O documento descreve os avanços socioeconômicos de Sergipe nos últimos anos, com foco em três pontos: 1) o crescimento do PIB acima da média regional, puxado pelos setores de serviços e indústria, especialmente mineração e petróleo; 2) os investimentos em infraestrutura e projetos como o da Vale e Petrobras que impulsionam o desenvolvimento; 3) as melhorias nos indicadores sociais como geração de emprego.
3. SERGIPE: INCLUSÃO SOCIAL
E DESENVOLVIMENTO
As ações do Governo do Estado de Sergipe vêm sendo pautadas pela
construção de políticas públicas voltadas para a inclusão social e para a
inserção de Sergipe nas transformações que o Brasil está realizando.
A atuação do Governo do Estado está estruturada em torno de dois eixos: a
inserção pela renda e a inserção pelo direito, por meio do acesso às políticas
públicas. Essas ações envolvem a expansão e a melhoria da infraestrutura,
o estímulo à retomada dos investimentos estruturadores de nossa economia
— cujos destaques são os projetos da Petrobras e da Vale – e a atração de
empresas para assegurar oportunidades de emprego aos sergipanos.
Os investimentos em infraestrutura priorizaram a integração de Sergipe aos
demais estados da região e a articulação interna do território estadual como
forma de estimular a produção local e abrir novos vetores de desenvolvimento.
A nossa meta-síntese, em sintonia com o Governo Federal, é a erradicação da
miséria. Os resultados confirmam o acerto dessas políticas.
O presente documento sintetiza os principais indicadores que comprovam os
avanços de Sergipe nos campos econômico e social, além de apresentar os
novos investimentos que estão sendo anunciados hoje, com a presença da
Presidenta da República.
4. Sergipe, com 21,9 mil km2
, é o estado de menor extensão territorial da federação brasileira.
Localizado na região Nordeste, tem como limites os estados da Bahia (ao sul e a oeste) e
Alagoas (ao norte, cuja fronteira é demarcada pelo rio São Francisco) e, a leste, o Oceano
Atlântico. Possui 75 municípios e uma população estimada em 2,1 milhões de habitantes.
Desse total, 1.562.000 pessoas – cerca de 73% – residem nas áreas urbanas e 566
mil, equivalentes a 27%, residem em áreas rurais. A população sergipana corresponde
aproximadamente a 1,1% da população brasileira e a 3,9% da região Nordeste, segundo a
PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar) de 2011.
Apesar de sua pequena dimensão territorial, Sergipe é um estado diferenciado dentro do
Nordeste. Possui os melhores indicadores econômicos e sociais da região. Nos últimos
anos, tem apresentado desempenho superior à média do Brasil e do Nordeste em várias
dimensões do desenvolvimento devido ao importante processo de transformação por que
vem passando.
Desde o início dos anos 1980, a economia de Sergipe apresenta, em média, taxas de
crescimento do produto interno acima das médias regional e nacional. Em dez dos quinze
anos entre 1996 e 2010, Sergipe cresceu acima da média do Nordeste e, em nove deles,
acima da média do Brasil.
As especificidades que fazem de Sergipe um estado diferenciado na região Nordeste são:
• O padrão de ocupação das terras em Sergipe, menos concentrado do que em
outros estados da região;
• Uma parcela relativamente menor do território na região semi-árida;
• A exploração de importantes jazidas minerais que conferiram, desde os anos
60 do século passado, uma vantagem a Sergipe em relação à maioria dos
estados da região (petróleo, gás natural, potássio e calcário); e
• Um papel muito particular do Estado e das políticas públicas em seu
desenvolvimento.
Sergipe: construindo um
Nordeste diferente
5. Em 2010, o PIB sergipano alcançou 21,4 bilhões de reais. Sergipe tem nos setores de
serviços e industrial sua principal fonte de geração de riqueza. As participações destes
setores no Valor Adicionado Bruto – VAB são, respectivamente, de 66,8% e 28,6%. O setor
agropecuário participa com 4,6%.
Fonte: IBGE (2012)/Contas Regionais 2010.
