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SINOPSES DAS ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO ESPECIAL DE SÃO PAULO
CARNAVAL 2014

LEANDRO DE ITAQUERA
Enredo: Ginga Brasil! Futebol é Raça! Em 2014 a Copa do Mundo começa
aqui!
Ginga...
Dom abençoado pelos deuses.
Molejo único e criativo, inerente ao futebol-arte.
Jeito malandreado de se jogar bola.
Traço artístico e inventivo.
Instinto intransferível, e que só o brasileiro tem.
Fruto da miscigenação.
Do canto das três raças que multicoloriu o Brasil.
Destreza acumulada pela prática da capoeira e pela dança do samba.
Um jogo, de dribles, passes e inovações genuinamente nacionais, capazes de definir
o placar em uma só jogada.
Um saber, que afirmou para o mundo o estilo e a identidade brasileira.
Um jeitinho só nosso, o famoso jogo de cintura. Pra jogar bola a gente sempre dá
um jeito.
Aqui, qualquer espaço vira campo, qualquer pedra vira trave e qualquer bola serve
pra jogar. O amor do brasileiro pelo futebol, é inegável.
De norte a sul é paixão nacional!
Estudiosos no assunto tentam explicar, o que não cabe explicação.
A paixão pelo futebol é um amor puro. Puro no sentido de que nada mais
esperamos dele do que a alegria de ganhar um jogo. Ganhando ou perdendo, faça
chuva ou faça sol, lá vamos nós onde for preciso. Uma devoção sem fim!
E de onde vem esse sentimento?
É simples responder.
Antes do primeiro passo a gente dá o primeiro chute na barriga da mãe! O fascínio
vem desde criança. Quando ainda bebê, ganha a primeira bola. Primeiro tenta
pegá-la, mas ela rola.
Depois, bate sobre ela e a bola pula. Resolve apertá-la entre as mãos e, quando
menos espera, ela já escapou. A bola é o brinquedo que mais tem história no
mundo. É um convite ao movimento.
De tão simples, instiga a curiosidade, e de tão universal, promete interatividade. E
assim a brincadeira se basta. Na infância pegamos gosto por este esporte.
É quando escolhemos o nosso time do coração. No Brasil, toda criança sonha em
ser jogador de futebol. E vestir a camisa de um time é bem mais que se diferenciar
do adversário; simboliza pertencimento. Saudoso Charles Miller!
E lembrar que tudo isso começou quando ele trouxe a primeira bola, vindo da
Inglaterra.
Naquele tempo só a elite podia jogar. E não demorou muito pra se distanciar dela.
Em pouco tempo, a ginga negra e mulata encantava os gramados, goleando o tabu
do preconceito; mostrando a todos que jogar futebol exige força, coragem, espírito
de luta e determinação.
Futebol é raça! É show, espetáculo, onde cada clube tem seu ídolo, e os melhores
convocados para a seleção.
É nessa época, que os meios de comunicação começam a exercer uma grande
influência no esporte e na vida dos brasileiros.
Com uma seleção de super-heróis, veio a primeira vitória na Copa do Mundo de 58.
O fanatismo pelo esporte e a massificação já era um fato.
A convicção de que o Brasil joga o melhor futebol do mundo toma conta do povo, e
perpetua-se entre as futuras gerações.
É o país do futebol! Único presente em todas as Copas... Único, cinco vezes campeão
mundial.
Terra do rei Pelé! E, só de pensar que a Copa de 2014 será aqui no Brasil,...o
coração dispara.
A contagem regressiva já começou. Faça de sua casa um estádio lotado e de cada
vitória uma grande celebração!
Rezas, simpatias, amuletos... Saravá! Vale tudo, pra ouvir o grito de gol no ar!
Seremos 200 milhões de técnicos, e com a garra, força e vibração desta torcida,
seremos um jogador a mais nesse time.
E Itaquera dá o pontapé inicial, fazendo da paixão ao futebol, o enredo do nosso
carnaval!
E não pensem que os apaixonados são alienados.
Nós também exigimos mudança! Por um país mais justo, mais ético e varonil!
Um Brasil campeão!
Carnavalesco - Marco Aurélio Ruffinn

ROSAS DE OURO
Enredo: Inesquecível
ABERTURA: “O Milagre da Vida”
No grande ciclo da vida há sempre um começo, um meio e um fim.
Ao olhar para a trajetória percorrida, ponho-me a pensar sobre tudo o que vivi, o
que aprendi, o que conquistei, o que senti, o que me marcou e quais foram os
momentos inesquecíveis em minha história.
O princípio de tudo está no primeiro grande presente que ganhei, um Presente
Divino: O Dom da Vida.
Para anunciar a minha chegada e para me proteger nesta jornada, o Criador me
deu anjos. Eles comigo estarão por toda a vida, mas um deles terá um papel ainda
mais especial: o papel de minha mãe.
Caminhemos juntos neste túnel do tempo, para reviver os momentos
inesquecíveis.
Sob as bênçãos do Criador o “milagre da vida” vai acontecer no ventre desta
mulher. Criados à imagem e semelhança de Deus, iniciaremos nossa jornada
experimentando e sentindo a vida com nossos cinco sentidos, guardando os
momentos inesquecíveis em nossa memória e em nossos corações.
A primeira coisa que lembro, são as pessoas sorrindo pra mim, comemorando
minha chegada.
