2. INTRODUÇÃO
Joaquim Maria Machado de Assis é um dos
escritores mais aclamados pela crítica brasileira.
Seus romances realistas que englobam ironia e as
críticas à sociedade burguesa, são de grande valor e
são características marcantes de sua escrita.
Durante a apresentação desse trabalho daremos
ênfase às tradições familiares, cotidianas e privadas
do século XIX no Brasil. Fazendo relações entre o
relato histórico e o ficcional, contextualizando o
período e detalhando através da interpretação as
personalidades descritas durante o enredo.
Faz-se relevante ressaltar que essa obra
machadiana revela a sociedade da época, os
costumes e as vivências que caracterizam o período.
3. BIOGRAFIA DO AUTOR
Joaquim Maria Machado de Assis
Cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, crítico.
Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839 filho de operário
Francisco José de Assis, e Dona Maria Leopoldina Machado de Assis.
Perdeu a mãe muito cedo e foi criado pela madrasta, Maria Inês, que
matriculou-o em um colégio público.
Em 1851 após a morte do pai, Maria Inês (morando em São Cristóvão)
emprega-se como doceira em um colégio do bairro, com isso
“Machadinho” (como era chamado) torna-se vendedor de doces.
Em 12 de novembro de 1869 casa-se com Carolina Augusta Xavier de
Novais. Sua união foi feliz, mas sem filhos
Foi o símbolo do Realismo brasileiro
Morreu em 29 de setembro de 1908 com 69 anos em sua casa no bairro
carioca do Cosme Velho, três anos após a morte de sua amada esposa.
4. SOBRE SEUS TRABALHOS...
Aos 16 anos publica seu primeiro trabalho literário, o poema “Ela”, na revista Marmota
Fluminense (12 de janeiro de 1855).
Aos 17 anos garante seu primeiro emprego como aprendiz de tipógrafo (na imprensa
nacional), e começa a escrever durante seu tempo livre, por conta disso, conhece o então
diretor do órgão, Manoel Antônio de Almeida (autor de Memórias de um sargento de
milícias).
Seu primeiro livro foi impresso em 1861 (Queda que as mulheres tem para os tolos)
Seu primeiro livro poético em 1864 (Crisálidas)
Em 1904 Carolina (mulher de Machado) morre, então, escreve um soneto à sua falecida
esposa (Carolina)
Seu primeiro romance (Ressurreição) foi publicado em 1872;
Começa depois disso a publicar em folhetins no jornal Quintino Bocaiúva (atual O Globo)
o romance “A mão e a luva”, além disso teve outros escritos nas revistas (O cruzeiro, A
Estação e Revista Brasileira)
Publica em 1881 um livro extremamente original, pouco convencional para o estilo da
época (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Outras diversas publicações: Papéis Avulsos em 1882, Histórias sem data(1884), Vária
Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1889), e Relíquias da casa velha (1906).
Com tantos exemplares, torna-se diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que
servia no ano de 1889.
5. CARACTERÍSTICAS MACHADIANAS
Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata,
cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como
a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou
ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias
sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. ... A galeria
de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre
da observação psicológica. ... Sua obra divide-se em duas
fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando
desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e
amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso,
reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento,
além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e
iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos."
6. PERSONAGENS E CARACTERÍSTICAS
Helena: Protagonista Jovem de 16 a 17 anos, não muito magra, um
pouco acima da média. Sendo elegante e de atitudes modestas. Boa
desenhista, muito querida e carismática. Pessoa sensível, romântica e
personalidade forte.
Dr. Estácio: Suposto irmão de Helena, possui aproximadamente 27
anos. Era formado em Matemática, mas possuía tamanha ingenuidade,
Dr. Camargo: Pai de Eugênia e amigo da família. Pouco simpático a
primeira vista, tinha as feições duras e frias. Falava pouco e seco,
egoísta, sem sentimentos, muito materialista. Homem de opiniões
políticas. Pontual nos deveres do bom católico, mas só pontual, sendo
interiormente incrédulo. Estava em decadência do sucesso.
Eugenia: Filha de Dr. Camargo, sendo prometida a se casar com
Estácio. Moça de família, respeitosa. Moça de muito bonita, que
também sabia tocar piano.
7. ...
D. Úrsula: Irma de Conselheiro Vale, uma senhora de
aproximadamente 50 anos, solteira, que viveu sempre como
irmão. Muito severa com os costumes e tradições.