Uma das principais marcas de Sergipe é a extração de riquezas minerais como o petróleo
e gás natural, além de outros minérios como a silvinita e a carnalita, matérias-primas
fundamentais para a fabricação de fertilizantes. Sergipe dispõe também de importantes
jazidas de calcário, que fizeram com que o estado fosse o maior produtor de cimento do
Nordeste e o sexto maior do Brasil.
Ao lado da riqueza mineral, que propiciou a formação de uma importante cadeia produtiva
mínero-química (com destaque para a produção de petróleo, gás natural e fertilizantes),
Sergipe conta com um parque produtivo diversificado, em que se destacam os segmentos
de alimentos e bebidas; têxtil, calçados e confecções; produtos metalúrgicos; e material
elétrico. O agronegócio também é importante, com destaque para as lavouras de laranja,
milho, cana-de-açúcar e fruticultura irrigada.
Em comparação com a média dos estados nordestinos, o peso do setor industrial na
formação do PIB é significativamente mais elevado em Sergipe, em grande parte por conta
da presença da extração de petróleo e da geração de energia hidroelétrica. A participação
da indústria em termos de peso no PIB situa-se em segundo lugar, depois da Bahia.
6. Participação do setor secundário na geração do
PIB total de 2010 – Estados do Nordeste e Brasil (Percentualmente)
Fonte: IBGE (2012)/Contas Regionais 2010.
Sergipe: Exportador de Energia
Sergipe conta também com uma matriz elétrica diversificada. Nela se destacam a produção
de energia hidrelétrica e de petróleo e gás. Mas há participação crescente da bioenergia e
da energia eólica. Hoje, Sergipe é também exportador de energia para outros estados da
região.
Energia elétrica
Em 2011, a produção de energia elétrica em Sergipe alcançou 9.670 GWh.
• Hidrelétricas – Com capacidade instalada de geração de 1.588 Megawatts,
Sergipe está próximo à segunda colocação do Nordeste. Só não ocupamos
a segunda colocação devido à divisão da produção da Usina de Xingó com
o Estado de Alagoas. Em termos de produção, representa a 3ª posição no
Nordeste (14,44% da produção regional). No Brasil ocupa a 13ª colocação
(1,82% da produção nacional).
7. • Termoelétricas – A energia gerada por termoelétrica se dá através de uma
indústria particular. A Unidade tem capacidade de geração de 25 MW de
energia.
• Energia Eólica – O primeiro Parque Eólico do estado, localizado no município
da Barra dos Coqueiros, vai proporcionar um acréscimo de capacidade de
35 MW (megawatts de energia) à matriz energética existente. A energia
gerada pelo parque eólico é suficiente para abastecer uma cidade com 120 mil
habitantes.
• Energia Solar - Em outubro de 2012, o engenheiro alemão Johannes Schrüfer
visitou o estado e está analisando a possibilidade de instalar em Sergipe um
Parque de Energia Solar. O projeto apresentado por ele para captação de
energia solar está em pleno funcionamento no sul da Espanha, através de
um sistema que representa uma das duas tecnologias dominantes na área, a
captação parabólica ou torre solar.
8. • Produção de petróleo – O estado é o quinto maior produtor do Brasil,
representando2%daproduçãonacional,eosegundodoNordeste,respondendo
por 26,7% da região. Em 2011, a produção alcançou 2.438 mil m3
.
Na produção do gás natural, Sergipe representa 4,6% da produção brasileira e 22,5%
da nordestina. Hoje, Sergipe ocupa a 6ª posição na produção de gás do país e a 2ª do
Nordeste. A produção de gás natural em 2011 alcançou 1.101 milhões de m3.
A produção de álcool em Sergipe foi retomada recentemente devido à entrada de
empresários de outros segmentos. Atualmente, a produção responde por 0,42% da nacional
e 5% da regional. A produção de gás natural em 2011 alcançou 98 mil m3
.
