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Mulheres Entrelaçadas
Dimy thry us Padilha
(201 4)
Tags:
Rhiza Pixel Ebooks, Literatura, Evandro
Raiz Ribeiro, Poesia
Rhiza Pixel Ebooksttt Literaturattt
Evandro Raiz Ribeirottt Poesiattt
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LICENSE NOTES
This ebook is licensed for your personal enjoyment only. This ebook
may not be re-sold or given away to other people. If you would like to
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Este ebook é licenciado apenas para o seu uso pessoal. Não pode ser
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seu uso pessoal, por favor retorne a amazon.com e adquira sua
própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho árduo deste autor.
5
PREPARO DE ORIGINAIS:
Darlan Tupynambá Padilha
REVISÃO FINAL:
Clevane Pessoa / Autores
DESIGN DA CAPA:
Cândido Portinari – Cabeça - 1935, óleo sobre tela. Gentilmente
cedido por João Cândido Portinari
PRODUÇÃO DIGITAL/PUBLICAÇÃO:
Rhiza Pixel / Evandro Raiz Ribeiro
FOLHA DE ROSTO:
Carla Cisno
6
BABY LOVE (Carta a meus Pais)
MARIA CÂNDIDA PORTINARI
IN MEMORIAM
Isso foi enviado para algum lugar aonde
nem tudo faz sentido, mas quando
você percebe, já está em sua vida…
O MUNDO DOS PAIS!
Mãe, Pai, eu era assim? (Maria Candida se referindo à foto de um bebe que
ela pegou na internet para ilustrar a carta).
Não me lembro, só sei que vocês me amavam e ainda me amam. Cara, vocês
são demais. Vocês me amam de qualquer jeito, vocês sempre me perdoam…
Vocês são muito legais e divertidos. Resumindo, vocês são demais.
Esse cartão foi enviado para os meus pais saberem que sou uma menina com
a esperança de sempre poder melhorar e sonhadora. E para saber que seu lema é
sempre:
“Nunca é tarde demais, mas às vezes não dá para voltar atrás”.
PAI E MÃE –
Um bem precioso que os filhos nunca querem perder apesar das brigas, os
pais são as pessoas que perdoam por tudo, apesar que às vezes as coisas têm
preço.
Às vezes o filho só dá valor aos pais quando perde eles ou quando acontece
uma coisa ruim na vida e que os pais tinham avisado.
Saibam que desde que nasci dei valor a vocês, mesmo irritada amando vocês
e nunca querendo magoá-los. Porque magoar os pais é um dos maiores pecados
que o filho pode cometer.
Eu sei que nunca fui uma anjinha de menina, mas saibam que nunca quis mal
a vocês.
7
Nossas brigas às vezes não têm sentido, às vezes têm, mas a briga pode ser
o tamanho que for, mas mesmo assim nunca querendo o mal, apesar das coisas
faladas, que não deveriam.
E saibam que desejo a vocês:
- Felicidade
- Carinho
- Respeito
TUDO DE BOM!
E quase tudo que tenho devo a vocês, por me darem um pedaço da minha
vida, no outro pedaço eu já saí de um bebê para uma pré-adolescente, apesar que
mesmo assim vocês me davam muitos conselhos.
BJSSSS – Nem essa carta diz o quanto amo vocês…
Um rio de coisas boas aconteça com vocês em 2008 e em todas suas vidas.
Na vida de vocês o mal não pode existir.
SEMPRE O BEM COMANDANDO!
Tudo de bom, Felicidades, respeito, carinho, etc. Os filhos nascem para
trazer felicidade aos pais e mais responsabilidade…
Os filhos nascem para o bem e nunca para o mal, os filhos conseguem fazer
os pais voltarem à infância, uma viagem na vida deles, um sonho que não daria
para ser realizado sem o filho.
Apesar de pré-adolescentes brigarem muito com os pais, eles nunca têm a
intenção de magoá-los.
Só escrevi essa carta para sorrir e para dizer que sou:
- Sonhadora
- Sempre com esperança de melhorar
Se essa carta fosse prova, tiraria um E porque está incompleta. Nem com ela
consigo dizer o amor que sinto por vocês.
8
Texto escrito aos 12 anos de idade.
9
RHIZA PIXEL EBOOKS
MULHERES ENTRELAÇADAS - 1ª EDIÇÃO: MARÇO / 2014
COPYRIGHT © 2014 BY DIMYTHRYUS PADILHA
1 0
Sumário
Capa
Ficha Técnica
Baby Lov e (carta a meus Pais)
Preâmbulo
Prefácio
Biografias
Posfácio
1 1
1 2
T udo teve início com uma chamada que recebi por meio de um contato n
Dieese-SP convidando-me a participar de uma exposição voltada a
mulher em 2013; como já é de meu feitio, não me ative e compartilhei o convite
a todos que fazem parte de meu mailing, convocação que fora aquiescida junto a
alguns seletos autores e artistas… Infelizmente o Projeto não foi pra frente,
criar arte é sempre uma batalha, sempre há quem queira crescer às custas dos
artistas, sem nunca olhar para o artista em si, de um lado obra enquanto arte
encanta, do outro o artista enquanto fomento de arte, é esquecido deixado ao
canto. Inquieto contatei minha madrinha da Paz, Clevane Pessoa EMBAIXADORA
UNIVERSAL DA PAZ (CERCLE DE LES AMBASSADEURS UNIV.DE LA PAIX
-GENEBRA, SUÍÇA) E RESPONSÁVEL PELA REVISÃO ORTOGRÁFICA DESTE
TRABALHO, que propôs a criação de um Ebook de MULHERES ENTRELAÇADAS,
de modo que a obra ficou esquecida no aguardo de alguma luz fulgurante; levei
três dias para aprontar os textos e adequá-los , mais três para aprender a criar
um índice e outros dois para fazer as correções apontadas; foi então que escolhi
a Imagem “SENZA VOCE” da Artista plástica portenha Carla Cisno – Ainda que
a imagem esteja ligada a voz, suas sinuosidades me reportavam à leveza dos
cabelos femininos o que me inspirou ao título MULHERES ENTRELAÇADAS.
Apesar de todas as pedras do caminho, este trabalho clamava o luminar sem
qualquer ônus a nossos confrades, havia de ser a retribuição ao carinho com que
eu e a Clevane; grande propagadora deste evento, recebemos ao sermos
atendidos em nossos chamados.
Não posso encerrar sem antes deixar os agradecimentos ao escritor e
fotógrafo Teócrito Abritta, que atendeu a dois convites meus, o primeiro o de
integrar algumas de suas belas fotografias ao projeto e o outro de criar um texto
que servisse de abre alas a esta edição.
Estendo ainda estes agradecimentos a todos que estão envolvidos a este
projeto, todos os escritores, poetas, fotógrafos, artistas plásticos, artistas de
todas as partes, que possibilitaram a feitura deste projeto, desta edição voltada a
nossas mulheres; a todos meu muito obrigado, por me deixaram encabeçar este
trabalho junto à comunidade em prol da Arte e Cultura de nosso País.
DIMYTHRYUS PADILHA
1 3
EMBAIXADOR UNIVERSAL DA PAZ (CERCLE DE LES AMBASSADEURS UNIV.DE
LA PAIX - GENEBRA, SUÍÇA)
1 4
1 5
N o dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Este d
foi instituído pelo I Congresso Internacional da Mulher, realizado em
1910, na Dinamarca, lembrando para sempre um terrível episódio ocorrido em 8
de março de 1857, em Nova York, quando em uma fábrica têxtil, 129 operárias
entraram em greve reivindicando redução da jornada de trabalho e um salário
igual ao dos homens. A resposta dos patrões foi trancá-las no interior de uma
das salas da fábrica, que foi incendiada, carbonizando as operárias.
Décadas depois deste massacre, milhares de mulheres continuam sofrendo
por este mundo afora, como se carregassem uma maldição imposta por deuses
impiedosos, tal nas tragédias gregas. Neste sentido o personagem mitológico
Cassandra encarna o sofrimento feminino através dos tempos.
Cassandra, por não corresponder ao amor de Apolo, foi punida, perdendo a
credibilidade de seu dom profético. Era capaz de prever o futuro, alertar os
homens das tragédias iminentes, mas nunca levada a sério. Previu a Guerra de
Troia, massacres e tiranias, sempre diante de ouvidos surdos, que não levaram a
sério os seus vaticínios da destruição desta cidade e terminou sendo levada como
despojo de guerra para Micenas, onde foi assassinada.
Portanto, o Dia Internacional da Mulher deve ser uma oportunidade de
romper com esta verdadeira maldição que acompanha as Cassandras
contemporâneas, que sofrem em um mundo insensível e surdo aos seus
lamentos e reivindicações.
Em oposição às manifestações oficiais por esta data, que tal marcar o Dia
Internacional da Mulher por um protesto-homenagem-denúncia vindo de
pontos extremos de nosso planeta, como a baixada fluminense e os contrafortes
do Himalaia, na poética Darjeeling, na Índia?
Da baixada fluminense vem o terrível depoimento de uma senhora na casa
dos quarenta anos, mas com o rosto em frangalhos, esculpido pelo terror de seu
cotidiano.
“Andei a noite toda procurando a minha menina, que disseram estar
zanzando por umas bibocas pros lados de Niterói. Encontrei-a jogada na rua,
toda machucada, mas agradeci a Deus por estar viva. A menina foi castigada
por andar com os rapazes da comunidade rival. Escapou por ser abobalhada
1 6
(retardada), mas na sua amiga, que dava as ideias, deram uns tiros nas pernas
e tacaram fogo. Só não sofreu mais por que o chefe da boca era temente a Deus
e acabou com a farra da moçada, estourando os miolos da infeliz. Que Deus
proteja a sua alma!”
Da Índia, considerada por alguns um exemplo do triunfo do capitalismo
desenvolvimentista, vem um singelo sorriso feminino que, a par de sua
esperança, não deixa de mostrar a universalidade das brutalidades contra nossas
Cassandras que falam, choram ou sorriem, sempre em um mundo de surdez.
“O trem avançava vagarosamente, disputando os trilhos com vacas,
pedestres e toda a sorte de veículos. Na beira do caminho, farrapos humanos
trabalhavam na chuva, quase que invisíveis dentro da neblina. Quebravam e
carregavam, cambaleantes, enormes pedras. Pelas pequenas mãos
machucadas e envoltas em trapos enlameados, vi que eram mulheres
realizando um trabalho acima de sua capacidade física e em condições
subumanas. Não resisti, abandonei o trem e me aproximei. Uma das mulheres,
após descarregar suas pedras, afastou os panos encharcados que cobriam o
seu rosto e deu um lindo sorriso, mostrando uma face jovem, cortada por
profundas marcas de sofrimento, mas com grande feminilidade, exibindo
adornos coloridos emoldurados por um casaco já surrado que cobria um
delicado vestido. A chuva escorria pela testa, destacando a marca vermelha dos
deuses que a abandonaram. Pensei ter perdido o trem, mas ao me voltar, todos
estavam parados, desde os maquinistas até os passageiros, calados e
consternados como se refletissem sobre aquela jovem anônima que parecia
embalada pelo Coro da Oréstia de Ésquilo que repetia: A desgraça te faz
corajosa.”
Neste trabalho, dezenas de escritores, poetas, artistas e fotógrafos, trazem
poeticamente suas reflexões, mergulhando na sensibilidade da alma feminina e no
papel das mulheres neste mundão de Deus. Desta pluralidade de visões e ideias,
vindas de diferentes pontos da terra, é que enriquecemos e crescemos.
TEÓCRITO ABRITTA
FÍSICO E ESCRITOR - DIAMANTINA - MG BRASIL
1 7
1 8
AMAZONAS DE HOJE
Hoje criei tempo pra me amar
Encontrar-me, sentir, acariciar
Esta outra parte de mim,
Que vive tão distante
Em mundos paralelos
De sonhos ideais
Perdoei e integrei
As mutantes que trago dentro em mim
Deusas de muitas faces:
Salomé, Madalena
A Guerreira e Maria
Desconhecia o poder
A força e o medo
Que a escuridão e a ilusão causavam
Que me cegavam
Que me separavam deste mundo
Ao mergulhar nas profundezas
Das fossas oceânicas
Encontrei seres de luz própria
Indicadores de outras vidas
Outras dimensões
E assim me entreguei
Ao me guiarem para a superfície
1 9
Processo novo foi iniciado
De aceitação e compaixão total
Que me integrava, eu, minhas irmãs
As Amazonas, habitantes da Mãe Terra
Filhas do Mundo e da Polaridade.
AMAZON FRAU VON HEUTE
Heute habe ich Zeit, mich zu lieben,
Mich zu finden, zu fühlen und zu streicheln
Ein andere Teil von mir, der weit weg wohnt
In den parallelen Welten der Träume
Ich habe verziehen und integriert,
Alle Mutanten die in mir sind
Salome, Magdalene
Die Kriegerin und Maria
Göttinnen mit vielen Gesichtern
Ich habe nichts gewusst über die Macht
Die Stärke und die Angst
Alles, was die Dunkelheit und Illusion verursacht
Ich war blind und getrennt von dieser Welt
Im den Tiefen der ozeanischen Gräben
Ich habe Lichtwesen kennenlernen dürfen,
Indikatoren eine anderen Lebens
Andere Dimensionen
So ergab ich mich, „Kapitulation“
20
Geleitet zur Oberfläche
Habe ich ein neues Kapitel initiiert
Über Akzeptanz und Mitgefühl
Für mich und meine Schwestern
Amazon Frau, Bewohner von Mutter Erde
Töchter von der Welt und „die“ Polarität
Augsburg, 6 de agosto de 2013
21
22
POEMAS
O texto é o mesmo
repetição
um beijo pousa
uma saudade decola
o amor sugere
a incerteza se instala
indiferente
o vento passa
o olhar procura
na fresta da roupa
a pele oculta da mulher.
Na falta de um cigarro,
O beijo toma conta
dos lábios.
Da boca, renasce o desejo.
Na língua, a umidade
lubrifica o amor.
Começo de tarde, curto,
sem gosto de chocolate,
mas molhado
de chuva e volúpia.
O umbigo transborda
o éter
23
alva, lisa
sem marca
de cansaço
epiderme de mulher
o mar do nome
doce, leve
peixe
a dança refresca
o belo namora
a boca e as pernas.
24
MULHER
Uma geografia
sempre a ser descoberta
obscura e secreta
como a solidão.
…
Em silêncio
a intimidade feminina
acende o mistério
que faz lembrar
o aroma dos devaneios
que transporta
o fim da tarde.
O olho caça
na mata
abaixo do umbigo
um abrigo
secreta pátria
a língua avista
bem no centro
do jardim de pelos
o lugar
caverna doce e úmida.
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34
T
DEUSAS E MONSTROS
odo dia ela acordava Esfinge. Esfinge Egípcia, quieta, muda, olhar de
Capitu. Olhos de ressaca que engolem a alma de quem se atreve a
encará-los. O marido já deixava o café pronto e ela ficava ali, sentada por 40
séculos em sua cadeira, olhando para o lugar vazio outrora ocupado pelo filho
que se casara com uma Esfinge Grega, agressiva, provocadora e louca, que ele
encontrou no meio do caminho para Tebas.
“Sereia linda cantora igualzinha a descrita por James”. Atendia pelo nome de
Joyce e tinha longas serpentes na cabeça, empinadas e prontas para dar o bote,
apenas aguardando um cidadão desavisado. Serpentes douradas que se esticavam
sob a luz quando o sol aparecia e tornava morno o sangue frio de réptil.
Então ela se olhava no espelho e perguntava se era ainda a mais bela, mas o
espelho sabia que ela estava na TPM e tinha medo de responder. Furiosa com
seu silêncio, ela arremessava o celular na parede e gritava que queria que o
espelho fosse embora, ou então que Deus a matasse logo, antes que suas rugas
se multiplicassem e que o maldito fogo da menopausa a consumisse em alguma
longa noite de insônia. “Deus, me dê um dinheirinho para a lipo e para o Botox!”
Lá pelo meio dia ela era loba, perseguindo o estagiário que esquecera de
pagar suas contas, arrancando um braço ou uma perna do chefe tirano, fugindo
dos caçadores que a desejavam em suas camas apenas por uma noite. Ligou o
rádio e ouviu aquela música romântica que a fazia lembrar do seu primeiro amor.
Parou imediatamente em contemplação!
Da sua fronte brotaram estrelas e ela abraçou o mundo. A Grande Mãe,
dando à luz toda a Criação. A inimiga da Morte, a Guardiã da Vida. Em meia
hora já havia esquecido todo o ódio que sentira pela raça humana e estava
prestes a pisar com o pé direito sobre a cabeça da serpente. Mas teve pena dela,
porque a Mãe se apieda de todas as criaturas. Ela se esticou sobre o mundo e
seu corpo era o Céu.
Quando a tarde desceu sobre seu coração ela se fez chão e abriu-se para o
arado e as sementes e amou tanto a humanidade que floriu inteiramente. Rainha
da Primavera. De suas mãos caíram grãos de trigo e frutas e dos seus seios
correram rios de leite e mel, alimentando todos os seus filhos e filhas.
35
Quando veio a noite ela encolheu-se tanto, tanto que virou uma menina.
Uma menina curiosa, de 79 anos. Ela era impertinente. E seu nome era Joana.
Ela não sabia, mas era Joana agora. Joana D´arc. Mal conseguia carregar seu
escudo na batalha por causa da osteoporose. Consciente do seu destino, após
tantas aventuras, quedou-se sobre a grande pira à qual os homens deitaram fogo.
Seu corpo queimou inteiro e ela se fez uma com o fogo, mas quando
pensaram que haviam sobrado apenas um montinho de cinzas, ela se levantou,
com grandes asas brancas, imensas. E voou para o Egito, para onde tudo
começou.
Por que toda mulher é uma Fênix.
36
37
DONA DOIDA, ANDARILHA URBANA
Dona doida pinta o rosto
Faz maçãs em tons de rosa
Nas bochechas que colore
Sombras nos olhos, vários tons
Como num céu azul.
Na boca, um coração carmim
Ajeita os cabelos desgrenhados
Põe um laço de fita
No pescoço mil colares
Pulseiras. Um relógio parado
Ajeita o vestido estampado
Que vai até o tornozelo
Escondendo a meia, desfiada
E o sapato branco, encardido
Gola alta, manga comprida.
Como convém a uma dama antiga
Pega a bolsa, põe a tiracolo
Ri pro espelho, passa perfume e sai .
Dona Doida anda a cidade toda
Todo dia, pra lá e pra cá, sem parar
Anos a fio a andar
Sol, chuva, calor, frio
Andarilha Urbana.
38
Dona Doida, doida, sumiu
Não vejo mais Dona Doida
Com seu pisar mansinho
olhando em todos os cantinhos
procurando…
Quem me dera saber o quê.
Do Livro: Contato Urbano.
39
40
A MULHER SE DESENHA DESENHANDO…
A mulher se desenha
desenhando
um corpo
que se arredonda
sangra
prepara filhos
espera nove meses e
no corpo prepara,
para o filho, alimento
Desenha
mamas intumescidas,
senha,
à espera de carícias
Desenha pelos,
unhas pintadas
se envaidece, mostra-se
bela
A mulher se desenha
desenhando
espírito receptivo
discretamente ativo
desenha o afetivo
em batalhas do dia-a-dia
Desenha-se de corpo inteiro
41
curvas em harmonia
montanhas, vales, caminhos
que mudam de sintonia
AMAMENTAÇÃO
Seios intumescem
Leite escorre
Fico atenta
Ouço o choro
mato a fome
dou-lhe colo
aconchego
brincadeiras
Num sorriso
abre os olhos
Entro neles
em mergulho
Mais que fome
do organismo
alimento esperança:
manter vivo
o riso e a paz
desse mergulhar
ESCONDIDA
42
Me escondi
por muito tempo
por timidez
vergonha de me mostrar
por só pensar
nos defeitos
que cresceram
apareceram
encobriram
esconderam
o eu
Troquei de espelho
Hoje visto vermelho
verde e laranja
tudo colorido
Alegrei meu espírito
Encontrei a beleza
escondida nos detalhes
Voltei no tempo
viagem de (re)conhecimento
construção de outra história
O olhar
é que estava encoberto
Apesar de mais velha
o espelho me reflete
mais bonita
do que era
( do livro FotoGrafias de DesCasamento, Anome Livros. 2008)
NOVA MULHER
Não separo
43
meus inúmeros seres
nem dou nomes diversos
a cada eu meu
Às vezes o poema brinca
palavras marotas escritas
por um eu que brinca,
ou chora
e busca outra vez a vida
Às vezes o poema ama
declamo, versos dedico
Odeio? Ah! Não consigo!
Reclamo e abdico
Há verso que diz história
outros imaginação ou memória
Junto todos, me identifico
mulher, múltipla jornada
que não sabe ficar parada
segue
Sei sacudir a poeira
dar a volta em poema
ser guerreira
Às vezes peço arrego
44
45
PARA VOCÊS
Onde estão as pregas da sua garganta…
Quando vale só o que está exposto?
Por mais que você tente não adianta
Há como disfarçar as marcas do rosto
Mas os traços no pescoço não
E nem mesmo as linhas da mão.
Onde estão as pregas da sua garganta
Agora que já não podem mais lhe calar
Você gritou quando quis apenas falar
E quando uma mulher ativa se levanta
No pedal da estrada ela pisa fundo
E sua força começa a mover o mundo.
Até hoje você não gozou por não descobrir
A força do seu ventre é capaz de lhe levar além
Continuar inventando desculpas não faz bem
Nunca é tarde para cair na real e de fato se abrir
Não é necessário consultar vidente ou advinha
Quando você aprende pela estrada que caminha.
46
47
MULHER
A flor que um dia chorou
Perfuma uma nova mulher
O tempo em que silenciou
Não sobrou um vestígio sequer
Nos olhos, nos beijos e abraços
Uma forte mulher ficou
Em braços de ferro e aço
Nos mais belos dias gritou
Sou forte, sou estrela e lua
Por mais que pareça nua
Sou honrada em dizer-lhe não
Sou glória, sou vida e futuro
Por mais que eu esteja no escuro
Eu tropeço mas não caio no chão
48
49
50
51
52
CELEBRAÇÃO
Chego a flutuar
Com a suntuosidade do luar
O som das ondas
Do mar prateado
A sensualidade da moça bronzeada
Que contempla o instante.
O mar, a moça, o luar
Desenha-se uma obra singular
Com traços projetados pelo sagrado.
Escreve-se um poema eterno
Com frases escritas pelo poético olhar.
Compõe-se uma melodia terna
Na harmonização virtuosa da essência.
Faz-se um templo de encantamentos
Em um espetáculo de pulsação
Que transcende o ápice do sublime
O mar, a moça, o luar
Esplendorosa celebração.
MAQUIANDO
Universo/d’versos
Lábios
Híbridos
53
Espécie
Rara
54
55
RUGAS FEMININAS
Cada pedaço da alma partida
faz-se traço
no rosto cansado:
MAPA
do amor diluído
do afeto des/leal
do que era Mal
e parecia Bem.
Que fazia aguardar
outono de pomos suculentos
primavera de flores sem sono
até verão,
mas era
invernia
dessas que gretam o self, o coração.
Estranho:
uma perplexidade sem tamanho:
em vez de desesperança,
brotam das sementes plantadas em criança
uma nova floração!
E tudo recomeça.
As rugas de todas Marias,
com quaisquer nomes
na certidão.
As marcas essas desaparecerão?
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61
IMPULSO DO PÁSSARO LIBERTO DA NOITE
À Beki Klabin, sorrindo como o amanhecer
Libertou-se de preconceitos,
trôpega em viagens emotivas,
a dama-ave do café society
Como um raio de sol
— que possui sombras —
ironizou a madrugada e a amargura:
— Viveu!…
A solidão bateu em sua porta,
não a recebeu, queria-a cor de marfim…
… e esta angústia de não ser mascarada…
Feriu-se ao correr das ilusões
E foi, caminheira, varrendo cinzas da noite
na estrada vida — nuvem sem destino.
Renasceu em sereno,
beijou a boca do vento
e voltou à estrada:
com riso de infância.
Desfocou a tristeza ao sorrir
e fez das lágrimas secas, estátua.
Afinal é mulher, apenas mulher
É Beki — luz que acende estrela:
— Flash!
Flash-Back!
Flash-Beki,
Beki, raiz da musa, seiva que gemina…
62
Do livro: “Literatura Século XXI” , vol. I, Editora Blocos, 1998, RJ
63
64
MULHERES NOTÁVEIS
“Mulheres Notáveis”
Cada uma a seu jeito,
Mulheres inigualáveis
Causas e efeitos.
Somos mulheres,
Mulheres mães, mulheres esposas,
Mulheres avós,
Mulheres multi.
Causas e efeito,
Com liberdade de expressão,
Claro, ninguém é perfeito,
Somos mulheres temos coração.
Mulheres, distribuímos amor,
Permanecemos fortes,
Venho o que for,
Buscamos nossa sorte.
Ti, ti, ti, blá, blá, blá,
Não Somos marionetes
Não Queremos só lavar,
Cozinhar, “Amar”.
Não vamos deixar,
Ninguém nos manipular.
Manipular nossas vidas,
65
Isso pode isso não.
Não queremos ser comparadas
A Amélia, a pano de chão.
