Este documento fornece uma descrição geral do programa Klavaro 1.0.8, que é um curso de digitação para ensinar a digitação por tato no teclado de computador. O documento explica o menu principal do programa, incluindo as configurações básicas de idioma e teclado, e descreve os cinco tipos principais de exercícios de digitação incluídos no programa.
4. Apresenta¸˜o
ca
Klavaro1 ´ um programa para ajudar no r´pido aprendizado da t´cnica de
e a e
digita¸˜o por tato, em teclados de computador. Digita¸˜o por tato significa
ca ca
que somente este sentido f´ ısico ´ usado para se inserir os caracteres que
e
formam as palavras, sem necessitar utilizar-se da vis˜o, j´ que a posi¸˜o de
a a ca
todas as teclas est˜o memorizadas no c´rebro.
a e
Dessa forma, ganha-se uma eficiˆncia muito grande para a produ¸˜o de
e ca
textos diversos, sem mais perda de tempo preocupado-se com o instrumento
de escrita, o teclado. Digitar fluentemente ´ como andar de bicicleta: os de-
e
dos trabalham atrav´s de reflexos autom´ticos, deixando a mente mais livre
e a
para se expressar rapidamente, uma experiˆncia realmente fant´stica.
e a
Sendo assim, se vocˆ quer somente aprender a digitar corretamente, n˜o
e a
perca tempo: v´ logo usar o programa, lendo com aten¸˜o todas as instru¸˜es
a ca co
colocadas l´. Se vocˆ j´ fez isso e est´ encontrando dificuldades, siga ent˜o
a e a a a
pela primeira parte deste texto, sobre defini¸˜es b´sicas. L´ est˜o descritas
co a a a
detalhadamente todas as caracter´ ısticas do programa.
A segunda parte trata de aspectos t´cnicos, especificando as fun¸˜es usa-
e co
das para se calcular a exatid˜o, velocidade e fluidez da digita¸˜o.
a ca
No terceiro cap´ıtulo, descrevem-se os formatos dos arquivos de confi-
gura¸˜o, mostrando como se pode modific´-los para personalizar ainda mais
ca a
a estrutura do curso. Sim, n˜o ´ necess´rio adentrar nos meandros do c´digo
a e a o
fonte do programa para chegar a uma flexibilidade ainda maior. Basta editar
alguns arquivos de texto.
Mas se vocˆ quiser mudan¸as ainda mais dr´sticas, ent˜o tente entender
e c a a
a estrutura do c´digo fonte, com a “ajuda” da ultima parte deste documento.
o ´
1
Klavaro ´ uma palavra tomada do esperanto, que significa, simplesmente, teclado.
e
3
5. Cap´
ıtulo 1
Descri¸˜o Geral
ca
Aqui est´ descrito o funcionamento geral do aplicativo, do ponto de vista
a
do usu´rio.
a
1.1 Menu principal
A janela inicial apresenta bot˜es comuns de ajuda, cr´ditos e sa´
o e ıda, que
s˜o como clichˆs dos aplicativos de computador modernos. Estes bot˜es s˜o
a e o a
auto-explicativos, portanto dispensam apresenta¸˜o.
ca
Logo abaixo, aparecem dois menus: um de configura¸˜o b´sica e outro
ca a
para os exerc´
ıcios de digita¸˜o propriamente ditos.
ca
1.1.1 Configura¸˜es b´sicas
co a
Dois s˜o os parˆmetros b´sicos do curso a serem definidos no menu de
a a a
configura¸˜o. Eles dizem respeito ao arranjo do teclado e ao idioma aplicado.
ca
Arranjo de teclado
O arranjo do teclado s´ influencia os exerc´
o ıcios do curso b´sico e de adap-
a
tabilidade. Atrav´s dos caracteres mostrados l´ ´ que s˜o formados os conjun-
e ae a
tos de treinamento para as li¸˜es desses dois tipos de exerc´
co ıcio. Os teclados
sofrem varia¸˜es de arranjo, pequenas ou n˜o, de acordo com a l´
co a ıngua a que
se aplicam. Por isso sente-se a necessidade de adaptar o curso tamb´m ao e
tipo de teclado usado. Para fazer com que o tutorial se torne mais abrangente
e flex´ıvel, disponibiliza-se uma cole¸˜o de arranjos de teclado pr´-definidos.
ca e
4
6. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 5
Mas se a variante do usu´rio n˜o estiver contemplada, ainda assim permi-
a a
te-se definir uma nova disposi¸˜o de teclas, atrav´s de um teclado “virtual”,
ca e
que surgir´ quando se pressiona a bot˜o Definir do submenu Configurando
a a
—> Teclado. O funcionamento dessa janela de configura¸˜o do arranjo do
ca
teclado est´ explicado na se¸˜o 1.2, p. 6.
a ca
Idioma aplicado
Na primeira vez em que o tutorial ´ usado, o idioma local ´ detectado
e e
durante a inicializa¸˜o. Se este n˜o estiver disponibilizado pelo aplicativo,
ca a
escolhe-se o esperanto, sem delongas. De qualquer forma, sempre ´ poss´
e ıvel
trocar-se o idioma depois que o programa j´ tiver sido inicializado. Este
a
parˆmetro afeta todos os textos da interface gr´fica do tutorial. Isso influ-
a a
encia mais fortemente os exerc´ıcios de velocidade e fluidez, cujos textos s˜o
a
formados a partir de palavras pr´prias ao idioma do usu´rio.
o a
Para se aplicar um dos outros idiomas dispon´
ıveis, primeiramente deve-se
indic´-lo na caixa de escolhas Configurando —> Idioma. Feito isso, pressione
a
o bot˜o de confirma¸˜o Atualizar. Surgir´ uma pequena janela de di´logo,
a ca a a
alertando para o perigo de se mudar para um idioma desconhecido do usu´rio.
a
Se vocˆ estiver certo disso, confirme com a resposta adequada.
e
1.1.2 Menu de exerc´
ıcios
S˜o 5 as op¸˜es do menu principal de partida:
a co
0. Introdu¸˜o: esta ´ a li¸˜o n´mero 0, de prepara¸˜o, que cont´m ins-
ca e ca u ca e
tru¸˜es sobre como posicionar corretamente as m˜os para o trabalho
co a
de digita¸˜o. Consiste somente de um quadro apresentando um texto
ca
que deve ser lido (e relido, se necess´rio) com muita aten¸˜o.
a ca
1. Curso b´sico: como padr˜o s˜o definidas 43 li¸˜es para este curso ini-
a a a co
cial, onde o aprendiz deve memorizar a disposi¸˜o das principais chaves
ca
de seu teclado. Aqui se inicia a automatiza¸˜o da digita¸˜o, num ca-
ca ca
minho longo e ´rduo, mas que vale a pena trilhar. Existe tamb´m um
a e
espa¸o livre que vai de 44 a 50, onde o usu´rio pode definir li¸˜es perso-
c a co
nalizadas, com conjuntos de caracteres que incluam vogais acentuadas,
s´
ımbolos gr´ficos obtidos atrav´s da tecla <AltGr >, etc. O detalha-
a e
mento da interface que trata desta parte do curso est´ dado na se¸˜o
a ca
1.4, p. 10.
7. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 6
2. Exerc´ ıcio de adaptabilidade: estes s˜o exerc´
a ıcios com a inser¸˜o
ca
semi-aleat´ria de caracteres presentes no teclado. Esta ´ a oportuni-
o e
dade para se fixar, de uma vez por todas, o reflexo de toque na tecla
correta, para cada caractere requerido. Por isso d´-se grande ˆnfase
a e
sobre a exatid˜o. As pseudo-palavras aplicadas neste treinamento n˜o
a a
apresentam nenhum sentido, o que ajuda a focar a aten¸˜o do aprendiz
ca
sobre um caractere por vez. A interface desta parte est´ explicada na
a
se¸˜o 1.5, p. 11.
ca
3. Exerc´ ıcio de velocidade: este exerc´ disp˜e de uma lista de pala-
ıcio o
vras que s˜o inseridas aleatoriamente sob o formato aparente de frases
a
e par´grafos normais. As palavras est˜o diretamente relacionadas ao
a a
idioma configurado inicialmente pelo usu´rio. Tem-se ent˜o uma pre-
a a
para¸˜o para o avan¸o sobre a digita¸˜o no mundo real, com palavras
ca c ca
comuns do cotidiano. A interface deste treino est´ descrita na se¸˜o
a ca
1.6, p. 11.
4. Exerc´ ıcio de fluidez: aqui disp˜e-se de uma lista de par´grafos que
o a
s˜o sorteados para serem seguidos pelo aprendiz em cada se¸˜o. O
a ca
n´mero de par´grafos recomendado para cada sess˜o ´ 3, mas pode-
u a a e
se alterar isso ` vontade entre os valores 1 e 10. Este ´ o trampolim
a e
para se adentrar na pr´tica com textos coerentes, pois ´ o que mais
a e
ca ´
se aproxima da forma real como se apresenta a tarefa de digita¸˜o. E
o unico exerc´ que permite, ou melhor, exige, que o usu´rio corrija
´ ıcio a
seus erros com a tecla de retrocesso (<←>). A interface deste exerc´
ıcio
est´ detalhada na se¸˜o 1.7, p. 12.
a ca
`
A direita dos bot˜es de partida encontram-se controles para se escolher
o
quaisquer dos exerc´
ıcios como preferido. Assim, ao inciar, o aplicativo abrir´
a
diretamente o m´dulo de exerc´
o ıcios escolhido. Para for¸ar o in´ na janela
c ıcio
do menu principal de partida, basta marcar a op¸˜o 0, relativa ao texto
ca
introdut´rio.
o
1.2 Escolha ou edi¸˜o do arranjo de teclado
ca
Esta janela ´ composta de trˆs partes:
e e
1. Interface de escolha de arranjo: permite carregar leiautes1 que
sejam originalmente disponibilizados pelo programa; ou salvar, remo-
ver e carregar leiautes personalizados, que tenham sido definidos pelo
usu´rio.
a
1
apropria¸˜o e adapta¸˜o da palavra inglesa layout, que significa arranjo, disposi¸˜o.
ca ca ca
8. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 7
2. Mostrador e confirmador de escolha corrente: para n˜o haver a
d´vidas quanto ` escolha que se est´ fazendo, existe um pequeno mos-
u a a
trador para o ultimo nome de leiaute escolhido pelo usu´rio, que ser´
´ a a
aplicado ao se pressionar o bot˜o Eleger. Para manter a configura¸˜o
a ca
anterior, voltando ao menu principal, basta clicar em Cancelar ou sim-
plesmente fechar a janela “na for¸a bruta”2 .
c
3. Editor de teclado: este item apresenta um modelo para a disposi¸˜o ca
das teclas no leiaute corrente. Justamente por se tratar de somente um
modelo, ele ´ chamado de Teclado Virtual. Ele funciona tamb´m
e e
como editor desse leiaute, pois as teclas mostradas s˜o tamb´m contro-
a e
les para seu pr´prio conte´do. Ou seja, se vocˆ clicar em qualquer uma
o u e
delas, surgir´ uma janelinha intrusa3 , requerendo que se defina o novo
a
caractere daquela tecla. A seguir s˜o dadas mais informa¸˜es sobre a
a co
fun¸˜o de edi¸˜o de leiaute.
ca ca
1.2.1 Funcionamento do editor de leiaute
Enquanto n˜o se tenta mudar qualquer tecla, o leiaute apresentado ´ o
a e
mesmo que aquele do mostrador de escolhas. Mas ao se come¸ar a editar
c
o leiaute isso n˜o mais permanece v´lido. Essa situa¸˜o ´ enfatizada pela
a a ca e
mensagem que aparece na parte superior do teclado.
As mudan¸as no arranjo s˜o efetivadas salvando-as com um nome definido
c a
na entrada Editar —> Nova personaliza¸˜o. Se este campo estiver vazio, ao
ca
se pressionar o bot˜o Salvar, ser´ escolhido, por padr˜o, o nome “.tmp”. A
a a a
partir do momento que se salva as altera¸˜es, o arranjo definido passa a ser
co
a escolha corrente.
Uma observa¸˜o importante diz respeito ` defini¸˜o do conte´do alterna-
ca a ca u
tivo das teclas, ao se pressionar a tecla de eleva¸˜o (<Shift> = <⇑>), usada
ca
para se inserir as letras mai´sculas e s´
u ımbolos comuns. Para as letras comuns
do alfabeto (sem acentua¸˜o, cedilha, trema, etc), n˜o ´ necess´rio se definir
ca a e a
isso, pois o aplicativo o faz automaticamente.
Para as posi¸˜es inexistentes no seu teclado em rela¸˜o ao modelo virtual,
co ca
basta for¸ar seus conte´dos a vazio, inserindo um caractere em branco, com a
c u
barra de espa¸os. Neste caso, n˜o se pode esquecer de apagar tanto a posi¸˜o
c a ca
normal como a elevada (usando <⇑>).
2
for¸ar o fechamento atrav´s do bot˜o com um X, geralmente mantido no canto superior
c e a
direito da janela.
