICISMO). 14
  • 15. KEN WILBER:  A DIVISÃO DA CIÊNCIA EM QUADRANTES: FREUD JUNG PIAGET AUROBINDO PLOTINO BUDA SKINNER LOCKE BEHAVIORISMO FISICA, BIOLOGIA , NEUROLOGIA THOMAS KHUN WEBER DILTHEY MARX TEORIA DE SISTEMAS T. PARSONS COMTE INDIVIDUALCOLETIVO INTERIOR EXTERIOR INTERIORES: •INTERPRETATIVA •HERMENEUTICA •CONSCIENCIA EXTERIORES: •MONOLOGICA •EMPIRICA/POSITIVISTA •FORMAL 15
  • 16. TODA CIÊNCIA PRESSUPÕE MÉTODOS  MÉTODO INDUTIVO  CASOS EMPÍRICOS PARA A TEORIA GERAL  MÉTODO DEDUTIVO  RACIONALIZAÇÃO TEÓRICA/CONCEITOS/MODELOS PARA O ESTUDO DE CASOS PARTICULARES  MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO  ELABORAÇÃO DO PROBLEMA – HIPÓTESES – VERIFICAÇÃO/TESTE DAS HIPÓTESES - CORROBORAÇÃO/CONFIRMAÇÃO - FALSEAMENTO  MÉTODO DIALÉTICO  TESE-ANTÍTESE-SÍNTESE  MÉTODO EXPERIMENTAL – SUBMETE O OBJETO A INFLUENCIA DE CERTAS VARIÁVEIS CONTROLADAS 16
  • 17. MÉTODOS ETNOGRÁFICOS OU ANTROPOLÓGICOS  MÉTODO ETNO-BOTÂNICO/FARMACOLÓGICO: É através da etnobotânica que se busca o conhecimento e o resgate do saber botânico tradicional particularmente relacionado ao uso dos recursos da flora (GUARIN NETO; SANTANA; BEZERRA DA SILVA, 2000).  Sua base discursiva e investigativa é antropologia médica/saude 17
  • 18. Técnicas possíveis em Estudos etnodirigidos: 18
  • 19. EXIGÊNCIAS DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA, INDEPENDENTE DO MÉTODO: Pesquisa Bibliográfica  “A Pesquisa bibliográfica é fundamentada nos conhecimentos de biblioteconomia, documentação e bibliografia; sua finalidade é colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa.” (PÁDUA, 2004)  Imprescindível para qualquer pesquisa científica  Registrar e organizar os dados bibliográficos referentes aos documentos obtidos e empregados na pesquisa científica  Objetivos: desvendar, recolher e analisar as principais contribuições sobre um determinado fato, assunto ou idéia 19
  • 20. MODELOS DE PRODUÇÃO DA PESQUISA  PESQUISA-AÇÃO  PESQUISA PARTICIPANTE  PESQUISA EMPÍRICO-DOCUMENTAL (MÉTODO HISTÓRICO)  PESQUISA EXPERIMENTAL -  SURVEY (LEVANTAMENTO) – aplicação de questionários para conhecer as pessoas e seus comportamentos.  Pode ser por amostragem ou população absoluta  Aplica-se métodos estatísticos ENTREVISTAS E APLICAÇÃO DE SURVEYS, TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO • GRUPO EXPERIMENTAL • GRUPO CONTROLE 20
  • 21.  Pode-se pensar que há maior aceitação e credibilidade se uma pesquisa for expressa em números, mas... 21
  • 22. MODELOS DE PESQUISA APLICADA  PESQUISA TEÓRICA  PESQUISA DE CAMPO  PESQUISA LABORATORIAL 22
  • 23. PESQUISA TEÓRICA  BASEIA-SE EXCLUSIVAMENTE EM UMA ANÁLISE CRÍTICA E COMPARATIVA SOBRE AS INTERPRETAÇÕES E RESULTADOS DISPONÍVEIS NA LITERATURA CIENTÍFICA 23
  • 24. PESQUISA DE CAMPO Onde acontece o fato/fenômeno/processo  Coleta de dados e observação do fato/fenômenos/ processo in natura  Formas:  Observação direta;  Levantamento;  Estudo de caso 24