Economia cada vez mais diversificada
Sergipe é o quarto maior produtor de laranja do país, conta com uma pecuária leiteira
expressiva para os padrões regionais e tem investido, nos últimos anos, em projetos de
irrigação de hortaliças, rizicultura e frutas tropicais, além dos cultivos tradicionais, como
feijão, mandioca e milho. Essa última cultura tem apresentado crescimento expressivo nos
últimos anos.
A construção civil encontra-se consolidada no estado e responde por um contingente de
emprego próximo ao montante da indústria de transformação. Esse segmento desenvolveu
expertise no segmento habitacional, contando com empresas que adquiriram status
competitivo no mercado nacional.
O setor terciário tem apresentado um papel crucial na geração de postos de trabalho,
respondendo em 2010 por 66,8% do PIB estadual e cerca de 60% da população ocupada.
O crescimento do setor de serviços tem o seu desenvolvimento associado ao turismo, ensino,
saúde e serviços especializados voltados ao atendimento da demanda empresarial.
9. Sergipe possui importantes investimentos industriais, com a presença de algumas das mais
importantes empresas sediadas no país em setores diversificados da economia. Além disso,
desde o início do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), dedicado a
incentivar a industrialização do Estado, Sergipe recebeu 550 novas indústrias, dentre as
quais se destacam:
• Petrobras: investimentos de U$ 1,0 bilhão em 2012;
• Vale: produção de potássio a partir da silvinita e da carnalita para a indústria
de fertilizantes, com investimentos previstos de até US$ 4 bilhões;
• Votorantim: maior fábrica de cimento do Nordeste, em expansão;
• Grupo Nassau: em expansão;
• Chesf: Usina Hidroelétrica de Xingó, que atende a 25% da demanda do
Nordeste;
• Ambev (AB-Inbev): indústria de bebidas, detentora de marcas como Brahma
e Antarctica;
• Crown: fabricação de latas de alumínio, especialmente para a indústria de
bebidas;
• Desenvix: exploração de energia eólica;
• Fafen: fabricação de fertilizantes (amônia e ureia);
• Leite de Rosas: fabricação de cosméticos;
• Rio Verde: investimento previsto na exploração de potássio;
• Azaleia-Vulcabras: calçados.
Nos últimos anos, foram retomados projetos estruturantes, com destaque para a consolidação
do Polo de Fertilizantes de Sergipe, por meio da implantação do Projeto Carnalita, da Vale,
e para a planta de sulfato de amônio da Fábrica de Fertilizantes do Nordeste (Fafen),
pertencente à Petrobras.
Os investimentos na exploração petrolífera das novas áreas na bacia de Sergipe e Alagoas
também abrem grandes oportunidades para o desenvolvimento de Sergipe.
Em 2012, a Petrobras anunciou quatro descobertas de hidrocarbonetos leves em águas
ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas, nos poços 1-SES-168 (Moita Bonita), 3-SES-
165 (Barra), 1-SES-167 (Farfan) e 1-SES-172, conhecido informalmente como Muriú.
10. A Petrobras estima que Sergipe se tornará, nos próximos quatro anos, o maior produtor de
petróleo do Norte e Nordeste. A bacia Sergipe-Alagoas vive a expectativa de quintuplicar
sua produção nos próximos anos, saltando de 40 para 200 mil barris de petróleo/dia. Dessa
forma, seguramente o petróleo continuará a ser, pelo menos nos próximos 30 anos, uma
das principais âncoras da economia sergipana.
O Projeto Carnalita, por sua vez, assegurará a continuidade da produção de potássio por
cerca de 30 anos. Os números do projeto são muito expressivos: o investimento deve
alcançar US$ 4 bilhões, tornando-se o maior investimento privado já realizado em Sergipe.
A empresa prevê a geração de até 4 mil empregos durante a implantação e de cerca de mil
empregos na operação. O Projeto Carnalita deverá se consolidar como o mais importante
empreendimento produtivo já realizado em Sergipe, depois da exploração de petróleo.
Segundo estimativa da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA), o grau de
dependência da agricultura brasileira de fertilizantes importados alcançou, em média, 70%,
em 2011. No caso de um dos três nutrientes básicos para a produção de fertilizantes,
o potássio, a dependência atinge 90%. A mina Taquari-Vassoura, em Sergipe, é a única
unidade produtiva no território nacional.