3
popup, do inglˆs, que significa algo que surge de repente, acima de tudo, de modo a
e
atrair a aten¸˜o.
ca
9. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 8
1.3 Interface dos exerc´
ıcios
Em todos os exerc´ ıcios do curso utiliza-se uma mesma interface gr´fica,
a
cujas caracter´ısticas comuns est˜o explicadas aqui. Sendo 4 os tipos de
a
exerc´
ıcio, as peculiaridades de cada um ser˜o especificadas nas se¸˜es mais
a co
adiante, que tratam de:
• Curso b´sico;
a
• Treinamento adaptativo;
• Progress˜o da velocidade;
a
• Obten¸˜o de fluidez.
ca
Para todos eles, o mecanismo de intera¸˜o ´ o mais simples poss´
ca e ıvel:
cada li¸˜o apresenta um conjunto de caracteres que devem ser repetidos pelo
ca
aprendiz, usando os dedos corretos para cada tecla. O caractere ‘¶’ representa
o retorno de carro, ou seja, uma nova linha, e deve ser inserido usando-se a
tecla <Enter >.
Os caracteres “intactos” aparecem com uma colora¸˜o de fundo levemente
ca
`
azulada. A medida que se avan¸a, os toques corretos s˜o pintados de verde e
c a
os erros s˜o marcados por uma colora¸˜o rosada. Durante os trˆs primeiros
a ca e
exerc´ıcios, n˜o se permite usar a tecla de retrocesso, para corrigir os carac-
a
teres digitados incorretamente. Isso s´ ´ habilitado na ultima etapa, quando
oe ´
praticando nos exerc´ ıcios de fluidez.
Ao final de cada li¸˜o ´ dado o “veredicto” sobre o desempenho, avaliando-
ca e
se o aproveitamento do aluno e decidindo-se sobre a continua¸˜o para uma
ca
pr´xima etapa.
o
Pode-se interromper os exerc´ ıcios a qualquer momento, atrav´s da tecla
e
Recome¸ar, que surge no canto inferior direito sempre que uma sess˜o ´
c a e
iniciada. O exerc´ ıcio corrente ´ abandonado, iniciando-se um novo, sem
e
contabilizar quaisquer resultados sobre o desempenho do aprendiz. O bot˜o a
Introdu¸˜o, na parte de cima, tem este mesmo efeito, al´m de apresentar na
ca e
tela um breve texto de orienta¸˜o sobre o exerc´
ca ıcio.
1.3.1 Gr´ficos de progresso
a
O bot˜o Progresso ´ o caminho para se abrir uma janela que mostra
a e
a evolu¸˜o do desempenho do aprendiz ao longo das exerc´
ca ıcios que foram
praticados at´ o fim. Em geral, s˜o 2 os crit´rios de avalia¸˜o registrados
e a e ca
pelo programa:
10. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 9
1. Exatid˜o: este valor mede a quantidade relativa de caracteres digitados
a
corretamente, em rela¸˜o a todos os que foram requeridos pelo tutor.
ca
2. Velocidade: mede a rela¸˜o entre a quantidade de caracteres requeridos
ca
e o tempo usado para digit´-los.
a
Para o quarto tipo de exerc´
ıcio, h´ tamb´m um crit´rio denominado “flui-
a e e
dez”, que mede a qualidade constante do ritmo de digita¸˜o. Ele s´ ´ mos-
ca oe
trado para esse ultimo tipo de exerc´
´ ıcio, onde ´ aplicado como crit´rio final
e e
de avalia¸˜o.
ca
As abscissas marcam a ordem dos exerc´ ıcios completados, seq¨enciando-
u
os um ap´s o outro. As ordenadas indicam os valores dos parˆmetros de
o a
desempenho propriamente ditos, de acordo com sua forma percentual. Mai-
ores detalhes sobre o c´lculo destes parˆmetros s˜o dados no cap´
a a a ıtulo 2, p.
14.
1.3.2 Escolha da fonte
O texto que aparece no quadro das li¸˜es pode ser configurado com as
co
fontes dispon´ıveis em seu sistema. Para isso, basta clicar no bot˜o com um
a
desenho das letras ab, que aparece no canto superior direito, ao lado do
controle de Som. Surge ent˜o um di´logo padr˜o para que se possa escolher
a a a
a fonte desejada, com o tamanho mais adequado para que o usu´rio se sinta
a
confort´vel.
a
Esse bot˜o s´ fica habilitado logo antes de se come¸ar a praticar qualquer
a o c
exerc´
ıcio, no momento em que aparece na tela o texto que dever´ ser digitado
a
pelo aluno. Isso acontece para for¸ar a possibilidade de se pr´-visualizar o
c e
resultado da mudan¸a da fonte, atrav´s da janela para escolha dela.
c e
1.3.3 Controle de som
Para cada erro cometido pelo aprendiz, al´m da letra incorreta adquirir
e
um fundo colorido em rosa, emite-se um som como um “bipe”, pelo alto-
falante do computador. Este som pode ser inconveniente em algumas si-
tua¸˜es. Portanto, foi implementado um controle para permitir silenci´-lo: ´
co a e
a caixa de verifica¸˜o Som, que fica no canto superior ` direita.
ca a
No entanto, antes de se decidir por eliminar esses bipes, pondere que eles
tˆm uma parcela de influˆncia consider´vel na evolu¸˜o do aprendizado, pois
e e a ca
funcionam como puni¸˜o pelos erros, condicionando o c´rebro a n˜o cometˆ-
ca e a e
los com tanta freq¨ˆncia. Isso porque nossa mente fica perturbada com esses
ue
sons irritantes e, ent˜o, tendemos a prestar mais aten¸˜o para errar menos.
a ca
11. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 10
Bem, isso ´ s´ uma teoria, baseada na experiˆncia do pr´prio autor do
e o e o
programa.
1.4 Curso B´sico
a
O curso b´sico ´ a origem de tudo, a parte mais importante do trei-
a e
namento, o (des)motivador inicial, pois ´ atrav´s dele que se memoriza a
e e
disposi¸˜o do teclado (ou se desiste de vez).
ca
1.4.1 Mudan¸a de li¸˜es
c co
Independentemente da progress˜o normal dos exerc´
a ıcios, ´ poss´ saltar
e ıvel
para qualquer n´ ıvel, usando-se o controle com rolagem Li¸˜o, no canto su-
ca
perior esquerdo. Se o usu´rio termina corretamente qualquer li¸˜o escolhida
a ca
por esse modo, direto, o tutor assume que a pr´xima li¸˜o a ser aplicada ´ a
o ca e
de n´mero imediatamente superior ` que foi completada.
