O documento discute o conceito de hipertexto, desde suas origens com os trabalhos de Vannevar Bush e Theodore Nelson até suas características atuais. O hipertexto é definido como um conjunto de nós de informação ligados por conexões não lineares, permitindo múltiplos caminhos de leitura. Sua estrutura em rede difere da estrutura hierárquica em árvore dos índices tradicionais.
2. Linha Árvore Rede
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3. A história da linguagem escrita é marcada pela linearidade.
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4. Os textos mais
antigos não
possuíam nem
pontuação e
nem quebra de
parágrafos.
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5. Com o tempo, veio a segmentação por
páginas numeradas, a organização por
capítulos e a quebra do texto em
parágrafos. Também o uso de sinais de
pontuação evoluiu e foram desenvolvidas
outras técnicas que tinham como objetivo
orientar o leitor através dos tópicos mais
importantes do texto: visavam, portanto,
apresentar o texto através de uma
hierarquia de assuntos.
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6. O uso de índices de conteúdos
é uma das mais importantes
técnicas de hierarquização de
conteúdos. Os primeiros índices
datam do período da Idade
Média, e apresentavam uma
estr utura de tópicos e
subtópicos, organizada através
de uma estrutura em árvore,
na qual os tópicos mais
importantes se bifurcavam em
subtópicos e assim
sucessivamente.
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7. Existe, contudo, uma outra forma de estrutura textual baseada no
modelo de rede. A estrutura em rede se caracteriza pela possibilidade
de organizar o texto através de associação entre os tópicos. Os tópicos
do texto se conectam uns aos outros por afinidade de assuntos, gerando
variadas possibilidades de caminhos de leitura.
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8. Um dos mais importantes conceitos que apresenta, na sua origem, uma
estreita relação com o modelo em rede é o hipertexto.
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9. Mas o que é hipertexto?
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10. O Que é Hipertexto?
http://www.youtube.com/watch?v=iphEbL4KS2o
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11. Tecnicamente, um hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões.
(Pierre Lévy)
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12. NÓ = CONTEÚDO
Podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos,
seqüências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos
ser hipertextos.
Pode ser referido como página, tela, nodo, nódulo, lexia (a menor
quantidade de informação), nó, node, page, screen, texto, documento
etc.
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13. LINK
Elo, ligação, vinculação, jump, conection, conexão, inteconexão,
linking, nexo, inter-relação, cross reference, association, path e trail
(mais utilizada para significar uma coleção de links), caminho, hotlink,
hotword, hiperlink, atalho etc.
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14. A ideia de “link” pode ser pensada em diversos campos, como nas
telecomunicações, na antropologia, na linguística, na literatura, no
cinema etc.
No hipertexto, os itens de informação não são ligados linearmente,
como é o elemento de ligação entre os cada um deles, ou a maioria,
O link em uma corda com nós, mas conteúdos de uma hipermídia. É
estende suas conexões em estrela, deamodo reticular. da
um mecanismo de vínculo que possibilita não-linearidade
navegação entre documentos.
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15. A mente humana
opera por
associações,
encadeamentos e
remissões: um
assunto leva a outro,
que desemboca num
terceiro.
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16. Nos dicionários e nas
enciclopédias,
cada palavra tem
definição que remete
a outras palavras,
em um circuito sem fim. Profº. Tiago Lopes - tiagorclopes@gmail.com
18. Hiper do grego, para além ou excedente.
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19. HIPERESPAÇO
O Prefixo hiper foi usado para
designar, no início do século XX, o
novo conceito de espaço estabele-
cido pela Teoria Geral da Relatividade
de Albert Einstein.
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20. Vannevar Bush foi o primeiro
cientista a lançar as pistas do
que, mais tarde, seria chamado
de hipertexto.
Em seu artigo As we may think
(1945), Bush chamava a
atenção para um paradoxo: por
um lado, os homens
apresentavam imensa
capacidade para produzir
conhecimento...
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21. … contudo, por outro lado, Bush
percebia uma imensa limitação nas
fer r amentas par a acessar o
conhecimento armazenado.
Em seu artigo, Bush então propunha
a criação de uma máquina fantástica,
que seria capaz de armazenar todas
as fotos, livros, filmes e músicas que
um indivíduo possuísse e, acima de
tudo, seria capaz de localizar com
rapidez qualquer informação. Essa
máquina ele chamou de Memex.