Não queremos ser pisadas,
Muito menos massacradas,
Ser um saco de pancadas,
Sermos violentadas.
Mulher é bicho esquisito,
Assim dizia a canção
Mulher é mulher e pronto!
Quer amor e compreensão.
Somos amor, doação,
Na luta, incansáveis,
Somos Marias, Mercedes, Lias, Rosanas,
Suzanas, Euridices, Creuzas, Brunas,
Gerusas, Betes, Coracys, Efigênias,
Martas, Iaras, Marílias, Iones, Léas,
Sol, Auxiliadoras, Renildes e outras
Tantas…
Somos mulheres vencedoras
Incansáveis, “Mulheres Notáveis”.
66
67
SÓ DESCULPAS!
Mulher! Você é incansável,
sai para a labuta da vida, do dia a dia;
e sacia os meus prazeres
em todos os momentos que chega.
Ainda lava, passa, cozinha e
cuida de filhos,
e mesmo assim; ainda penso absurdos de você!
Sei que lhe maltrato tanto
com o meu machismo
e só lhe peço desculpas, desculpas, desculpas
isso não é amor!
Amar!
é confiar, dialogar, dividir as tarefas que cabe
ou não a mim;
fazer o impossível por você, meu grande amor.
68
69
PÁLIDOS LADRILHOS
Na cozinha a solidão,
dias corridos
copos, pratos, talheres
azeites, temperos moídos
misturam-se à minha face
suada, pálida, envelhecida.
Sou o almoço, café da tarde
a janta, o bolo ou o suco eventual
cada prato opaco pelo vapor da comida
o dever diário de me anular
de segunda a sexta-feira
meu perfume, o alho poro e a cebola roxa.
Com a face inundada
entre ladrilhos gordurosos
minha vida se esvai
Junto a frigideiras esquecidas a pia
acumuladas entre tantas outras
que diariamente me aguardam.
Esqueci a figura juvenil
qual um dia pertenceu-me
entreguei-me, alma e corpo
a uma boda de anulação e nostalgia
à noite estou mais gorda
7 0
cansada, esquecendo-me dia a dia.
MEU CAFÉ DA MANHÃ
De manhã, quando o sol desperta
Já me encontra a sorrir e a passar o café.
O galo ao cantar
Já não mais estranha
Sabe que é a manteiga a derreter ao pão.
Ao estender a toalha
Ainda alva, estática na mesa
É meu rosto que vejo.
É a ela a quem pergunto:
Pelo o quê mesmo que me apaixonei?
Olho-me ao espelho
Meu cabelo sem brilho
Preso a grampos enferrujados
Apresenta minha alma
Desbotada e esquecida junto à louça.
Mais um pouco, eles levantam apressados…
Meu bem, você viu minha gravata?
Mãeee, não acho meu caderno!
O leite esparrama ao fogo
E acelerados todos se vão
E junto às migalhas encontro meu sorriso.
7 1
7 2
AOS DETURPADORES DO AMOR
se tiver que bater, bata
na cara da própria covardia
se tiver que arrancar, arranque
os cabelos da própria valentia
se tiver que rachar, rache
a testa da própria hipocrisia
se tiver que furar, fure
os olhos do próprio ciúme
se tiver que puxar, puxe
as orelhas do sentimento de posse
se tiver que apertar, aperte
o gatilho no nariz da própria sorte
se tiver que lascar, lasque
as unhas da própria vaidade.
se tiver que enjaular, enjaule
a própria irracional animalidade
se tiver que incendiar, incendeie
a casa e o quintal da própria maldade
se tiver que amputar, ampute
os músculos de sua prepotência
se tiver que socar, soque
a boca da própria ignorância
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se tiver que quebrar, quebre
os dentes da própria arrogância
se tiver que cortar, corte
a própria língua que enfeitiça
se tiver que enforcar, enforque
a garganta da vingança
se tiver que envenenar, envenene
o ventre da própria insegurança
se tiver que metralhar, metralhe
a vidraça da própria desconfiança
se tiver que atirar, atire
no peito da própria amargura
se tiver que amarrar, amarre
as patas da própria força-burra
se tiver que decepar, decepe
os dedos da própria loucura.
se tiver que esfaquear, esfaqueie
as longas pernas da própria mentira
se tiver que aprisionar, aprisione
as mãos e os pés da própria ira
se tiver que sufocar, sufoque
o grito do próprio desespero
se tiver que afogar, afogue
as próprias mágoas enfim
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se tiver que matar, mate (e bem matado!)
o egoísmo dentro de si
reflita… erga a cabeça e vire o disco
e que ninguém tenha que fazer nada disso
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(TROVA)
Mais um namoro desfeito
ela não quis lamentar:
e conheceu o par perfeito
através de um avatar.
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MULHER, QUAL É O SEU NOME?
Mulher, qual é o seu nome…
A sua graça,
O seu jeito.
Qual é a sua sina,
Seu caminho,
Seu percalço com entraves e passagens.
Em que momento da história
A sua memória e glória
Resplandeceram sua marca,
Seu nome,
Seu suor,
Sua raça.
Mulher, qual é o seu nome…
Maria de todos os tempos,
De todos os cantos
E todos os encantos.
Maria de todas as canções,
Todas as melodias,
Todas as notas e sinfonias.
Maria de todos os desejos,
De todas as bocas
E todos os beijos.
Maria de todos os filhos,
Todos os homens,
Todos os santos.
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Maria de todos os medos,
Todas as dores,
Toda perseguição.
Maria de todos os prazeres,
Toda meiguice,
Toda sedução.
Maria-flor, pétala suave…
Maria-felina, fera indomável…
Maria-mulher…
Maria, Luciana, Renata, Fernanda ou Ana???
Mulher, qual é o seu nome?…
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92
MULHER
Mulher…
Que, no místico de rosa e espinho,
É assim do Éden airosa, terna…
Garbo que no mundo Mulher se fez!
Tal qual um anjo,
nos fascina e protege;
Nos ama e até perdoa!
Quando paixão, se faz presente
trazendo-nos serenidade…
Mas costuma, com seu encanto,
conturbar-nos o coração.
E tal como uma pétala de rosa,
Se deixa umedecer em orvalho
Ou por um beijo,
Exalando com propriedade o seu aroma,
formando assim um elo de alento
num entrelace dolente de amor,
Envolvendo-nos completamente!
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ROSA SUBLIME
A rosa mais bela
que o experiente “ botânico”
colhe, é a rosa do coração
etérico humano; toda cravejada,
de pedras preciosas lindíssimas,
sublimes; ornadas no peito humano
pela essência do sangue redentor
do Cristo Jesus, em coparticipação
harmoniosa com o discípulo fervoroso,
a serviço da causa humana
carente.
Ó rosa imaculada, divina,
majestosa, amiga,
carregando as dores de toda a Humanidade;
feliz sejas tu em teu propósito magnânimo
de servir os irmãos que sofrem,
sem medir esforços,
pelos séculos e milênios futuros !
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DOR CALADA
Em nome do amor próprio
Tenho hoje coragem
Inda uma coragem fraca talvez
Mania de esconder
Até o medo…
Nem toda vez pude gritar
Pedir socorro, meus ais…
Aos socos, pontapés,
Vi-me no chão de mim mesma.
Pior então, quando acusada
Sem motivo sem saber do quê
E eu tinha de ceder, ceder
Perdida em desvalor me encontrava
E me sentia das criaturas a pior…
Há um provérbio então que diz:
Em mulher não se bate nem com flor!
Pois não, Maria da Penha!
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ÓVULO
Os cães ladram
atrás de todas as
portas
mulheres
mortas de
medo
sangram
sobre panos
quentes!
CONCLUSÃO FEMININA
Concluiu
os
cabelos
com Wella
Siliconou
as
ideias depois
cortou
os
pulsos toda
bela!
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DOCES GUERREIRAS
Desejo falar sobre as mulheres de agora,
Mas que carregam em si muito daquelas de outrora,
Identificadas nos anseios,
Nos sonhos, nas dores.
Nas vitórias e nas derrotas,
Nos amores e desamores,
Na doação irrestrita aos filhos,
Na batalha constante pela sobrevivência
Para provar dia após dia,
Seu valor e competência.
Mulher forte, mulher guerreira
Ao mesmo tempo delicada como flor.
Prioriza o amor, sem ele não sabe viver
Capaz de suportar maior dor,
Sempre com sorriso aberto
Para cumprir sua grande missão
De ser a semeadora do amor
Em todas suas facetas:
Amor maternal, amor filial,
Amor fraternal, amor romântico.
Mulher de muitos amores
Mulher amor – perfeito.
1 1 6
SOBRE A MULHER
A cada ano, em datas especiais parece que obrigatoriamente temos que falar
algo, nos manifestarmos, exaltando conquistas ou enfatizando carências.
Não é impositivo que assim seja.
Ao ensejo do dia 08 de março, não vou escrever sobre a história, sobre atos
heroicos, ou exaltação das qualidades femininas. Já fiz isto em outras ocasiões.
Desejo ressaltar é aquilo que o médico psiquiatra e pesquisador Dr. Augusto
Cury denunciou em sua obra sobre a ditadura cruelmente imposta às mulheres- a
ditadura da beleza- impondo um padrão de beleza universal que hoje não atinge
só as mulheres ocidentais, mas também os orientais, desconsiderando biótipo,
cultura, saúde física ou mental.
A mídia –impressa, ou televisiva- só valoriza a mulher que corresponde ao
que é exigido pelos anunciantes, pelos patrocinadores, estilistas ignorando a
mulher comum, normal.
A propaganda carregada de mensagens (explícita e subliminar) atinge um
imenso contingente feminino, de qualquer idade, posição social ou cultura
levando-as, a despeito da inteligência de que são dotadas, a sentirem-se
desvalorizadas, inferiores, se não se enquadram nos padrões veiculados.
O mercado da publicidade, da moda e da beleza está atingindo crianças,
adolescentes, mulheres maduras causando danos psicológicos, emocionais,
físicos, enfermidades sérias como a bulimia, anorexia e não raro causando até o
suicídio.
O autor fala em síndrome do Padrão Inaceitável de Beleza que é construído
em cima de um padrão doentio, que exige acima dos parâmetros normais de
saúde, induzindo à baixa autoestima, distorção da autoimagem, ansiedade,
depressão, sensação de fracasso, inadequação, desvalorização do aspecto físico,
por não se assemelhar ao que é imposto.
É algo maquiavélico. Quando as mulheres olham um simples comercial de
bolsa, sapato, roupas, sabonete, xampu, desodorante, roupa íntima, maquiagem,
perfume, esmalte, cerveja e produtos masculinos elas não registram em seu
1 1 7
inconsciente só os produtos, suas especificações e vantagens, mas as modelos,
as mulheres que os apresentam também. Isto reforça esta imagem. Só tem
sucesso, só tem valor o padrão de beleza apresentado. Por não se enquadrar na
exigência, as mulheres desenvolvem ansiedade, o que as induz ao consumo. É o
velho e conhecido capitalismo imperando e destruindo a autoestima de milhões
de mulheres.
Todas passam a consumir mais para tapar o buraco emocional causado pela
imposição de um padrão inatingível, que ignora herança genética, cultural ou os
danos emocionais que possam causar.
O autor fala em ditadura interior, que distorce a crítica e a realidade e cujo
objetivo é promover a insatisfação. Quem está satisfeito, está tranquilo, não cai
nas chamadas ardilosas, não precisa consumir em excesso para ser feliz.
O mais grave é que estas sequelas causadas pela imposição midiática não se
esgotam no presente necessitando de décadas para serem superadas.
As mulheres esquecem que o padrão de beleza exigido ou retratado no
decorrer da história não era rígido estando ligado aos aspectos culturais e de
saúde ditados pela sociedade da época. Hoje eles são ditados pelo consumo. A
lei é ter mais e não ser mais.
Creio que na data de hoje, além de prestar um tributo de respeito às
precursoras das lutas pela igualdade e valorização da mulher, cada uma deveria
ter um olhar mais lúcido e crítico sobre tudo aquilo que aparece diante dos olhos
procurando vender juventude eterna e felicidade associada ao aspecto físico.
Que não se acredite em todas as fantasias vendidas nas revistas femininas, nas
quais as relações de consumo aparecem mascaradas e todo anunciante aparece
como um grande benfeitor capaz de acabar com as mazelas de cada um.
Que o Dia Internacional da Mulher seja um dia de valorização interior, de
elevação de autoestima, de cultivo de bom-humor, alegria, de respeito a si
mesmo e as limitações de cada um sejam aceitas como princípio fundamental e
que ninguém em função delas se ache indigno de ter sonhos, de lutar por
objetivos, de ser feliz e realizado.
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INSÔNIA
É noite.
A cidade dorme.
A lua cumpre seu papel.
As estrelas enfeitam o céu.
O silêncio se fortifica.
O amor se vai e a saudade fica.
Os dedos digitam
e o som ecoa na casa.
O ronco dos motores nas ruas
fazem companhia
ao som do apito do vigia.
É noite.
NOSTALGIA
À luz do Pirilampo
escrevo meu canto.
Sob o canto da Juriti
encanto-me para ti.
A ligeira Cotovia
meu triste pranto via.
O amor, meu algoz,
em meu pranto dava nós.
Juntos, porém sós
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nosso amor atroz
trançava linhas e nós
traçando saudade em nós.
Publicado em Camarinhas de Poesia, Lançado em 16-12-2011
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MULHER SEM FRONTEIRAS
Ser Mulher
uma orgia de espasmos doridos sempre felizes
Guerreira vencedora esquecida das honras
sempre presente no comando da panela, da mesa, da bacia, do pente
dos lençóis amassados vergonhosos de carregarem segredos
Nina com carinho seu ventre rebento
com oração bendita do firmamento
Heroína do livro do livramento
esquece magoas, lamentos e a velha inimiga de fel no fundo da boca
esconde num belo sorriso seu grito libertário, libertino de onça acuada
enfrenta o palco em trajes de palhaço
salta o trapézio num pulo mortal
e abraça o recomeço ofertado na rosa carmim de seus lábios
rachados, rugados, partidos, sangrados que sabem tanto beijar
Ser mulher
é ser um rosário de fé
crer e confiar nas promessas de esperança
de que um dia tudo há de mudar na canção nova que sussurra no ar
e sentir que a sensibilidade vencerá a materialidade com a lei da
espiritualidade
Nesses tempos difíceis
muito difíceis
só esse ser tão frágil e tão resistente
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com tamanha capacidade de amor
consegue fazer enfrentamento
com tanta garra, ternura e vigor.
Homenagem de Jânia Souza as mulheres, essas valorosas guerreiras, que
escrevem as páginas da Historia Humana.
BEM AVENTURADAS
(Homenagem ao Dia da Mulher, 08/03/09, em Buenos Aires – Argentina)
Bem aventurado o ventre que povoa a terra!
Bem aventurada guerreira indomável
que com sangue e suor
transforma a face da terra.
Bem aventuradas essas mulheres
incansáveis que curam
com lágrimas com beijos com sonhos de santo e desejos
as chagas da terra cravadas em espinhos cruéis.
Bravas mulheres parideiras, companheiras
sempre amantes de seus homens
de seus filhos, de seus pais, de seu mundo
no abraço ao mar do seu oceano
profundo silente de todo seu pranto
em busca do bem maior
luz esperança na vela que sempre é nosso mundo.
Mulheres do dia a dia
seu nome jamais será desistência
1 24
persiste no amor embora durma na guerra
rega flores na cama da violência
busca paz na enxada cravada no sulco da terra
é chuva de amor nos caminhos de pedra.
Bem aventuradas são essas mulheres
conscientes ou inconscientes do seu papel
pétalas de rosas a perfumar passos inseguros
na incansável jornada de descobrir o finito
desse infinito que é nosso mundo.
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OS OLHOS DE UMA MULHER
Espelhos da alma,
Reflexões da mente,
Poços de esperança,
Fontes de sedução.
Seus olhos são…
Instrumentos da alma,
Pesquisadores da mente,
Substituem as palavras,
Eles falam por si só.
Seus olhos são sempre…
Profundos poços de graça,
Repletos de puro sentimento,
Que coroam toda sua beleza,
Resistindo à ação do tempo.
Seus olhos são eternamente…
Reflexos de toda sua alma,
Enxergam a nossa essência,
Não veem só o lado de fora,
Dão valor à beleza interior.
Sendo assim,
Só dá à mulher o seu devido valor,
Aquele que não quer um momento,
Mas sim uma vida inteira a seu lado,
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Encantado, apaixonado, amando,
A profundidade,
Dos olhos de uma mulher
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QUE ME VENHA ESSA MULHER E ENCOSTE-SE NO MEU CANTO
à Bruna Lombardi
Que me venha essa mulher e encoste-se no meu canto,
que me desafie em suas garras e desafogue meu pranto,
que se enrole em meu pescoço e desate meu colarinho,
que me devore sem dó, sem piedade.
Que me beije, com toda a fúria de seus beijos,
que me cubra de amor e que me cubra de carinho,
que me desperte a sede dos infinitos desejos,
e me desfolhe sem pejo, com toda a sua voracidade.
Que me ensine os segredos dos prazeres na intimidade,
que me prenda em sua rede de braços,
que lambuze meu corpo de batom,
e quando nossos corpos se quedarem lassos,
e eu vier sentir no leito a fragilidade,
que me cubra com seu casaco de pele marrom.
não te direi com palavras
o que posso te traduzir apenas em um gesto
nem te ensinarei a linguagem dos olhos
enquanto eu estiver por perto
nada te direi sem o teu consentimento
mesmo se for Amor ou um simples arrebatamento
mas quero ser escravo do teu Amor
se este prazer me for dado a contentamento
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não te direi que meu coração é deserto
nem que teu corpo é uma flor
que vibra ante meu ser ou ao som do vento
porque o que sinto neste exato momento
e este brilho que vejo em teus olhos
que chamo de Amor que traduzo por um gesto.
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FACTÓIDE
Lua no meu telhado
claridade na escuridão.
Pensamentos rompem a noite
vestem de penumbra minhas saudades.
Vagueiam solitários.
Piratas da tranquilidade
roubam mais que sonhos,
inquietam o mar revolto do agora
onde busco mais que palavras
calor, toque ou perfume.
Talvez a essência de poder ser
além de corpo, matéria, sedução ou posse
mas entranha aberta a magia
do belo, do desejo ou do fruto
que desabrocham para
vivenciar mais um dia.
MULHER NÚMERO PAZ
Nascida mulher
Acalanto colo seio
Óvulo – sêmen - metade – metade.
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Crescida, Declaração, Certidão,
Carteira profissional, Cédula de identidade.
Formaturas, diplomas, CPF débitos e créditos,
Contratos trabalho…
Sobreviva raiz zerada sorte
Amor paixão - Número outra vez
Contrato de risco - toque de amor,
Digitalizada gênio mãe e fada.
Número complexo à distância,
Madrasta da própria sina
Ao olhar translúcido – amor, desejo,
Angústia dor – paz -guerra - morta e esquecida.
Heroína - romance alheio
Cortados à navalha sonhos de vida,
Sem guarida - sem pesares,
Número sorteado, viva pronta à batalha.
Quando já não for, ainda ser - poesia de amor!
Cinza espalhada ao chão sem número,
Sem DNA, renascida Mulher,
Acalanto colo seio - Inteira Amor Paz!
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AMANHECER DAS FLORES
Na manhã daquele dia,
algo se revelava de maneira sutil
como o desabrochar das flores.
Ela buscava a criança …
que se perdera dentro da mulher
formada em sua raiz envenenada de razão.
A menina,
toda força nela havia
e se expressava sem intenção.
Era assim que o sol dos olhos acendiam,
a brincar com movimentos largos
do solto ar de quem respira na paz de ser quem é.
Buscava a criança,
mas era ainda mãe imatura que não sabe bem guiar…
Amava a menina e sabia que um dia
juntas iriam caminhar.
Na manhã daquele dia,
a alma percebia a Deusa se manifestar.
Faíscas de fé a iluminavam da cabeça aos pés;
Raios da verdade a rasgar o chão , solo da ilusão…
Onde a consciência direciona a essência
o ser não precisa se apoiar.
Voa a Deusa por universos sem fins,
1 36
pelo infinito dos mundos
a criar… a criar… a criar…
o impossível, o invencível, o insolúvel!
A Deusa abraça,
mãe e filha
no Amor eterno
que é o fim de todos os céus.
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MULHER
Quero descobrir o poder da natureza a enorme beleza de ti,
doce em carícias, terna de ternuras, teu rosto se esconde, atrás a nuca,
atlas dos meus dedos, teus lábios separados, delícias maldosas as senti,
lutar a vida inteira, estranha canseira, ser eu mesma faminta em corpo cósmico,
trocar bilhetes, profundas maravilhas, ansiosos murmúrios no peito tímida mão,
ninguém me ensinou a chama do amor, ferida no sangue matei o amor,
dentro de mim, conheço em ti, movo o abraço, enlaço de ti, desperto meu
coração.
Quero sentir, ver o sentimento, meu corpo violentado é palco silencioso,
nada que possa tocar, extraí a fraqueza da mágoa, enraízo força de amar,
mulher em guerra não é personagem, na alma perseguida recusei,
volto desprendida sem ter conquistado, senti, não quis um ser amado,
preciso esquecer não ter refúgio, ser, no meu país é destino fatal,
livre Abril, minhas pétalas abertas não cicatrizam, gélida dor,
coração de morte em flor, morre quente em vida real.
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ELUCUBRAÇÕES DE UMA MULHER
Já apressei a chuva,
e ela assustada entrou em estiagem… mas não consegui dominá-la…
Já tentei apressar o pôr do sol,
ele nem me ligou, e aí descobri que tem seu tempo de anunciar
o anoitecer até seu último raio de luz;
Tentei apressar a minha alegria,
mas ela sábia me deixou só com a minha tristeza;
Ufa… que calmo este meu silêncio, será que não pode correr um pouco…
que nada…
ele seguiu seu ritmo, pois tinha um encontro com a paz e eu nem sabia…
não queria chegar adiantado…
Mas algo aprendi de mais profundo… não apressar o meu amor,
sentir em minhas entranhas o desejo mais profundo de ter o tempo, dar o
tempo, ser o tempo de semear, pois sei que sou um solo já meio árido… com
muitas secas… ressacas…
E assim aprendi a não apressar minha raiva,
dar a ela seu tempo para diluir-se
nos campos tranquilo de minha alma ;
E com isso tento, treino, procuro não apressar o outro, respeitar o tempo
que cada um tem para ser o jardim mais florido no Éden da vida…
Vejo que não devo me apressar, me dou o tempo para a minha caminhada,
para o meu aprendizado…
Mas o mais difícil em tudo isso é, manter a mente quieta e tranquila quando
Você… povoa minha calma, o meu tempo…
Aí…. quero estar … mas… com você… com Tempo…
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BISCOITOS
Terça-feira, tarde chuvosa, 17h30min.
No meio do engarrafamento na Avenida Brasil, RJ, direção Caxias, libertei o
pensamento e o olhar passeou pelo entorno. Tudo conhecido, nada novo, a não
ser aquela figura humana, encostada a amurada de um dos viadutos de acesso à
Ponte Rio Niterói. De bermuda e camiseta, empunha numa das mãos um guarda-
chuvas aberto contra a garoa e na outra carrega dois grandes sacos repletos de
algo que não entendi a primeira vista.
Mas, afinal, que diabo faz ela ali?
A cena inusitada trouxe-me de volta o pensamento. Imaginei um carro
enguiçado, um acidente, isso, aquilo, até mesmo que ela estivesse tentando
atravessar as pistas.
Quanta ignorância a minha…
Aquela mulher solitária, na chuva, em meio ao trânsito lento, simplesmente
tentava, em investidas arriscadas, vender biscoitos. Era este o conteúdo dos
sacos.
O pensamento voou de novo, mas desta vez, na direção de tantos brasileiros
que, como aquela mulher, driblam carros, et-cetera e tal para trabalhar e levar
para casa o dinheiro honesto.
Lembrei-me de meu pai citando um contemporâneo seu que disse: “chegará
o dia em que o brasileiro sentirá vergonha de ser honesto”. Particularmente
discordo, e exemplos vivos como esta mulher reforçam o meu pensar.
Honestidade nunca sai de moda. O povo não quer “bolsa-esmola”, mas sim,
trabalho digno para viver e criar a família. Ao contrário do que muitos pensam, a
“lei de Gerson”, aquela de levar vantagem em tudo, não pegou. O povo
brasileiro é trabalhador e honesto.
O resto é exceção.
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MULHER UM SER OU UMA SINA
Nasci assim tão frágil e menina
Neste vasto sertão das Gerais
Nada que ajudasse minha sina
Nem eu quereria muito mais!
Olhei pro horizonte distante
Onde o sol nasce primeiro
Orvalhos molhando a fronte de
Orgulhosos guerreiros!
Partindo do pré-suposto local
Parir uma menina era um mal
Partos de homens meninos
Parteiras saiam sorrindo, pra anunciar ao casal.
Que tormenta, se homem do ventre não vem
Quase sempre os são esperados
Quebrei o tabu vim menina
Quebrei fui querida, e não fui quebrada.
Registro um tempo que passou
Repudiado pela desigualdade
1 48
Resta saber, de quem educou
Responder se isto é verdade!