Padre Melchior: Amigo e confessor de Estácio. Era solitário,
sem embargo com relações sociais. Amava o tempo em si e ficar
separado dos homens. Parte do tempo meditava ou lia, ficando
por fora dos problemas do século.
Ângela: Mãe de Helena, mulher pobre na época, que decide
abandonar seu marido para uma vida melhor.
Salvador: Legítimo pai de Helena. Um homem simples
trabalhador, que amava sua filha acima de tudo.
Mendonça: Amigo de Estácio, na qual é prometido a se casar
com Helena.
Conselheiro Vale: Pai adotivo de Helena(o qual deixa a
herança).
Escravo Vicenti: Servidor Incansável de Helena. Seguindo e a
protegendo sempre
8. CONTEXTO HISTÓRICO
Na sociedade colonial, já no século XIX, a
despeito do Pacto Colonial, o movimento que
acontece é o de uma certa indignação perante
as decisões da metrópole que iam contra o
liberalismo e o iluminismo em voga na Europa.
As populações coloniais se apoiavam em
ideologias revolucionárias que se difundiram na
Europa no século XVIII como Rousseau e
Montesquieu, e o impacto da Revolução
Americana e da Revolução Francesa foram
importantes no pensamentos dessa sociedade.
9. RESUMO DA OBRA
Conselheiro Vale, homem rico, tinha um caso com uma imigrante do RS, esta
mulher tinha uma filha da qual ele perfilha. Conselheiro Vale morre.
D. Úrsula, reage com certo preconceito à chegada da garota, mas no decorrer da
narrativa, Helena vai ganhando o amor da tia.
Doutor Camargo, cujo maior objetivo era o casamento de Estácio e Eugênia, acha
aquilo um absurdo, pois queria com o casamento tornar-se rico às custas de
Estácio.
Helena passa a ser uma mulher de fibra na família, uma verdadeira dona de casa,
impressionando não só a família, como também toda a sociedade.
Estácio se aproximava mais e mais de Eugênia agora com uma ajuda de Helena,
por conta disso viaja para o RJ pois a madrinha de Eugênia, está prestes a morrer.
Com a viajem de Estácio, Helena fica prometida a se casar com Mendonça,
sabendo disso, ele volta para Andaraí, pois se acha no direito de ficar indignado com
esta situação.
Neste ponto Mendonça sugere casar-se com Eugênia para também esquecer
Helena.
Perto da chácara da família, possuía um casebre, onde Helena geralmente
costumava freqüentar.
Estácio, resolve segui-la e lá conhece Salvador que conta toda a história para ele.
Helena, em profunda depressão, debilitada fisicamente, toma forte chuva,
adoecendo gravemente e vindo a falecer
Dr. Camargo, vendo que seus planos se concretizariam, dá o terceiro beijo em sua
filha Eugênia
10. CARACTERÍSTICAS DA OBRA
Helena foi uma obra publicada em 1876 em folhetins de O Globo,
teve participação na fase romântica de Machado de Assis,
embora depois de um certo tempo ter reeditado este livro pois
possuía (juntamente com os demais de sua fase romântica) um
“eco de mocidade e fé ingênua”.
Trata-se de um romance que supera a arte estética romântica,
causando expressão do realismo interior, buscando o trágico da
protagonista central da obra. segundo Massaud Moisés, em nota
preliminar na obra, helena é um dos poucos exemplos de
verdade artística e humana negativa, negra, mas nem por isso
menos verdadeira.
A duração do romance é pouco mais de um ano.
O narrador está ausente da história e o espaço é no Rio de
Janeiro, em um sítio na cidade de Andaraí
O autor descreve a obra com muitos detalhes.
É uma obra de transição de Machado de Assis
11. CRÍTICA LITERÁRIA POR ISMAEL ÂNGELO CINTRA
Nem sempre é possível evitar, na avaliação crítica de uma obra, a
consideração do lugar que ela ocupa na sequência produtiva do
autor. Mas, quando se trata de um escritor como Machado de Assis,
essa localização cronológica costuma adquirir uma relevância
exagerada.
