SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Roncari
UM SÉCULO CATÓLICO
 Roncari fala preferencialmente em literatura
do século XVII, e não em Barroco
 Conhecer a vida social e cultural para
compreender a literatura do período
 Obra literária possui independência, mas seus
detalhes remetem ao contexto
 Contexto também ajuda a compreender o
que a obra expressa além de sua intenção.
 Leitura ingênua: compreensão imanente do
sentido do texto
 Leitura genérica: compreensão apenas
contextual do sentido do texto
 Na leitura genérica, texto vira exemplo de
fatos exteriores a ele
 Compreender produção e recepção no Brasil
do século XVII
A ÉPOCA
 Século XVI foi Renascentista
 Século XVII será inteiramente cristão,
principalmente em Portugal e Espanha
 Visão da Península Ibérica é católica,
influenciada pelo Concílio de Trento
 Igreja Católica muita ligada às Monarquias
 Combate ao Protestantismo e difusão de
doutrina oficial católica
 Empenho doutrinador com a expansão
marítima
 Doutrinação dificultada porque realizada por
missionários em terras distantes
 Colonos ou eram degredados ou queriam
enriquecimento rápido
 Suspensão da moral católica como
compensação pelos sacrifícios enfrentados
 Ao mesmo tempo, fixação na terra por meio
de família e prole (mazombos)
 Vida dupla dos colonos
 Subordinação de índios e negros estimula
afrouxamento da moral católica
 Diferenças de costumes também afrouxa
 Ao mesmo tempo, empenho de viver vida
familiar e social nos moldes portugueses
 Um tipo de relação com escravos e agregados
e outro com os iguais
VIDA LITERÁRIA
 Literatura era exercício das formas clássicas e
tradicionais
 Circunscrita ao mundo dos brancos
 Marcada pelas tensões na Europa, guerras
dentro do cristianismo
 Política da Igreja: literatura para expressão
dos valores religiosos
 Livros passavam pelo crivo da Santa Sé
UMA VIDA SOCIAL ACANHADA
 Obra literária depende da vida social:
escritores e leitores
 Reconhecimento do valor literário associa-se
a acomodação social e prestígio
 Brasil do Século XVII tinha vida social
acanhada e incipiente
 Nesse contexto, a vida literária também era
restrita e pouco rica
 Século XVII: força econômica nos engenhos e
grandes propriedades rurais
 Família brasileira é patriarcal
 O pai é o centro, com mando doméstico e
domínio social sobre trabalhadores
 Domínio sobre escravos e homens livres
 Domínio representa proteção social numa
sociedade de parco policiamento
 Pai determinava casamentos dos filhos sem
consultar-lhes
 Determinava profissão dos filhos
 Determinava, dentro da propriedade, onde
filhos iriam morar
 Igreja incentivava a piedade filial
 Direito de vida e morte sobre os escravos
 Estrutura de relações pouco propícia à
literatura
 Escolas apenas para meninos, com leitura e
escrita
 Latim apenas para os que seguiriam vocação
religiosa
 Ensinavam-se às meninas costura e serviços
de casa
 Mulheres raramente sabiam ler; maioria dos
livros era religiosa
 Cidades litorâneas tinham vida social mais
intensa
 Trocas comerciais, presença de comerciantes,
funcionários e autoridades da Coroa
 Grandes proprietários rurais negociavam com
outros trabalhadores
 Mestiços com ofícios, serviçais e escravos
domésticos
 Salvador era a principal dessas cidades
 Principalmente em Salvador se
desenvolveram as práticas literárias
 Práticas literárias eram mormente orais
 Faziam parte do cotidiano poesia, trovas,
glosas
 Romances em verso, encômios, versos
maledicentes, cartas, sermões
 Maioria do que era escrito servia para ser lido,
e não publicado
 Havia mestres de improviso e desafios
 Formas poéticas eram regidas por
convenções e manuais
 Bons poetas eram os que bem executavam as
normas
 Poucos registros e publicações nos
Seiscentos
 Destaque apenas para Gregório e Vieira

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Slides barroco
Slides barrocoSlides barroco
Slides barroco
 
Os Lusíadas - Canto VII
Os Lusíadas -  Canto VIIOs Lusíadas -  Canto VII
Os Lusíadas - Canto VII
 
Barroco
Barroco Barroco
Barroco
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geração
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Machado de Assis
Machado de AssisMachado de Assis
Machado de Assis
 
Características do Romantismo
Características do RomantismoCaracterísticas do Romantismo
Características do Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Panorama das literaturas Africanas de Língua Portuguesa
Panorama das literaturas Africanas de Língua PortuguesaPanorama das literaturas Africanas de Língua Portuguesa
Panorama das literaturas Africanas de Língua Portuguesa
 
O mar na literatura port.
O mar na literatura port.O mar na literatura port.
O mar na literatura port.
 
