14. 2. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA DISCIPLINA
a)Analisa e interpreta as ações humanas ao
longo do tempo
b)Explica as mudanças de acordo com as
diferentes condições culturais, políticas,
econômicas, religiosas
c)Permite um conhecimento dinâmico do
passado ( passível de ser interpretado
diferentemente de acordo com quem o
interpreta )
Assim, nem o passado nem o presente vão ser
entendidos como algo PRONTO e ACABADO...
15. AULAS DO PAULO Ó.
alunosangloguara@hotmail.com
www.colegioanglocruzeiro.com
( provisório )
Antiguidade e Idade Média
16. EXTENSIVO – ANGLO
VAMO LÁ, GALERA!!!
1. A PERIODIZAÇÃO da HISTÓRIA ( = divisão do
passado em períodos, numa tentativa, nem
sempre adequada, de classificar as diferentes e
específicas características do passado ).
a)Divisão Tradicional:
Pré-História: ausência de escrita
História: presença de escrita
17. b) Divisão Tradicional da História Geral:
•Idade Antiga ( 4.000 a.C. – 476 )
•Idade Média ( 476 – 1453 )
•Idade Moderna ( 1453 – 1789 )
•Idade Contemporânea ( 1789 – dias de hoje )
c) Problemas (“ defeitos “) na Divisão Tradicional
•Despreza a Pré-História: se História é “ o que há
depois da escrita “, então não há “ História da
Pré-História “... ( mas isto não é verdade ! )
18. • É EUROCÊNTRICA: utiliza como
marcos divisórios acontecimentos
relacionados à história da Europa
- 476: queda do Império Romano;
- 1453: tomada de Constantinopla;
- 1789: Revolução Francesa
E a China? E a Índia? E o Japão?
19. • Ao representar o passado numa “ linha do
tempo “ ( periodização linear ), a História
ganha características “ evolutivas “ que não
necessariamente são adequadas.
Exemplos:
• Do Antigo para o Médio - aquilo que está no
“ meio “ - e do Médio para o Moderno ( dando
a impressão de que o que está no “ meio “
não tem importância )
• Do que não sabe escrever para o que sabe...
20. d) Outras formas de periodizar a História:
( de acordo com os MODOS DE PRODUÇÃO )
•Modo de produção Asiático: relações de trabalho
definidas pela SERVIDÃO COLETIVA ( China, Índia, Egito,
Mesopotâmia, Pérsia, etc. )
•Modo de produção escravista: relações de produção
definidas pela escravidão ( Grécia e Roma )
•Modo de produção feudal: relações de trabalho
definidas pela SERVIDÃO PESSOAL (Europa Medieval)
•Modo de produção capitalista: relações de trabalho
definidas pelo ASSALARIAMENTO
21. Divisão Tradicional da História do Brasil:
•Período Colonial: 1500 – 1822
•Período Imperial/Monárquico: 1822 – 1889
•Período Republicano: 1889 – dias de hoje
Contagem de SÉCULOS:
No calendário cristão: usa como referência o
nascimento de Jesus ( ano “ 1 “ ):
•Século I: ano 1 ao ano 100
•Século II: ano 101 ao ano 200 ( e aí vai... )
22. OBS: dica ( “ regrinha “ ) para identificar o século
ao qual pertence o ano:
•Observar os dois últimos algarismos
Exemplo: ano 789
•Se não houver os algarismos 00: some ao 1º
algarismo ( = 7 ) um número romano ( VIII ). Aí
temos o SÉCULO VIII
•Se houver os algarismos 00: repita o mesmo
número romano do algarismo inicial. Neste
caso, o ano 700 faz parte do século VII
23. A PRÉ-HISTÓRIA
1. De acordo com a Divisão Tradicional: período
que antecede a origem da escrita
2. Pré-História: da origem da Humanidade à
origem da Escrita
3. Períodos da Pré-História:
a)PALEOLÍTICO ( Origem da Humanidade –
10.000 a.C. )
b)NEOLÍTICO ( 10.000 a.C. – 5.000 a.C. )
26. • Sobrevivência baseada na pesca, coleta e caça
• Modo de vida NÔMADE ( não há moradia fixa
nem noção de propriedade privada, particular
da terra )
• Já há as primeiras manifestações de arte e
religião, através das pinturas rupestres,
dolmens, menires ou sambaquis )
• Já há domínio do fogo e de técnicas
rudimentares ( = simples ) de artesanato
( pedra “ lascada “ )
31. 5. O Período NEOLÍTICO ( Características )
a)De nômades, os homens passam a
SEDENTÁRIOS ( habitações fixas )
b)Ocorre a REVOLUÇÃO AGRÍCOLA ( domínio da
agricultura ), em torno de 10.000 a.C.
c) Em torno de 5.000 a.C. surgem as primeiras
Civilizações ( vida urbana, com organizações
econômicas e políticas mais complexas e
elaboradas ) e Impérios
d) Aprimoramento de armas e ferramentas
( pedra polida )
36. 7. A Origem da Humanidade
a)Local: África
b)Como?
•Nossa espécie ( = homo sapiens sapiens )
passou por um longo processo evolutivo
•Evolução: partiu de um ancestral, o PRIMATA,
comum a outros animais, com o mesmo “
parentesco “ genético: chipanzés, gorilas,
orangotangos
•OBS: portanto, o homem não evoluiu do
macaco
37.
38. Lucy: australopithecos mais antigo até
os anos 80
Descoberta na Etiópia em
1974 por arqueólogos dos
EUA, com 3,2 milhões de
anos
39. A PRÉ-HISTÓRIA DO BRASIL
(pintura rupestre encontrada no PIAUÍ)
Período anterior à chegada dos portugueses
40. 1. A chegada dos primeiros habitantes da
América ( teorias mais conhecidas)
41. a) Teoria do Autoctonismo ( de Florentino
Ameguino )
•italiano, naturalizado argentino, Armeguino
sugeriu que o homem americano seja
AUTÓCTONE, ou seja, surgiu e evoluiu na
própria América.
b) Teoria da Origem Polinésia ( de Paul Rivet )
•Médico francês, sugeriu que os antigos nativos
teriam atravessado o Oceano Pacífico, deixando
ilhas da Polinésia através de canoas
42. c) Teoria da Origem Asiática ( a mais provável )
•Sugerida por Ales Hrdlicka, é a que reúne a
maior quantidade de provas
•Segundo ela, migrações de origem asiática
entraram na América por meio do Estreito de
Bering
•Quando o Estreito de Bering transformou-se
num enorme bloco de gelo, num rigoroso
inverno na região, serviu de ponte para a
passagem de grupos provenientes da Ásia
43. 2. Os mais antigos vestígios arqueológicos no BR
a)Parque Nacional da Serra da Capivara ( PI )
Artefatos encon-
trados na região
atestam presença
humana há
50.000 anos na
região
45. • Apelidada de Luzia, em homenagem à Lucy
etíope, é a mais antiga ossada humana
encontrada até hoje na América ( morta a
cerca de 11.500 anos )
• É Luzia, com seus traços negros, a maior
evidência de que a Ásia não foi a única porta
de entrada para a América
• Luzia: evidência que serve de base para a
Teoria da Origem Polinésia-Australiana
47. 1. Introdução: como as mais antigas civilizações ,
o Egito desenvolveu-se na região do chamado
Crescente Fértil
48. 2. Origens e Evolução da Civilização
a) Período Pré-dinástico ( anterior a 3.200 a.C. ):
• Não há faraós, nem pirâmides
• Povo distribuído em clãs/tribos ( nomos )
• Entre 4.000-3.200 a.C. surgem dois
reinos: um ao Norte ( Baixo Egito ) e
outro ao Sul ( Alto Egito )
• 3.200 a.C.: 1º faraó: Narmer ou Menés
( unificou Alto e Baixo Egitos
• Surgimento dos primeiros hieróglifos
50. b) Antigo Império ( 3.200-2180 a.C. ):
•Construção das grandes pirâmides
•Capital: Mênfis
•Estruturação do Estado: vizir ( uma espécie de
1º Ministro ), e demais funcionários ( escribas e
ministros ), que recebiam terras do Faraó em
troca de seus serviços
•Os Faraós eram vistos como seres divinos
51. A CONSTRUÇÃO DE PIRÂMIDES
Modelos de rampas que podem ter sido usadas
na construção das pirâmides
53. 1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se
as vísceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc.)
O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a
parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se
uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro
derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos
orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.
2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão
(espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.
3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem.
Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias
para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados
dentro do corpo.
4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo
que amuletos eram colocados entre estas faixas
54. c) Médio Império ( 2180-1570 a.C. )
•Período marcado pela invasão e domínio dos
hicsos
•Período marcado pela ida do povo hebreu para
o Egito, em 1750 a.C.
•Durante 400 anos, o povo hebreu foi
escravizado no Egito ( Cativeiro do Egito )
•1570 a.C.: o faraó Amósis expulsa os hicsos,
dando início ao Novo Império
56. d) Novo Império ( 1570-525 a.C. )
•Destaque para: Amen-hotep, criador de
fracassada reforma monoteísta. Com o nome de
Aquenaton, instituiu o culto a Aton, deus único
•Tutancâmon: filho de Aquenaton, restaurou o
politeísmo. Morreu aos 19 anos
•Fuga dos hebreus de volta à Palestina (Êxodo)
•Ao fim do período, o Egito sofre invasões dos
assírios ( 667 a.C. ) e persas ( 525 a.C. )
57. e) Declínio da Civilização Egípcia:
•332 a.C.: Alexandre, o Grande, conquista o
Egito, sob domínio persa.
