O documento discute a teoria da complexidade e o pensamento complexo. Apresenta o paradigma simplificador que busca ordenar o universo e expulsar a desordem, e como o pensamento complexo reconhece a importância da desordem, do acaso e da não linearidade. Também discute os desafios de considerar a complexidade nas ciências e na compreensão da realidade.
2. O que é complexidade?
- Um fenômeno quantitativo (interações e interferências entre um
número muito grande de unidades).
- Mas também incertezas, indeterminações, fenômenos aleatórios,
acaso.
- Diz respeito a sistemas semialeatórios, onde a ordem é inseparável
dos acasos.
- Ordem/desordem.
(MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo, p.35)
4. O paradigma simplificador
• "... o paradigma simplificador é um paradigma que põe
ordem no universo, expulsa dele a desordem. A ordem se
reduz a uma lei, a um princípio." (MORIN, Edgar. Introdução
ao pensamento complexo, p. 59)
• O uno e o múltiplo.
• Ser humano: realidade biológica e realidade cultural.
• Ideal científico que prevalecia até o século XIX: ciência que
pode descrever a regularidade do mundo (máquina
determinista) e suas verdades.
7. Descartes e o mecanicismo
• O método analítico: 1. Colocar tudo em dúvida; 2. Dividir
o todo em partes; 3. Realizar a síntese, reunindo o que foi
separado anteriormente; 4. Fazer o maior número
possível de enumerações e revisões.
• Consequências diretas: progresso técnico, hiper-especialização
do conhecimento, intensificação da
separação entre ser humano e natureza, hierarquização
dos saberes, perda da compreensão do aspecto
complexo da realidade.
8. Humanos e
máquinas
• Máquina: sistema
relativamente isolado,
fechado.
• Humanos: precisam
da falta de equilíbrio
para sobreviverem.
Attack of the Robots, por Josh Meister
9. Desafios da complexidade
• Não procura substituir ou eliminar o paradigma
simplificador;
• Insiste na complexidade, mas não na completude.
• Propõe o respeito às diversas dimensões do
conhecimento.
• Considera o acaso e a desordem com partes necessárias
da organização nos mais diversos sistemas.
10. Desafios da complexidade
• Rejeita os universalismos.
• Procura reavaliar o papel do pesquisador, na relação com
aquilo que é pesquisado.
• Combate o hiperatrofiamento cognitivo, decorrente da
hiperespecialização.
• Considera como uma patologia da razão a crença de que
a razão pode reduzir tudo a um sistema coerente de
ideias e explicações.
11. Sociabilidade e
complexidade
• Considere as
combinações possíveis
entre indivíduos e
grupos, entre indivíduos
dentro de grupos e entre
grupos.
• Vamos ao cinema?
• Paradoxo dos
aniversários.
Dioramas,
por Rick Finkelstein
12. Referências
• DESCARTES. Discurso do Método. São Paulo: Abril, 1973.
• MORIN, Edgar. Ciência com consciência. RJ: Bertrand Brasil,
2005.
• MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto
Alegre: Sulina, 2011.
• PRIMO, Alex. Interação mediada por computador. Porto Alegre:
Sulina, 2011.
• SHIRKY, Clay. Lá vem todo mundo: o poder de organizar sem
organizações. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.