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Seminário UH - Geriatria




         Fernanda El Ghoz Leme – R3 Geriatria
Introdução
• Incidência: Estima-se ¼ a ½ dos idosos acima
  dos 85 anos.
• Relacionada ao maior risco de quedas,
  incapacidade e morte.
Definição
• Estado de maior vulnerabilidade para uma
  pobre recuperação da homeostase após um
  evento estressor.
Fisiopatologia
• Envelhecimento normal – declínio gradual
  das reservas fisiológicas dos diversos sistemas.
         Declínio acelerado das reservas
                         ↓

      Falha nos mecanismos de homeostase
                         ↓

             Mínimo evento estressor
                         ↓

  Mudanças significativas no Estado de Saúde
Cérebro Frágil
• Dellirium após admissão hospitalar
Frágil x não frágil – OR = 8,5
• Sobrevida após admissão hospitalar
Frágil – 88 dias x Não frágil – 359 dias

• Déficit cognitivo em 12 meses de seguimento
Frágil x Não frágil – HR = 1,63
Perda cognitiva acelerada
Sistema Endócrino Frágil
• Envelhecimento – Diminuição da produção
  de hormônios:
• GH - ↓ IGF-I
• Estradiol e Testosterona
• DHEA e DHEA-S - ↑ Cortisol
Sistema Imunológico Frágil
• Envelhecimento – Diminui a produção de
  Linfócitos B e T, diminui a atividade de
  Neutrófilos e Macrófagos.
• Falha em situações de estresse.
• Inflamação → anorexia e catabolismo de
  tecidos muscular e adiposo →
  comprometimento nutricional.
• Resposta de produção de Anticorpos
  prejudicada – Vacinas.
Sistema Muscular Frágil
• Sarcopenia – perda progressiva de massa e
  força muscular.
• Processo de sarcopenia é acelerado pelas
  alterações neuronais, endócrinas e
  imunológicas do paciente frágil.
• Redução da massa muscular ↔ Perda de
  funcionalidade.
Apresentações Clínicas
Fenótipo Frágil




• 3 ou mais – Frágil -> Mortalidade em 7 anos – 43%
• 1 ou 2 – Pré-frágil -> Mortalidade em 7 anos – 23%
• 0 – Não Frágil -> Mortalidade em 7 anos – 12%
Prevalência
• Revisão sistemática - 61500 idosos
• Prevalência de acordo com o Fenótipo Fragil
  – Frágil – 9,9%
  – Pré-frágil – 44,2%
• Feminino 9,6% x Masculino 5,2%
• Prevalência aumenta com a idade
  –   65-69 anos – 4%
  –   70-74 anos – 7%
  –   75-79 anos – 9%
  –   80-84 anos – 16%
  –   >85 anos – 26%
Desfechos
• Piora da Fragilidade
• Piora da Funcionalidade
• Quedas
• Internações hospitalares
• Admissão em instituição de longa
  permanência
• Morte
Desfechos
• Overlap: Fragilidade x Comorbidades x
  Incapacidade
• Comorbidades: infarto do miocárdio, angina,
  ICC, DPOC, artrite, HAS, DM e câncer (pelo
  menos 2).
• Incapacidade: dependência em pelo menos 1
  atividade de vida diária.
  –   Fragilidade + Comorbidades: 46,2%
  –   Fragilidade + Incapacidade: 5,7%
  –   Fragilidade + Comorbidade + Incapacidade: 21%
  –   Somente Fragilidade: 26,6% (Fator independente!!)
Métodos para Avaliação
• Questionários
  – Frail elderly functional questionnaire
• Instrumentos
  – Timed-up-and-go Test
  – Handgrip
  – Prova de função pulmonar
  – Velocidade de marcha – Relação comprovada
    com desfechos adversos.
  – Avaliação geriátrica multidisciplinar – GOLD
    standard, porém dispendiosa.
Métodos para Avaliação
Métodos para Avaliação
Intervenções
• Assistência Geriátrica Multidisciplinar
  – Maior incidência de alta hospitalar
  – Menor declínio funcional e cognitivo
  – Menor mortalidade intra-hospitalar
  Se comparada a internações em unidades de
  clínica médica geral.
Intervenções
• Atividade física
  – Aumenta a força muscular
  – Melhora mobilidade e funcionalidade
  – Duração e frequência incertos
  – Aderência é fundamental
  – Pequenos ganhos de força muscular refletiram
    importantes ganhos funcionais.
Intervenções
• Suporte Nutricional
  – Ainda não há comprovação científica
Intervenções
• Terapia Farmacológica
  – IECA - Melhora a estrutura e bioquímica da
    musculatura esquelética, diminuindo assim o declínio
    da força muscular em idosos, melhorando a
    capacidade de exercício e qualidade de vida.
  – Testosterona – Aumento da massa muscular, porém
    com efeitos adversos cardiovasculares.
  – IGF-I – Não há comprovação de que aumente a
    massa muscular.
  – Vitamina D – Melhora da função neuromuscular,
    porém ainda controverso.

               FUTURAS PESQUISAS!!!
Conclusão
• Importância de identificar a população de
  idosos frágeis:
  – Auxiliar na ESCOLHA de procedimentos e
    tratamentos que serão ofertados aos pacientes,
    pesando sempre os riscos e os benefícios.
  – O menos é mais!
• Necessidade de um método simples e
  confiável de detecção e graduação da
  fragilidade.
Obrigada!