Com o Projeto Carnalita, a produção de potássio do Brasil, inteiramente sediada em Sergipe,
deverá saltar para 1,2 milhão de toneladas, reduzindo a dependência do potássio importado
para 75% até 2020.
Fonte: Vale
11. A partir de 2007, as políticas públicas do Estado de Sergipe foram norteadas por três linhas
de ação:
• Retomada do planejamento;
• Criação de condições para a modernização do estado e de um novo horizonte
de oportunidades para a população sergipana;
• Inserção de Sergipe no movimento de transformação econômica e social do
Brasil.
Sergipe registra os melhores indicadores da região Nordeste, em função do crescimento de
sua economia e das políticas sociais adotadas, inclusive as de transferência de renda.
A melhoria do mercado de trabalho, com a geração de mais postos de trabalho, foi uma das
principais forças inclusivas. A PNAD de 2011 revela que o número de pessoas ocupadas em
Sergipe cresceu 27% na comparação com 2001, contra a média de 23% no Brasil. As duas
taxas são superiores ao crescimento da população economicamente ativa. Foi o resultado
mais elevado entre os estados do Nordeste. Entre 2001 e 2011, mais 204 mil pessoas
passaram a ter ocupação, formal ou informal, em Sergipe.
IDH (2007) 0,770 , considerado de médio desenvolvimento,
e o mais elevado da região Nordeste.
Fonte: Boletim Regional do Banco Central do Brasil. Janeiro de 2009.
Gente: o principal
cuidado do Governo
de Sergipe
12. O PIB per capita de 2010 é R$ 11.572,44, o 1º do Nordeste, frente à média regional de R$
9.561,41.
PIB per capita dos Estados do Nordeste – 2010
Fonte: IBGE (2012)
No período mais recente, entre 2006 e 2011, os indicadores socioeconômicos de Sergipe
registraram avanços significativos. Com o aumento do emprego de qualidade, a renda do
sergipano se elevou. A renda média familiar per capita de Sergipe passou a ser a mais alta
do Nordeste.
O rendimento médio da família sergipana, por membro familiar, vem crescendo acima da
taxa média do Brasil e do Nordeste, fazendo com que melhore a sua situação relativa.
Enquanto, em 2006, esse rendimento representava 67% da média brasileira, em 2011, ele
havia subido 9 pontos e alcançado 76%. Na comparação com o Nordeste, Sergipe — que já
superava o rendimento médio da região em 13%, em 2006, e se situava 22% acima dele,
em 2011.
13. Com mais emprego, maior estabilidade no trabalho, melhores salários, acesso ao crédito
e, ao mesmo tempo, sendo beneficiários de programas sociais, mais domicílios brasileiros,
principalmente aqueles situados nos estados mais pobres, passaram a contar com serviços
públicos e ter acesso a bens de consumo duráveis, dados que sintetizam as novas condições
proporcionadas pelo ciclo de crescimento inclusivo.
O número de famílias sergipanas com computadores em casa e acesso à internet pulou de
71 mil para 176 mil, entre 2006 e 2011, crescendo 149%. Eram apenas 8,5% dos domicílios
em 2006 e são 26,9% em 2011. O número de domicílios com televisor saltou de 524 mil
para 637 mil.
Mais 147 mil famílias passaram a ter acesso a geladeiras. Eram 81,6% dos domicílios em
2006, e são 93,4% em 2011. O número de famílias com máquina de lavar se restringia a 75
mil, em 2006; passou para 178 mil em 2011, com um crescimento de 137%.
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD).
Acesso a bens: agora,
os sergipanos vivem
com mais conforto
14. Entre 2001 e 2009, a participação da classe C na população sergipana passou de 23,4%
para 38,4% do total da população, tornando-se o estrato de renda com maior contingente
populacional.
