O documento discute o que é ciência, seus métodos e objetivos. Em três frases:
1) A ciência é um desenvolvimento progressivo do senso comum que busca entender e resolver problemas por meio de métodos empíricos e experimentais.
2) Existem diferentes abordagens para a objetividade científica, como a relação entre causa e efeito ou a fenomenologia, que envolve a inter-relação entre sujeito e objeto no conhecimento.
3) A pesquisa científica requer métodos como a revisão da literatura
2. O QUE É CIÊNCIA?
“CIÊNCIA É UM EMPREENDIMENTO ESSENCIALMENTE
ANÁRQUICO: O ANARQUISMO TEÓRICO É MAIS
HUMANITÁRIO E MAIS APTO A ESTIMULAR OO
PROGRESSO DO QUE SUAS ALTERNATIVAS QUE
APREGOAM A LEI E A ORDEM” FEYARABEND, Paul.
Contra o método.
2
3. O QUE É CIÊNCIA?
• É um desenvolvimento progressivo do
senso comum (RUBEM ALVES, p.12)
• Para que serve a ciência?
• A gente pensa porque as coisas não
vão bem. Quando as coisas vão bem, a
gente não pensa, simplesmente goza e
usufrui.
3
4. • Todo pensamento começa com um
problema.
• É preciso formular problemas com
clareza para produzir ciência.
• Em ciência, como no senso comum,
existe uma estreita relação entre ver com
clareza e dizer com clareza. Quem não
diz com clareza não está vendo com
clareza. Dizer com clareza é a marca do
entendimento, da compreensão.
O QUE É CIÊNCIA ?
4
5. O QUE É OU EM QUE SE
BASEIA A OBJETIVIDADE
CIENTÍFICA?
Basicamente é o princípio da relação entre causa e
efeito.
• A relação entre os objetos e a razão estariam
em dois princípios (HUME):
* Representação das idéias: campo da lógica e
da matemática.
* Descrição do mundo material: o que nos
conduz ao mundo exterior e suas relações.
5
6. O QUE É OU EM QUE SE BASEIA
A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA?
Exemplo no campo da psicologia:
psicologia comportamentalista de PAVLOV / SKINNER
é um ex. de ciência baseada em causa e efeito.
• ESTÍMULO (CAUSA); é tudo que vem do ambiente,
penetra o organismo e provoca qualquer tipo de
atividade.
• RESPOSTA (EFEITO): é o comportamento do
organismo diante de um efeito.
6
7. MAS, AFINAL,O QUE É
CIÊNCIA MESMO?
RELATIVIZANDO AS SUAS
BASES CONCEITUAIS...
“Não será verdade que cada ciência, no
fim, se reduz a um certo tipo de mitologia?”
Carta de Freud a Einstein (1932)
“(...) as categorias mais fundamentais do pensamento e,
conseqüentemente, da ciência têm sua origem na religião”
E. Durkheim
7
8. MAS, AFINAL,O QUE É
CIÊNCIA MESMO?
RELATIVIZANDO AS SUAS
BASES CONCEITUAIS...
“Não será verdade que cada ciência, no
fim, se reduz a um certo tipo de mitologia?”
Carta de Freud a Einstein (1932)
“(...) as categorias mais fundamentais do pensamento e,
conseqüentemente, da ciência têm sua origem na religião”
E. Durkheim
8
10. A Fenomenologia:
• Os fenômenos são experienciados pela consciência
.
• sujeito e objeto se inter-relacionam no processo de
conhecimento.
Por isso, Merleau-Ponty (1994, p. 3) afirma que tudo aquilo que sei
do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de visão minha ou de
uma experiência do mundo, sem a qual os símbolos da ciência não
poderiam dizer nada. O universo da ciência é construído sobre o
mundo-vivido e, se queremos pensar a própria ciência com rigor,
apreciar exatamente seu sentido e seu alcance, precisamos,
primeiramente, despertar essa experiência do mundo da qual ela é
a expressão segunda. APUD Moreira, Ana Regina de Lima. Algumas
considerações sobre a consciência na perspectiva
fenomenológica de Merleau-Ponty.IN: Estudos de Psicologia N.º
21997, p. 399-405.
10
11. ESTES MODELOS SÃO BASTANTE LIMITADOS E A BUSCA
INCESSANTE PELA OBJETIVAÇÃO RELATIVIZA MUITO
CERTAS DIMENSÕES DA CONSCIÊNCIA HUMANA
COMO A INTUIÇÃO POR EXEMPLO, EM RAZÃO DA
DIFICULDADE DE COMPROVAÇÃO;
ATIVIDADE DE RELAXAMENTO E DE ESTÍMULO À
INTUIÇÃO
A DIFÍCIL RELAÇÃO ENTRE O SABER
EMPÍRICO (BASE BACONIANA-
CARTESIANA) E A CONSCIÊNCIA
11
12. Consciência adquire um novo significado,
totalmente diferente daquele existente até
então. Ela é definida como percepção, de
modo que não há separação e oposição entre
os dados sensível e racional no ato de
apreensão das coisas.