Sempre se ouviam as queixas
Sofridas por muitas mulheres
Só não se explicaram a deixa
Se quem educava era a mulher?
Mulher um ser ou uma brisa?
Antes só os homens podiam fazer
As Artes do controle e poder.
Amores se derretiam ao vento
Atenta ao caminho seguia a mulher!
Antes do alvorecer, já despertada
Amamenta, cuida e cria uma nova mulher!
Brilhava de encanto a alma feminina…
Brincava de roda livre ao vento
Bordava tecia o manto e a sina
Belas canções que se foram no tempo!
Bastava um olhar mais dengoso
Bem manso e mimoso, pra dissolver a mulher!
1 49
Carinho, dedicação e nobreza
Carregando os sedentos amados
Como as musas dos cheiros e beleza
Como mulheres amparavam os soldados!
Conto de fadas e fantasias que são,
Caricias e aromas, sentidos no colo de uma mulher!
Destes tempos restaram as memórias
De Odores e muitas historias
Do desterro de amores ou glorias
Despertando se em outra mulher.
De dia é vento que sopra e agita
De noite se faz mais bonita, esta nova mulher!
Mulher um ser ou uma maravilha
Muitos poderiam contestar
Mas não teriam razão
Melhor que espernear é
Manter-se na observação.
Maravilha se escreve com M
Mulher também!
Melhoramento com M se grafa,
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Maternidade também!
Mestra em fazer de tudo
Mulher é sempre um repente
Manuseia a lã no fuso
Montando guarda docilmente
Mantém tudo no controle
Mesmo estando distante
Mas não perde a doçura e as
Mãos estendidas avante!
Mimos e afetos se misturam
Mágica de todas as mulheres
Mas quando precisa ser dura
Mostra ser garfo e colher
Metem medo fazem loucuras
Montam guarda e têm fé
Marias são das venturas
Melhores do que as de José.
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XXII MULHER MARIA
Mulher onde se apraz à nostalgia
Da funda solidão dos vãos apelos
Teus dedos se entrelaçaram nos novelos
Da antiga lã no albor do dia a dia…
No espelho de teu sonho se inicia
O pentear infindável de cabelos
Negros, loiros, brancos, que ao vê-los
Tu rememoras nomes de Maria…
E, na tênue saudade, assim alcanças
A ondulação sutil de tuas tranças
Que, aos quinze anos, eram tão viçosas!
Na outonal estação, que é tua agora
Cada fio de lembrança enlaça a hora
Da eternidade que possuem as rosas.
21/02/1989 – 06/12/1992
Cartas Avulsas
Texto Original do Acervo Particular de Dimythryus Padilha
À dileta amiga, Sr.ª Helena F. Amora, com todos os meus votos mais
carinhosos, juntamente com seus familiares, para um Feliz Natal 1992 Este soneto
nostálgica!
Fábulas & Mitos Silvestres
Publicado no dia das mães 1989 – no Jornal do SESI
1 53
1 54
MULHER DE 30
Poemas de Mulher falam dos 30, como se não existissem lindas histórias de
mulher com mais de 30. Mulheres de 40, 50, 60… poemas de Mulher falam de
mulheres.
Poemas de Mulher choram por homens, homens que, geralmente não
merecem mulheres e mães, que são coração e alma de casas, comidas, roupas,
cotidiano de famílias cheias de amor, trabalho, inspiração.
Mulheres como eu chegam aos 50, cheias de sorrisos, fugindo de tantas
lágrimas, senhoras de uma história que dói pelo corpo afora e que traz uma nova
beleza da mulher, ainda cheia de sonhos por se realizar… mas mulheres como
eu, têm que dizer que pode ser mais, experimentar mais, acreditar, investir
porque existem homens capazes de caminhar ao lado de mulheres, enchendo de
segurança, apoio, emoção, graça e companheirismo a sua vida.
Os meus trinta anos são de parceria, desde os meus vinte anos. Tive
amparo, carinho, colaboração ao longo destes anos, décadas de casamento, esta
estrutura tão especial para as pessoas… talvez a plenitude para a vida de uma
mulher seja se sentir amada, pelos pais, pelos filhos, pelos amigos e
especialmente pelo marido.
Dos meus 30 o que posso dizer é que foram de realidade, de sonho, de
verdade, de colo, de fidelidade, de admiração.
Então, garotas, casamento é possível e saudável, mas o importante é se
construir companheirismos ao longo da vida com o amigo, o companheiro, a
amiga, com as pessoas que equilibram a nossa emoção e o nosso universo
pessoal e particular… os meus 30 anos são de casamento com o marido, os
filhos, o dia-a-dia da família, da casa, do afazeres… 30 anos que levam a
agilidade, mas trazem ponderação, busca da tranquilidade… e assim a gente
pode somar nesta vida: 20 da criança e da juventude, 30 de maturidade, por aí
afora…
Dói ser feliz… É preciso “rimar amor e dor”…
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PRECIOSO TESOURO
Tomou para si o compromisso de criar,
Não foi fácil educar, se fazer respeitar,
Trabalhou muito, cobrou e foi cobrada,
Foi rocha dura, às vezes exagerada.
Agora ela tem os cabelos alvos,
Caminha passinho por passinho,
Em seu jardim, em seu ninho.
E com rugas que contam o tempo,
Ainda mima seus filhos amados,
Ela venceu, trabalho encerrado.
Em homenagem a minha mãe, a guerreira Maria Moreno Polido, que deixou
a casa de seus pais aos 17 anos de idade numa época que a mulher sofria muitos
preconceitos. Era os idos de 1951, Logo após o casamento seu marido adoentou-
se e viu-se obrigada a sustentá-lo e a criar sozinha seus filhos.
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GUARDIÃ
Guardiã das aventuras românticas,
ela vem e me diz o que fazer a seguir.
Mormente porque se fosse uma prostituta
não me acompanharia ao altar. Será?
Casei- me aos vinte e dois de setembro daquele mesmo ano.
Ela me queria como as mães querem os filhos pequenos,
eu a queria como a femme fatale das catedrais góticas.
O casamento não foi nenhuma festa, mas foi digno.
Tive filhos com a moça dos sonhos,
fui feliz e ela também.
Depois voamos por entre construções
até nos separarmos.
A guardiã dos desejos ardentes
é cândida, é terna… Não é nenhuma ninfomaníaca
Ela vem dizer o que fazer a seguir,
eu me misturo ao seu odor, odor de fêmea…
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AS MÃOS
(poema ilustrativo da imagem)
Delicadas e precisas foram as mãos de Penélope
Que por anos a fio
Teceram e desmancharam o mesmo trabalho
Que mãos!
Que delicioso e soberbo instrumento
Obediente e tenaz
Abrasadora agilidade
Como o padeiro que graciosamente
Amassa o pão
Num alimento sensato de todas as manhãs.
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GUANDIRÔ *
Para Marica Kygtanh Tavares
uma índia que morreu atropelada na BR 277
em 24/01/2013
Aquela mulher
foi seduzida pela mata
nasceu encantada por Tainacam**
e foi alimentada com leite de catolé.
Na fertilidade da terra
era a semente de Sumá ***
na assombração do rio
o leito ressecado
no sossego da aldeia
a aranha desafiando a teia
Aquela mulher
quando travou a feroz batalha
foi água cortada
lavando o asfalto
líquido silencioso
no taciturno espaço.
vivendo entre nós
Guandirô*
o deus da noite anfíbia
No meio da mata
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com seus redemoinhos
o rio continua rio.
* deus indígena da noite, que bebia o sangue dos homens.
**a deusa indígena das Constelações
*** deusa da agricultura
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BRAVA BRASILEIRA
Bela guerreira
Mulher Brasileira
Brilhante estrela
Defende tua luta
Tua causa
Tua bandeira.
Busca respeito
Pois tem o direito
De igualdade.
És flor amada
Rosa adorada
Da liberdade.
Lutas por justiça
Lutas por verdade
Destruindo os porões
Da maldade.
Brava mulher
De força
Garra e fé
Brava brasileira
Guerreira
Mulher.
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MULHER
Sou a mulher, fruto da trama
Da ordem do caos de quem ama
Da dupla chama do amor
Sentimento maior que o mundo
Luz na fração de segundo
Que és meu amante: leitor
No equilíbrio, transito aos extremos
Visito teus olhos, úmidos, trêmulos
Santo colírio às curvas profanas
Desejas a mim, não ao poeta
Que nasce, cresce, escreve e encerra
O ciclo erótico da fama
Impressa, não conheço solidão
Vendida, vou-me contigo, o poeta não
De volta à batalha do modus operandi
Dentro de ti, vamos ao quarto
Eterna sou, na estante de teus lábios
Devorando-me mutatis mutandis
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RESPOSTA À CANTATA DE BACH PARA 2013
Que na vida
a submissão
seja dócil inocência
&
Que da vida
a subserviência
seja só um nome
sem uso
NUNCA MAIS
Sinto o calor das lenhas
sob meus pés
são grilhões impuros
sem redenção
não tomo água benta
mas exorcizo demônios
enquanto menstruo
outras idades
: expurgo
vivo na idade do hoje.
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do livro em e-book, 3h30 ou quase isso, Amazon.
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TODA MULHER É UMA VIAGEM
Toda mulher é uma viagem
ao desconhecido. Igual poesia
avessa ao verso e à trucagem,
mulher é iniciação do dia,
promessa, surpresa, miragem.
De nada adiantam mapas, guias,
cenas ensaiadas ou pilhagens.
Controverso ser, mulher é via
de mão única, abismo, moagem.
É também risco máximo, magia,
caminho íngreme na paisagem.
Simplificando: mulher é linguagem,
palavra nova, imagem que anistia
o ser, o vir-a-ser e outras bobagens
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MAR MULHER
No dia em que assumiu um gênero
O mar pra mim se fez mulher
Mar terra mãe
Mar água confidente
Mar ar amiga
Mar fogo amante
Mar mulher
Mar eu
Mar em mim
Maremoto
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MULHER SABE ADMINISTRAR
Se tem uma coisa que admiro é a perseverança feminina.
Elas fazem as coisas acontecerem e saiam da frente, pois elas podem.
Na construção da minha vida e acredito na maioria dos homens bem
sucedidos, a mulher tem um papel excepcionai, não pelo fato da velha frase:
“Por trás de todo grande homem sempre existe uma grande mulher”, mas é por
que ao lado de todo grande homem uma grande mulher caminha junto (isto
quando não vai à frente).
Homens vivem sozinhos após alguma separação, mas as mulheres não, elas
geralmente têm a família para amparar e a faz com sabedoria e grandeza, retira de
onde não tem e suprem aqueles ao seu redor.
Tem uma percepção aguçada, e quando está no comando à seriedade se faz
presente. Às vezes chego a dizer que mulher é fogo, não dá trégua no trabalho.
Para minha querida e esposa e para todas as mulheres “Flores”
FLORES
As flores, riquezas tão belas.
Simples na natureza
Mostrando sua beleza
Na bela aquarela.
A vida pode estar cinza
Mas elas, elas são coloridas.
Mostrando a alegria viva
No manto policromo do campo.
São as flores
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Exibindo seus esplendores
Que alivia as dores
Mostrando perfeição aos sofredores.
Trazem beleza e perfumes
Trazem o capricho da natureza
Trazem o alimento e a sutileza
Para abelhas e vagalumes.
É a poesia do campo
A beleza do jardim
Coloridas como por encanto
Derramadas em xaxim.
A vida é eterna e bela
Com flores brancas
Azuis, vermelhas
Verdes e amarelas.
Sorria com o sorriso das flores
Deixe para trás seus rancores
Leve uma para seus amores
E entregue a paz aos seus criadores.
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ESCOLHA
Escolhestes nascer mulher. Sabias qual seria tua sina.
Teu corpo receberia sangue de deusas, bruxas e santas.
Serias guerreira, mãe e filha; também fêmea, loba, amante.
Verterias sangue de vida e paririas; seus ciclos.
Viajarias através dos tempos, lutando por teus ideais.
Cultivarias sentimentos nobres, mas na lua negra, te esconderias, para ser a
outra.
Na busca do saber,te descobririas também carente por amor e afeto.
Pagarias um preço alto por suas ideias.
Tua pele arderia em chamas pela intolerância e incompreensão.
Chegaria o tempo, em que atearias fogo às vestes por seus ideais.
Nascestes.
Sabes das dúvidas, das incertezas e dos obstáculos dos caminhos.
Sabes que mais do que lutar pela igualdade de direitos, fundamental é
equilibrar, harmonizar com o masculino. Conjugas com sabedoria, o verbo
compartilhar.
A única e nobre luta é pela não violência. Respeito ao teu corpo sagrado.
Chega do corpo ferido, dilacerado.
Mulher, ainda há muito a conquistar. Não cansa, não.
Teu legado é a esperança num novo amanhã.
Teu recado é de nunca desistir.
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WILSON ROCHA
(1921-2005)
DA MULHER
“Comme l’arome d’une idée”
Valéry,
Longa e clara cabeleira
no flanco dos quadris,
chama secreta ressurgindo
no ritmo flexível do sexo.
A VOZ FEMININA
Nem a escrita dos pássaros
nem os clarins da eternidade
desafiam assim o tempo,
a frescura do azul
e a doce transparência do cristal.
como é branca e nua a voz
feminina.
VIRGO
“Amor, que o gesto humano na alma escreve”
Camões
Junto a uma fonte uma donzela canta
e o ar em torno é brando e luminoso.
seus cabelos suaves e quietos
presos ao segredo escuro da solidão.
nela pensaram docemente os deuses,
filha que é do sonho dos guerreiros.
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e em seus pensamentos se agitam,
mais que as flores todas e as rosas,
as trêmulas bandeiras e as lanças.
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A companhei de perto a feitura dessa antologia. Revisei-a. Reli-a. O
antologista preparou-a com esmero, para evento de dia da Mulher de
2013. Fez a tecelagem cuidadosa de nomes. Artista e poetas se entrelaçaram,
para uma mostra de fotografia, desenho, pintura, poemas…Por motivos
impensáveis, tudo pronto, da parte de Darlan Tupynambá Padilha (Dimythryus
Padilha), não aconteceu essa manifestação cultural naquele março.
A antologia ficou, bela adormecida, lindamente à espera. Neste 2014,
apareceu a oportunidade dela acordar. O nome, MULHERES ENTRELAÇADAS, foi
inspirado pelo desenho de Carla Cisno, que eu já vira - uma série e encantara.
Afinal, um dos maiores símbolos femininos é a cabeleira. Então, a bela
adormecida moderna, faz viés com outro conto e torna-se uma Rapunzel, que
lança as tranças ao leitor neste 2014.
A benemérita mentora do Projeto Adote um Autor, Alexandra Magalhães
Zeiner, brasileira radicada na Alemanha, fará um evento pelo Dia Internacional
da Mulher, em Augsburg - onde reside. Contei-lhe sobre o trabalho do
Dimythryus. E eis que Evandro Raiz Ribeiro, brasileiro que mora no Japão,
resolveu fazer o e-book. Precisaríamos da autorização de todos os poeta e
prosadores participantes. Não logramos a resposta de todos, então o antologista
e eu, a seu pedido, começamos a convidar quem desejaria. O resultado foi ótimo.
Da capa - doada pelo filho de Cândido Portinari, o João - a vários textos de
grandes escrevinhadores e bardos, agregaram-se outros nomes. Agradecemos a
todos, penhoradamente!
Neste mês de março de 2014, no Brasil, meio séculos da Ditadura Militar,
cujo golpe aconteceu a partir de 31 de março. Uma das poetas constantes, é
também aquarelista, Neuza Ladeira, que foi presa e torturada, muito jovenzinha,
no Rio de Janeiro e presa em várias cidades. É uma sobrevivente desses
horrores. Mas, alma generosa, canalizou para a Arte e para a Poesia sua
hipersensibilidade. O livro onde narra suas emoções sobre a tortura, tornam-se
metáforas notáveis em “Os Comedores de Sonhos”, que permanece inédito entre
seus outros livros, mas não imoto: em vários recitais é lido, em especial para os
mais jovens que pouco sabem dos “Anos de Chumbo”.
Então, a Presidente Honorária, fundadora da Associação Internacional
Egrégoras pela Paz, Alexandra Magalhães Zeiner, também Embaixadora
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Universal da Paz pelo CERCLE AMBASSADEURS UNIVERSELES DE LA
PAIX, Representante da REDE BRASILEIRA DE ESCRITORAS, REBRA, entre
outras entidades, resolve, em Neuza Ladeira, fazer uma homenagem a todas as
mulheres que morreram na resistência ou por tortura, por sequelas e às que
ainda vivem, na pessoa de Neuza Ladeira.
Assim, neste ano auspicioso, unem-se pessoas em direção à chama votiva da
paz e do Bem, o Verbo floresce em livro virtual, nessa nova era do virtualismo e
oferecemos ao Mundo, esse e-book especialíssimo. O Belo é o sopro que move
a Ars e a Poiesis. E esse prana pode alimentar nossas almas sequiosas de
cordifraternidade.
Que a Luz da Mãe Terra, em cujo fecundo útero tudo que é vivo e gestado
de forma indireta ou diretamente, penetre em nossos selfs, para que os corações
tiquetaqueiem em uníssono, compondo uma grande canção que salve o Planeta
onde vivemos. Gratidão a todos que entrelaçaram-se, generosos e irmanados e
doaram seus textos para esta antologia destinadas a abrir portas e portais a tudo
de bom que mais vier para fortalecer a PAZ universal.
CLEVANE PESSOA
PRESIDENTE - SÓCIA FUNDADORA DO AIEP - BELO HORIZONTE - MG BRASIL
203
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ALEXANDRA MAGALHÃES ZEINER | Reside na Alemanha e considera-se uma aprendiz de escritora.
Pesquisadora, com mestrado em Biologia Marinha da Memorial University of Newfoundland, Canadá,
trabalhou desde o início dos anos 90 com mamíferos marinhos e questões ambientais na Áustria,
Brasil, Holanda, Croácia e Canadá. Suas duas publicações bilígues são: O filho do boto cor-de-rosa e A
menina e a onça-pintada, pelas editoras americanas Educa Brazil e Educa Vision. Alexandra representa
a Rede de Escritoras Brasileiras (REBRA) na Áustria. Em 2012 idealizou e coordenou o “Projeto Adote
um Autor”, apresentado durante o I Encontro de Escritores Brasileiros na Baviera”, em Munique, maio
de 2013. No mesmo ano foi nomeada “Embaixadora Universal da Paz” pelo Círculo Universal dos
Embaixadores da Paz Fran a-Sui a(CUAP). É sócia fundadora da Associa ão Internacional Egrégoras
pela Paz AIEP/PEACE (2014). Email: bilingual.amz@gmail.com
ALMANDRADE | Ar sta plás co, poeta, arquiteto, mestre em desenho urbano. Par cipou de
várias mostras cole vas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo; “Em Busca da Essência” - mostra
especial da XIX Bienal de São Paulo; IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional
(S.Paulo); II Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras (Fortaleza); I Salão Baiano; II
Salão Nacional; Menção honrosa no I Salão Estudan l em 1972. Integrou cole vas de poemas visuais,
mul meios e projetos de instalações no Brasil e exterior. Um dos criadores do Grupo de Estudos de
Linguagem da Bahia que editou a revista “Semiótica” em 1974. Email: almandrade2@hotmail.com
ANA LÚCIA POLESSI | ou Ana Lúcia é natural de Ita ba – SP, escritora e ar sta plás ca, começou a
produzir em 1980, ganhando vários concursos em sua cidade e no Brasil, sendo classificada como uma
das 15 melhores escritoras do estado pelo Mapa Cultural de 1998, obtendo o 1º lugar no VI Prêmio
Escriba de Contos de Piracicaba e 1º lugar no XI concurso Nacional de Contos Prêmio Ignácio de Loyola
Brandão. Em 2009 lançou seu primeiro livro: “Trilha de Sonhos – Aventuras e Desventuras de um
Ar sta Brasileiro (Book Company Editorial) sobre a tragicômica vida de um ar sta ita bense, Alan
Duarte. Par cipa de exposições em artes plás cas e no ano passado terminou seu curso de
especialização em Artes Visuais, Intermeios e educação na Unicamp-Campinas – SP. Em 2003 passou a
chefia da Seção de Cultura da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo de Ita ba. Deixou a Chefia em
2009, mas con nuou trabalhando no Departamento de Cultura, secretariando a Diretoria. Email:
lessiana@yahoo.com.br
ANGELA TOGEIRO | Nasceu em Volta Redonda/RJ, reside em Belo Horizonte - MG. Com vasto
currículo acadêmico na área administra va (graduação e pós-graduação), dedica-se, hoje, às artes
plás cas, música e literatura. Pertence a diversas en dades Culturais. Par cipou do Proyecto Cultural
Sur. Edição 2000, em Havana / Cuba, e em Caxambu / MG, e também de várias antologias nacionais e
internacionais em português, francês, italiano e espanhol. Premiações em poesia, conto, crônica,
trova, décima, grinalda de trovas, coroa de sonetos, poesia ilustrada, cordel e haicai, bem como livros
publicados de poesia, dramaturgia, romances e contos. Email: angelatogeiro@gmail.com
BILÁ BERNARDES | Nasceu Maria Angélica dos Santos, em 22/01/1950, Santo Antônio do Monte/
205
MG, Brasil. Em 1970 mudou-se para Belo Horizonte onde trabalhou como professora e
psicopedagoga. Faz parte da Academia Santantoniense de Letras, entre outras instituições. Livro
publicado: FotoGrafias de DesCasamento. Anome Livros. Belo Horizonte. 2008. Tem diversas
publicações em antologias, jornais, revistas e internet. Blog:http://poetisabilabernardes.blogspot.com,
Email: bilabernardes@gmail.com
BRENDA MARQUES PENA | Jornalista, poeta e fotógrafa com mestrado em Literatura e outros
sistemas semióticos pela UFMG. Presidente do Instituto Imersão Latina, Cônsul de Poetas del Mundo,
representante do Movimento Cultural Abrace. É Consultora de Projetos do Grupo Neoplan, de
Consultoria e Marke ng e trabalha no desenvolvimento de projetos culturais nas mais diversas áreas,
com destaque para a produção fotográfica da série de livros: Imagens de Minas. Possui textos em
antologias nacionais e editadas em Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais
e Uruguai. É acadêmica correspondente da Real Academia de Letras, cadeira 12: Lygia Clark
(patronesse). Medalha de Bronze no Prêmio Carlos Drummond de Andrade CBM e no I Fes val de
Cultura Popular. Par cipou da Bienal Internacional do Livro do ano 2000 de São Paulo pela Alba
Editora. Apresentou performances poé cas no Brasil, Cuba, Estados Unidos, França, Argen na. E
como pesquisadora no Chile e Venezuela. Foi a idealizadora e apresentadora dos programas CurtAgora
na TV Universitária de Belo Horizonte e do Minas Popular Brasileira (MPB) na rádio Comunitária FM
Lagoinha. Também foi repórter do programa Rockambole da 98 FM e redatora da Revista Rock News e
dos sites A Escola, Citylink e do COFECON. Trabalhou por 5 anos na TV Alterosa. Como baterista e
letrista, gravou dois CDs com a Cau on, banda revelação 2008 do Prêmio GRC Music. A banda mudou
para Cáus ca e hoje é um power trio: Brenda Mars (batera e performer), Pâmilla Vilas Boas (guitarra e
voz) e Polly Alves (baixo e backing vocal). É fundadora e integrante do grupo Corpo-língua de
performance cênica. Email: brendajornalista@gmail.com
BRUNO GROSSI | É pintor, desenhista, gravador e ar sta gráfico mineiro. Cursou Comunicação
Social e especializou-se em Processos Cria vos em Palavra e Imagem pela PUC - Minas. Atua na área
ar s ca desde 2006, par cipou de exposições em Minas Gerais e outros Estados. É sócio/ilustrador
do Estúdio Turadinhas (turadinhas.com.br). Ilustra livros infan s, car lhas, histórias em quadrinhos e
tudo o que vê pela frente. Criou a revista cultural Nota Independente (notaindependente.com.br) em
2001 e o Portal do Ilustrador (portaldoilustrador.com) em 2010. Email: brugrossi@gmail.com
CÂNDIDO PORTINARI | Foi um ar sta plás co brasileiro. Por nari pintou quase cinco mil obras de
pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos
murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956, e que,
em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro
Municipal do Rio de Janeiro. Por nari é considerado um dos ar stas mais pres giados do Brasil e foi o
pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional. (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 — Rio
de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962).
CARLA & CISNO | 1976 Natural de Buenos Aires - Argen na, reside em Montevidéu, Musicista
contemporânea, faz teatro musical, performance e instalação de arte. Seu trabalho atual se concentra
206
principalmente na música eletroacústica e projetos de mídia mista para o palco ou em instalações.
CLÁUDIO MÁRCIO BARBOSA | Poeta e também produtor cultural, mineiro de Belo Horizonte, na
adolescência descobriu a Poesia. Começou escrevendo releases e letras de músicas. Hoje tem textos
publicados em jornais, revistas, livros e faz parte de diversas antologias poé cas. Foi diretor de
eventos do Sindicato dos Escritores do Estado de Minas Gerais -SEMG, 2002/2005. A junção de poeta
e produtor vem rendendo a Cláudio Márcio Barbosa reconhecimento pelo trabalho realizado.
