2. Vanessa Cunha
Hemostasia: o que é?
• É o conjunto de mecanismos que permite a
fluidez do sangue pelos vasos sanguíneos. Ou
seja, o equilíbrio entre:
5. Vanessa Cunha
Trombo arterial x Trombo venoso
• Trombo arterial: chamado também de “trombo branco”, é
caracterizado pela presença principalmente de plaquetas em
uma trama de fibrina.
• Trombo venoso: também conhecido como “trombo
vermelho”, contém normalmente mais eritrócitos (hemácias)
do que plaquetas.
6. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo venoso:
ANTICOAGULANTES
1) Heparina:
Além da Heparina propriamente dita, existem também no
mercado
farmacológico
fragmentos
de
heparina
(enoxaparina e dalteparina), heparina de baixo peso
molecular
(LHMW)
e
pentassacarídeo
sintético
(fondaparinux).
7. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo venoso:
ANTICOAGULANTES
Mecanismo de ação
A heparina liga-se a antitrombina III,
alterando sua conformação de forma a aumentar
sua afinidade por serina-proteases. No caso da
heparina, seu efeito maior é sobre a trombina.
Já a heparina de baixo peso molecular
potencializam a ação da trombina sobre o Fator
Xa.
A antitrombina III é responsável por inibir a trombina e outras serinaproteases (como o Fator Xa) através de sua ligação ao sítio ativo de serina.
8. Vanessa Cunha
Vantagens e desvantagens:
Heparina x LMHW
a) Heparina:
• Vantagens : baixo custo, alta eficiência e fácil reversão do
efeito anticoagulante com protamina.
• Desvantagens: necessária bomba de infusão para
administração
e
monitoramento
laboratorial
e
trombocitopenia induzida por heparina.
b) LMHW:
• Vantagens : menor afinidade pelo fator plaquetário 4
relacionado com a trombocitopenia induzida por heparina,
meia-vida longa, não necessita de monitoramento laboratorial
(não se liga a proteínas plasmáticas) ou de bomba de infusão
para sua administração.
• Desvantagens: custo elevado e ausência de antagonistas
efetivos para reversão do seu efeito anticoagulantes.
9. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo venoso:
ANTICOAGULANTES
Farmacocinética
Não podem ser administrados via oral; afinal, como são
polissacarídeos, seriam degradados pela amilase no trato
gastrointestial e também a heparina apresenta alto peso molecular –
logo, não seria absorvida.
A administração deve ser intravenosa ou subcutânea.
Efeitos adversos
Hemorragia e trombocitopenia.
10. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo venoso:
ANTICOAGULANTES
2) Inibidores diretos da trombina
• Hirudina: derivados da saliva da sanguessuga
medicinal (via subcutânea)
• Lepurudina (via intravenosa)
• Bivalirudina (via subcutânea)
• Etexilato de dabigatrana: é um pró-fármaco,
sendo administrado via oral
Efeitos adversos
Sangramentos e anemia.
11. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo venoso:
ANTICOAGULANTES
3) Antagonista da vitamina K (anticoagulantes
orais):
A vitamina K tem grande importância na
cascata de coagulação, sendo responsável pela
ativação dos fatores II, VII, IX e X.
Mecanismo de ação
A varfarina inibe, portanto, a síntese de
fatores de coagulação dependentes da vitamina K.
12. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo venoso:
ANTICOAGULANTES
Farmacocinética
Administração via oral, tendo seu efeito a
longo prazo. Assim, em casos de trombose venosa,
administra-se também outro anticoagulante de
efeito rápido. Esta prática minimiza a propagação
do trombo e evita a recorrência do
tromboembolismo venoso.
Contra-indicação
Gestantes, alcoolistas e
pessoas com deficiência de vitamina K.
Teratogênico
13. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo arterial:
ANTIPLAQUETÁRIOS
1) Aspirina:
Mecanismo de ação
Inibe a síntese de tromboxano A2 pelas plaquetas por
um mecanismo irreversível* no sítio ativo da COX-1.
