1. LOGÍSTICA REVERSA DE SUCATAS
DE MATERIAIS METÁLICOS
E SC O LA P O LI TÉ C N I C A DA U N I VE R SI DADE DE S ÃO P AULO
- D E P A R T A M E N T O D E E N G E N H A R I A M E T A L Ú R G I C A E D E M A T E R I A I S -
- L A B O R A T Ó R I O D E R E C I C L A G E M , T R A T A M E N T O D E R E S Í D U O S E M E T A L U R G I A E X T R A T I V A -
junho/2012
A v . P r o f . M e l l o M o r a e s , 2 4 6 3 - C i d a d e U n i v e r s i t á r i a 0 5 5 0 8 - 0 3 0 – T e l . + 5 5 1 1 3 0 9 1 5 2 4 0
F e r n a n d o K a m e o k a
4. CONCEITOS – FORNOS PRIMÁRIO E PANELA
• O forno primário utiliza três grandes eletrodos de grafita para fundir o aço
através de passagem de corrente elétrica alternada;
• Durante o processo de fusão é soprado oxigênio por meio de lanças com o
objetivo de baixar o teor de carbono e de fósforo no banho líquido. O oxigênio
reage com diversos elementos químicos do banho formando a escória de alto
forno;
• Retira-se uma amostra do banho para análise da sua composição química;
• Ao atingir o teor de carbono e a temperatura ideais (em torno de 1600ºC), o
banho é vazado (90 a 100 t) para tratamento em metalurgia de panela;
• Na panela são adicionados carvão e elementos de ferro liga para o acerto do
teor de carbono e de Si, Mg, CaO;
• É então injetado Ar objetivando a homogeneidade termo-química da corrida
• Após esse processo o forno panela é trasladado para a área de lingotamento
contínuo
5. CLASSIFICAÇÃO DAS SUCATAS FERROSAS
SUCATA INTERNA - gerada dentro da própria Usina Siderúrgica
SUCATA INDUSTRIAL - gerada em metalúrgicas, fundições e plantas industriais
SUCATA DE OBSOLESCÊNCIA - captada pós consumo, provém da coleta de quaisquer
materiais metálicos colocados em desuso que estejam em condições de serem reciclados
SUCATA DE BENS DE CAPITAL - obtida com a demolição de unidades industriais e/ou
obsolescência de máquinas e equipamentos
Fonte: Iron and Steel Scrap 1999 – UNCTAD; BNDES
6. SETOR SIDERÚRGICO
Insumos Unid 2006 2007 2008 2009 2010
Minério de Ferro 103t 34.695 40.087 38.762 30.793 37.942
Sucata de Ferro e Aço 103t 8.544 8.853 9.405 7.452 8.660
CONSUMO DE MATÉRIAS PRIMAS SIDERÚRGICAS
Fonte: Anuário Estatístico: Setor Metalúrgico 2011/ Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Brasília: SGM
7. A PARTICIPAÇÃO DOS SUCATEIROS
Fonte: Relatório Técnico 83 – Reciclagem de Metais no País, MME, 2009
8. SUCATA DE AÇO
Em 1t de aço reciclado
economiza-se:
1.140kg de minério de
ferro
154kg de carvão
18kg de cal
Carregamento no FEA:
70% Sucata
30% Gusa
RECICLAGEM DE PRODUTOS OBSOLETOS
Fonte: Relatório Técnico 83 – Reciclagem de Metais no País, Ministério de Minas e Energia, 2009
9. PROCESSAMENTO DA SUCATA FERROSA
Portaria/Controle
de caçambas Pesagem (bruto)
Detector de
radioatividade
Seleção por tipo
de sucata
Descarregamento
e estocagemProcessamento
Transporteou
carregamento
10. SUCATA DE ALUMÍNIO
• O gasto energético na
reciclagem é 95% menor
que na produção
primária do alumínio
• A reciclagem de 1.000 kg
de alumínio significa
5.000 kg de minério de
bauxita poupados
• No Brasil, a média de
tempo estimada para a
reciclagem de uma lata
de alumínio é de 30 dias
CICLO DE VIDA DO ALUMÍNIO
12. EVOLUÇÃO DA RECUPERAÇÃO DE SUCATA DE
ALUMÍNIO NO BRASIL
0
50
100
150
200
250
300
350
74 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Latas Outros Sucata Rec. x Cons. Doméstico (%)
Unidade: 1000 toneladas
13. RECICLAGEM DE ALUMÍNIO
RELAÇÃO ENTRE SUCATA RECUPERADA E CONSUMO DOMÉSTICO - 2009
Fonte: The Aluminum Association; Associação Brasileira do Alumínio, Cálculo
14. RECICLABILIDADE DE LATAS