BOA CIÊNCIA SE PRODUZ COM O
APROFUNDAMENTO DA
CONCIÊNCIA
12
13. QUE TIPO DE SABER É A CIÊNCIA?
a ciência é apenas uma forma de conhecimento que
produz suas verdades a partir de métodos empíricos (WILBER,
K. A união da alma e dos sentidos).
CONHECIMENTO EMPÍRICO: Baseia-se em evidências
experimentais.
Este sentido deve ser ampliado para outros domínios
(sensorial, mental e espiritual).
TRÊS BASES DO CONHECIMENTO:
•INJUNÇÃO INSTRUMENTAL;
•APREENSÃO DIRETA;
•CONFIRMAÇÃO. (P. 123)
13
14. VERSÃO PÓS-MODERNA DA CIÊNCIA
A CIÊNCIA NÃO É GOVERNADA POR FATOS E SIM POR
PARADIGMAS.
INTERPRETAÇÕES REDUCIONISTAS DA TEORIA DE KUHN.
A CIÊNCIA É MONOLÓGICA. OS NOVOS PARADIGMAS NÃO
NOS FORNECEM NENHUM CONHECIMENTO ESPIRITUAL
DIRETO. SÃO IDÉIAS ATRELADAS A PERCEPÇÕES SENSORIAIS.
NÃO INCORPORAM AS DIFERENTES DIMENSÕES DO SER
HUMANO A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PLURAL DA
EPISTEMOLOGIA, QUE GERAM TRÊS TIPOS CONHECIMENTO:
(P.22)
O OLHO DA CARNE (EMPIRISMO);
O OLHO DA MENTE (RACIONALISMO);
O OLHO DA CONTEMPLAÇÃO (MISTICISMO).
14
15. KEN WILBER:
A DIVISÃO DA CIÊNCIA EM QUADRANTES:
FREUD
JUNG
PIAGET
AUROBINDO
PLOTINO
BUDA
SKINNER
LOCKE
BEHAVIORISMO
FISICA, BIOLOGIA ,
NEUROLOGIA
THOMAS KHUN
WEBER
DILTHEY
MARX
TEORIA DE SISTEMAS
T. PARSONS
COMTE
INDIVIDUALCOLETIVO
INTERIOR EXTERIOR
INTERIORES:
•INTERPRETATIVA
•HERMENEUTICA
•CONSCIENCIA
EXTERIORES:
•MONOLOGICA
•EMPIRICA/POSITIVISTA
•FORMAL
15
16. TODA CIÊNCIA PRESSUPÕE
MÉTODOS
MÉTODO INDUTIVO
CASOS EMPÍRICOS PARA A TEORIA GERAL
MÉTODO DEDUTIVO
RACIONALIZAÇÃO TEÓRICA/CONCEITOS/MODELOS PARA O
ESTUDO DE CASOS PARTICULARES
MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
ELABORAÇÃO DO PROBLEMA – HIPÓTESES –
VERIFICAÇÃO/TESTE DAS HIPÓTESES -
CORROBORAÇÃO/CONFIRMAÇÃO - FALSEAMENTO
MÉTODO DIALÉTICO
TESE-ANTÍTESE-SÍNTESE
MÉTODO EXPERIMENTAL – SUBMETE O OBJETO A INFLUENCIA
DE CERTAS VARIÁVEIS CONTROLADAS
16
17. MÉTODOS ETNOGRÁFICOS
OU ANTROPOLÓGICOS
MÉTODO ETNO-BOTÂNICO/FARMACOLÓGICO: É
através da etnobotânica que se busca o
conhecimento e o resgate do saber botânico
tradicional particularmente relacionado ao uso dos
recursos da flora (GUARIN NETO; SANTANA; BEZERRA
DA SILVA, 2000).
Sua base discursiva e investigativa é antropologia
médica/saude
17
19. EXIGÊNCIAS DE UMA PESQUISA
CIENTÍFICA, INDEPENDENTE DO
MÉTODO:
Pesquisa Bibliográfica
“A Pesquisa bibliográfica é fundamentada nos
conhecimentos de biblioteconomia, documentação e
bibliografia; sua finalidade é colocar o pesquisador em
contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de
pesquisa.” (PÁDUA, 2004)
Imprescindível para qualquer pesquisa científica
Registrar e organizar os dados bibliográficos referentes aos
documentos obtidos e empregados na pesquisa científica
Objetivos: desvendar, recolher e analisar as principais
contribuições sobre um determinado fato, assunto ou idéia
19
20. MODELOS DE PRODUÇÃO
DA PESQUISA
PESQUISA-AÇÃO
PESQUISA PARTICIPANTE
PESQUISA EMPÍRICO-DOCUMENTAL (MÉTODO HISTÓRICO)
PESQUISA EXPERIMENTAL -
SURVEY (LEVANTAMENTO) – aplicação de questionários para conhecer as
pessoas e seus comportamentos.