  • 25. PESQUISA DE LABORATÓRIO Caracterizada por:  Interferir artificialmente na produção do fato/  fenômeno/processo OU  Artificializar o ambiente ou os mecanismos de percepção para que o fato/fenômeno/processo seja produzido/percebido adequadamente “Estímulos” “Cenários”  Permite:  Estabelecer padrão desejável de observação  Captar dados para descrição e análise  Controlar o fato/fenômeno/processo 25
  • 26. Exemplos de Pesquisa:  Desenvolvimento de um fármaco para malária  Pesquisa Experimental  Saber quais os hábitos alimentares da população de Curitiba no inverno  Pesquisa Social  Saber de que forma se deu a Organização do SUS  Pesquisa Histórica  Efeitos colaterais do Tamiflu apresentadas em revistas científicas  Pesquisa Teórica 26
  • 27. TODA PESQUISA DEVE SER INICIADA COM UM PROJETO, POR QUÊ? 27
  • 29. TRADICIONALMENTE OS ELEMENTOS QUE COMPÕEM TEXTOS DE ARTIGOS SÃO: 1. TÍTULO EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA 2. RESUMO EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA 3. PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA 4. INTRODUÇÃO: 5. DESENVOLVIMENTO OU CORPO • MATERIAL E MÉTODOS • DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA EMPÍRICA 6. CONCLUSÃO 7. ELEMENTOS POS-TEXTUAIS 8. REFERÊNCIAS: 29
  • 30. Considerações sobre a “INTRODUÇÃO” ao artigo ou monografia: ESTABELECE O ASSUNTO, A PERTINÊNCIA, DIMENSÕES DO CAMPO DE PESQUISA E PERÍODO INDICA OS OBJETIVOS E A FINALDADE, JUNTIFICANDO O PONTO DE VISTA QUE É UTILIZADO; APRESENTA O ROTEIRO E ORDEM DE EXPOSIÇÃO 30
  • 31. Etapas do “DESENVOLVIMENTO” do artigo ou trabalho cientifico: 1. REVISÃO DA LITERATURA 2. MATERIAL E MÉTODOS 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 4. DISCUSSÃO 31
  • 32. RETROSPECTIVA DE UMA BOA CONCLUSÃO • APRESENTAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA EM SUA ÚLTIMA FORMULAÇÃO • APRESENTAÇÃO PRINCIPAL DOS FUNDAMENTOS DOS MODELOS DE ANÁLISE E DAS HIPÓTESES DE PESQUISA • UMA DESCRIÇÃO GERAL DO CAMPO DE OBSERVAÇÃO, DAS FONTES E DOS MÉTODOS UTILIZADOS PARA A OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES • UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS HIPOTETICAMENTE ESPERADOS E OS RESULTADOS OBTIDOS 32
  • 33. QUAIS SÃO AS MINHAS FONTES?  FONTES QUANTITATIVAS  FONTES QUALITATIVAS 33
  • 34. PROPOSTA DE SUMÁRIO:  ORDENAMENTO DOS CONTEÚDOS A SEREM INVESTIGADOS 34
  • 35. ETAPAS DA PESQUISA SOCIAL PROF. VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA FONE: 41 9668 7045 E-MAIL: vladimiroliveira@msn.com 35
  • 36. 36
  • 37. PERGUNTA DE PARTIDA  CLAREZA  PERTINENCIA  EXEQUILIDADE 37
  • 38. 1)QUAL É O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO SOBRE A VIDA DOS HABITANTES? EQUÍVOCOS MAIS COMUNS NAS PERGUNTAS DE PARTIDA 38
  • 39. 2)EM QUE MEDIDA O AUMENTO DA PERDA DOS EMPREGOS NO SETOR DE CONTRUÇÃO EXPLICA A MANUTENÇÃO DOS GRANDES PROJETOS DE TRABALHOS PÚBLICOS, DESTINADOS NÃO SO A MANTER ESTE SETOR, MAS TAMBÉM A DIMINUIR OS RISCOS DE CONFLITOS SOCIAIS INERENTES A ESTA SITUAÇÃO? 39
  • 40. 4) A FORMA COMO O FISCO É DISTRIBUÍDO É SOCIALMENTE JUSTA? 40
  • 41. 5)SERÁ QUE OS PATRÕES EXPLORAM OS TRABALHADORES? 41