[...] O enredo de Helena, lembrando consagrados esquemas
narrativos, focaliza a trajetória de um herói feminino, que vindo de
um outro espaço, permanece por alguns meses no novo ambiente,
onde cumpre um papel, que de certo modo, revive o mito do herói
romântico: um inadaptado que sempre chega de longe e parte sem
destino. A dramatização da conturbada passagem de Helena pela
família Vale é o foco principal da ação romanesca, cujo início se dá
com sua chegada à casa de Andaraí.
[...] Se o pano de fundo social e histórico, localizado no Rio de
Janeiro do século XIX, confere ao livro certo sabor de antiguidade, a
trajetória de Helena, liberta das amarras circunstancias, pode ser
lida como a configuração de uma postura sempre atual: a escolha
entre o conformismo e a insurreição, perante valores tão
convencionais, preconceituosos e opressores.
12. CRÍTICA LITERÁRIA POR MOISÉS NETO
Devemos perguntar então se uma obra respondeu as perguntas de sua época e às de hoje. Vamos a um
exemplo: o romance “Helena”, do louvado Machado de Assis.
Qual seria a sua idéia fundamental? A que deveríamos nos curvar aos preceitos sociais mesmo quando eles
são hipócritas.
Vejamos os personagens: O Padre Melchior é senhor absoluto das leis sociais, a questão com os Maçons
(desde 1872 estava agitando o Império e com simpatia dos governantes. Dom Vital, em Pernambuco foi uma
das vítimas deste jogo), Machado, quase anticlerical, endoça o poder da Igreja mais do que questiona. Ele
obedece/ responde às expectativas de uma sociedade, colocando sua pena a serviço das ideologias
dominantes (Classe média ascendente /aristocracia decadente). Sua guinada rumo ao positivismo auto-crítico
só fez acentuar sua acomodação irônica.
II- A que perguntas Machado responderia hoje? Que é melhor render-se, escondendo-se atrás de um riso de
intelectual da média, como equilibrista em requintado circo? Tentaria nos convencer que devemos aceitar as
minorias? Não, diria o mestre do Cosme Velho: devemos somente retratá-las com malícia.
Helena é a personagem-problema: com dinheiro e insatisfeita pela sua origem (como Machado), preso às
tradições, como num casulo – o Andaraí. (Andar aí...) em conflito com um pai irresponsável e omisso que
Machado chama Salvador (!), com outro pai, o adotivo, e tendo como mãe a personagem secundária Ângela
(anjo? A mãe/prostituta).
Mesmo se impusermos a “Helena” um processo de desideologização, Machado valorizava a ideologia
burguesa, o que sobrará da mimese do autor nesta obra não corresponderá nem a contemplação histórica,
que ele minimiza ou oculta, nem a estética (ele força o leitor a um determinado tipo de padrão de vida /gosto: o
europeu positivista. Suas lacunas (em relação às lembranças dos motivos constitutivos da sociedade) são
enormes neste livro, onde se ressalta uma tendência, de toda ultrapassada (o Romantismo, em 1876). Para
tapar o sol com a peneira (sem posicionamento ideológico) Machado cita vários autores nos seus textos
(Shakespeare, Goethe, Stern) e nesse sentido promove algo interessante que é uma Dialética em formas, um
encadeamento dinâmico. ...
...
13. ...
Machado contava com a predisposição específica do seu público. Um jogo
cheio de regras. Daí mesmo em “Helena” pressentirmos uma “conversa com o
leitor”, buscando conivência, logo nos primeiros capítulos.
Se “Helena” hoje é um livro de mestre, é pelo seu caráter artístico e não pelo
social (no sentido de valorizar o excluído).
Mallarmé fez despertar curiosidades por Gôngora, escritor Barroco, séculos
depois da morte deste, então, pode ser que este romance de 1876 venha a
responder perguntas no futuro.
Não digo que “Helena” devesse romper com padrões morais de sua época, o
que acentuo é que o autor apelou para truques literários que transformaram
uma situação delicada numa comédia de erros: Eugênia que amava Estácio que
amava Helena que não amava Mendonça, cheia de convencionalismos por
demais arcaicos. Por que voltar 26 anos para contar a história de Helena? Para
fugir de 1876? E não deveria a literatura oferecer ao leitor novas soluções para
sua vida? Mas “Helena” não é peça de museu, pode servir de eixo, ou retalho
da colcha moderna, que é a criação de hoje, o hipertexto,
nossos horizontes permitem isso.
