Este documento descreve a população portuguesa, sua distribuição geográfica e evolução nas últimas décadas. Apresenta o fenômeno da litoralização com maior concentração populacional nas cidades de Lisboa e Porto, e abandono do interior. Também discute os impactos da suburbanização e as novas estratégias para revitalizar as zonas rurais e urbanas, incluindo o turismo.
2. Trabalho de Grupo realizado por
• Albertina Lima – N.º 1
• Ana Martins – N.º 3
• Elígia Ribeiro – N.º 8
• Lidia Arsova – N.º 19
Turma TAV – 1º Ano
3. Introdução
• Este trabalho tem como objetivo retratar a população
portuguesa no geral e as suas transformações ao longo
das últimas décadas, referindo as alterações sofridas a
nível social e as adaptações ocorridas.
• Nele serão focados vários temas, nomeadamente a
distribuição geográfica da população, a sua evolução, o
fenómeno da litoralização em consequência do
abandono das regiões do interior e os novos
enquadramentos do espaço rural e urbano, como
estratégia para encontrar novas formas de vida e novas
imagens para as cidades.
5. Localização
• Portugal está situado no Continente Europeu, com uma costa marítima de
1.793 Km e uma superfície total de 92,090 km2 (incluindo Açores e
Madeira), divididos por:
– Terra - 91,470 km2
– Água - 620 km2
• Em 31 de dezembro de 2011, (resultados censitários), residiam em
Portugal:
– 10 541 840 Indivíduos, tendo-se registado um crescimento negativo de -0,29%
face aos números registados em 2010:
• -0,06% - taxa de crescimento natural
• -0,23% - taxa de crescimento migratório
• Os fatores condicionantes da evolução da população portuguesa em
geral, refeletem-se na:
– Baixa natalidade
– População envelhecida
– Emigração
6. Litoralização
• É uma realidade, o facto que se assiste há
décadas em Portugal, que a distribuição da
sua população não é homogénea, havendo
assim uma maior concentração de habitantes
junto à faixa litoral (onde existe uma maior
oferta de emprego, principalmente na área
da indústria), em especial nas cidades de
Lisboa e Porto, e uma menor concentração
no interior do país.
• Tal fator fez com que tenhamos assistido nos
últimos 30 a 40 anos a uma desertificação
do interior do país, ficando este com uma
população envelhecida, havendo um
decréscimo ou até ausência de natalidade
em algumas regiões, que implicou fortes
alterações quer ao nível social quer ao nível
económico e ainda a nível psicológico
(aumento do suicídio).
7. Litoralização
• O elevado número de habitantes nos grandes centros (Lisboa e Porto
nomeadamente), provoca alguns constrangimentos na vida dos cidadãos.
• Exemplos serão vários e podemos referir a dificuldade que é para as pessoas com
menores capacidades financeiras, a procura de habitação (dado o valor elevado nas
grandes cidades), levando-as a deslocarem-se para a periferia (normalmente bairros
problemáticos), o que faz com que a sua vida sofra uma degradação na qualidade
da mesma pois aumentam os tempos no trajeto casa-trabalho e vice-
versa, aumentam os custos com transportes, aumenta o stress, enfim, acaba por se
reflectir no seu rendimento no trabalho, e acaba por afetar inevitavelmente as
relações familiares.
8. Litoralização
• Outro dos constrangimentos por exemplo, são
fatores como a poluição atmosférica e/ou
sonora, que apesar da recente legislação que
limita o tráfego nas grandes cidades e das
alterações promovidas no trânsito por forma a
reduzir o elevado número de viaturas a
circular na cidade, não têm surtido efeito e
por isso continua a afetar a vida de cada um
de nós.
9. Litoralização
As consequências deste fenómeno
• Problemas de cariz social;
• Recursos insuficientes;
• Empregos insuficientes;
• Crescente aumento da pobreza e da
marginalidade;
• Diminuição da qualidade de vida e dos serviços
prestados;
• Aumento da poluição e da pressão demográfica;
• Aumento do stress.