Diplomado com mérito em 2008 pela Associação Aldrava Letras e Artes, com sede na cidade de
Mariana/MG, pelos serviços prestados à cultura; a Governadoria do Ins tuto Brasileiro de Culturas
Internacionais-INBRASCI, com sede brasileira no Rio de Janeiro/RJ e chancelaria internacional na ilha
da Madeira/Portugal em 2008, lhe conferiu o cer ficado e medalha, pela atuação no campo da cultura
mineira e na defesa da vida; em janeiro de 2009 recebeu o título de Embaixador Universal da Paz, pelo
Cercle de Les Ambassadeurs Univ. de La Paix-Genebra , Suíça. Email: ideclamar@yahoo.com.br
CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES | Membro da REBRA_Rede Brasileira de Escritoras.
Representante do Movimento Cultural aBrace-Brasil-Uruguai. Embaixadora Universal da Paz-Cercle de
Ambassadeurs Univ.de la Paix-Genebra, Suiça, Consultora de Cultura da Associação Mineira de
Imprensa-AMI. Membro da Rede Ca tu de Cultura; do virArte, da ONE, da SPVA/RN, da CAPORI, da
APPERJ, e do PEN Clube de Itapira, da AILA. Membro do IWA(Ins tut Writers and Ar sts-Estados
Unidos)desde 2008. Colaboradora da ONG Alô Vida. Membro Honorário de Mulheres Emergentes.
Dama da Sereníssima Ordem da Lyra de Bronze; Acadêmica da AFEMIL / Academia Feminina de Letras;
da ALACiB/Mariana; Acadêmica Correspondente da ADL, ANELCARTES, ATRN, AIL, ALTO. Pertence à
Academia Pré-Andina de Artes, Cultura Y Heráldica; Academia Menoƫ Del Picchia. Petende à
Associação Brasileira de Poetas Aldravistas. Representante da FALASP em MG. Presidente do AIEP-
Brasil-Sócio fundador. Email: hana.haruko2@gmail.com
CONSUELO ARAGÃO | Maria Consuelo Aragão de Melo, Jornalista, poetisa, professora de ginástica
mul disciplinar permeando outros universos como a fotografia, a coreografia o balé e o teatro.
Membro do projeto Trilhas da Leitura da Cidade de Contagem/MG/Brasil. É membro da Associação
Internacional de Poetas Del Mundo.
DIMYTHRYUS PADILHA | heterônimo do poeta Darlan Alberto T. A. Padilha, Licenciado em Letras
pela Faculdade UNIESP-SP, Embaixador da Paz, tulo que lhe fora atribuído pelo “CERCLE UNIVERSEL
DES AMBASSADEURS DE LA PAIX – SUISSE – FRANCE (Genebra – Suíça).Entre suas premiações destacam-
se o “Prix Francophonie” a Menção Honrosa (Diplôme d’honneur) no 10é Concours Interna onal de
Li erature Regards 2009 (Nevers – France) e 6º Concurso Poé co O Cancioneiro Infanto-Juvenil para
Língua Portuguesa na Prá ca Educa va (Almada – Portugal). Possui poemas traduzidos em Russo
hospedado em sites de Moscou. Email: dimythryus@outlook.com
DIOVANI MENDONÇA | Mineiro de Belo Horizonte, cul vador da “Árvore dos Poemas”.
207
Idealizador, entre outras inicia vas de incen vo à leitura, do projeto “Pão e Poesia, em qualquer
esquina, em qualquer padaria” e “Pão e Poesia na Escola”, que consistem na publicação de poemas
em saquinhos de pão ecologicamente corretos. Desde 2008, as referidas embalagens apropriadas
para o contato alimentar são distribuídas gratuitamente às padarias na Região Metropolitana de Belo
Horizonte. Elas servem como suporte para publicação de obras de ar stas plás cos e poemas de
autores consagrados e de estudantes de escolas públicas (que par cipam das oficinas de
sensibilização poé ca). O projeto foi reconhecido por duas vezes pelo Ministério da Cultura (Minc):
2009 – 1º lugar no Prêmio Pontos de Mídia Livre; 2010 – Selo Prêmio Cultura Viva, cujo tema foi
Comunicação e Cultura). Email: diovvani@yahoo.com.br
EDEILTON DOS SANTOS | conhecido como DÉ BARRENSE, nascido na cidade de Barra - BA às
margens do Rio São Francisco, tem o seu nome citado no primeiro dicionário de autores Baianos,
SECUTI-BA. Com sua obra “INSPIRAÇÕES DE UM RIBEIRINHO POEMAS”, antologias que par cipa,
Antologia Ano 3 com a poesia “NA CAPITAL”, Antologia O que é a Bahia tem? Da editora LITERIS, com
sua poesia “PESCADORES DE ITAPOÔ, Antologia Nordeste do semiárido Brasileiro, com a poesia
“ESPERANÇA, 6º Antologia Poé ca da editora Fénix 2014, com sua prosa poé ca “VACA AMOADA”,
primeira amostra cultural na livraria “Hora de Leitura” em Bom Jesus da Lapa – BA 2013-DVD, tem sua
música “FUMAÇA BRANCA” do seu primeiro CD “BARRANCOS DO VELHO CHICO” que faz parte da trilha
sonora do filme “ESPELHO D’ ÀGUA UMA VIAGEM NO RIO SÃO FRANCISCO”. Email:
comdebarrense@ig.com.br
EDWEINE LOUREIRO | natural de Manaus nascido em 20 de Setembro de 1975, advogado e
professor, vive no Japão desde 2001. Premiado em concursos literários no Brasil, Portugal, Espanha,
Japão e Estados Unidos, é autor dos livros: “Sonhador Sim Senhor!” (2000), “Clandes nos” (2011),
“Em Curto Espaço” (2012) e “No Mínimo, o Infinito” (2013). Página:
https://www.facebook.com/edweine.loureiro- Email: edweine.loureiro@gmail.com
FABIANO RUIZ | Nascido Fabiano Ruiz Guirão, Fotógrafo e Músico, nascido em 23 de agosto de
1977, no extremo leste da cidade de São Paulo, filho de Sidnei Guirão (in memorian) e de Aparecida
Ruiz Guirão, desde pequeno já se interessava por artes, neto de músico, sempre ouvia seu avô cantar
boleros, e isso despertou no pequeno Fabiano o amor pela música; já adolescente, ao ver o amigo
Dimythryus Padilha fazer algumas fotos do Rio Tietê, decidiu que aquele seria um caminho a seguir.
Formou-se em canto popular pelo Ins tuto Musical Moricone e em Fotografia pela Escola Focus de
Fotografia. Atualmente divide seu tempo realizando trabalhos nos diversos ramos da fotografia e
fazendo shows de MPB (Música Popular Brasileira).
FÁTIMA SAMPAIO | Natural de Belo Horizonte/ Minas Gerais. Filósofa, professora e educadora
ambiental. Atua em ações de planejamento, organização e realização de a vidades de educação
ambiental e desenvolve a vismo correlacionados nas áreas de ação cultural, ar s co e social.
Embaixadora universal da paz em Belo Horizonte, pelo Cercle Universel des Amvassadeurs de la Paix –
Genebra/França. Acadêmica correspondente da Alto-Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG. Tem
par cipação na Antologia Poé ca “Nós da Poesia” – volume 2, “ Espejos de la Palabra” (antologia
208
bilíngue do aBrace-Brasil/Uruguai) e na revista “Recanto Canto Livre de Arte”. Email:
fcsampaio@hotmail.com
FRANCISCO ELÍUDE PINHEIRO GALVÃO | Francisco Elíude Pinheiro Galvão, Poeta, Membro Efe vo
da Academia Vicen na de Letras; Acadêmico Honorário da: ABLA-SP e da Sociedade dos Poetas Vivos
de Santos; Par cipações em diversas Coletâneas e Revistas Literárias(SP/RS); Membro do Cercle
Universel Des Ambassadeurs de La Paix-France & Suise(Por indicação da Embaixadora Clevane Pessoa
-BH(MG). Email: elywood1@hotmail.com
GILDO PEREIRA | de Oliveira, Nasceu a 25 de fevereiro de 1949 em Rio Verde - Goiás, onde
reside Atualmente. Formado em medicina pela Universidade do Amazonas. Fez pós-graduação em
Imunologia e Medicina Antroposófica. Publicou vários livros. Dedica-se tanto à pesquisa no acervo
botânico do Amazonas, como acompanha clinicamente pacientes portadores de câncer. Email:
oliveira.gildo@bol.com.br
GRAÇA CAMPOS | Pseudônimo de Maria das Graças Araújo Campos. Belo Horizonte, MG/Brasil.
Ar sta plás ca, poeta, professora de Língua Portuguesa e Inglesa. “Busco inspiração na natureza, nas
razões, nas emoções e observações do viver”… a poesia e a pintura são contatos divinos que emanam
paz, harmonia. “Amo a língua portuguesa e a boa comunicação entre as criaturas…” EMBAIXADORA
UNIVERSAL DA PAZ Cercle Universel des Ambasseurs de la Paix- Genebra - Suíça). Email:
gracacamposarte23@gmail.com
GRAÇA CARPES | Poeta, Atriz, Clown, Blogueira e Produtora Cultural. Escreve contos, poesias,
histórias infan s, roteiros e o que mais a palavra sugerir. Aventura-se também na arte da Pintura,
Escultura e no Audiovisual, pois, credita na poesia em todas as formas de expressão. Email:
gracacarpes@hotmail.com
IARA ABREU | Graduada em Licenciatura plena em artes plás cas desenho e educação ar s ca
pela an ga FUMA, atual UEMG – Universidade Estadual de Minas Gerais, no ano de 1980. Pesquisa e
trabalha diversas formas de expressão de arte a par r de vários suportes, técnicas e linguagens
ar s cas. Sua temá ca preferida é a “cidade”, a “urbe” com sua geometria, suas cores, suas
dificuldades mas também suas possibilidades. A ar sta tem em seu currículo várias exposições
individuais e cole vas e várias par cipações culturais em projeto de outros autores podendo citar o
projeto/livro “100 ar stas em comemoração ao Centenário de Contagem”, “400 anos de Dom
Quixote” /Biblioteca Pública do Rio de Janeiro (exposição e acervo), primeiro “Verão Arte
Contemporânea”, “250 anos de Mozart”, “O olhar do ar sta para o livro esquecido”(projeto da
Secretaria de Educação de Minas Gerias), e outras individuais, cole vas e par cipações culturais em
Belo Horizonte e outras cidades e países. É idealizadora do projeto “Aspectos Urbanos”, que teve
início em 2005 no Centro Cultural de Contagem. Em 2007 realizou a primeira mostra “parceria de artes
visuais e poesia em diálogo com o tema”, já com a par cipação de vários poetas nacionais e
209
estrangeiros, na Galeria Paulo Campos Guimarães. A par r daí percorreu outras galerias e espaços
culturais e a convite, sempre divulgando artes visuais e linguagem poé ca. A úl ma exposição
individual foi março de 2012, na Galeria Paulo Campos Guimarães, Biblioteca Luís de Bessa em Belo
Horizonte, exposição de Aquarelas “Pintando in loco”. Blogs: iaraabreu.blogspot.com -
Abreu.blogspot.com
ISABEL C. S. VARGAS | Professora, advogada, jornalista, aposentada do serviço pública, Especialista
em Linguagens, escritora (contos, crônicas, poesia).Par cipante de cerca de duas centenas de livros,
além de revistas literárias impressas. Participa de vários sites no Brasil e em Portugal além de participar
do Varal do Brasil. Várias premiações entre elas a publicação de livro solo Pedaços de Mim. E-book
Orvalho da Alma além de outros em conjunto com outros autores. Membro dos Poetas del Mundo, da
AVSPE, dos Confrades da Poesia, do Portal CEN, do Portal FENIX, da BVEC. Embaixadora do Círculo
Universal dos Embaixadores da Paz, Acadêmica Correspondente da Academia de Letras de Teófilo
Otoni - ALTO, Acadêmica Correspondente da ALAF. Email: icsvargas@gmail.com
IVONE GOMES DE ASSIS | Graduada em Letras. Especialista em Literatura Infan l. Mestre em
Teoria Literária. Pesquisa (Capes) Guerra em surdina: a ficção de Boris Schnaidermann entre a polí ca
e a poé ca. Autora das obras: O medo do escuro, Contornos biográficos: Juarez Altafin, Contos
sertanejos, Bonezinho Vermelho e a Internet no Século XXI. Organizadora dos livros: A poé ca na
educação, Saboreando palavras, Emoção Repen na, Recital Poé co Musical: Juarez Altafin, Memorial
Casa da Cultura Aureliano Machado dos Santos, Veredas Literárias, Movimento Lírico, Palavras Libertas,
Camarinhas de Poesia. Autora de diversos prefácios, orelhas, sinopses, resenhas, ar gos, crônicas,
contos… e fotografias publicadas. Organizadora de concursos literários e saraus. Palestrante.
Conselheira editorial. Email: assis@assiseditora.com.br
JOÃO CÂNDIDO PORTINARI | Único filho de Cândido Por nari, que morreu em 1962. O professor
João Candido é o fundador e Diretor-Geral do Projeto Por nari. Foi premiado com o Prêmio Jabu de
literatura em 2005 pelo Catálogo Raisonné da obra completa de seu pai e também com o prêmio
Prêmio Sérgio Milliet, no mesmo ano. João atuou na busca pelo quadro O Lavrador de Café roubado
do MASP em 2008, que foi achado sem danificações pela polícia e agentes federais. Ele pediu para
reforçarem a segurança do MASP, de onde também foi roubado um quadro de Pablo Picasso. Também
escreveu vários livros sobre a vida e a obra de Por nari, sendo destacado o livro Menino de
Brodowski.
JOSÉ ARAUJO | São Paulo, Capital, é autor de diversos livros solo entre Poesia, Contos e
Romances. Publicou em diversas antologias no Brasil e exterior. Títulos e Prêmios: Título «Escritor da
Década 2001/2010» pela Taba Cultural - RJ., Troféu Destaque do Ano 2011 - ANBA - Niterói - RJ.,
Troféu Destaque do Ano 2012 - ANBA - Niterói - RJ., Prêmio Literarte de Cultura - 2012 - Curi ba - PR.,
Prêmio Literário Claudio de Souza - 2012 - Petrópolis - RJ., Prêmio INTERARTE de Melhor Romance -
Ano - 2011 - Goiânia - GO., Medalha Carlos Scliar - ARTPOP - 2012 - Cabo Frio - RJ., Grau Honoris Causa
de Doutor em Literatura - Ins tuto Educacional Rompendo em Fé - Signatário do Pacto Global da ONU
- 2012., Comendador - Comenda da Palma Dourada – FEBLACA - Federação Brasileira dos Acadêmicos
21 0
das Ciências, Letras e Artes – 2012. Membro correspondente das Academias de Letras: ALAV -
Academia de Letras e Artes de Valparaíso – Chile – CH.-, ANBA - Academia de Letras, Ciências e Artes
de Niterói - RJ., - ALTO. Academia de Letras de Teófilo Otoni – MG., ALAF Academia de Letras e Artes
de Fortaleza - CE. e Acadêmico Correspondente Imortal – Cadeira 119 – ARTPOP -Academia de Artes
de Cabo Frio- RJ. Email: escritorjosearaujo@gmail.com
JÂNIA SOUZA | Brasileira, po guar, escritora, poeta, ar sta plás ca, a vista cultural, bancaria na
CAIXA, economista, contadora; sócia fundadora da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
(SPVARN), aonde organizou 06 volumes da Antologia Literária; tesoureira da UBE/RN na atual diretoria;
pertence ao quadro da AJEB/RN e do Clube de Piracicaba/SP; representante regional da APPERJ;
par cipação em coletâneas e prêmios literários; publicou: em 2007, Rua Descalça, Edições Bagaço/PE;
em 2009, Fórum Ín mo e” Magnólia, a besourinha perfumada”, pela Editora Alcance/RS, lançados na
55ª. Feira do Livro de Porto Alegre; em 2011, Entre Quatro Paredes, pela Corpus Editora do Porto em
Portugal. Email: janiasouza@uol.com.br
J.S.FERREIRA | Vice-Presidente da Associação Aldrava Letras e Artes Poeta. Membro da Academia
Marianense de Letras. Membro da ALACIB - Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil – Mariana-MG.
Membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais. Membro Honorário da Academia
Internacional de Heráldica – Portugal. Membro Honorário da Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro –
Portugal. Membro Honorário do Ins tuto de Estudos Histórico – Militares Napoleão I – Portugal. Autor
de: Lixos & Caprichos (1991) , Autor de Bateria Lírica Poemas Aldravismo – a literatura do sujeito
(2002) Criaturas & Caricaturas ( co- autoria com Camaleão(2004) e prenúncio de chuva – senda 03 de
nas sendas de Baschô(2005). Jenipapo (poesia Infanto-Juvenil) 2007. Ventre IV – gerais-minas. In:
Ventre de Minas (2009). Meu São Gonçalo do Rio Abaixo – (Memórias) – (2010). Publicou poesia no
livro Lumens, Mariana (2011). O livro das Aldravias ( Org.) (2012). Email: jssferreira@bol.com.br
JU COSTA | Projeto Ar s co: Femininas; Retratos representando as sensações femininas.
Preocupações com fu lidades ou iden ficadas por estereó pos, fazem com que as emoções passem
despercebidas, esquecidas no meio da mul dão. Acabamos deixando de ser capazes de contemplar,
de sen r, de interagir, de doar-se. Nestas mulheres, ro o foco de representações idên cas, e busco
exteriorizar no retratado aspectos subje vos e su s, fazendo valer a ideia de transmi r sen mentos
por meio de expressões, luz e sombra e cores, que em conjunto, resultam em trabalhos harmônicos,
que evidenciam pormenores que raramente são notados, mas que podem ser despertados e
reconhecidos pela alma. Assim venho desenvolvendo uma linguagem sobre papeis, telas e madeira,
trabalhando com guache branco sobre preto, resultando em luzes; com obras de aspectos mais
sóbrios, outras iluminadas; e em madeira e papéis coloridos, utilizo pastéis e tinta acrílica, sempre com
tabelas de cores que levam a uma riqueza de contrastes, texturas e cores. Formação Licenciatura em
Artes Plás cas, 2001/04 - Faculdade Paulista de Artes. Web site: www.jucostart.carbonmade.com -
www.flickr.com/photos/jujuba_costa
JUÇARA VALVERDE | Médica, poeta, ar sta plás ca; presidente da Academia Brasileira de
Médicos Escritores - ABRAMES; 13 livros de poesia publicados. Email: jucvalverde@gmail.com
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JULIANA LATERZA FERNANDES | 29 anos - Poe za; compositora; espiritualista. Nascida em São
Paulo, Capital, onde graduou-se no curso de Licenciatura em Letras pela Universidade Renascença e
pós graduou-se em Língua Portuguesa pela PUC/SP. Reconhece a importância e grandeza dos estudos
embora sinta que suas poesias nunca veram ligação com nenhum deles, mas sim, com um simples
derramar que não se segura na alma. Buscadora, sente o mundo enquanto passa por ele, e entre um
processo e outro desse caminhar em direção ao crescimento do Ser, se deixa transbordar.
Atualmente vive em Alto Paraiso de Goiás, onde pra ca meditações em grupo diariamente, entre
outras prá cas espirituais voltadas para a cura e o desenvolvimento humano. Considerando as artes
como um poderoso instrumento de cura e despertar de consciência, está sempre conectada com
diferentes formas de expressões da existência. É criadora do Blog “Enletraçados” onde publica
poesias, textos e reflexões. Email: sol.juli@ig.com.br
LETICIA KAMADA | (São Paulo | 1975), formou-se em Design Gráfico pela Universidade Estadual
Paulista (UNESP) e especializou-se em Criação de Imagem e Som em Meios Eletrônicos, no SENAC/SP.
No início de sua carreira como fotógrafa, trabalhou como assistente de fotografia de palco e de
estúdio e em laboratórios fotográficos P&B. Como ar sta visual tem experiência e atua nas seguintes
áreas: fotografia, poesia + haicai, audiovisual e fotografia+gravura. Ar sta e pesquisadora dos híbridos
de imagens e linguagens, compõe quase sempre em séries: Penumbras, Labaredas, Duos, Janelas,
Haicais… tal ênfase no caráter serial faz com que em seus trabalhos possamos, muitas vezes,
iden ficar o desdobramento das imagens no tempo e no espaço, como uma sucessão de imagens a
serem projetadas. Em cada série que desenvolve estabelece regras fixas de escala, enquadramento e
alinhamento, o que amplifica a coerência do conjunto contribuindo para a criação de uma espécie de
narra va visual. O conjunto final de cada série compõe um verdadeiro mosaico de cores, formas,
contrastes e padrões. Outra forte caracterís ca é o uso de novas linguagens e tecnologias em
interação com a fotografia convencional, combinando e recombinando conteúdos, usando a noção de
compar lhamento para agregar outros sen dos ao seu trabalho e intervenções. Seus trabalhos foram
exibidos na “3ª Bienal de Artes Brasileiras de Bruxelas” na Bélgica, “Desvenda | SPA das Artes” em São
Paulo, “62º Salão de Abril” de Fortaleza, “Iden dade 27 | Bienal Revisitada” na Galeria EBA em Cusco -
Peru. Suas imagens integram a galeria online da ar sta e coleções par culares. É também autora da
monografia “Mashup, o que você vê é o que você ouve” (2010). Como professora e instrutora,
ministra cursos, oficinas e aulas regulares desde 2001.
MAIA DE MELO LOPO | pseudónimo de Benvinda da Conceição de Melo Lopo, poeta, ar sta
visual, capista, vive em Lisboa e veio ao Brasil, onde tem amizades. Email: lopo_711@hotmail.com
MARA DE FREITAS HERRMANN | Escritora, Nascida em Santa Catarina, carrega no sangue a grande
mistura de espanhóis, portugueses e índios. Isso tudo veio trazer o tempero exato para esta vida. Em
1974 casou e mudou-se para Alemanha, aonde vive até hoje. Muitos anos de aprendizagem e
cria vidade para poder sobreviver longe da pátria. Começou a escrever nos anos 70 e nos anos 90,
quando o coração soltou-se e desde lá não parou mais. Hoje é pescadora de almas, Dra. em Psicologia,
tem sua Clínica em Augsburg, Alemanha. O seu caminho foi e é semear amor e alegria por onde passou
e passa.
21 2
MARINA GENTILE | Pseudônimo literário de Marina Moreno Leite. Nascida em 06.04.1958. Além
de brasileira, sou cidadã espanhola, descendente de imigrantes vindos de Málaga e Cáceres; resido
em Salvador –Bahia (Brasil) desde 1982, onde cons tuí família. Par cipei de livros infan s os quais
foram traduzidos para francês, inglês e Braille. Tenho diversas par cipações em antologias. Blog:
marinamorenogentile.blogspot.com.br Email: dagazema@gmail.com
MARIA LUIZA FALCÃO | mineira de coração e residência, escritora e ar sta plás ca, delegada da
APPERJ em Belo Horizonte, MG. Publicados: “Afonso” e “Minas – contos Gerais 1”. Inéditos: “Afonso
– um brasileiro das Minas Gerais” e “Diário”. Diversos textos para teatro (infan l, jovem e
jovem/adulto) montados e inéditos. CINDERELA DO AGRESTE (teatro infan l), Menção Especial da
UBE/RJ. Crônica “O GUARDIÃO”, selecionada pela Votoran m Celulose para publicidade/SP. Colunista
em jornais e revistas online. Textos e poesias publicados em coletâneas. Presente em fes vais,
exposições e feiras, na TV Futura, TV CNT, TV Educar e Rede Minas. Projetos de incen vo à leitura:
coorganizadora do projeto “Perdidos & Achados”, RJ e presente no projeto “Pingos de Leitura”, da
Prefeitura de Belo Horizonte, MG, Organizadora do projeto musical “Caminhando & Cantando”, RJ.
Email: mlfminas@hotmail.com
MARIA MOREIRA | Maria da Conceição Rodrigues Moreira - autodidata em literatura, autora de
“Objetivo Indefinido”, lançado na Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro em 2009; tem ainda 4
livros infan s escritos e ilustrados por ela ainda inéditos. Oficina de livros “suporte de arte com
linguagem infan l. “livro em tecido. Cursou na arena da Cultura com o Professor Geraldir Eustáquio,
além de diversas oficinas de livros realizadas pela UFMG. Email: conceicao.rmoreira@gmail.com
MARIA TEREZHA GALVÃO BUENO | Nasceu no dia 24 de outubro de 1927 no Rio de Janeiro - RJ.
Era filha de Américo Galvão Bueno e de Adelaide de Camargo Neves. Era divorciada de Rubens Limongi
de França. Teve 05 filhos: Carlota, Antonio, Vicente, Ana Isabel e Stephan. Filha de diplomata, viajou
por vários países em sua infância e mocidade. Formou-se em Letras e História pela Universidade de
Havard, nos EUA. Iniciou sua carreira literária com o livro “Tríp co” (1948) de poemas em português,
francês e inglês com prefácio de Guilherme de Almeida. Lecionou literatura e os idiomas inglês e
francês mesmo depois de construir família. Deixou uma obra de um total de 31 livros entre
publicados e inéditos. Era compositora, autora de várias canções compostas em parceria com seus
filhos Ana Galvão e Vicente França, entre elas “Adão” e “Uma flor para o meu colo”. Recebeu o prêmio
José Ermínio de Moraes em 1982, com “Máscara de Sol”. Faleceu no dia 02 de janeiro de 1996 com
68 anos de idade.
