2. REI D. FERNANDO:
O rei D. Fernando governou
Portugal numa época em que
o nosso país e toda a Europa
sofriam graves problemas. A
segunda metade do séc. XIV
foi um período de fomes,
epidemias e guerras.
Uma das mais terríveis
epidemias foi a Peste
Negra que causou a morte a
milhares de pessoas.
3. PESTE NEGRA
Peste Negra é a designação por que ficou
conhecida, durante a Idade Média, a peste
bubónica, pandemia que assolou a Europa
e matou 75 milhões de pessoas, um terço
da população da época.
A doença é causada pela bactéria Yersinia
pestis, transmitida ao ser humano através
das pulgas dos ratos pretos ou outros
roedores. Caracteriza-se por febres altas e
dificuldades respiratórias.
Traje usado pelos
médicos para se
protegerem da
peste.
4. O TRATADO DE SALVATERRA
DE MAGOS:
O rei D. Fernando envolveu-se
em guerras com Castela. Após
várias derrotas, assinou, em 2
de abril de 1383, um tratado
de paz, Tratado de
Salvaterra de Magos
Neste tratado, a sua única
filha e herdeira do trono, a
infanta D. Beatriz, foi dada
em casamento ao rei de
Castela, mas para que este
rei não viesse a governar, o rei
D. Fernando procurou
salvaguardar a independência
de Portugal.
“(…) porque a vontade d’el
Rei Dom Fernando era que os
Reinos de Portugal nunca
fossem juntos aos Reinos de
Castela, (…) foi outorgado
que, até que a Infanta (D.
Beatriz) houvesse filho e
fosse de idade de catorze
anos, a regência dos ditos
Reinos de Portugal
pertencesse à Rainha D.
Leonor (…)”
Fernão Lopes, Crónica de D. João I, séc. XV.
5. PROBLEMA DE SUCESSÃO:
O problema de sucessão na monarquia portuguesa pôs-se no mesmo
ano em que D. Fernando morreu.
Como não tinha outros filhos, D. Beatriz era herdeira do
trono.
Mas de acordo com o tratado celebrado, a rainha viúva, D. Leonor
Teles, ficou a governar o país como regente.
6. D. LEONOR TELES:
Quando assumiu o Reino,
mandou aclamar D. Beatriz como
rainha de Portugal.
A nobreza e clero apoiaram a
decisão.
O povo revoltou-se pois
receava que com D. Beatriz
rainha, o seu marido, rei de
Castela, passasse a
governar Portugal e o país
perderia assim a sua
independência.
Por outro lado o povo não
gostava da relação
duvidosa que D. Leonor
mantinha com um fidalgo
galego, o conde Andeiro,
mesmo antes de ficar
viúva.
7. GRUPOS EMCONFRONTO:
NOBREZA / CLERO
Aclamaram D. Beatriz como
rainha de Portugal, porque:
O Receavam perder os seus
privilégios;
O Não aceitavam o Mestre de
Avis por ser filho ilegítimo de
D. Pedro I.
BURGUESES / POVO
O Revoltaram-se em Lisboa e
outros lugares do Reino
contra a aclamação de D.
Beatriz, pois não queriam
ser governados por um rei
estrangeiro e temiam a
perda de independência de
Portugal.
8. A MORTE DO CONDE
ANDEIRO:
O Álvaro Pais, rico burguês,
planeou uma conspiração
para matar o conde
Andeiro.
O Para executar o plano,
convenceu D. João,
Mestre de Avis, pois como
era meio-irmão do rei D.
Fernando e cunhado de D.
Leonor Teles, tinha fácil
acesso aos Paços da Rainha.
O O Mestre de Avis matou
o conde com a sua
própria espada,
vingando assim a honra
do rei morto.
9. ACLAMAÇÃO DO MESTRE DE AVIS:
O Temendo uma invasão Castelhana, o povo de Lisboa pediu ao
Mestre que tomasse o cargo de Regedor e Defensor do
Reino, que passaria a organizar a defesa e governar como se
fosse rei.
O Para o ajudar nessas funções, nomeou homens da sua confiança,
o comando militar ficou entregue a um nobre
▬ D. Nuno Álvares Pereira ▬
10. BATALHA DE
ATOLEIROS:
O A 6 de abril de 1384, o
exército castelhano
invade Portugal pelo
Alentejo.
O Este confronto ficou
conhecido por Batalha
dos Atoleiros por se ter
travado num terreno
pantanoso. Portugal
saiu vitorioso.
11. Cerco de Lisboa e Cortes de
Coimbra:
O Apesar das derrotas sofridas, o rei de Castela
avançou até Lisboa, cercando a capital por
terra e mar (1384). Este cerco durou quatro
meses e a população lisboeta sofreu com
fome e peste. Esta afetou também o exército
castelhano e a própria rainha D. Beatriz.
O Depois de terem vencido os Castelhanos, foi
necessário eleger um rei legítimo
para o trono.
O Assim, em 6 de Abril de 1385, as Cortes
reuniram-se em Coimbra para decidir quem
deveria reinar.
12. Dinastia de Avis:
O O Dr. João das Regras, jurista
e por isso conhecedor das leis,
argumentou a favor de D. João,
Mestre de Avis. Ele conseguiu
convencer os presentes que este
era o candidato que tinha direito a
tornar-se rei, porque era da família
real e tinha lutado pela
independência nacional.
O Foi aclamado rei de
Portugal e com D. João I inicia-
se a 2.ª dinastia – Dinastia
de Avis