•30 a.C.: domínio romano sobre o Egito
3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
a)ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: Monarquia de
caráter TEOCRÁTICO ( O faraó era considerado
Deus )
b)Economia: baseada na agricultura de irrigação
e no comércio
58. c) Relações de trabalho: marcadas,
predominantemente, pela SERVIDÃO COLETIVA
PARA TEREM O DIREITO DE PRO -
DUZIR PARA SI, OS CAMPONESES
DEVERIAM SERVIR AO ESTADO,
ATRAVÉS DA PRODUÇÃO DE EXCE-
DENTES AGRÍCOLAS OU TRABALHOS
BRAÇAIS
59. d) Religião : politeísta ( = vários deuses ), de
caráter antropozoomórfico ( deuses com forma
humana ou animal )
Exemplos:
AMON = DEUS CRIADOR
69. 1. Mesopotâmia = “ terra entre rios “ ( Tigre e
Eufrates )
2. Heranças deixadas:
a) Escrita cuneiforme: talhada em placas de
barro com uma ferramenta chamada cunha
b) Jardins suspensos da Babilônia: construção
em forma semi piramidal, conhecida como
ZIGURATE.
c) Código de Hamurabi: elaborado em 1750 a.C.
no governo do imperador Hamurabi, é um
dos mais antigos documentos escritos
73. CÓDIGO DE HAMURABI
•Possui 282 artigos
•Reflete a hierarquização das classes sociais,
privilegiando homens livres em prejuízo de
escravos; homens em prejuízo de mulheres
•Tem vários artigos inspirados na Lei de Talião
( “ Olho por olho, dente por dente “ ), em que a
pena é proporcional ao crime cometido.
•Regulamenta questões ligadas à família,
dívidas, saúde, propriedade, crime, etc.
74. Art. 02: “ Se alguém fizer uma acusação a
outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio,
se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse
da casa do culpado, e se ele escapar sem
ferimentos, o acusado não será culpado, e então
aquele que fez a acusação deverá ser condenado
à morte, enquanto que aquele que pulou no rio
deve tomar posse da casa que pertencia a seu
acusador “
75. Art. 195. “Se um filho bater em seu pai, ele terá
suas mãos cortadas”.
Art. 196. “Se um homem arrancar o olho de
outro homem, o olho do primeiro deverá ser
arrancado [Olho por olho].”
Art. 197. “Se um homem quebrar o osso de
outro homem, o primeiro terá também seu
osso quebrado”.
Art. 200. “Se um homem quebrar o dente de um
seu igual, o dente deste homem também
deverá ser quebrado” [ Dente por dente]
76. Art. 215. “Se um médico fizer uma grande
incisão com uma faca de operações e salvar o
olho, o médico deverá receber 10 shekels em
dinheiro”.
Art. 216. “Se o paciente for um homem livre, ele
receberá cinco shekels.”
Art. 217. “Se ele for o escravo de alguém, seu
proprietário deve dar ao médico 2 shekels”.
Art. 218. “Se um médico fizer uma incisão com
uma faca de operações e matar o paciente, suas
mãos deverão ser cortadas”.
77. 3. Organização Política: Estado Teocrático
(semelhança com o Egito )
4. Economia: predomínio da servidão coletiva
( camponeses recebiam terras arrendadas pelo
Estado e eram obrigados a lhe entregar os
excedentes.
5. Religião: politeísta ( como no Egito )
•Principais deuses mesopotâmicos:
•Enlil: deus do vento e da chuva
•Shamach: deus de Sol
78. • Ischtar: deusa da chuva, da primavera e da
fertilidade
• Marduque: deus protetor da cidade de Babel (
Babilônia )
• Anu: deus do céu
• Enki: deus das águas
ANU
79. 6. Principais povos: sumérios, acádios, amoritas
( 1º Império Babilônio ), caldeus ( 2º Império
Babilônio ) e assírios
a)SUMÉRIOS:
•Mais antigo povo da Mesopotâmia
•Criadores da escrita cuneiforme
b) ACÁDIOS:
•Dominaram os sumérios ( por volta de 2.250
a.C. )
c) AMORITAS:
80. • Dominaram a região entre 2.000 e 1.750 a.C.
• Principal cidade: Babel ( = Babilônia )
• Imperador de destaque: Hamurabi
d) ASSÍRIOS:
• dominaram a região entre 1.300 e 612 a.C.
• Transferiram a capital para Nínive
• Principal imperador: Assurbanipal ( construiu
a Biblioteca de Nínive, com mais de 22.000
placas cuneiformes )
• Invadiram o Egito, em 667 a.C.
81. e) CALDEUS:
•dominaram a região entre 612 e 539 a.C.
•Principal imperador: Nabucodonosor II ( Torre
de Babel e Jardins da Babilônia )
•Após sua morte, a região foi incorporada ao
Império Persa
84. 2. Maior particularidade dos hebreus:
•Primeiros povos da Antiguidade a estruturar-se
em torno do MONOTEÍSMO RELIGIOSO ( = 1 só
deus )
•Monoteísmo hebreu: originou o JUDAÍSMO,
raiz religiosa do CRISTIANISMO e do
ISLAMISMO, posteriormente
•Outra importante herança: BÍBLIA ( Antigo
Testamento, em especial )
3. Evolução Histórica:
a) Fase dos Patriarcas ( 2000 a.C. – 1180 a.C. )
85. • patriarcas: chefes tribais, primeiros líderes
políticos e religiosos
• Principais patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó,
Moisés
• 2.000 a.C.: Abraão deixa a Mesopotâmia e
migra para a Palestina, considerando-a a Terra
Prometida ( = Canaã )
• Durante cerca de 400 anos, o povo hebreu
permanece sob a escravidão no Egito, até
cerca de 1250 a.C.
• ÊXODO: fogem do Egito de volta a Canaã
87. b) Fase dos Juízes ( 1180 – 1010 a.C. )
•juízes: líderes militares que surgem após a
morte de Moisés
•Organizam a luta pela reconquista da Palestina
( ocupada por outros povos durante o Cativeiro
do Egito )
•Principal Juiz: JOSUÉ ( 1º juiz, conquistou a
cidade de Jericó, reintroduzindo os hebreus na
Terra Prometida )
c) Fase dos Reis ( 1010 – 936 a.C. )
•As várias tribos hebraicas são unificadas em
88. torno de uma MONARQUIA TEOCRÁTICA ( os
reis, neste caso, eram REPRESENTANTES de
Deus )
•Primeiro rei: Saul
•Segundo rei: Davi ( estabeleceu Jerusalém
como capital )
•Terceiro rei: Salomão ( auge da Monarquia/
construção do Templo de Jerusalém )
d) Fase do Cisma ( 936 a.C. )
•Após a morte de Salomão, as 12 tribos dividem-
se em 2 reinos: Judá e Israel
89. O CISMA HEBRAICO
REINO de ISRAEL
Capital =
SAMARIA
REINO DE JUDÁ
Capital =
JERUSALÉM
90. 4) Domínio estrangeiro e declínio
•Após o Cisma: Palestina invadida várias vezes e
hebreus submetidos a épocas de servidão e
escravidão
•722 a.C.: Reino de Israel dominado pelos
Assírios
•589 a.C.: Reino de Judá dominado pelos
Caldeus ( Babilônios )
•333 a.C.: Palestina dominada pelos Macedônios
•63 a.C.: Palestina dominada pelos Romanos
91. • Ano 1: nascimento de Cristo, judeu de origem
• Ano 134: ainda sob domínio romano, foram
expulsos da região e se espalharam pelo
Mundo, acontecimento que ficou conhecido
como DIÁSPORA.
• Século VII: Palestina dominada pelos árabes
muçulmanos
• Século XIX: surge o movimento SIONISTA
( defendendo o retorno dos judeus para a
Palestina )
97. 1. Importância na Antiguidade:
• Grandes navegadores e criadores do alfabeto
98. 2. Organização Política: Cidades-Estado ( cada
uma era um “país”, de caráter monárquico )
3. Religião: politeístas (principais deuses):
•Baal
•Astarteia
•Dagon,
•Ayan
•Anat
( Astarteia )
