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NAMORO E SEXO NA TERCEIRA IDADE
Idosos conseguem ter uma vida sexual ativa? Por que existe o estereótipo de que essas
pessoas possam estar possivelmente “velhas” para suas vivências sexuais?

        Quando falamos em idoso, a imagem que vem à cabeça é de um velhinho sentado em
uma cadeira de balanço ou de uma velhinha fazendo tricô. Essa representação está ultrapassada,
entrando assim em choque com a realidade. Claro que há uma característica do envelhecimento,
não quero e não poderia negar esse fato, mas tal característica não se encaixa nesse estereótipo
dito anteriormente. Não muito antigamente, quando tínhamos outra expectativa de vida, a saúde
em tal idade podia ser considerada precária, a questão sexual era bem diferente por conta de
tudo isso também. Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade que exalta a juventude
e a beleza como fontes primárias de prazer e sexualidade. Quem está fora de tais critérios estaria
fora também de qualquer possibilidade de vivência sexual, seria tarado, depravado, pervertido.
Hoje se sabe que tais afirmações são preconceituosas e de uma ignorância absurda. Inventamos
o uso de um medicamento à base de citrato de sidenafil e, ao mesmo tempo, reprovamos o seu
uso. Ainda atrelamos a sexualidade à reprodução. E, principalmente a mulher, que sempre foi
educada para conter seus desejos, nessa idade seria uma ninfomaníaca (uma mulher
insaciável,)se procurasse exercer a sua sexualidade (de forma saudável). Assim, por se
respaldarem numa construção social, muitas pessoas nessa idade acabam se confortando com a
possibilidade de suspender a sexualidade por uma referência socialmente construída. Não
podemos esquecer que pessoas de mais idade cresceram em um ambiente de puritanismo
vitoriano (rigidez, dureza), onde não havia informações, mas a culpa pela excitação sexual aos
montes.
        Pessoas idosas, que estejam com a saúde em dia, são capazes de aproveitar a
sexualidade de maneira plena. Não se perde o interesse sexual com o passar da idade. Ou seja,
ela não “some” quando o indivíduo entra na 3a idade. O que acontece é que a quantidade muda
em detrimento de uma melhor qualidade das relações. Devemos lembrar que sexualidade não se
resume à penetração. É o toque, a carícia... o sexo ganha novos significados. Mas o próprio
idoso, muitas das vezes, é o primeiro a acreditar que a sua sexualidade está com os dias
contados. As mudanças fisiológicas normais podem assustá-lo, fazendo com que ocorra uma
dificuldade de adaptação e esse medo acaba por levar a um distanciamento da prática social
como forma de defesa.

Viúvos ou idosos que sejam separados são vistos com certo tipo de preconceito, tanto pela
família, como pela população quando afirmam que possuem namorados?

Sim. E ainda podemos incluir aqui a família que tem medo (por vezes fundado) de que a pessoa
que está se relacionando com o viúvo ou o idoso é um aproveitador, só pensa no dinheiro ou na
vida que estaria usufruindo ao seu lado. Ainda que estejamos em transformação, a sexualidade é
um assunto que contém seus conservadorismos. Temos dificuldade em acreditar na sexualidade
dos nossos pais ou avós. Assim, o fato de uma pessoa de mais idade querer se relacionar é visto
como libertinagem. Mas é preciso ressaltar que em qualquer fase da vida é possível termos uma
vivência sexual satisfatória e prazerosa.

Se o idoso sofre de alguma doença, como, por exemplo, doença cardíaca, hérnia de disco ou
diabetes, é necessário tomar algum tipo de cuidado?
Sim, claro. Um médico de confiança poderá indicar os melhores cuidados a serem tomados.
Diabetes, por exemplo, é uma doença que pode abrir um quadro de disfunção erétil. É preciso
conversar com o médico e afastar possíveis fantasmas.

A vida sexual pode sofrer reflexos por conta da idade? A menopausa e problemas de
potencialidade masculina também podem interferir?