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiroTrabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
Trabalho sobre o poema trigésimo nono de alberto caeiro
 
Os Lusíadas - Canto III
Os Lusíadas - Canto IIIOs Lusíadas - Canto III
Os Lusíadas - Canto III
 
Ana%CC%81lise_cantigas.pdf
Ana%CC%81lise_cantigas.pdfAna%CC%81lise_cantigas.pdf
Ana%CC%81lise_cantigas.pdf
 
História da literatura perspectiva universal
História da literatura perspectiva universalHistória da literatura perspectiva universal
História da literatura perspectiva universal
 
Humanismo
HumanismoHumanismo
Humanismo
 
A poesia palaciana
A poesia palacianaA poesia palaciana
A poesia palaciana
 
Dedicatória
DedicatóriaDedicatória
Dedicatória
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Manuel Bandeira
Manuel BandeiraManuel Bandeira
Manuel Bandeira
 
Os maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intrigaOs maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intriga
 

Semelhante a LiteraturaCatólicaSXVII

A Sociedade Medieval - Literatura portuguesa
A Sociedade Medieval - Literatura portuguesaA Sociedade Medieval - Literatura portuguesa
A Sociedade Medieval - Literatura portuguesaTatiana Azenha
 
Religião e cultura no brasil colonial
Religião e cultura no brasil colonialReligião e cultura no brasil colonial
Religião e cultura no brasil colonialJoão Marcelo
 
Texto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadores
Texto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadoresTexto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadores
Texto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadoresUrano Andrade
 
Sermão da sexagésima (slides)
Sermão da sexagésima (slides)Sermão da sexagésima (slides)
Sermão da sexagésima (slides)Ana Paula
 
Cap 12 organização politico administrativa do brasilll
Cap 12 organização politico administrativa do brasilllCap 12 organização politico administrativa do brasilll
Cap 12 organização politico administrativa do brasilllFernanda Lopes
 
A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...
A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...
A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...UNEB
 
Frei Francisco de São Luís
Frei Francisco de São LuísFrei Francisco de São Luís
Frei Francisco de São Luísqueirosiana
 
Os indios no_brasil_relacoes_sociais_pas
Os indios no_brasil_relacoes_sociais_pasOs indios no_brasil_relacoes_sociais_pas
Os indios no_brasil_relacoes_sociais_pasCicero Moura
 
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasilUma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasilPaulo Dias Nogueira
 
Invasão Holandesa
Invasão HolandesaInvasão Holandesa
Invasão HolandesaPré Master
 
Os escravos na lisboa joanina delminda rijo
Os escravos na lisboa joanina   delminda rijoOs escravos na lisboa joanina   delminda rijo
Os escravos na lisboa joanina delminda rijoJanuário Esteves
 
Pav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E DiplomataPav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E DiplomataSandra Alves
 

Semelhante a LiteraturaCatólicaSXVII (20)

A Sociedade Medieval - Literatura portuguesa
A Sociedade Medieval - Literatura portuguesaA Sociedade Medieval - Literatura portuguesa
A Sociedade Medieval - Literatura portuguesa
 
jose bonifacio
 jose bonifacio jose bonifacio
jose bonifacio
 
Historia vol 3
Historia vol 3Historia vol 3
Historia vol 3
 
Religião e cultura no brasil colonial
Religião e cultura no brasil colonialReligião e cultura no brasil colonial
Religião e cultura no brasil colonial
 
Texto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadores
Texto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadoresTexto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadores
Texto sérgio augusto martins mascarenhas novospesquisadores
 
Sermão da sexagésima (slides)
Sermão da sexagésima (slides)Sermão da sexagésima (slides)
Sermão da sexagésima (slides)
 
Cap 12 organização politico administrativa do brasilll
Cap 12 organização politico administrativa do brasilllCap 12 organização politico administrativa do brasilll
Cap 12 organização politico administrativa do brasilll
 
A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...
A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...
A lavagem de são roque em riachão do jacuípe um espaço de integração entre a ...
 
Frei Francisco de São Luís
Frei Francisco de São LuísFrei Francisco de São Luís
Frei Francisco de São Luís
 
Os indios no_brasil_relacoes_sociais_pas
Os indios no_brasil_relacoes_sociais_pasOs indios no_brasil_relacoes_sociais_pas
Os indios no_brasil_relacoes_sociais_pas
 
Raízes do brasi1
Raízes do brasi1Raízes do brasi1
Raízes do brasi1
 
Barroco
Barroco Barroco
Barroco
 
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasilUma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
Uma breve análise da inserção do protestantismo no brasil
 
Invasão Holandesa
Invasão HolandesaInvasão Holandesa
Invasão Holandesa
 
Os escravos na lisboa joanina delminda rijo
Os escravos na lisboa joanina   delminda rijoOs escravos na lisboa joanina   delminda rijo
Os escravos na lisboa joanina delminda rijo
 