MARINA MAZZONI | (Minas Gerais, 1958) trabalha com comunicação, texto, editoração,
programação visual, evento, cultura e arte. Desenvolve, cria e implementa projetos culturais. Pesquisa
e escreve sobre temas culturais, de Minas, de Belo Horizonte. É da Ação Social Cidade Nova há mais
de 20 anos e é Secretária da ABCMI- MG (Assoc. dos Clubes da Melhor Idade - MG).
www.notaindependente.com.br/marinamazzoni. Email: marinamazzoni@gmail.com
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  • 3. 3
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  • 5. LICENSE NOTES This ebook is licensed for your personal enjoyment only. This ebook may not be re-sold or given away to other people. If you would like to share this book with another person, please purchase an additional copy for each recipient. If you’re reading this book and did not purchase it, or it was not purchased for your use only, then please return to amazon.com and purchase your own copy. Thank you for respecting the hard work of this author. Este ebook é licenciado apenas para o seu uso pessoal. Não pode ser revendido ou doado a terceiros. Se você deseja repassar a outras pessoas, por favor adquira uma copia adicional para cada caso. Se você está lendo este livro e não o comprou, ou não foi adquirido para seu uso pessoal, por favor retorne a amazon.com e adquira sua própria cópia. Obrigado por respeitar o trabalho árduo deste autor. 5
  • 6. PREPARO DE ORIGINAIS: Darlan Tupynambá Padilha REVISÃO FINAL: Clevane Pessoa / Autores DESIGN DA CAPA: Cândido Portinari – Cabeça - 1935, óleo sobre tela. Gentilmente cedido por João Cândido Portinari PRODUÇÃO DIGITAL/PUBLICAÇÃO: Rhiza Pixel / Evandro Raiz Ribeiro FOLHA DE ROSTO: Carla Cisno 6
  • 7. BABY LOVE (Carta a meus Pais) MARIA CÂNDIDA PORTINARI IN MEMORIAM Isso foi enviado para algum lugar aonde nem tudo faz sentido, mas quando você percebe, já está em sua vida… O MUNDO DOS PAIS! Mãe, Pai, eu era assim? (Maria Candida se referindo à foto de um bebe que ela pegou na internet para ilustrar a carta). Não me lembro, só sei que vocês me amavam e ainda me amam. Cara, vocês são demais. Vocês me amam de qualquer jeito, vocês sempre me perdoam… Vocês são muito legais e divertidos. Resumindo, vocês são demais. Esse cartão foi enviado para os meus pais saberem que sou uma menina com a esperança de sempre poder melhorar e sonhadora. E para saber que seu lema é sempre: “Nunca é tarde demais, mas às vezes não dá para voltar atrás”. PAI E MÃE – Um bem precioso que os filhos nunca querem perder apesar das brigas, os pais são as pessoas que perdoam por tudo, apesar que às vezes as coisas têm preço. Às vezes o filho só dá valor aos pais quando perde eles ou quando acontece uma coisa ruim na vida e que os pais tinham avisado. Saibam que desde que nasci dei valor a vocês, mesmo irritada amando vocês e nunca querendo magoá-los. Porque magoar os pais é um dos maiores pecados que o filho pode cometer. Eu sei que nunca fui uma anjinha de menina, mas saibam que nunca quis mal a vocês. 7
  • 8. Nossas brigas às vezes não têm sentido, às vezes têm, mas a briga pode ser o tamanho que for, mas mesmo assim nunca querendo o mal, apesar das coisas faladas, que não deveriam. E saibam que desejo a vocês: - Felicidade - Carinho - Respeito TUDO DE BOM! E quase tudo que tenho devo a vocês, por me darem um pedaço da minha vida, no outro pedaço eu já saí de um bebê para uma pré-adolescente, apesar que mesmo assim vocês me davam muitos conselhos. BJSSSS – Nem essa carta diz o quanto amo vocês… Um rio de coisas boas aconteça com vocês em 2008 e em todas suas vidas. Na vida de vocês o mal não pode existir. SEMPRE O BEM COMANDANDO! Tudo de bom, Felicidades, respeito, carinho, etc. Os filhos nascem para trazer felicidade aos pais e mais responsabilidade… Os filhos nascem para o bem e nunca para o mal, os filhos conseguem fazer os pais voltarem à infância, uma viagem na vida deles, um sonho que não daria para ser realizado sem o filho. Apesar de pré-adolescentes brigarem muito com os pais, eles nunca têm a intenção de magoá-los. Só escrevi essa carta para sorrir e para dizer que sou: - Sonhadora - Sempre com esperança de melhorar Se essa carta fosse prova, tiraria um E porque está incompleta. Nem com ela consigo dizer o amor que sinto por vocês. 8
  • 9. Texto escrito aos 12 anos de idade. 9
  • 10. RHIZA PIXEL EBOOKS MULHERES ENTRELAÇADAS - 1ª EDIÇÃO: MARÇO / 2014 COPYRIGHT © 2014 BY DIMYTHRYUS PADILHA 1 0
  • 11. Sumário Capa Ficha Técnica Baby Lov e (carta a meus Pais) Preâmbulo Prefácio Biografias Posfácio 1 1
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  • 13. T udo teve início com uma chamada que recebi por meio de um contato n Dieese-SP convidando-me a participar de uma exposição voltada a mulher em 2013; como já é de meu feitio, não me ative e compartilhei o convite a todos que fazem parte de meu mailing, convocação que fora aquiescida junto a alguns seletos autores e artistas… Infelizmente o Projeto não foi pra frente, criar arte é sempre uma batalha, sempre há quem queira crescer às custas dos artistas, sem nunca olhar para o artista em si, de um lado obra enquanto arte encanta, do outro o artista enquanto fomento de arte, é esquecido deixado ao canto. Inquieto contatei minha madrinha da Paz, Clevane Pessoa EMBAIXADORA UNIVERSAL DA PAZ (CERCLE DE LES AMBASSADEURS UNIV.DE LA PAIX -GENEBRA, SUÍÇA) E RESPONSÁVEL PELA REVISÃO ORTOGRÁFICA DESTE TRABALHO, que propôs a criação de um Ebook de MULHERES ENTRELAÇADAS, de modo que a obra ficou esquecida no aguardo de alguma luz fulgurante; levei três dias para aprontar os textos e adequá-los , mais três para aprender a criar um índice e outros dois para fazer as correções apontadas; foi então que escolhi a Imagem “SENZA VOCE” da Artista plástica portenha Carla Cisno – Ainda que a imagem esteja ligada a voz, suas sinuosidades me reportavam à leveza dos cabelos femininos o que me inspirou ao título MULHERES ENTRELAÇADAS. Apesar de todas as pedras do caminho, este trabalho clamava o luminar sem qualquer ônus a nossos confrades, havia de ser a retribuição ao carinho com que eu e a Clevane; grande propagadora deste evento, recebemos ao sermos atendidos em nossos chamados. Não posso encerrar sem antes deixar os agradecimentos ao escritor e fotógrafo Teócrito Abritta, que atendeu a dois convites meus, o primeiro o de integrar algumas de suas belas fotografias ao projeto e o outro de criar um texto que servisse de abre alas a esta edição. Estendo ainda estes agradecimentos a todos que estão envolvidos a este projeto, todos os escritores, poetas, fotógrafos, artistas plásticos, artistas de todas as partes, que possibilitaram a feitura deste projeto, desta edição voltada a nossas mulheres; a todos meu muito obrigado, por me deixaram encabeçar este trabalho junto à comunidade em prol da Arte e Cultura de nosso País. DIMYTHRYUS PADILHA 1 3
  • 14. EMBAIXADOR UNIVERSAL DA PAZ (CERCLE DE LES AMBASSADEURS UNIV.DE LA PAIX - GENEBRA, SUÍÇA) 1 4
  • 15. 1 5
  • 16. N o dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Este d foi instituído pelo I Congresso Internacional da Mulher, realizado em 1910, na Dinamarca, lembrando para sempre um terrível episódio ocorrido em 8 de março de 1857, em Nova York, quando em uma fábrica têxtil, 129 operárias entraram em greve reivindicando redução da jornada de trabalho e um salário igual ao dos homens. A resposta dos patrões foi trancá-las no interior de uma das salas da fábrica, que foi incendiada, carbonizando as operárias. Décadas depois deste massacre, milhares de mulheres continuam sofrendo por este mundo afora, como se carregassem uma maldição imposta por deuses impiedosos, tal nas tragédias gregas. Neste sentido o personagem mitológico Cassandra encarna o sofrimento feminino através dos tempos. Cassandra, por não corresponder ao amor de Apolo, foi punida, perdendo a credibilidade de seu dom profético. Era capaz de prever o futuro, alertar os homens das tragédias iminentes, mas nunca levada a sério. Previu a Guerra de Troia, massacres e tiranias, sempre diante de ouvidos surdos, que não levaram a sério os seus vaticínios da destruição desta cidade e terminou sendo levada como despojo de guerra para Micenas, onde foi assassinada. Portanto, o Dia Internacional da Mulher deve ser uma oportunidade de romper com esta verdadeira maldição que acompanha as Cassandras contemporâneas, que sofrem em um mundo insensível e surdo aos seus lamentos e reivindicações. Em oposição às manifestações oficiais por esta data, que tal marcar o Dia Internacional da Mulher por um protesto-homenagem-denúncia vindo de pontos extremos de nosso planeta, como a baixada fluminense e os contrafortes do Himalaia, na poética Darjeeling, na Índia? Da baixada fluminense vem o terrível depoimento de uma senhora na casa dos quarenta anos, mas com o rosto em frangalhos, esculpido pelo terror de seu cotidiano. “Andei a noite toda procurando a minha menina, que disseram estar zanzando por umas bibocas pros lados de Niterói. Encontrei-a jogada na rua, toda machucada, mas agradeci a Deus por estar viva. A menina foi castigada por andar com os rapazes da comunidade rival. Escapou por ser abobalhada 1 6
  • 17. (retardada), mas na sua amiga, que dava as ideias, deram uns tiros nas pernas e tacaram fogo. Só não sofreu mais por que o chefe da boca era temente a Deus e acabou com a farra da moçada, estourando os miolos da infeliz. Que Deus proteja a sua alma!” Da Índia, considerada por alguns um exemplo do triunfo do capitalismo desenvolvimentista, vem um singelo sorriso feminino que, a par de sua esperança, não deixa de mostrar a universalidade das brutalidades contra nossas Cassandras que falam, choram ou sorriem, sempre em um mundo de surdez. “O trem avançava vagarosamente, disputando os trilhos com vacas, pedestres e toda a sorte de veículos. Na beira do caminho, farrapos humanos trabalhavam na chuva, quase que invisíveis dentro da neblina. Quebravam e carregavam, cambaleantes, enormes pedras. Pelas pequenas mãos machucadas e envoltas em trapos enlameados, vi que eram mulheres realizando um trabalho acima de sua capacidade física e em condições subumanas. Não resisti, abandonei o trem e me aproximei. Uma das mulheres, após descarregar suas pedras, afastou os panos encharcados que cobriam o seu rosto e deu um lindo sorriso, mostrando uma face jovem, cortada por profundas marcas de sofrimento, mas com grande feminilidade, exibindo adornos coloridos emoldurados por um casaco já surrado que cobria um delicado vestido. A chuva escorria pela testa, destacando a marca vermelha dos deuses que a abandonaram. Pensei ter perdido o trem, mas ao me voltar, todos estavam parados, desde os maquinistas até os passageiros, calados e consternados como se refletissem sobre aquela jovem anônima que parecia embalada pelo Coro da Oréstia de Ésquilo que repetia: A desgraça te faz corajosa.” Neste trabalho, dezenas de escritores, poetas, artistas e fotógrafos, trazem poeticamente suas reflexões, mergulhando na sensibilidade da alma feminina e no papel das mulheres neste mundão de Deus. Desta pluralidade de visões e ideias, vindas de diferentes pontos da terra, é que enriquecemos e crescemos. TEÓCRITO ABRITTA FÍSICO E ESCRITOR - DIAMANTINA - MG BRASIL 1 7
  • 18. 1 8
  • 19. AMAZONAS DE HOJE Hoje criei tempo pra me amar Encontrar-me, sentir, acariciar Esta outra parte de mim, Que vive tão distante Em mundos paralelos De sonhos ideais Perdoei e integrei As mutantes que trago dentro em mim Deusas de muitas faces: Salomé, Madalena A Guerreira e Maria Desconhecia o poder A força e o medo Que a escuridão e a ilusão causavam Que me cegavam Que me separavam deste mundo Ao mergulhar nas profundezas Das fossas oceânicas Encontrei seres de luz própria Indicadores de outras vidas Outras dimensões E assim me entreguei Ao me guiarem para a superfície 1 9
  • 20. Processo novo foi iniciado De aceitação e compaixão total Que me integrava, eu, minhas irmãs As Amazonas, habitantes da Mãe Terra Filhas do Mundo e da Polaridade. AMAZON FRAU VON HEUTE Heute habe ich Zeit, mich zu lieben, Mich zu finden, zu fühlen und zu streicheln Ein andere Teil von mir, der weit weg wohnt In den parallelen Welten der Träume Ich habe verziehen und integriert, Alle Mutanten die in mir sind Salome, Magdalene Die Kriegerin und Maria Göttinnen mit vielen Gesichtern Ich habe nichts gewusst über die Macht Die Stärke und die Angst Alles, was die Dunkelheit und Illusion verursacht Ich war blind und getrennt von dieser Welt Im den Tiefen der ozeanischen Gräben Ich habe Lichtwesen kennenlernen dürfen, Indikatoren eine anderen Lebens Andere Dimensionen So ergab ich mich, „Kapitulation“ 20
  • 21. Geleitet zur Oberfläche Habe ich ein neues Kapitel initiiert Über Akzeptanz und Mitgefühl Für mich und meine Schwestern Amazon Frau, Bewohner von Mutter Erde Töchter von der Welt und „die“ Polarität Augsburg, 6 de agosto de 2013 21
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  • 23. POEMAS O texto é o mesmo repetição um beijo pousa uma saudade decola o amor sugere a incerteza se instala indiferente o vento passa o olhar procura na fresta da roupa a pele oculta da mulher. Na falta de um cigarro, O beijo toma conta dos lábios. Da boca, renasce o desejo. Na língua, a umidade lubrifica o amor. Começo de tarde, curto, sem gosto de chocolate, mas molhado de chuva e volúpia. O umbigo transborda o éter 23
  • 24. alva, lisa sem marca de cansaço epiderme de mulher o mar do nome doce, leve peixe a dança refresca o belo namora a boca e as pernas. 24
  • 25. MULHER Uma geografia sempre a ser descoberta obscura e secreta como a solidão. … Em silêncio a intimidade feminina acende o mistério que faz lembrar o aroma dos devaneios que transporta o fim da tarde. O olho caça na mata abaixo do umbigo um abrigo secreta pátria a língua avista bem no centro do jardim de pelos o lugar caverna doce e úmida. 25
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  • 35. T DEUSAS E MONSTROS odo dia ela acordava Esfinge. Esfinge Egípcia, quieta, muda, olhar de Capitu. Olhos de ressaca que engolem a alma de quem se atreve a encará-los. O marido já deixava o café pronto e ela ficava ali, sentada por 40 séculos em sua cadeira, olhando para o lugar vazio outrora ocupado pelo filho que se casara com uma Esfinge Grega, agressiva, provocadora e louca, que ele encontrou no meio do caminho para Tebas. “Sereia linda cantora igualzinha a descrita por James”. Atendia pelo nome de Joyce e tinha longas serpentes na cabeça, empinadas e prontas para dar o bote, apenas aguardando um cidadão desavisado. Serpentes douradas que se esticavam sob a luz quando o sol aparecia e tornava morno o sangue frio de réptil. Então ela se olhava no espelho e perguntava se era ainda a mais bela, mas o espelho sabia que ela estava na TPM e tinha medo de responder. Furiosa com seu silêncio, ela arremessava o celular na parede e gritava que queria que o espelho fosse embora, ou então que Deus a matasse logo, antes que suas rugas se multiplicassem e que o maldito fogo da menopausa a consumisse em alguma longa noite de insônia. “Deus, me dê um dinheirinho para a lipo e para o Botox!” Lá pelo meio dia ela era loba, perseguindo o estagiário que esquecera de pagar suas contas, arrancando um braço ou uma perna do chefe tirano, fugindo dos caçadores que a desejavam em suas camas apenas por uma noite. Ligou o rádio e ouviu aquela música romântica que a fazia lembrar do seu primeiro amor. Parou imediatamente em contemplação! Da sua fronte brotaram estrelas e ela abraçou o mundo. A Grande Mãe, dando à luz toda a Criação. A inimiga da Morte, a Guardiã da Vida. Em meia hora já havia esquecido todo o ódio que sentira pela raça humana e estava prestes a pisar com o pé direito sobre a cabeça da serpente. Mas teve pena dela, porque a Mãe se apieda de todas as criaturas. Ela se esticou sobre o mundo e seu corpo era o Céu. Quando a tarde desceu sobre seu coração ela se fez chão e abriu-se para o arado e as sementes e amou tanto a humanidade que floriu inteiramente. Rainha da Primavera. De suas mãos caíram grãos de trigo e frutas e dos seus seios correram rios de leite e mel, alimentando todos os seus filhos e filhas. 35
  • 36. Quando veio a noite ela encolheu-se tanto, tanto que virou uma menina. Uma menina curiosa, de 79 anos. Ela era impertinente. E seu nome era Joana. Ela não sabia, mas era Joana agora. Joana D´arc. Mal conseguia carregar seu escudo na batalha por causa da osteoporose. Consciente do seu destino, após tantas aventuras, quedou-se sobre a grande pira à qual os homens deitaram fogo. Seu corpo queimou inteiro e ela se fez uma com o fogo, mas quando pensaram que haviam sobrado apenas um montinho de cinzas, ela se levantou, com grandes asas brancas, imensas. E voou para o Egito, para onde tudo começou. Por que toda mulher é uma Fênix. 36
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  • 38. DONA DOIDA, ANDARILHA URBANA Dona doida pinta o rosto Faz maçãs em tons de rosa Nas bochechas que colore Sombras nos olhos, vários tons Como num céu azul. Na boca, um coração carmim Ajeita os cabelos desgrenhados Põe um laço de fita No pescoço mil colares Pulseiras. Um relógio parado Ajeita o vestido estampado Que vai até o tornozelo Escondendo a meia, desfiada E o sapato branco, encardido Gola alta, manga comprida. Como convém a uma dama antiga Pega a bolsa, põe a tiracolo Ri pro espelho, passa perfume e sai . Dona Doida anda a cidade toda Todo dia, pra lá e pra cá, sem parar Anos a fio a andar Sol, chuva, calor, frio Andarilha Urbana. 38
  • 39. Dona Doida, doida, sumiu Não vejo mais Dona Doida Com seu pisar mansinho olhando em todos os cantinhos procurando… Quem me dera saber o quê. Do Livro: Contato Urbano. 39
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  • 41. A MULHER SE DESENHA DESENHANDO… A mulher se desenha desenhando um corpo que se arredonda sangra prepara filhos espera nove meses e no corpo prepara, para o filho, alimento Desenha mamas intumescidas, senha, à espera de carícias Desenha pelos, unhas pintadas se envaidece, mostra-se bela A mulher se desenha desenhando espírito receptivo discretamente ativo desenha o afetivo em batalhas do dia-a-dia Desenha-se de corpo inteiro 41
  • 42. curvas em harmonia montanhas, vales, caminhos que mudam de sintonia AMAMENTAÇÃO Seios intumescem Leite escorre Fico atenta Ouço o choro mato a fome dou-lhe colo aconchego brincadeiras Num sorriso abre os olhos Entro neles em mergulho Mais que fome do organismo alimento esperança: manter vivo o riso e a paz desse mergulhar ESCONDIDA 42
  • 43. Me escondi por muito tempo por timidez vergonha de me mostrar por só pensar nos defeitos que cresceram apareceram encobriram esconderam o eu Troquei de espelho Hoje visto vermelho verde e laranja tudo colorido Alegrei meu espírito Encontrei a beleza escondida nos detalhes Voltei no tempo viagem de (re)conhecimento construção de outra história O olhar é que estava encoberto Apesar de mais velha o espelho me reflete mais bonita do que era ( do livro FotoGrafias de DesCasamento, Anome Livros. 2008) NOVA MULHER Não separo 43
  • 44. meus inúmeros seres nem dou nomes diversos a cada eu meu Às vezes o poema brinca palavras marotas escritas por um eu que brinca, ou chora e busca outra vez a vida Às vezes o poema ama declamo, versos dedico Odeio? Ah! Não consigo! Reclamo e abdico Há verso que diz história outros imaginação ou memória Junto todos, me identifico mulher, múltipla jornada que não sabe ficar parada segue Sei sacudir a poeira dar a volta em poema ser guerreira Às vezes peço arrego 44
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  • 46. PARA VOCÊS Onde estão as pregas da sua garganta… Quando vale só o que está exposto? Por mais que você tente não adianta Há como disfarçar as marcas do rosto Mas os traços no pescoço não E nem mesmo as linhas da mão. Onde estão as pregas da sua garganta Agora que já não podem mais lhe calar Você gritou quando quis apenas falar E quando uma mulher ativa se levanta No pedal da estrada ela pisa fundo E sua força começa a mover o mundo. Até hoje você não gozou por não descobrir A força do seu ventre é capaz de lhe levar além Continuar inventando desculpas não faz bem Nunca é tarde para cair na real e de fato se abrir Não é necessário consultar vidente ou advinha Quando você aprende pela estrada que caminha. 46
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  • 48. MULHER A flor que um dia chorou Perfuma uma nova mulher O tempo em que silenciou Não sobrou um vestígio sequer Nos olhos, nos beijos e abraços Uma forte mulher ficou Em braços de ferro e aço Nos mais belos dias gritou Sou forte, sou estrela e lua Por mais que pareça nua Sou honrada em dizer-lhe não Sou glória, sou vida e futuro Por mais que eu esteja no escuro Eu tropeço mas não caio no chão 48
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  • 53. CELEBRAÇÃO Chego a flutuar Com a suntuosidade do luar O som das ondas Do mar prateado A sensualidade da moça bronzeada Que contempla o instante. O mar, a moça, o luar Desenha-se uma obra singular Com traços projetados pelo sagrado. Escreve-se um poema eterno Com frases escritas pelo poético olhar. Compõe-se uma melodia terna Na harmonização virtuosa da essência. Faz-se um templo de encantamentos Em um espetáculo de pulsação Que transcende o ápice do sublime O mar, a moça, o luar Esplendorosa celebração. MAQUIANDO Universo/d’versos Lábios Híbridos 53
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  • 56. RUGAS FEMININAS Cada pedaço da alma partida faz-se traço no rosto cansado: MAPA do amor diluído do afeto des/leal do que era Mal e parecia Bem. Que fazia aguardar outono de pomos suculentos primavera de flores sem sono até verão, mas era invernia dessas que gretam o self, o coração. Estranho: uma perplexidade sem tamanho: em vez de desesperança, brotam das sementes plantadas em criança uma nova floração! E tudo recomeça. As rugas de todas Marias, com quaisquer nomes na certidão. As marcas essas desaparecerão? 56
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  • 62. IMPULSO DO PÁSSARO LIBERTO DA NOITE À Beki Klabin, sorrindo como o amanhecer Libertou-se de preconceitos, trôpega em viagens emotivas, a dama-ave do café society Como um raio de sol — que possui sombras — ironizou a madrugada e a amargura: — Viveu!… A solidão bateu em sua porta, não a recebeu, queria-a cor de marfim… … e esta angústia de não ser mascarada… Feriu-se ao correr das ilusões E foi, caminheira, varrendo cinzas da noite na estrada vida — nuvem sem destino. Renasceu em sereno, beijou a boca do vento e voltou à estrada: com riso de infância. Desfocou a tristeza ao sorrir e fez das lágrimas secas, estátua. Afinal é mulher, apenas mulher É Beki — luz que acende estrela: — Flash! Flash-Back! Flash-Beki, Beki, raiz da musa, seiva que gemina… 62
  • 63. Do livro: “Literatura Século XXI” , vol. I, Editora Blocos, 1998, RJ 63
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  • 65. MULHERES NOTÁVEIS “Mulheres Notáveis” Cada uma a seu jeito, Mulheres inigualáveis Causas e efeitos. Somos mulheres, Mulheres mães, mulheres esposas, Mulheres avós, Mulheres multi. Causas e efeito, Com liberdade de expressão, Claro, ninguém é perfeito, Somos mulheres temos coração. Mulheres, distribuímos amor, Permanecemos fortes, Venho o que for, Buscamos nossa sorte. Ti, ti, ti, blá, blá, blá, Não Somos marionetes Não Queremos só lavar, Cozinhar, “Amar”. Não vamos deixar, Ninguém nos manipular. Manipular nossas vidas, 65
