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Reconhecimento de Placas de Ve´ıculos
Arthur Ribeiro1
, Jo˜ao Batista Matos1
, Vin´ıcius Coelho1
1
Instituto de Inform´atica – Universidade Federal de Goi´as (UFG)
Goiˆania – GO – Brasil
arthurfranklin@hotmail.com, {joaobatistamatos, viniciuscoelho}@inf.ufg.br
Abstract. Over the years, the so-
ciety needed resources that would
aid in traffic. With this work, we
try to create a system that opti-
mizes the traffic control that is so
necessary in today’s urban cen-
ters.
Resumo. Com o passar dos anos,
a sociedade necessitou de recur-
sos que auxiliassem no trˆansito.
Com esse trabalho, tentamos
criar um sistema que otimize esse
controle de tr´afego que ´e t˜ao
necess´ario nos centros urbanos de
hoje.
1. Introduc¸˜ao
Com o constante crescimento da frota
mundial de ve´ıculos e o aumento da in-
tensidade dessa frota nos centros urbanos,
tornou-se cada vez mais necess´ario o cont-
role do trˆansito dos autom´oveis, afim de se
manter a ordem e at´e mesmo a seguranc¸a
de determinados locais caso algum impre-
visto acontec¸a. O reconhecimento de placas
hoje ´e ´util para v´arias ´areas distintas, como
a de controle e monitoramento de tr´afego,
localizac¸˜ao de carros roubados, aplicac¸˜ao
de multas aos condutores infratores, con-
trolar o acesso a estacionamentos, coletar
estat´ısticas de fluxo de entrada e sa´ıda de
certos locais ou mesmo gerar subs´ıdios para
a ´area de turismo. Mesmo nas grandes
metr´opoles brasileiras, a identificac¸˜ao do
ve´ıculo, a partir das fotografias dos fiscal-
izadores eletrˆonicos, ainda ´e feita manual-
mente e n˜ao em tempo real. E otimizar esse
processo j´a ´e uma necessidade para o Brasil
e muitos outros pa´ıses, ´e um problema que
vem recebendo crescente atenc¸˜ao na comu-
nidade de Reconhecimento de Padr˜oes dev-
ido a sua praticidade e visibilidade de resul-
tados diretos, logo a criac¸˜ao de um sistema
de reconhecimento autom´atico de placas se
tornaria um aliado a mais da sociedade no
trˆansito.
2. Reconhecimento e Localizac¸˜ao da
“Placa”
As placas dos autom´oveis possuem padr˜oes
impostos a todos os ve´ıculos circulantes.
Por conta dessa padronizac¸˜ao o sistema
deve procurar reconhecer a placa em uma
imagem atrav´es de an´alises como a forma
da placa, a concentrac¸˜ao ou os agrupa-
mentos de cores, a textura, as sequˆencias
de caracteres pr´e-determinadas ou ainda
as assinaturas e as variac¸˜oes em escala
cinza em determinado ponto da imagem.
Al´em da procura por padr˜oes, os algorit-
mos de segmentac¸˜ao aplicados `as imagens
devem ser capazes de contornar problemas
de visualizac¸˜ao das placas, como neblina
na imagem ou deteriorac¸˜ao da placa pelo
tempo. Claro na medida do poss´ıvel, tal
qual como os seres humanos s´o identifi-
cam algo at´e um certo limite. A “Figure 1”
mostra a padronizac¸˜ao vigente para as pla-
cas de autom´oveis brasileiros.
Figure 1. Padr˜ao de placas nos autom´oveis brasileiros
Visto que as placas possuem car-
acter´ısticas geom´etricas exclusivas, como
forma e proporc¸˜oes de comprimento e al-
tura, o uso de t´ecnicas de segmentac¸˜ao fo-
cadas em operadores geom´etricos mostra-
se bastante interessante. Assim, a busca
pela placa do autom´ovel em uma im-
agem resume-se na procura por uma figura
geom´etrica retangular a qual respeite as car-
acter´ısticas de uma placa de autom´ovel.