Sociedade Colonial Brasileira
Sociedade Colonial BrasileiraSociedade Colonial Brasileira
Sociedade Colonial Brasileira
 
Pav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E DiplomataPav Pregador E Diplomata
Pav Pregador E Diplomata
 
Candomble carioca
Candomble cariocaCandomble carioca
Candomble carioca
 
O Barroco No Brasil
O Barroco No BrasilO Barroco No Brasil
O Barroco No Brasil
 
Indicações de livros de História da Paraíba
Indicações de livros de História da ParaíbaIndicações de livros de História da Paraíba
Indicações de livros de História da Paraíba
 

Mais de vinivs

Sociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptx
Sociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptxSociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptx
Sociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptxvinivs
 
Sociologia da educacao apresentacao inicial da disciplina
Sociologia da educacao   apresentacao inicial da disciplinaSociologia da educacao   apresentacao inicial da disciplina
Sociologia da educacao apresentacao inicial da disciplinavinivs
 
Apresentação - Manuel Bandeira - Libertinagem
Apresentação - Manuel Bandeira - LibertinagemApresentação - Manuel Bandeira - Libertinagem
Apresentação - Manuel Bandeira - Libertinagemvinivs
 
Modernismo Brasileiro - contexto histórico
Modernismo Brasileiro - contexto históricoModernismo Brasileiro - contexto histórico
Modernismo Brasileiro - contexto históricovinivs
 
Aula de Literatura Ocidental - Emily Bronte
Aula de Literatura Ocidental - Emily BronteAula de Literatura Ocidental - Emily Bronte
Aula de Literatura Ocidental - Emily Brontevinivs
 
Estudos da comunicacao humana
Estudos da comunicacao humanaEstudos da comunicacao humana
Estudos da comunicacao humanavinivs
 
Semântica: dêixis e anáfora
Semântica: dêixis e anáforaSemântica: dêixis e anáfora
Semântica: dêixis e anáforavinivs
 
Semântica: anomalias
Semântica: anomaliasSemântica: anomalias
Semântica: anomaliasvinivs
 
Literatura jesuítica
Literatura jesuíticaLiteratura jesuítica
Literatura jesuíticavinivs
 
Semântica – antonímia e contradição
Semântica – antonímia e contradiçãoSemântica – antonímia e contradição
Semântica – antonímia e contradiçãovinivs
 
Semântica sinonímia e paráfrase
Semântica   sinonímia e paráfraseSemântica   sinonímia e paráfrase
Semântica sinonímia e paráfrasevinivs
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicaçõesvinivs
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicaçõesvinivs
 
Pré modernismo - introdução
Pré modernismo - introduçãoPré modernismo - introdução
Pré modernismo - introduçãovinivs
 
Elementos de História do Brasil Colonial
Elementos de História do Brasil ColonialElementos de História do Brasil Colonial
Elementos de História do Brasil Colonialvinivs
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semânticavinivs
 
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geralLiteraturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geralvinivs
 
Literatura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programaçãoLiteratura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programaçãovinivs
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismovinivs
 
Tropicalismo
TropicalismoTropicalismo
Tropicalismovinivs
 

Mais de vinivs (20)

Sociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptx
Sociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptxSociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptx
Sociologia da Educacao - apresentacao inicial da disciplina.pptx
 
Sociologia da educacao apresentacao inicial da disciplina
Sociologia da educacao   apresentacao inicial da disciplinaSociologia da educacao   apresentacao inicial da disciplina
Sociologia da educacao apresentacao inicial da disciplina
 
Apresentação - Manuel Bandeira - Libertinagem
Apresentação - Manuel Bandeira - LibertinagemApresentação - Manuel Bandeira - Libertinagem
Apresentação - Manuel Bandeira - Libertinagem
 
Modernismo Brasileiro - contexto histórico
Modernismo Brasileiro - contexto históricoModernismo Brasileiro - contexto histórico
Modernismo Brasileiro - contexto histórico
 
Aula de Literatura Ocidental - Emily Bronte
Aula de Literatura Ocidental - Emily BronteAula de Literatura Ocidental - Emily Bronte
Aula de Literatura Ocidental - Emily Bronte
 
Estudos da comunicacao humana
Estudos da comunicacao humanaEstudos da comunicacao humana
Estudos da comunicacao humana
 
Semântica: dêixis e anáfora
Semântica: dêixis e anáforaSemântica: dêixis e anáfora
Semântica: dêixis e anáfora
 
Semântica: anomalias
Semântica: anomaliasSemântica: anomalias
Semântica: anomalias
 
Literatura jesuítica
Literatura jesuíticaLiteratura jesuítica
Literatura jesuítica
 