  • 66. Isso pode isso não. Não queremos ser comparadas A Amélia, a pano de chão. Não queremos ser pisadas, Muito menos massacradas, Ser um saco de pancadas, Sermos violentadas. Mulher é bicho esquisito, Assim dizia a canção Mulher é mulher e pronto! Quer amor e compreensão. Somos amor, doação, Na luta, incansáveis, Somos Marias, Mercedes, Lias, Rosanas, Suzanas, Euridices, Creuzas, Brunas, Gerusas, Betes, Coracys, Efigênias, Martas, Iaras, Marílias, Iones, Léas, Sol, Auxiliadoras, Renildes e outras Tantas… Somos mulheres vencedoras Incansáveis, “Mulheres Notáveis”. 66
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  • 68. SÓ DESCULPAS! Mulher! Você é incansável, sai para a labuta da vida, do dia a dia; e sacia os meus prazeres em todos os momentos que chega. Ainda lava, passa, cozinha e cuida de filhos, e mesmo assim; ainda penso absurdos de você! Sei que lhe maltrato tanto com o meu machismo e só lhe peço desculpas, desculpas, desculpas isso não é amor! Amar! é confiar, dialogar, dividir as tarefas que cabe ou não a mim; fazer o impossível por você, meu grande amor. 68
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  • 70. PÁLIDOS LADRILHOS Na cozinha a solidão, dias corridos copos, pratos, talheres azeites, temperos moídos misturam-se à minha face suada, pálida, envelhecida. Sou o almoço, café da tarde a janta, o bolo ou o suco eventual cada prato opaco pelo vapor da comida o dever diário de me anular de segunda a sexta-feira meu perfume, o alho poro e a cebola roxa. Com a face inundada entre ladrilhos gordurosos minha vida se esvai Junto a frigideiras esquecidas a pia acumuladas entre tantas outras que diariamente me aguardam. Esqueci a figura juvenil qual um dia pertenceu-me entreguei-me, alma e corpo a uma boda de anulação e nostalgia à noite estou mais gorda 7 0
  • 71. cansada, esquecendo-me dia a dia. MEU CAFÉ DA MANHÃ De manhã, quando o sol desperta Já me encontra a sorrir e a passar o café. O galo ao cantar Já não mais estranha Sabe que é a manteiga a derreter ao pão. Ao estender a toalha Ainda alva, estática na mesa É meu rosto que vejo. É a ela a quem pergunto: Pelo o quê mesmo que me apaixonei? Olho-me ao espelho Meu cabelo sem brilho Preso a grampos enferrujados Apresenta minha alma Desbotada e esquecida junto à louça. Mais um pouco, eles levantam apressados… Meu bem, você viu minha gravata? Mãeee, não acho meu caderno! O leite esparrama ao fogo E acelerados todos se vão E junto às migalhas encontro meu sorriso. 7 1
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  • 73. AOS DETURPADORES DO AMOR se tiver que bater, bata na cara da própria covardia se tiver que arrancar, arranque os cabelos da própria valentia se tiver que rachar, rache a testa da própria hipocrisia se tiver que furar, fure os olhos do próprio ciúme se tiver que puxar, puxe as orelhas do sentimento de posse se tiver que apertar, aperte o gatilho no nariz da própria sorte se tiver que lascar, lasque as unhas da própria vaidade. se tiver que enjaular, enjaule a própria irracional animalidade se tiver que incendiar, incendeie a casa e o quintal da própria maldade se tiver que amputar, ampute os músculos de sua prepotência se tiver que socar, soque a boca da própria ignorância 7 3
  • 74. se tiver que quebrar, quebre os dentes da própria arrogância se tiver que cortar, corte a própria língua que enfeitiça se tiver que enforcar, enforque a garganta da vingança se tiver que envenenar, envenene o ventre da própria insegurança se tiver que metralhar, metralhe a vidraça da própria desconfiança se tiver que atirar, atire no peito da própria amargura se tiver que amarrar, amarre as patas da própria força-burra se tiver que decepar, decepe os dedos da própria loucura. se tiver que esfaquear, esfaqueie as longas pernas da própria mentira se tiver que aprisionar, aprisione as mãos e os pés da própria ira se tiver que sufocar, sufoque o grito do próprio desespero se tiver que afogar, afogue as próprias mágoas enfim 7 4
  • 75. se tiver que matar, mate (e bem matado!) o egoísmo dentro de si reflita… erga a cabeça e vire o disco e que ninguém tenha que fazer nada disso 7 5
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  • 77. (TROVA) Mais um namoro desfeito ela não quis lamentar: e conheceu o par perfeito através de um avatar. 7 7
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  • 90. MULHER, QUAL É O SEU NOME? Mulher, qual é o seu nome… A sua graça, O seu jeito. Qual é a sua sina, Seu caminho, Seu percalço com entraves e passagens. Em que momento da história A sua memória e glória Resplandeceram sua marca, Seu nome, Seu suor, Sua raça. Mulher, qual é o seu nome… Maria de todos os tempos, De todos os cantos E todos os encantos. Maria de todas as canções, Todas as melodias, Todas as notas e sinfonias. Maria de todos os desejos, De todas as bocas E todos os beijos. Maria de todos os filhos, Todos os homens, Todos os santos. 90
  • 91. Maria de todos os medos, Todas as dores, Toda perseguição. Maria de todos os prazeres, Toda meiguice, Toda sedução. Maria-flor, pétala suave… Maria-felina, fera indomável… Maria-mulher… Maria, Luciana, Renata, Fernanda ou Ana??? Mulher, qual é o seu nome?… 91
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  • 93. MULHER Mulher… Que, no místico de rosa e espinho, É assim do Éden airosa, terna… Garbo que no mundo Mulher se fez! Tal qual um anjo, nos fascina e protege; Nos ama e até perdoa! Quando paixão, se faz presente trazendo-nos serenidade… Mas costuma, com seu encanto, conturbar-nos o coração. E tal como uma pétala de rosa, Se deixa umedecer em orvalho Ou por um beijo, Exalando com propriedade o seu aroma, formando assim um elo de alento num entrelace dolente de amor, Envolvendo-nos completamente! 93
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  • 95. ROSA SUBLIME A rosa mais bela que o experiente “ botânico” colhe, é a rosa do coração etérico humano; toda cravejada, de pedras preciosas lindíssimas, sublimes; ornadas no peito humano pela essência do sangue redentor do Cristo Jesus, em coparticipação harmoniosa com o discípulo fervoroso, a serviço da causa humana carente. Ó rosa imaculada, divina, majestosa, amiga, carregando as dores de toda a Humanidade; feliz sejas tu em teu propósito magnânimo de servir os irmãos que sofrem, sem medir esforços, pelos séculos e milênios futuros ! 95
  • 96. 96
  • 97. DOR CALADA Em nome do amor próprio Tenho hoje coragem Inda uma coragem fraca talvez Mania de esconder Até o medo… Nem toda vez pude gritar Pedir socorro, meus ais… Aos socos, pontapés, Vi-me no chão de mim mesma. Pior então, quando acusada Sem motivo sem saber do quê E eu tinha de ceder, ceder Perdida em desvalor me encontrava E me sentia das criaturas a pior… Há um provérbio então que diz: Em mulher não se bate nem com flor! Pois não, Maria da Penha! 97
  • 98. 98
  • 99. 99
  • 100. 1 00
  • 101. 1 01
  • 102. 1 02
  • 103. ÓVULO Os cães ladram atrás de todas as portas mulheres mortas de medo sangram sobre panos quentes! CONCLUSÃO FEMININA Concluiu os cabelos com Wella Siliconou as ideias depois cortou os pulsos toda bela! 1 03
  • 104. 1 04
  • 105. 1 05
  • 106. 1 06
  • 107. 1 07
  • 108. 1 08
  • 109. 1 09
  • 110. 1 1 0
  • 111. 1 1 1
  • 112. 1 1 2
  • 113. 1 1 3
  • 114. 1 1 4
  • 115. 1 1 5
  • 116. DOCES GUERREIRAS Desejo falar sobre as mulheres de agora, Mas que carregam em si muito daquelas de outrora, Identificadas nos anseios, Nos sonhos, nas dores. Nas vitórias e nas derrotas, Nos amores e desamores, Na doação irrestrita aos filhos, Na batalha constante pela sobrevivência Para provar dia após dia, Seu valor e competência. Mulher forte, mulher guerreira Ao mesmo tempo delicada como flor. Prioriza o amor, sem ele não sabe viver Capaz de suportar maior dor, Sempre com sorriso aberto Para cumprir sua grande missão De ser a semeadora do amor Em todas suas facetas: Amor maternal, amor filial, Amor fraternal, amor romântico. Mulher de muitos amores Mulher amor – perfeito. 1 1 6
  • 117. SOBRE A MULHER A cada ano, em datas especiais parece que obrigatoriamente temos que falar algo, nos manifestarmos, exaltando conquistas ou enfatizando carências. Não é impositivo que assim seja. Ao ensejo do dia 08 de março, não vou escrever sobre a história, sobre atos heroicos, ou exaltação das qualidades femininas. Já fiz isto em outras ocasiões. Desejo ressaltar é aquilo que o médico psiquiatra e pesquisador Dr. Augusto Cury denunciou em sua obra sobre a ditadura cruelmente imposta às mulheres- a ditadura da beleza- impondo um padrão de beleza universal que hoje não atinge só as mulheres ocidentais, mas também os orientais, desconsiderando biótipo, cultura, saúde física ou mental. A mídia –impressa, ou televisiva- só valoriza a mulher que corresponde ao que é exigido pelos anunciantes, pelos patrocinadores, estilistas ignorando a mulher comum, normal. A propaganda carregada de mensagens (explícita e subliminar) atinge um imenso contingente feminino, de qualquer idade, posição social ou cultura levando-as, a despeito da inteligência de que são dotadas, a sentirem-se desvalorizadas, inferiores, se não se enquadram nos padrões veiculados. O mercado da publicidade, da moda e da beleza está atingindo crianças, adolescentes, mulheres maduras causando danos psicológicos, emocionais, físicos, enfermidades sérias como a bulimia, anorexia e não raro causando até o suicídio. O autor fala em síndrome do Padrão Inaceitável de Beleza que é construído em cima de um padrão doentio, que exige acima dos parâmetros normais de saúde, induzindo à baixa autoestima, distorção da autoimagem, ansiedade, depressão, sensação de fracasso, inadequação, desvalorização do aspecto físico, por não se assemelhar ao que é imposto. É algo maquiavélico. Quando as mulheres olham um simples comercial de bolsa, sapato, roupas, sabonete, xampu, desodorante, roupa íntima, maquiagem, perfume, esmalte, cerveja e produtos masculinos elas não registram em seu 1 1 7
  • 118. inconsciente só os produtos, suas especificações e vantagens, mas as modelos, as mulheres que os apresentam também. Isto reforça esta imagem. Só tem sucesso, só tem valor o padrão de beleza apresentado. Por não se enquadrar na exigência, as mulheres desenvolvem ansiedade, o que as induz ao consumo. É o velho e conhecido capitalismo imperando e destruindo a autoestima de milhões de mulheres. Todas passam a consumir mais para tapar o buraco emocional causado pela imposição de um padrão inatingível, que ignora herança genética, cultural ou os danos emocionais que possam causar. O autor fala em ditadura interior, que distorce a crítica e a realidade e cujo objetivo é promover a insatisfação. Quem está satisfeito, está tranquilo, não cai nas chamadas ardilosas, não precisa consumir em excesso para ser feliz. O mais grave é que estas sequelas causadas pela imposição midiática não se esgotam no presente necessitando de décadas para serem superadas. As mulheres esquecem que o padrão de beleza exigido ou retratado no decorrer da história não era rígido estando ligado aos aspectos culturais e de saúde ditados pela sociedade da época. Hoje eles são ditados pelo consumo. A lei é ter mais e não ser mais. Creio que na data de hoje, além de prestar um tributo de respeito às precursoras das lutas pela igualdade e valorização da mulher, cada uma deveria ter um olhar mais lúcido e crítico sobre tudo aquilo que aparece diante dos olhos procurando vender juventude eterna e felicidade associada ao aspecto físico. Que não se acredite em todas as fantasias vendidas nas revistas femininas, nas quais as relações de consumo aparecem mascaradas e todo anunciante aparece como um grande benfeitor capaz de acabar com as mazelas de cada um. Que o Dia Internacional da Mulher seja um dia de valorização interior, de elevação de autoestima, de cultivo de bom-humor, alegria, de respeito a si mesmo e as limitações de cada um sejam aceitas como princípio fundamental e que ninguém em função delas se ache indigno de ter sonhos, de lutar por objetivos, de ser feliz e realizado. 1 1 8
  • 119. 1 1 9
  • 120. INSÔNIA É noite. A cidade dorme. A lua cumpre seu papel. As estrelas enfeitam o céu. O silêncio se fortifica. O amor se vai e a saudade fica. Os dedos digitam e o som ecoa na casa. O ronco dos motores nas ruas fazem companhia ao som do apito do vigia. É noite. NOSTALGIA À luz do Pirilampo escrevo meu canto. Sob o canto da Juriti encanto-me para ti. A ligeira Cotovia meu triste pranto via. O amor, meu algoz, em meu pranto dava nós. Juntos, porém sós 1 20
  • 121. nosso amor atroz trançava linhas e nós traçando saudade em nós. Publicado em Camarinhas de Poesia, Lançado em 16-12-2011 1 21
  • 122. 1 22
  • 123. MULHER SEM FRONTEIRAS Ser Mulher uma orgia de espasmos doridos sempre felizes Guerreira vencedora esquecida das honras sempre presente no comando da panela, da mesa, da bacia, do pente dos lençóis amassados vergonhosos de carregarem segredos Nina com carinho seu ventre rebento com oração bendita do firmamento Heroína do livro do livramento esquece magoas, lamentos e a velha inimiga de fel no fundo da boca esconde num belo sorriso seu grito libertário, libertino de onça acuada enfrenta o palco em trajes de palhaço salta o trapézio num pulo mortal e abraça o recomeço ofertado na rosa carmim de seus lábios rachados, rugados, partidos, sangrados que sabem tanto beijar Ser mulher é ser um rosário de fé crer e confiar nas promessas de esperança de que um dia tudo há de mudar na canção nova que sussurra no ar e sentir que a sensibilidade vencerá a materialidade com a lei da espiritualidade Nesses tempos difíceis muito difíceis só esse ser tão frágil e tão resistente 1 23
  • 124. com tamanha capacidade de amor consegue fazer enfrentamento com tanta garra, ternura e vigor. Homenagem de Jânia Souza as mulheres, essas valorosas guerreiras, que escrevem as páginas da Historia Humana. BEM AVENTURADAS (Homenagem ao Dia da Mulher, 08/03/09, em Buenos Aires – Argentina) Bem aventurado o ventre que povoa a terra! Bem aventurada guerreira indomável que com sangue e suor transforma a face da terra. Bem aventuradas essas mulheres incansáveis que curam com lágrimas com beijos com sonhos de santo e desejos as chagas da terra cravadas em espinhos cruéis. Bravas mulheres parideiras, companheiras sempre amantes de seus homens de seus filhos, de seus pais, de seu mundo no abraço ao mar do seu oceano profundo silente de todo seu pranto em busca do bem maior luz esperança na vela que sempre é nosso mundo. Mulheres do dia a dia seu nome jamais será desistência 1 24
  • 125. persiste no amor embora durma na guerra rega flores na cama da violência busca paz na enxada cravada no sulco da terra é chuva de amor nos caminhos de pedra. Bem aventuradas são essas mulheres conscientes ou inconscientes do seu papel pétalas de rosas a perfumar passos inseguros na incansável jornada de descobrir o finito desse infinito que é nosso mundo. 1 25
  • 126. 1 26
  • 127. OS OLHOS DE UMA MULHER Espelhos da alma, Reflexões da mente, Poços de esperança, Fontes de sedução. Seus olhos são… Instrumentos da alma, Pesquisadores da mente, Substituem as palavras, Eles falam por si só. Seus olhos são sempre… Profundos poços de graça, Repletos de puro sentimento, Que coroam toda sua beleza, Resistindo à ação do tempo. Seus olhos são eternamente… Reflexos de toda sua alma, Enxergam a nossa essência, Não veem só o lado de fora, Dão valor à beleza interior. Sendo assim, Só dá à mulher o seu devido valor, Aquele que não quer um momento, Mas sim uma vida inteira a seu lado, 1 27
  • 128. Encantado, apaixonado, amando, A profundidade, Dos olhos de uma mulher 1 28
  • 129. 1 29
  • 130. QUE ME VENHA ESSA MULHER E ENCOSTE-SE NO MEU CANTO à Bruna Lombardi Que me venha essa mulher e encoste-se no meu canto, que me desafie em suas garras e desafogue meu pranto, que se enrole em meu pescoço e desate meu colarinho, que me devore sem dó, sem piedade. Que me beije, com toda a fúria de seus beijos, que me cubra de amor e que me cubra de carinho, que me desperte a sede dos infinitos desejos, e me desfolhe sem pejo, com toda a sua voracidade. Que me ensine os segredos dos prazeres na intimidade, que me prenda em sua rede de braços, que lambuze meu corpo de batom, e quando nossos corpos se quedarem lassos, e eu vier sentir no leito a fragilidade, que me cubra com seu casaco de pele marrom. não te direi com palavras o que posso te traduzir apenas em um gesto nem te ensinarei a linguagem dos olhos enquanto eu estiver por perto nada te direi sem o teu consentimento mesmo se for Amor ou um simples arrebatamento mas quero ser escravo do teu Amor se este prazer me for dado a contentamento 1 30
  • 131. não te direi que meu coração é deserto nem que teu corpo é uma flor que vibra ante meu ser ou ao som do vento porque o que sinto neste exato momento e este brilho que vejo em teus olhos que chamo de Amor que traduzo por um gesto. 1 31
  • 132. 1 32
  • 133. FACTÓIDE Lua no meu telhado claridade na escuridão. Pensamentos rompem a noite vestem de penumbra minhas saudades. Vagueiam solitários. Piratas da tranquilidade roubam mais que sonhos, inquietam o mar revolto do agora onde busco mais que palavras calor, toque ou perfume. Talvez a essência de poder ser além de corpo, matéria, sedução ou posse mas entranha aberta a magia do belo, do desejo ou do fruto que desabrocham para vivenciar mais um dia. MULHER NÚMERO PAZ Nascida mulher Acalanto colo seio Óvulo – sêmen - metade – metade. 1 33
  • 134. Crescida, Declaração, Certidão, Carteira profissional, Cédula de identidade. Formaturas, diplomas, CPF débitos e créditos, Contratos trabalho… Sobreviva raiz zerada sorte Amor paixão - Número outra vez Contrato de risco - toque de amor, Digitalizada gênio mãe e fada. Número complexo à distância, Madrasta da própria sina Ao olhar translúcido – amor, desejo, Angústia dor – paz -guerra - morta e esquecida. Heroína - romance alheio Cortados à navalha sonhos de vida, Sem guarida - sem pesares, Número sorteado, viva pronta à batalha. Quando já não for, ainda ser - poesia de amor! Cinza espalhada ao chão sem número, Sem DNA, renascida Mulher, Acalanto colo seio - Inteira Amor Paz! 1 34
  • 135. 1 35
  • 136. AMANHECER DAS FLORES Na manhã daquele dia, algo se revelava de maneira sutil como o desabrochar das flores. Ela buscava a criança … que se perdera dentro da mulher formada em sua raiz envenenada de razão. A menina, toda força nela havia e se expressava sem intenção. Era assim que o sol dos olhos acendiam, a brincar com movimentos largos do solto ar de quem respira na paz de ser quem é. Buscava a criança, mas era ainda mãe imatura que não sabe bem guiar… Amava a menina e sabia que um dia juntas iriam caminhar. Na manhã daquele dia, a alma percebia a Deusa se manifestar. Faíscas de fé a iluminavam da cabeça aos pés; Raios da verdade a rasgar o chão , solo da ilusão… Onde a consciência direciona a essência o ser não precisa se apoiar. Voa a Deusa por universos sem fins, 1 36
  • 137. pelo infinito dos mundos a criar… a criar… a criar… o impossível, o invencível, o insolúvel! A Deusa abraça, mãe e filha no Amor eterno que é o fim de todos os céus. 1 37
  • 138. 1 38
  • 139. 1 39
  • 140. 1 40
  • 141. 1 41
  • 142. MULHER Quero descobrir o poder da natureza a enorme beleza de ti, doce em carícias, terna de ternuras, teu rosto se esconde, atrás a nuca, atlas dos meus dedos, teus lábios separados, delícias maldosas as senti, lutar a vida inteira, estranha canseira, ser eu mesma faminta em corpo cósmico, trocar bilhetes, profundas maravilhas, ansiosos murmúrios no peito tímida mão, ninguém me ensinou a chama do amor, ferida no sangue matei o amor, dentro de mim, conheço em ti, movo o abraço, enlaço de ti, desperto meu coração. Quero sentir, ver o sentimento, meu corpo violentado é palco silencioso, nada que possa tocar, extraí a fraqueza da mágoa, enraízo força de amar, mulher em guerra não é personagem, na alma perseguida recusei, volto desprendida sem ter conquistado, senti, não quis um ser amado, preciso esquecer não ter refúgio, ser, no meu país é destino fatal, livre Abril, minhas pétalas abertas não cicatrizam, gélida dor, coração de morte em flor, morre quente em vida real. 1 42
  • 143. 1 43
  • 144. ELUCUBRAÇÕES DE UMA MULHER Já apressei a chuva, e ela assustada entrou em estiagem… mas não consegui dominá-la… Já tentei apressar o pôr do sol, ele nem me ligou, e aí descobri que tem seu tempo de anunciar o anoitecer até seu último raio de luz; Tentei apressar a minha alegria, mas ela sábia me deixou só com a minha tristeza; Ufa… que calmo este meu silêncio, será que não pode correr um pouco… que nada… ele seguiu seu ritmo, pois tinha um encontro com a paz e eu nem sabia… não queria chegar adiantado… Mas algo aprendi de mais profundo… não apressar o meu amor, sentir em minhas entranhas o desejo mais profundo de ter o tempo, dar o tempo, ser o tempo de semear, pois sei que sou um solo já meio árido… com muitas secas… ressacas… E assim aprendi a não apressar minha raiva, dar a ela seu tempo para diluir-se nos campos tranquilo de minha alma ; E com isso tento, treino, procuro não apressar o outro, respeitar o tempo que cada um tem para ser o jardim mais florido no Éden da vida… Vejo que não devo me apressar, me dou o tempo para a minha caminhada, para o meu aprendizado… Mas o mais difícil em tudo isso é, manter a mente quieta e tranquila quando Você… povoa minha calma, o meu tempo… Aí…. quero estar … mas… com você… com Tempo… 1 44
  • 145. 1 45
  • 146. BISCOITOS Terça-feira, tarde chuvosa, 17h30min. No meio do engarrafamento na Avenida Brasil, RJ, direção Caxias, libertei o pensamento e o olhar passeou pelo entorno. Tudo conhecido, nada novo, a não ser aquela figura humana, encostada a amurada de um dos viadutos de acesso à Ponte Rio Niterói. De bermuda e camiseta, empunha numa das mãos um guarda- chuvas aberto contra a garoa e na outra carrega dois grandes sacos repletos de algo que não entendi a primeira vista. Mas, afinal, que diabo faz ela ali? A cena inusitada trouxe-me de volta o pensamento. Imaginei um carro enguiçado, um acidente, isso, aquilo, até mesmo que ela estivesse tentando atravessar as pistas. Quanta ignorância a minha… Aquela mulher solitária, na chuva, em meio ao trânsito lento, simplesmente tentava, em investidas arriscadas, vender biscoitos. Era este o conteúdo dos sacos. O pensamento voou de novo, mas desta vez, na direção de tantos brasileiros que, como aquela mulher, driblam carros, et-cetera e tal para trabalhar e levar para casa o dinheiro honesto. Lembrei-me de meu pai citando um contemporâneo seu que disse: “chegará o dia em que o brasileiro sentirá vergonha de ser honesto”. Particularmente discordo, e exemplos vivos como esta mulher reforçam o meu pensar. Honestidade nunca sai de moda. O povo não quer “bolsa-esmola”, mas sim, trabalho digno para viver e criar a família. Ao contrário do que muitos pensam, a “lei de Gerson”, aquela de levar vantagem em tudo, não pegou. O povo brasileiro é trabalhador e honesto. O resto é exceção. 1 46
  • 147. 1 47