Em termos absolutos, o número de pessoas pertencentes a esse segmento saltou de 431
mil para 788 mil, um incremento de 83%. Nesse período, mais 357 mil pessoas passaram
a fazer parte da classe C, o maior incremento entre os segmentos considerados, tanto em
termos relativos quanto em termos absolutos. O estrato referente às classes A e B, que, em
2001, contava com 75 mil pessoas, registrou, em 2009, 132 mil pessoas, 56 mil pessoas a
mais, enquanto a classe D foi ampliada em 54 mil pessoas.
Fonte: CPS/FGV, com base em dados da PNAD do IBGE.
15. O êxito de Sergipe na redução da miséria pode ser atribuído a três eixos principais de
atuação: o avanço nos indicadores econômicos, a retomada do investimento público e as
políticas de transferência de renda.
Os indicadores econômicos de Sergipe avançaram bastante nos últimos anos, apresentando
taxas de crescimento superiores ao Nordeste e à média brasileira. A renda per capita
sergipana aumentou 41% entre 2000 e 2010, bem acima dos 20% registrados para os
demais estados nordestinos. O emprego formal expandiu-se 48% entre 2007 e 2011, o
que significa um incremento médio de 8,1% ao ano. Outro indicador muito positivo foi o
desempenho do PIB. Houve uma ampliação de 58% do Produto Interno Bruto entre os anos
de 2003 e 2011, contra apenas 42% registrados nos outros estados da Região Nordeste.
Outro fator que impulsionou a queda da extrema pobreza foi o grande aumento do
investimento público ocorrido no Governo de Sergipe a partir de 2007.
Fonte: IBGE/PNAD. Cálculo do IPECE.
Erradicação da miséria:
um Sergipe mais rico para
cada vez mais pessoas
16. Mais de mil quilômetros de malha viária do Estado foram recuperados. Além disso, o
Governo construiu novas rodovias e pontes. Está em curso também o maior volume de
investimentos da história em saneamento ambiental, principalmente no abastecimento de
água e em esgotamento sanitário. Na área de habitação, foram construídas mais de 15
mil casas dotadas de infraestrutura. Destacam-se também investimentos expressivos na
reforma e ampliação de escolas, assim como a reestruturação da rede de atenção à saúde,
nos níveis básico e hospitalar.
As políticas de transferência de renda, especialmente o Programa Bolsa Família, também
foram fundamentais para diminuição da miséria. Mais de 125 mil famílias inscritas no
Cadastro Único passaram a ter renda superior a R$ 70,00, graças à atuação do Programa
em Sergipe, reduzindo em 58,8% o número de famílias nessa condição.
17. As políticas públicas empreendidas nos últimos anos pelos governos federal e estadual
foram responsáveis diretamente pela diminuição da miséria em Sergipe. A boa notícia é
que as perspectivas para o biênio 2013 e 2014 são melhores ainda. Os dados divulgados
pela PNAD/IBGE não tiveram tempo hábil de captar os efeitos produzidos pelos programas
lançados posteriormente, visto que foram coletados em setembro de 2011.
Esse é o caso do Plano Brasil Sem Miséria, do Programa Brasil Carinhoso e do Plano Sergipe
Mais Justo. O impacto dessas políticas só será medido na PNAD 2013. Entretanto, por
meio do CadÚnico, já é possível verificar uma redução de 52,5% no número de famílias a
perceber renda de até R$ 70,00, o que torna cada vez mais próxima a meta mobilizadora da
atual administração de erradicar a pobreza absoluta no nosso estado.
Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) revelou
que a proporção de pessoas em situação extrema pobreza no estado de Sergipe (aquelas
cujo rendimento domiciliar mensal não ultrapassa R$ 70,00 per capita), caiu de 9,89% para
5,5% no período entre 2006 e 2011.
A pesquisa mostra ainda que a quantidade de indivíduos nessa condição foi reduzida
de 195.563 para 113.766, o que significa uma diminuição de 41,8%. 81.797 sergipanos
deixaram a pobreza extrema em cinco anos.
Políticas públicas:
o principal instrumento
de transformação social
em Sergipe
18. A atração de empresas e os investimentos de grupos empresariais locais expandiram o
emprego formal na economia sergipana em velocidade maior do que na média do Brasil e
do Nordeste.