Semântica – antonímia e contradição
Semântica – antonímia e contradiçãoSemântica – antonímia e contradição
Semântica – antonímia e contradição
 
Semântica sinonímia e paráfrase
Semântica   sinonímia e paráfraseSemântica   sinonímia e paráfrase
Semântica sinonímia e paráfrase
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicações
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicações
 
Pré modernismo - introdução
Pré modernismo - introduçãoPré modernismo - introdução
Pré modernismo - introdução
 
Elementos de História do Brasil Colonial
Elementos de História do Brasil ColonialElementos de História do Brasil Colonial
Elementos de História do Brasil Colonial
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geralLiteraturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geral
 
Literatura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programaçãoLiteratura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programação
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Tropicalismo
TropicalismoTropicalismo
Tropicalismo
 

Último

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 

Último (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 

LiteraturaCatólicaSXVII

  • 2. UM SÉCULO CATÓLICO  Roncari fala preferencialmente em literatura do século XVII, e não em Barroco  Conhecer a vida social e cultural para compreender a literatura do período  Obra literária possui independência, mas seus detalhes remetem ao contexto  Contexto também ajuda a compreender o que a obra expressa além de sua intenção.
  • 3.  Leitura ingênua: compreensão imanente do sentido do texto  Leitura genérica: compreensão apenas contextual do sentido do texto  Na leitura genérica, texto vira exemplo de fatos exteriores a ele  Compreender produção e recepção no Brasil do século XVII
  • 4. A ÉPOCA  Século XVI foi Renascentista  Século XVII será inteiramente cristão, principalmente em Portugal e Espanha  Visão da Península Ibérica é católica, influenciada pelo Concílio de Trento  Igreja Católica muita ligada às Monarquias
  • 5.  Combate ao Protestantismo e difusão de doutrina oficial católica  Empenho doutrinador com a expansão marítima  Doutrinação dificultada porque realizada por missionários em terras distantes  Colonos ou eram degredados ou queriam enriquecimento rápido
  • 6.  Suspensão da moral católica como compensação pelos sacrifícios enfrentados  Ao mesmo tempo, fixação na terra por meio de família e prole (mazombos)  Vida dupla dos colonos  Subordinação de índios e negros estimula afrouxamento da moral católica
  • 7.  Diferenças de costumes também afrouxa  Ao mesmo tempo, empenho de viver vida familiar e social nos moldes portugueses  Um tipo de relação com escravos e agregados e outro com os iguais
  • 8. VIDA LITERÁRIA  Literatura era exercício das formas clássicas e tradicionais  Circunscrita ao mundo dos brancos  Marcada pelas tensões na Europa, guerras dentro do cristianismo  Política da Igreja: literatura para expressão dos valores religiosos  Livros passavam pelo crivo da Santa Sé
  • 9. UMA VIDA SOCIAL ACANHADA  Obra literária depende da vida social: escritores e leitores  Reconhecimento do valor literário associa-se a acomodação social e prestígio  Brasil do Século XVII tinha vida social acanhada e incipiente  Nesse contexto, a vida literária também era restrita e pouco rica
  • 10.  Século XVII: força econômica nos engenhos e grandes propriedades rurais  Família brasileira é patriarcal  O pai é o centro, com mando doméstico e domínio social sobre trabalhadores  Domínio sobre escravos e homens livres  Domínio representa proteção social numa sociedade de parco policiamento
  • 11.  Pai determinava casamentos dos filhos sem consultar-lhes  Determinava profissão dos filhos  Determinava, dentro da propriedade, onde filhos iriam morar  Igreja incentivava a piedade filial  Direito de vida e morte sobre os escravos
  • 12.  Estrutura de relações pouco propícia à literatura  Escolas apenas para meninos, com leitura e escrita  Latim apenas para os que seguiriam vocação religiosa  Ensinavam-se às meninas costura e serviços de casa  Mulheres raramente sabiam ler; maioria dos livros era religiosa
  • 13.  Cidades litorâneas tinham vida social mais intensa  Trocas comerciais, presença de comerciantes, funcionários e autoridades da Coroa  Grandes proprietários rurais negociavam com outros trabalhadores  Mestiços com ofícios, serviçais e escravos domésticos  Salvador era a principal dessas cidades
  • 14.  Principalmente em Salvador se desenvolveram as práticas literárias  Práticas literárias eram mormente orais  Faziam parte do cotidiano poesia, trovas, glosas  Romances em verso, encômios, versos maledicentes, cartas, sermões  Maioria do que era escrito servia para ser lido, e não publicado
  • 15.  Havia mestres de improviso e desafios  Formas poéticas eram regidas por convenções e manuais  Bons poetas eram os que bem executavam as normas  Poucos registros e publicações nos Seiscentos  Destaque apenas para Gregório e Vieira