Afim de resolver problemas de perspec-
tiva a bibliografia especializada cita especi-
ficamente trˆes abordagens as quais atingem
tais objetivos. S˜ao elas: a translac¸˜ao, a
rotac¸˜ao e o “scaling” da imagem, que nada
mais s˜ao do que formas de promover o
reposicionamento da placa na imagem, pelo
reposicionamento e interpolac¸˜ao de pix-
els,garantindo as proporc¸˜oes afim de vali-
dar o encontro ou n˜ao da placa. A t´ecnica
de aproximac¸˜ao Douglas-Peucker (DP), ca-
paz de selecionar cada um dos objetos pre-
sentes na imagem. Utilizando de v´ertices,
um pol´ıgono ´e criado contornando o objeto
real a ser considerado. No caso a placa
do carro o pol´ıgono gerado deve ser anal-
isado e tem de respeitar as seguintes carac-
ter´ısticas:
• O pol´ıgono deve possuir quatro
v´ertices;
• A ´area do pol´ıgono deve ser com-
pat´ıvel com a de uma placa de au-
tom´ovel,a chamada proporc¸˜ao.
• O pol´ıgono deve ser convexo, ou
seja, n˜ao deve possuir reentrˆancias;
• O ˆangulo entre duas arestas consec-
utivas deve ser de 90 graus.
O pol´ıgono que respeitar as
condic¸˜oes impostas acima possui grande
chance de ser um retˆangulo e, consequente-
mente, a placa de um ve´ıculo. Todos
os pol´ıgonos encontrados com tais carac-
ter´ısticas s˜ao marcados na imagem para que
seja realizada posteriormente uma an´alise
mais minuciosa de cada um deles.
3. Segmentac¸˜ao de Caracteres
A segmentac¸˜ao da imagem ´e um processo
que possui o objetivo de separar em im-
agens distintas cada letra ou n´umero de
uma placa permitindo a identificac¸˜ao dessa
placa. Para isso um algoritmo de recon-
hecimento de vizinhanc¸a foi feito, identif-
icando o caractere atrav´es dos pixels pretos
e brancos obtidos ap´os a binarizac¸˜ao. O al-
goritmo analisa a partir de um pixel de co-
ordenadas (x,y) toda a sua vizinhanc¸a, ou
seja analisa tamb´em os 8 pixels ao seu en-
torno. Desta forma o algoritmo vai verifi-
cando cada um dos pixels. Ap´os o threshold
os pixels pretos adquirem valor 0 e os bran-
cos 1, com isso o algoritmo de contagem faz
uma varredura a procura de um pixel preto.
Ap´os isso seu valor ´e trocado para 2 e seus
vizinhos se forem pretos trocam de valores
de 3 em diante afim de marcar o espac¸o com
pixel de valor zero. Ap´os esse passo o al-
goritmo pula de 2 para o 3 e faz tudo de
novo analisando seus pixels de vizinhanc¸a
trocando mais valores al´em dos 9 poss´ıveis
anteriormente e isso ´e feito at´e acabarem
os pixels negros da imagem e se recomec¸a
uma varredura para encontrar o pr´oximo
pixel de valor zero, com isso as letras e
n´umeros v˜ao se formando como imagem e
de formas separadas. Para otimizar o pro-
cesso de segmentac¸˜ao um ´unico algoritmo
que faz a contagem e a segmentac¸˜ao das
imagens ser´a utilizado, e ele funciona da
seguinte forma, o algoritmo original de con-
tagem quando for terminada a identificac¸˜ao
de um objeto para ser contabilizado, ele ar-
mazena em alguma matriz o valor que foi
atribu´ıdo ao ´ultimo pixel desse objeto. Com
essa criac¸˜ao de matrizes h´a a separac¸˜ao de
objetos em imagens distintas, j´a que cada
matriz ´e gerada ao fim de cada contagem e
armazenada de forma individual. Com isso
as imagens poder˜ao ser reconhecidas com
mais uma etapa de processamento, a de re-
conhecimento de caracteres. Cada imagem
nova criada de cada caractere separado vai
ser submetida a ´ultima etapa do processa-
mento, sendo composta apenas pelo objeto
e pelo fundo que depois ser´a transformado
em dados, a imagem virar´a por exemplo o
dado: X, derivado da placa XAB-0000.