Segundo dados do MTE-CAGED, o emprego formal em Sergipe aumentou 53% entre janeiro
de 2007 e dezembro de 2012, frente aos 46% de crescimento do Nordeste e 39% da média
do Brasil.
O emprego formal em Sergipe cresceu 7,4% ao ano entre 2007 e 2012, um resultado
extraordinário. Para efeito de comparação, a média anual brasileira no mesmo período foi
de 5,6%, e a do Nordeste, 6,5%.
Batendo recordes na
geração de empregos
19. Por conta do desenvolvimento agrícola e da desconcentração dos investimentos industriais
para o interior, houve um desenvolvimento mais equilibrado territorialmente, ampliando a
geração de empregos.
• A criação de empregos formais saltou de 10.785, em 2006, para 19.213 em
2011;
• Entre 2007 e 2010, 51% dos empregos com carteira foram criados no interior
do estado, contra apenas 37% no período 2003-2006;
• Ainda assim, foram criados 33.736 empregos na capital entre 2007 e 2010,
frente a 26.132 entre 2003 e 2006.
• No período de janeiro de 2007 a novembro de 2012, já são 103.232 empregos
com carteira assinada, distribuídos de forma equilibrada entre a capital (52.003)
e o interior (51.232).
Fonte: MTE-CAGED.
20. Mais lavouras, maiores
safras: a agricultura
sergipana decola
O apoio à agricultura familiar também concorreu para o crescimento do interior, com destaque
para a plantação do milho e a pecuária do leite.
Em 2000, a produção de leite em Sergipe equivalia a 52% da produção do estado de Alagoas.
Desde então, novas empresas de beneficiamento de leite foram instaladas, houve uma
expansão das pequenas queijarias (são mais de 150 no estado) e uma melhoria genética do
gado. Em 2011, Sergipe já superava a produção do estado vizinho.
Fonte: IBGE- Pesquisa Pecuária Municipal.
A produção de milho deu um enorme salto, crescendo 217% entre 2006 e 2010, tornando
Sergipe o segundo maior produtor do Nordeste naquele ano.
21. Desde 2007, o valor da produção do milho superou o da cana-de-açúcar, tornando-o a
cultura temporária mais importante do estado. Em 2011, a seca abalou profundamente a
lavoura, mas medidas fortes estão sendo adotadas e a produção deverá retomar seu vigor
nos próximos anos.
Fonte: IBGE- Pesquisa Agrícola Municipal.
Infraestrutura: o Governo dá as condições para o Estado crescer
O acelerado crescimento da economia brasileira tem gerado notórios gargalos na estrutura
produtiva e urbana do país. Os investimentos em estradas, portos e aeroportos e aqueles
voltados para a melhoria da mobilidade urbana são cada vez mais necessários para evitar
o estrangulamento físico do desenvolvimento industrial, rural e do turismo, assim como a
deterioração da qualidade de vida nos centros urbanos.
O planejamento do setor de transporte e logística tem como objetivo central integrar Sergipe
aos demais estados da região, visando a potencializar seu desenvolvimento econômico. São
prioritários os seguintes investimentos em transporte:
• BR-101: principal rodovia federal, abrange seis estados nordestinos. Estará
duplicada até 2014;
• Rodovias estaduais: malha inteiramente restaurada, integrada ao litoral;
• Turismo: rodovias estaduais litorâneas unem 700 km de praias entre Bahia a
Pernambuco;
• Terminal Portuário a 18 km de Aracaju;
• Aeroporto internacional em ampliação.
22. Os investimentos em infraestrutura também possuem o objetivo de integrar os territórios
sergipanos para articular as atividades agrícolas e industriais dos municípios.
O amplo conjunto de investimentos foi realizado seguindo essas diretrizes. O mapa a seguir
sintetiza as ações executadas na melhoria da malha rodoviária.
23. Com a visita da Presidenta, estão sendo anunciados importantes investimentos que, juntos,
alcançarão o valor de 1 bilhão de reais, e deverão gerar mais de 8.300 empregos diretos.
Esses investimentos são a resposta de Sergipe aos estímulos do Governo Federal para a
retomada do crescimento econômico no Brasil.