Os horizontes de expectativas de 1820, 1850, 1876 respectivamente quando os
personagens, Helena e Estácio (par central do romance) foram gerados, se
encontravam e o livro foi publicado. Apontam “iscas” de Machado, que mascara
e “desmascara”, suas intenções no jogo com o leitor, forjando às vezes atrito
entre a personagem (Helena) e o enredo. “Helena” merece desmascaramento.
14. CRÍTICA LITERÁRIA POR NICÉLIA C. SILVA
Machado de Assis, foi o maior escritor do período e um dos mais importantes,senão o de maior importância,da
literatura brasileira. Em seus livros fazia profundas reflexões sobre o ser humano e sua condição,os mistérios da
alma humana,além de ser refinadamente irônico.
No espaço do Rio de Janeiro colonial, um homem importante e rico mantém um caso amoroso com uma mulher
que havia migrado do Rio Grande do Sul e se separara do marido, devido a dificuldades financeiras. A mulher já
possuía uma filha, que, mais tarde, foi perfilhada pelo amante rico. Esta filha é Helena. Mesmo sabendo de tudo,
ela é recebida no seio da família do amante de sua mãe, já morto, e entra em posse de uma herança considerável.
A convivência termina por gerar uma paixão recíproca entre Helena e seu suposto irmão Estácio. O drama abala
as estruturas da família de Estácio e tudo caminha para um final surpreendente.
A princípio, D. Úrsula reage com certo preconceito à chegada de Helena, mas no decorrer da narrativa ela vai
ganhando o amor de D. Úrsula. Estácio, porém, era um bom filho, e faz a vontade do pai sem indagar nada. Dr.
Camargo acha aquilo um absurdo, pois ele queria casar sua filha, Eugênia, com Estácio para que eles se
tornassem ricos à custa do dinheiro de Estácio, e uma mais na família só iria diminuir a parte da herança de
Estácio.
Helena toma seu lugar na família como uma mulher de fibra, uma verdadeira dona de casa, cuida muito bem de
sua nova família, dirige a casa melhor do que D. Úrsula o fazia, e impressiona não só a família como toda a
sociedade em geral, porque além de ser uma mulher equilibrada como poucas que existiam, era linda, sensível e
rica.
Ao decorrer da narrativa, Helena vai impressionando mais e mais Estácio, e nisso acaba se apaixonando por ela, e
ela por ele. De um lado Estácio, se martirizando por se apaixonar por sua suposta irmã, o que era um pecado, e do
outro Helena, também apaixonada por Estácio, que sabia de toda verdade, mas não podia jogar tudo para o alto e
ficar com ele, afinal havia recebido uma fortuna de herança. Neste ponto então surge Mendonça, que se apaixona
por Eugênia e pede ela em casamento também para tentar esquecer.
A família possuía uma chácara, e perto dessa chácara tinha uma casa simples, pobre, e Helena costuma a visitar
sempre essa chácara, um dia Estácio resolveu segui-la, e lá conheceu Salvador, e foi tirar satisfações sobre as
visitas de Helena, Salvador começou a lhe contar uma grande história, e surpreendeu Estácio ao lhe revelar que
Helena era sua filha, não de Conselheiro Vale, e toda a História da vida de Helena até ali. Nesse mesmo dia
Helena após uma forte chuva fica debilitada, á beira da morte, Estácio, tomado por seu forte amor vai cuidar de
Helena fez o possível para curá-la, mas sua tentativa foi em vão,no sétimo dia a jovem faleceu.
15. CONCLUSÃO
A obra faz profundas reflexões sobre o ser humano e a sua
condição, aprofundando na personalidade das personagens
o caráter ético e os mistérios da alma humana.
Machado de Assis faz um jogo entre as personagens,
relacionando o contexto histórico e seus hábitos. Durante o
enredo é demonstrado às conquistas de Helena, a partir de
sua própria força, focalizando a mesma como herói
feminino e caracterizando como pessoa de caráter e
dignidade.
A história apresenta características machadianas como a
descrição e a riqueza de detalhes, englobando o espaço
que caracteriza a trama e revelando a grandiosidade e o
poder de atrair o leitor. É importante ressaltar recursos
como: o diálogo entre as personagens, a descrição e a
narração, que enriquecem a obra deixando-a mais atrativa.
16. QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. (FAENQUIL / VUNESP) Leia a "Advertência", escrita por Machado de Assis
para apresentar uma das edições de seu romance Helena, e responda à
questão.