99. 3. Auge: 1200 a.C. – 800 a.C., quando fundaram
diversas cidades na costa mediterrânea e
espalharam o alfabeto e suas mercadorias,
como o vidro
4. Declínio: 539 – 65 a.C.
•539 a.C.: Ciro, rei persa, domina a região
•332 a.C.: Alexandre, rei macedônio, domina
Tiro, a principal cidade
•146 a.C.: romanos dominam a região, vencendo
Cartago ( fundada pelos fenícios )nas Guerras
Púnicas
101. 1) Origem: Planalto do Irã atual
povoado pelos povos medos e persas
2) Destaques para os imperadores:
•550 a.C.: Ciro, rei dos persas, vence os medos e
unifica os 2 povos
•525 a.C.: Cambises conquistou o Egito
• Auge: Dario I maior conquistador, foi
barrado pelos gregos, nas GUERRAS MÉDICAS,
perdidas em definitivo por Xerxes
102. 3) Especificidades dos persas na Antiguidade:
a)Criação de um eficiente sistema
administrativo, as SATRÁPIAS ( como se fossem
províncias ), e do DÁRICO ( moeda ), igualmente
criadas por Dario I
b)DUALISMO RELIGIOSO: sistema formado por
duas entidades sobrenaturais ( MAZDA ou
ORMUZ, associada ao BEM e ARIMÃ, associado
ao MAL )
chamado tbm mazdeísmo ou zoroastrismo
( por ter sido fundado por Zoroastro )
105. CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL
( Características Gerais )
•Organização Política: Monarquias Teocráticas
•Estado: proprietário das terras e dos
excedentes
•Sociedades rigidamente estratificadas, com
raríssima mobilidade: posição social
determinada pelo nascimento
•Relações de produção e trabalho assinaladas
pela SERVIDÃO COLETIVA
106. GRÉCIA ANTIGA
INTRODUÇÃO: O CONCEITO DE ANTIGUIDADE
CLÁSSICA
•Surgiu na época do Renascimento e referia-se
ao período da Antiguidade que deveria ser
estudado na escola ( em “ classe “ ): Grécia e
Roma
•Refere-se também a uma concepção
EUROCÊNTRICA, por considerar indispensável,
um “ clássico “, o estudo dos dois povos que
exerceram maior influência na formação da
cultura europeia
107. EUROCENTRISMO
• TERMO QUE REVELA UMA PRESUMIDA
SUPERIORIDADE DA CULTURA E DOS DEMAIS
VALORES EUROPEUS SOBRE OS DEMAIS
POVOS
• NO EUROCENTRISMO: OS VALORES
EUROPEUS SÃO TOMADOS - pelos europeus,
é claro - COMO CENTRO DE REFERÊNCIA
108. Antiguidade Oriental Antiguidade Ocidental
(primeiras civiliza- ( ou Clássica )
ções ) Gregos e Romanos
Egito, Mesopotâmia,
Persas, Hebreus, Chi-
na, Índia, Fenícia
dotados de suposta
superioridade
110. 2. Povoamento:
a)A partir de 2.000 a.C. a Península Balcânica foi
povoada por diversos povos: pelasgos, cretenses
e indo-europeus (aqueus, eólios, jônios e dórios)
b)O povoamento da Grécia, também conhecida
como HÉLADE, é o resultado da miscigenação ( =
mistura ) destes três povos: pelasgos, cretenses
e indo-europeus
c)O período de povoamento da Grécia é
chamado de Pré-Homérico ( séc. XX - XII a.C. )
111. 3. Período Pré-Homérico ( séc. XX – XII a.C. )
•Gradual povoamento da Península Balcânica
•Período Neolítico: 1º povoamento ( Pelasgos )
•2.000 a.C.: Península Balcânica invadida pelos
cretenses ( forma-se a civilização creto-micênica
)
•1.400 a.C.: Península Balcânica invadida pelos
aqueus, vindo logo após os eólios e jônios
•1.200 a.C.: invasão dos dórios provoca a
Primeira Diáspora Grega (dispersão dos gregos
pelo interior, ilhas do Egeu e Ásia Menor )
112. • Invasão dórica destrói as bases da primeira
civilização instalada na Grécia, de base
cretense ( minoica ) e aqueia ( micênica ) e
inaugura novo período ( Homérico )
ruínas do
Palácio de
Cnossos,
destruído
pela invasão
dos dórios
113. 4. Período Homérico ( séc. XII – VIII a.C. )
•Marcado pela dispersão ( 1ª Diáspora ) dos
gregos pelo interior, ilhas do Egeu e Ásia Menor
•Formação de novas comunidades humanas, os
GENOS ( comunidades familiares, chefiadas por
um líder político, militar e religioso, o PATER )
•Período Homérico: assim chamado por causa
das obras de Homero – Ilíada e Odisseia
( principais fontes escritas do período )
114. GUERRA DE TRÓIA
•Evento ocorrido no século VIII a.C. entre as
cidades gregas e a cidade de Tróia ( na Ásia
Menor ) , também conhecida como Ílion
•Causa da guerra ( de acordo com Homero ):
rapto de Helena, esposa de Menelau, rei de
Esparta. Autor do rapto: Páris, filho do rei de
Tróia ( = Príamo )
•Causa do rapto: rivalidade de Afrodite, aliada
dos troianos, contra Palas Atena, protetora dos
gregos.
115. • Afrodite embeleza Páris, que seduz Helena
durante a viagem de Menelau a Creta.
• Ilíada: narra a Guerra dos gregos contra os
troianos para recuperar Helena
• Odisseia: narra o retorno de Ulisses, rei de
Ítaca, para os braços de sua esposa Penélope
• Tanto na Ilíada quanto na Odisseia, fundem-se
elementos da mitologia quanto informações
da cultura e da sociedade gregas
118. • Ao final do Período Homérico, ocorre novo
processo de urbanização, em que os GENOS
transformaram-se em PÓLIS, ou CIDADES-
ESTADO
• PÓLIS = CIDADE-ESTADO = “CIDADE-PAÍS”
Cidades gregas = politicamente autônomas,
independentes entre si; na Grécia nunca
houve uma unidade política ou um Império
119. 5. Período Arcaico ( séc. VIII – VI a.C. )
•Desenvolvimento das cidades-estado gregas
•Destaque para as cidades de Atenas e Esparta
ATENAS ESPARTA
121. • Localização: região da Lacônia, no Vale do
Peloponeso
• Fundada pelos dórios em região
anteriormente habitada por comunidades de
aqueus
• Economia: terra ( propriedade estatal ).
Cultivada pelos hilotas
• Sociedade: formada por
ESPARTÍATAS: descendentes dos dórios, eram os
únicos detentores de direitos políticos e de
terras
122. PERIECOS: aqueus livres, porém sem direitos
políticos. Dedicados ao comércio e ao
artesanato.
HILOTAS: aqueus escravizados, não tinham
direitos políticos
•Organização Política: OLIGARQUIA
( poucos no poder )
•Principais Instituições políticas:
DIARQUIA: 2 reis, de origem dória
123. GERÚSIA: assembleia formada por 28 cidadãos
com mais de 60 anos. Fiscalizavam o governo e
os costumes
ÁPELA: assembleia formada por cidadãos com
mais de 30 anos. Elaborava as leis e elegia o
EFORATO: composto por 5 cidadãos eleitos para
o mandato de 1 ano
TODOS OS ÓRGÃOS POLÍTICOS DE ESPARTA
ERAM OCUPADOS SOMENTE POR ESPARTÍATAS
124. • ENSINO: priorizava a formação militar dos
espartíatas
• Dos 7 aos 30 anos a preparação dos
espartíatas era voltada para a guerra, estando
o soldado proibido até de casar.
• Pela KRIPTEIA, um soldado deveria decapitar
um hilota, a fim de mostrar destreza e ganhar
suas próprias armas
ESPARTA: OLIGARQUIA +
MILITARISMO + XENOFOBIA
126. • Localização: Ática
• Fundada pelos jônios
• Economia: propriedade particular da terra;
economia priorizada pelo comércio marítimo
• Sociedade: mais dinâmica e diversificada que
a espartana, era formada por:
EUPÁTRIDAS: proprietários das melhores terras;
aristocracia rural; oligarquia local.
Inicialmente, somente eles eram cidadãos
GEORGÓIS: pequenos proprietários
DEMIURGOS: comerciantes
127. THETAS: camponeses sem terra
THECNAYS: artesãos
METECOS: estrangeiros
ESCRAVOS: inicialmente, eram os endividados.
Posteriormente, os prisioneiros de guerra
•ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: de uma oligarquia,
passou a uma tirania – até atingir a
DEMOCRACIA
•PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS:
BULÉ ( ou CONSELHO DOS 500 ): cidadãos que
128. elaboravam as leis
ECLÉSIA: assembleia de cidadãos que votava as
leis elaboradas pela Bulé
ARCONTADO: “ prefeitura “
OSTRACISMO: medida punitiva que bania por 10
anos os cidadãos condenados por ameaçar os
valores da democracia
ATENAS = DEMOCRACIA DIRETA E
EXCLUDENTE + VIDA INTELECTUAL
DINÂMICA
129. • CARACTERÍSTICAS DA DEMOCRACIA
ATENIENSE
# apenas homens livres e nascidos de pai e mãe
atenienses eram considerados cidadãos
# era DIRETA: todos os cidadãos, numa
instituição ou noutra, sempre poderiam
participar do sistema
# era EXCLUDENTE: mulheres, escravos,
estrangeiros não chegaram a ganhar o direito
à cidadania
# chegou ao auge no século V a.C.
130. 6. Período Clássico ( séc. V – IV a.C. )
•Auge da civilização
Ex: os grandes filósofos ( Sócrates, Platão e
Aristóteles ) são do século V a.C.