4. Filtragem de Caracteres
Separadas imagens menores contendo as
letras e n´umeros, passamos ent˜ao para a
parte de reconhecimento dos caracteres nes-
sas figuras. Inicialmente haviamos pen-
sado em selecionar os quatro pixels mais
externos em cada imagem e tentar rela-
cionar as distancias entres esses pixels e as
caracteristicas de cada letra e/ou n´umero.
Ao percebermos que isso n˜ao seria t˜ao efi-
ciente, pensamos em usar um outro algo-
ritmo. Esse novo algoritmo agora iria per-
correr a imagem comparando os pixels da
imagem a ser reconhecida com os pixels de
imagens em um banco de dados de imagens,
para cada pixel compativel incrementava-
se um contador. No fim, dividiamos esse
contador pelo total de pixels e analizava-
mos o percentual de compatibilidade en-
tre essa imagem e a imagem do banco de
dados, ent˜ao selecionavamos o caracater
com maior compatibilidade. Um problema
com esse algoritmo era o tamanho difer-
ente das imagens a serem comparadas. Para
resolver esse problema percorriamos ape-
nas a imagem a ser reconhecida pixel a
pixel, os pixels do banco de dados eram
percorridos a cada “largura da imagem do
banco de dados/largura da imagem a ser re-
conhecida” e “altura da imagem do banco
de dados/altura da imagem a ser recon-
hecida”. Esse ultimo algoritmo demonstrou
certo sucesso, por´em mostrou-se ineficiente
por reconhecer tamb´em algumas imagens
que n˜ao eram caracteres, apenas lixo cap-
tado pelo algoritmo. Enfim ficou claro
que precisavamos reconhecer n˜ao somente
o que era igual nas imagens, mas tambem
o que diferia. O intuit do novo algorimto
passou a ser, reconhecer a imagem anal-
isando as semelhanc¸as e diferenc¸as em cada
borda da imagem.O novo algoritmo que
gera quatro vetores, dois com o tamanho
da largura da imagem a ser reconhecida e
dois com o tamanho da altura da mesma.
Em os dois vetores com o tamanho da al-
tura s˜ao preenchidos um com a distˆancia
do primeiro pixel preto da borda esquerda
da imagem e outro com a distˆancia do ul-
timo pixel preto da borda direita, para cada
linha da matriz imagem. O dois vetores
com o tamanho da largura s˜ao preenchidos
seguindo a mesma logica, so que por sua
vez com as distancia do primeiro pixel preto
da borda superios e o ultimo pixel preto da
borda inferior respectivamente, para cada
coluna da matriz imagem. Para as ima-
gens do banco de dados, tambem s˜ao ger-
ados os mesmos vetores e com as mesmas
dimenc¸˜oes. Para percorrer as linhas e colu-
nas da imagens do banco de dados usamos
a mesma l´ogica de incrementac¸˜ao usado no
algoritmo anterior. No s˜ao comparados par
a par vetor base, vetor topo, vetor da es-
querda e vetor da direita e novamente con-
tamos o numero de distˆancias compat´ıveis
e dividimos pelo tamanho de cada respec-
tivo vetor. No algor´ıtmo relacionamos os
caracteres as maiores compatibilidades en-
contradas e depois de uma analise sele-
cionamos um caracter como o caracter na
imagem em reconhecimento. A complex-
idade desde ultimo algoritmo se encontra
no fato de que alguns caracteres demon-
stram extrema semelhanc¸a, casos como “B”
e “D”, “R” e “P”, “U” e “V”, “Q” e “O”,
“C” e “G” , “N” e “H”, “E” e “F”, “6” e
“8” , “9” e “8”, “9” e “0”, “0” e “8”, “0” e
“6” entre outros. Para resolver isso procu-
ramos identificar como o character em si,
as imagens com maior compatibilidade pos-
sivel em todas as bordas, e no maior nu-
mero de bordas possivel. Outro problema
´e a semelhanc¸a entre letras e numeros, em
casos como “6” e “G”, “0” e “G”, “0” e
“B”, “8” e “B”, um e “I” e “1” e etc. A
soluc¸˜ao mais simples foi separar a detecc¸˜ao
de letras da detecc¸˜ao de numeros, e comec¸ar
a detecc¸˜ao dos n´umeros apenas depois de
identificados as trˆes letras das placas.