  • 42. AFETARÃO A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO NOS PRÓXIMOS VINTE ANOS? 42
  • 43. 7) Os jovens são mais afetados pelo desemprego do que os adultos? 43
  • 44. 2. ETAPA – EXPLORAÇÃO LEITURAS PESQUISAS PRELIMINARES DAS FONTES ENTREVISTAS EXPLORATÓRAS44
  • 45. LEITURAS –COMO COMEÇAR A ESCOLHER • COMEÇAR PELA PERGUNTA DE PARTIDA • LEITURAS DE SÍNTESES E ARTIGOS • ESCOLHER AUTORES QUE NÃO POSSUAM APENAS DADOS, MAS ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO • ESCOLHER AUTORES COM ABORDAGENS DIVERSIFICADAS DO ASSUNTO • REGULARMENTE PROCURE REFLETIR SOBRE O TEMA ESTUDADO E TROCAR IDÉIAS COM COLEGAS 45
  • 46. ENTEVISTAS EXPLORATÓRIAS E ANÁLISE PRELIMINAR DAS FONTES  PERMITEM CONSTITUIR A PROBLEMÁTICA DA PESQUISA  PERMITEM DESCOBRIR OS ASPECTOS QUE SE TEM OM CONTA NÃO OBSERVADOS ANTERIORMENTE PELO AUTOR E PERMITEM AMPLIAR A VISÃO DOS FICHAMENTOS DAS LEITURAS; 46
  • 47. NO CASO DAS ENTREVISTAS COM QUEM É ÚTIL? • DOCENTES • INVESTIGADORES ESPECIALIZADOS • PERITOS 47
  • 48. QUANTO AS PERGUNTAS • EVITAR FAZER PERGUNTAS LONGAS • EVITAR FAZER EXCESSO DE PERGUNTAS • EVITAR SE PERDER E FAZER EXCESSO DE COMENTÁRIOS SOBRE SEU PROJETO, TIRANDO O FOCO DAS INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS PARA APRIMORÁ-LO. • EVITE DISCUSSÕES E ANOTE SUGESTÕES • AMBIENTE ADEQUADO • PROCURE GRAVAR SE POSSÍVEL 48
  • 49. PROBLEMÁTICA • POSSUI DOIS MOMENTOS: 1. FAZER UM BALANÇO DAS DIRERENTES ABORDAGENS SOBRE O TEMA E DEFINIÇÃO DO REFERENCIAL TEÓRICO 2. ELUCIDAR AS SUAS CARACTERÍSTICAS DE BASE ESSENCIAIS; 49
  • 50. 50
  • 51. CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE ANÁLISE  CONCEITOS E TEORIAS  DIMENSÕES E TESTE DE HIPÓTESES  INDICADORES QUE QUALIFICAM AS HIPÓTESES 51
  • 52. OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES (FONTES) • NÃO BASTA SABER QUE TIPO DE ANÁLISE SERÃO RECOLHIDOS • É PRECISO CIRCUSNCREVER O CAMPO SOCIAL, ESPACIAL E TEMPORAL A OBSERVAÇÃO PODESER: • DIRETA • INDIRETA 52
  • 53. RETROSPECTIVA DE UMA BOA CONCLUSÃO • APRESENTAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA EM SUA ÚLTIMA FORMULAÇÃO • APRESENTAÇÃO PRINCIPAL DOS FUNDAMENTOS DOS MODELOS DE ANÁLISE E DAS HIPÓTESES DE PESQUISA • UMA DESCRIÇÃO GERAL DO CAMPO DE OBSEVAÇÃO, DAS FONTES E DOS MÉTODOS UTILIZADOS PARA A OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES • UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS HIPOTETICAMENTE ESPERADOS E OS RESULTADOS OBTIDOS 53
  • 54. Todas as etapas anteriores servem de base para estudos monográficos e artigos!  TRADICIONALMENTE OS ELEMENTOS QUE COMPÕE O TEXTO DO ARTIGO SÃO: 1. INTRODUÇÃO: 2. DESENVOLVIMENTO OU CORPO 3. CONCLUSÃO 4. ELEMENTOS POS-TEXTUAIS 5. TÍTULO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 6. RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 7. PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 8. REFERÊNCIAS: 54
  • 55. INTRODUÇÃO: ESTABELECE O ASSUNTO, A PERTINÊNCIA, DIMENSÕES DO CAMPO DE PESQUISA E PERÍODO INDICA OS OBJETIVOS E A FINALDADE, JUNTIFICANDO O PONTO DE VISTA QUE É UTILIZADO; APRESENTA O ROTEIRO E ORDEM DE EXPOSIÇÃO 55