u a
A ultima li¸˜o oficial para o curso b´sico ´ a de n´mero 43. Mas o usu´rio
´ ca a e u a
pode definir conjuntos de treinamento especiais para li¸˜es extras, que v˜o
co a
de 44 a 50. Quando se salta para uma destas li¸˜es aparece o bot˜o Editar,
co a
que permite a edi¸˜o dos caracteres usados como base para elas. Ao se clicar
ca
nele, aparece logo a seu lado uma entrada de texto, onde se pode definir o
conjunto de caracteres. Para finalizar a defini¸˜o, basta teclar <Enter > ou
ca
clicar de novo em Editar, de modo a trazˆ-lo de volta ` posi¸˜o inicial.
e a ca
1.4.2 Apoio visual para o teclado
No in´ do curso b´sico, alguns alunos sentem dificuldades em memo-
ıcio a
rizar o alcance dos dedos para cada tecla. Para ajud´-los a decorar essas
a
rela¸˜es, existe uma interface de apoio, que mostra quais dedos s˜o res-
co a
pons´veis por cada tecla. Esta interface ´ obtida ao se pressionar o controle
a e
Teclado, que aparece na parte superior da janela do tutorial. Ela nada mais
´ do que a repeti¸˜o do teclado virtual que est´ configurado no menu inicial
e ca a
do programa.
S´ que o funcionamento agora ´ totalmente instrutivo: ao se clicar com
o e
4
o mause nas teclas, uma imagem mostrando a figura de duas m˜os destaca
a
qual dos dedos deve agir para pressionar a tecla indicada. No caso da barra
de espa¸o, ambos os polegares s˜o destacados, para mostrar que qualquer um
c a
deles pode ser usado.
4
adapta¸˜o da palavra inglesa mouse, que ´ o dispositivo perif´rico de direcionamento
ca e e
do ponteiro gr´fico na tela.
a
12. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 11
A imagem com as dicas de dedos pode ser levada para o ambiente do
tutorial, atrav´s da caixa de verifica¸˜o Manter m˜ozinhas. Neste caso, es-
e ca a
sas m˜ozinhas “trapaceiras” permanecem dentro de uma pequena janelinha
a
flutuante, a qual pode ser posicionada em qualquer lugar ao redor da janela
de exerc´ıcios do curso.
1.5 Treinamento adaptativo
Este ´ o teste final para avaliar o aprendizado da posi¸˜o de todas as
e ca
teclas e o requerido automatismo da rea¸˜o dos dedos para alcan¸´-las com
ca ca
precis˜o. Ele abarca todos os caracteres definidos no teclado, o mesmo que
a
foi configurado a partir do menu inicial do aplicativo.
A unica maneira de se alterar os caracteres usados neste exerc´ ´ atrav´s
´ ıcio e e
da defini¸˜o dos mesmos no arranjo de teclado, a partir no menu principal.
ca
Por exemplo, poderia-se criar um leiaute personalizado (meio maluco mesmo)
que for¸asse a inclus˜o de caracteres acentuados. Desta forma, estes seriam
c a
considerados no momento da cria¸˜o dos exerc´
ca ıcios de adaptabilidade.
1.6 Progress˜o da velocidade
a
Estes testes apresentam a oportunidade de se aumentar consideravelmente
a velocidade de digita¸˜o, pela repeti¸˜o de padr˜es comuns presentes no
ca ca o
idioma do praticante. S˜o palavras tiradas de textos diversos, arrumadas de
a
modo aleat´rio sob a forma de frases e par´grafos, mas sem nenhum sentido.
o a
1.6.1 Arquivos de texto como dicion´rios
a
A unica personaliza¸˜o que esta modalidade permite ´ atrav´s da in-
´ ca e e
dica¸˜o de um arquivo de texto que servir´ como fonte de palavras a serem
ca a
usadas para formar as sess˜es de exerc´
o ıcio. Estes arquivos devem estar codifi-
cados em UTF-85 . Os caracteres que n˜o forem reconhecidos s˜o substitu´
a a ıdos
por espa¸os em branco.
c
Para carregar um arquivo de texto, deve-se clicar no bot˜o Outros, no
a
canto superior esquerdo. Surge ent˜o um pequena caixa de escolha, com uma
a
lista de arquivos carregados, prontos para serem aplicados. Na primeira vez
que se usa este recurso, logicamente nenhum arquivo extra deve estar pre-
5
UTF-8 ´ uma codifica¸˜o que abrange a escrita em v´rias l´
e ca a ınguas, incluindo os mais
diversos tipos de caracteres.
13. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 12
sente, somente o exemplo padr˜o, que vem junto com o pacote do aplicativo,
a
quando este ´ instalado. Essa caixa apresenta quatro a¸˜es a serem tomadas:
e co
• Aplicar o selecionado: aplicar um arquivo selecionado dentre os que
estejam listados, ou seja, j´ armazenados;
a
• Colar: criar um arquivo modelo a partir de texto copiado para a ´rea
a
de transferˆncia;
e
• Ler do arquivo: buscar um arquivo, preparando-o para ser usado, ar-
mazenando-o para futura aplica¸˜o e carregando-o na mem´ria;
ca o
• Remover selecionado: remover um arquivo, que esteja selecionado, da
lista de op¸˜es.
co
Outra possibilidade para se criar um exerc´ personalizado aqui consiste
ıcio
em se arrastar e soltar texto para dentro da linha de eco dos caracteres
digitados, situada na parte de baixo da janela do tutorial.
1.7 Obten¸˜o de fluidez
ca
Aqui ´ dada uma ˆnfase maior ao ritmo de digita¸˜o, que deve ser o mais
e e ca
uniforme poss´ ıvel. Muitos dos erros de digita¸˜o vˆm da afoba¸˜o em se
ca e ca
digitar repentinamente pequenos trechos com seq¨ˆncias de caracteres mais
ue
comuns. Isso n˜o s´ aumenta a chance de se errar, mas tamb´m causa estresse
a o e
aos dedos, por requerer que estes se movimentem muito rapidamente, o que
contribui para sua fadiga precoce. Portanto, a calma e fluidez s˜o qualidades
a
muito importantes ao se digitar longos textos.
Esta ultima parte do curso ´ um treino para isso, exigindo tamb´m efic´cia
´ e e a
m´xima na precis˜o, sendo que qualquer erro deve ser corrigido atrav´s da
a a e
tecla de retrocesso, o que implica em enorme perda de tempo, com a con-
seq¨ente diminui¸˜o da velocidade no cˆmputo geral de cada li¸˜o. O pro-
u ca o ca
grama entende a combina¸˜o de teclas <Ctrl > + <Retrocesso>. Isso faz
ca
com que o retrocesso salte para o primeiro caractere errado, ao inv´s de um
e
caractere por vez.