Pode ser por amostragem ou população absoluta
Aplica-se métodos estatísticos
ENTREVISTAS E
APLICAÇÃO DE
SURVEYS,
TÉCNICAS DE
OBSERVAÇÃO
• GRUPO EXPERIMENTAL
• GRUPO CONTROLE
20
21. Pode-se pensar que há maior aceitação e credibilidade se uma
pesquisa for expressa em números, mas...
21
23. PESQUISA TEÓRICA
BASEIA-SE EXCLUSIVAMENTE EM UMA ANÁLISE CRÍTICA
E COMPARATIVA SOBRE AS INTERPRETAÇÕES E
RESULTADOS DISPONÍVEIS NA LITERATURA CIENTÍFICA
23
24. PESQUISA DE CAMPO
Onde acontece o fato/fenômeno/processo
Coleta de dados e observação do fato/fenômenos/ processo in natura
Formas:
Observação direta;
Levantamento;
Estudo de caso
24
25. PESQUISA DE LABORATÓRIO
Caracterizada por:
Interferir artificialmente na produção do fato/
fenômeno/processo OU
Artificializar o ambiente ou os mecanismos de percepção para que o
fato/fenômeno/processo seja produzido/percebido adequadamente
“Estímulos” “Cenários”
Permite:
Estabelecer padrão desejável de observação
Captar dados para descrição e análise
Controlar o fato/fenômeno/processo
25
26. Exemplos de Pesquisa:
Desenvolvimento de um fármaco para malária
Pesquisa Experimental
Saber quais os hábitos alimentares da população de
Curitiba no inverno
Pesquisa Social
Saber de que forma se deu a Organização do SUS
Pesquisa Histórica
Efeitos colaterais do Tamiflu apresentadas em revistas
científicas
Pesquisa Teórica
26
29. TRADICIONALMENTE OS ELEMENTOS QUE
COMPÕEM TEXTOS DE ARTIGOS SÃO:
1. TÍTULO EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA
2. RESUMO EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA
3. PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA PORTUGUESA E ESTRANGEIRA
4. INTRODUÇÃO:
5. DESENVOLVIMENTO OU CORPO
• MATERIAL E MÉTODOS
• DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA EMPÍRICA
6. CONCLUSÃO
7. ELEMENTOS POS-TEXTUAIS
8. REFERÊNCIAS:
29
30. Considerações sobre a
“INTRODUÇÃO” ao artigo ou
monografia:
ESTABELECE O ASSUNTO, A
PERTINÊNCIA, DIMENSÕES DO
CAMPO DE PESQUISA E
PERÍODO
INDICA OS OBJETIVOS E A
FINALDADE, JUNTIFICANDO O
PONTO DE VISTA QUE É
UTILIZADO;
APRESENTA O ROTEIRO E
ORDEM DE EXPOSIÇÃO
30
31. Etapas do
“DESENVOLVIMENTO” do artigo
ou trabalho cientifico:
1. REVISÃO DA LITERATURA
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4. DISCUSSÃO
31
32. RETROSPECTIVA DE UMA
BOA CONCLUSÃO
• APRESENTAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA EM SUA
ÚLTIMA FORMULAÇÃO
• APRESENTAÇÃO PRINCIPAL DOS FUNDAMENTOS DOS
MODELOS DE ANÁLISE E DAS HIPÓTESES DE PESQUISA
• UMA DESCRIÇÃO GERAL DO CAMPO DE
OBSERVAÇÃO, DAS FONTES E DOS MÉTODOS
UTILIZADOS PARA A OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES
• UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS
HIPOTETICAMENTE ESPERADOS E OS RESULTADOS
OBTIDOS
32
33. QUAIS SÃO AS MINHAS
FONTES?
FONTES QUANTITATIVAS
FONTES QUALITATIVAS
33
38. 1)QUAL É O IMPACTO DAS
MUDANÇAS NA ORGANIZAÇÃO DO
ESPAÇO SOBRE A VIDA DOS
HABITANTES?
EQUÍVOCOS MAIS COMUNS
NAS PERGUNTAS DE PARTIDA
38
39. 2)EM QUE MEDIDA O AUMENTO DA
PERDA DOS EMPREGOS NO SETOR
DE CONTRUÇÃO EXPLICA A
MANUTENÇÃO DOS GRANDES
PROJETOS DE TRABALHOS
PÚBLICOS, DESTINADOS NÃO SO A
MANTER ESTE SETOR, MAS TAMBÉM
A DIMINUIR OS RISCOS DE
CONFLITOS SOCIAIS INERENTES A
ESTA SITUAÇÃO?
