O documento discute diferentes tipos de correspondência e aspectos linguísticos relacionados à redação de cartas. Apresenta os tipos de correspondência oficial, comercial e pessoal, destacando que a pessoal não segue modelos rígidos. Também aborda a adequação da linguagem às situações comunicativas e a necessidade de coerência no tratamento do destinatário.
2. Comunicação
Com os avanços das tecnologias da
comunicação, a transmissão de mensagens
entre indivíduos e empresas tornou-se cada
vez mais rápida e eficiente.
Entretanto, o surgimento de recursos como o
correio eletrônico (e-mail) e as redes sociais
não eliminou a necessidade das formas
tradicionais de correspondência, como a
carta, o bilhete e o requerimento.
3. Correspondência oficial e
comercial
A correspondência oficial é enviada pelos
poderes públicos.
A correspondência comercial é enviada por
empresas privadas.
Geralmente, esses tipos de correspondência
são redigidos a partir de modelos prontos,
com linguagem padronizada e respeitando a
norma culta padrão.
4. Carta pessoal
A correspondência pessoal é utilizada para
estabelecimento de contatos com amigos,
parentes, namorados, para fazer solicitações
particulares, para externar opiniões em
órgãos da imprensa.
Esse tipo de correspondência não segue, em
geral, modelos prontos, embora apresente
algumas características próprias do gênero.
5. Adequação da linguagem
Embora não se possa falar de linguagem “correta”
para as manifestações da comunicação humana,
deve-se admitir a existência de alguns padrões
mínimos de adequação para a composição de
textos com essa finalidade.
Uma carta deve ter uma linguagem adequada ao
assunto tratado (mais ou menos formal), à situação
em que a mensagem está sendo produzida, à
relação entre emissor e destinatário.
6. Modelos de cartas
Embora a correspondência oficial e
comercial possua modelos de redação
padronizados, não é recomendável redigir
por modelos prontos a correspondência
pessoal.
As cartas pessoas possuem caráter
extremamente particular, expressam
geralmente sentimentos e emoções do
emissor, e por isso não se considera
adequado redigi-las a partir da cópia de um
modelo já pronto.
7. Modelos de cartas
Alguns sítios da internet possuem modelos
padronizados para cartas pessoais:
http://www.mensagenscomamor.com/cartas_de_a
http://carta-amor-mms.blogspot.com.br/
8. Expressões surradas
São expressões que se tornaram
desgastadas em função de seu uso
excessivo.
Exemplos:
“Nos píncaros da glória”; “silêncio sepulcral”,
“nos primóridos da humanidade”, “escrevo-
lhe estas mal traçadas linha”, “espero que
esta vá encontrá-lo gozando de saúde”.
9. Coerência no tratamento
Na carta formal, devemos manter o tratamento com
que nos referimos ao destinatário até o fim. Se nos
referimos ao destinatário como tu, devemos utilizar
pronomes e formas verbais relacionados ao tu,
como te, ti, contigo, tua, dize, não digas etc.
Se nos referimos ao destinatário como você,
devemos utilizar os pronomes e formas verbais
relacionados à terceira pessoa: se, si, consigo, o,
a, lhe, sua, diga, não diga etc.
10. FONTE
TERRA, Ernani. Português de olho no
mundo do trabalho: volume único. São
Paulo: Scipione, 2004.