SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 34
FERNANDO  PESSOA
[object Object],[object Object],MODERNISMO PORTUGUÊS
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],FERNANDO PESSOA
Heteronimia: podemos considerá-los outros EUS que habitam o poeta – inclusive, tais “eus” possuem diferentes  biografias, traços físicos, profissões – a mais importante característica: cada heterônimo possui um tipo de abordagem/visão de escrita Antônio José Saraiva: “A sua obra, como já foi dito, é uma literatura inteira, isto é, um conjunto de autores a que ele chamou os seus heterônimos, cada um dos quais tem um estilo e uma atitude que os distingue dos mais.”
Luís Augusto Fischer: “É como se esses  eus  múltiplos e diferentes explodissem dentro do artista, gerando poesias singularmente diversas.” Álvaro de Campos  “ Multipliquei-me, para me sentir Para me sentir, precisei sentir tudo. (...) E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente”
Álvaro de Campos   > Engenheiro, formado em Glasgow > Homem voltado para seu tempo – exaltação da modernidade: máquinas, multidões, velocidade - associação com o Futurismo > Questões existenciais/metafísicas > Angústia  > Melancolia  > Indignação (falsidade, valores)
Ode triunfal À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo.  Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,  Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!  Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!  (...)  Porque o presente é o todo o passado e todo o futuro E há Platão e Virgílio dentro das máquinas  das luzes elétricas Ah,poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último modelo! (...) Eu podia morrer triturado por um motor Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
POEMA EM LINHA RETA Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo  Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas  Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante Que tenho sofrido enxovalhos e calado (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo neste mundo?
Alberto Caeiro  > Considerado o mestre dos outros heterônimos > Foge do conhecimento dos livros, de teorias filosóficas e científicas - antimetafísico > Retrata o campo exaltando a natureza - viver simplesmente > Linguagem coloquial >  O Guardador de Rebanhos  (49 poemas)
I  - Pensar incomoda como andar à chuva Quando o vento cresce e parece que chove mais Não tenho ambições nem desejos Ser poeta não é uma ambição minha É a minha maneira de estar sozinho. (...) E ao lerem os meus versos pensem Que sou qualquer coisa natural
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
VI - Pensar em Deus é desobedecer Deus, Porque Deus quis que o não conhecêssemos, Por isso se nos não mostrou… Sejamos simples e calmos, Como os regatos e as árvores, E Deus amar-nos-á fazendo de nós Belos como as árvores e os regatos, E dar-nos-á verdor na sua primavera, E um rio aonde ir ter quando acabemos
X – “Ola , guardador de rebanhos, Aí à beira da estrada, Que te diz o vento que passa?” “ Que é vento, e que passa, e que já passou antes, e que passará depois. E a ti, o que te diz?” “ Muita coisa mais do que isso. Fala-me de muitas outras cousas. De memórias e de saudades E de cousas que nunca foram.” “ Nunca ouviste passar o vento. O vento só fala do vento. O que lhe ouviste foi mentira E a mentira está em ti.”
XXIX- O mistério das coisas, onde está ele? Onde está ele que não aparece Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? Que sabe o rio disso e que sabe a árvores? E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? Sempre que olho para as coisas no que os homens pensam delas, Rio como um regato que soa fresco numa pedra. Porque o único sentido oculto das coisas É elas não terem sentido oculto nenhum.
Ricardo Reis > Amante das culturas grega e latina. > Criador de odes  > Valoriza a vida campestre > A passagem do tempo  > CARPE DIEM > Morte como destino inevitável > Considerado o heterônimo clássico de Pessoa > Vida equilibrada, sem exageros  > Presença da mitologia pagã
“ Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.  (Enlacemos as mãos.) Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,  Mais longe que os deuses. Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente (...) Amemo-nos tranqüilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro  Ouvindo correr o rio e vendo-o.”
“ Tão cedo passa tudo quanto passa! Morre tão jovem ante os deuses quanto Morre! Tudo é tão pouco! Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe E cala. O mais é nada!”
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
“ Uns, com os olhos postos no passado,  Vêem o que não vêem: outros, fitos  Os mesmos olhos no futuro, vêem  O que não pode ver-se.  Por que tão longe ir pôr o que está perto —  A segurança nossa? Este é o dia,  Esta é a hora, este o momento, isto  É quem somos, e é tudo.  Perene flui a interminável hora  Que nos confessa nulos. No mesmo hausto  Em que vivemos, morreremos. Colhe  o dia, porque és ele.”
Fernando Pessoa > Ortônimo (ou heterônimo) > Mensagem  (publicada em 1934, é a única obra que o poeta viu ser lançada, um ano antes de sua morte) – canta os mitos e heróis passados de Portugal. > A obra  Mensagem  está dividido em três partes: e - 1a. Parte -  Brasão : conta-se a história das glórias portuguesas - 2a. Parte -  Mar   Português : são apresentadas as navegações e conquistas marítimas de Portugal - 3a. Parte -  O Encoberto : o mito sebastianista de retorno de Portugal às épocas de glória é o foco principal
X - Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quere passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e abysmo deu, Mas nelle é que espelhou o céu.
>  Saudade > Solidão > Nostalgia > Melancolia  > Tédio
Quando Ela Passa Quando eu me sento à janela P’los vidros  que a neve embaça Vejo a doce imagem dela Quando passa… passa… passa… Lançou-me a mágoa sem véu: -  Menos um ser neste mundo E mais um anjo no céu. Quando eu me sento à janela, P’los vidros que a neve embaça Julgo ver a imagem dela Que já não passa… não passa…
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Bernardo Soares > Considerado pelo próprio Fernando Pessoa um “semi-heterônimo” - mistura os estilos do ortônimo (ou heterônimo) Fernando Pessoa e do heterônimo Álvaro de Campos
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
(UFRGS/99) Leia a estrofe abaixo, de  Autopsicografia , de Fernando Pessoa. “ O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.” Em relação a esses versos, considere as afirmações abaixo I – Demonstram a separação entre o sujeito poético e sujeito empírico, própria da poesia moderna. II – Expressam a fusão das dores fingidas e das dores sentidas no ato poético. III – Revelam o caráter hipócrita do poeta, cujo texto iguala a poesia à mentira.
(UFRGS/00) Quanto à criação dos heterônimos de Fernando Pessoa, considere as seguintes afirmações. I – Alberto Caeiro, autor de  O guardador de rebanhos , é o poeta integrado à natureza.  II – Os heterônimos, marca da obra pessoana, caracterizam-se por adotarem estilos diferentes. III – Ricardo Reis, autor de odes de modelo clássico, distingue-se pela temática urbana de seus poemas.
(UFRGS/01) Leia o texto abaixo. “ Passa uma borboleta por diante de mim E pela primeira vez no Universo eu reparo Que as borboletas não têm cor nem movimento,  Assim como as flores não têm perfume nem cor. A cor é que tem cor nas asas da borboleta, No movimento da borboleta o movimento é que se move. O perfume é que tem perfume no perfume da flor. A borboleta é apenas borboleta E a flor é apenas flor.”
A leitura do texto nos permite concluir que Fernando Pessoa fala pela voz de  (a) Ricardo Reis, por remeter a temas e formas da poesia clássica. (b) Alberto Caeiro, pelo tratamento simples da natureza com a qual se sente intimamente ligado. (c) Álvaro de Campos, que representa o mundo moderno e a vanguarda futurista. (d) Pessoa, ele mesmo, por expressar traços marcantes da poesia do século XX (e) Bernardo Soares, por adotar uma atitude intimista.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoaSeduc/AM
 
Tabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposTabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposAMLDRP
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Ricardo Amaral
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 6
Apresentação para décimo segundo ano, aula 6Apresentação para décimo segundo ano, aula 6
Apresentação para décimo segundo ano, aula 6luisprista
 
Pessoa ortónimo e heterónimos
Pessoa   ortónimo e heterónimosPessoa   ortónimo e heterónimos
Pessoa ortónimo e heterónimosAntónio Fraga
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de CamposAna Isabel
 
FPessoa Heterónimos
FPessoa HeterónimosFPessoa Heterónimos
FPessoa Heterónimosguest53f8bc
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimoDina Baptista
 
"Estou cansado, é claro," Álvaro de Campos
"Estou cansado, é claro," Álvaro de Campos"Estou cansado, é claro," Álvaro de Campos
"Estou cansado, é claro," Álvaro de CamposIga Almeida
 
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de Campos
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de CamposExp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de Campos
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de CamposRebeca Melo
 
"Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos.
"Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos. "Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos.
"Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos. Catarina Sousa
 
Poemas de álvaro de campos
Poemas de álvaro de camposPoemas de álvaro de campos
Poemas de álvaro de camposEdir Alonso
 

Was ist angesagt? (20)

Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
heteronimos
heteronimosheteronimos
heteronimos
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Tabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposTabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de Campos
 
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
Fernando pessoa ortónimo e heterónimos
 
Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 6
Apresentação para décimo segundo ano, aula 6Apresentação para décimo segundo ano, aula 6
Apresentação para décimo segundo ano, aula 6
 
Pessoa ortónimo e heterónimos
Pessoa   ortónimo e heterónimosPessoa   ortónimo e heterónimos
Pessoa ortónimo e heterónimos
 
Fernando Pessoa e heterónimos
Fernando Pessoa e heterónimosFernando Pessoa e heterónimos
Fernando Pessoa e heterónimos
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de Campos
 
FPessoa Heterónimos
FPessoa HeterónimosFPessoa Heterónimos
FPessoa Heterónimos
 
Álvaro de Campos
Álvaro de CamposÁlvaro de Campos
Álvaro de Campos
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
 
O Modo LíRico
O Modo LíRicoO Modo LíRico
O Modo LíRico
 
resumos
resumosresumos
resumos
 
"Estou cansado, é claro," Álvaro de Campos
"Estou cansado, é claro," Álvaro de Campos"Estou cansado, é claro," Álvaro de Campos
"Estou cansado, é claro," Álvaro de Campos
 
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de Campos
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de CamposExp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de Campos
Exp12 Fernando Pessoa Heterónimo Álvaro de Campos
 
"Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos.
"Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos. "Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos.
"Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos.
 
Poemas de álvaro de campos
Poemas de álvaro de camposPoemas de álvaro de campos
Poemas de álvaro de campos
 
Alberto Caeiro
Alberto CaeiroAlberto Caeiro
Alberto Caeiro
 

Andere mochten auch

Programa da disciplina de Português 12º ano
Programa da disciplina de Português 12º anoPrograma da disciplina de Português 12º ano
Programa da disciplina de Português 12º anoDina Baptista
 
Linhas de análise ela canta pobre ceifeira
Linhas de análise ela canta pobre ceifeiraLinhas de análise ela canta pobre ceifeira
Linhas de análise ela canta pobre ceifeiraAna Isabel Falé
 
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoTópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoAna Isabel Falé
 
Fernado Pessoa -Heteronímia
Fernado Pessoa -HeteronímiaFernado Pessoa -Heteronímia
Fernado Pessoa -HeteronímiaDina Baptista
 
Síntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoaSíntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoalenaeira
 

Andere mochten auch (7)

Mensagem
MensagemMensagem
Mensagem
 
Programa da disciplina de Português 12º ano
Programa da disciplina de Português 12º anoPrograma da disciplina de Português 12º ano
Programa da disciplina de Português 12º ano
 
Linhas de análise ela canta pobre ceifeira
Linhas de análise ela canta pobre ceifeiraLinhas de análise ela canta pobre ceifeira
Linhas de análise ela canta pobre ceifeira
 
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoTópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
 
Fernado Pessoa -Heteronímia
Fernado Pessoa -HeteronímiaFernado Pessoa -Heteronímia
Fernado Pessoa -Heteronímia
 
Síntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoaSíntese fernando pessoa
Síntese fernando pessoa
 
10º testes leya
10º testes leya10º testes leya
10º testes leya
 

Ähnlich wie Fernando Pessoa e os Heterônimos

Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly MendesLiteratura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly MendesNatália Malheiro
 
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly MendesLiteratura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly MendesNatália Malheiro
 
AULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
AULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptxAULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
AULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptxProfessoraAline7
 
MODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptx
MODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptxMODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptx
MODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptxPabloGabrielKdabra
 
Caderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas PortuguêsCaderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas Portuguêsbibliotecacampo
 
Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...São Ludovino
 
20120803 caderno poemas ciclo 3
20120803 caderno poemas ciclo 320120803 caderno poemas ciclo 3
20120803 caderno poemas ciclo 3crepalmela
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anogracatremoco45
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCris Gonçalves
 
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃOSEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃOSérgio Pitaki
 

Ähnlich wie Fernando Pessoa e os Heterônimos (20)

Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptxMODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
 
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly MendesLiteratura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
 
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly MendesLiteratura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
Literatura - Modernismo em Portugal - 3aço - Prof. Kelly Mendes
 
AULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
AULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptxAULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
AULÃO LITERATURA - MODERNISMO BRASILEIRO 1.pptx
 
MODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptx
MODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptxMODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptx
MODERNISMO BRASILEIRO 1 (2).pptx
 
Caderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas PortuguêsCaderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas Português
 
Fernando_Pessoa.pdf
Fernando_Pessoa.pdfFernando_Pessoa.pdf
Fernando_Pessoa.pdf
 
A obra eterniza o poeta (f. pessoa)
A obra eterniza o poeta (f. pessoa)A obra eterniza o poeta (f. pessoa)
A obra eterniza o poeta (f. pessoa)
 
Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
 
20120803 caderno poemas ciclo 3
20120803 caderno poemas ciclo 320120803 caderno poemas ciclo 3
20120803 caderno poemas ciclo 3
 
Caderno poemas português
Caderno poemas portuguêsCaderno poemas português
Caderno poemas português
 
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anosIEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
 
Caderno poemas
Caderno poemasCaderno poemas
Caderno poemas
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃOSEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Poesia 8 1
Poesia 8 1Poesia 8 1
Poesia 8 1
 

Kürzlich hochgeladen

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 

Fernando Pessoa e os Heterônimos

  • 2.
  • 3.
  • 4. Heteronimia: podemos considerá-los outros EUS que habitam o poeta – inclusive, tais “eus” possuem diferentes biografias, traços físicos, profissões – a mais importante característica: cada heterônimo possui um tipo de abordagem/visão de escrita Antônio José Saraiva: “A sua obra, como já foi dito, é uma literatura inteira, isto é, um conjunto de autores a que ele chamou os seus heterônimos, cada um dos quais tem um estilo e uma atitude que os distingue dos mais.”
  • 5. Luís Augusto Fischer: “É como se esses eus múltiplos e diferentes explodissem dentro do artista, gerando poesias singularmente diversas.” Álvaro de Campos “ Multipliquei-me, para me sentir Para me sentir, precisei sentir tudo. (...) E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente”
  • 6. Álvaro de Campos > Engenheiro, formado em Glasgow > Homem voltado para seu tempo – exaltação da modernidade: máquinas, multidões, velocidade - associação com o Futurismo > Questões existenciais/metafísicas > Angústia > Melancolia > Indignação (falsidade, valores)
  • 7. Ode triunfal À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! (...) Porque o presente é o todo o passado e todo o futuro E há Platão e Virgílio dentro das máquinas das luzes elétricas Ah,poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último modelo! (...) Eu podia morrer triturado por um motor Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. POEMA EM LINHA RETA Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante Que tenho sofrido enxovalhos e calado (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo neste mundo?
  • 12. Alberto Caeiro > Considerado o mestre dos outros heterônimos > Foge do conhecimento dos livros, de teorias filosóficas e científicas - antimetafísico > Retrata o campo exaltando a natureza - viver simplesmente > Linguagem coloquial > O Guardador de Rebanhos (49 poemas)
  • 13. I - Pensar incomoda como andar à chuva Quando o vento cresce e parece que chove mais Não tenho ambições nem desejos Ser poeta não é uma ambição minha É a minha maneira de estar sozinho. (...) E ao lerem os meus versos pensem Que sou qualquer coisa natural
  • 14.
  • 15. VI - Pensar em Deus é desobedecer Deus, Porque Deus quis que o não conhecêssemos, Por isso se nos não mostrou… Sejamos simples e calmos, Como os regatos e as árvores, E Deus amar-nos-á fazendo de nós Belos como as árvores e os regatos, E dar-nos-á verdor na sua primavera, E um rio aonde ir ter quando acabemos
  • 16. X – “Ola , guardador de rebanhos, Aí à beira da estrada, Que te diz o vento que passa?” “ Que é vento, e que passa, e que já passou antes, e que passará depois. E a ti, o que te diz?” “ Muita coisa mais do que isso. Fala-me de muitas outras cousas. De memórias e de saudades E de cousas que nunca foram.” “ Nunca ouviste passar o vento. O vento só fala do vento. O que lhe ouviste foi mentira E a mentira está em ti.”