5. Conclus˜ao
Foi possivel perceber durante o desenvolvi-
mento e testes do trabalho que o mais im-
portante no reconhecimento ´e um rico e
variado banco de imagens dos caracteres,
pois quanto maior o banco maior ´e a efi-
ciencia na detecc¸˜ao. Notamos que para
as imagens que tinhamos menos caracteres
no banco de dados o sucesso na dectec¸˜ao
era visivelmente menor. Letras como Y e
M trouxeram dificuldades na detecc¸˜ao por
conta do desgaste que a maioria das pla-
cas do nosso banco possuiam. Um des-
cuido dos motoristas hoje em dia ´e com a
sinalizac¸˜ao de seu carro, facilmente vimos
placas sem cor, placas descascando, pla-
cas entortadas entre outros. A “Figure 2”
mostra o n´umero de placas utilizadas e re-
conhecidas pelo software.
Figure 2. N´umero de placas usadas, parcialmente e totalmente reconhecidas
Uma grande dificuldade encontrada
foi quanto a qualidade das imagens dos
ve´ıculos e determiner o ponto de corte
ideial do Threshold para selecionar os car-
acteres na placa, visto que em uma situac¸˜ao
real o carro estar´a em movimento a im-
agem sera feita de forma r´apida e eficiente
pegando toda a ´area da placa. O sistema
deve ser inteligente, capaz de detectar essa
placa na imagem, de nada adianta recon-
hecer os caracteres se na fotografia tamb´em
houver placas na rua e outros sinais que
possam confundir o sistema. Por fim con-
cluimos que ´e essencial para a sociedade
que o processo de reconhecimento de pla-
cas seja eficiente e r´apido, diminuindo os
erros humanos e acelerando todo o pro-
cesso de fiscalizac¸˜ao do tr´afego e do trˆansito
nas nossas cidades. Al´em disso ´e impor-
tante manter um banco de imagens muito
grande e com uma grande variedade de im-
agens. Outro ponto importante ´e garantir
que ser˜ao tiradas imagens com um deter-
minado padr˜ao e qualidade para garantir a
eficiˆencia de todo o processo. Concluindo
assim percebemos a importˆancia de nosso
trabalho e de nossa pesquisa no assunto.
6. References
-
[1] DAMBROS, A. L., “Sistema de
Reconhecimento de Placas de Ve´ıculos Au-
tomotores”. Centro Universit´ario Feevale,
Novo Hamburgo, 2008.
[2] BRADSKI, G.; KAEHLER.
A., “Learning OpenCV: Computer Vision
with OpenCV Library”. Sebastopol, CA,
O’Reilly Media, Inc., September 2008.
577p.
[3] NU ˜NES, J. R., “Segmentac¸˜ao
Autom´atica e Classificac¸˜ao em V´ıdeos Es-
portivos”. Dissertac¸˜ao (Mestrado) - Pon-
tif´ıcia Universidade Cat´olica do Paran´a,
Curitiba, 2006.
[4] “Principais Interesses de
Pesquisa: Processamento de Imagens e
Vis˜ao Computacional” - Unisinos
[5] MARANA, A. N.; BREGA, J.
R. F., “T´ecnicas e Ferramentas de Proces-
samento de Imagens Digitais e Aplicac¸˜oes
em Realidade Virtual e Misturada”, Bauru,
Canal6 Editora, 2008.
[6] Duda, R. O; Hart, P. E. “Pattern
Classification and Scene Analysis”, John
Wiley Sons, 1973.
[7] Kupac, G. V.; Rodrigues, R.
J.; Thom´e, A. C. G.; “Extrac¸˜ao de carac-
ter´ısticas para Reconhecimento de D´ıgitos
Cursivos”, VIth Brazilian Symposium on
Neural Networks - SBRN2000, Rio de
Janeiro, november 2000.