  • 56. DESENVOLVIMENTO: 1. REVISÃO DA LITERATURA 2. MATERIAL E MÉTODOS 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 4. DISCUSSÃO 56
  • 57. CONCLUSÃO:  CONSIDERAÇÕES FINAIS BASEADA NO DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO  RECAPITULAÇÃO SINTÉTICA DOS RESULTADOS OBTIDOS 57
  • 58. ATIVIDADES:  PROCURE DEFINIR SEU OBJETO DE PESQUISA MEDIANTE:  ELABORAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA  ELABORAÇÃO DE PELOS MENOS TRÊS HIPÓTESES  DEFINIÇÃO MÍNIMA DE UM REFERENCIAL TEÓRICO 58
  • 59. Elaboração de hipóteses  Hipóteses são respostas provisórias, de teor explicativo sobre os fenômenos observáveis, mas cujo valor científico é apenas corroborado mediante comprovações empíricas;  Vejam os exemplos de construção de hipóteses de Antonio Carlos Gil: 59
  • 60. Construção de objetivos  Divide-se em:  OBJETIVO GERAL  OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Devem ser elaborados no infinitivo e fazer apontamento sobre o nível de alcance da pesquisa; 60
  • 61. Referencias Bibliográficas: QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, Luc Van. Manual de investigações em ciencias sociais. Lisboa-POR: Gradiva, 1995. UFPR. Normas para apresentação de trabalhos científicos. Curitiba, Editora UFPR, 2007. vol.1 a 9. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. POPPER, Karl. Conjecturas e refutações. Brasília: Ed.UNB, 2008. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Perpectiva: São Paulo, 1995. WEBER, Max. Metodologia das ciencias sociais. Vol. I-II.Cortes-Ed.UnIcamp: Campinas, 1999. FAYERABEND, Paul. Contra o método. São Paulo: Unesp, 2007. 61
  • 63. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS • CITAÇÃO: é quando se menciona no texto uma informação (citação indireta) ou de trechos (citação direta) extraídos de outra fonte com finalidade de esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. • Podem aparecer no texto ou em notas de rodapé. • Utiliza-se o sistema AUTOR-DATA ou NUMÉRICO.
  • 64. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS • Sistema AUTOR-DATA ou ALFABÉTICO: a indicação da fonte no texto é feita pela autoria seguida da data da publicação. • Quando a autoria iniciar a frase, usar letra maiúscula somente para a primeira letra e entre parênteses o ano e a página. • Quando a autoria for no final da frase, abrir parênteses e usar caixa alta e a seguir o ano e a página e fechar o parênteses.
  • 65. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS • No sistema autor-data as notas de rodapé são usadas para citação de citação, para documentos não-publicados e notas explicativas. • As referências completas devem constar na lista de referências, ao final do trabalho, em ordem alfabética.
  • 66. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS • Sistema NUMÉRICO: a indicação da fonte é feita em algarismos arábicos (entre parênteses ou sobrescrita, no final da frase), em numeração única e consecutiva, relacionada nesta sequência na lista de referências ao final do trabalho.