Inauguração do Parque Eólico
Sergipe, que já contava com uma matriz energética diversificada (petróleo, gás natural,
hidroeleletricidade e biomassa) dá início à produção de energia de fonte eólica.
Em setembro de 2012, entrou em funcionamento o primeiro parque eólico implantado em
solo sergipano, diversificando ainda mais a matriz energética do Estado.
O Parque Eólico Barra dos Coqueiros é composto por 23 torres aerogeradoras com
capacidade instalada de 34,5 MW, energia suficiente para abastecer uma cidade com 120
mil habitantes. A Unidade de Energia Eólica (UEE) Barra dos Coqueiros comercializou sua
energia no primeiro leilão exclusivo de energia eólica do Brasil. A energia é contratada pela
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) como energia de reserva por um
prazo de 20 anos. O investimento total da obra é de R$ 125 milhões.
Por meio do PSDI, o Governo do Estado de Sergipe concedeu incentivo locacional,
disponibilizando uma área de 300 hectares vizinha ao Porto de Sergipe para a instalação
do parque eólico. Conjugado à disponibilidade de ventos e à facilidade de logística, esse foi
um dos fatores que fizeram com que a Desenvix, controladora do parque, optasse por sua
instalação em Sergipe.
Mais investimentos:
o futuro de Sergipe a
gente constrói agora
24. Cimento e vidro
A fabricação de produtos minerais não metálicos é uma das principais vocações produtivas
de Sergipe, beneficiado por seus recursos naturais. Sergipe é o maior produtor de cimento
da região Nordeste, respondendo por mais de 20% do total produzido. A expansão dos
investimentos na construção residencial e em infraestrutura rodoviária e urbana fez com que
a demanda pelo produto crescesse exponencialmente no país.
As duas maiores cimenteiras implantadas em Sergipe, vinculadas aos grupos Votorantim
e Nassau, anunciaram a expansão de suas capacidades produtivas. Além disso, o grupo
Brennand, originário de Pernambuco, anunciou a implantação de uma nova unidade.
Além disso, a Saint-Gobain, uma das maiores fabricantes de vidros do mundo, confirmou a
implantação de uma unidade no município de Estância para atender à demanda da indústria
de alimentos e bebidas da região Nordeste, que cresce a passos rápidos com a inserção de
novos consumidores oriundos da classe C.
Três das empresas que realizarão investimentos no estado estão situadas no município de
Laranjeiras.
A VOTORANTIM investirá R$ 72,2 milhões na ampliação da sua capacidade de moagem. O
início das obras aconteceu em outubro de 2012 e a previsão para a operação plena é junho
de 2013. A unidade atenderá os mercados de Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco, com
capacidade de produção de 850 mil toneladas de cimento por ano. Com a intervenção, a
unidade gerará 371 novos empregos e 279 indiretos, ou seja, 650 novas vagas.
O GRUPO NASSAU modernizará sua produção, com investimento total de R$ 68 milhões,
destinados ao aumento da capacidade de produção e de geração de energia (usina
termoelétrica) da planta. Com a modernização, prevista para estar concluída em junho de
2013, a fábrica passará a gerar 267 empregos diretos e 3.068 postos indiretos, incluindo os
atuais.
Uma nova fábrica de cimento será construída no município pelo GRUPO BRENNAND. Para
tanto, serão investidos R$ 366 milhões. A unidade deverá iniciar a produção em dezembro
de 2014, gerando 246 empregos diretos e 900 indiretos.
Total do Investimento das cimenteiras: R$ 506,2 milhões.
SAINT-GOBAIN: o grupo empresarial internacional produzirá embalagens de vidro no
município de Estância. A fábrica destina-se a atender às demandas dos setores de alimentos
e bebidas de todo Nordeste.
Investimento: R$ 228 milhões.
As obras têm início previsto para o primeiro trimestre de 2013 e a fábrica deve entrar em
25. operação em dezembro de 2014.
ALMAVIVA: A AlmavivA do Brasil é uma sociedade de Telemarketing e Informática do
Grupo AlmavivA, empresa líder na Itália na oferta de soluções de tecnologia de informação
e comunicação.