•Auge de Atenas e Esparta
Ex: o sistema democrático em Atenas chegou ao
apogeu
•Ocorrência de grandes guerras ( Médicas e
Peloponeso )
132. • Gregos X Persas (= chamados de medos )
• Causa: expansionismo persa ameaça cidades
gregas da Ásia Menor
• Estopim: aliança entre Atenas e Mileto contra
a ocupação persa de Mileto - cidade grega da
Ásia Menor. Daí, Dario I promoveu a invasão
da Península Balcânica
• Principais batalhas: Termópilas, 480 a.C. ( 300
espartanos derrotados por milhares de persas,
após resistência no desfiladeiro que leva o
nome da batalha )
134. Batalha de Salamina ( 480 a.C. )
• Batalha naval entre Atenienses e persas,
• Comandando a frota ateniense, Temístocles
conseguiu deter os persas em Salamina
Batalha de Platéia ( 479 a.C. )
• O exército da Confederação de Delos
( coalizão de cidades lideradas por Atenas )
derrota definitivamente os persas
137. • Confederação de Delos ( Atenas )
X
Liga do Peloponeso ( Esparta )
Causas:
• Cidades ligadas a Esparta repudiavam o
controle de Atenas sobre o tesouro de Delos (
recursos doados para a guerra contra os
persas )
• Hegemonia/Imperialismo ateniense e seu
modelo democrático
138. 7. Período Helenístico ( séc. IV – II a.C. )
• A Guerra do Peloponeso levou ao
enfraquecimento das cidades gregas
• A fragilidade dos gregos facilitou a invasão do
Reino da Macedônia
• Período Helenístico = declínio da Grécia
• Período Helenístico = sobrevivência da cultura
grega pelas mãos de Alexandre ( Imperador
Macedônio )
• Alexandre: propagou a cultura grega,
fundindo-a a outras culturas
141. • Alexandre, o Grande, propagou a cultura
grega através de casamentos entre seus
soldados e mulheres oriundas das terras
conquistadas ( ele próprio desposou uma
princesa persa )
• Escolas e bibliotecas gregas foram fundadas
por terras conquistadas
• Fim do período helenístico: em 146 a.C., com
o domínio romano estedido sobre as terras de
conquista macedônia
142. Complemento
A religião grega: politeísta e antropomórfica
• Zeus: deus principal
• Afrodite: deusa do amor e da beleza
• Dionísio: deus do vinho e da fertilidade
• Atena: deusa da sabedoria e protetora na
guerra
• Apolo: Deus do Sol, da Medicina, da Música e
da Profecia
• Ártemis: deusa da Lua, protetora das cidades
143. • Hera: esposa de Zeus, protetora do
casamento, das crianças e do lar
• Deméter: protetora das colheitas, cereais e
dos frutos
• Hermes: mensageiro dos homens
• Ares: deus da guerra e filho de Zeus e Hera
• Hefesto: deus da metalurgia
• Poseidon: deus dos mares
• Hades: deus das profundezas terrenas
144. A Filosofia grega:
•Precedida pela MITOLOGIA:
-MITOS: relatos inspirados na tradição oral,
religiosa, marcado pela primazia da lenda e da
fantasia
•FILOSOFIA ( séc. V a.C. ): organização RACIONAL
do conhecimento, dedicada ao pensamento
lógico, à ética e à política
-Principais filósofos: Sócrates, Platão e
Aristóteles
145. ( Unesp-2008 ) O mapa mostra a área ocupada
por cidades e territórios colonizados pelos
gregos entre os séculos VIII e VI a.C.
146. A constituição dessa área de colonização deveu-se
(A) aos conflitos entre Atenas e Esparta,
denominados Guerra do Peloponeso.
(B) aos conflitos entre gregos e persas,
denominados Guerras Médicas.
(C) aos problemas derivados do crescimento
demográfico e da escassez de terras.
(D) ao expansionismo resultante da aliança
militar chamada Liga de Delos.
(E) ao fim da escravidão por dívidas,
estabelecido por Drácon na Lei das 12 Tábuas.
148. ( Unesp 2010 ) A Ilíada, de Homero, data do
século VIII a.C. e narra o último ano da Guerra
de Troia, que teria oposto gregos e troianos
alguns séculos antes. Não se sabe, no entanto,
se esta guerra de fato ocorreu ou mesmo se
Homero existiu. Diante disso, o procedimento
usual dos estudiosos tem sido:
(A) desconsiderar os relatos atribuídos a
Homero, pois não temos certeza de sua
procedência, nem se eles nos contam a verdade
sobre o passado grego
149. (B) identificar na obra, apesar das dúvidas,
características da sociedade grega antiga, como
a valorização das guerras e a crença na
interferência dos deuses na vida dos homens.
(C) desconfiar de Homero, pois ele era grego e
assumiu a defesa de seu povo, abrindo mão da
completa neutralidade que todo relato histórico
deve ter.
150. (D) acreditar que a Guerra de Troia realmente
aconteceu, pois Homero não poderia ter
imaginado tantos detalhes e personagens tão
complexos como os que aparecem no poema.
(E) descartar o uso da obra como fonte histórica,
pois, mesmo que a guerra tenha ocorrido, a
Ilíada é um relato literário e não foi escrita com
rigor e precisão científica
153. 1. ORIGEM E POVOAMENTO
• Séc. X - VIII a.C.: Península Itálica povoada
por etruscos, sabinos, samnitas, gregos ( ao
sul – Magna Grécia ), latinos ( região
conhecida como Latio, daí latinos ) e outros
povos
• Latinos: fundadores de Roma, inicialmente
uma tribo gradualmente evoluída para uma
Cidade-Estado
• Mito de Origem: Rômulo e Remo
154.
155. 2. MONARQUIA ( 753 a.C. – 509 a.C. )
• Período de escassa documentação
• Exemplo: são conhecidos apenas os nomes
dos reis lendários, de acordo com a
literatura de Virgílio ( Eneida ) e Tito Lívio
( Ab urbi condita libri )
a) ORGANIZAÇÃO SOCIAL / POPULAÇÃO
• Gens ( ou clã ): primeiro núcleo de
povoamento ( sistema familiar semelhante
aos genos gregos )
• Cada gens era chefiado por um pater família
( líder político, religioso e militar )
157. PATRÍCIOS: descendentes dos latinos; donos das
melhores terras e detentores exclusivos da
cidadania
CLIENTES: plebeus pertencentes ao círculo de
proteção dos patrícios, prestando-lhes
serviços militares ou domésticos.
PLEBEUS: membros da população em geral. Em
sua maioria, pequenos proprietários.
Proibidos de casar com os patrícios.
ESCRAVOS: plebeus endividados ( maioria ) ou
prisioneiros de guerra
158. b) PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS
• SENADO: assembleia criada pelos pater
família. Principal função: confirmar a eleição
do rei
• CÚRIA: assembleia que elegia o rei, exercia
funções judiciais e confirmava as decisões do
rei
• MONARQUIA: inicialmente em mãos patrícias,
passou por fases de domíno etrusco. A fim de
eliminar o último rei, de origem etrusca
( Tarquínio ), os senadores proclamaram a
República, em 509 a.C.
159.
160. 3. REPÚBLICA ( 509 a.C. – 27 a.C. )
a)PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS
• SENADO: 300 membros, de origem patrícia.
Faziam as leis ( poder Legislativo )
• ASSEMBLEIAS ( a maioria de domínio patrício
): elegiam as magistraturas.
• MAGISTRATURAS: órgãos auxiliares do
Senado, funcionavam como espécies de “
ministérios “ atuais, sendo eleitos
anualmente. Exemplos:
161. # CONSULES: em número de 2, convocavam o
Senado e comandavam o Exército. Mais
importante magistratura. Exerciam o papel do
atual poder executivo. Cada um tinha o poder
de veto sobre a decisão de outro. Caso não
houvesse consenso, era eleito um ditador
para o período de 6 meses
# PRETORES: Ministravam a justiça em Roma, no
campo e nas províncias, das quais muitos
eram nomeados governadores
162. # TRIBUNOS DA PLEBE: surgiram por pressões
dos plebeus, a quem representavam. Tinham
o poder de vetar leis que contrariavam o
interesse da plebe, embora o veto de um
pudesse ser vetado por outro tribuno ( “
aliado “ de um patrício )
# EDIS: cuidavam da conservação da cidade,
limpeza e policiamento
# CENSORES: cuidavam do censo ( = alistamento
populacional )
# QUESTORES: responsáveis pela arrecadação e
administração de impostos
163. b) PRINCIPAIS ASSUNTOS DO PERÍODO
REPUBLICANO:
b.1) REVOLTA DO MONTE SAGRADO
( 494 a.C. )
• Causa: plebeus não tinham direito de participar das
magistraturas
• Procedimento: milhares de plebeus retiraram-se de
Roma e ameaçaram construir nova cidade
• Desfecho: como eram importantes no serviço militar,
tiveram do Senado a criação do Tribunato da Plebe
164. b.2) 450 a.C.: Lei das XII Tábuas. Por iniciativa
dos tribunos, o Senado aprovou a 1ª legislação
escrita (a fim de limitar a manipulação da
justiça em mãos patrícias)
b.3) As pressões plebéias ainda produziram a
aprovação das Leis:
• Canuléia ( 445 a.C. ): permitiu o casamento
entre plebeus e patrícios
• Licínia ( 367 a.C. ): aboliu a escravidão por
dívida e instituiu o número de 2 cônsules: um
patrício e outro plebeu
165. b.4) EXPANSÃO TERRITORIAL ROMANA
• Metas: terras ( cereais ), escravos, saques e
tributos
• Etapas: Península Itálica (1º) e Bacia do
Mediterrâneo ( 2º )
• Principal Episódio: Guerras Púnicas ( 264 a.C. –
146 a.C. ), entre romanos e cartagineses pelo
controle da ilha da Sicília )
166. GUERRAS PÚNICAS (264 a.C. – 146 a.C.)
• Primeira Guerra ( 264 a.C. – 241 a.C. ): vencida
por Roma, objetivava o controle da Sicília
• Segunda Guerra ( 218 a.C. – 201 a.C. ): teve
como objeto a Espanha e como palco a Itália.
Nova vitória de Roma
• Terceira Guerra ( 149 a.C. – 146 a.C. ): vitória
romana. Cartago foi anexada como província
da África. Garante também domínio sobre
vastas terras
169. b.5) CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO
TERRITORIAL
• Domínio de todas as terras banhadas pelo
Mediterrâneo ( = Mare Nostrum )
• Maior destinação de riquezas a Roma;
• Massificação da escravidão;
• Ascensão dos “homens novos” ( grupo de
plebeus enriquecidos com o comércio )
• Êxodo rural ( plebeus em massa para Roma =
1 milhão de habitantes no séc. I )
• Formação do latifúndio escravista
170. • Helenização da cultura romana ( influência
grega nos valores de Roma )
• Fortalecimento do poder e prestígio dos
militares ( generais ) romanos. Exemplo:
Guerra Civil entre os generais Mario e Sila
(que invadiu Roma com seu Exército, antes de
ser derrotado )
• Crise da República: enfraquecimento do
Senado e ascensão política de novos atores.
