10. Caminhos de tropas
O interesse econômico de abastecer as regiões de mineração com carne e
transporte, e a necessidade de defender a colônia do Sacramento motivou a criação
de estradas ligando Rio Grande do Sul a São Paulo.
1730: aberto o caminho dos Conventos (ou do Gado).
1766: o tropeiro Antônio Correa Pinto é encarregado de fundar uma povoação no
Sertão de Curitiba, para servir de paragem. Surge a Vila de Nossa Senhora dos
Prazeres das Lagens em 1777, assentada em uma elevação próximo ao rio Caveiras.
Com a fundação de Lages, a Câmara de Laguna determina a abertura de uma
estrada ligando-a ao planalto pelo curso do rio Tubarão (estrada do Rio do Rastro).
Surgem os pousos das tropas e novas pastagens ao longo dos caminhos, com o
desenvolvimento de novas vilas: Curitibanos, São Joaquim, Campos Novos, Mafra.
15. Estrutura fundiária e social nos Açores gerou fome e pobreza.
Interesse da coroa portuguesa em assegurar a posse do Sul brasileiro (uti possidetis).
Aproximadamente 6 mil açorianos foram emigrados para Santa Catarina (alguns foram
transferidos para Porto Alegre).
Casais açorianos receberam sesmarias (a metragem não correspondia ao prometido e o
solo não era fértil).
Adaptações agrícolas (substituição do trigo pela mandioca), técnicas de pesca,
tecelagem manual (bilro), pão-por-Deus (literatura popular), folguedos do boi, festas do
Divino, arquitetura, imaginário popular, etc.
17. Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, tinha Laguna como ponto remoto do império
português no Sul da América. Estabelecia uma linha imaginária traçada de norte a sul, a
370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde.
Pedra do Frade: com 9 metros de
altura e 5 de largura, inclina-se 45º.
18. Entre 1676 e 1678 (as datas variam), o vicentista Brito Peixoto saiu em bandeira para as
terras do Sul, chegando à Laguna, onde fixou a primeira povoação, que fracassou.
Retornou à região em 1684, com o apoio da Coroa Portuguesa, fixando a póvoa de Santo
Antônio dos Anjos de Laguna.
Laguna teve um papel estratégico para os interesses do império na Colônia do
Sacramento, e foi a partir dela que foram conquistados territórios mais ao Sul, como os
Campos de Viamão (Piazza & Hübener, 1989).
República Juliana: comandados por Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro, os farrapos
tomaram Laguna em 22 de julho de 1939. Fundou-se a República Juliana, que durou até
março de 1840, quando os farrapos são derrotados na região, e recuam para o Planalto. É
quando Ana de Jesus Ribeiro (Anita) é aprisionada pelas tropas legalistas, foge e se junta a
Garibaldi em Lages.
19. Museu Histórico
Construído em 1747, é um dos mais antigos prédios do sul de Santa Catarina, o prédio ao longo de
seus mais de duzentos anos, já teve várias funções, em 1839, era sede do senado da câmara de de
Laguna, no mesmo ano, na sacada do prédio, era proclamada, a República Juliana, quando David
Canabarro da sacada do prédio teria falado ao povo lagunense que naquela terra os republicanos
derrotaram os imperiais. Em 1895, virou sede da Cadeia Pública, em 1920, o prédio é modificado e
recebe dois locais para servir de garagem da Prefeitura Municipal de Laguna. É transformado em
museu em 1956.
20. IGREJA MATRIZ SANTO ANTÔNIO DOS ANJOS DE LAGUNA
Construída em 1696 deu origem ao altar mor e
posteriormente à Igreja de Santo Antônio dos
Anjos. O corpo da igreja foi edificado somente em
1735, em estilo barroco, com quatro altares laterais
folheados a ouro. Na construção há a Capela do
Santíssimo, considerada o mais belo altar da
arquitetura de Santa Catarina. Santo Antônio
“ocupa” o altar mor da Igreja, que foi entalhado em
1803. As torres foram edificadas em 1894. O relógio
foi colocado em 1935.
Desde sua fundação, a igreja passou por muitas
reformas. Uma na década de 70 (entre 1971 e
1973), pelo artista e entalhador João Rodrigues e
outra entre janeiro de 2000 a abril de 2003. Após a
reabertura, uma novidade: uma relíquia de Santo
Antônio. É um pedaço da pele do santo, vindo da
Itália. Além da relíquia, a igreja abriga também a
famosa tela de Nossa Senhora da Conceição, do
pintor Victor Meirelles. Ela foi criada em Roma, no
ano de 1856.
(Fonte: Blog Minha Laguna)
22. FAROL DE SANTA MARTA
Foi projetado pelos franceses Barbier Bernard e Turenne, e inaugurado em 11 de junho
de 1891, erguido com pedra, areia, barro e óleo de baleia. Possui 29 metros de altura, O
seu alcance é de quarenta e seis milhas náuticas (oitenta e cinco quilômetros).