[8] Rodrigues, R. J.; Kupac, G. V.;
Thom´e, A. C. G.; “Character Feature Ex-
traction Using Polygonal Projection Sweep
(Contour Detection)”, accepted for presen-
tation at IWANN2001. Granade - Spain,
June 2001.
[9] Rodrigues, R. J.; Silva, E.;
Thom´e, A. C. G.; “Feature Extraction Us-
ing Contour Projection”, accepted for pre-
sentation at SCI2001. Orlando - USA, July
2001.

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  • 1. Reconhecimento de Placas de Ve´ıculos Arthur Ribeiro1 , Jo˜ao Batista Matos1 , Vin´ıcius Coelho1 1 Instituto de Inform´atica – Universidade Federal de Goi´as (UFG) Goiˆania – GO – Brasil arthurfranklin@hotmail.com, {joaobatistamatos, viniciuscoelho}@inf.ufg.br Abstract. Over the years, the so- ciety needed resources that would aid in traffic. With this work, we try to create a system that opti- mizes the traffic control that is so necessary in today’s urban cen- ters. Resumo. Com o passar dos anos, a sociedade necessitou de recur- sos que auxiliassem no trˆansito. Com esse trabalho, tentamos criar um sistema que otimize esse controle de tr´afego que ´e t˜ao necess´ario nos centros urbanos de hoje. 1. Introduc¸˜ao Com o constante crescimento da frota mundial de ve´ıculos e o aumento da in- tensidade dessa frota nos centros urbanos, tornou-se cada vez mais necess´ario o cont- role do trˆansito dos autom´oveis, afim de se manter a ordem e at´e mesmo a seguranc¸a de determinados locais caso algum impre- visto acontec¸a. O reconhecimento de placas hoje ´e ´util para v´arias ´areas distintas, como a de controle e monitoramento de tr´afego, localizac¸˜ao de carros roubados, aplicac¸˜ao de multas aos condutores infratores, con- trolar o acesso a estacionamentos, coletar estat´ısticas de fluxo de entrada e sa´ıda de certos locais ou mesmo gerar subs´ıdios para a ´area de turismo. Mesmo nas grandes metr´opoles brasileiras, a identificac¸˜ao do ve´ıculo, a partir das fotografias dos fiscal- izadores eletrˆonicos, ainda ´e feita manual- mente e n˜ao em tempo real. E otimizar esse processo j´a ´e uma necessidade para o Brasil e muitos outros pa´ıses, ´e um problema que vem recebendo crescente atenc¸˜ao na comu- nidade de Reconhecimento de Padr˜oes dev- ido a sua praticidade e visibilidade de resul- tados diretos, logo a criac¸˜ao de um sistema de reconhecimento autom´atico de placas se tornaria um aliado a mais da sociedade no trˆansito. 2. Reconhecimento e Localizac¸˜ao da “Placa” As placas dos autom´oveis possuem padr˜oes impostos a todos os ve´ıculos circulantes. Por conta dessa padronizac¸˜ao o sistema deve procurar reconhecer a placa em uma imagem atrav´es de an´alises como a forma da placa, a concentrac¸˜ao ou os agrupa- mentos de cores, a textura, as sequˆencias de caracteres pr´e-determinadas ou ainda as assinaturas e as variac¸˜oes em escala cinza em determinado ponto da imagem. Al´em da procura por padr˜oes, os algorit- mos de segmentac¸˜ao aplicados `as imagens devem ser capazes de contornar problemas de visualizac¸˜ao das placas, como neblina na imagem ou deteriorac¸˜ao da placa pelo tempo. Claro na medida do poss´ıvel, tal qual como os seres humanos s´o identifi- cam algo at´e um certo limite. A “Figure 1” mostra a padronizac¸˜ao vigente para as pla- cas de autom´oveis brasileiros.