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22. A memex is a device in which an individual stores all his books, records, and
communications, and which is mechanized so that it may be consulted with
exceeding speed and flexibility. It is an enlarged intimate supplement to his
memory. Vannevar Bush (1945)
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23. Memex animation – Vannevar Bush’s diagrams made real
http://www.youtube.com/watch?v=q3R8sXTOvrY
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24. Em 1965, Theodore Nelson, um jovem
estudante de Harvard, apresentou em
uma conferência um projeto chamado
Xanadu. Tratava-se de uma visão do
que poderia vir a ser o “hipertexto”,
termo cunhado por ele para descrever
algo muito parecido com a ideia de
Vannevar Bush.
Um sistema onde fosse possível
escrever e ler através de blocos de
texto totalmente móveis e editáveis
pelo usuário.
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25. Ted Nelson demonstrates Xanadu Space
http://www.youtube.com/watch?v=En_2T7KH6RA
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26. Escrita não sequencial, um texto que se bifurca, que permite que o
leitor escolha e que se lê melhor em uma tela interativa. (Ted Nelson)
O hipertexto é um complexo sistema de estruturação e recuperação
da informação de forma multissensorial, dinâmica e interativa.
(André Parente)
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27. Hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões, e uma
ferramenta eficaz para a comunicação e a inteligência coletivas.
(Pierre Lévy)
Texto composto por blocos de palavras (ou de imagens) unidos
eletronicamente em múltiplos trajetos, cadeias ou rotas em uma
textualidade aberta, eternamente inacabada e descrita com termos
como nexo, nó, rede, trama e trajeto. (George Landow)
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28. No hipertexto, os itens de informação não são ligados linearmente, como
em uma corda com nós, mas cada um deles, ou a maioria, estende suas
conexões em estrela, de modo reticular.
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30. Hipertexto muda condições produção-consumo: há uma redefinição
dos papéis do autor/leitor que exigem novas competências de leitura
e escrita.
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31. Nova forma de escrita
George Landow
Nova forma de leitura
André Parente
Nova forma de pontuação textual
Steven Johnson
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34. O texto passa da linearidade à não-lienaridade (ou multilinearidade).
Autor produz um texto atomizado e ligado por conexões, que oferece
inúmeras possibilidades de percurso.
É escrito de forma a não possuir um, mas vários começos (ou nenhum).
É escrito de forma a não possuir um, mas vários finais (ou nenhum).
Autor delega o “poder de escolha” do caminho ao leitor.
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35. A narrativa é construída como um assunto complexo, com distintos
pontos de vista, conexões de vários tipos, continuidades espaciais
temporais, estéticas e narrativas.
Possibilidade de diálogo a partir do texto aberto: dilemas morais,
reflexões sobre a própria obra, desafios impostos pelo autor etc.
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37. É nas várias leituras que o texto se constrói.
A combinação dos diferentes fragmentos abrem a possibilidade da
construção de conjuntos textuais originais a cada leitura.
Leitor tanto pode seguir cada uma das ligações, como simplesmente
ignorá-las.
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38. Mudança na postura do leitor: é incentivado a tomar decisões e a agir.
Leitor ativamente ocupado – engajado – com o descobrimento e a
exploração do conteúdo.
Aprendizado estimula novas competências do receptor.
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39. Nova forma de Pontuação
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40. Link (hiperlink) como a materialização do Hipertexto.
Primeira nova forma de pontuação a surgir em séculos.
O link atribui novos significados aos conteúdos em que ele for colocado.
O link atribui novos significados à totalidade de um produto
informacional.
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41. Também a forma como se compõem e se ordenam os links modifica o
resultado final de um produto informacional.
A possibilidade de ser arremessado para outro canto da rede é o
principal fator de sedução das mídias digitais.
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42. Desafios da produção de conteúdo
em hipertexto
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43. Partida
Como informar para onde o link está
conduzindo a navegação?
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44. Aterrisagem
Como criar
sentido entre
o lugar de
onde se
“parte” e o
lugar no qual
se “aterrisa”?
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46. Multimídia
Por multimídia entendemos o uso simultâneo de som, imagem, vídeo
e texto.
O simples uso desses elementos não é sinônimo de hipermídia.
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47. Quando os computadores passaram a suportar imagens e sons, os
programas de hipertexto puderam incorporar estes elementos em seus
modos de escrita.
Com o tempo, hipertextos que apresentavam sons, imagens, vídeo e
texto passaram a ser chamados de hipermídia, como forma de
diferenciação dos hipertextos tradicionais, que usavam apenas o texto
escrito...
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