  • 67. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS • Tipos de citação: direta, indireta, citação de citação. • DIRETA: transcrição literal. EVITAR. Usar somente quando for imprescindível. • Curta: de até 3 linhas, deve abrir aspas e escrever na mesma linha do texto, fechando aspas. • Longa: mais de 3 linhas, escrever em parágrafo distinto, recuo de 4 cm da margem esquerda, sem aspas, letra e entrelinhamento menor, com linha em branco separando.
  • 68. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS •INDIRETA: texto redigido pelo autor do trabalho baseado nas idéias de um ou mais autores, respeitando o que foi exposto originalmente. • CITAÇÃO DE CITAÇÃO: é quando se refere a um texto que não teve acesso, mas que foi citado por outro autor. EVITAR. Usa- se citado por ou appud após a indicação da fonte consultada. Na lista de referências, citar a obra que foi consultada. Ex: Cardoso et al. (1998, appud FREITAS; SANTOS, 2009) apresentou resultados semelhantes, .....
  • 69. DICAS PARA ESCREVER E PUBLICAR ARTIGOS CIENTIFICOS DR.VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA
  • 70. Introdução  O meio de comunicação por excelência do campo científico e acadêmico é o texto escrito  Diversos gêneros de texto produzidos nesse campo:  livros, ensaios, artigos, resenhas, monografias, teses, dissertações, capítulos de livros, papers enviados a congressos e eventos, resumos, fichamentos, trabalhos de fim de disciplina, avaliações, projetos e relatórios de pesquisa, notas de campo, obras de referência (verbetes de enciclopédias, de dicionários etc.), textos de opinião, notas de aula, apostilas, materiais didáticos diversos etc.
  • 71. Revistas científicas  São publicações periódicas (anuais, semestrais, quadrimestrais, trimestrais etc.) dotadas de pelo menos cinco características: 1 – um corpo editorial permanente, composto por cientistas; 2 – um corpo de pareceristas, igualmente pertencentes à comunidade científica, encarregado de avaliar os artigos submetidos; 3 - uma linha editorial expressa; 4 - um número de registro ISSN (International Standard Serial Number), que contém 8 algarismos e identifica todos os periódicos científicos; e 5 - uma definição disciplinar e/ou temática dos artigos que publicam.  São submetidos espontaneamente pelos autores,
  • 72. Os artigo científico tem seu gênero de escrita peculiar:  concisão;  foco restrito a um problema ou a poucos problemas interligados;  linguagem técnica, destinada a iniciados e especialistas;  adequação temática à linha da revista;  diálogo com a literatura pertinente mais recente;  explicitação das teorias, dos conceitos e das metodologias usados;  explicitação das fontes de idéias e dados;  comunicação de resultados de pesquisas.
  • 73. DEZ PASSOS PARA FAZER FLORESCER UMA “CULTURA DA PUBLICAÇÃO” 1. uma cultura de escrita e de publicações. Ou seja, querer escrever é preciso! 2. ler sistematicamente artigos publicados em revistas científicas. Ou seja, ler artigos alheios é preciso. Quem não lê não sabe escrever! 3. assumir uma disposição a escrever especificamente para revistas científicas. 4. identificar as revistas de maior penetração e peso e a seguir as suas instruções para preparar artigos a serem submetidos. Ou seja, conhecer as revistas e as suas exigências é preciso. 5. enviar os artigos para essas revistas (enviar os textos é preciso); para isso devem (a) seguir procedimentos tipicamente meticulosos (a tendência atual das boas revistas é receber artigos exclusivamente pela Internet, por meio de softwares de submissão automatizada, que aumentam a meticulosidade do processo); e (b) seguir duas “regras de ouro” – só se submete cada artigo a uma única revista de cada vez e só se submete artigos inéditos.