  • 148. MULHER UM SER OU UMA SINA Nasci assim tão frágil e menina Neste vasto sertão das Gerais Nada que ajudasse minha sina Nem eu quereria muito mais! Olhei pro horizonte distante Onde o sol nasce primeiro Orvalhos molhando a fronte de Orgulhosos guerreiros! Partindo do pré-suposto local Parir uma menina era um mal Partos de homens meninos Parteiras saiam sorrindo, pra anunciar ao casal. Que tormenta, se homem do ventre não vem Quase sempre os são esperados Quebrei o tabu vim menina Quebrei fui querida, e não fui quebrada. Registro um tempo que passou Repudiado pela desigualdade 1 48
  • 149. Resta saber, de quem educou Responder se isto é verdade! Sempre se ouviam as queixas Sofridas por muitas mulheres Só não se explicaram a deixa Se quem educava era a mulher? Mulher um ser ou uma brisa? Antes só os homens podiam fazer As Artes do controle e poder. Amores se derretiam ao vento Atenta ao caminho seguia a mulher! Antes do alvorecer, já despertada Amamenta, cuida e cria uma nova mulher! Brilhava de encanto a alma feminina… Brincava de roda livre ao vento Bordava tecia o manto e a sina Belas canções que se foram no tempo! Bastava um olhar mais dengoso Bem manso e mimoso, pra dissolver a mulher! 1 49
  • 150. Carinho, dedicação e nobreza Carregando os sedentos amados Como as musas dos cheiros e beleza Como mulheres amparavam os soldados! Conto de fadas e fantasias que são, Caricias e aromas, sentidos no colo de uma mulher! Destes tempos restaram as memórias De Odores e muitas historias Do desterro de amores ou glorias Despertando se em outra mulher. De dia é vento que sopra e agita De noite se faz mais bonita, esta nova mulher! Mulher um ser ou uma maravilha Muitos poderiam contestar Mas não teriam razão Melhor que espernear é Manter-se na observação. Maravilha se escreve com M Mulher também! Melhoramento com M se grafa, 1 50
  • 151. Maternidade também! Mestra em fazer de tudo Mulher é sempre um repente Manuseia a lã no fuso Montando guarda docilmente Mantém tudo no controle Mesmo estando distante Mas não perde a doçura e as Mãos estendidas avante! Mimos e afetos se misturam Mágica de todas as mulheres Mas quando precisa ser dura Mostra ser garfo e colher Metem medo fazem loucuras Montam guarda e têm fé Marias são das venturas Melhores do que as de José. 1 51
  • 152. 1 52
  • 153. XXII MULHER MARIA Mulher onde se apraz à nostalgia Da funda solidão dos vãos apelos Teus dedos se entrelaçaram nos novelos Da antiga lã no albor do dia a dia… No espelho de teu sonho se inicia O pentear infindável de cabelos Negros, loiros, brancos, que ao vê-los Tu rememoras nomes de Maria… E, na tênue saudade, assim alcanças A ondulação sutil de tuas tranças Que, aos quinze anos, eram tão viçosas! Na outonal estação, que é tua agora Cada fio de lembrança enlaça a hora Da eternidade que possuem as rosas. 21/02/1989 – 06/12/1992 Cartas Avulsas Texto Original do Acervo Particular de Dimythryus Padilha À dileta amiga, Sr.ª Helena F. Amora, com todos os meus votos mais carinhosos, juntamente com seus familiares, para um Feliz Natal 1992 Este soneto nostálgica! Fábulas & Mitos Silvestres Publicado no dia das mães 1989 – no Jornal do SESI 1 53
  • 154. 1 54
  • 155. MULHER DE 30 Poemas de Mulher falam dos 30, como se não existissem lindas histórias de mulher com mais de 30. Mulheres de 40, 50, 60… poemas de Mulher falam de mulheres. Poemas de Mulher choram por homens, homens que, geralmente não merecem mulheres e mães, que são coração e alma de casas, comidas, roupas, cotidiano de famílias cheias de amor, trabalho, inspiração. Mulheres como eu chegam aos 50, cheias de sorrisos, fugindo de tantas lágrimas, senhoras de uma história que dói pelo corpo afora e que traz uma nova beleza da mulher, ainda cheia de sonhos por se realizar… mas mulheres como eu, têm que dizer que pode ser mais, experimentar mais, acreditar, investir porque existem homens capazes de caminhar ao lado de mulheres, enchendo de segurança, apoio, emoção, graça e companheirismo a sua vida. Os meus trinta anos são de parceria, desde os meus vinte anos. Tive amparo, carinho, colaboração ao longo destes anos, décadas de casamento, esta estrutura tão especial para as pessoas… talvez a plenitude para a vida de uma mulher seja se sentir amada, pelos pais, pelos filhos, pelos amigos e especialmente pelo marido. Dos meus 30 o que posso dizer é que foram de realidade, de sonho, de verdade, de colo, de fidelidade, de admiração. Então, garotas, casamento é possível e saudável, mas o importante é se construir companheirismos ao longo da vida com o amigo, o companheiro, a amiga, com as pessoas que equilibram a nossa emoção e o nosso universo pessoal e particular… os meus 30 anos são de casamento com o marido, os filhos, o dia-a-dia da família, da casa, do afazeres… 30 anos que levam a agilidade, mas trazem ponderação, busca da tranquilidade… e assim a gente pode somar nesta vida: 20 da criança e da juventude, 30 de maturidade, por aí afora… Dói ser feliz… É preciso “rimar amor e dor”… 1 55
  • 156. 1 56
  • 157. PRECIOSO TESOURO Tomou para si o compromisso de criar, Não foi fácil educar, se fazer respeitar, Trabalhou muito, cobrou e foi cobrada, Foi rocha dura, às vezes exagerada. Agora ela tem os cabelos alvos, Caminha passinho por passinho, Em seu jardim, em seu ninho. E com rugas que contam o tempo, Ainda mima seus filhos amados, Ela venceu, trabalho encerrado. Em homenagem a minha mãe, a guerreira Maria Moreno Polido, que deixou a casa de seus pais aos 17 anos de idade numa época que a mulher sofria muitos preconceitos. Era os idos de 1951, Logo após o casamento seu marido adoentou- se e viu-se obrigada a sustentá-lo e a criar sozinha seus filhos. 1 57
  • 158. 1 58
  • 159. GUARDIÃ Guardiã das aventuras românticas, ela vem e me diz o que fazer a seguir. Mormente porque se fosse uma prostituta não me acompanharia ao altar. Será? Casei- me aos vinte e dois de setembro daquele mesmo ano. Ela me queria como as mães querem os filhos pequenos, eu a queria como a femme fatale das catedrais góticas. O casamento não foi nenhuma festa, mas foi digno. Tive filhos com a moça dos sonhos, fui feliz e ela também. Depois voamos por entre construções até nos separarmos. A guardiã dos desejos ardentes é cândida, é terna… Não é nenhuma ninfomaníaca Ela vem dizer o que fazer a seguir, eu me misturo ao seu odor, odor de fêmea… 1 59
  • 160. 1 60
  • 161. 1 61
  • 162. 1 62
  • 163. AS MÃOS (poema ilustrativo da imagem) Delicadas e precisas foram as mãos de Penélope Que por anos a fio Teceram e desmancharam o mesmo trabalho Que mãos! Que delicioso e soberbo instrumento Obediente e tenaz Abrasadora agilidade Como o padeiro que graciosamente Amassa o pão Num alimento sensato de todas as manhãs. 1 63
  • 164. 1 64
  • 165. 1 65
  • 166. 1 66
  • 167. 1 67
  • 168. 1 68
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  • 170. 1 7 0
  • 171. GUANDIRÔ * Para Marica Kygtanh Tavares uma índia que morreu atropelada na BR 277 em 24/01/2013 Aquela mulher foi seduzida pela mata nasceu encantada por Tainacam** e foi alimentada com leite de catolé. Na fertilidade da terra era a semente de Sumá *** na assombração do rio o leito ressecado no sossego da aldeia a aranha desafiando a teia Aquela mulher quando travou a feroz batalha foi água cortada lavando o asfalto líquido silencioso no taciturno espaço. vivendo entre nós Guandirô* o deus da noite anfíbia No meio da mata 1 7 1
  • 172. com seus redemoinhos o rio continua rio. * deus indígena da noite, que bebia o sangue dos homens. **a deusa indígena das Constelações *** deusa da agricultura 1 7 2
  • 173. 1 7 3
  • 174. BRAVA BRASILEIRA Bela guerreira Mulher Brasileira Brilhante estrela Defende tua luta Tua causa Tua bandeira. Busca respeito Pois tem o direito De igualdade. És flor amada Rosa adorada Da liberdade. Lutas por justiça Lutas por verdade Destruindo os porões Da maldade. Brava mulher De força Garra e fé Brava brasileira Guerreira Mulher. 1 7 4
  • 175. 1 7 5
  • 176. MULHER Sou a mulher, fruto da trama Da ordem do caos de quem ama Da dupla chama do amor Sentimento maior que o mundo Luz na fração de segundo Que és meu amante: leitor No equilíbrio, transito aos extremos Visito teus olhos, úmidos, trêmulos Santo colírio às curvas profanas Desejas a mim, não ao poeta Que nasce, cresce, escreve e encerra O ciclo erótico da fama Impressa, não conheço solidão Vendida, vou-me contigo, o poeta não De volta à batalha do modus operandi Dentro de ti, vamos ao quarto Eterna sou, na estante de teus lábios Devorando-me mutatis mutandis 1 7 6
  • 177. 1 7 7
  • 178. RESPOSTA À CANTATA DE BACH PARA 2013 Que na vida a submissão seja dócil inocência & Que da vida a subserviência seja só um nome sem uso NUNCA MAIS Sinto o calor das lenhas sob meus pés são grilhões impuros sem redenção não tomo água benta mas exorcizo demônios enquanto menstruo outras idades : expurgo vivo na idade do hoje. 1 7 8
  • 179. do livro em e-book, 3h30 ou quase isso, Amazon. 1 7 9
  • 180. 1 80
  • 181. TODA MULHER É UMA VIAGEM Toda mulher é uma viagem ao desconhecido. Igual poesia avessa ao verso e à trucagem, mulher é iniciação do dia, promessa, surpresa, miragem. De nada adiantam mapas, guias, cenas ensaiadas ou pilhagens. Controverso ser, mulher é via de mão única, abismo, moagem. É também risco máximo, magia, caminho íngreme na paisagem. Simplificando: mulher é linguagem, palavra nova, imagem que anistia o ser, o vir-a-ser e outras bobagens 1 81
  • 182. 1 82
  • 183. MAR MULHER No dia em que assumiu um gênero O mar pra mim se fez mulher Mar terra mãe Mar água confidente Mar ar amiga Mar fogo amante Mar mulher Mar eu Mar em mim Maremoto 1 83
  • 184. 1 84
  • 185. MULHER SABE ADMINISTRAR Se tem uma coisa que admiro é a perseverança feminina. Elas fazem as coisas acontecerem e saiam da frente, pois elas podem. Na construção da minha vida e acredito na maioria dos homens bem sucedidos, a mulher tem um papel excepcionai, não pelo fato da velha frase: “Por trás de todo grande homem sempre existe uma grande mulher”, mas é por que ao lado de todo grande homem uma grande mulher caminha junto (isto quando não vai à frente). Homens vivem sozinhos após alguma separação, mas as mulheres não, elas geralmente têm a família para amparar e a faz com sabedoria e grandeza, retira de onde não tem e suprem aqueles ao seu redor. Tem uma percepção aguçada, e quando está no comando à seriedade se faz presente. Às vezes chego a dizer que mulher é fogo, não dá trégua no trabalho. Para minha querida e esposa e para todas as mulheres “Flores” FLORES As flores, riquezas tão belas. Simples na natureza Mostrando sua beleza Na bela aquarela. A vida pode estar cinza Mas elas, elas são coloridas. Mostrando a alegria viva No manto policromo do campo. São as flores 1 85
  • 186. Exibindo seus esplendores Que alivia as dores Mostrando perfeição aos sofredores. Trazem beleza e perfumes Trazem o capricho da natureza Trazem o alimento e a sutileza Para abelhas e vagalumes. É a poesia do campo A beleza do jardim Coloridas como por encanto Derramadas em xaxim. A vida é eterna e bela Com flores brancas Azuis, vermelhas Verdes e amarelas. Sorria com o sorriso das flores Deixe para trás seus rancores Leve uma para seus amores E entregue a paz aos seus criadores. 1 86
  • 187. 1 87
  • 188. ESCOLHA Escolhestes nascer mulher. Sabias qual seria tua sina. Teu corpo receberia sangue de deusas, bruxas e santas. Serias guerreira, mãe e filha; também fêmea, loba, amante. Verterias sangue de vida e paririas; seus ciclos. Viajarias através dos tempos, lutando por teus ideais. Cultivarias sentimentos nobres, mas na lua negra, te esconderias, para ser a outra. Na busca do saber,te descobririas também carente por amor e afeto. Pagarias um preço alto por suas ideias. Tua pele arderia em chamas pela intolerância e incompreensão. Chegaria o tempo, em que atearias fogo às vestes por seus ideais. Nascestes. Sabes das dúvidas, das incertezas e dos obstáculos dos caminhos. Sabes que mais do que lutar pela igualdade de direitos, fundamental é equilibrar, harmonizar com o masculino. Conjugas com sabedoria, o verbo compartilhar. A única e nobre luta é pela não violência. Respeito ao teu corpo sagrado. Chega do corpo ferido, dilacerado. Mulher, ainda há muito a conquistar. Não cansa, não. Teu legado é a esperança num novo amanhã. Teu recado é de nunca desistir. 1 88
  • 189. 1 89
  • 190. WILSON ROCHA (1921-2005) DA MULHER “Comme l’arome d’une idée” Valéry, Longa e clara cabeleira no flanco dos quadris, chama secreta ressurgindo no ritmo flexível do sexo. A VOZ FEMININA Nem a escrita dos pássaros nem os clarins da eternidade desafiam assim o tempo, a frescura do azul e a doce transparência do cristal. como é branca e nua a voz feminina. VIRGO “Amor, que o gesto humano na alma escreve” Camões Junto a uma fonte uma donzela canta e o ar em torno é brando e luminoso. seus cabelos suaves e quietos presos ao segredo escuro da solidão. nela pensaram docemente os deuses, filha que é do sonho dos guerreiros. 1 90
  • 191. e em seus pensamentos se agitam, mais que as flores todas e as rosas, as trêmulas bandeiras e as lanças. 1 91
  • 192. 1 92
  • 193. 1 93
  • 194. 1 94
  • 195. 1 95
  • 196. 1 96
  • 197. 1 97
  • 198. 1 98
  • 199. 1 99
  • 200. 200
  • 201. 201
  • 202. A companhei de perto a feitura dessa antologia. Revisei-a. Reli-a. O antologista preparou-a com esmero, para evento de dia da Mulher de 2013. Fez a tecelagem cuidadosa de nomes. Artista e poetas se entrelaçaram, para uma mostra de fotografia, desenho, pintura, poemas…Por motivos impensáveis, tudo pronto, da parte de Darlan Tupynambá Padilha (Dimythryus Padilha), não aconteceu essa manifestação cultural naquele março. A antologia ficou, bela adormecida, lindamente à espera. Neste 2014, apareceu a oportunidade dela acordar. O nome, MULHERES ENTRELAÇADAS, foi inspirado pelo desenho de Carla Cisno, que eu já vira - uma série e encantara. Afinal, um dos maiores símbolos femininos é a cabeleira. Então, a bela adormecida moderna, faz viés com outro conto e torna-se uma Rapunzel, que lança as tranças ao leitor neste 2014. A benemérita mentora do Projeto Adote um Autor, Alexandra Magalhães Zeiner, brasileira radicada na Alemanha, fará um evento pelo Dia Internacional da Mulher, em Augsburg - onde reside. Contei-lhe sobre o trabalho do Dimythryus. E eis que Evandro Raiz Ribeiro, brasileiro que mora no Japão, resolveu fazer o e-book. Precisaríamos da autorização de todos os poeta e prosadores participantes. Não logramos a resposta de todos, então o antologista e eu, a seu pedido, começamos a convidar quem desejaria. O resultado foi ótimo. Da capa - doada pelo filho de Cândido Portinari, o João - a vários textos de grandes escrevinhadores e bardos, agregaram-se outros nomes. Agradecemos a todos, penhoradamente! Neste mês de março de 2014, no Brasil, meio séculos da Ditadura Militar, cujo golpe aconteceu a partir de 31 de março. Uma das poetas constantes, é também aquarelista, Neuza Ladeira, que foi presa e torturada, muito jovenzinha, no Rio de Janeiro e presa em várias cidades. É uma sobrevivente desses horrores. Mas, alma generosa, canalizou para a Arte e para a Poesia sua hipersensibilidade. O livro onde narra suas emoções sobre a tortura, tornam-se metáforas notáveis em “Os Comedores de Sonhos”, que permanece inédito entre seus outros livros, mas não imoto: em vários recitais é lido, em especial para os mais jovens que pouco sabem dos “Anos de Chumbo”. Então, a Presidente Honorária, fundadora da Associação Internacional Egrégoras pela Paz, Alexandra Magalhães Zeiner, também Embaixadora 202
  • 203. Universal da Paz pelo CERCLE AMBASSADEURS UNIVERSELES DE LA PAIX, Representante da REDE BRASILEIRA DE ESCRITORAS, REBRA, entre outras entidades, resolve, em Neuza Ladeira, fazer uma homenagem a todas as mulheres que morreram na resistência ou por tortura, por sequelas e às que ainda vivem, na pessoa de Neuza Ladeira. Assim, neste ano auspicioso, unem-se pessoas em direção à chama votiva da paz e do Bem, o Verbo floresce em livro virtual, nessa nova era do virtualismo e oferecemos ao Mundo, esse e-book especialíssimo. O Belo é o sopro que move a Ars e a Poiesis. E esse prana pode alimentar nossas almas sequiosas de cordifraternidade. Que a Luz da Mãe Terra, em cujo fecundo útero tudo que é vivo e gestado de forma indireta ou diretamente, penetre em nossos selfs, para que os corações tiquetaqueiem em uníssono, compondo uma grande canção que salve o Planeta onde vivemos. Gratidão a todos que entrelaçaram-se, generosos e irmanados e doaram seus textos para esta antologia destinadas a abrir portas e portais a tudo de bom que mais vier para fortalecer a PAZ universal. CLEVANE PESSOA PRESIDENTE - SÓCIA FUNDADORA DO AIEP - BELO HORIZONTE - MG BRASIL 203
  • 204. 204
  • 205. ALEXANDRA MAGALHÃES ZEINER | Reside na Alemanha e considera-se uma aprendiz de escritora. Pesquisadora, com mestrado em Biologia Marinha da Memorial University of Newfoundland, Canadá, trabalhou desde o início dos anos 90 com mamíferos marinhos e questões ambientais na Áustria, Brasil, Holanda, Croácia e Canadá. Suas duas publicações bilígues são: O filho do boto cor-de-rosa e A menina e a onça-pintada, pelas editoras americanas Educa Brazil e Educa Vision. Alexandra representa a Rede de Escritoras Brasileiras (REBRA) na Áustria. Em 2012 idealizou e coordenou o “Projeto Adote um Autor”, apresentado durante o I Encontro de Escritores Brasileiros na Baviera”, em Munique, maio de 2013. No mesmo ano foi nomeada “Embaixadora Universal da Paz” pelo Círculo Universal dos Embaixadores da Paz Fran a-Sui a(CUAP). É sócia fundadora da Associa ão Internacional Egrégoras pela Paz AIEP/PEACE (2014). Email: bilingual.amz@gmail.com ALMANDRADE | Ar sta plás co, poeta, arquiteto, mestre em desenho urbano. Par cipou de várias mostras cole vas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo; “Em Busca da Essência” - mostra especial da XIX Bienal de São Paulo; IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional (S.Paulo); II Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras (Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional; Menção honrosa no I Salão Estudan l em 1972. Integrou cole vas de poemas visuais, mul meios e projetos de instalações no Brasil e exterior. Um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista “Semiótica” em 1974. Email: almandrade2@hotmail.com ANA LÚCIA POLESSI | ou Ana Lúcia é natural de Ita ba – SP, escritora e ar sta plás ca, começou a produzir em 1980, ganhando vários concursos em sua cidade e no Brasil, sendo classificada como uma das 15 melhores escritoras do estado pelo Mapa Cultural de 1998, obtendo o 1º lugar no VI Prêmio Escriba de Contos de Piracicaba e 1º lugar no XI concurso Nacional de Contos Prêmio Ignácio de Loyola Brandão. Em 2009 lançou seu primeiro livro: “Trilha de Sonhos – Aventuras e Desventuras de um Ar sta Brasileiro (Book Company Editorial) sobre a tragicômica vida de um ar sta ita bense, Alan Duarte. Par cipa de exposições em artes plás cas e no ano passado terminou seu curso de especialização em Artes Visuais, Intermeios e educação na Unicamp-Campinas – SP. Em 2003 passou a chefia da Seção de Cultura da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo de Ita ba. Deixou a Chefia em 2009, mas con nuou trabalhando no Departamento de Cultura, secretariando a Diretoria. Email: lessiana@yahoo.com.br ANGELA TOGEIRO | Nasceu em Volta Redonda/RJ, reside em Belo Horizonte - MG. Com vasto currículo acadêmico na área administra va (graduação e pós-graduação), dedica-se, hoje, às artes plás cas, música e literatura. Pertence a diversas en dades Culturais. Par cipou do Proyecto Cultural Sur. Edição 2000, em Havana / Cuba, e em Caxambu / MG, e também de várias antologias nacionais e internacionais em português, francês, italiano e espanhol. Premiações em poesia, conto, crônica, trova, décima, grinalda de trovas, coroa de sonetos, poesia ilustrada, cordel e haicai, bem como livros publicados de poesia, dramaturgia, romances e contos. Email: angelatogeiro@gmail.com BILÁ BERNARDES | Nasceu Maria Angélica dos Santos, em 22/01/1950, Santo Antônio do Monte/ 205
  • 206. MG, Brasil. Em 1970 mudou-se para Belo Horizonte onde trabalhou como professora e psicopedagoga. Faz parte da Academia Santantoniense de Letras, entre outras instituições. Livro publicado: FotoGrafias de DesCasamento. Anome Livros. Belo Horizonte. 2008. Tem diversas publicações em antologias, jornais, revistas e internet. Blog:http://poetisabilabernardes.blogspot.com, Email: bilabernardes@gmail.com BRENDA MARQUES PENA | Jornalista, poeta e fotógrafa com mestrado em Literatura e outros sistemas semióticos pela UFMG. Presidente do Instituto Imersão Latina, Cônsul de Poetas del Mundo, representante do Movimento Cultural Abrace. É Consultora de Projetos do Grupo Neoplan, de Consultoria e Marke ng e trabalha no desenvolvimento de projetos culturais nas mais diversas áreas, com destaque para a produção fotográfica da série de livros: Imagens de Minas. Possui textos em antologias nacionais e editadas em Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Uruguai. É acadêmica correspondente da Real Academia de Letras, cadeira 12: Lygia Clark (patronesse). Medalha de Bronze no Prêmio Carlos Drummond de Andrade CBM e no I Fes val de Cultura Popular. Par cipou da Bienal Internacional do Livro do ano 2000 de São Paulo pela Alba Editora. Apresentou performances poé cas no Brasil, Cuba, Estados Unidos, França, Argen na. E como pesquisadora no Chile e Venezuela. Foi a idealizadora e apresentadora dos programas CurtAgora na TV Universitária de Belo Horizonte e do Minas Popular Brasileira (MPB) na rádio Comunitária FM Lagoinha. Também foi repórter do programa Rockambole da 98 FM e redatora da Revista Rock News e dos sites A Escola, Citylink e do COFECON. Trabalhou por 5 anos na TV Alterosa. Como baterista e letrista, gravou dois CDs com a Cau on, banda revelação 2008 do Prêmio GRC Music. A banda mudou para Cáus ca e hoje é um power trio: Brenda Mars (batera e performer), Pâmilla Vilas Boas (guitarra e voz) e Polly Alves (baixo e backing vocal). É fundadora e integrante do grupo Corpo-língua de performance cênica. Email: brendajornalista@gmail.com BRUNO GROSSI | É pintor, desenhista, gravador e ar sta gráfico mineiro. Cursou Comunicação Social e especializou-se em Processos Cria vos em Palavra e Imagem pela PUC - Minas. Atua na área ar s ca desde 2006, par cipou de exposições em Minas Gerais e outros Estados. É sócio/ilustrador do Estúdio Turadinhas (turadinhas.com.br). Ilustra livros infan s, car lhas, histórias em quadrinhos e tudo o que vê pela frente. Criou a revista cultural Nota Independente (notaindependente.com.br) em 2001 e o Portal do Ilustrador (portaldoilustrador.com) em 2010. Email: brugrossi@gmail.com CÂNDIDO PORTINARI | Foi um ar sta plás co brasileiro. Por nari pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956, e que, em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Por nari é considerado um dos ar stas mais pres giados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional. (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962). CARLA & CISNO | 1976 Natural de Buenos Aires - Argen na, reside em Montevidéu, Musicista contemporânea, faz teatro musical, performance e instalação de arte. Seu trabalho atual se concentra 206