39
40. 4) A FORMA COMO O
FISCO É DISTRIBUÍDO É
SOCIALMENTE JUSTA?
40
45. LEITURAS –COMO COMEÇAR
A ESCOLHER
• COMEÇAR PELA PERGUNTA DE PARTIDA
• LEITURAS DE SÍNTESES E ARTIGOS
• ESCOLHER AUTORES QUE NÃO POSSUAM APENAS DADOS, MAS ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO
• ESCOLHER AUTORES COM ABORDAGENS DIVERSIFICADAS DO ASSUNTO
• REGULARMENTE PROCURE REFLETIR SOBRE O TEMA ESTUDADO E TROCAR
IDÉIAS COM COLEGAS
45
46. ENTEVISTAS EXPLORATÓRIAS E
ANÁLISE PRELIMINAR DAS
FONTES
PERMITEM CONSTITUIR A PROBLEMÁTICA DA PESQUISA
PERMITEM DESCOBRIR OS ASPECTOS QUE SE TEM OM
CONTA NÃO OBSERVADOS ANTERIORMENTE PELO
AUTOR E PERMITEM AMPLIAR A VISÃO DOS
FICHAMENTOS DAS LEITURAS;
46
47. NO CASO DAS ENTREVISTAS
COM QUEM É ÚTIL?
• DOCENTES
• INVESTIGADORES ESPECIALIZADOS
• PERITOS
47
48. QUANTO AS PERGUNTAS
• EVITAR FAZER PERGUNTAS LONGAS
• EVITAR FAZER EXCESSO DE PERGUNTAS
• EVITAR SE PERDER E FAZER EXCESSO DE COMENTÁRIOS
SOBRE SEU PROJETO, TIRANDO O FOCO DAS
INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS PARA APRIMORÁ-LO.
• EVITE DISCUSSÕES E ANOTE SUGESTÕES
• AMBIENTE ADEQUADO
• PROCURE GRAVAR SE POSSÍVEL
48
49. PROBLEMÁTICA
• POSSUI DOIS MOMENTOS:
1. FAZER UM BALANÇO DAS DIRERENTES ABORDAGENS
SOBRE O TEMA E DEFINIÇÃO DO REFERENCIAL
TEÓRICO
2. ELUCIDAR AS SUAS CARACTERÍSTICAS DE BASE
ESSENCIAIS;
49
51. CONSTRUÇÃO DE MODELOS
DE ANÁLISE
CONCEITOS E TEORIAS
DIMENSÕES E TESTE DE HIPÓTESES
INDICADORES QUE QUALIFICAM AS HIPÓTESES
51
52. OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DAS
OBSERVAÇÕES (FONTES)
• NÃO BASTA SABER QUE TIPO DE ANÁLISE SERÃO
RECOLHIDOS
• É PRECISO CIRCUSNCREVER O CAMPO SOCIAL,
ESPACIAL E TEMPORAL
A OBSERVAÇÃO PODESER:
• DIRETA
• INDIRETA
52
53. RETROSPECTIVA DE UMA
BOA CONCLUSÃO
• APRESENTAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA EM SUA
ÚLTIMA FORMULAÇÃO
• APRESENTAÇÃO PRINCIPAL DOS FUNDAMENTOS DOS
MODELOS DE ANÁLISE E DAS HIPÓTESES DE PESQUISA
• UMA DESCRIÇÃO GERAL DO CAMPO DE OBSEVAÇÃO,
DAS FONTES E DOS MÉTODOS UTILIZADOS PARA A
OBTENÇÃO DAS INFORMAÇÕES
• UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS
HIPOTETICAMENTE ESPERADOS E OS RESULTADOS
OBTIDOS
53
54. Todas as etapas anteriores
servem de base para estudos
monográficos e artigos!
TRADICIONALMENTE OS ELEMENTOS QUE COMPÕE O
TEXTO DO ARTIGO SÃO:
1. INTRODUÇÃO:
2. DESENVOLVIMENTO OU CORPO
3. CONCLUSÃO
4. ELEMENTOS POS-TEXTUAIS
5. TÍTULO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
6. RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
7. PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
8. REFERÊNCIAS:
54
55. INTRODUÇÃO:
ESTABELECE O ASSUNTO, A
PERTINÊNCIA, DIMENSÕES DO
CAMPO DE PESQUISA E
PERÍODO
INDICA OS OBJETIVOS E A
FINALDADE, JUNTIFICANDO O
PONTO DE VISTA QUE É
UTILIZADO;
APRESENTA O ROTEIRO E
ORDEM DE EXPOSIÇÃO
55
58. ATIVIDADES:
PROCURE DEFINIR SEU OBJETO DE PESQUISA MEDIANTE:
ELABORAÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA
ELABORAÇÃO DE PELOS MENOS TRÊS HIPÓTESES
DEFINIÇÃO MÍNIMA DE UM REFERENCIAL TEÓRICO
58
59. Elaboração de hipóteses
Hipóteses são respostas provisórias, de teor explicativo sobre os
fenômenos observáveis, mas cujo valor científico é apenas corroborado
mediante comprovações empíricas;
Vejam os exemplos de construção de hipóteses de Antonio Carlos Gil:
59
60. Construção de objetivos
Divide-se em:
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Devem ser elaborados no infinitivo e fazer
apontamento sobre o nível de alcance da pesquisa;
60
61. Referencias Bibliográficas:
QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, Luc Van. Manual de investigações em
ciencias sociais. Lisboa-POR: Gradiva, 1995.
