Este documento discute os principais sinais e sintomas de cianose, tosse e dispneia. Ele descreve onde a cianose pode ser observada no corpo, os tipos de cianose, e outros sintomas associados à anoxia tecidual. Também explica as características da tosse, incluindo causas comuns e tipos como tosse seca ou produtiva. Por fim, discute as causas e classificações da dispneia, incluindo escalas para medir a gravidade.
2. Semiogênese dos principais sinais e
sintomas: cianose, tosse e dispneia
Grupo 02
Acadêmicos:
Amanda Monteiro Abrahão
Matheus Borges Guimarães
Natasha Alvarenga Siqueira
Thiago Melanias Araújo de Oliveira
Vanessa Camilo Ferreira
FAMED – Faculdade de Medicina da Universidade de Rio Verde
Campus Aparecida de Goiânia - Goiás
3. CIANOSE
• Significa cor azulada da pele e das mucosas em razão do aumento da
hemoglobina reduzida no sangue capilar, chegando a 5g por 100ml. Isso
ocorre devido à diminuição da oxigenação nos pequenos vasos sanguíneos
da pele.
4. Rosto
Lábios
Ponta do nariz
Lobos das orelhas
Extremidades das mãos e pés ( leito ungueal e polpas digitiformes)
ONDE A CIANOSE DEVE SER PESQUISADA?
• Rosto
• Lábios
• Ponta do nariz
• Lobos das orelhas
• Extremidades das mãos e pés (leito ungueal e polpas digitiformes)
Cianose no leito ungueal
6. QUANTO À INTENSIDADE
• Leve
• Moderada
• Intensa
Observação : somente a experiência capacita o examinador para afirmar o
grau em que uma cianose se encontra.
7. TIPOS DE CIANOSE
• Central
. Diminuição da tensão de oxigênio
. Hipoventilação
. Curto - circuito
• Periférica
• Mista
• Alteração de hemoglobina
8. OS PACIENTES CIANÓTICOS PODEM APRESENTAR
OUTROS SINTOMAS EM RAZÃO DA ANOXIA
TECIDUAL
• Irritabilidade
• Sonolência
• Torpor
• Crises convulsivas
• Dor anginosa
• Nanismo
• Infantilismo
Irritabilidade
9. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES PARA O
RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO
• História clínica
• Presença ou ausência de hipocratismo digital
Hipocratismo Digital
10. TOSSE
• A tosse é o mais significativo e frequente sintoma
respiratório
• Consiste em uma inspiração rápida e profunda,
seguida de fechamento da glote, contração dos
músculos expiratórios, principalmente o diafragma,
terminando com uma expiração forçada, após
abertura súbita da glote. A última parte da tosse é a
expiração forçada, que constitui um mecanismo
expulsivo de grande importância para as vias
respiratórias.
11. TOSSE
• A tosse resulta de estimulação dos receptores da
mucosa das vias respiratórias. Esses estímulos podem
ser:
. Inflamatórios: hiperemia, edema, secreções e
ulcerações
. Mecânicos: poeira, corpo estranho, aumento ou
diminuição da pressão pleural como ocorre nos
derrames e nas atelectasias
. Químicos: gases irritantes
. Térmicos: frio ou calor excessivo
12. TOSSE
• A tosse é um mecanismo de defesa das vias respiratórias, as quais
reagem aos irritantes ou procuram eliminar secreções anormais,
sempre com o objetivo de se manterem permeáveis. Contudo, ela
pode tornar-se nociva ao sistema respiratório, em virtude do aumento
da pressão na árvore brônquica, que culmina na distensão dos septos
alveolares.
• Ela pode provocar:
. Hemorragias conjuntivais
. Fratura de arcos costais
. Hérnias inguinais (em pessoas idosas)
. Grande desconforto nos pacientes recém-operados
14. TOSSE
Principais causas da tosse
Asma brônquica Irritação do canal
auditivo externo
Tuberculose pulmonar Corpos estranhos
Tabagismo Adenoides Abscesso pulmonar Partículas no ar,
produtos químicos ou
gases
Refluxo gastroesofágico Amigdalites Câncer do pulmão Estenose mitral
Sinusites Faringites Embolia pulmonar Tumores do mediastino
Bronquites Laringites Infarto pulmonar Megaesôfago
Bronquiectasias Traqueítes Pneumoconiose Medicamentos
(inibidores da ECA)
Pneumonias Pleurites Insuficiência ventricular
esquerda
Tensão nervosa (tosse
psicogênica)
15. TOSSE
• Investigação: frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de
expectoração, relações com o decúbito, período do dia em que sua
intensidade é maior
16. TOSSE
• Tosse quintosa: acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos
curtos de acalmia, acompanhada de vômito e sensação de asfixia (Ex:
coqueluche)
• Tosse síncope: crise intensa, leva à perda da consciência
• Tosse bitonal: paralisia de uma das cordas vocais, que pode significar
comprometimento do nervo laríngeo inferior (situado à esquerda do
mediastino médio inferior)
• Tosse psicogênica: fator emocional
17. TOSSE
• Tosse reprimida: pleuropneumopatias, pneumotórax espontâneo,
neuralgias intercostais, traumatismos toracoabdominais e fraturas de
costela
• Tosse associada a comer ou a beber: doença do esôfago superior
(divertículo, doença neuromuscular)
• Tosse rouca: própria da laringite crônica, comum nos tabagistas
(paracoccidioidomicose)
18. TOSSE SECA OU PRODUTIVA
• Principais causas de tosse seca:
. Áreas fora da árvore brônquica como canal auditivo externo,
faringe, seios paranasais, palato mole, pleura e o mediastino.
. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA)
. Corpo estranho nas vias respiratórias (tosse seca quase contínua,
rebelde ao tratamento; e em fase mais tardia torna-se mais branda,
passando à produtiva, se tiver inflamação)
• Tosse seca que não cede à medicação comum pode ser equivalente à
asma e deve ser tratada como tal.
19. TOSSE SECA OU PRODUTIVA
• A tosse enfisematosa é mais seca e a
dos brônquicos é produtiva
• Tromboembolismo, estenose mitral e
edema pulmonar agudo é improdutiva,
mas pode ter expectoração com traços
de sangue
• Sinusite e rinite = gotejamento de
secreção para a faringe
20. DISPNEIA
• Dispneia: é a dificuldade em respirar
. Paciente: pode ou não ter consciência desse estado
• Pode ser:
. Subjetiva: quando percebida somente pelo paciente → nem sempre
é percebida pelo médico
. Objetiva: quando ocorre com manifestações perceptíveis ao exame
físico → nem sempre é admitida pelos pacientes
21. DISPNEIA
• Pode ser acompanhada de:
. Taquipneia: frequência respiratória aumentada
. Hiperpneia: amplitude respiratória aumentada
• Ortopneia: impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou
ficar de pé para obter algum alívio
• Trepopneia: dispneia que surge em determinado decúbito lateral
. Exemplo: pacientes com derrame pleural que se deitam sobre o
lado são.
22. ESCALA DE DISPNEIA
Escala de dispneia do Medical Research Council (MRC) [Adaptada]
Grau Atividade
0 Sinto falta de ar ao realizar exercício físico intenso
1 Sinto falta de ar quando aperto meu passo ou subo escadas ou
ladeira
2 Preciso parar algumas vezes quando ando no meu passo, ou ando
mais devagar que as outras pessoas da minha idade
3 Preciso parar muitas vezes devido a falta de ar quando ando perto
de 100m ou poucos minutos de caminhada no plano
4 Sinto falta de ar que não saio de casa, ou preciso de ajuda para me
vestir ou tomar banho sozinho
23. CAUSAS DA DISPNEIA
• Podem ser divididas em: atmosféricas, obstrutivas, pleurais,
toracomusculares, diafragmáticas, teciduais ou ligadas ao sistema
nervoso central
• Causas atmosféricas: em relação ao oxigênio
. Oxigênio em baixa composição ou em baixa pressão parcial
La Rinconada – A cidade peruana
está a 5.100 metros do nível do mar.
É a cidade mais alta do mundo.
24. CAUSAS DA DISPNEIA
• Causas obstrutivas: redução do calibre das vias respiratórias (da faringe
aos bronquíolos)
. Obstruções laríngeas → Parietais
Exemplo: Difteria e neoplasias
. Obstruções da traqueia → Compressão extrínseca
Exemplo: Bócio, neoplasias malignas ou aneurisma da aorta
. Obstruções brônquicas → Intraluminais, parietais ou mistas
Exemplo: Neoplasias do mediastino, adenomegalias ou
carcinoma brônquico
. Obstruções bronquiolares → Sempre mistas
Exemplo: Asma, bronquiolites
25. CAUSAS DA DISPNEIA
• Causas parenquimatosas: redução da área de hematose de modo
intenso
• Causas toracopulmonares: alterações que modificam a elasticidade e a
movimentação toracopulmonar, ou provocando assimetria entre os
hemitórax (Ex: fraturas dos arcos costais)
• Causas diafragmáticas: qualquer alteração que interfira na
movimentação do diafragma pode causar dispneia (Ex: paralisias e
hérnias)
• Causas pleurais: quando ocorre irritação da pleura parietal com dores
que aumentam ao inspirar
26. CAUSAS DA DISPNEIA
• Causas cardíacas: devido ao mau funcionamento do coração
• Causas de origem tecidual: aumento do esforço físico provoca o
aumento da atividade metabólica, que exige mais oxigênio
• Causas ligadas ao sistema nervoso:
. Neurológicas: alterações no ritmo respiratório, como em casos de
hipertensão craniana
. Psicogênicas: manifestam-se sob a forma de dispneia suspirosa
Exercícios físicos mais intensos
podem provocar dispneia
27. BIBLIOGRAFIA
• PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 7ª.ed. Guanabara Koogan, 2009.
• PORTO CC, Porto AL. Vademecum de clínica médica. 3ª ed. Guanabara
Koogan, 2010.
• Azulay RD, Azulay DR, Azulay-Abulafia L. Dermatologia. 5ª ed. Guanabara
Koogan, 2011.