Foto: Dieter Heiss
O Cabo de Santa
Marta, primeiro
acidente geográfico
desde o Chui e
conhecido como a
esquina do atlântico,
foi cenário de muitos
naufrágios que
resultaram num
verdadeiro cemitério
de navios no fundo
mar. Em 1880 o
Ministério da Marinha
fazia constar à
necessidade de um
farol.
23. É a conhecida fonte dos
namorados e da juventude, que
segundo os moradores enfeitiça
com o poder cristalino de suas
águas quem dela bebe, trazendo
o poder da juventude eterna e a
certeza de volta à histórica
Laguna. Segundo historiadores
foi a água desta fonte, que nasce
da terra, quem motivou a
localização da cidade por seu
fundador. Construída em 1863,
foi ampliada em 1906 e
restaurada em 1990. Até hoje a
população se abastece desta
água para beber. Seus tanques,
revestidos de mármore carrara
deixam a água fresca, gelada e
saborosa.
Fonte da Carioca
24. Estilos Arquitetônicos em Laguna
As páginas relacionados aos estilos arquitetônicos em Laguna, presentes nesta
apresentação, foram retiradas do Trabalho de CAMPOS, Gizely Cesconetto.
Patrimônio Edificado de Laguna: conhecer, interpretar e preservar. Tubarão,
2014.
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34.
35. Projetado por Wolfang Ludwing Rau, foi
inaugurado em dezembro de 1950, com a
exibição do filme A Valsa do Imperador.
Adquirido pelo Instituto do Patrimônio
Histórico Nacional (Iphan) em 2009
41. Conta-se que em 1525 uma
expedição naval espanhola,
comandada por Dom Henrico de
Acuña, que se dirigia às Molucas,
passando pelo estreito de Fernão de
Magalhães, foi obrigada a se refugiar
de um temporal na Baía de
Garopaba.
42.
43. Fonte: BESEN, José Artulino. São Joaquim de Garopaba: 1830-1980. 1996, p. 55-56.
44. QUILOMBO DO FORTUNATO
FORTUNATO JUSTINO MACHADO
Míriam Furtado Hartung
Nos primeiros dias que sucederam a minha chegada ao Morro do Fortunato, o tema
principal nas conversas com os moradores girou em torno da história do grupo. Os relatos
remetiam incondicionalmente ao nome de Fortunato Justino Machado, chamado de pai
Nato, como sendo o primeiro morador do lugar e o fundador do grupo. "O premero
morador que eu conheci lá era o pai do Anastácio, o Fortunato ", diz uma senhora de 84
anos, antiga moradora do Morro, viúva de um dos filhos de Fortunato Justino Machado.
Esta é uma verdade entre os moradores do Morro e das proximidades.
Fortunato possuía uma grande plantação de café e com a venda desse produto ganhou
tanto dinheiro que, na região, ficou conhecido como Fortunat, o rico.
(...)
45. A versão dos moradores do Vale, apresenta Fortunato como escravo de Marcos Vieira e
filho deste mesmo homem. A condição de Fortunato não é posta em dúvida. Afirma-se
categoricamente que ele foi escravo. Pergunto se não estaria esta versão e,
consequentemente, este modo de perceber os membros do grupo do Fortunato, muito
próximo daquele que, durante a escravidão, conforme mostra Cunha (1985),
considerava escravo e negro como "categorias coextensivas"? Dentro dessa lógica da
coextensividade das categorias escravo e negro, se o grupo do Morro do Fortunato é de
origem africana, logo, seu ancestral era escravo. No entanto, isto não diz nada se não
for considerado, como se viu acima, que, igualmente coextensivos a estas duas
categorias -negro e escravo -, é o conjunto de adjetivos que qualificam
depreciativamente esse segmento.
(...)
(Excertos extraídos de: Hartung, Míriam Furtado. Nascidos na Fortuna – O grupo do
Fortunato: identidade e relações interétnicas entre descendentes de africanos e
europeus no litoral catarinense. Florianópolis: PPGAS/UFSC, 1992, p. 36-45)
46.
47.
48.
49. Em 1793 foi criada a Armação de São Joaquim de Garopaba, que em 1830
foi elevada à condição de freguesia. O município de Garopaba só foi
instituído de forma definitiva em 1961.
51. ESTRUTURA DE UMA ARMAÇÃO BALEEIRA
(Adaptado de Bitencourt, Fernando. Armações baleeiras: da Costa Brava a Garopaba, 2005)
Paredão: de pedra seca, penetrando o mar, onde se escoravam as casas dos baleeiros.
Rampa: construída com pedras secas rejuntadas com uma mistura de conchas
trituradas, areia grossa e borra do derretimento do toucinho da baleia.
Trapiche: em madeira. O trapiche de Garopaba possuía 123 metros.
Casa dos tanques: localizada próxima ao mar e protegida pelo paredão, armazenava
para o embarrilhamento o óleo que escorria por calhas de madeira do engenho de frigir.
Engenho de frigir: abrigava o açougue e a oficina das fornalhas, onde o toucinho era
picado e aquecido em tachos de cobre até ser transformado em óleo.
