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A medida do tempo e a idade da Terra
1. A medida do tempo e a
idade da Terra
A Geologia, os geólogos e os seus métodos
Geologia 10º ano
2. História sobre o tempo geológico
Foram muitas as tentativas do ser humano no sentido de
calcular a idade da Terra. Mas a tarefa era muito difícil, pois
tentava referenciar todos os fenómenos à escala da duração
da sua própria vida.
As primeiras propostas foram baseadas na bíblia e
pensaram que a Terra teria 6000 anos.
O arcebispo Usher admitiu que a Terra teria sido criada na noite
anterior ao dia 23 de Outubro (Domingo do ano 4004 aC).
O avanço da ciência permitiu novos meios para descobrir a
idade da Terra.
3. História sobre o tempo geológico
James Hutton e Charles Lyell admitiram que como as mudanças
geológicas eram muito lentas, a Terra deveria ter 200 milhões de anos.
Lord Kelvin, com base em estudos termodinâmicos calculou a idade da
Terra e admitiu que teria 100 milhões de anos, no entanto cerca de 35
anos mais tarde afirmou que a Terra não deveria ter mais do que 20
milhões de anos.
John Joly através da taxa de saturação de sal nos oceanos afirmou que
a Terra teria cerca de 90 a 100 milhões de anos.
Henri Becquerel e Marie Curie descobriram a radioactividade.
Ernest Rutherford e Bertram Boltwood usaram o decaimento
radioactivo do uranio e determinaram a idade de algumas rochas como
superior a 1,6 mil milhões de anos.
Actualmente, a rocha mais antiga da Terra tem 3,96 mil milhões de
anos.
4. Datação relativa
A datação relativa apoia-se no estudo dos fósseis e dos
estratos para datar rochas. Todavia, só os fósseis que se
distribuem em intervalos de tempo curtos, na História da
Terra, tendo ampla distribuição geográfica é que permitem
essa datação. A esses fósseis dá-se o nome de fósseis de
idade.
5. Datação relativa
Análise do conteúdo fossilífero dos estratos
Correlação de estratos : atribuição da mesma idade a
estratos afastados horizontalmente mas que apresentam
características estratigráficas idênticas.
Baseia-se em pressupostos: sobreposição de estratos,
horizontalidade inicial, idade paleontológica, continuidade
lateral, intersecção e inclusão
6. Sobreposição de estratos Horizontalidade inicial
Datação relativa
Na ausência de
deformação, um estrato é
sempre mais recente do
que aquele que lhe serve
de base.
Os estratos depositam-se
em sequências horizontais.
A alteração da
horizontalidade é um
fenómeno posterior.
7. Identidade paleontológica Continuidade lateral
Datação relativa
Estratos que manifestam a
presença das mesmas
associações fósseis
possuem a mesma idade.
Os estratos estendem-se
lateralmente e têm a
mesma idade em toda a
sua extensão lateral.
8. Princípio da intersecção Princípio da inclusão
Datação relativa
Qualquer elemento
geológico é posterior às
estruturas que interseta e
mais recente do que
aquelas que não afeta.
Quando uma rocha
apresenta fragmentos
pertencentes a uma rocha
estranha, esses fragmentos
são anteriores á rocha que
os contém.
9. Datação absoluta
A datação absoluta ou radiométrica permite estimar a idade
das rochas em milhões de anos (M.a.), através da
desintegração regular de isótopos radioativos naturais.
Os isótopos radioativos desintegram-se espontaneamente e
a uma velocidade constante. A velocidade varia de elemento
para elemento mas não é afetada por condições ambientais,
como a temperatura ou a pressão.
10. Datação absoluta
Os átomos iniciais de um isótopo radioativo (isótopo-pai) são
incorporados na estrutura dos minerais, aquando da génese
desses minerais, logo, da rocha que os contem. Como estes
elementos são instáveis, o núcleo dos seus átomos desintegra-
se espontaneamente, libertando radioatividade, isto é, energia
sob a forma de calor e radiações, originando um novo isótopo,
o isótopo-filho. Este isótopo-filho é mais estável que o isótopo-
pai, ocorrendo a desintegração sempre no sentido de obtenção
de isótopos-filhos cada vez mais estáveis. A semivida, meia-
vida corresponde ao tempo necessário para que ocorra a
desintegração de metade do número inicial de isótopos-pais de
uma amostra, originando isótopos-filhos estáveis. Os valores de
semivida obtidos numa determinada rocha, até à atualidade
permitem-nos datar radiometricamente essa rocha
11. Datação absoluta
Em teoria, o método da datação radiométrica é simples, mas
difícil de pôr em prática, porque as concentrações de
isótopos radioativos presentes nas rochas são muito baixas
e difíceis de avaliar com precisão.
São necessários testes muito sofisticados para assegurar
resultados fiáveis e significativos.
12. A escala do tempo geológico
Combinando técnicas de datação absoluta e de datação
relativa, os geológos determinaram a sequência cronológica
dos acontecimentos que marcaram, ao longo dos tempos, a
história da Terra.
A partir desta sequência construíram a escala de tempo
geológico.
13.
14. História da Terra
A vida apareceu na Terra há cerca de 3800 Ma.
Os tempos pré-câmbricos conheceram uma diversificação
importante das formas vivas. Foi no início da era Paleozóica,
há cerca de 550 Ma, que apareceram formas de vida com
concha ou carapaça.
Durante o Paleozóico foram surgindo formas cada vez mais
complexas, existindo já representantes de quase todos os
grandes grupos de organismos atuais.
O limite entre a Era Paleozóica e a Era Mesozóica
corresponde ao desaparecimento massivo de espécies
marinhas.