  • 74. DEZ PASSOS PARA FAZER FLORESCER UMA “CULTURA DA PUBLICAÇÃO” 6. esperar pacientemente pela avaliação, pela eventual aceitação e pela publicação dos seus artigos – tudo isso pode levar muitos meses(18 a 24 meses). 7. suportar eventuais pareceres duros ou muito críticos e a eventual rejeição dos seus artigos, sem ficarem “ofendidas” ou “deprimidas”. 8. se o artigo for aceito com exigências de reformulações solicitadas por pareceristas e/ou editores, as pessoas têm de ponderar sobre elas e decidir se querem mesmo fazê-las; às vezes o editor indica que a inclusão das reformulações garantirá a aceitação do texto; em geral, no entanto, executar a reformulação não garante essa aceitação, e o artigo terá de ser resubmetido e talvez tenha que passar por outra avaliação. 9. uma opção à resubmissão é enviar o artigo rejeitado por uma revista para ser avaliado por outra revista. Variar de revista-alvo pode ser uma solução. 10. manter um fluxo constante de submissão de artigos diferentes a revistas diferentes, independente de aceitações ou rejeições. Escrever e submeter artigos deve se tornar um hábito profissional.
  • 75. DEZ DICAS PARA ESCREVER ARTIGOS CIENTÍFICOS Um bom artigo deve conter uma (boa) idéia. Se houver várias boas idéias você deve: (i) hierarquizá-las, para deixar claro qual delas será tratada; (ii) planejar a escrita de vários artigos, cada um sobre uma das suas idéias (nesse caso, é recomendável que você não os escreva simultaneamente, pois isso significa escolher alguma como prioritária, ou seja, significa voltar ao item precedente); (iii) fundir as várias idéias em uma só, que seja consistente, sem ser excessivamente genérica.  usar teorias, informações e/ou dados oriundos de uma pesquisa. A função principal de um artigo é precisamente a de apresentar sinteticamente à comunidade científica os resultados de suas mais recentes pesquisas.
  • 76. 10 DICAS para compor um bom artigo 1. Antes de escrever, elabore um roteiro: tenha uma idéia clara do que você quer demonstrar, confirmar/desmentir, ilustrar, exemplificar, testar, comparar, recomendar etc. Não é por acaso que vigora a máxima de que o ofício de pesquisador requer 10% de inspiração e 90% de transpiração. 2. Valorize a fórmula consagrada de escrita chamada SVP – “sujeito, verbo e predicado”. Escreva “O conselho discutiu a regra”. 3. Evite generalidades. Cada afirmação do seu artigo deve ser capaz de ser respaldada por dados, achados e interpretações encontrados em artigos e textos de outros autores ou na sua própria pesquisa 4. Evitar:“Eu acho”, “eu prefiro”, “o melhor é”, “deve ser”, “tem que ser”, “todo mundo sabe que”, “sempre foi assim”, “a tendência natural é” - nada disso dá respaldo a argumentos usados em textos científicos. 5. Seja lógico: após o A, vem o B, e não o C ou o D. Releia as suas afirmações e conclusões: veja se elas têm mesmo respaldo empírico e se decorrem logicamente da sua argumentação.
  • 77. 10 DICAS para compor um bom artigo 6. Mantenha as suas sentenças curtas. Para isso, a solução é simples: abuse dos pontos finais, pois eles são gratuitos, não estão ameaçados de extinção e organizam o seu texto. Sentenças longas exigem o uso excessivo de recursos como virgulas, dois pontos, pontos e virgulas, travessões, parênteses etc. Eles são também gratuitos e abundantes, mas quando usados a granel não facilitam a leitura do seu texto. 7. Reserve tempo para sempre ler literatura. Ler bons textos é fundamental para aprender a escrever. 8. Não use apud quando puder se referir diretamente a um autor/texto, pois este é um recurso excepcional. Leia e cite sempre o autor e o texto originais 9. Busque sempre usar como fontes os autores mais reconhecidos, as maiores autoridades no assunto. 10. Regra de ouro para publicar artigos: “quem não pesquisa, não escreve; quem não escreve, não submete; quem não submete, não é aceito; quem não é aceito, nunca será publicado;. quem não é publicado permanece anônimo, e de nada vale um cientista ou intelectual anônimo.”