Casa Grande: residência do administrador. A de Garopaba é construída em pedra e cal.
No pavimento inferior funcionava o armazém e cozinha, e no superior os aposentos
privados.
52. O Casarão foi construído entre 1793-1795 e destinado para moradia e atuação do
Administrador da Armação Baleeiira. Além de residência, segundo Mirian Ellys, em A
Baleia no Brasil Colonial, o prédio servia para depósito de mercadorias e outros bens
destinados à utilização nas atividades na Armação. Sua localização estratégica facilitava a
observação e fiscalização das atividades. (João Pacheco, 2015)
53. Capela: No interior da capela de Garopaba está enterrado o primeiro administrador da
Armação, Manoel Marques Guimarães.
Casas dos feitores: Garopaba mantinha uma fileira de casas ao longo do caminho do
morro, totalizando oito unidades.
Senzala: Em Garopaba estava situadas entre o caminho do morro e o costão a beira
mar, hoje conhecido por beco do Baú.
Beneficiamento da Baleia: De uma baleia produzia-se uma média de 18 pipas de óleo,
cada pipa correspondendo a 424 litros. O óleo era utilizado na iluminação. As barbatanas
na confecção de espartilhos. A carne (3 mil Kg) vendida ou distribuída à população mais
pobre. A borra (resíduos ou mucilagem acumulada no fundo dos tanques) era utilizada
como componente de argamassa na construção civil.
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63.
64. Fonte da foto: http://condutorambiental.blogspot.com.br/
65. 1930: Um piquete Getulista instala-se em Garopaba, e a cidade é bombardeada por um
destróier da Marinha Brasileira. O episódio é cantado nos versos do poeta popular Manoel
Valentim: “Treze de outubro às nove horas. O povo se apavorou. Quando um destróier da
Marinha. A vila bombardeou// Chegaram do Sul os gaúchos. A notícia correu certa. Muita
gente fugiu para o mato, Ficou a Vila quase deserta// Os bois vieram churrascos, Cavalos
foram levados” (VALENTIM, 1993)
1964: encalhe do navio mercante Brasil Mar, trazendo mergulhadores a Garopaba.
Inaugurado o 1º hotel.
Década de 1960: governador Ivo Silveira contrata Manfredo Hubner para fotografar a
sede da colônia de pescadores, que volta diversas vezes à cidade, até instalar-se
definitivamente na década de 1980. Traz consigo jornalistas gaúchos de Correio do Povo,
Folha da Tarde e A Rua Grande, que fazem reportagens sobre Garopaba, Na perspectiva da
fruição romântica do litoral.
Década de 1970: chegada da família Gerdau Johampeter, que se instala no acesso à
Praia Vermelha. Os irmãos Gerdau figuram como precursores do surf no Rio Grande do
Sul. / Chegada do médico Marco Aurélio Raymundo, que passou a produzir roupas para a
prática do surf, criando a Mormai.
Referências culturais do período: conto “Mon amour Garopaba”, de Caio Fernando
Abreu, publicado em 1977. / Canção “Deu pra ti”, de Kleiton e Kledir (1981). / Filme “Deu
pra ti anos 70”, de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti (1981).
66. Morro da Silveira, 1977.
Fonte: http://camerasurf.com.br/camerasurf/surfreporter/index/cod/1001/morro-da-silveiragaropaba-sc-1977.html
68. ORIGEM TOPONÍMICA DO TERMO IMBITUBA
“O topônimo ‘Imbituba’ provém do indígena “embetuba” ou “imbituba”, que
significa: região com imensa quantidade de imbé, uma espécie de cipó
escuro roxo, muito resistente, usado para a confecção de cordas.”
(MARTINS, Manoel de Oliveira. Imbituba: história e desenvolvimento)
69. "Barco em Chamas - Batalha de Imbituba", de Willy Zumblic (1980 )
A BATALHA DE IMBITUBA
70. A Batalha Naval de Imbituba (1839) é considerado o batismo de fogo de Anita
Garibaldi, e aconteceu na praia do porto de Imbituba.
Anita lutava ao lado do companheiro Giuseppe Garibaldi, contra as forças do
governo brasileiro, no contexto da Guerra dos Farrapos (ou Rev. Farroupilha).
Santa Catarina havia sido declarado país independente (República Juliana), com
sede em Laguna.
A esquadra dos farrapos era composta pelas embarcações Rio Pardo e Seival, e foi
atacada por tropas terrestres e pelos 3 principais navios da marinha imperial.
Giuseppe ordenou que Anita ficasse nos porões, mas esta não obedeceu, e lutou
com os demais. É desta batalha o episódio no qual Anita, depois de desmaiar em
combate, respondeu a Giuseppe, quando este mais uma vez lhe ordenara que
descesse ao porão, que desceria para buscar os covardes que lá estavam escondidos.
Os farrapos saíram vitoriosos nesta batalha.