UFPR. Normas para apresentação de trabalhos científicos. Curitiba, Editora
UFPR, 2007. vol.1 a 9.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
1991.
POPPER, Karl. Conjecturas e refutações. Brasília: Ed.UNB, 2008.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Perpectiva: São Paulo, 1995.
WEBER, Max. Metodologia das ciencias sociais. Vol. I-II.Cortes-Ed.UnIcamp:
Campinas, 1999.
FAYERABEND, Paul. Contra o método. São Paulo: Unesp, 2007.
61
63. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• CITAÇÃO: é quando se menciona no texto
uma informação (citação indireta) ou de
trechos (citação direta) extraídos de outra
fonte com finalidade de esclarecer, ilustrar
ou sustentar o assunto apresentado.
• Podem aparecer no texto ou em notas de
rodapé.
• Utiliza-se o sistema AUTOR-DATA ou
NUMÉRICO.
64. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• Sistema AUTOR-DATA ou ALFABÉTICO: a
indicação da fonte no texto é feita pela
autoria seguida da data da publicação.
• Quando a autoria iniciar a frase, usar letra
maiúscula somente para a primeira letra e
entre parênteses o ano e a página.
• Quando a autoria for no final da frase,
abrir parênteses e usar caixa alta e a seguir
o ano e a página e fechar o parênteses.
65. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• No sistema autor-data as notas de rodapé
são usadas para citação de citação, para
documentos não-publicados e notas
explicativas.
• As referências completas devem constar
na lista de referências, ao final do trabalho,
em ordem alfabética.
66. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• Sistema NUMÉRICO: a indicação da
fonte é feita em algarismos arábicos (entre
parênteses ou sobrescrita, no final da
frase), em numeração única e consecutiva,
relacionada nesta sequência na lista de
referências ao final do trabalho.
67. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
• Tipos de citação: direta, indireta, citação
de citação.
• DIRETA: transcrição literal. EVITAR. Usar
somente quando for imprescindível.
• Curta: de até 3 linhas, deve abrir aspas e
escrever na mesma linha do texto,
fechando aspas.
• Longa: mais de 3 linhas, escrever em
parágrafo distinto, recuo de 4 cm da
margem esquerda, sem aspas, letra e
entrelinhamento menor, com linha em
branco separando.
68. CITAÇÕES EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
•INDIRETA: texto redigido pelo autor do
trabalho baseado nas idéias de um ou mais
autores, respeitando o que foi exposto
originalmente.
• CITAÇÃO DE CITAÇÃO: é quando se
refere a um texto que não teve acesso, mas
que foi citado por outro autor. EVITAR. Usa-
se citado por ou appud após a indicação da
fonte consultada. Na lista de referências,
citar a obra que foi consultada. Ex: Cardoso
et al. (1998, appud FREITAS; SANTOS,
2009) apresentou resultados semelhantes,
.....
69. DICAS PARA ESCREVER E
PUBLICAR ARTIGOS
CIENTIFICOS
DR.VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA
70. Introdução
O meio de comunicação por excelência do
campo científico e acadêmico é o texto escrito
Diversos gêneros de texto produzidos nesse
campo:
livros, ensaios, artigos, resenhas, monografias,
teses, dissertações, capítulos de livros, papers
enviados a congressos e eventos, resumos,
fichamentos, trabalhos de fim de disciplina,
avaliações, projetos e relatórios de pesquisa, notas
de campo, obras de referência (verbetes de
enciclopédias, de dicionários etc.), textos de
opinião, notas de aula, apostilas, materiais didáticos
diversos etc.
71. Revistas científicas
São publicações periódicas (anuais, semestrais,
quadrimestrais, trimestrais etc.) dotadas de pelo menos
cinco características:
1 – um corpo editorial permanente, composto por
cientistas;
2 – um corpo de pareceristas, igualmente pertencentes à
comunidade científica, encarregado de avaliar os artigos
submetidos;
3 - uma linha editorial expressa;
4 - um número de registro ISSN (International Standard
Serial Number), que contém 8 algarismos e identifica
todos os periódicos científicos; e
5 - uma definição disciplinar e/ou temática dos artigos que
publicam.