Esta nova edição de Helena sai com várias emendas de linguagem e outros,
que não alteram a feição do livro. Ele é o mesmo da data em que o compus e
imprimi, diverso do que o tempo me fez depois, correspondendo assim história
do meu espírito, naquele ano de 1876.
Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me
era particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e
diferente páginas, ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé
ingênua. E claro que, em nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra
pertence ao seu tempo.
Desse texto de Machado de Assis, subentende-se que
(A) um livro deve ser lido apenas na época que foi e escrito.
(B) livros escritos por jovens são romanescos e ingênuos.
(C) cada livro está intimamente ligado ao contexto em que é produzido.
(D) um autor não deve ser responsabilizado pelo que escreveu na juventude.
(E) as idéias expressas em um livro reproduzem a classe social de seu autor.
17. QUESTÕES DE VESTIBULAR
2. (FAENQUIL / VUNESP) Leia a "Advertência", escrita por Machado de Assis para
apresentar uma das edições de seu romance Helena, e responda à questão.
Esta nova edição de Helena sai com várias emendas de linguagem e outros, que não
alteram a feição do livro. Ele é o mesmo da data em que o compus e imprimi, diverso do
que o tempo me fez depois, correspondendo assim história do meu espírito, naquele ano
de 1876.
Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me era
particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e diferente páginas,
ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé ingênua. E claro que, em
nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra pertence ao seu tempo.
Ao criticar Helena, o autor deixa implícita uma crítica a um movimento literário que o
antecede. Esse movimento é o
(A) Barroco é caracterizado pelo uso freqüente de antíteses e sinestesias.
(B) Romantismo, comumente associado a uma emotividade exacerbada.
(C) Arcadismo, marcado por um ideário iluminista e retomada dos clássicos.
(D) Simbolismo, voltado para a representação subjetiva da realidade.
(E) Parnasianismo, geralmente te criticado pelo uso de uma linguagem artificial.
18. QUESTÕES DE VESTIBULAR
3. (FAENQUIL / VUNESP) Leia a "Advertência", escrita por Machado de Assis para
apresentar uma das edições de seu romance Helena, e responda à questão.
Esta nova edição de Helena sai com várias emendas de linguagem e outros, que não
alteram a feição do livro. Ele é o mesmo da data em que o compus e imprimi, diverso do
que o tempo me fez depois, correspondendo assim história do meu espírito, naquele ano
de 1876.
Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me era
particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e diferente páginas,
ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé ingênua. E claro que, em
nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra pertence ao seu tempo.
Com essa apresentação de Helena, Machado de Assis aponta características divergentes
do todo de sua produção literária, a qual se inscreve no Realismo brasileiro, inaugurado
com a publicação de Memórias póstumas de Bras Cubas, em 1881. São elementos
marcantes de seu estilo:
(A) o bom-humor, a objetividade e o uso de uma linguagem popular.
(B) O sarcasmo a ironia e a análise psicológica das personagens.
(C) O pessimismo, o subjetivismo e a exploração exagerada do tema "morte".
(D) a critica da realidade, a metalinguagem e a exaltação do homem brasileiro.
(E) a abjetividade, a espontaneidade da linguagem e a defesa dos interesses nacionais.
19. QUESTÕES DE VESTIBULAR
(UFJF) - Intriga - (...) É costume distinguir diferentes tipos de intriga, conforme o
tema central da obra: intriga policial e intriga de espionagem, se tiverem como
objetivo a resolução de um problema ou de um mistério, intriga de personagem, se
estiver concentrada na história de uma personagem coletiva ou individual, intriga de
ação, se os acontecimentos relatados se organizarem em torno de um denominador
comum que impulsiona a ação, como acontece nas intrigas de família ou de motivos
religiosos, políticos ou sociais, ou ainda intriga fantástica, que pode incluir todas as
formas marginais ou surreais da ficção romanesca, como é o caso da ficção
científica, do romance negro, do romance gótico, etc. (www.edtl.com.pt)
Questão 4: Ao ler Helena, de Machado de Assis, como um romance de intriga
familiar, indique o fato que instaura o conflito do enredo que impulsiona a ação.
LIMITE SUA RESPOSTAAO ESPAÇO OFERECIDO
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20. QUESTÕES DE VESTIBULAR
Porque o Dr. Camargo ficou tão satisfeito
com a morte de Helena?
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