71. CRONOLOGIA DE IMBITUBA
(Construída a partir do blog “memoriaimbitubense.blogspot.com.br”)
1622 – Chegam os primeiros missionários pertencentes ao Colégio do Rio de Janeiro,
Padres Antônio Araújo e Pedro da Mota, para catequizar os índios Carijós que habitavam o
litoral catarinense. Permaneceram na Vila Nova até 1624, quando seguiram para a região
de Santo Antônio dos Anjos da Laguna.
1715 – início do povoamento de Imbituba, com a chegada do Capitão Manoel Gonçalves
de Aguiar que, por determinação do Governador do Rio de Janeiro, realizava viagem de
inspeção às colonizações do Sul do Brasil.
1720 – chegam os primeiros colonizadores açorianos e madeirenses.
1747 – construção da primeira capela de Vila Nova para abrigar a imagem de Santa Ana,
trazida dos Açores.
1796 – Fundação da Armação para a pesca da baleia (a estação baleeira de Imbituba foi a
última a deixar de operar no Sul do Brasil).
1821 – nasce em Morrinhos, Freguesia de Santana de Mirim, Ana Maria de Jesus Ribeiro,
mais conhecida como Anita Garibaldi (existem controvérsias).
74. 1826 – D. Pedro I, em viagem para a cidade de Rio Grande onde iria verificar as
necessidades do Exército Brasileiro, desembarca em Garopaba da Frota Imperial que
havia deixado o Rio de Janeiro e segue à cavalo para a localidade de Araçatuba. De lá
seguiu para Vila Nova, onde às 16 horas do dia 2/12/1856 ele e sua comitiva param e
fazem uma ligeira refeição, saindo em seguida, ainda a cavalo, pelas praias, passando por
Itapirubá, Praia do Gi até chegar em Laguna, onde pernoitou.
1839 – Batalha de Imbituba na Praia do Porto.
1856 – Criação da Freguesia do Mirim.
1871 – construção do primeiro trapiche do Porto de Imbituba, com extensão de 70
metros. A obra foi realizada por engenheiros ingleses em ferro e madeira.
1882 – inaugurado o farolete na extremidade do Morro de Imbituba (Ponta de
Imbituba). Extinto em 1911 por ter sido inaugurado nesse dia o novo farolete da Ilha das
Araras. Em 1918 foi inaugurado novo farol, automático, com coluna de alvenaria de 7
metros de altura, pintada de branco, sobre a qual foi colocado o aparelho de luz,
automático. Reformado em 1937, sendo que em 1968 foi terminado o azulejamento da
torre .
1912 – Henrique Lage desembarca em Laguna.
75. 1919 – Início das obras de construção do porto e da Cerâmica Imbituba.
1919/1920 – Construção do Imbituba Hotel.
1920 – início da construção da Usina Termelétrica.
1922 – criada a Companhia Docas de Imbituba, tendo Álvaro Catão como diretor. Todos
os navios de carga ou passageiros da Companhia Nacional de Navegação Costeira
passaram a fazer escala no Porto de Imbituba.
1923 - criação do Município de Imbituba, deixando de pertencer a Laguna. Em 1930,
atropelada pela Revolução Getulista, Imbituba deixou de ser Município, voltando a
pertencer ao Município de Laguna.
1935- primeira viagem de ônibus realizada em Imbituba, tendo como destino a cidade
de Laguna. A linha era operada pela Empresa Auto Viação Glória, de propriedade de
Manoel Florentino Machado.
1941 – falecimento de Henrique Lage e inauguração do porto.
1949 – Imbituba passa a se chamar Henrique Lage.
76.
77. 1954 – Inaugurada a Igreja Matriz.
1958 – emancipado o distrito de Henrique Lage.
1959 – o município de Henrique Lage passa a se chamar Imbituba.
1966 – ocorre o primeiro suposto milagre atribuído a Madre Paulina, que curou a
imbitubense Eluiza Rosa de Souza, desenganada pelos médicos após intensa hemorragia
e parada cardíaca.
1981 - criado por um grupo de cientistas e voluntários o Projeto Baleia Franca, com o
objetivo de pesquisar e monitorar o ressurgimento das baleias, promover a educação
ambiental e fomentar a cultura preservacionista junto às comunidades da costa sul-
brasileira.
78. IGREJA SANTA ANA DO MIRIM
A igreja em 1912. A construção iniciou em 1844.
83. HENRIQUE LAGE
(1881 – 1941)
Industrial brasileiro e principal idealizador
do Porto de Imbituba. Fundou a Companhia
Docas de Imbituba em 1922. Na cidade,
além do porto, montou uma cerâmica e uma
granja de grandes proporções.
Incentivador de diversos setores da indústria
nacional, como a mineração e a aeronáutica.
Pioneiro na extração salineira no nordeste
do Brasil e, na década de 1920, mandou
sondar a existência de petróleo no município
de Campos dos Goytacazes.
Foi casado com a cantora lírica italiana
Gabriella Besanzoni.