        Há uma mudança na atividade sexual nessa fase da vida. O corpo dos homens e das
mulheres se transforma. A menopausa modifica não só a pele, como a mucosa genital e as
mamas. A lubrificação vaginal é mais lenta e a vagina pode se tornar mais estreita e curta, ainda
que com tamanho suficiente para a penetração. Além disso, o revestimento vaginal torna-se fino
e facilmente irritável, o que pode acarretar em rachaduras ou mesmo sangramento, levando à
dor, que, por sua vez, pode provocar uma ansiedade antecipatória, aumentando o aparecimento
dessa dor pelo medo do desconforto e consequente não relaxamento.
Com os homens ocorre uma diminuição de espermatozoide e de testosterona e um aumento da
prolactina, hormônio responsável pela redução do desejo sexual. A ereção, por sua vez, torna-se
mais lenta e menos rígida, com menor urgência em ejacular e um maior controle da mesma.

Ocorrem casos de disfunção sexual na terceira idade?

Casos de disfunção sexual acontecem em todas as idades.

Quais dicas básicas você poderia dar para o sexo na terceira idade ser apreciado?

A vivência da sexualidade nessa época da vida é nada mais do que a continuação de um
processo que começou lá na infância. Aprendizagens, alterações anatômicas e fisiológicas,
traumas e experiências vão formando o comportamento sexual.
É preciso perceber que sexualidade e reprodução são eventos separados. E nesse momento da
vida, muitas vezes, as pessoas têm mais tempo para usufruir de uma sexualidade mais prazerosa.
Basta para isso se informar e ver que o caminho não é tão difícil como, às vezes, por anos, o
fizeram acreditar.
A idade não dessexualiza o ser humano. Ainda que existam as mudanças fisiológicas, não há
limite de idade para se conservar uma atividade sexual. Sexualidade é expressão de carinho e
afeto, sentimentos sem idade. Ainda que os desejos se modifiquem, eles não terminam, bastando
para isso que o corpo seja respeitado.
O aparecimento de disfunções sexuais em tal idade ocorre muito mais por questões de saúde do
que pela própria idade. Mas nem mesmo a idade ou a maioria das doenças implicam no fim do
sexo. É claro que a doença suga a energia para se defender de uma ameaça física, diminuindo a
atenção que poderiam ser voltada para as sensações sexuais. É preciso ter em mente que o
desejosexual, motor da sexualidade, está presente em toda a vida, ainda que em menor
intensidade ou frequência.

Sexo e amor fazem bem em qualquer idade É certo que com o passar do tempo o corpo sofre
mudanças, mas não o suficiente para calar os desejos e guardá-los em uma gaveta. Entregar-
se ao prazer traz um colorido a mais na vida.

