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Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos
Metodologia do Ensino do Teatro
Alunos: Vitor Brito, Maria Miriam
Módulo I
Introdução
 O presente trabalho, tem como objetivo destacar as
principais ideias de Peter Slade em sua obra O Jogo
Dramático Infantil (1958), discutindo os conceitos
metodológicos do autor. Mais especificamente a sua
metodologia de ensino do “teatro” (“teatro” porque
jogo dramático ainda não é teatro) inserido na
educação básica da 1ª a 4ª.
O Que Fazer com Crianças do Primário (da 1ª a
4ª Série)
 Nesse período escolar, as crianças continuam
fazendo jogo dramático de forma auxiliada, porém
independente – já que o educador mantêm uma
posição quase que neutra, pois apesar de ditar as
regras do jogo dramático ele não deve dizer como se
deve fazer, mas apenas o que se deve fazer,
levantando apenas toques sutis nos aspectos a serem
aprimorados no jogo dramático infantil, dando certa
liberdade criativa às crianças.
Dos Sete aos Nove Anos
 Nessa faixa de idade há a
necessidade da
distribuição de papéis de
forma mais organizada,
menos solta.
 Deve usar-se histórias
mais longas e complexas
do que no pré-primário.
Entretanto elas servirão
como base para o jogo
dramático, e não serão
seguidas com árdua
rigorosidade de acordo
com a fonte textual.
Polindo Improvisações
 O processo de montagem do jogo dramático infantil,
pegando como base alguma história formulada pelo
grupo -de forma oral-, deve ser feito buscando o melhor
resultado. Entretanto, a criança deve sentir-se livre para
improvisar, cabendo a ela mesma o olhar crítico. Ao
instrutor, cabe apenas a sugestão e a instigação da
reflexão da criança sobre o processo criativo.
 Deve-se evitar frases como “vocês estariam melhor se...”,
pois isso pode fazer com que a criança recue em seu
processo criativo.
 “Eu não lhes digo, nessa idade, que forma devem fazer,
apenas chamo a sua atenção para algum pedacinho de
beleza que lhes possa ter passado despercebido. Elas o
fazem – não eu” (p. 50).
Fluxo de Linguagem
 Próximo aos nove anos, a criança já consegue empregar a
sua linguagem particular para inventar sua própria
história, oralmente.
 As crianças nessa faixa de idade trazem à tona uma
linguagem oriunda de seu meio social extraescolar.
 Dentro do processo educativo do jogo dramático, o
jargão linguístico deve ser incentivado, entretanto dentro
das ocasiões apropriadas. Logo deve-se também
encorajar alguns hábitos de clareza. Nesse aspecto a
linguagem peculiar das crianças, se amplificada para
além do contexto familiar, não desraiga a criança e abre
espaço para um tipo novo de linguagem – formal. E esse
é um dos objetivos do jogo dramático na educação.
Representando
 “Quando as crianças inventam seus próprios jogos
dramáticos, permita a representação de muitos
personagens e temas que você não aprova. Desta forma,
aliviam-se problemas pessoais e familiares e os efeitos de
assistir a filmes antissociais e ouvir rádio violento podem
ser „descarregados‟.
 Não devemos esquecer que nesses momentos as crianças
repartem conosco importantes segredos pessoais; trata-
se de uma confissão; elas encontram alívio na nossa
amizade que lhes permite representar, simulando atos
ilegais de uma maneira legalizada. Não devemos fazê-las
se calarem ou repreendê-las.
Blocos Praticáveis
 Não há modificação no espaço a ser utilizado se
compararmos com o pré-primário. O que muda é que
nessa fase as crianças podem usar blocos praticáveis
para sentirem aos poucos como seria estar no palco,
adaptando gradualmente a criança para esse contato.
 Não é recomendado o uso do palco ainda porque seu
uso repentino pode trazer exibicionismo.
Dos Nove aos Onze Anos
 O adulto tem a oportunidade de acrescentar algo mais às criações
das crianças.
 Nós lhes damos oportunidade para caracterizações e situações mais
complexas e a possibilidade de desenvolverem um sentido mais
profundo de enredo e de forma.
 Agora o Jogo Dramático se aproxima mais do teatro.
 Peças escritas ainda não são recomendadas.
 O trabalho em grupo é reforçado, havendo um uso mais
disciplinado do espaço.
 O autor defende que o traje utilizado no jogo dramático não deve ser
um figurino pronto, mas preferivelmente produzido pelo grupo,pois
segundo ele o figurino pronto também indiretamente incentiva o
exibicionismo da criança.
 Não deve haver também, ainda, diferenciação entre plateia e ator.
Conclusão
 O jogo dramático, desta forma é uma boa ferramenta
educacional e artística, talhando a criança em suas
várias habilidades humanas, respeitando sua
individualidade e capacidade intelectual e criativa.