Criou, em 1935, a Companhia Nacional de
Navegação Aérea, primeira fábrica de aviões
no Brasil.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
84. Rua de Baixo (Presidente Vargas) na década de
50. Em primeiro plano os trilhos da Estrada de
Ferro D. Tereza Cristina . Foto de Iza Soares
91. Antigo Barracão da Baleia,. Foto publicada no livro Romanceiro Açoriano, de
Almir Martins.
92. Interior da antiga armação baleeira, atualmente transformado em Museu da
Baleia (reinaugurado em 2015). Foto: Liliane Miguel
93. ANTIGA USINA TERMELÉTRICA
Foi construída em 1917 e ampliada em 1949.
Utilizava a queima de carvão para produção de energia elétrica, e abastecia o
porto e a cidade de Imbituba.
Funcionou de 1923 a 1963. Sua desativação aconteceu quando a cidade
começou a adquirir energia elétrica da SOLTECA – Sociedade Termelétrica de
Capivari.
Possuía uma chaminé de 40 metros de altura e um porão para recolhimento
das cinzas de carvão.
98. Construído entre 1919/1920.
Arquitetura colonial inglesa.
Era considerado um dos mais luxuosos do Sul do Brasil.
Segundo Maria Aparecida Pamato Santana: “A recepção e os corredores eram
cobertos por tapetes “Persa” vermelhos. No salão de refeições, belíssimas
cristaleiras, com espelhos e vidros de cristal, repletas de louças (porcelanas
inglesas), copos e taças de cristal importados e talheres de prata. Membros da
Família Imperial do Brasil, Pedro Gastão e João d´Orleans e Bragança, estiveram
hospedados por oito dias no Hotel Imbituba, em fevereiro de 1935. Chamado de
Hotel Grande possuía, também, um salão de festas, com piano e um bem
aparelhado bar; um salão de jogos no piso superior; no centro, um aconchegante
jardim de inverno, com um caramanchão florido e bancos de ferro pintados de
branco. A recepção, os quartos e o salão de festas eram ladeados por espaçosa
varanda. Aos fundos, ficava a ampla e bem equipada cozinha.”
99. “Contavam seus funcionários, que na revolução de trinta, os oficiais dos “maragatos”
tomaram o hotel; alguns deles entraram, com seus belos cavalos, selados com arreios de
prata, pelos corredores, até os quartos. Uma bagunça generalizada. Disseram que depois o
hotel ficou assombrado. Altas horas da noite acordaram com passadas e o tilintar dos
arreios dos cavalos.
Um dos últimos gerentes contava que, às vezes, acordava com barulho de louças
quebrando e panelas rolando no chão da cozinha. Levantava-se ia até a cozinha, acendia a
luz e... tudo estava no seu lugar!
A senhora Itália de Bona, primeira telefonista de Imbituba e vizinha do Hotel, contou, nos
seus noventa anos, que Dona Zita Catão organizava bailes luxuosos, para casais amigos de
Laguna e Tubarão. Chegavam de trem e saltavam em frente ao hotel, cantando, alegres:
“Viva, Dona Zita, viva, Dr Catão, ela é tão gentil; nos convidou para vir dançar cá no hotel”.
(Maria Aparecida Pamato Santana)
101. Criada por Henrique Lage no ano de 1919 com a finalidade de fabricar louças
para suprir os navios passageiros da Organização Henrique Lage que na época
faziam a linha Rio-Imbituba-Porto Alegre.
Foi a 1ª indústria de cerâmica da região Sul.
Logo passou a produzir azulejos.
As matérias-primas vinham de Içara (argila) e de Orleans (caulim). Aqui
dispunha de carvão e lenha para os fornos; sarrafos e palha tinham em
abundância para a embalagem da produção. Calcário, talco, vidro especial e
corantes eram provenientes de São Paulo e Paraná. (Maria Aparecida Pamato
Santana)
Encerrou suas atividades em 2009.
102. VILA OPERÁRIA
Construída em 1916 para abrigar operários de Henrique Lage. Formavam um
Um conjunto de casas geminadas, de madeira, compondo 6 lotes, com 4 casas
cada, num total de vinte e quatro.
103.
104. COOPERATIVA DE IMBITUBA
Conjunto de armazéns, lojas de ferragem, armarinho, (roupas de cama, mesa e banho),
açougue, padaria e farmácia. O prédio dividia-se em duas alas separadas internamente
pela linha da malha ferroviária central. Essa linha era usada para a descarga dos produtos
que chegavam de navio, de trem ou por terra. O charque vinha de navio do Rio Grande do
Sul. Outras mercadorias como o sal, vinham do Rio de Janeiro. Lençóis, fronhas, toalhas de
banho, rosto e mesa eram trazidos das confecções catarinenses(Brusque e Blumenau). Os
produtos a granel, como farinhas de mandioca, de trigo, de milho e açucares, feijão e
outros, eram vendidos a quilo e empacotados em papel pardo.
110. Ainda que surja como armação baleeira em 1715, o núcleo urbano de
Imbituba começa a se desenvolver a partir da segunda metade do século XIX,
com a construção do Porto de Imbituba como alternativa para o escoamento
do carvão mineral explorado mais ao sul, em regiões como Lauro Müller e
Tubarão.