        O namoro na terceira idade para algumas pessoas pode parecer absurdo, mas para outras
pode significar o começo de uma nova vida. A busca pela felicidade, carinho, amor, sexo,
atenção e companhia, fazem com que algumas pessoas vão em busca de um novo amor. O
namoro na terceira idade proporciona bem estar gerais, as dores somem, o estado físico,
psicológico e emocional melhora muito. O namoro, para os idosos revela-se como um tempo de
cuidado, lazer e dedicação. Ao encontrarem pessoas com quem se entende, não apenas por
atração física demonstram sua afetividade por meio de cuidado. Visto assim, cuidar do
companheiro e manter uma atitude zelosa faz parte do relacionamento afetivo; A afetividade
manifesta-se por pequenos gestos. A sexualidade, nesta fase, é vivida mais pela ternura e amor
do que pelas relações sexuais. Apesar do envelhecimento fisiológico, pode-se manter jovem
psicologicamente, expandindo vínculos, participando de grupos de convivência e mostrando-se
receptivo a novos relacionamentos, uma vez que amar faz parte da vida do ser humano.Os
médicos devem ter conhecimento de todo o processo de envelhecimento de suas relações com o
meio, atuando em todos os setores, inclusive trabalhar sobre as doenças sexualmente
transmissíveis. Devido ao uso de remédios contra a impotência sexual, existe um aumento na
atividade sexual e principalmente troca de parceiros e como não há riscos de gravidez, não usam
preservativos e acabam contraindo doenças, dentre elas a AIDS. É alarmante o aumento dos
casos de AIDS na terceira idade.Também há evidências de que doenças como: artrite, diabetes,
cardíacas, incontinência, acidente vascular cerebral e depressão não impedem, mas afetam o
desejo sexual na terceira idade. Sexo é uma atividade física, emocional e mental. Então a
atividade sexual não mata, mas nesta fase da vida esforços físicos em exagero, sim.
                                  A família pode apoiar ou não o namoro, mas não sendo
responsável por manter “o idoso” economicamente, este tem o livre arbítrio para passear, para
se comunicar, propiciando novos e duradouros relacionamentos amorosos. Devemos nos
desvencilhar de certos conceitos de que quando se chega na terceira idade a vida acaba, e o que
resta é sentar e esperar as horas passarem a espera da morte. Não existem normas, nem regras
para o amor. Não importa a idade, todos buscam amar e ser amado. “É próprio do ser humano

viver em busca da felicidade”.                                  Reflexões...
Concluí que as pessoas buscam através do namoro na terceira idade, o amor, sexo, carinho,
fidelidade, lealdade, companheirismo uma oportunidade para um relacionamento duradouro que
lhes proporcione estabilidade emocional dando fim a solidão. O amor na terceira idade é um
amor mais maduro, mais sólido, que podem ser vivenciados com os pés no chão. A solidão em
muitos casos adoece o físico e o espírito do adulto nesta etapa. Preconceitos ainda existem hoje
no mundo, não somente em relação ao namoro na terceira idade, mas em relação aos velhos,
negros, índios, pobres e homossexuais. Este é vivenciado, podendo ser trabalhado e superado
pela humanidade. O idoso deve ser respeitado em todos os âmbitos, pois este contribuiu na
construção política, social, econômica e cultural da sociedade através dos tempos.