Sendo assim, este ´ o exerc´ mais pr´ximo da digita¸˜o real de textos no
e ıcio o ca
dia-a-dia de qualquer operador de computador. Trabalha-se com par´grafosa
formados por frases com algum sentido, tratando de temas diversos. Estes
par´grafos s˜o tomados de um arquivo de texto, que pode ser definido pelo
a a
usu´rio, assim como feito para o caso do exerc´ de velocidade, na se¸˜o
a ıcio ca
anterior, 1.6.1.
14. CAP´ ¸˜
ITULO 1. DESCRICAO GERAL 13
1.7.1 Arquivos de texto como banco de par´grafos
a
Os par´grafos deste exerc´ s˜o sorteados dentre aqueles presentes em
a ıcio a
um arquivo texto, o qual deve estar codificado em UTF-8. Os par´grafos a
devem ser separados entre si apenas por retornos de carro. N˜o importa se
a
houver linhas em branco entre eles, pois elas ser˜o desconsideradas.
a
Todas as instru¸˜es dadas na se¸˜o 1.6.1 s˜o aplic´veis analogamente aqui,
co ca a a
j´ que a interface para o gerenciamento dos arquivos de treino personalizados
a
´ a mesma para os dois casos.
e
Um detalhe interessante de ser comentado ´ o fato de que os arquivos
e
de texto inclu´ ıdos como banco de par´grafos para os exerc´
a ıcios de fluidez
s˜o aproveitados tamb´m para formar dicion´rios, os quais ficam dispon´
a e a ıveis
para serem aplicados nos exerc´ ıcios de velocidade.
1.7.2 N´ mero de par´grafos
u a
Um parˆmetro importante a ser definido ´ a quantidade de par´grafos que
a e a
comp˜em os exerc´
o ıcios. Este valor pode variar de 1 a 10, sendo configurado
atrav´s do controle Par´grafos:.
e a
A quantidade de trˆs par´grafos ´ considerada m´dia. Mas para os inici-
e a e e
antes, pode ser mais interessante manter somente um par´grafo por sess˜o,
a a
para n˜o se cansar muito, j´ que a velocidade de digita¸˜o ainda ´ muito
a a ca e
pequena. E aqueles mais exagerados poderiam mesmo treinar com dez, o
que seria uma verdadeira maratona para as m˜os!a
15. Cap´
ıtulo 2
Crit´rios de avalia¸˜o da
e ca
digita¸˜o
ca
S˜o trˆs os crit´rios de avalia¸˜o usados e todos tˆm uma rela¸˜o direta
a e e ca e ca
com a qualifica¸˜o da habilidade de digita¸˜o: quanto maiores seus valores,
ca ca
melhor ´ o desempenho inferido.
e
2.1 Exatid˜o
a
A exatid˜o ´ dada em fun¸˜o do n´mero de caracteres inseridos e daqueles
a e ca u
corretamente digitados. Ela ´ dada como a rela¸˜o percentual entre o n´mero
e ca u
de acertos e o total de caracteres. Para organizar e compactar este texto,
vamos usar a nota¸˜o matem´tica usual:
ca a
Nt ´ o n´mero total de caracteres inseridos durante uma li¸˜o ou exerc´
e u ca ıcio.
Ne ´ o n´mero de caracteres digitados erroneamente.
e u
Ep ´ a exatid˜o alcan¸ada, dada por um percentual de acertos.
e a c
A f´rmula para este c´lculo ´ muito simples:
o a e
Nt − Ne
Ep = · 100 (2.1)
Nt
Ou seja, uma exatid˜o de 0% significa que todas as teclas foram digita-
a
das erroneamente. E 100% significa que todas as teclas foram corretamente
digitadas.
14
16. CAP´ ´ ¸˜ ¸˜
ITULO 2. CRITERIOS DE AVALIACAO DA DIGITACAO 15
2.2 Velocidade
A velocidade ´ fun¸˜o do n´mero de caracteres corretamente digitados
e ca u
em um dado espa¸o de tempo.
c
t ´ o tempo que o usu´rio levou para completar o exerc´
e a ıcio.
Nc ´ o n´mero de caracteres digitados corretamente, dado por (Nt − Ne ).
e u
Vcps ´ a velocidade de digita¸˜o, dada em caracteres por segundo (CPS).
e ca
Vppm ´ a velocidade de digita¸˜o, dada em palavras por minuto (PPM).
e ca
Assim,:
Nc
Vcps =
t (2.2)
Vppm = 10 · Vcps
O fator 10 da segunda equa¸˜o vem do fato de usarmos um valor m´dio
ca e
como aproxima¸˜o para o comprimento das palavras, em geral. A cada 6
ca
caracteres, conta-se em m´dia uma palavra: 5 letras e 1 espa¸o. Como cada
e c
minuto equivale a 60 segundos, a passagem de CPS para PPM fica f´cil de
a
ser demonstrada:
carac. palavra 60 seg palavra
PPM = CPS = 10 CPS
seg 6 carac. min min
O ideal seria usar somente a taxa em CPS, que ´ mais direta, mas por
e
motivos de tradi¸˜o resolveu-se manter a contagem em PPM, que ´ bastante
ca e
comum.
2.3 Fluidez
O caso da fluidez ´ mais uma quest˜o de gosto pessoal do que alguma
e a
tentativa de padroniza¸˜o. Este crit´rio visa avaliar a capacidade de concen-
ca e
tra¸˜o do digitador e seu dom´
ca ınio sobre o teclado. Assume-se a hip´tese de
o
que quanto mais acostumado com o teclado, menos hesita¸˜es ir˜o ocorrer
co a
entre cada toque; e tamb´m, que a aplica¸˜o met´dica da digita¸˜o t´ctil leva
e ca o ca a
automaticamente a um ritmo cada vez mais constante (e mais saud´vel).a
A vari´vel utilizada para se chegar a uma medi¸˜o de fluidez ´ o tempo
a ca e
decorrido entre cada dois toques consecutivos, para caracteres digitados cor-
retamente. Suponha que a seguinte frase tenha que ser digitada:
17. CAP´ ´ ¸˜ ¸˜
ITULO 2. CRITERIOS DE AVALIACAO DA DIGITACAO 16
Eu dormi.
E que o usu´rio tenha errado na letra d da palavra dormi, trocando-a por
a
s. Ele s´ percebeu isso depois de ter digitado a letra o, acumulando dois
o
erros antes de retroceder para corrigir. Uma poss´ representa¸˜o para a
ıvel ca
seq¨ˆncia de teclas pressionadas por ele ´:
ue e
E u s o <bs> <bs> d o r m i .
* * * ! ! ! ! * * * * * *
t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 t9
<bs> s˜o os retornos corretivos; os toques v´lidos foram simbolizados por
a a
asteriscos e os toques inv´lidos, por exclama¸˜es. Ent˜o, simbolicamente, os
a co a
tempos entre toques s˜o aqueles que se passam entre dois asteriscos consecu-
a
tivos e as exclama¸˜es representam o atraso introduzido quando se cometem
co
erros. Assim, registram-se os instantes ti em que cada toque correto ocorre.