Portanto, o porto não foi consequência do desenvolvimento da Vila, mas
resultado de um fator externo ao seu território (a descoberta do carvão).
Em sua primeira fase, o porto desenvolve-se com capital e projeto ingleses.
Imbituba apresentava-se como uma alternativa ao porto de Laguna, cujo
assoreamento não permitia a ancoragem de navios de grande calado.
Interesses político-econômicos levaram a diversos conflitos entre Laguna e
Imbituba. Após a saída dos ingleses, em 1902, o porto de Imbituba é
praticamente abandonado. Outro argumento era o risco que o porto de
Imbituba oferecia às embarcações, já que os fortes ventos, o mar aberto e a
falta de um quebra-mar representavam a possibilidade de acidentes e
naufrágios.
111. Em 1919 Henrique Lage obteve a concessão de exploração do porto.
A eclosão da I Guerra Mundial, que dificultou a importação de carvão, deu novo
impulso à exploração carvoeira em Santa Catarina.
Em 1931 Vargas (nacionalista) institui a obrigatoriedade de que 10% do consumo
de carvão no Brasil seja de produto nacional. Com a II Guerra a demanda pelo carvão
aumenta.
Em 1969, foi fundada a ICC (Indústria Carboquímica Catarinense), empresa
pertencente ao Grupo Petrofértil, que produzia insumos para indústria de
fertilizantes a partir do enxofre extraído da pirita carbonosa (rejeito do carvão)
derivando o ácido sulfúrico somado ao ácido fosfórico.
A construção da ICC, inaugurada em 1979, fazia parte dos objetivos do II PND
(Plano Nacional de Desenvolvimento). Para descarregar a rocha fosfática, matéria-
prima para a produção do ácido fosfórico, e para escoar toda a produção de ácido
sulfúrico e fosfórico, o porto de Imbituba deveria ampliar suas instalações. (Alcides
Goularti Filho).
Em 1990, o governo Collor liberou por completo a importação do carvão
metalúrgico e fechou as minas da CSN.
112. Obras de ampliação do porto de Imbituba. Possivelmente década de 1930.
(Foto: www.portogente.com.br)
118. O forte vento nordeste espalha o óxido de ferro. A substância é consequência da
primeira etapa do beneficiamento da pirita carbonosa, parte do processo de fabricação
do ácido sulfúrico. Esta notícia podia ser ouvida na década de 80 e início de 90, quando
a Indústria Carboquímica Catarinense – ICC, ainda funcionava, mas ainda há relatos da
intitulada na época “maldição da fumaça vermelha”, nos dias de hoje.
(Foto e texto – com adaptações: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-
vermelho-ainda-incomoda-imbitubenses )
119. Montanhas de óxido de ferro (resíduo da ICC). (Foto: Blog Pena Digital)
120. Toneladas do óxido de ferro foram depositadas a céu aberto no bairro Vila
Nova Alvorada. Além do pó vermelho, outro resíduo da ICC é o gesso,
também depositado a céu aberto no local e em área contígua à da ICC. Com
o fechamento da ICC, a empresa Engessul, hoje, Sul Gesso, adquiriu essas
áreas onde estão depositados os resíduos e desde 2011 iniciou a exportação
do óxido de ferro para o mercado siderúrgico chinês, tornando-se uma das
maiores movimentadoras de cargas do Porto de Imbituba.
Desde então a comunidade de Ribanceira de Cima vem sofrendo quando o
vento nordeste atinge o município, levantando nuvens de pó vermelho que
entram nas casas, cobrem os veículos e plantas. Sendo uma substância muito
fina, se espalha muito rápido. A Senhora Maria Farias, 80 anos, já está
cansada de limpar sua casa. “Para este natal, tivemos que limpar com um
jato toda a casa, e pintá-la da cor do pó, porque a sujeira é demais e sempre
volta”, comenta Maria.
Fonte: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-vermelho-ainda-
incomoda-imbitubenses, 20/12/2013.
123. Manifestação organizada pela ACORDI (Associação Comunitária Rural de
Imbituba) contra a instalação da Votorantim na Ribanceira. Em julho de 2010
houve a desapropriação da área, vendida a 11 centavos o m² e a expulsão de
um morador local.
Foto: http://passapalavra.info/2010/08/27188.
126. A primeira colonização da região de Imaruí ocorreu antes de 1800 e foi realizada por
um grupo de pescadores oriundos de Laguna.
Em 1833, foi criada a Freguesia de São João Batista do Imaruí, que se tornou distrito de
Laguna.
Imaruí passou à categoria de município em 27 de agosto de 1890, e o nome foi dado
pelos de indígenas que habitava o local: vem do mosquito “maruim”, comum na região.