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Sexo 3a Idade

  • 1. NAMORO E SEXO NA TERCEIRA IDADE Idosos conseguem ter uma vida sexual ativa? Por que existe o estereótipo de que essas pessoas possam estar possivelmente “velhas” para suas vivências sexuais? Quando falamos em idoso, a imagem que vem à cabeça é de um velhinho sentado em uma cadeira de balanço ou de uma velhinha fazendo tricô. Essa representação está ultrapassada, entrando assim em choque com a realidade. Claro que há uma característica do envelhecimento, não quero e não poderia negar esse fato, mas tal característica não se encaixa nesse estereótipo dito anteriormente. Não muito antigamente, quando tínhamos outra expectativa de vida, a saúde em tal idade podia ser considerada precária, a questão sexual era bem diferente por conta de tudo isso também. Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade que exalta a juventude e a beleza como fontes primárias de prazer e sexualidade. Quem está fora de tais critérios estaria fora também de qualquer possibilidade de vivência sexual, seria tarado, depravado, pervertido. Hoje se sabe que tais afirmações são preconceituosas e de uma ignorância absurda. Inventamos o uso de um medicamento à base de citrato de sidenafil e, ao mesmo tempo, reprovamos o seu uso. Ainda atrelamos a sexualidade à reprodução. E, principalmente a mulher, que sempre foi educada para conter seus desejos, nessa idade seria uma ninfomaníaca (uma mulher insaciável,)se procurasse exercer a sua sexualidade (de forma saudável). Assim, por se respaldarem numa construção social, muitas pessoas nessa idade acabam se confortando com a possibilidade de suspender a sexualidade por uma referência socialmente construída. Não podemos esquecer que pessoas de mais idade cresceram em um ambiente de puritanismo vitoriano (rigidez, dureza), onde não havia informações, mas a culpa pela excitação sexual aos montes. Pessoas idosas, que estejam com a saúde em dia, são capazes de aproveitar a sexualidade de maneira plena. Não se perde o interesse sexual com o passar da idade. Ou seja, ela não “some” quando o indivíduo entra na 3a idade. O que acontece é que a quantidade muda em detrimento de uma melhor qualidade das relações. Devemos lembrar que sexualidade não se resume à penetração. É o toque, a carícia... o sexo ganha novos significados. Mas o próprio idoso, muitas das vezes, é o primeiro a acreditar que a sua sexualidade está com os dias contados. As mudanças fisiológicas normais podem assustá-lo, fazendo com que ocorra uma dificuldade de adaptação e esse medo acaba por levar a um distanciamento da prática social como forma de defesa. Viúvos ou idosos que sejam separados são vistos com certo tipo de preconceito, tanto pela família, como pela população quando afirmam que possuem namorados? Sim. E ainda podemos incluir aqui a família que tem medo (por vezes fundado) de que a pessoa que está se relacionando com o viúvo ou o idoso é um aproveitador, só pensa no dinheiro ou na vida que estaria usufruindo ao seu lado. Ainda que estejamos em transformação, a sexualidade é um assunto que contém seus conservadorismos. Temos dificuldade em acreditar na sexualidade dos nossos pais ou avós. Assim, o fato de uma pessoa de mais idade querer se relacionar é visto como libertinagem. Mas é preciso ressaltar que em qualquer fase da vida é possível termos uma vivência sexual satisfatória e prazerosa. Se o idoso sofre de alguma doença, como, por exemplo, doença cardíaca, hérnia de disco ou diabetes, é necessário tomar algum tipo de cuidado?
  • 2. Sim, claro. Um médico de confiança poderá indicar os melhores cuidados a serem tomados. Diabetes, por exemplo, é uma doença que pode abrir um quadro de disfunção erétil. É preciso conversar com o médico e afastar possíveis fantasmas. A vida sexual pode sofrer reflexos por conta da idade? A menopausa e problemas de potencialidade masculina também podem interferir? Há uma mudança na atividade sexual nessa fase da vida. O corpo dos homens e das mulheres se transforma. A menopausa modifica não só a pele, como a mucosa genital e as mamas. A lubrificação vaginal é mais lenta e a vagina pode se tornar mais estreita e curta, ainda que com tamanho suficiente para a penetração. Além disso, o revestimento vaginal torna-se fino e facilmente irritável, o que pode acarretar em rachaduras ou mesmo sangramento, levando à dor, que, por sua vez, pode provocar uma ansiedade antecipatória, aumentando o aparecimento dessa dor pelo medo do desconforto e consequente não relaxamento. Com os homens ocorre uma diminuição de espermatozoide e de testosterona e um aumento da prolactina, hormônio responsável pela redução do desejo sexual. A ereção, por sua vez, torna-se mais lenta e menos rígida, com menor urgência em ejacular e um maior controle da mesma. Ocorrem casos de disfunção sexual na terceira idade? Casos de disfunção sexual acontecem em