  • 2. Figure 1. Padr˜ao de placas nos autom´oveis brasileiros Visto que as placas possuem car- acter´ısticas geom´etricas exclusivas, como forma e proporc¸˜oes de comprimento e al- tura, o uso de t´ecnicas de segmentac¸˜ao fo- cadas em operadores geom´etricos mostra- se bastante interessante. Assim, a busca pela placa do autom´ovel em uma im- agem resume-se na procura por uma figura geom´etrica retangular a qual respeite as car- acter´ısticas de uma placa de autom´ovel. Afim de resolver problemas de perspec- tiva a bibliografia especializada cita especi- ficamente trˆes abordagens as quais atingem tais objetivos. S˜ao elas: a translac¸˜ao, a rotac¸˜ao e o “scaling” da imagem, que nada mais s˜ao do que formas de promover o reposicionamento da placa na imagem, pelo reposicionamento e interpolac¸˜ao de pix- els,garantindo as proporc¸˜oes afim de vali- dar o encontro ou n˜ao da placa. A t´ecnica de aproximac¸˜ao Douglas-Peucker (DP), ca- paz de selecionar cada um dos objetos pre- sentes na imagem. Utilizando de v´ertices, um pol´ıgono ´e criado contornando o objeto real a ser considerado. No caso a placa do carro o pol´ıgono gerado deve ser anal- isado e tem de respeitar as seguintes carac- ter´ısticas: • O pol´ıgono deve possuir quatro v´ertices; • A ´area do pol´ıgono deve ser com- pat´ıvel com a de uma placa de au- tom´ovel,a chamada proporc¸˜ao. • O pol´ıgono deve ser convexo, ou seja, n˜ao deve possuir reentrˆancias; • O ˆangulo entre duas arestas consec- utivas deve ser de 90 graus. O pol´ıgono que respeitar as condic¸˜oes impostas acima possui grande chance de ser um retˆangulo e, consequente- mente, a placa de um ve´ıculo. Todos os pol´ıgonos encontrados com tais carac- ter´ısticas s˜ao marcados na imagem para que seja realizada posteriormente uma an´alise mais minuciosa de cada um deles. 3. Segmentac¸˜ao de Caracteres A segmentac¸˜ao da imagem ´e um processo que possui o objetivo de separar em im- agens distintas cada letra ou n´umero de uma placa permitindo a identificac¸˜ao dessa placa. Para isso um algoritmo de recon- hecimento de vizinhanc¸a foi feito, identif- icando o caractere atrav´es dos pixels pretos e brancos obtidos ap´os a binarizac¸˜ao. O al- goritmo analisa a partir de um pixel de co- ordenadas (x,y) toda a sua vizinhanc¸a, ou seja analisa tamb´em os 8 pixels ao seu en- torno. Desta forma o algoritmo vai verifi- cando cada um dos pixels. Ap´os o threshold os pixels pretos adquirem valor 0 e os bran- cos 1, com isso o algoritmo de contagem faz uma varredura a procura de um pixel preto. Ap´os isso seu valor ´e trocado para 2 e seus
  • 3. vizinhos se forem pretos trocam de valores de 3 em diante afim de marcar o espac¸o com pixel de valor zero. Ap´os esse passo o al- goritmo pula de 2 para o 3 e faz tudo de novo analisando seus pixels de vizinhanc¸a trocando mais valores al´em dos 9 poss´ıveis anteriormente e isso ´e feito at´e acabarem os pixels negros da imagem e se recomec¸a uma varredura para encontrar o pr´oximo pixel de valor zero, com isso as letras e n´umeros v˜ao se formando como imagem e de formas separadas. Para otimizar o pro- cesso de segmentac¸˜ao um ´unico algoritmo que faz a contagem e a segmentac¸˜ao das imagens ser´a utilizado, e ele funciona da seguinte forma, o algoritmo original de con- tagem quando for terminada a identificac¸˜ao de um objeto para ser contabilizado, ele ar- mazena em alguma matriz o valor que foi atribu´ıdo ao ´ultimo pixel desse objeto. Com essa criac¸˜ao de matrizes h´a a separac¸˜ao de objetos em imagens distintas, j´a que cada matriz ´e gerada ao fim de cada contagem e armazenada de forma individual. Com isso as imagens poder˜ao ser reconhecidas com mais uma etapa de processamento, a de re- conhecimento de caracteres. Cada imagem nova criada de cada caractere separado vai ser submetida a ´ultima etapa do processa- mento, sendo composta apenas pelo objeto e pelo fundo que depois ser´a transformado em dados, a imagem virar´a por exemplo o dado: X, derivado da placa XAB-0000. 