O estudo do Banco Mundial conclui que o setor da saúde no Brasil gasta mal os recursos, desperdiça e é mal gerido. Apenas 54 dos 7.426 hospitais analisados receberam selo de qualidade. Os pesquisadores afirmam que é necessário melhorar a gestão dos recursos, não apenas aumentá-los, e que o modelo atual tem o hospital como foco em vez da atenção primária.
2. Saúde no Brasil: é problema na gestão Estudo do Banco Mundial: o Setor de Saúde Gasta Mal, Desperdiça e é Mal Gerido! Está nas manchetes de hoje, a frase acima não é praga rogada, na luta pelo sepultamento definitivo da contribuição Provisória, renascida CSS. Trata-se do estudo "Desempenho Hospitalar Brasileiro", divulgado ontem em SP, elaborado por especialistas do Bird/Banco Mundial, a princípio merecedores de credibilidade, não só pela técnica, mas também pela isenção e imparcialidade. Nota Vermelha Numa escala de 0 a 1, chamada 'escore de eficiência', a lastimável média dos 7.426 hospitais foi de 0,34 sendo que apenas 54 hospitais receberam o selo de qualidade. Destes, 43 hospitais estão no Sudeste, 8 no Sul, 3 no Nordeste, 2 no Centro-Oeste e nenhum classificado no Norte. Os autores do estudo, que abrange tanto a rede pública quanto os hospitais privados, os pesquisadores Gerard La Forgia e Bernard Couttolenc, afirmam que não adianta ter apenas mais recursos, sem ter como gastar bem. Outro aspecto importantíssimo é o fato do nosso sistema de saúde ter o hospital como o centro de tudo.
3. História da Saúde pública no Brasil No início, não havia nada. A saúde no Brasil praticamente inexistiu nos tempos de colônia. O modelo exploratório nem pensava nessas coisas. O pajé , com suas ervas e cantos, e os boticários , que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas formas de assistência à saúde. Para se ter uma idéia, em 1789, havia no Rio de Janeiro, apenas quatro médicos. Com a chegada da família real portuguesa em 1808, as necessidades da corte forçaram a criação as duas primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro . E foram essas as únicas medidas governamentais até a República.
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5. Pouco foi feito em relação à saúde depois desse período, apenas com a chegada dos imigrantes europeus, que formaram a primeira massa de operários do Brasil, começou-se a discutir, obviamente com fortes formas de pressão como greves e manifestações, um modelo de assistência médica para a população pobre. Assim, em 1923, surge a lei Elói Chaves , criando as Caixas de Aposentadoria e Pensão . Essas instituições eram mantidas pelas empresas que passaram a ofereceresses serviços aos seus funcionários. A União não participava das caixas. A primeira delas foi a dos ferroviários. Elas tinham entre suas atribuições, além da assistência médica ao funcionário e a família, concessão de preços especiais para os medicamentos, aposentadorias e pensões para os herdeiros. Detalhe, essas caixas só valiam para os funcionários urbanos.
6. Saúde O sistema de saúde brasileiro é composto por um grande sistema público, gerido pelo governo , chamado S.U.S. ( Sistema Único de Saúde ), que serve a maioria da população , e pelo setor privado, gerido por fundos de seguros de saúde privados e empresários . Hospital e Maternidade de Poá em São Paulo . O sistema público de saúde, SUS , foi criado em 1988 pela Constituição brasileira , e tem como 3 princípios básicos a universalidade, integralidade e eqüidade. Universalidade afirma que todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços de cuidados de saúde , sem qualquer forma de discriminação , com relação à cor da pele , renda , classe social , sexo ou qualquer outra variável. Abrangência (integralidade) afirma que a saúde do cidadão é o resultado de múltiplas variáveis, incluindo o emprego , renda , acesso à terra , serviços de saneamento básico , acesso e qualidade dos serviços de saúde, educação , boas condições psíquicas, familiares e sociais, e têm direito ao pleno e completo cuidados com a saúde, incluindo prevenção, tratamento e reabilitação.