  • 78. DEZ INSTRUÇÕES PARA TORNAR O SEU ARTIGO PUBLICÁVEL EM UMA BOA REVISTA CIENTÍFICA. 1. Atenção especial ao resumo (ou abstract) e a introdução são as partes mais importantes para que o seu texto seja publicado, seguidos da conclusão. 2. O resumo, além de ser breve, tem de ser convincente, colocando claramente o problema estudado, o objeto, as principais idéias discutidas, os principais achados e as conclusões mais relevantes 3. A introdução deve ter apenas 1 a 15 páginas e, tal como o resumo, deve sintetizar vários pontos. Começa com um parágrafo de efeito, relatando e situando o problema. Continua com as idéias principais a serem discutidas e com créditos aos principais autores que abordaram o assunto.A introdução deve adiantar brevemente os principais resultados e/ou conclusões. 4. No que toca ao desenvolvimento do resto do texto, lembre que alguns leitores não passarão do resumo; outros chegarão apenas à introdução; uns poucos pularão à frente e lerão as conclusões; raros serão aqueles que lerão o texto do princípio ao fim. 5. Não use sistematicamente o artifício de citação "segundo fulano", "de acordo com...". Principalmente, nunca comece um parágrafo dando crédito a outro autor. O parágrafo deve começar com a apresentação da idéia a ser desenvolvida. O crédito ao autor relevante, deve aparecer, entre parênteses, apenas no final da apresentação da idéia correspondente.
  • 79. DEZ INSTRUÇÕES PARA TORNAR O SEU ARTIGO PUBLICÁVEL EM UMA BOA REVISTA CIENTÍFICA. 6. Evite ao máximo a citação de trechos entre aspas. Só cite em caso de frases lapidares e de autores consagrados, ou de afirmações que v. pretende confirmar ou desafiar com a sua pesquisa. Apresente sempre as idéias em discussão com as suas próprias palavras (paráfrase) e depois dê o crédito devido aos autores que você está usando. 7. Sempre que uma idéia nova surgir no texto, mencione autores/textos que já trataram dela. Não é preciso citar trechos escritos por eles. 8. Use ao máximo referências a artigos publicados em periódicos. O uso de documentos governamentais, relatórios de eventos, tratados, acordos, pode ajudar, mas não deve ser proeminente nem excessivo. 9. Citar a si próprio moderadamente é válido, mas só nos casos de trabalhos publicados. 10. O título não pode ser um resumo do trabalho. Deve ser curto e instigante, capaz de despertar a curiosidade do leitor, dando, no entanto, idéia clara sobre o conteúdo do artigo.
  • 80. Estrutura “IMRAD” ou “IMRAC”:  I – Introdução);  M – Materiais e Métodos – materiais: descrição dos dados, das localidades, das comunidades, das amostras, das fontes, das teorias, das hipóteses, das pergunta de pesquisa etc.; métodos: descrição das formas de obtenção / organização dos dados, das abordagens adotadas, dos testes estatísticos feitos, dos critérios de mensuração e de validação dos achados, de local/época/duração/contexto da pesquisa etc.;  R – Resultados – narrativa objetiva dos achados, constatações, comprovações, desmentidos (mas não ainda as conclusões);  A – Análise – reflexão sobre os resultados – qualidade, confiabilidade, novos ou velhos insights derivados, implicações para a literatura corrente etc.;  D / C - (D = Discussão e/ou C = Conclusão) – implicações teóricas e empíricas dos resultados; contribuições dadas para a literatura; sugestões para futuras pesquisas, na forma de hipóteses, perguntas e questões.