São submetidos espontaneamente pelos autores,
72. Os artigo científico tem seu
gênero de escrita peculiar:
concisão;
foco restrito a um problema ou a poucos
problemas interligados;
linguagem técnica, destinada a iniciados e
especialistas;
adequação temática à linha da revista;
diálogo com a literatura pertinente mais
recente;
explicitação das teorias, dos conceitos e das
metodologias usados;
explicitação das fontes de idéias e dados;
comunicação de resultados de pesquisas.
73. DEZ PASSOS PARA FAZER FLORESCER UMA “CULTURA
DA PUBLICAÇÃO”
1. uma cultura de escrita e de publicações. Ou seja, querer escrever
é preciso!
2. ler sistematicamente artigos publicados em revistas científicas. Ou
seja, ler artigos alheios é preciso. Quem não lê não sabe escrever!
3. assumir uma disposição a escrever especificamente para revistas
científicas.
4. identificar as revistas de maior penetração e peso e a seguir as suas
instruções para preparar artigos a serem submetidos. Ou seja,
conhecer as revistas e as suas exigências é preciso.
5. enviar os artigos para essas revistas (enviar os textos é preciso);
para isso devem
(a) seguir procedimentos tipicamente meticulosos (a tendência atual das boas
revistas é receber artigos exclusivamente pela Internet, por meio de
softwares de submissão automatizada, que aumentam a meticulosidade
do processo); e
(b) seguir duas “regras de ouro” – só se submete cada artigo a uma única
revista de cada vez e só se submete artigos inéditos.
74. DEZ PASSOS PARA FAZER
FLORESCER UMA “CULTURA DA
PUBLICAÇÃO”
6. esperar pacientemente pela avaliação, pela eventual aceitação e
pela publicação dos seus artigos – tudo isso pode levar muitos
meses(18 a 24 meses).
7. suportar eventuais pareceres duros ou muito críticos e a eventual
rejeição dos seus artigos, sem ficarem “ofendidas” ou
“deprimidas”.
8. se o artigo for aceito com exigências de reformulações solicitadas
por pareceristas e/ou editores, as pessoas têm de ponderar sobre
elas e decidir se querem mesmo fazê-las; às vezes o editor indica que
a inclusão das reformulações garantirá a aceitação do texto; em
geral, no entanto, executar a reformulação não garante essa
aceitação, e o artigo terá de ser resubmetido e talvez tenha que
passar por outra avaliação.
9. uma opção à resubmissão é enviar o artigo rejeitado por uma
revista para ser avaliado por outra revista. Variar de revista-alvo
pode ser uma solução.
10. manter um fluxo constante de submissão de artigos diferentes a
revistas diferentes, independente de aceitações ou rejeições.
Escrever e submeter artigos deve se tornar um hábito profissional.
75. DEZ DICAS PARA ESCREVER
ARTIGOS CIENTÍFICOS Um bom artigo deve conter uma (boa) idéia. Se houver
várias boas idéias você deve:
(i) hierarquizá-las, para deixar claro qual delas será
tratada;
(ii) planejar a escrita de vários artigos, cada um sobre uma
das suas idéias (nesse caso, é recomendável que você
não os escreva simultaneamente, pois isso significa
escolher alguma como prioritária, ou seja, significa
voltar ao item precedente);
(iii) fundir as várias idéias em uma só, que seja consistente,
sem ser excessivamente genérica.
usar teorias, informações e/ou dados oriundos de uma
pesquisa. A função principal de um artigo é
precisamente a de apresentar sinteticamente à
comunidade científica os resultados de suas mais
recentes pesquisas.
76. 10 DICAS para compor um bom artigo
1. Antes de escrever, elabore um roteiro: tenha uma idéia clara
do que você quer demonstrar, confirmar/desmentir, ilustrar,
exemplificar, testar, comparar, recomendar etc. Não é por
acaso que vigora a máxima de que o ofício de pesquisador
requer 10% de inspiração e 90% de transpiração.
2. Valorize a fórmula consagrada de escrita chamada SVP –
“sujeito, verbo e predicado”. Escreva “O conselho discutiu a
regra”.
3. Evite generalidades. Cada afirmação do seu artigo deve ser
capaz de ser respaldada por dados, achados e interpretações
encontrados em artigos e textos de outros autores ou na sua
própria pesquisa
4. Evitar:“Eu acho”, “eu prefiro”, “o melhor é”, “deve ser”,
“tem que ser”, “todo mundo sabe que”, “sempre foi assim”,
“a tendência natural é” - nada disso dá respaldo a argumentos
usados em textos científicos.
5. Seja lógico: após o A, vem o B, e não o C ou o D. Releia as suas
afirmações e conclusões: veja se elas têm mesmo respaldo
empírico e se decorrem logicamente da sua argumentação.
77. 10 DICAS para compor um bom artigo
6. Mantenha as suas sentenças curtas. Para isso, a solução é
simples: abuse dos pontos finais, pois eles são gratuitos, não
estão ameaçados de extinção e organizam o seu texto.