Exemplo: Irmãos Graco e Júlio César (morto
no Senado em 44 a.C.)
171. TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA DOS IRMÃO
GRAGO
Tibério Graco(tribuno da plebe,eleito cônsul)
• Propôs, sem sucesso, o fim do latifúndio e um
limite para a concentração de terras. Foi
assassinado
Caio Graco ( tribuno da Plebe )
• propôs, sem sucesso, a Lei Frumentária, que
daria aos pobres o direito de comprar cereais
a preço de custo. Foi assassinado
172. • Formação dos Triunviratos: alianças políticas
entre personalidades que se fortaleceram ao
longo da expansão
1º Triunvirato ( 59 – 53 a.C. ): aliança informal
entre Júlio César, Pompeu e Crasso. Desfeito
por César X Pompeu
2º Triunvirato ( 43 – 33 a.C. ): aliança oficial
( reconhecida em eleição ) entre Marco
Antônio, Lépido e Otávio ). Termina com a
disputa entre Marco Antônio e Otávio
• 27 a.C.: Otávio proclamado 1º imperador
174. a) O ALTO IMPÉRIO ROMANO (séc. I – III)
• Auge do Império
• PAX ROMANA
• Política do Pão e do Circo
a.1) Organização Social ( de acordo com a
renda )
• Ordem Senatorial: homens com mais de 1
milhão de sestércios
• Ordem Equestre: homens com mais de
400.000 sestércios
175. • plebeus: trabalhadores do comércio,
artesanato, pequenos lavradores
• Escravos: prisioneiros de guerra
• a.2) POLÍTICA DO PÃO E DO CIRCO
• Criada por Otávio ( 1º imperador )
• Estratégia política das elites para manter a
população plebéia minimamente alimentada e
distraída
• Meios: distribuição gratuita de cereais e
espetáculos circenses ou de gladiadores
180. a.3) PAX ROMANA:
• Sistema que garantia o controle das terras
conquistadas
• Ao mesmo tempo estabelecia laços de
integração com os povos dominados
• Meios: presença de funcionários e legiões e
mercadores ( levavam mercadorias e
costumes a toda parte, latim, Direito
Romano(Jus Civilis e Jus Gentium), estradas ( “
todos os caminhos levam a Roma, aquedutos,
termas, etc)
186. b) BAIXO IMPÉRIO ROMANO (séc. IV – V)
• Declínio do Império
• Crise do século III / crise do escravismo
( fator interno do declínio )
• Invasões bárbaras
( fator externo do declínio )
• Transição para o feudalismo: gestação de um
novo MODO DE PRODUÇÃO ( FEUDAL )
187. b1.) A CRISE DO ESCRAVISMO ( séc. III )
• Diminuição das guerras de conquista
• Diminuição da mão-de-obra escrava ( crise do
escravismo )
• Propagação do cristianismo
• Queda na produtividade agrícola
• Inflação: menos comida X mesma quantidade
de consumidores
• Queda na arrecadação de impostos
• Desinteresse pelo serviço militar
• Vulnerabilidade das fronteiras
189. • Migrações e, posteriormente, invasões
bárbaras nas cidades romanas
• Êxodo urbano ( = ruralização ): falta de
abastecimento + invasões levam ao
abandono das cidades e um recuo para a vida
rural
Exemplo: Roma, no ano 476, tinha pouco mais
de 50.000 habitantes
190. b.2) EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
• Fator de desestabilização do Império
• Valores cristãos: incompatíveis com os valores
do Império
• Valores do Império: militarismo, escravismo e
politeísmo
• Valores cristãos: pacifismo, igualitarismo,
monoteísmo
• Imperadores: perseguição aos cristãos
( escravizados, executados na cruz, etc. )
191. b.3) TENTATIVAS PARA SALVAR ROMA
• Ano 313: Constantino decreta o Edito de
Milão e concede liberdade de culto aos
cristãos
• Ano 332: Constantino cria a Lei do Colonato,
abolindo a escravidão e instituindo a servidão
• Ano 380: Teodósio decreta o Edito de
Tessalônica e institui o cristianismo como
religião única e oficial do Império
• Ano 395: Teodósio divide o Império Romano
em 2 unidades
193. ( Fuvest – 2010 )
Cesarismo/cesarista são termos utilizados para
caracterizar governantes atuais que, a maneira
de Júlio César ( de onde o nome ), na Antiga
Roma, exercem um poder:
a)Teocrático;
b)Democrático;
c)Aristocrático;
d)Burocrático;
e)Autocrático.
198. 1. Principais Características
• Corresponde ao ex-Império Romano do
Oriente
• Sobreviveu à crise do escravismo romano e
às invasões bárbaras
• Auge: reinado de Justiniano
• Conservou e propagou heranças do antigo
Império Romano
• Nele ocorreu o Cisma do Oriente, 1ª grande
separação no cristianismo
199. 2. O reinado de Justiniano ( 527 – 565 )
• Sistematizou as leis romanas no Código de
Direito Civil ( Corpus Juris Civilis )
• Construiu a Basílica de Santa Sofia
• Intensificou o controle pessoal sobre a Igreja
Cristã ( Cesaropapismo ) e consolidou a
doutrina monofisista
• Consolidou e expandiu o Império Bizantino,
recuperando territórios do antigo Império
Romano
203. • Cisma = Separação da Igreja Cristã em Católica
Apostólica Romana e Ortodoxa Grega, em
1054
• Motivos – os bizantinos:
# queriam a missa em grego
# não acreditavam na natureza humana de Jesus
– eram MONOFISISTAS
# não aceitavam a adoração de imagens – eram
ICONOCLASTAS
206. 1. Oriundos da Germânia ( região em torno da
Alemanha ), invadiram o Imp. Romano
• Eram chamados de BÁRBAROS pelos romanos
• Barbarum: estrangeiro; termo de caráter
depreciativo
• Viviam em tribos
• Não escreviam
• Suas leis eram orais ( Direito
Consuetudinário )
• Eram politeístas
208. • Converteram-se ao Cristianismo para serem
aceitos e reconhecidos. Em troca, doavam
terras ao clero católico
Transmitiram valores e costumes para a
formação do SISTEMA FEUDAL, na Idade
Média ( séc. V – XV ). Exemplo:
O COMITATUS: costume germânico entre
guerreiros e seus chefes. Em troca de
fidelidade e lealdade, os guerreiros ganhavam
terras de seus chefes
210. 2. O REINO FRANCO
• Mais importante dos reinos germânicos
formados na Europa;
• Seus reis foram os primeiros a se converterem
ao Cristianismo;
• Foram os que mais terras doaram ao clero
• Foi o maior em extensão, constituindo-se no
Império Carolíngeo;
• Carlos Magno foi o imperador de maior
importância, coroado pelo Papa Leão III no
ano 800
214. 1. Arábia Pré-Islâmica
• Dividida em tribos independentes,
governadas por chefes ( = xeques )
• Religião: politeísmo ( 360 deuses, incluindo
Alá )
• Meca e Iatreb: principais cidades
• Meca: abrigava o santuário politeísta da
Caaba ( conservado por Maomé )
• Coraixitas: tribo de Meca que administrava a
Caaba
217. 2. Origem do islamismo
• 570: nascimento de Maomé ( fundador do
islamismo ), em Meca
• 590: casamento de Maomé com Cadija ( rica
viúva de Meca ), com quem tem 6 filhos
( Fátima: 1ª filha )
• Assumindo a caravana da esposa, Maomé
viajou pela Arábia. Conhecendo judeus e
cristãos bizantinos, converteu-se ao
Monoteísmo em 611
218. • Coraixitas ( politeísta ): perseguem Maomé
( monoteísta )
• 622: Maomé foge para Iatreb ( = Medina ),
acontecimento conhecido como Hégira
• 622: Hégira = fuga de Maomé ( ano 1 do
calendário muçulmano )
• 630: Maomé conquista Meca e, pela força do
islã, torna-se o 1º governante árabe
• 632: morte de Maomé
219. 3. Expansão do islamismo:
• Ocorre após a morte de Maomé
• Feita pelos califas ( sucessores de Maomé )
• Unidade Política, Militar e Religiosa: fatores
que propagaram o islamismo. Exemplo:
• Jihad ( Guerra Santa ): promessa de Alá a
Maomé de que o paraíso seria a recompensa
para quem lutasse pelo islã
223. 4. Características principais do islamismo:
• Monoteísmo ( idêntico ao cristão e judeu )
• Alcorão: principal livro sagrado ( revelação
divina a Maomé )
• Suna: livro que narra episódios da vida do
Profeta ( Maomé )
• Jejum e abstinência sexual ( ao longo do
dia ), durante o mês de Ramadã
( novembro )
• 5 orações ao dia, voltadas para Meca
• Hajj: peregrinação a Meca, ao menos 1 vez
224.
225.
226. 5. O Islamismo Hoje
• Religião que mais cresce no mundo
• Sunitas: maior ramificação do islamismo
# acreditam no Alcorão e na Suna
# não aceitam Abu Talib ( tio de Maomé ) como
1º sucessor do profeta
• Xiitas: minoria no mundo muçulmano
# acreditam somente no Alcorão
# para eles, Abu Talib é o 1º sucessor de Maomé
227. 6. Equívocos / ignorâncias sobre o islamismo
• “O islamismo é uma religião violenta”
228. • George Bush, ex-presidente dos EUA, é cristão
• Promoveu a invasão do Afeganistão e do
Iraque ( países muçulmanos )
• Afeganistão: caçar Osama bin Laden ( sunita,
autor do atentado de 11/09/2001 )
• Iraque: apreender armas de destruição em
massa, fato nunca comprovado
• Segundo a ONG britânica IBC, 79% dos
162.000 mortos no Iraque entre 2003-2011
são civis
229.