A Companhia chegou ao país em agosto de 2006. Possui 12.000 funcionários atualmente,
com mais de 6.200 posições de atendimento. Entre 2006 e 2011, 30.000 pessoas foram
treinadas, com a geração de aproximadamente 30.000 primeiros empregos.
Para Aracaju, o projeto de implantação de Call Center prevê a geração de 3.500 e 500
empregos indiretos. O investimento é de R$ 30 milhões.
GRUPO MARATÁ: O Grupo Maratá investirá no Estado de Sergipe, em 2013, mais R$ 140
milhões da seguinte forma:
• Implantação de um frigorífico no município de Estância: investimento de R$
40 milhões;
• Aquisição de máquinas e equipamentos industriais para ampliação da
capacidade instalada: investimento de R$ 100 milhões.
Geração de empregos no frigorífico: 1.300 empregos;
Geração de empregos nas fábricas: 200 empregos.
A implantação do novo frigorífico, com capacidade para abater 500 bois/dia, atenderá à
demanda da Região Sul de Sergipe. O Grupo prepara-se para iniciar a construção em julho
de 2013.
Em 2012, o Grupo Maratá já havia investido em suas empresas (5 unidades) aproximadamente
R$ 100 milhões. Portanto, considerando-se o período de 2012 e 2013, serão investidos R$
240 milhões na economia sergipana.
Informações complementares
• O Grupo Maratá é sergipano e fatura atualmente em torno de R$ 1,11 bilhão
anualmente;
• Além disso, possui uma fundação que atende 958 crianças, em escolas de
Estância e Lagarto, e 1.401 estudantes no ensino superior.
26. Ponte Gilberto Amado:
unindo o povo sergipano
ao desenvolvimento
Escritor, jornalista e político nascido em Estância, Gilberto Amado se destacou no cenário
intelectual brasileiro como um dos mais importantes homens de letras de seu tempo.
Nascido em Estância, em 1887, Gilberto Amado se formou em Direito pela Faculdade de
Direito do Recife, onde também ensinou Direito Penal. Ao se transferir para o Rio de Janeiro,
logo se destacou nos salões literários da época, não só por conta do jornalismo, mas também
devido a seus romances, memórias, crônicas, poemas e ensaios.
Político influente, eleito deputado federal por Sergipe em 1915, chegando a senador, Gilberto
Amado também foi embaixador do Brasil em países como Itália, Finlândia, Suíça e Chile.
Além disso, alcançou a presidência da Comissão de Direito Internacional da ONU.
27. É esse sergipano ilustre que o Governo do Estado homenageia agora, dando seu nome a
uma das mais importantes pontes já construídas em Sergipe.
O investimento da obra é superior a R$ 124 milhões (R$ 124.253.126,29), resultado de
parceria entre Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo e BNDES, e Estado de
Sergipe, por meio da Seinfra e do DER.
Localizada sobre o rio Piauí, é a maior ponte sobre rio do Nordeste, com 1.712 metros de
extensão, 14,20 metros de largura (duas pistas de 3,50m cada, acostamentos e passeios),
vão central de 25 metros de altura e 205 postes de iluminação. A estrutura liga os municípios
de Estância e Indiaroba por meio dos povoados de Porto do Cavalo e Terra Caída.
A ponte Gilberto Amado faz parte do projeto do Governo do Estado de promover a integração
de todo o litoral sergipano e, em um futuro próximo, do litoral nordestino, por via costeira,
de Recife a Salvador. A construção da ponte permite a ligação integral Aracaju–Salvador por
via costeira, reduzindo a distância entre as capitais, criando um importante eixo rodoviário
entre Sergipe e Bahia, e retirando da BR-101 um expressivo número de veículos.
A interligação plena do litoral sul sergipano aumentará as alternativas para investimentos e
dinamizará o turismo na região. Ela será fundamental para que a Copa do Mundo de 2014 se
estenda a Sergipe, que possui a intenção de receber uma das seleções participantes durante
o período de treinamento.