Para esse exemplo, a seq¨ˆncia de intervalos de tempo ´ montada ent˜o
ue e a
deste modo:
T = {T1 = (t2 − t1 ), T2 = (t3 − t2 ), T3 = (t4 − t3 ), . . . , T8 = (t9 − t8 )}
De forma gen´rica, temos: Ti = (ti+1 − ti ), com i variando de 1 a (n − 1),
e
onde n ´ o n´mero de caracteres corretamente digitados. Para simplificar
e u
a defini¸˜o da f´rmula para o c´lculo da fluidez, algumas rela¸˜es inter-
ca o a co
medi´rias s˜o colocadas:
a a
1
Xi =
Ti
(n−1)
i=1 Xi
X =
(n − 1)
(n−1) 2
i=1 Xi − X
DP(X) =
(n − 2)
E o c´lculo da fluidez, finalmente ´:
a e
DP(X)
Fp = 1 − · 100 (2.3)
X
Reconhece-se na defini¸˜o de DP(X) a f´rmula do desvio padr˜o sobre o
ca o a
espa¸o amostral X. No caso ideal, com ritmo constante, este desvio padr˜o
c a
18. CAP´ ´ ¸˜ ¸˜
ITULO 2. CRITERIOS DE AVALIACAO DA DIGITACAO 17
anula-se e o valor para a fluidez resulta em 100, que ´ o valor m´ximo a
e a
ser atingido. Por isso relacionamos este crit´rio a um percentual, da mesma
e
forma como foi feito para a exatid˜o.
a
19. Cap´
ıtulo 3
Arquivos usados e seus
formatos
Ao longo do restante deste texto, assumimos o uso do sistema operacional
GNU/Linux. Com outros sistemas, deve-se fazer as adapta¸˜es necess´rias
co a
para os caminhos padronizados dos subdiret´rios.
o
Muitos dos arquivos criados pelo programa s˜o gravados no seguinte sub-
a
diret´rio, na pasta do usu´rio:
o a
1
($HOME)/.klavaro
Outros arquivos, por serem est´ticos, encontram-se no subdiret´rio de
a o
dados do programa, o qual situa-se em:
/usr/share/klavaro
Outra possibilidade ´ a cria¸˜o de um arquivo de preferˆncias no di-
e ca e
ret´rio padr˜o “/etc”. Isso permite uma configura¸˜o inicial comum a todos
o a ca
os usu´rios de um mesmo computador/servidor. Sobre isso, leia mais a se-
a
guir, na se¸˜o 3.1.
ca
3.1 Preferˆncias gerais (.ini)
e
Ao se finalizar o aplicativo, todas as escolhas feitas s˜o guardadas em
a
um arquivo chamado “preferences.ini”, dentro da pasta do usu´rio. Assim,
a
1
($HOME) representa o diret´rio raiz do usu´rio
o a
18
20. CAP´
ITULO 3. ARQUIVOS USADOS E SEUS FORMATOS 19
da pr´xima vez que o programa inicializar, estas preferˆncias poder˜o ser
o e a
recarregadas a partir de l´.
a
Na primeira vez em que o usu´rio lan¸a o aplicativo, procura-se no sub-
a c
diret´rio “/etc” um arquivo chamado “klavaro preferences.ini”. Se ele estiver
o
presente, ´ usado como fonte inicial para a defini¸˜o das preferˆncias gerais
e ca e
para o usu´rio. Sen˜o, aplica-se a configura¸˜o padr˜o, embutida no pr´prio
a a ca a o
aplicativo. A partir de ent˜o, segue-se com o mesmo procedimento descrito
a
inicialmente, para as pr´ximas vezes que o programa funcionar.
o
Ou seja, o arquivo no subdiret´rio do usu´rio sempre tem precedˆncia
o a e
sobre aquele de configura¸˜o gen´rica, na pasta “/etc” do sistema.
ca e
As informa¸˜es salvas nesse arquivo s˜o:
co a
• Idioma da interface e dos exerc´
ıcios.
• Habilita¸˜o da auto-inicializa¸˜o em algum dos m´dulos de exerc´
ca ca o ıcios.
• Qual dos m´dulos deve ser auto-inicializado, caso esteja habilitada esta
o
a¸˜o.
ca
• Nome do arranjo de teclado.
• Li¸˜o a ser praticada no curso b´sico.
ca a
• Habilita¸˜o da sonoriza¸˜o de bipes.
ca ca
• Fonte a ser usada para o texto do quadro de exerc´
ıcios.
• Dicion´rio de palavras a ser usado nos exerc´
a ıcios de velocidade.
• Arquivo de par´grafos a ser usado nos exerc´
a ıcios de fluidez.
• N´mero de par´grafos a serem digitados em cada sess˜o de exerc´
u a a ıcios
de fluidez.
3.2 Arranjos de teclado (.kbd)
Para manter a independˆncia do curso b´sico em rela¸˜o ao arranjo dos
e a ca
teclados, s˜o necess´rias informa¸˜es sobre as posi¸˜es de cada tecla no ar-
a a co co
ranjo instalado no computador. Dada essa necessidade, a independˆncia fica
e
sendo parcial; mas ainda assim, ganha-se muita flexibilidade, pois mesmo
que o programa n˜o contenha dados sobre um certo tipo de teclado, sempre
a
´ poss´ definir e indicar o arranjo desconhecido. Por isso o programa dis-
e ıvel
ponibiliza um editor especial para trabalhar sobre um teclado virtual, o qual
21. CAP´
ITULO 3. ARQUIVOS USADOS E SEUS FORMATOS 20
reflete as posi¸˜es dos caracteres dentro de um espa¸o padronizado de teclas,
co c
permitindo a defini¸˜o dos mais diversos tipos de arranjo.
ca
Os arquivos usados para guardar estas informa¸˜es de arranjo s˜o de-
co a
nominados com a extens˜o “.kbd”. S˜o arquivos em modo texto, com dois
a a
conjuntos de quatro linhas. Cada linha representa uma fila de 14 teclas.
E cada caractere define a rela¸˜o posicional entre ele e a tecla respons´vel
ca a
por sua inser¸˜o. Para posi¸˜es de teclas inexistentes, usa-se um espa¸o em
ca co c
branco. As quatro primeiras linhas s˜o para os caracteres min´sculos e sem
a u
pressionar a tecla de eleva¸˜o <Shift>. J´ as quatro ultimas linhas definem
ca a ´
os caracteres inseridos atrav´s da combina¸˜o com a tecla de eleva¸˜o. As
e ca ca
teclas de controle, como <Tab>, <Shift>, <Ctrl >, etc, n˜o s˜o representa-
a a
das.