Efeito no ENDOTÉLIO:
A inibição da COX-1 no endotélio
produz
efeito
pró-agregante
plaquetário, uma vez que impede a
ativação de prostaglandinas (antiagregante).
Efeito nas PLAQUETAS:
A inibição da COX-1 nas
plaquetas bloqueia a síntese de
tromboxano (pró-agregante).
* Mecanismo: acetilação irreversível de um resíduo de serina no sítio ativo da COX-1.
14. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo arterial:
ANTIPLAQUETÁRIOS
Por que
não causa
efeito próagregante?
A aspirina apresenta maior afinidade pela
ciclooxigenase 1 presente nas plaquetas. Além disso, as
plaquetas não possuem núcleo; logo, não são capazes de
sintetizar o tromboxano A2. Assim, o efeito da aspirina
sobre as plaquetas é muito mais pronunciado.
Efeitos adversos
Em doses muito elevadas pode levar a hepatotoxicidade e problemas no
trato gastrintestinal.
Farmacocinética
Administração via oral
15. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo arterial:
ANTIPLAQUETÁRIOS
2) Antagonistas do receptor de ADP (P2Y)
Os representantes desta classe bloqueiam o receptor
P2Y. Este receptor permite a entrada de ADP na célula.
Assim, ocorrem os seguintes fenômenos:
ADP não
consegue entrar
na célula
Assim, não
ocorrerá a
“transformação”
de ADP em ATP
Com isso,
ocorrerá o
aumento dos
níveis de AMPc
Obs: Aumento do AMPc – efeito antiagregante
Aumento do ADP – efeito pró-agregante
Aumento de cálcio – efeito pró-agregante
16. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo arterial:
ANTIPLAQUETÁRIOS
a) Ticlopidina: administrada via oral, mas pouco utilizada
devido a seus efeitos adversos: trombocitopenia e
neutropenia.
b) Clopidogrel: é um pró-farmaco, sendo administrado via
oral. Apresenta menores efeitos adversos do que a
Ticlopidina, sendo mais utilizado.
17. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo arterial:
ANTIPLAQUETÁRIOS
3) Antagonistas do receptor Gp IIB/IIIA
Todas as vias de ativação das plaquetas convergem
para a ativação deste receptor. Assim, o fármaco seria
capaz de inibir todas as vias de ativação plaquetária.
Elevado risco de sangramentos!
a) Tirofibana: não absorvido via oral, apenas injetável
(intravenosa).
18. Vanessa Cunha
Fibrinólise
• Como ocorre?
1
Ativação do sistema de coagulação leva a ativação do plasminogênio.
Esta última é realizada pelo tPA (ativador de plasminogênio tecidual).
2
O plasminogênio é depositado nos cordões de fibrina dentro do trombo.
Os ativadores de plasminogênio são serina-proteases que se difundem para
o interior do trombo, permitindo a clivagem do plasminogênio em plasmina.
3
A plasmina será responsável pela digestão da fibrinas, fatores de coagulação e
fibrinogênio.
19. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo arterial:
FIBRINOLÍTICOS
a) Estreptoquinase
É uma proteína extraída de cultura de Estreptococos.
Como pode causar efeito no plasminogênio circulante
no plasma é chamada de não-fibrino específica.
b) Alteplase
É mais ativa ao plasminogênio ligado à fibrina; logo,
é denominada de fibrino específica, atuando de forma
restrita ao local do trombo.
20. Vanessa Cunha
Tratamento farmacológico para trombo arterial:
FIBRINOLÍTICOS
Farmacocinética
Administração via intravenosa
Efeitos adversos
Sangramentos e acidente vascular cerebral hemorrágico.
No caso da Estreptoquinase podem ocorrer
hipersensibilidade.
Observação
Não são utilizados para profilaxia do trombo
reações
de