230. Você já leu alguma notícia sobre atentados
terroristas de autoria muçulmana em
Taubaté?
( Mesquita em Taubaté )
231. 168 mortos e mais de 500 feridos ( 19/04/1995 )
( Oklahoma – EUA )
234. “As lideranças da Liga da Juventude Islâmica
Beneficente
do Brasil manifestou-se contra o terrorismo e afirmou
que o Islã não dá suporte a ações
terroristas. Ainda assim, existiram retaliações contra
alguns muçulmanos. Casas tiveram suas
paredes pichadas com frases agressivas – “fora
terroristas” –, houve ameaças de
empregadores às muçulmanas que usavam o véu,
algumas muçulmanas foram impedidas de
utilizarem transportes públicos e outras tiraram seus
véus com medo de retaliações e
agressões”
MARQUES, Vera Lúcia ( UFMG ). O Islã no Brasil. In 26ª Reunião
Brasileira de Antropologia. Porto Seguro – BA ( 01-04 de junho de 2008 )
235. • “ O uso do véu é obrigatório e a mulher
muçulmana é tratada com repressão “
( Coleção da designer Tuan Hasnah – Festival de Moda Islâmica
na Malásia, 2010 )
236. “nas comunidades formadas por imigrantes
muçulmanos em Goiás, usar ou não usar o véu é
uma opção individual. Algumas
delas dizem que não usam o véu islâmico por não
suportarem “a pressão e as chacotas das
pessoas na rua”. Mesmo assim, dizem se sentirem
“muçulmanas de coração” (Borges, 2004).
Por outro lado, na comunidade muçulmana de
Brasília, a maioria das muçulmanas não usa o
véu, mas assume a vontade de usá-lo quando
sentirem-se preparadas”
(MARQUES, Vera Lúcia.O Islã no Brasil. In 26ª Reunião Brasileira de
Antropologia. Porto Seguro – BA, 01-04 de junho de 2008)
237. “A muçulmana que usa o véu sente-se nua
quando sai na rua sem ele. Imagine se
fôssemos obrigados a sair nus nas ruas… É um
constrangimento, analisa a estudante de
Antropologia da USP Jamile Pinheiro, 22 anos,
muçulmana.”
Site: opiniaoenoticia.com.br
( 03/11/2006 )
238. ENEM – 2008
Existe uma regra religiosa, aceita pelos
praticantes do judaísmo e do
islamismo, que proíbe o consumo de
carne de porco. Estabelecida na
Antiguidade, quando os judeus viviam
em regiões áridas, foi adotada, séculos
depois, por árabes islamizados, que
também eram povos do deserto. Essa
regra pode ser entendida como:
239. A) uma demonstração de que o islamismo é um
ramo do judaísmo tradicional.
B) um indício de que a carne de porco era
rejeitada em toda a Ásia.
C) uma certeza de que do judaísmo surgiu o
islamismo.
D) uma prova de que a carne do porco era
largamente consumida fora das regiões
áridas.
E) uma crença antiga de que o porco é um
animal impuro.
242. • O Império Romano Ocidental perdeu sua unidade
política e foi fragmentado em reinos chamados de
feudais
243. • Os reinos formados, de origem germânica,
também tinham, como característica política,
a fragmentação – ou o poder político
descentralizado
• Cada fragmento territorial ficou conhecido
como FEUDO
• Cada feudo era comandado por um SENHOR
FEUDAL
• SENHORES FEUDAIS: MEMBROS DA NOBREZA
245. • Na nobreza, eram encontrados
personalidades de importâncias diferentes
246. • Nem todo nobre era um senhor feudal
• Para ser senhor feudal era necessário ter
terras. Ter, portanto, um feudo
• Um senhor feudal adquiria um feudo:
# por herança ( normalmente o primogênito )
# entrando para o clero, pois a Igreja também
possuía terras
# ou jurando fidelidade, lealdade e proteção
militar a outro senhor feudal que, em troca,
dava-lhe terras também
247. • Cerimônia da HOMENAGEM: através da qual
um senhor feudal MAIOR oferece título e
terras a um nobre em troca de proteção
248. • As relações entre os nobres eram regidas,
portanto, pela SUSERANIA e pela
VASSALAGEM
• VASSALO: nobre que jurava fidelidade e
lealdade ao senhor que lhe dava terras
• SUSERANO: senhor que doava parte de seu
feudo a um nobre em troca de proteção
• SUSERANOS + VASSALOS = SENHORES
FEUDAIS e MAIS IMPORTANTES MEMBROS DA
NOBREZA
250. 2. A SOCIEDADE FEUDAL
• Era composta por nobres, clérigos ( =
membros do clero, da Igreja Católica ), uma
minoria de trabalhadores livres ( também
conhecidos como vilões ) e por uma maioria
de trabalhadores braçais conhecidos como
servos
• Era ESTAMENTAL: ou seja, não permita
ascensão social entre as classes. Assim, um
servo não poderia, em regra, ser
transformado num nobre
251. • As camada sociais eram estáticas, com papéis
rigidamente estabelecidos
252. • O clero era formado tanto por membros da
nobreza quanto das classes inferiores:
• O ALTO CLERO era formado pela NOBREZA
• O BAIXO CLERO era formado pelas CLASSES
INFERIORES ( vilões ou servos )
• Alto clero: Papa, Cardeais, Bispos, Arcebispos
e Abades
• Baixo clero: padres comuns ( párocos )
253.
254. 3. ECONOMIA E RELAÇÕES DE TRABALHO
• Economia natural, de subsistência, voltada
para atender as necessidades imediatas.
• Comércio ( em regra ): de baixa intensidade,
restrito a regiões próximas do feudo, a base
de troca, in natura
• Relações de trabalho: a classe trabalhadora,
em sua maioria, estava submetida à servidão
• Principais obrigações servis em relação aos
nobres: corveia, talha, banalidade.
255. • Corveia: obrigação do servo de trabalhar na
reserva senhorial ( terras do feudo reservadas
ao sustento do senhor feudal )
• Talha: entrega, para o senhor feudal, de parte
do que o servo produz para si na reserva
servil ( terras do feudo reservadas ao
sustento do servo )
• Banalidade: taxa paga ( em espécie ) ao
senhor feudal pelo uso de equipamentos ou
instalações produtivas do feudo. Ex: forno,
moinho
257. 4. O ISOLAMENTO COMERCIAL E CULTURAL EUROPEU
NA IDADE MÉDIA: RELAÇÃO COM O ISLAMISMO
258. (UNESP-2010) Com a ruralização, a tendência à
autossuficiência de cada latifúndio e as
crescentes dificuldades nas comunicações, os
representantes do poder imperial foram
perdendo capacidade de ação sobre vastos
territórios. Mais do que isso, os próprios lati-
fundiários foram ganhando atribuições
anteriormente da alçada do Estado. (Hilário
Franco Jr. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense,
1986. Adaptado.) A característica do
feudalismo mencionada no fragmento:
259. (A)o desaparecimento do poder militar,
provocado pelas invasões bárbaras.
(B) a fragmentação do poder político central.
(C) o aumento da influência política e financeira
da Igreja Católica.
(D)a constituição das relações de escravidão.
(E) o estabelecimento de laços de servidão e
vassalagem.