Como exemplo, aqui est´ a listagem do arquivo “qwerty br.kbd”:
a
‘1234567890-=
qwertyuiop[]
asdfghjkl;’
zxcvbnm,./
~!@#$%^&*()_+
QWERTYUIOP{}
ASDFGHJKL:"|
ZXCVBNM<>?
Apesar desta descri¸˜o mais detalhada, a maneira mais segura de se criar
ca
estes arquivos ´ usando o editor do programa, a partir do bot˜o Definir do
e a
menu principal.
L´, o local onde s˜o salvos os arquivos dos arranjos personalizados ´ o
a a e
diret´rio do usu´rio, “($HOME)/.klavaro/*.kbd”.
o a
E os arquivos originais est˜o situados em “/usr/share/klavaro/*.kbd”.2
a
Para saber como os arquivos “.kbd” s˜o aplicados na cria¸˜o das li¸˜es
a ca co
do curso b´sico, leia a se¸˜o 3.7, p. 23, mais adiante.
a ca
3.3 Conjuntos de palavras (.words)
Nos exerc´ıcios de velocidade, as palavras inseridas vˆm de um arquivo
e
com a extens˜o “.words”, que nada mais ´ do que um arquivo texto com uma
a e
lista de palavras, podendo-se repetirem ou n˜o, com uma palavra por linha.
a
2
Aqui, o asterisco representa o nome que aparece na interface, sem a extens˜o “.kbd”
a
22. CAP´
ITULO 3. ARQUIVOS USADOS E SEUS FORMATOS 21
Para cada idioma selecionado no menu principal existe um arquivo de
dicion´rio padr˜o, localizado na pasta de dados do programa. Mas pode-
a a
se criar novos arquivos de dicion´rio a partir de arquivos de texto comum.
a
Basta escolher o texto a partir do comando Outros, na janela dos exerc´ıcios
de velocidade. Os arquivos criados s˜o guardados no subdiret´rio do usu´rio.
a o a
Estes arquivos tamb´m s˜o gerados automaticamente ao se criar arquivos do
e a
tipo “.paragraphs”, nos exerc´
ıcios de fluidez.
3.4 Conjuntos de par´grafos (.paragraphs)
a
Analogamente ao item anterior, nos exerc´ ıcios de fluidez os par´grafos
a
inseridos vˆm de um arquivo com a extens˜o “.paragraphs”, um arquivo texto
e a
com uma lista de frases e par´grafos.
a
Para cada idioma selecionado no menu principal existe um arquivo de
par´grafos padr˜o, localizado na pasta de dados do programa. Podem-se
a a
tamb´m usar novos arquivos de par´grafos a partir de arquivos de texto
e a
comuns. Basta escolher o texto a partir do comando Outros, na janela dos
exerc´ıcios de fluidez. Os arquivos criados s˜o guardados no subdiret´rio do
a o
usu´rio e automaticamente as palavras contidas nele s˜o usadas para gerar
a a
um arquivo do tipo dicion´rio, “.words”.
a
3.5 Estat´
ısticas de progresso
Ao final de cada exerc´ ıcio, as principais medidas de desempenho al-
can¸adas pelo praticante s˜o armazenados em arquivos tipo texto, para po-
c a
derem ser mostradas como gr´ficos de progresso (ou retrocesso :-).
a
Estes arquivos nunca s˜o sobrescritos pelo programa, todos os dados s˜o
a a
acumulados em seu final. Aqui tamb´m, o subdiret´rio usado ´ o do usu´rio.
e o e a
Se vocˆ n˜o se contenta com os gr´ficos que o programa disponibiliza, pode
e a a
usar uma planilha eletrˆnica, por exemplo, para visualiz´-los melhor. O
o a
formato num´rico ´ sempre o C (inglˆs), para evitar surpresas ao se grav´-los
e e e a
com diferentes configura¸˜es de idioma.
co
A forma geral para o nome destes arquivos ´ “stat *.txt”, onde o asterisco
e
pode ser:
• basic: curso b´sico;
a
• adapt: exerc´
ıcios de adaptabilidade;
• velo: exerc´
ıcios de velocidade;
23. CAP´
ITULO 3. ARQUIVOS USADOS E SEUS FORMATOS 22
• fluid: exerc´
ıcios de fluidez.
Para os exerc´ ıcios de fluidez, existe ainda outro arquivo, que ´ sobrescrito
e
a cada exerc´ completado. Trata-se de um arquivo texto que registra os
ıcio
tempos entre toques corretos, os quais foram usados para se calcular a ultima
´
pontua¸˜o de fluidez. Este arquivo ´ gravado na pasta do usu´rio, sob o nome
ca e a
“deviation fluid.txt”.
3.6 Textos das instru¸oes do curso
c˜
Todas as instru¸˜es do curso s˜o lidas a partir de arquivos texto, arma-
co a
zenados no subdiret´rio de dados do programa.
o
Sua nomea¸˜o ´ feita a partir deste modelo: LL_CC_Nome.txt, onde LL ´
ca e e
o c´digo da l´
o ıngua, CC ´ o c´digo do pa´ e Nome remete ` fun¸˜o do texto
e o ıs a ca
dentro do programa. A lista a seguir explica as fun¸˜es de cada arquivo
co
desses e onde s˜o usados.
a
• LL_CC_help.txt - pequeno texto que aconselha o usu´rio a usar as
a
dicas dos controles da interface.
• LL_CC_about.txt - informa¸˜es sobre o programa tais como: vers˜o,
co a
autor, etc.
• LL_CC_intro.txt - instru¸˜es gerais de introdu¸˜o a um curso de di-
co ca
gita¸˜o.
ca
• LL_CC_basic_intro.txt - instru¸˜es introdut´rias ao curso b´sico.
co o a
• LL_CC_adapt_intro.txt - a mesma coisa para os exerc´
ıcios de adap-
tabilidade.
• LL_CC_velo_intro.txt - o mesmo para os exerc´
ıcios de velocidade.
• LL_CC_fluid_intro.txt - idem para os exerc´
ıcios de fluidez.