Massacre de Imaruí: Com a tomada de Laguna pelos farrapos, adeptos do Império
fugiram para Imaruí e resistiram às imposições de David Canabarro, que esperava que a
Freguesia fornecesse víveres as suas tropas, o que acabou não acontecendo. Diante
disto, ordenou a Garibaldi que saqueasse e destruísse a freguesia, o que aconteceu em
1839. A cidade foi pilhada e seus habitantes mutilados e mortos. Sobre o episódio,
escreveu Garibaldi em suas memórias:
“Desejo, não só para mim, mas para todos os homens que jamais recebam uma ordem
igual a esta que era de tal modo terminante que não havia modo de a iludir. Ainda que
existam longas e prolixas narrativas de não acontecimentos, julgo impossível que a mais
terrível se aproxime da realidade. Deus me perdoe, mas não tive em toda a minha
existência acontecimento que deixasse tão amarga recordação como o saque do
Imaruí.”
127. Destaque para o turismo religioso: Festa do Senhor Bom Jesus dos Passos (uma das
maiores de Santa Catarina, reunindo 50 mil pessoas) e a Beata Albertina.
Igreja Matriz em 1941. (Foto: Clélio Barreto)
129. Albertina Berkenbrock
Beatificada em 2007.
Nasceu no dia 11 de abril de 1919, na comunidade
de São Luís, paróquia São Sebastião de Vargem do
Cedro.
Filha de imigrantes alemães, a jovem foi
assassinada aos doze anos de idade ao resistir uma
tentativa de estupro.
O primeiro sinal de sua suposta santidade ocorreu
no dia de sua morte. Segundo consta, o sangue
jorrava de seu pescoço sempre que o agressor, ex-
empregado do seu pai, aproximava-se do caixão.
135. Fome, concentração de terras na mão da aristocracia e o absolutismo contribuiram
para a disposição do elemento germânico migrar para o Brasil.
1829, São Pedro de Alcântara, primeiro núcleo de imigração germânica em Santa
Catarina.
Casarão Kretzer, na Comunidade Rural de Santa Filomena, construído no ano
de 1920 é uma das construções mais belas da região. A construção foi local
de comércio, parada de tropeiros e pessoas que se deslocavam à serra.
136.
137. Núcleos coloniais germânicos:
Colônia Blumenau, 1850 , fundada por Hermann Bruno Otto Blumenau)
138. Colônia Dª. Francisca , Joinville. Recebeu os primeiros imigrantes em 1851. As terras pertenciam à
Princesa Dª Francisca, filha de Pedro I, que era casada com o Príncipe de Joinville, Filho do rei francês
Luiz Felipe. Com a deposição da família real francesa em 1848, Joinville precisa auferir rendas das suas
propriedades. É então que surge este empreendimento colonial privado. A ocupação do Planalto Norte
catarinense resultou da expansão desta colônia, dando origem a cidades como São Bento. A estrada que
ligava a colônia ao planalto ficou conhecida como Estrada da Serra ou Estrada Dª Francisca, por onde a
erva mate era escoada para exportação, gerando capital para a industrialização da região.
140. Colônia Teresópolis (1860 – Águas Mornas). Devido à pequena fertilidade do solo,
os colonos, liderados pelo padre Guilherme Röer, estenderam-se para o Vale do Braço
do Norte.
Chegada dos primeiros colonos alemães no vale do Braço do Norte
A transferência dos colonos de Teresópolis para Braço do Norte ocorreu nos anos de
1873 a 1875 onde fundaram oito comunidades com aproximadamente 60 famílias.
141. Outras colônias: Brusque (1860), Angelina (1860)
Contribuições culturais: produção alimentícia (Carne defumada, linguiças e
queijos, cervejas); arquitetura (especialmente o enxaimel); produção industrial
(cortumes, cervejarias, laticínios, têxteis); templos luteranos; clubes de caça e tiro.
143. Condicionantes da emigração italiana para Santa Catarina: dificuldades econômicas,
agravadas pela concentração fundiária na Itália. Instabilidade política decorrente do
processo de unificação da Península Itálica.
Sua chegada ao Brasil ocorre primeiramente em substituição à mão de obra escrava
africana, principalmente na cafeicultura.
Os núcleos de colonização italiana na década de 1870 surgem por meio de contratos
particulares. Em 1874 o governo imperial contrata Joaquim Caetano Pinto Júnior, que se
compromete a cem mil imigrantes ao Brasil. A locação destes colonos, e o
desconhecimento da realidade do novo país representaram dificuldades para o
estabelecimento destes colonos.
No Vale do Itajaí, dedicaram-se ao cultivo do feijão, batata-doce, milho, videira e do
bicho da seda. (Piazza & Hübener, 1989).
A preocupação com o baixo povoamento do Sul da província catarinense fez com que
o governo imperial instituísse uma comissão que demarcou as terras do Vale do Rio
Tubarão e seus afluentes (Braço do Norte e Capivari), onde foram instalados imigrantes
italianos a partir de 1877.
144. Cerca de 95% dos italianos que chegaram ao estado de Santa Catarina eram do norte
da Itália, dos atuais estados do Vêneto, Lombardia, Friul-Veneza Júlia e Trentino-Alto
Ádige. Porém, os primeiros imigrantes italianos que chegaram ao estado, em 1836,
eram oriundos da Sardenha, fundando a colônia de Nova Itália (atual São João Batista).