10. Suburbanização
• Porém, o fenómeno da litoralização também leva à fixação da população na periferia das localidades, levando ao
processo de suburbanização, que por um lado poderá ser benéfico:
– Possibilita o descongestionamento dos grandes centros urbanos;
– Possibilita o desenvolvimento/crescimento dos subúrbios, através do aumento do seu poder competitivo.
• Contudo, verificam-se também consequências negativas:
– Custos Económicos e Sociais;
– Desperdício de tempo, fadiga e nervosismo provocado pela deslocação em transporte público ou particular;
– O elevado consumo de combustível ou despesa com o transporte;
– A frequente rutura das redes de saneamento básico, eletricidade, telefone por falta de planeamento;
– A ausência de emprego e equipamentos socioculturais mínimos, promovendo formas de habitação que
favorecem a violência e a marginalidade;
– A destruição de solos agrícolas férteis que no passado desempenhavam importante papel no abastecimento
de produtos frescos à população citadina.
11. Espaço Rural
• Com este factor de
migração, assistimos ao
abandono das explorações
agrícolas que eram o pilar da
estrutura económica e do tecido
social das regiões e passou-se a
ter uma agricultura de
subsistência.
• Os jovens agricultores que
existem nas regiões do
interior, tiveram que se adaptar
também eles às novas
tecnologias e fruto da
modernidade e das
contingências atuais, optaram
por se dedicar na sua grande
maioria à agricultura dos novos
tempos, a chamada agricultura
12. Espaço Rural
• Os problemas das zonas rurais, devido ao êxodo rural são, entre outros:
– Desertificação de aldeias;
– Envelhecimento da população;
– Decréscimo da natalidade;
– Perda de costumes e práticas locais;
– Uma agricultura não competitiva.
• Impactos económicos:
– Diminuição na arrecadação de impostos;
– Diminuição do Turismo;
– O desaproveitamento das potencialidades dos territórios (recursos
naturais, aptidão para a agricultura e agro-indústria, etc.).
13. Espaço Rural
• O abandono das regiões do interior, deve-se aos seguintes fatores:
– Reduzidas oportunidades de emprego;
– Fracas condições nos serviços sociais;
– Redução da oferta de serviços e respetiva degradação da qualidade dos mesmos.
• Face a estes problemas, o turismo no espaço rural (Turismo de
Habitação, Turismo Rural e Agroturismo – três géneros de alojamento de
turismo em espaço rural), tornou-se uma atividade com potencial para o
desenvolvimento de algumas localidades, nomeadamente daquelas que
possuem recursos de elevada qualidade natural e cultural.
• Existem três elementos essenciais no espaço rural, gerados e defendidos
pela população local:
1. O ambiente
2. A cultura local
3. O património
14. Espaço Urbano
• Por outro lado, surge também a necessidade de se
proceder à valorização do espaço urbano, também
como apelo ao turismo, requalificando-se
espaços, nascendo uma nova filosofia de
planeamento das cidades, assente no conceito de
“Projeto Urbano”, o qual se baseia nas seguintes
noções:
– Planeamento estratégico;
– Cidade sustentável;
– Espaço público;
– Qualidade de vida;
– Cultura urbana.
15. Espaço Urbano
• Nalgumas cidades portuguesas, o espaço
urbano está a ser modificado com o
objetivo de criar condições de apelo ao
Turismo Urbano, através das seguintes
ações:
– Redefinir estratégias de recuperação
dos centros urbanos (habitação
degradada e comércio);
– Preservação do património histórico
e cultural;
– Animação cultural dos centros
históricos;
– Criação de ruas pedonais e ciclovias;
– Requalificação das zonas ribeirinhas
(ex: frentes de água com
esplanadas);
– Criação de novas infra-estruturas (ex:
teleféricos, itinerários turísticos em
transportes públicos, etc.)
16. Conclusão
• Após a realização deste trabalho, podemos concluir
que Portugal, ao longo das últimas décadas, sofre
vários fenómenos demográficos.
• É visível a existência duma adaptação a costumes e
modos de vida diferentes por parte das
populações, nomeadamente das que se deslocaram
do interior para o litoral.
• Face a estes fenómenos, tanto as zonas rurais como
zonas as urbanas vêem-se “obrigadas” a adotar novas
estratégias, apostando nomeadamente no Turismo.