todas as idades. Quais dicas básicas você poderia dar para o sexo na terceira idade ser apreciado? A vivência da sexualidade nessa época da vida é nada mais do que a continuação de um processo que começou lá na infância. Aprendizagens, alterações anatômicas e fisiológicas, traumas e experiências vão formando o comportamento sexual. É preciso perceber que sexualidade e reprodução são eventos separados. E nesse momento da vida, muitas vezes, as pessoas têm mais tempo para usufruir de uma sexualidade mais prazerosa. Basta para isso se informar e ver que o caminho não é tão difícil como, às vezes, por anos, o fizeram acreditar. A idade não dessexualiza o ser humano. Ainda que existam as mudanças fisiológicas, não há limite de idade para se conservar uma atividade sexual. Sexualidade é expressão de carinho e afeto, sentimentos sem idade. Ainda que os desejos se modifiquem, eles não terminam, bastando para isso que o corpo seja respeitado. O aparecimento de disfunções sexuais em tal idade ocorre muito mais por questões de saúde do que pela própria idade. Mas nem mesmo a idade ou a maioria das doenças implicam no fim do sexo. É claro que a doença suga a energia para se defender de uma ameaça física, diminuindo a atenção que poderiam ser voltada para as sensações sexuais. É preciso ter em mente que o desejosexual, motor da sexualidade, está presente em toda a vida, ainda que em menor intensidade ou frequência. Sexo e amor fazem bem em qualquer idade É certo que com o passar do tempo o corpo sofre mudanças, mas não o suficiente para calar os desejos e guardá-los em uma gaveta. Entregar- se ao prazer traz um colorido a mais na vida. O namoro na terceira idade para algumas pessoas pode parecer absurdo, mas para outras pode significar o começo de uma nova vida. A busca pela felicidade, carinho, amor, sexo,
  • 3. atenção e companhia, fazem com que algumas pessoas vão em busca de um novo amor. O namoro na terceira idade proporciona bem estar gerais, as dores somem, o estado físico, psicológico e emocional melhora muito. O namoro, para os idosos revela-se como um tempo de cuidado, lazer e dedicação. Ao encontrarem pessoas com quem se entende, não apenas por atração física demonstram sua afetividade por meio de cuidado. Visto assim, cuidar do companheiro e manter uma atitude zelosa faz parte do relacionamento afetivo; A afetividade manifesta-se por pequenos gestos. A sexualidade, nesta fase, é vivida mais pela ternura e amor do que pelas relações sexuais. Apesar do envelhecimento fisiológico, pode-se manter jovem psicologicamente, expandindo vínculos, participando de grupos de convivência e mostrando-se receptivo a novos relacionamentos, uma vez que amar faz parte da vida do ser humano.Os médicos devem ter conhecimento de todo o processo de envelhecimento de suas relações com o meio, atuando em todos os setores, inclusive trabalhar sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Devido ao uso de remédios contra a impotência sexual, existe um aumento na atividade sexual e principalmente troca de parceiros e como não há riscos de gravidez, não usam preservativos e acabam contraindo doenças, dentre elas a AIDS. É alarmante o aumento dos casos de AIDS na terceira idade.Também há evidências de que doenças como: artrite, diabetes, cardíacas, incontinência, acidente vascular cerebral e depressão não impedem, mas afetam o desejo sexual na terceira idade. Sexo é uma atividade física, emocional e mental. Então a atividade sexual não mata, mas nesta fase da vida esforços físicos em exagero, sim. A família pode apoiar ou não o namoro, mas não sendo responsável por manter “o idoso” economicamente, este tem o livre arbítrio para passear, para se comunicar, propiciando novos e duradouros relacionamentos amorosos. Devemos nos desvencilhar de certos conceitos de que quando se chega na terceira idade a vida acaba, e o que resta é sentar e esperar as horas passarem a espera da morte. Não existem normas, nem regras para o amor. Não importa a idade, todos buscam amar e ser amado. “É próprio do ser humano viver em busca da felicidade”. Reflexões... Concluí que as pessoas buscam através do namoro na terceira idade, o amor, sexo, carinho, fidelidade, lealdade, companheirismo uma oportunidade para um relacionamento duradouro que lhes proporcione estabilidade emocional dando fim a solidão. O amor na terceira idade é um amor mais maduro, mais sólido, que podem ser vivenciados com os pés no chão. A solidão em muitos casos adoece o físico e o espírito do adulto nesta etapa. Preconceitos ainda existem hoje no mundo, não somente em relação ao namoro na terceira idade, mas em relação aos velhos, negros, índios, pobres e homossexuais. Este é vivenciado, podendo ser trabalhado e superado pela humanidade. O idoso deve ser respeitado em todos os âmbitos, pois este contribuiu na construção política, social, econômica e cultural da sociedade através dos tempos.