  • 81. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA  Evite Pleonasmos: subir para cima; descer para baixo; surpresa inesperada;  A nível de, deve ser substituído por em, ao ou no nível de;  Através, quando não se está referindo a atravessar, deve ser substituído por mediante, por meio de, por intermédio de;  O uso freqüente de extremo ou extremamente para indicar a importância de várias coisas/pessoas/fatos no mesmo texto acaba diluindo a importância daquilo que o autor pretende destacar; extremo ou extremamente deve ser usado para qualificar uma única coisa/pessoa/fato;  Preste atenção às expressões importadas, por exemplo: face a não é da língua portuguesa; use em face de;  Cuidado com o tempo verbal adotado. Passar do presente ao passado e vice-versa, de forma instável, deixando o leitor confuso. Escolha um tempo verbal e aplique-o ao longo de todo o texto ou de todo o trecho pertinente; mude de tempo verbal apenas quando for indispensável;
  • 82. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA  Cuidado com o uso do pronome pessoal. Não use eu e evite o nós quando possível. Na medida do possível, prefira constata-se que...;  Se você usar assim sendo ou em outras palavras, repare se você não está repetindo a idéia exposta anteriormente. Em geral, está.  Um parágrafo deve exprimir um raciocínio, uma idéia, um assunto, dentro de um texto mais longo que trata necessariamente de vários raciocínios, várias idéias, e vários assuntos. Se o seu parágrafo tiver apenas uma sentença - e sobretudo se parágrafos como esse forem recorrentes no seu texto – geralmente você está fragmentando demasiadamente o fluxo da sua exposição e enfraquecendo o seu texto. Espere concluir a exposição daquele particular ponto e só então mude de parágrafo.  Por outro lado, se os seus parágrafos forem sempre grandes, com mais de 10 sentenças, você geralmente está desenvolvendo mais de um raciocínio, ou expondo mais de uma idéia, tratando de mais de um assunto ao mesmo tempo. Tente ser mais sucinto e objetivo em cada parágrafo.  Uma sentença longa é de difícil entendimento. Se você chegar à terceira linha de uma sentença e ela ainda não acabou, encontre uma forma de colocar um ponto final e de começar uma nova sentença. Isso quase sempre é possível e o seu texto ganha em clareza e organização.
  • 83. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA  Sentenças longas são difíceis de entender. Vírgulas, pontos e vírgulas, travessões e parênteses são os artifícios mais visíveis. Menos visíveis, mas por vezes ainda piores para o entendimento do texto, são pronomes em excesso (que, aquele, o qual, seu, cujo etc.), conectivos (e, também, igualmente, ainda) e gerúndios(“vamos estar fazendo...” pode ser substituído por “faremos”).  Cada vez que você iniciar uma sentença com “nesse sentido”, “portanto”, “destarte”, “assim” etc., tente apagar essa palavra. Você verá que ela é quase sempre dispensável.  Em um artigo (ou tese), a introdução serve para introduzir. Não deve descrever um posicionamento ou debate teórico.  Em um artigo (ou tese), a conclusão, serve para concluir. Não deve conter posicionamento ou debate teórico.  Quando a pesquisa usa entrevistas, deve-se resistir à tentação de usar no texto transcrições numerosas e longas das falas dos entrevistados. Outra prática a evitar é o de transcrever essas falas mantendo os erros de português (“pra”), os jargões, os vícios de fala (“então”, “aí”) e as gírias, que só dificultam o entendimento, embora pareçam dar ao texto um tom “democrático” ou “realista”.
  • 84. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA  Ao citar trechos de obras escritas em outras línguas, o autor deve levar em conta as suas próprias limitações como tradutor. Se o autor resolver traduzir os trechos citados, sempre deve avisar que a tradução foi feita por ele.  Deve ser dado um trato especial às bibliografias ou às listas de referências, que freqüentemente são consultadas antes que leitores potenciais decidam ser leitores de fato de um texto. Elas documentam o diálogo do autor com a literatura pertinente e ajudam o leitor a situar o seu texto.
  • 85. AVALIAR SE O ARTIGO TEM:  Objetividade e coerência-  abordagem simples e direta do tema;-  seqüência lógica e ordenada de idéias;-  coerência e progressão na apresentação do tema conforme objetivo proposto;-  conteúdo apoiado em dados e provas, não opinativo;  não deixa margem a interpretações diversas;-  Clareza e precisão-  evita comentários irrelevantes e redundantes;-  vocabulário preciso (evita linguagem rebuscada e prolixa);-  nomenclatura aceita no meio científico;  cada palavra traduz exatamente o que o autor transmite;  Imparcialidade-  evita idéias pré-concebidas;-  não faz prevalecer seu ponto de vista;Uniformidade-  uniformidade ao longo de todo texto (tratamento, pessoa gramatical, números, abreviaturas, siglas, títulos de seções);  Conjugação-  uso preferencial da forma impessoal dos verbos;