261. A IGREJA ( CATÓLICA ) NA IDADE MÉDIA
1. Instituição ( = organização ) de maior
influência na sociedade
2. Motivo: controlava a produção e a
reprodução do Conhecimento ( Ciência,
Filosofia, Arte ) e dos valores ( moral,
certo/errado )
3. CULTURA MEDIEVAL = TEOCÊNTRICA
A religião e o clero eram o centro de referência
para o Conhecimento, os valores e costumes
263. Clero: único segmento da sociedade que
conservou o domínio da escrita/leitura
Desta forma, o controle do Conhecimento ficava
assegurado pela Igreja Católica
264. Exemplo do teocentrismo medieval:
“E o sol se deteve, e a lua parou, até que o
povo se vingou de seus inimigos. Não
está isto escrito no livro de Jasar? O sol,
pois, se deteve no meio do céu, e não se
apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
(Jos 10, 13) “
BASE BÍBLICA PARA O GEOCENTRISMO
265. 4. Igreja Católica na Idade Média: fortemente
identificada aos interesses da nobreza
• Alto clero: formado por membros da nobreza
e dela recebia terras como doação
• O governo da Igreja estava sob o comando da
nobreza, nem sempre interessada na
dimensão espiritual e pastoral da vida
eclesiástica ( = do clero )
• Assim, por um longo período, o alto clero
deixou de ter interesse pelas necessidades das
camadas inferiores da sociedade
267. 5. HERESIAS MEDIEVAIS: movimentos de
contestação em relação ao clero. Exemplos:
• Cátaros: mesclavam ensinamentos do
cristianismo e do zoroastrismo ( antiga religião
persa ). Negavam, por exemplo, a existência
do inferno
• Valdenses: afirmavam que o clero estava mais
preocupado com sua riqueza do que com a
religião. Negavam o sacramento da penitência
e confessavam os pecados uns aos outros
268. 6. A ordem de Cluny:
• Movimento de monges que pretendeu conter
parte do relaxamento de costumes que se
instalou no clero
• Surgido na Abadia ( = mosteiro ) de Cluny, na
Borgonha ( França )
• Inspirava-se na Regra de São Bento ( monge
do séc. VI ), em que o monge deve consagrar
sua vida à meditação e ao trabalho
• Irradiou mais de 1.000 mosteiros pela Europa
271. 7. Reações do alto clero contra as heresias:
• Criação do Tribunal da Santa Inquisição:
tribunal eclesiástico que julgava e condenava (
as vezes à morte ) indivíduos acusados de
heresia
• Permissão para o funcionamento das Ordens
Mendicantes, desde que elas fossem
alinhadas ao comando do Papa
Ordens Mendicantes: grupos de religiosos
dedicados à assistência espiritual e social dos
mais pobres
276. 8. O CISMA DO OCIDENTE ( 1378 – 1417 )
• Período em que a Igreja Católica possuiu 2
papas: um era escolhido pelos reis franceses e
outro pelos cardeais italianos
• Cativeiro de Avignon ( 1309 – 1377 ): período
em que a sede do Papado deixou de ser Roma
e passou a ser a cidade francesa de Avignon
( causa do Cisma do Ocidente )
• Início do séc. XIV: escolha do Papa sob
pressões do rei francês Filipe, o Belo
277. • Para ter o Papa Clemente V perto de si, Filipe,
o Belo o sequestrou, levando-o para Avignon
• Durante cerca de 70 anos, a sede do Papado
deixou de ser Roma – fato que desagradou os
cardeais italianos e outros reis católicos
• Cisma do Ocidente: exemplo do quanto a
Igreja Católica medieval esteve vulnerável aos
interesses políticos da nobreza e da realeza
279. 1. Expedições de caráter religioso, político,
militar e comercial em direção ao Oriente Médio
e norte da África
•Interesses religiosos: retomar o controle de
Jerusalém para os cristãos ( interesse que
agradava aos Papas )
•Interesse político/militar: nobres sem feudo na
Europa viam nestas expedições a oportunidade
de saquear riquezas e obter terras fora do
continente
280. • Interesses comerciais: para os comerciantes,
as expedições representavam a oportunidade
de obter mercadorias orientais por preços
mais baratos e aumentar suas margens de
lucro
• Por outro lado, as Cruzadas serviram de
válvula de escape para a explosão
demográfica ocorrida no século XI
• Além disso, aliviaram o problemas sociais
decorridos do aumento populacional.
Exemplo: guerras entre nobres
281. 2. A 1ª Cruzada ( 1096 – 1099 )
• Convocada pelo Papa Urbano II, no Concílio de
Clermont ( França ), em 1095:
“Façamos que aqueles que estão promovendo a
guerra entre fieis marchem agora a combater
contra os infiéis e conclua em vitória uma guerra
que deveria ter se iniciado há muito tempo. Que
aqueles que por muito tempo tem sido foragidos,
que agora sejam cavaleiros. Que aqueles que estão
pelejando com seus irmãos e parentes, que agora
lutem de maneira apropriada contra os bárbaros.”
283. • Precedida pela Cruzada Popular ( dos
Mendigos ): o monge Pedro, o Eremita, reuniu
uma multidão de fiéis e partiu para o Oriente,
massacrando até mesmo judeus que viam
pelo caminho. Chegou a Constantinopla mas,
sem recursos, dispersou-se e apenas poucos
chegaram a se juntar aos cavaleiros da
Primeira Cruzada
• também conhecida como Cruzada dos Nobres
284. • chefiada por Godofredo de Bulhão e
Boemundo de Taranto ( nobres )
• atacaram, dominaram Jerusalém e fundaram
4 reinos feudais no Oriente: Condado de
Edessa, Principado de Antioquia, Condado de
Trípoli e o Reino de Jerusalém
• para defenderem estes reinos, a nobreza criou
ordens de monges cavaleiros, como OS
TEMPLÁRIOS, OS HOSPITALÉRIOS E OS
TEUTÔNICOS
287. • Convocada por Bernardo de Claraval (monge)
e Eugênio III ( Papa )
• Liderada por Luis VII ( França ) e Conrado III
( S.I.R.G. )
• Contou com o apoio dos Templários
• Fracassou ao tentar atacar a cidade de
Damasco
• Grupos de cavaleiros franceses, holandeses e
ingleses conquistaram Lisboa, a convite de
Afonso Henriques ( 1º rei de Portugal )
289. • Pregada pelo Papa Gregório VIII
• Liderada pelos reis Filipe Augusto ( França ),
Frederico Barba Ruiva ( SIRG ), morto ao
atravessar o rio Danúbio e Ricardo Coração de
Leão ( Inglaterra )
• Causa da Cruzada: defender Jerusalém,
tomada pelo sultão muçulmano Saladino
• Derrotados, negociaram a manutenção de
Chipre e Acre e a ida de peregrinos a
Jerusalém, desde que desarmados
290. 5. A Quarta Cruzada ( apelidada de Comercial )
291. • Convocada pelo Papa Inocêncio III, não teve
Jerusalém como destino
• Financiada por um rico duque de Veneza,
Enrico Dândolo
• Os participantes atenderam ao pedido de
Aleixo IV, imperador bizantino ( em disputa
com o tio Isaac II pela disputa do trono )
• Destino: a cidade de Constantinopla
(importante entreposto comercial no
Oriente ), transformada em reino latino
( cristão ) até 1261
294. • Pregada pelo Papa Inocêncio III
• Liderada por André II ( rei da Hungria ) e
Leopoldo VI ( duque da Áustria )
• Teve como estratégia o ataque ao Egito para,
depois, conquistar Jerusalém
• Não obteve sucesso em nenhum dos dois
objetivos.
296. Sexta Cruzada ( 1128-1229 ):
• Liderada por Frederico II ( imperador do SIRG )
• Ao invés de atacar Jerusalém, Frederico II
negociou com o sultão Al-Kamil ( sobrinho de
Saladino ) o controle de Belém e Nazaré na
Palestina
• Por defender a tolerância entre cristãos e
muçulmanos, Frederico II foi excomungado
pelo Papa Gregório IX
297. Sétima Cruzada ( 1248-1254 ):
• Convocada pelo Papa Inocêncio IV
• Liderada pelo rei Luis IX ( França ), levou
35.000 combatentes para o Egito
• Capturado, Luis IX foi libertado após o
pagamento de 800.000 peças de ouro,
livrando também todos os prisioneiros
cristãos
• Posteriormente, foi canonizado pelo Papa
298. Oitava Cruzada ( 1270 )
• Também liderada por Luis IX ( FRA )
• Alvos: o Egito e a Tunísia
• Fracassou nos dois objetivos
• Antes de regressar, Luis IX foi acometido pela
Peste Negra e morreu em Túnis
• Em 1497 foi canonizado pelo Papa Bonifácio
VIII
299. 8. Consequências das Cruzadas
• Objetivo religioso ( retomar Jerusalém ) não
foi atingido ( somente nas duas primeiras
Cruzadas )
• Principal consequência: retomada das
atividades comerciais de longa distância entre
Europa, Oriente Médio e norte da África,
provocando o chamado RENASCIMENTO
COMERCIAL E URBANOe gerando mudanças
no sistema feudal
300.
301. O RENASCIMENTO COMERCIAL E
URBANO ( séc. XIII – XV )
• Processo que marcou a retomada das
atividades comerciais entre Europa e Oriente
• Conhecido também como Pré-Capitalismo,
onde ocorre a transição do sistema feudal ao
sistema capitalista
• Marcado pela ascensão da burguesia ( classe
social dedicada ao comércio, artesanato e
atividades bancárias )
303. 1. O surgimento da burguesia
• burgos: edificações muradas e construídas
em torno de castelos, mosteiros ou no
cruzamento de estradas e rios
• Burguesia: buscava a proteção de senhores
feudais e membros do clero, estando
vinculada ao sistema feudal
306. 2. Organizações próprias da burguesia:
a)Corporações de Ofício ( ou Guildas )
• Associações de artesãos de um mesmo ramo
• Organizadas para impedir a concorrência
b) Hansas:
• Associações de comerciantes de uma cidade
ou região
• Organizadas para impedir a concorrência de
mercadores de outras regiões ou negociar
Cartas de Franquia com os senhores feudais
307. CARTAS DE FRANQUIA
Taxas pagas pela burguesia aos
senhores feudais em troca de
liberdade de atuação no interior dos
burgos
309. 3. Obstáculos impostos à burguesia pela
nobreza e clero:
• Pagamento de taxas de entrada ( “ pedágio “ )
de feudo para feudo
• Falta de segurança nas estradas e de uma
legislação criminal entre feudos
• Usura ( = empréstimo de dinheiro a juros ):
prática condenada como pecado pela Igreja
• Diferença de moedas, pesos e medidas entre
feudos
311. ( ENEM-2011 ) Se a mania de fechar, verdadeiro
habitus da mentalidade medieval nascido talvez
de um profundo sentimento de insegurança,
estava difundida no mundo rural, estava do
mesmo modo no meio urbano, pois que uma
das características da cidade era de ser limitada
por portas e por uma muralha.
DUBY, G. et al . “Séculos XIV-XV”.
In : ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada
da Europa Feudal à Renascença.
312. As práticas e os usos das muralhas sofreram
importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de
passagem ou pórticos. Este processo está diretamente
relacionado com:
A)o crescimento das atividades comerciais e
urbanas.
B)a migração de camponeses e artesãos.
C)a expansão dos parques industriais e fabris.
D)o aumento do número de castelos e feudos.
E)a contenção das epidemias e doenças.
314. FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS
NACIONAIS
1. Processo que levou à formação dos países
europeus, sob a forma de monarquias
2. Causa: aliança entre burguesia e reis
• burguesia: interessada em remover os
entraves ( = obstáculos ) impostos pela
nobreza e o alto clero
• Reis: interessados em recuperar poderes –
perdidos com a descentralização feudal
315. 3. Características gerais dos Estados Nacionais
• Centralização do poder em torno dos reis
• Reis: determinavam a padronização das
moedas, medidas, pesos, justiça, impostos,
gramática
• Fonte de poder real: Exército ( mantido com o
dinheiro dos impostos )
• Principal fonte de impostos: burguesia
• Papel da nobreza: serviço militar
• Papel do clero: ideológico ( aliado do rei )
316. Estado Nacional: rei forte, burguesia favorecida, clero e nobreza
aliadas e classes populares ignoradas
317. FORMAÇÃO DA MONARQUIA FRANCESA
• Principal exemplo de monarquia nacional
• 1ª dinastia: Capetíngea ( 987-1328 )
• 1º rei Hugo Capeto
• Principais reis:
- Filipe Augusto
- Luis IX
- Filipe, o Belo
318. 1. Filipe Augusto ( Filipe II ): 1180-1223
• Início da centralização política
• Formação de um Exército Nacional
• Expansão das fronteiras: domínio do norte da
FRA ( Normandia )
• Fontes de renda: Cartas de Franquia
2. Luis IX: 1226-1270
• Padronização da justiça, inspirada no Direito
Romano
• Adoção de uma moeda única
319. 3. Filipe, o Belo: 1285-1314
• Amplia a centralização
• 1302: cria os Estados Gerais ( = Parlamento ) e
aprova o pagamento de impostos pelo clero
• Conflitos com o Papa Bonifácio VIII
• 1303: Filipe, o Belo interfere na eleição de um
Papa francês ( Clemente V )
• 1309: rei da FRA “prende” Clemente V e muda
sede do Papado para Avignon e provoca, mais
tarde, o Cisma do Ocidente
320. FORMAÇÃO DA MONARQUIA NACIONAL
INGLESA
1. Primeira dinastia: Normanda ( 1066-1154 )
• 1º rei: Guilherme da Normandia – invade a
ING e vence Haroldo II ( último rei feudal /
anglo-saxão da ING )
• Cria os shires ( condados )
• Nomeia sheriffs ( funcionários do Estado –
arrecadação de impostos sobre nobres e
burgueses )
321. 2) 2ª Dinastia: Plantageneta (1154-1453 )
( principais reis )
a) Henrique II ( 1154-1189 )
• Cria um sistema judicial único no país
( Common Law )
b) Ricardo Coração de Leão ( 1189-1199 )
• Derrotas militares para os franceses ( disputa
pelo norte da FRA ) e aumento de impostos
• Afastamento por ocasião das Cruzadas
fortalece a nobreza feudal
322. c) João Sem Terra ( 1199-1216 )
• Derrotas para a FRA ( perde acesso para
Flandres ) na Batalha de Bouvines ( 1214 )
• Confisca e depois devolve terras do clero e
ganha ( oposição do Papa Inocêncio III )
• Aumento de impostos: descontentamento faz
nobreza e clero redigirem a CARTA MAGNA
( documento que limitava os poderes do rei )
• 1215: João Sem Terra assina a Carta Magna
( documento que inspirou a criação do
Parlamento ( 1295 )
323. GUERRA DOS CEM ANOS ( 1337-1453 )
1. ING X FRA ( vence )
2. Causas:
a) Disputa do trono francês
Filipe de Valois X Eduardo III
Sobrinho paterno de neto materno de
Filipe, o Belo Filipe, o Belo
324. b) Disputa sobre Flandres: maior centro europeu de
produção têxtil, sob domínio da FRA
325. 3. Sobre a guerra:
• Travada em solo francês
• Armagnacs ( franceses a favor da FRA – sul )
• Borguinhões (franceses a favor da ING - norte)
• 1315-1317: Grande Fome na FRA
( desnutrição e falta de higiene nas cidades )
• 1347-1350: Peste Negra
• 1358: Jacqueries ( revoltas camponesas )
• Até 1422: domínio inglês sobre 1/3 da FRA
326. • Rei Carlos VII ( 1403-1461 ), não reconhecido
pelos borguinhões: nacionalismo
messianismo
( Joana D’arc: 1412-1431 )
comanda tropas e conduz
Carlos VII ao trono da FRA
328. • 1430: captura de Joana D’arc pelos
borguinhões. Julgada pelo Santo Ofício e
executada em 1431
• 1453: Carlos VII vence a ING
4. Consequências da guerra:
• Consolidação da Monarquia francesa
• Enfraquecimento da nobreza e do
campesinato ( mortes )
• Fortalecimento da realeza francesa
• Eclosão da Guerra das Duas Rosas na ING
329. 5. Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 )
• Disputa pelo trono inglês
• Lancaster: nobreza feudal
York: nobreza “mercantil”
• Henrique Tudor: Lancaster casado com uma
York, vence a guerra e é coroado novo rei
( início da dinastia Tudor: 1485-1603 )
330. (FUVEST) No processo de formação dos estados
Nacionais da França e da Inglaterra, podem ser
identificados os seguintes aspectos:
a) Fortalecimento do poder da nobreza e
retardamento da formação do estado moderno.
b) Ampliação da dependência do rei em relação aos
senhores feudais e à Igreja.
c) Desagregação do feudalismo e centralização política.
d) Diminuição do poder real e crise do capitalismo
comercial.
e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o
Estado e a Igreja.
332. A CRISE DO SISTEMA FEUDAL
( Crise dos séculos XIV e XV )
•Guerras: diminuem o número de
nobres e fortalecem o poder real
•Peste: queda na produção servil;
conflitos servos X nobres; abre
brecha para o desenvolvimento
urbano ( burgos )
334. • Pandemia que matou 1/3 da população
europeia
• Causa: infecção causada pelo pasteurella
pestis ( bacilo alojado no couro cabeludo de
ratos )
• Origem: Ásia
• Relação com o renascimento Comercial e
Urbano e as péssimas condições de vida nas
cidades européias ( falta de saneamento /
subalimentação / Guerra dos Cem Anos )
336. • RELAÇÃO ENTRE PESTE E CRISE DO SÉC XIV ( =
crise do sistema feudal ):
# Peste: dizimou 1/3 da população ( maioria
camponeses )
# senhores feudais: submeteram servos a
corvéias mais prolongadas
# servos: revoltas camponesas ( mais mortes ) e
fuga para as cidades ( nova alternativa para os
servos – livres dos senhores feudais )
declínio das relações de produção feudais
337. FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS PORTUGUESA E
ESPANHOLA
1. Portugal: 1ª monarquia nacional européia
• séc. VIII-XV: Guerra da Reconquista na
Península Ibérica
reinos cristãos mouros
( feudais ) ( muçulmanos )
339. • Séc. XI: D. Afonso VI cede parte do reino de
Leão ao nobre francês Henrique de Borgonha (
em troca de auxílio contra os muçulmanos )
• Séc. XII ( 1140 ): Independência de Portugal
( promovida por Afonso Henriques, filho de
Henrique de Borgonha )
• 1140-1385: dinastia de Borgonha – expulsão
dos mouros e centralização política
PORTUGAL: precocidade como Estado Nacional
340. Séc. XIV: enquanto a Europa estava em crise, Portugal
prosperava no comércio litorâneo com os italianos
341. 1383-1385: Revolução de Avis
Reino de Leão e Castela tentam retomar o
controle do território português
João de Avis, nobre português, alia-se à
burguesia, vence Castela e é aclamado novo
rei. Início da Dinastia de Avis ( 1385- 1580 )
342. 2. Espanha:
• Também formada a partir da Guerra da
Reconquista
Reinos feudais uniram-se para combater
os mouros: Leão, Castela ( principais ),
Navarra e Aragão
• 1492: Isabel de Castela vence os
muçulmanos em Granada e completa a
unificação da ESP
343.
344. A CULTURA MEDIEVAL
1. Em poucas palavras: TEOCÊNTRICA
2. O teocentrismo medieval limitou o livre
progresso da Ciência, fator que identificou a
Idade Média aos termos “Idade das Trevas” e
“ Noite de Mil Anos”
3. Porém:
• Mesmo teocêntrica, a cultura medieval tem
suas relevantes expressões. Exemplos:
a) Arquitetura:
352. b) Filosofia/Teologia
• Principais pensadores: Santo Agostinho e
Santo Tomás de Aquino ( correntes diferentes
de pensamento )
• Agostinho: contra o Livre Arbítrio, incapaz de
levar o homem à Salvação. Base da doutrina
da Pre-Destinação.
• Aquino: a favor do Livre Arbítrio
Livre Arbítrio: capacidade racional de escolher
entre bem e mal, certo e errado
353. c) Economia
• Também influenciada pelo teocentrismo
• Temas como salário, preços e lucro. Exemplos:
• Usura = empréstimo a juros. Condenada pela
Igreja Católica por ferir o princípio de preço
justo
• Preço Justo: justo preço é aquele bastante
baixo para poder o consumidor comprar, sem
extorsão, e suficientemente elevado para ter o
vendedor interesse em vender e poder viver de
maneira decente.
355. (Fuvest 2008) Se, para o historiador, a Idade
Média não pode ser reduzida a uma “Idade das
Trevas”, para o senso comum, ela continua a ser
lembrada dessa maneira, como um período de
práticas e instituições “bárbaras”.
Com base na afirmação acima, indique e
descreva
a) duas contribuições relevantes da Idade
Média.
b) duas práticas ou instituições medievais
lembradas negativamente.