  • 207. principalmente na música eletroacústica e projetos de mídia mista para o palco ou em instalações. CLÁUDIO MÁRCIO BARBOSA | Poeta e também produtor cultural, mineiro de Belo Horizonte, na adolescência descobriu a Poesia. Começou escrevendo releases e letras de músicas. Hoje tem textos publicados em jornais, revistas, livros e faz parte de diversas antologias poé cas. Foi diretor de eventos do Sindicato dos Escritores do Estado de Minas Gerais -SEMG, 2002/2005. A junção de poeta e produtor vem rendendo a Cláudio Márcio Barbosa reconhecimento pelo trabalho realizado. Diplomado com mérito em 2008 pela Associação Aldrava Letras e Artes, com sede na cidade de Mariana/MG, pelos serviços prestados à cultura; a Governadoria do Ins tuto Brasileiro de Culturas Internacionais-INBRASCI, com sede brasileira no Rio de Janeiro/RJ e chancelaria internacional na ilha da Madeira/Portugal em 2008, lhe conferiu o cer ficado e medalha, pela atuação no campo da cultura mineira e na defesa da vida; em janeiro de 2009 recebeu o título de Embaixador Universal da Paz, pelo Cercle de Les Ambassadeurs Univ. de La Paix-Genebra , Suíça. Email: ideclamar@yahoo.com.br CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES | Membro da REBRA_Rede Brasileira de Escritoras. Representante do Movimento Cultural aBrace-Brasil-Uruguai. Embaixadora Universal da Paz-Cercle de Ambassadeurs Univ.de la Paix-Genebra, Suiça, Consultora de Cultura da Associação Mineira de Imprensa-AMI. Membro da Rede Ca tu de Cultura; do virArte, da ONE, da SPVA/RN, da CAPORI, da APPERJ, e do PEN Clube de Itapira, da AILA. Membro do IWA(Ins tut Writers and Ar sts-Estados Unidos)desde 2008. Colaboradora da ONG Alô Vida. Membro Honorário de Mulheres Emergentes. Dama da Sereníssima Ordem da Lyra de Bronze; Acadêmica da AFEMIL / Academia Feminina de Letras; da ALACiB/Mariana; Acadêmica Correspondente da ADL, ANELCARTES, ATRN, AIL, ALTO. Pertence à Academia Pré-Andina de Artes, Cultura Y Heráldica; Academia Menoƫ Del Picchia. Petende à Associação Brasileira de Poetas Aldravistas. Representante da FALASP em MG. Presidente do AIEP- Brasil-Sócio fundador. Email: hana.haruko2@gmail.com CONSUELO ARAGÃO | Maria Consuelo Aragão de Melo, Jornalista, poetisa, professora de ginástica mul disciplinar permeando outros universos como a fotografia, a coreografia o balé e o teatro. Membro do projeto Trilhas da Leitura da Cidade de Contagem/MG/Brasil. É membro da Associação Internacional de Poetas Del Mundo. DIMYTHRYUS PADILHA | heterônimo do poeta Darlan Alberto T. A. Padilha, Licenciado em Letras pela Faculdade UNIESP-SP, Embaixador da Paz, tulo que lhe fora atribuído pelo “CERCLE UNIVERSEL DES AMBASSADEURS DE LA PAIX – SUISSE – FRANCE (Genebra – Suíça).Entre suas premiações destacam- se o “Prix Francophonie” a Menção Honrosa (Diplôme d’honneur) no 10é Concours Interna onal de Li erature Regards 2009 (Nevers – France) e 6º Concurso Poé co O Cancioneiro Infanto-Juvenil para Língua Portuguesa na Prá ca Educa va (Almada – Portugal). Possui poemas traduzidos em Russo hospedado em sites de Moscou. Email: dimythryus@outlook.com DIOVANI MENDONÇA | Mineiro de Belo Horizonte, cul vador da “Árvore dos Poemas”. 207
  • 208. Idealizador, entre outras inicia vas de incen vo à leitura, do projeto “Pão e Poesia, em qualquer esquina, em qualquer padaria” e “Pão e Poesia na Escola”, que consistem na publicação de poemas em saquinhos de pão ecologicamente corretos. Desde 2008, as referidas embalagens apropriadas para o contato alimentar são distribuídas gratuitamente às padarias na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Elas servem como suporte para publicação de obras de ar stas plás cos e poemas de autores consagrados e de estudantes de escolas públicas (que par cipam das oficinas de sensibilização poé ca). O projeto foi reconhecido por duas vezes pelo Ministério da Cultura (Minc): 2009 – 1º lugar no Prêmio Pontos de Mídia Livre; 2010 – Selo Prêmio Cultura Viva, cujo tema foi Comunicação e Cultura). Email: diovvani@yahoo.com.br EDEILTON DOS SANTOS | conhecido como DÉ BARRENSE, nascido na cidade de Barra - BA às margens do Rio São Francisco, tem o seu nome citado no primeiro dicionário de autores Baianos, SECUTI-BA. Com sua obra “INSPIRAÇÕES DE UM RIBEIRINHO POEMAS”, antologias que par cipa, Antologia Ano 3 com a poesia “NA CAPITAL”, Antologia O que é a Bahia tem? Da editora LITERIS, com sua poesia “PESCADORES DE ITAPOÔ, Antologia Nordeste do semiárido Brasileiro, com a poesia “ESPERANÇA, 6º Antologia Poé ca da editora Fénix 2014, com sua prosa poé ca “VACA AMOADA”, primeira amostra cultural na livraria “Hora de Leitura” em Bom Jesus da Lapa – BA 2013-DVD, tem sua música “FUMAÇA BRANCA” do seu primeiro CD “BARRANCOS DO VELHO CHICO” que faz parte da trilha sonora do filme “ESPELHO D’ ÀGUA UMA VIAGEM NO RIO SÃO FRANCISCO”. Email: comdebarrense@ig.com.br EDWEINE LOUREIRO | natural de Manaus nascido em 20 de Setembro de 1975, advogado e professor, vive no Japão desde 2001. Premiado em concursos literários no Brasil, Portugal, Espanha, Japão e Estados Unidos, é autor dos livros: “Sonhador Sim Senhor!” (2000), “Clandes nos” (2011), “Em Curto Espaço” (2012) e “No Mínimo, o Infinito” (2013). Página: https://www.facebook.com/edweine.loureiro- Email: edweine.loureiro@gmail.com FABIANO RUIZ | Nascido Fabiano Ruiz Guirão, Fotógrafo e Músico, nascido em 23 de agosto de 1977, no extremo leste da cidade de São Paulo, filho de Sidnei Guirão (in memorian) e de Aparecida Ruiz Guirão, desde pequeno já se interessava por artes, neto de músico, sempre ouvia seu avô cantar boleros, e isso despertou no pequeno Fabiano o amor pela música; já adolescente, ao ver o amigo Dimythryus Padilha fazer algumas fotos do Rio Tietê, decidiu que aquele seria um caminho a seguir. Formou-se em canto popular pelo Ins tuto Musical Moricone e em Fotografia pela Escola Focus de Fotografia. Atualmente divide seu tempo realizando trabalhos nos diversos ramos da fotografia e fazendo shows de MPB (Música Popular Brasileira). FÁTIMA SAMPAIO | Natural de Belo Horizonte/ Minas Gerais. Filósofa, professora e educadora ambiental. Atua em ações de planejamento, organização e realização de a vidades de educação ambiental e desenvolve a vismo correlacionados nas áreas de ação cultural, ar s co e social. Embaixadora universal da paz em Belo Horizonte, pelo Cercle Universel des Amvassadeurs de la Paix – Genebra/França. Acadêmica correspondente da Alto-Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG. Tem par cipação na Antologia Poé ca “Nós da Poesia” – volume 2, “ Espejos de la Palabra” (antologia 208
  • 209. bilíngue do aBrace-Brasil/Uruguai) e na revista “Recanto Canto Livre de Arte”. Email: fcsampaio@hotmail.com FRANCISCO ELÍUDE PINHEIRO GALVÃO | Francisco Elíude Pinheiro Galvão, Poeta, Membro Efe vo da Academia Vicen na de Letras; Acadêmico Honorário da: ABLA-SP e da Sociedade dos Poetas Vivos de Santos; Par cipações em diversas Coletâneas e Revistas Literárias(SP/RS); Membro do Cercle Universel Des Ambassadeurs de La Paix-France & Suise(Por indicação da Embaixadora Clevane Pessoa -BH(MG). Email: elywood1@hotmail.com GILDO PEREIRA | de Oliveira, Nasceu a 25 de fevereiro de 1949 em Rio Verde - Goiás, onde reside Atualmente. Formado em medicina pela Universidade do Amazonas. Fez pós-graduação em Imunologia e Medicina Antroposófica. Publicou vários livros. Dedica-se tanto à pesquisa no acervo botânico do Amazonas, como acompanha clinicamente pacientes portadores de câncer. Email: oliveira.gildo@bol.com.br GRAÇA CAMPOS | Pseudônimo de Maria das Graças Araújo Campos. Belo Horizonte, MG/Brasil. Ar sta plás ca, poeta, professora de Língua Portuguesa e Inglesa. “Busco inspiração na natureza, nas razões, nas emoções e observações do viver”… a poesia e a pintura são contatos divinos que emanam paz, harmonia. “Amo a língua portuguesa e a boa comunicação entre as criaturas…” EMBAIXADORA UNIVERSAL DA PAZ Cercle Universel des Ambasseurs de la Paix- Genebra - Suíça). Email: gracacamposarte23@gmail.com GRAÇA CARPES | Poeta, Atriz, Clown, Blogueira e Produtora Cultural. Escreve contos, poesias, histórias infan s, roteiros e o que mais a palavra sugerir. Aventura-se também na arte da Pintura, Escultura e no Audiovisual, pois, credita na poesia em todas as formas de expressão. Email: gracacarpes@hotmail.com IARA ABREU | Graduada em Licenciatura plena em artes plás cas desenho e educação ar s ca pela an ga FUMA, atual UEMG – Universidade Estadual de Minas Gerais, no ano de 1980. Pesquisa e trabalha diversas formas de expressão de arte a par r de vários suportes, técnicas e linguagens ar s cas. Sua temá ca preferida é a “cidade”, a “urbe” com sua geometria, suas cores, suas dificuldades mas também suas possibilidades. A ar sta tem em seu currículo várias exposições individuais e cole vas e várias par cipações culturais em projeto de outros autores podendo citar o projeto/livro “100 ar stas em comemoração ao Centenário de Contagem”, “400 anos de Dom Quixote” /Biblioteca Pública do Rio de Janeiro (exposição e acervo), primeiro “Verão Arte Contemporânea”, “250 anos de Mozart”, “O olhar do ar sta para o livro esquecido”(projeto da Secretaria de Educação de Minas Gerias), e outras individuais, cole vas e par cipações culturais em Belo Horizonte e outras cidades e países. É idealizadora do projeto “Aspectos Urbanos”, que teve início em 2005 no Centro Cultural de Contagem. Em 2007 realizou a primeira mostra “parceria de artes visuais e poesia em diálogo com o tema”, já com a par cipação de vários poetas nacionais e 209
  • 210. estrangeiros, na Galeria Paulo Campos Guimarães. A par r daí percorreu outras galerias e espaços culturais e a convite, sempre divulgando artes visuais e linguagem poé ca. A úl ma exposição individual foi março de 2012, na Galeria Paulo Campos Guimarães, Biblioteca Luís de Bessa em Belo Horizonte, exposição de Aquarelas “Pintando in loco”. Blogs: iaraabreu.blogspot.com - Abreu.blogspot.com ISABEL C. S. VARGAS | Professora, advogada, jornalista, aposentada do serviço pública, Especialista em Linguagens, escritora (contos, crônicas, poesia).Par cipante de cerca de duas centenas de livros, além de revistas literárias impressas. Participa de vários sites no Brasil e em Portugal além de participar do Varal do Brasil. Várias premiações entre elas a publicação de livro solo Pedaços de Mim. E-book Orvalho da Alma além de outros em conjunto com outros autores. Membro dos Poetas del Mundo, da AVSPE, dos Confrades da Poesia, do Portal CEN, do Portal FENIX, da BVEC. Embaixadora do Círculo Universal dos Embaixadores da Paz, Acadêmica Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni - ALTO, Acadêmica Correspondente da ALAF. Email: icsvargas@gmail.com IVONE GOMES DE ASSIS | Graduada em Letras. Especialista em Literatura Infan l. Mestre em Teoria Literária. Pesquisa (Capes) Guerra em surdina: a ficção de Boris Schnaidermann entre a polí ca e a poé ca. Autora das obras: O medo do escuro, Contornos biográficos: Juarez Altafin, Contos sertanejos, Bonezinho Vermelho e a Internet no Século XXI. Organizadora dos livros: A poé ca na educação, Saboreando palavras, Emoção Repen na, Recital Poé co Musical: Juarez Altafin, Memorial Casa da Cultura Aureliano Machado dos Santos, Veredas Literárias, Movimento Lírico, Palavras Libertas, Camarinhas de Poesia. Autora de diversos prefácios, orelhas, sinopses, resenhas, ar gos, crônicas, contos… e fotografias publicadas. Organizadora de concursos literários e saraus. Palestrante. Conselheira editorial. Email: assis@assiseditora.com.br JOÃO CÂNDIDO PORTINARI | Único filho de Cândido Por nari, que morreu em 1962. O professor João Candido é o fundador e Diretor-Geral do Projeto Por nari. Foi premiado com o Prêmio Jabu de literatura em 2005 pelo Catálogo Raisonné da obra completa de seu pai e também com o prêmio Prêmio Sérgio Milliet, no mesmo ano. João atuou na busca pelo quadro O Lavrador de Café roubado do MASP em 2008, que foi achado sem danificações pela polícia e agentes federais. Ele pediu para reforçarem a segurança do MASP, de onde também foi roubado um quadro de Pablo Picasso. Também escreveu vários livros sobre a vida e a obra de Por nari, sendo destacado o livro Menino de Brodowski. JOSÉ ARAUJO | São Paulo, Capital, é autor de diversos livros solo entre Poesia, Contos e Romances. Publicou em diversas antologias no Brasil e exterior. Títulos e Prêmios: Título «Escritor da Década 2001/2010» pela Taba Cultural - RJ., Troféu Destaque do Ano 2011 - ANBA - Niterói - RJ., Troféu Destaque do Ano 2012 - ANBA - Niterói - RJ., Prêmio Literarte de Cultura - 2012 - Curi ba - PR., Prêmio Literário Claudio de Souza - 2012 - Petrópolis - RJ., Prêmio INTERARTE de Melhor Romance - Ano - 2011 - Goiânia - GO., Medalha Carlos Scliar - ARTPOP - 2012 - Cabo Frio - RJ., Grau Honoris Causa de Doutor em Literatura - Ins tuto Educacional Rompendo em Fé - Signatário do Pacto Global da ONU - 2012., Comendador - Comenda da Palma Dourada – FEBLACA - Federação Brasileira dos Acadêmicos 21 0
  • 211. das Ciências, Letras e Artes – 2012. Membro correspondente das Academias de Letras: ALAV - Academia de Letras e Artes de Valparaíso – Chile – CH.-, ANBA - Academia de Letras, Ciências e Artes de Niterói - RJ., - ALTO. Academia de Letras de Teófilo Otoni – MG., ALAF Academia de Letras e Artes de Fortaleza - CE. e Acadêmico Correspondente Imortal – Cadeira 119 – ARTPOP -Academia de Artes de Cabo Frio- RJ. Email: escritorjosearaujo@gmail.com JÂNIA SOUZA | Brasileira, po guar, escritora, poeta, ar sta plás ca, a vista cultural, bancaria na CAIXA, economista, contadora; sócia fundadora da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN (SPVARN), aonde organizou 06 volumes da Antologia Literária; tesoureira da UBE/RN na atual diretoria; pertence ao quadro da AJEB/RN e do Clube de Piracicaba/SP; representante regional da APPERJ; par cipação em coletâneas e prêmios literários; publicou: em 2007, Rua Descalça, Edições Bagaço/PE; em 2009, Fórum Ín mo e” Magnólia, a besourinha perfumada”, pela Editora Alcance/RS, lançados na 55ª. Feira do Livro de Porto Alegre; em 2011, Entre Quatro Paredes, pela Corpus Editora do Porto em Portugal. Email: janiasouza@uol.com.br J.S.FERREIRA | Vice-Presidente da Associação Aldrava Letras e Artes Poeta. Membro da Academia Marianense de Letras. Membro da ALACIB - Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil – Mariana-MG. Membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais. Membro Honorário da Academia Internacional de Heráldica – Portugal. Membro Honorário da Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro – Portugal. Membro Honorário do Ins tuto de Estudos Histórico – Militares Napoleão I – Portugal. Autor de: Lixos & Caprichos (1991) , Autor de Bateria Lírica Poemas Aldravismo – a literatura do sujeito (2002) Criaturas & Caricaturas ( co- autoria com Camaleão(2004) e prenúncio de chuva – senda 03 de nas sendas de Baschô(2005). Jenipapo (poesia Infanto-Juvenil) 2007. Ventre IV – gerais-minas. In: Ventre de Minas (2009). Meu São Gonçalo do Rio Abaixo – (Memórias) – (2010). Publicou poesia no livro Lumens, Mariana (2011). O livro das Aldravias ( Org.) (2012). Email: jssferreira@bol.com.br JU COSTA | Projeto Ar s co: Femininas; Retratos representando as sensações femininas. Preocupações com fu lidades ou iden ficadas por estereó pos, fazem com que as emoções passem despercebidas, esquecidas no meio da mul dão. Acabamos deixando de ser capazes de contemplar, de sen r, de interagir, de doar-se. Nestas mulheres, ro o foco de representações idên cas, e busco exteriorizar no retratado aspectos subje vos e su s, fazendo valer a ideia de transmi r sen mentos por meio de expressões, luz e sombra e cores, que em conjunto, resultam em trabalhos harmônicos, que evidenciam pormenores que raramente são notados, mas que podem ser despertados e reconhecidos pela alma. Assim venho desenvolvendo uma linguagem sobre papeis, telas e madeira, trabalhando com guache branco sobre preto, resultando em luzes; com obras de aspectos mais sóbrios, outras iluminadas; e em madeira e papéis coloridos, utilizo pastéis e tinta acrílica, sempre com tabelas de cores que levam a uma riqueza de contrastes, texturas e cores. Formação Licenciatura em Artes Plás cas, 2001/04 - Faculdade Paulista de Artes. Web site: www.jucostart.carbonmade.com - www.flickr.com/photos/jujuba_costa JUÇARA VALVERDE | Médica, poeta, ar sta plás ca; presidente da Academia Brasileira de Médicos Escritores - ABRAMES; 13 livros de poesia publicados. Email: jucvalverde@gmail.com 21 1
  • 212. JULIANA LATERZA FERNANDES | 29 anos - Poe za; compositora; espiritualista. Nascida em São Paulo, Capital, onde graduou-se no curso de Licenciatura em Letras pela Universidade Renascença e pós graduou-se em Língua Portuguesa pela PUC/SP. Reconhece a importância e grandeza dos estudos embora sinta que suas poesias nunca veram ligação com nenhum deles, mas sim, com um simples derramar que não se segura na alma. Buscadora, sente o mundo enquanto passa por ele, e entre um processo e outro desse caminhar em direção ao crescimento do Ser, se deixa transbordar. Atualmente vive em Alto Paraiso de Goiás, onde pra ca meditações em grupo diariamente, entre outras prá cas espirituais voltadas para a cura e o desenvolvimento humano. Considerando as artes como um poderoso instrumento de cura e despertar de consciência, está sempre conectada com diferentes formas de expressões da existência. É criadora do Blog “Enletraçados” onde publica poesias, textos e reflexões. Email: sol.juli@ig.com.br LETICIA KAMADA | (São Paulo | 1975), formou-se em Design Gráfico pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e especializou-se em Criação de Imagem e Som em Meios Eletrônicos, no SENAC/SP. No início de sua carreira como fotógrafa, trabalhou como assistente de fotografia de palco e de estúdio e em laboratórios fotográficos P&B. Como ar sta visual tem experiência e atua nas seguintes áreas: fotografia, poesia + haicai, audiovisual e fotografia+gravura. Ar sta e pesquisadora dos híbridos de imagens e linguagens, compõe quase sempre em séries: Penumbras, Labaredas, Duos, Janelas, Haicais… tal ênfase no caráter serial faz com que em seus trabalhos possamos, muitas vezes, iden ficar o desdobramento das imagens no tempo e no espaço, como uma sucessão de imagens a serem projetadas. Em cada série que desenvolve estabelece regras fixas de escala, enquadramento e alinhamento, o que amplifica a coerência do conjunto contribuindo para a criação de uma espécie de narra va visual. O conjunto final de cada série compõe um verdadeiro mosaico de cores, formas, contrastes e padrões. Outra forte caracterís ca é o uso de novas linguagens e tecnologias em interação com a fotografia convencional, combinando e recombinando conteúdos, usando a noção de compar lhamento para agregar outros sen dos ao seu trabalho e intervenções. Seus trabalhos foram exibidos na “3ª Bienal de Artes Brasileiras de Bruxelas” na Bélgica, “Desvenda | SPA das Artes” em São Paulo, “62º Salão de Abril” de Fortaleza, “Iden dade 27 | Bienal Revisitada” na Galeria EBA em Cusco - Peru. Suas imagens integram a galeria online da ar sta e coleções par culares. É também autora da monografia “Mashup, o que você vê é o que você ouve” (2010). Como professora e instrutora, ministra cursos, oficinas e aulas regulares desde 2001. MAIA DE MELO LOPO | pseudónimo de Benvinda da Conceição de Melo Lopo, poeta, ar sta visual, capista, vive em Lisboa e veio ao Brasil, onde tem amizades. Email: lopo_711@hotmail.com MARA DE FREITAS HERRMANN | Escritora, Nascida em Santa Catarina, carrega no sangue a grande mistura de espanhóis, portugueses e índios. Isso tudo veio trazer o tempero exato para esta vida. Em 1974 casou e mudou-se para Alemanha, aonde vive até hoje. Muitos anos de aprendizagem e cria vidade para poder sobreviver longe da pátria. Começou a escrever nos anos 70 e nos anos 90, quando o coração soltou-se e desde lá não parou mais. Hoje é pescadora de almas, Dra. em Psicologia, tem sua Clínica em Augsburg, Alemanha. O seu caminho foi e é semear amor e alegria por onde passou e passa. 21 2
  • 213. MARINA GENTILE | Pseudônimo literário de Marina Moreno Leite. Nascida em 06.04.1958. Além de brasileira, sou cidadã espanhola, descendente de imigrantes vindos de Málaga e Cáceres; resido em Salvador –Bahia (Brasil) desde 1982, onde cons tuí família. Par cipei de livros infan s os quais foram traduzidos para francês, inglês e Braille. Tenho diversas par cipações em antologias. Blog: marinamorenogentile.blogspot.com.br Email: dagazema@gmail.com MARIA LUIZA FALCÃO | mineira de coração e residência, escritora e ar sta plás ca, delegada da APPERJ em Belo Horizonte, MG. Publicados: “Afonso” e “Minas – contos Gerais 1”. Inéditos: “Afonso – um brasileiro das Minas Gerais” e “Diário”. Diversos textos para teatro (infan l, jovem e jovem/adulto) montados e inéditos. CINDERELA DO AGRESTE (teatro infan l), Menção Especial da UBE/RJ. Crônica “O GUARDIÃO”, selecionada pela Votoran m Celulose para publicidade/SP. Colunista em jornais e revistas online. Textos e poesias publicados em coletâneas. Presente em fes vais, exposições e feiras, na TV Futura, TV CNT, TV Educar e Rede Minas. Projetos de incen vo à leitura: coorganizadora do projeto “Perdidos & Achados”, RJ e presente no projeto “Pingos de Leitura”, da Prefeitura de Belo Horizonte, MG, Organizadora do projeto musical “Caminhando & Cantando”, RJ. Email: mlfminas@hotmail.com MARIA MOREIRA | Maria da Conceição Rodrigues Moreira - autodidata em literatura, autora de “Objetivo Indefinido”, lançado na Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro em 2009; tem ainda 4 livros infan s escritos e ilustrados por ela ainda inéditos. Oficina de livros “suporte de arte com linguagem infan l. “livro em tecido. Cursou na arena da Cultura com o Professor Geraldir Eustáquio, além de diversas oficinas de livros realizadas pela UFMG. Email: conceicao.rmoreira@gmail.com MARIA TEREZHA GALVÃO BUENO | Nasceu no dia 24 de outubro de 1927 no Rio de Janeiro - RJ. Era filha de Américo Galvão Bueno e de Adelaide de Camargo Neves. Era divorciada de Rubens Limongi de França. Teve 05 filhos: Carlota, Antonio, Vicente, Ana Isabel e Stephan. Filha de diplomata, viajou por vários países em sua infância e mocidade. Formou-se em Letras e História pela Universidade de Havard, nos EUA. Iniciou sua carreira literária com o livro “Tríp co” (1948) de poemas em português, francês e inglês com prefácio de Guilherme de Almeida. Lecionou literatura e os idiomas inglês e francês mesmo depois de construir família. Deixou uma obra de um total de 31 livros entre publicados e inéditos. Era compositora, autora de várias canções compostas em parceria com seus filhos Ana Galvão e Vicente França, entre elas “Adão” e “Uma flor para o meu colo”. Recebeu o prêmio José Ermínio de Moraes em 1982, com “Máscara de Sol”. Faleceu no dia 02 de janeiro de 1996 com 68 anos de idade. MARINA MAZZONI | (Minas Gerais, 1958) trabalha com comunicação, texto, editoração, programação visual, evento, cultura e arte. Desenvolve, cria e implementa projetos culturais. Pesquisa e escreve sobre temas culturais, de Minas, de Belo Horizonte. É da Ação Social Cidade Nova há mais de 20 anos e é Secretária da ABCMI- MG (Assoc. dos Clubes da Melhor Idade - MG). www.notaindependente.com.br/marinamazzoni. Email: marinamazzoni@gmail.com 21 3