A partir de 1875, fundam-se Rio dos Cedros, Rodeio, Ascurra e Apiúna nos limites da
colônia Blumenau; e Porto Franco (Botuverá) e Nova Trento, em torno da colônia
Brusque.
1877, no vale do rio Tubarão, fundados os núcleos de Azambuja, Pedras Grandes e
Treze de Maio: no vale do Urussanga, os núcleos de Urussanga, Acioli de Vasconcelos
(atual Cocal) e Criciúma. Na sequência, surge Grão Pará (atuais municípios de Orleans,
Grão Pará, São Ludgero e Braço do Norte).
Em 1893, após a assinatura do contrato da Companhia Fiorita com o governo
Brasileiro , a colonização italiana se expande no sul do estado com a colônia Nova
Veneza (atuais Nova Veneza e Siderópolis).
1910: fixação do elemento étnico italiano no Oeste Catarinense a partir da expansão
dos ítalo-brasileiros do Rio Grande do Sul
145. Contribuições:
nas sedes das colônias germânicas, os italianos forneciam produtos agrícolas;
tinha por hábito alimentarem-se de pão, polenta e vinho, daí o cultivo de milho,
arroz e uva;
cultivo da amoreira e criação do bicho-da-seda;
arquitetura: casas de madeira, sem varanda, altas, com porões para as carretas
ou, onde se cultivavam os parreirais, serviam como adegas;
presença do catolicismo.
(Baseado em PIAZZA e HÜBENER. Santa Catarina: história da gente. 2ª ed. Florianópolis: Lunardelli, 1989).
146. Museu ao ar livre Princesa Isabel
Inaugurado em 30 de agosto de 1980, é o primeiro do gênero na América Latina, instalado
numa área de 20 mil metros quadrados. As construções, de características tradicionais,
abrangem capela, engenho de farinha de mandioca, estrebaria, galpão de serviços
domésticos, cozinha de chão batido, casa do colono, cantina, meios de transporte,
engenho de cana-de-açúcar, serraria pica-pau, oficinas artesanais, marcenaria, atafona,
balsa, ferraria e monjolo, incluindo as belas rodas d’água. É mantido pela Fundação
Educacional Barriga Verde, e tem caráter tecnológico, histórico e documental que
preserva, pesquisa e divulga a cultura material de diversas etnias, destacando um acervo
proveniente da imigração em Orleans e região sul de Santa Catarina.
Fonte: http://www.fcc.sc.gov.br/patrimoniocultural/?mod=pagina&id=15009
148. Organização do espaço: Os hábitos de construção divergiram daqueles praticados
originalmente na Itália. Lá os habitantes residiam em pequenas vilas e iam aos campos
do entorno para trabalhar, e suas residências incluíam depósitos e abrigos de animais
num único bloco. No Brasil, salvo nas sedes colonizadoras, que se desenvolveram como
vilas e cidades, a vida rural se organizou em propriedades unifamiliares mais ou menos
autosuficientes e com vivendas distantes entre si, que tinham a maior parte de suas
benfeitorias nitidamente separadas no espaço. (Fonte: Wikipédia).
Casa de Pedra da
Família Bratti, em
Nova Veneza (SC),
representativa da
imigração italiana no
estado, chancelada
como Paisagem
Cultural Brasileira.
152. COLONIZAÇÃO POLONESA
Motivos: instabilidades políticas e constantes reconfigurações de fronteiras, falta
de autonomia e soberania nacional, trabalho servil.
1869: primeiro grupo chega a Brusque, transferidos para o Paraná.
1882: fixação em várias regiões catarinenses, principalmente na periferia das
colônias já estabelecidas. Principais localidades: Sul (Urussanga, Tubarão,
Araranguá) e Planalto Norte (como extensão da Colônia Dª Francisca).
Como não existia uma Polônia soberana, muitos eram computados como
alemães, por exemplo.
Arquitetura religiosa no estilo bizantino e catolicismo ortodoxo (fé em Nossa
Senhora de Czestochowa).
Elemento arquitetônico: lambrequim.
160. Colonização Sírio – Libanesa (Árabes)
Ingressam no Brasil principalmente a partir da década de 1870.
Ligados ao comércio, instalaram-se principalmente em regiões portuárias e
ferroviárias.
Em Santa Catarina são encontrados principalmente São Francisco do Sul,
Florianópolis, Porto Belo, Tijucas, Itajaí, Laguna, bem como em Joinville, Jaraguá do Sul,
Blumenau, Mafra, Porto União. Tubarão, Araranguá entre outras cidades.
Colonização Austríaca
Localizaram-se principalmente em Treze Tílias, Meio Oeste Catarinense.
A tradição austríaca da escultura em madeira está presente nos ateliês de Treze Tílias,
que executam obras de todos os portes, conhecidas internacionalmente. Treze Tílias é
considerada a “Capital Catarinense dos Escultores e Esculturas em madeira”.