Sentenças longas exigem o uso excessivo de recursos como
virgulas, dois pontos, pontos e virgulas, travessões, parênteses
etc. Eles são também gratuitos e abundantes, mas quando
usados a granel não facilitam a leitura do seu texto.
7. Reserve tempo para sempre ler literatura. Ler bons textos é
fundamental para aprender a escrever.
8. Não use apud quando puder se referir diretamente a um
autor/texto, pois este é um recurso excepcional. Leia e cite
sempre o autor e o texto originais
9. Busque sempre usar como fontes os autores mais
reconhecidos, as maiores autoridades no assunto.
10. Regra de ouro para publicar artigos: “quem não pesquisa, não
escreve; quem não escreve, não submete; quem não submete,
não é aceito; quem não é aceito, nunca será publicado;. quem
não é publicado permanece anônimo, e de nada vale um
cientista ou intelectual anônimo.”
78. DEZ INSTRUÇÕES PARA TORNAR O SEU ARTIGO
PUBLICÁVEL EM UMA BOA REVISTA CIENTÍFICA.
1. Atenção especial ao resumo (ou abstract) e a introdução são as partes mais
importantes para que o seu texto seja publicado, seguidos da conclusão.
2. O resumo, além de ser breve, tem de ser convincente, colocando
claramente o problema estudado, o objeto, as principais idéias discutidas, os
principais achados e as conclusões mais relevantes
3. A introdução deve ter apenas 1 a 15 páginas e, tal como o resumo, deve
sintetizar vários pontos. Começa com um parágrafo de efeito, relatando e
situando o problema. Continua com as idéias principais a serem discutidas e
com créditos aos principais autores que abordaram o assunto.A introdução
deve adiantar brevemente os principais resultados e/ou conclusões.
4. No que toca ao desenvolvimento do resto do texto, lembre que alguns
leitores não passarão do resumo; outros chegarão apenas à introdução; uns
poucos pularão à frente e lerão as conclusões; raros serão aqueles que lerão
o texto do princípio ao fim.
5. Não use sistematicamente o artifício de citação "segundo fulano", "de acordo
com...". Principalmente, nunca comece um parágrafo dando crédito a outro
autor. O parágrafo deve começar com a apresentação da idéia a ser
desenvolvida. O crédito ao autor relevante, deve aparecer, entre parênteses,
apenas no final da apresentação da idéia correspondente.
79. DEZ INSTRUÇÕES PARA TORNAR O SEU ARTIGO
PUBLICÁVEL EM UMA BOA REVISTA CIENTÍFICA.
6. Evite ao máximo a citação de trechos entre aspas. Só cite
em caso de frases lapidares e de autores consagrados, ou de
afirmações que v. pretende confirmar ou desafiar com a sua
pesquisa. Apresente sempre as idéias em discussão com as
suas próprias palavras (paráfrase) e depois dê o crédito
devido aos autores que você está usando.
7. Sempre que uma idéia nova surgir no texto, mencione
autores/textos que já trataram dela. Não é preciso citar
trechos escritos por eles.
8. Use ao máximo referências a artigos publicados em
periódicos. O uso de documentos governamentais, relatórios
de eventos, tratados, acordos, pode ajudar, mas não deve
ser proeminente nem excessivo.
9. Citar a si próprio moderadamente é válido, mas só nos casos
de trabalhos publicados.
10. O título não pode ser um resumo do trabalho. Deve ser curto
e instigante, capaz de despertar a curiosidade do leitor,
dando, no entanto, idéia clara sobre o conteúdo do artigo.
80. Estrutura “IMRAD” ou “IMRAC”:
I – Introdução);
M – Materiais e Métodos – materiais: descrição dos dados,
das localidades, das comunidades, das amostras, das fontes,
das teorias, das hipóteses, das pergunta de pesquisa etc.;
métodos: descrição das formas de obtenção / organização
dos dados, das abordagens adotadas, dos testes estatísticos
feitos, dos critérios de mensuração e de validação dos
achados, de local/época/duração/contexto da pesquisa etc.;
R – Resultados – narrativa objetiva dos achados,
constatações, comprovações, desmentidos (mas não ainda as
conclusões);
A – Análise – reflexão sobre os resultados – qualidade,
confiabilidade, novos ou velhos insights derivados,
implicações para a literatura corrente etc.;
D / C - (D = Discussão e/ou C = Conclusão) – implicações
teóricas e empíricas dos resultados; contribuições dadas para
a literatura; sugestões para futuras pesquisas, na forma de
hipóteses, perguntas e questões.
81. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA
Evite Pleonasmos: subir para cima; descer para baixo;
surpresa inesperada;
A nível de, deve ser substituído por em, ao ou no nível de;
Através, quando não se está referindo a atravessar, deve
ser substituído por mediante, por meio de, por intermédio
de;
O uso freqüente de extremo ou extremamente para indicar
a importância de várias coisas/pessoas/fatos no mesmo
texto acaba diluindo a importância daquilo que o autor
pretende destacar; extremo ou extremamente deve ser
usado para qualificar uma única coisa/pessoa/fato;
Preste atenção às expressões importadas, por exemplo:
face a não é da língua portuguesa; use em face de;
Cuidado com o tempo verbal adotado. Passar do presente
ao passado e vice-versa, de forma instável, deixando o
leitor confuso. Escolha um tempo verbal e aplique-o ao
longo de todo o texto ou de todo o trecho pertinente; mude
de tempo verbal apenas quando for indispensável;
82. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA
Cuidado com o uso do pronome pessoal. Não use eu e evite o nós
quando possível. Na medida do possível, prefira constata-se que...;
Se você usar assim sendo ou em outras palavras, repare se você não
está repetindo a idéia exposta anteriormente. Em geral, está.
Um parágrafo deve exprimir um raciocínio, uma idéia, um assunto,
dentro de um texto mais longo que trata necessariamente de vários
raciocínios, várias idéias, e vários assuntos. Se o seu parágrafo tiver
apenas uma sentença - e sobretudo se parágrafos como esse forem
recorrentes no seu texto – geralmente você está fragmentando
demasiadamente o fluxo da sua exposição e enfraquecendo o seu
texto. Espere concluir a exposição daquele particular ponto e só então
mude de parágrafo.
Por outro lado, se os seus parágrafos forem sempre grandes, com mais
de 10 sentenças, você geralmente está desenvolvendo mais de um
raciocínio, ou expondo mais de uma idéia, tratando de mais de um
assunto ao mesmo tempo. Tente ser mais sucinto e objetivo em cada
parágrafo.
Uma sentença longa é de difícil entendimento. Se você chegar à
terceira linha de uma sentença e ela ainda não acabou, encontre uma
forma de colocar um ponto final e de começar uma nova sentença. Isso
quase sempre é possível e o seu texto ganha em clareza e organização.
83. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE ESCRITA
Sentenças longas são difíceis de entender. Vírgulas, pontos e
vírgulas, travessões e parênteses são os artifícios mais visíveis.
Menos visíveis, mas por vezes ainda piores para o entendimento do
texto, são pronomes em excesso (que, aquele, o qual, seu, cujo
etc.), conectivos (e, também, igualmente, ainda) e
gerúndios(“vamos estar fazendo...” pode ser substituído por
“faremos”).
Cada vez que você iniciar uma sentença com “nesse sentido”,
“portanto”, “destarte”, “assim” etc., tente apagar essa palavra.
Você verá que ela é quase sempre dispensável.
Em um artigo (ou tese), a introdução serve para introduzir. Não
deve descrever um posicionamento ou debate teórico.
Em um artigo (ou tese), a conclusão, serve para concluir. Não deve
conter posicionamento ou debate teórico.
Quando a pesquisa usa entrevistas, deve-se resistir à tentação de
usar no texto transcrições numerosas e longas das falas dos
entrevistados. Outra prática a evitar é o de transcrever essas falas
mantendo os erros de português (“pra”), os jargões, os vícios de
fala (“então”, “aí”) e as gírias, que só dificultam o entendimento,
embora pareçam dar ao texto um tom “democrático” ou “realista”.
84. VÍCIOS DE EXPRESSÃO E DE
ESCRITA
Ao citar trechos de obras escritas em
outras línguas, o autor deve levar em
conta as suas próprias limitações como
tradutor. Se o autor resolver traduzir os
trechos citados, sempre deve avisar que a
tradução foi feita por ele.
Deve ser dado um trato especial às
bibliografias ou às listas de referências,
que freqüentemente são consultadas
antes que leitores potenciais decidam ser
leitores de fato de um texto. Elas
documentam o diálogo do autor com a
literatura pertinente e ajudam o leitor a
situar o seu texto.
85. AVALIAR SE O ARTIGO TEM:
Objetividade e coerência-
abordagem simples e direta do tema;-
seqüência lógica e ordenada de idéias;-
coerência e progressão na apresentação do tema conforme objetivo
proposto;-
conteúdo apoiado em dados e provas, não opinativo;
não deixa margem a interpretações diversas;-
Clareza e precisão-
evita comentários irrelevantes e redundantes;-
vocabulário preciso (evita linguagem rebuscada e prolixa);-
nomenclatura aceita no meio científico;
cada palavra traduz exatamente o que o autor transmite;
Imparcialidade-
evita idéias pré-concebidas;-
não faz prevalecer seu ponto de vista;Uniformidade-
uniformidade ao longo de todo texto (tratamento, pessoa gramatical,
números, abreviaturas, siglas, títulos de seções);
Conjugação-
uso preferencial da forma impessoal dos verbos;