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Fragilidade

  • 1. Seminário UH - Geriatria Fernanda El Ghoz Leme – R3 Geriatria
  • 2. Introdução • Incidência: Estima-se ¼ a ½ dos idosos acima dos 85 anos. • Relacionada ao maior risco de quedas, incapacidade e morte.
  • 3. Definição • Estado de maior vulnerabilidade para uma pobre recuperação da homeostase após um evento estressor.
  • 4. Fisiopatologia • Envelhecimento normal – declínio gradual das reservas fisiológicas dos diversos sistemas. Declínio acelerado das reservas ↓ Falha nos mecanismos de homeostase ↓ Mínimo evento estressor ↓ Mudanças significativas no Estado de Saúde
  • 5. Cérebro Frágil • Dellirium após admissão hospitalar Frágil x não frágil – OR = 8,5 • Sobrevida após admissão hospitalar Frágil – 88 dias x Não frágil – 359 dias • Déficit cognitivo em 12 meses de seguimento Frágil x Não frágil – HR = 1,63 Perda cognitiva acelerada
  • 6. Sistema Endócrino Frágil • Envelhecimento – Diminuição da produção de hormônios: • GH - ↓ IGF-I • Estradiol e Testosterona • DHEA e DHEA-S - ↑ Cortisol
  • 7. Sistema Imunológico Frágil • Envelhecimento – Diminui a produção de Linfócitos B e T, diminui a atividade de Neutrófilos e Macrófagos. • Falha em situações de estresse. • Inflamação → anorexia e catabolismo de tecidos muscular e adiposo → comprometimento nutricional. • Resposta de produção de Anticorpos prejudicada – Vacinas.
  • 8. Sistema Muscular Frágil • Sarcopenia – perda progressiva de massa e força muscular. • Processo de sarcopenia é acelerado pelas alterações neuronais, endócrinas e imunológicas do paciente frágil. • Redução da massa muscular ↔ Perda de funcionalidade.
  • 10. Fenótipo Frágil • 3 ou mais – Frágil -> Mortalidade em 7 anos – 43% • 1 ou 2 – Pré-frágil -> Mortalidade em 7 anos – 23% • 0 – Não Frágil -> Mortalidade em 7 anos – 12%
  • 11. Prevalência • Revisão sistemática - 61500 idosos • Prevalência de acordo com o Fenótipo Fragil – Frágil – 9,9% – Pré-frágil – 44,2% • Feminino 9,6% x Masculino 5,2% • Prevalência aumenta com a idade – 65-69 anos – 4% – 70-74 anos – 7% – 75-79 anos – 9% – 80-84 anos – 16% – >85 anos – 26%
  • 12. Desfechos • Piora da Fragilidade • Piora da Funcionalidade • Quedas • Internações hospitalares • Admissão em instituição de longa permanência • Morte
  • 13. Desfechos • Overlap: Fragilidade x Comorbidades x Incapacidade • Comorbidades: infarto do miocárdio, angina, ICC, DPOC, artrite, HAS, DM e câncer (pelo menos 2). • Incapacidade: dependência em pelo menos 1 atividade de vida diária. – Fragilidade + Comorbidades: 46,2% – Fragilidade + Incapacidade: 5,7% – Fragilidade + Comorbidade + Incapacidade: 21% – Somente Fragilidade: 26,6% (Fator independente!!)
  • 14. Métodos para Avaliação • Questionários – Frail elderly functional questionnaire • Instrumentos – Timed-up-and-go Test – Handgrip – Prova de função pulmonar – Velocidade de marcha – Relação comprovada com desfechos adversos. – Avaliação geriátrica multidisciplinar – GOLD standard, porém dispendiosa.
  • 17. Intervenções • Assistência Geriátrica Multidisciplinar – Maior incidência de alta hospitalar – Menor declínio funcional e cognitivo – Menor mortalidade intra-hospitalar Se comparada a internações em unidades de clínica médica geral.
  • 18. Intervenções • Atividade física – Aumenta a força muscular – Melhora mobilidade e funcionalidade – Duração e frequência incertos – Aderência é fundamental – Pequenos ganhos de força muscular refletiram importantes ganhos funcionais.
  • 19. Intervenções • Suporte Nutricional – Ainda não há comprovação científica
  • 20. Intervenções • Terapia Farmacológica – IECA - Melhora a estrutura e bioquímica da musculatura esquelética, diminuindo assim o declínio da força muscular em idosos, melhorando a capacidade de exercício e qualidade de vida. – Testosterona – Aumento da massa muscular, porém com efeitos adversos cardiovasculares. – IGF-I – Não há comprovação de que aumente a massa muscular. – Vitamina D – Melhora da função neuromuscular, porém ainda controverso. FUTURAS PESQUISAS!!!
  • 21. Conclusão • Importância de identificar a população de idosos frágeis: – Auxiliar na ESCOLHA de procedimentos e tratamentos que serão ofertados aos pacientes, pesando sempre os riscos e os benefícios. – O menos é mais! • Necessidade de um método simples e confiável de detecção e graduação da fragilidade.