  • 17. XXIX- O mistério das coisas, onde está ele? Onde está ele que não aparece Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? Que sabe o rio disso e que sabe a árvores? E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? Sempre que olho para as coisas no que os homens pensam delas, Rio como um regato que soa fresco numa pedra. Porque o único sentido oculto das coisas É elas não terem sentido oculto nenhum.
  • 18. Ricardo Reis > Amante das culturas grega e latina. > Criador de odes > Valoriza a vida campestre > A passagem do tempo > CARPE DIEM > Morte como destino inevitável > Considerado o heterônimo clássico de Pessoa > Vida equilibrada, sem exageros > Presença da mitologia pagã
  • 19. “ Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos.) Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses. Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente (...) Amemo-nos tranqüilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o.”
  • 20. “ Tão cedo passa tudo quanto passa! Morre tão jovem ante os deuses quanto Morre! Tudo é tão pouco! Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe E cala. O mais é nada!”
  • 21.
  • 22. “ Uns, com os olhos postos no passado, Vêem o que não vêem: outros, fitos Os mesmos olhos no futuro, vêem O que não pode ver-se. Por que tão longe ir pôr o que está perto — A segurança nossa? Este é o dia, Esta é a hora, este o momento, isto É quem somos, e é tudo. Perene flui a interminável hora Que nos confessa nulos. No mesmo hausto Em que vivemos, morreremos. Colhe o dia, porque és ele.”
  • 23. Fernando Pessoa > Ortônimo (ou heterônimo) > Mensagem (publicada em 1934, é a única obra que o poeta viu ser lançada, um ano antes de sua morte) – canta os mitos e heróis passados de Portugal. > A obra Mensagem está dividido em três partes: e - 1a. Parte - Brasão : conta-se a história das glórias portuguesas - 2a. Parte - Mar Português : são apresentadas as navegações e conquistas marítimas de Portugal - 3a. Parte - O Encoberto : o mito sebastianista de retorno de Portugal às épocas de glória é o foco principal
  • 24. X - Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quere passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e abysmo deu, Mas nelle é que espelhou o céu.
  • 25. > Saudade > Solidão > Nostalgia > Melancolia > Tédio
  • 26. Quando Ela Passa Quando eu me sento à janela P’los vidros que a neve embaça Vejo a doce imagem dela Quando passa… passa… passa… Lançou-me a mágoa sem véu: - Menos um ser neste mundo E mais um anjo no céu. Quando eu me sento à janela, P’los vidros que a neve embaça Julgo ver a imagem dela Que já não passa… não passa…
  • 27.
  • 28. Bernardo Soares > Considerado pelo próprio Fernando Pessoa um “semi-heterônimo” - mistura os estilos do ortônimo (ou heterônimo) Fernando Pessoa e do heterônimo Álvaro de Campos
  • 29.
  • 30. (UFRGS/99) Leia a estrofe abaixo, de Autopsicografia , de Fernando Pessoa. “ O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.” Em relação a esses versos, considere as afirmações abaixo I – Demonstram a separação entre o sujeito poético e sujeito empírico, própria da poesia moderna. II – Expressam a fusão das dores fingidas e das dores sentidas no ato poético. III – Revelam o caráter hipócrita do poeta, cujo texto iguala a poesia à mentira.
  • 31. (UFRGS/00) Quanto à criação dos heterônimos de Fernando Pessoa, considere as seguintes afirmações. I – Alberto Caeiro, autor de O guardador de rebanhos , é o poeta integrado à natureza. II – Os heterônimos, marca da obra pessoana, caracterizam-se por adotarem estilos diferentes. III – Ricardo Reis, autor de odes de modelo clássico, distingue-se pela temática urbana de seus poemas.
  • 32. (UFRGS/01) Leia o texto abaixo. “ Passa uma borboleta por diante de mim E pela primeira vez no Universo eu reparo Que as borboletas não têm cor nem movimento, Assim como as flores não têm perfume nem cor. A cor é que tem cor nas asas da borboleta, No movimento da borboleta o movimento é que se move. O perfume é que tem perfume no perfume da flor. A borboleta é apenas borboleta E a flor é apenas flor.”
  • 33. A leitura do texto nos permite concluir que Fernando Pessoa fala pela voz de (a) Ricardo Reis, por remeter a temas e formas da poesia clássica. (b) Alberto Caeiro, pelo tratamento simples da natureza com a qual se sente intimamente ligado. (c) Álvaro de Campos, que representa o mundo moderno e a vanguarda futurista. (d) Pessoa, ele mesmo, por expressar traços marcantes da poesia do século XX (e) Bernardo Soares, por adotar uma atitude intimista.
  • 34.