4. Filtragem de Caracteres Separadas imagens menores contendo as letras e n´umeros, passamos ent˜ao para a parte de reconhecimento dos caracteres nes- sas figuras. Inicialmente haviamos pen- sado em selecionar os quatro pixels mais externos em cada imagem e tentar rela- cionar as distancias entres esses pixels e as caracteristicas de cada letra e/ou n´umero. Ao percebermos que isso n˜ao seria t˜ao efi- ciente, pensamos em usar um outro algo- ritmo. Esse novo algoritmo agora iria per- correr a imagem comparando os pixels da imagem a ser reconhecida com os pixels de imagens em um banco de dados de imagens, para cada pixel compativel incrementava- se um contador. No fim, dividiamos esse contador pelo total de pixels e analizava- mos o percentual de compatibilidade en- tre essa imagem e a imagem do banco de dados, ent˜ao selecionavamos o caracater com maior compatibilidade. Um problema com esse algoritmo era o tamanho difer- ente das imagens a serem comparadas. Para resolver esse problema percorriamos ape- nas a imagem a ser reconhecida pixel a pixel, os pixels do banco de dados eram percorridos a cada “largura da imagem do banco de dados/largura da imagem a ser re- conhecida” e “altura da imagem do banco de dados/altura da imagem a ser recon- hecida”. Esse ultimo algoritmo demonstrou certo sucesso, por´em mostrou-se ineficiente por reconhecer tamb´em algumas imagens que n˜ao eram caracteres, apenas lixo cap- tado pelo algoritmo. Enfim ficou claro que precisavamos reconhecer n˜ao somente o que era igual nas imagens, mas tambem o que diferia. O intuit do novo algorimto passou a ser, reconhecer a imagem anal- isando as semelhanc¸as e diferenc¸as em cada borda da imagem.O novo algoritmo que gera quatro vetores, dois com o tamanho da largura da imagem a ser reconhecida e dois com o tamanho da altura da mesma. Em os dois vetores com o tamanho da al- tura s˜ao preenchidos um com a distˆancia do primeiro pixel preto da borda esquerda da imagem e outro com a distˆancia do ul- timo pixel preto da borda direita, para cada linha da matriz imagem. O dois vetores com o tamanho da largura s˜ao preenchidos seguindo a mesma logica, so que por sua vez com as distancia do primeiro pixel preto da borda superios e o ultimo pixel preto da borda inferior respectivamente, para cada coluna da matriz imagem. Para as ima- gens do banco de dados, tambem s˜ao ger- ados os mesmos vetores e com as mesmas
  • 4. dimenc¸˜oes. Para percorrer as linhas e colu- nas da imagens do banco de dados usamos a mesma l´ogica de incrementac¸˜ao usado no algoritmo anterior. No s˜ao comparados par a par vetor base, vetor topo, vetor da es- querda e vetor da direita e novamente con- tamos o numero de distˆancias compat´ıveis e dividimos pelo tamanho de cada respec- tivo vetor. No algor´ıtmo relacionamos os caracteres as maiores compatibilidades en- contradas e depois de uma analise sele- cionamos um caracter como o caracter na imagem em reconhecimento. A complex- idade desde ultimo algoritmo se encontra no fato de que alguns caracteres demon- stram extrema semelhanc¸a, casos como “B” e “D”, “R” e “P”, “U” e “V”, “Q” e “O”, “C” e “G” , “N” e “H”, “E” e “F”, “6” e “8” , “9” e “8”, “9” e “0”, “0” e “8”, “0” e “6” entre outros. Para resolver isso procu- ramos identificar como o character em si, as imagens com maior compatibilidade pos- sivel em todas as bordas, e no maior nu- mero de bordas possivel. Outro problema ´e a semelhanc¸a entre letras e numeros, em casos como “6” e “G”, “0” e “G”, “0” e “B”, “8” e “B”, um e “I” e “1” e etc. A soluc¸˜ao mais simples foi separar a detecc¸˜ao de letras da detecc¸˜ao de numeros, e comec¸ar a detecc¸˜ao dos n´umeros apenas depois de identificados as trˆes letras das placas. 