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Metodologia do Jogo Dramático de Peter Slade

  • 1. Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos Metodologia do Ensino do Teatro Alunos: Vitor Brito, Maria Miriam Módulo I
  • 2. Introdução  O presente trabalho, tem como objetivo destacar as principais ideias de Peter Slade em sua obra O Jogo Dramático Infantil (1958), discutindo os conceitos metodológicos do autor. Mais especificamente a sua metodologia de ensino do “teatro” (“teatro” porque jogo dramático ainda não é teatro) inserido na educação básica da 1ª a 4ª.
  • 3. O Que Fazer com Crianças do Primário (da 1ª a 4ª Série)  Nesse período escolar, as crianças continuam fazendo jogo dramático de forma auxiliada, porém independente – já que o educador mantêm uma posição quase que neutra, pois apesar de ditar as regras do jogo dramático ele não deve dizer como se deve fazer, mas apenas o que se deve fazer, levantando apenas toques sutis nos aspectos a serem aprimorados no jogo dramático infantil, dando certa liberdade criativa às crianças.
  • 4. Dos Sete aos Nove Anos  Nessa faixa de idade há a necessidade da distribuição de papéis de forma mais organizada, menos solta.  Deve usar-se histórias mais longas e complexas do que no pré-primário. Entretanto elas servirão como base para o jogo dramático, e não serão seguidas com árdua rigorosidade de acordo com a fonte textual.
  • 5. Polindo Improvisações  O processo de montagem do jogo dramático infantil, pegando como base alguma história formulada pelo grupo -de forma oral-, deve ser feito buscando o melhor resultado. Entretanto, a criança deve sentir-se livre para improvisar, cabendo a ela mesma o olhar crítico. Ao instrutor, cabe apenas a sugestão e a instigação da reflexão da criança sobre o processo criativo.  Deve-se evitar frases como “vocês estariam melhor se...”, pois isso pode fazer com que a criança recue em seu processo criativo.  “Eu não lhes digo, nessa idade, que forma devem fazer, apenas chamo a sua atenção para algum pedacinho de beleza que lhes possa ter passado despercebido. Elas o fazem – não eu” (p. 50).
  • 6. Fluxo de Linguagem  Próximo aos nove anos, a criança já consegue empregar a sua linguagem particular para inventar sua própria história, oralmente.  As crianças nessa faixa de idade trazem à tona uma linguagem oriunda de seu meio social extraescolar.  Dentro do processo educativo do jogo dramático, o jargão linguístico deve ser incentivado, entretanto dentro das ocasiões apropriadas. Logo deve-se também encorajar alguns hábitos de clareza. Nesse aspecto a linguagem peculiar das crianças, se amplificada para além do contexto familiar, não desraiga a criança e abre espaço para um tipo novo de linguagem – formal. E esse é um dos objetivos do jogo dramático na educação.
  • 7. Representando  “Quando as crianças inventam seus próprios jogos dramáticos, permita a representação de muitos personagens e temas que você não aprova. Desta forma, aliviam-se problemas pessoais e familiares e os efeitos de assistir a filmes antissociais e ouvir rádio violento podem ser „descarregados‟.  Não devemos esquecer que nesses momentos as crianças repartem conosco importantes segredos pessoais; trata- se de uma confissão; elas encontram alívio na nossa amizade que lhes permite representar, simulando atos ilegais de uma maneira legalizada. Não devemos fazê-las se calarem ou repreendê-las.
  • 8. Blocos Praticáveis  Não há modificação no espaço a ser utilizado se compararmos com o pré-primário. O que muda é que nessa fase as crianças podem usar blocos praticáveis para sentirem aos poucos como seria estar no palco, adaptando gradualmente a criança para esse contato.  Não é recomendado o uso do palco ainda porque seu uso repentino pode trazer exibicionismo.
  • 9. Dos Nove aos Onze Anos  O adulto tem a oportunidade de acrescentar algo mais às criações das crianças.  Nós lhes damos oportunidade para caracterizações e situações mais complexas e a possibilidade de desenvolverem um sentido mais profundo de enredo e de forma.  Agora o Jogo Dramático se aproxima mais do teatro.  Peças escritas ainda não são recomendadas.  O trabalho em grupo é reforçado, havendo um uso mais disciplinado do espaço.  O autor defende que o traje utilizado no jogo dramático não deve ser um figurino pronto, mas preferivelmente produzido pelo grupo,pois segundo ele o figurino pronto também indiretamente incentiva o exibicionismo da criança.  Não deve haver também, ainda, diferenciação entre plateia e ator.
  • 10. Conclusão  O jogo dramático, desta forma é uma boa ferramenta educacional e artística, talhando a criança em suas várias habilidades humanas, respeitando sua individualidade e capacidade intelectual e criativa.