Os unicos arquivos cujos nomes n˜o seguem fielmente este modelo s˜o os
´ a a
originais do inglˆs, j´ que o c´digo inicial usado para eles ´ “C”. Se vocˆ quiser
e a o e e
alterar qualquer um destes textos, basta criar uma c´pia no subdiret´rio do
o o
usu´rio e edit´-lo l´. Pois o programa primeiro busca dentro dessa pasta
a a a
antes de tentar abrir o padr˜o, no subdiret´rio de dados.
a o
24. CAP´
ITULO 3. ARQUIVOS USADOS E SEUS FORMATOS 23
3.7 Li¸oes do curso b´sico
c˜ a
3.7.1 Grupo comum
A maneira pela qual os caracteres de cada li¸˜o do curso b´sico s˜o esco-
ca a a
lhidos est´ especificada pelo arquivo chamado “basic lessons.txt”, armazenado
a
no subdiret´rio de dados. Cada li¸˜o ´ formada por um conjunto de 11 linhas,
o ca e
que devem estar ordenadas assim:
• Cabe¸alho (n˜o importa o conte´do, ´ s´ descritivo).
c a u e o
• Quatro linhas de especifica¸˜o para os caracteres normais.
ca
• Uma linha em branco como separador.
• Quatro linhas de especifica¸˜o para os caracteres combinados com a
ca
tecla de eleva¸˜o <Shift>.
ca
• Outra linha em branco como separador para a pr´xima li¸˜o.
o ca
As linhas de especifica¸˜o s˜o compostas de 0’s e 1’s. E como era de
ca a
se esperar, os 1’s indicam que o caractere correspondente `quela posi¸˜o de
a ca
tecla deve ser inclu´ na li¸˜o. Logicamente, os 0’s indicam o contr´rio. O
ıdo ca a
n´mero de li¸˜es est´ fixado em 43, ou seja, o arquivo deve conter 43 destes
u co a
blocos de 11 linhas. Segue como exemplo a listagem da primeira e da ultima
´
li¸˜o do arquivo original.
ca
Lesson 01
00000000000000
00000000000000
00010010000000
00000000000000
00000000000000
00000000000000
00000000000000
00000000000000
Lesson 43
00000000000000
11100000000000
00000000010000
25. CAP´
ITULO 3. ARQUIVOS USADOS E SEUS FORMATOS 24
11000000111100
00000000000000
11100000000000
00000000010000
11000000111100
Cuidado ao se modificar este arquivo, pois vocˆ pode prejudicar a flexibi-
e
lidade do curso b´sico. N˜o havendo interesse em manter esta caracter´
a a ıstica,
ent˜o basta respeitar estritamente a formata¸˜o do arquivo. Lembre-se: 43
a ca
li¸˜es!
co
3.7.2 Grupo personalizado
Se o usu´rio sentir necessidade de criar novo tipo de li¸˜o para o curso
a ca
b´sico, ´ prefer´ usar o recurso das li¸˜es personalizadas, girando o bot˜o
a e ıvel co a
de sele¸˜o delas para valores entre 44 e 50.
ca
Os arquivos que mantˆm registradas essas defini¸˜es personalizadas s˜o
e co a
gravados na pasta do usu´rio, nomeando-se assim: “basic lesson XX.txt”,
a
onde XX representa o n´mero da li¸˜o. O formato deles ´ uma simples ca-
u ca e
deia de caracteres (em UTF-8), que ser˜o usados para se criar os padr˜es de
a o
exerc´
ıcios, dentro do tutorial.
3.8 Dicas para a utiliza¸˜o dos dedos
ca
As dicas das m˜ozinhas flutuantes s˜o obtidas tamb´m a partir de um
a a e
arquivo texto, similar aos arquivos do tipo “.kbd”. S´ que neste caso, basta
o
especificar um conjunto de quatro linhas, pois os dedos de cada tecla s˜o os
a
mesmos, independente da necessidade de se combinar com a tecla de eleva¸˜o
ca
ou n˜o. O nome do arquivo que guarda este mapeamento entre dedos e teclas
a
´ “fingers position.txt”. Ele encontra-se no subdiret´rio de dados.
e o
Cada algarismo, de 1 a 9, representa um dos dedos das m˜os, sendo que
a
ambos os polegares s˜o representados por um s´ valor. A lista abaixo descreve
a o
esta codifica¸˜o.
ca
1. Mindinho da m˜o esquerda.
a
2. Anular da m˜o esquerda.
a
3. M´dio da m˜o esquerda.
e a
26. CAP´
ITULO 3. ARQUIVOS USADOS E SEUS FORMATOS 25
4. Indicador da m˜o esquerda.
a
5. Polegares, tanto faz de qual m˜o.
a
6. Indicador da m˜o direita.
a
7. M´dio da m˜o direita.
e a
8. Anular da m˜o direita.
a
9. Mindinho da m˜o direita.
a
A formata¸˜o do arquivo define uma rela¸˜o direta entre a posi¸˜o das
ca ca ca
teclas nos arquivos “.kbd” e as posi¸˜es em que os algarismos (dedos) s˜o
co a
colocados. A t´ıtulo de exemplo, aqui est´ a listagem do arquivo original:
a
11234466789999
12344667899990
12344667899900
11234466789900
27. Cap´
ıtulo 4
Estrutura interna do programa
Ao se ler os arquivos em C e seus arquivos de cabe¸alho, deve-se conside-
c
rar que quatro deles foram gerados automaticamente, atrav´s do programa
e
Glade, em sua vers˜o 2.12.1. O arquivo do Glade para definir esta interface
a
´ o “klavaro.glade”, que se encontra na raiz dos diret´rios do c´digo fonte. E
e o o
os arquivos derivados dele s˜o:
a
• “main.c” - sem coment´rios, n´?
a e
• “support.c” / “support.h” - suporte ` manipula¸˜o de arquivos pixmap
a ca
(aqueles terminados em “.xpm”), tradu¸˜o para outros idiomas, etc.
ca
• “interface.c” / “interface.h” - fun¸˜es que criam todos os itens da inter-
co
face.
• “callbacks.c” / “callbacks.h” - conjunto de chamadas feitas a partir de
controles ou eventos gerados pela intera¸˜o do usu´rio.
ca a
Destes, o arquivo que sofre maiores modifica¸˜es ´ o “callbacks.c”, j´ que to-
co e a
das as fun¸˜es l´ devem ser editadas e definidas ap´s sua gera¸˜o autom´tica
co a o ca a
inicial.
A figura seguinte serve como ponto de partida para entender como est´ a
organizado o c´digo do programa. Sugere-se primeiro uma boa familiariza¸˜o
o ca
com a interface, usando bastante o aplicativo e explorando todas as suas
caracter´
ısticas.
Uma ultima observa¸˜o a se fazer ´ que os coment´rios dentro dos arquivos
´ ca e a
de c´digo est˜o escritos em inglˆs, j´ que esta l´
o a e a ıngua ´ a mais comum dentro
e
do meio de programa¸˜o computacional (mas devemos mudar isso: para os
ca
pr´ximos projetos que cuidarmos n˜o mais aplicaremos o inglˆs...).
o a e
26
28. CAP´
ITULO 4. ESTRUTURA INTERNA DO PROGRAMA 27
Figura 4.1: Fluxograma