Fonte: ABAL; Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade; The Japan Aluminum Can Recycling Associacion; Câmara
Argentina de la Industria del Aluminio y Metales Afines; The Aluminum Association; EAA – European Aluminium Association
19. ÍNDICES DE RECICLAGEM
O International Metal Study Group, por meio de seus Grupos de Cobre, Níquel e Zinco-
Chumbo, sugeriu a homogeneização de metodologias de cálculo de reciclagem. Assim,
foram definidos, entre outros, dois indicadores de reciclagem:
Recycling Input Rate (RIR): é definido como a quantidade de metal reciclado (sucata
velha e nova) dividida pela quantidade de metal produzido no país ou região. É uma
medida da disponibilidade de suprimento de matéria-prima para um segmento industrial
de um metal em um país. Pela definição, percebe-se que não se aplica a um país que não
produza o metal.
Overall Recycling Efficiency Rate (RER): é definido como a quantidade de metal
reciclado (sucata velha e nova) dividido pela quantidade de metal disponível para
reciclagem (sucata velha e nova). O RER mede a eficiência com que a sucata disponível é
coletada e reciclada. Este indicador requer para sua determinação o conhecimento da
quantidade acumulada de metal descartado pela sociedade de um país, isto é, o
estoque/reservatório, desconsiderando a parcela não recuperável, aquela fração usada de
modo dissipado (como em tintas e fertilizantes).
20. ÍNDICES DE RECICLAGEM
O índice de reciclagem (%) de metais e ligas foi calculado pela quantidade de sucata
reciclada dividida pelo consumo aparente do material.
Metal/
Produto
Índice de
Reciclagem
Observações
Aço 28% Considerou-se a sucata adquirida pelas usinas siderúrgicas (6,4 Mt),
Alumínio 36.6% Corresponde a 412,3 kt de alumínio reciclado
Chumbo 62% Estimado (dados de 2007); Corresponde a 142 kt de chumbo reciclado
Cobre 32% Corresponde a 169 kt de cobre reciclado
Zinco -
Não foram encontradas informações para o cálculo do índice de
reciclagem
Estanho -
Níquel -
Índice de reciclagem – Brasil
Fonte: Anuário Estatístico: Setor Metalúrgico 2011/ Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Brasília: SGM.
21. ÍNDICES DE RECICLAGEM
De modo geral, quanto mais industrializada e madura a economia de uma nação,
maior a quantidade de materiais disponíveis para reaproveitamento.
Metal/Produto Índice de Reciclagem (%)
Aço 77
Cu 35
Pb 80.5
Al 46
Sn 16
Ni 46
Zn 23
ÍNDICE DE RECICLAGEM – REFERÊNCIA EUA (2005)
Fonte: Anuário Estatístico: Setor Metalúrgico 2011/ Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Brasília: SGM.
22. SUCATAS E A PNRS
Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei nº 12.305, de 2
de agosto de 2010 – Capítulo II, Art. 3º, XII
Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 – Capítulo
III, Seção I, Art. 13
LOGÍSTICA REVERSA: “instrumento de desenvolvimento econômico
e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”
Fonte: Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305 de 2 de Agosto de 2010
23. DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010
Capítulo III, Seção II, Art. 15
“Os sistemas de logística reversa serão implementados e
operacionalizados por meio dos seguintes instrumentos:
I - acordos setoriais;
II - regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou
III - termos de compromisso.”
Fonte: Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305 de 2 de Agosto de 2010
24. Te l e f on e ( 1 1 ) 3 09 1 5 24 0
fern an d o . kameo ka. u sp @g mai l. co m | j t en o ri o @u sp . br
OBRIGADO
E SC O LA P O LI TÉ C N I C A DA U N I VE R SI DADE DE S ÃO P AULO
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