5. Conclus˜ao Foi possivel perceber durante o desenvolvi- mento e testes do trabalho que o mais im- portante no reconhecimento ´e um rico e variado banco de imagens dos caracteres, pois quanto maior o banco maior ´e a efi- ciencia na detecc¸˜ao. Notamos que para as imagens que tinhamos menos caracteres no banco de dados o sucesso na dectec¸˜ao era visivelmente menor. Letras como Y e M trouxeram dificuldades na detecc¸˜ao por conta do desgaste que a maioria das pla- cas do nosso banco possuiam. Um des- cuido dos motoristas hoje em dia ´e com a sinalizac¸˜ao de seu carro, facilmente vimos placas sem cor, placas descascando, pla- cas entortadas entre outros. A “Figure 2” mostra o n´umero de placas utilizadas e re- conhecidas pelo software. Figure 2. N´umero de placas usadas, parcialmente e totalmente reconhecidas Uma grande dificuldade encontrada foi quanto a qualidade das imagens dos ve´ıculos e determiner o ponto de corte ideial do Threshold para selecionar os car- acteres na placa, visto que em uma situac¸˜ao real o carro estar´a em movimento a im- agem sera feita de forma r´apida e eficiente pegando toda a ´area da placa. O sistema deve ser inteligente, capaz de detectar essa placa na imagem, de nada adianta recon- hecer os caracteres se na fotografia tamb´em houver placas na rua e outros sinais que possam confundir o sistema. Por fim con- cluimos que ´e essencial para a sociedade
  • 5. que o processo de reconhecimento de pla- cas seja eficiente e r´apido, diminuindo os erros humanos e acelerando todo o pro- cesso de fiscalizac¸˜ao do tr´afego e do trˆansito nas nossas cidades. Al´em disso ´e impor- tante manter um banco de imagens muito grande e com uma grande variedade de im- agens. Outro ponto importante ´e garantir que ser˜ao tiradas imagens com um deter- minado padr˜ao e qualidade para garantir a eficiˆencia de todo o processo. Concluindo assim percebemos a importˆancia de nosso trabalho e de nossa pesquisa no assunto. 6. References - [1] DAMBROS, A. L., “Sistema de Reconhecimento de Placas de Ve´ıculos Au- tomotores”. Centro Universit´ario Feevale, Novo Hamburgo, 2008. [2] BRADSKI, G.; KAEHLER. A., “Learning OpenCV: Computer Vision with OpenCV Library”. Sebastopol, CA, O’Reilly Media, Inc., September 2008. 577p. [3] NU ˜NES, J. R., “Segmentac¸˜ao Autom´atica e Classificac¸˜ao em V´ıdeos Es- portivos”. Dissertac¸˜ao (Mestrado) - Pon- tif´ıcia Universidade Cat´olica do Paran´a, Curitiba, 2006. [4] “Principais Interesses de Pesquisa: Processamento de Imagens e Vis˜ao Computacional” - Unisinos [5] MARANA, A. N.; BREGA, J. R. F., “T´ecnicas e Ferramentas de Proces- samento de Imagens Digitais e Aplicac¸˜oes em Realidade Virtual e Misturada”, Bauru, Canal6 Editora, 2008. [6] Duda, R. O; Hart, P. E. “Pattern Classification and Scene Analysis”, John Wiley Sons, 1973. [7] Kupac, G. V.; Rodrigues, R. J.; Thom´e, A. C. G.; “Extrac¸˜ao de carac- ter´ısticas para Reconhecimento de D´ıgitos Cursivos”, VIth Brazilian Symposium on Neural Networks - SBRN2000, Rio de Janeiro, november 2000. [8] Rodrigues, R. J.; Kupac, G. V.; Thom´e, A. C. G.; “Character Feature Ex- traction Using Polygonal Projection Sweep (Contour Detection)”, accepted for presen- tation at IWANN2001. Granade - Spain, June 2001. [9] Rodrigues, R. J.; Silva, E.; Thom´e, A. C. G.; “Feature Extraction Us- ing Contour Projection”, accepted for pre- sentation at SCI2001. Orlando - USA, July 2001.