PRIMEIRO SETOR (Infância) “Tempo da Inocência”
Eu tinha sede de viver. Nem dormir eu queria!
Não me deixavam fazer tudo. Eu lembro que quando ficava muito contrariado,
chorava bem alto, e as únicas coisas capazes de acalmar minha frustração eram os
meus pertences inseparáveis: a chupeta e um paninho que eu arrastava por onde
fosse.
Viver era brincar... E por isso fiz de meus brinquedos meus fiéis companheiros.
Eu só os deixava meio de lado quando resolvia explorar novos lugares. Ah! Esta
minha sede de explorador, me colocou em grandes enrascadas!
A única coisa capaz de me deter era aquele ser assustador, um ser que na verdade
eu nunca vi, mas que minha mãe dizia estar ali por perto para pegar crianças
desobedientes... O Bicho Papão.
Havia tantas coisas para eu conhecer que se não fossem aqueles jogos de memória,
acho que não teria dado conta.
O dia mais inesquecível nesta fase de minha vida, foi meu primeiro dia de aula,
quando minha mãe me levou pelo braço para um lugar diferente, com pessoas e
crianças que eu não conhecia... E lá me deixou.
Lembro-me que chorei. No começo eu não curti a ideia, mas pouco a pouco me
acostumei e foi lá que, ao aprender a ler e escrever, pude me debruçar sobre o
caderno e sobre livros que me apresentaram histórias e personagens do mundo da
imaginação, que tanto me ensinaram e que jamais esqueci.
SEGUNDO SETOR (Juventude) “Em busca da Liberdade”
De repente uma explosão de energia aconteceu. Eu não me sentia mais uma
criança. Foi exatamente neste tempo que comecei a me tornar um tanto rebelde,
incorporei uma atitude mais “rock’n rool”, encontrei a minha turma e uma nova
forma de ser e de viver.
Minha mãe podia gritar meu nome, a casa podia pegar fogo, o mundo poderia
acabar, mas nada seria capaz de me fazer parar de jogar meu vídeo game bem no
meio de uma fase.
Lembro-me como se fosse hoje o dia em que dei meu primeiro beijo. Meu coração
parecia que ia sair pela boca!
Adquiri um gosto estranho por fortes emoções, especialmente por sentir medo,
adorava ir no trem fantasma e nas Noites do Terror dos parques de diversões, ao
mesmo tempo que sentia muito medo, me divertia assustando meus amigos.
Alguns momentos nesta fase de minha vida se tornaram marcos: os incríveis bailes
de debutantes e, sem dúvida nenhuma, o meu primeiro amor.
TERCEIRO SETOR (Maturidade) “Tempo de Conquistas”
Finalmente me tornei um adulto e a primeira coisa a fazer foi me tornar um
cidadão com identidade (RG, CPF , Carteira de Trabalho)! Porém, o que eu queria
mesmo tirar era minha CARTEIRA DE MOTORISTA , para colocar as mãos no
volante e sair pelas ruas tirando onda.
Por tanto tempo eu desejei ser grande, ser adulto... Justamente para poder fazer o
que quisesse e não precisar mais dar satisfações e explicações a ninguém. Este dia
chegou, mas logo descobri que a coisa não era bem assim... Junto com a liberdade,
vieram as responsabilidades.
Conscientizei-me que somos todos responsáveis pela preservação da vida neste
planeta. Foi assim que fui para as ruas protestar e lutar por justiça e pela
preservação da natureza. Afinal, juntos somos mais fortes.
Depois de tanto estudar, finalmente chegou o dia da minha formatura, eu e meus
pais ficamos muito emocionados, especialmente quando chamaram meu nome,
afinal, de alguma forma, aquela era uma conquista de todos nós.
Mesmo que eu não tivesse a exata ideia do passo que estava dando, um dos
momentos mais inesquecíveis que vivi foi quando finalmente eu disse: “Sim eu
aceito!”. (casamento)
Casar e formar uma família me fez amadurecer. Ao me tornar um adulto, olhei mais
para o mundo ao meu redor, interessei-me bem mais pelas notícias, porque
percebi que, de alguma forma, tudo o que acontecia em qualquer lugar do planeta
acabaria nos afetando de uma forma ou de outra.
Tornei-me um sentimental... Que, muitas vezes, chorou com as vitórias do meu
time e com as conquistas dos atletas brasileiros ao subirem no lugar mais alto do
pódio, fazendo ecoar nosso hino, tremular nossa bandeira, e crescer meu orgulho
de ser brasileiro.
QUARTO SETOR: (Melhor Idade) “Tempo de Lembranças”
Depois de ter percorrido um longo caminho, ponho-me a lembrar de músicas que
embalaram meus momentos marcantes, de filmes que me fizeram sonhar, de
novelas que me deixaram grudado da frente da tv, e dos cheiros e sabores daquelas
gostosuras que me fartei de comer na casa de minha avó.
Mas, sem dúvida nenhuma, as lembranças que mais emocionam são daquelas
pessoas únicas, que já partiram para uma nova “Viagem”, pessoas que souberam
fazer, de pequenos instantes, grandes momentos, e que deixaram para sempre seus
nomes escritos na história.
Como canta nosso Rei:
“Das lembranças que eu trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter, só
assim, sinto você bem perto de mim outra vez”
( Roberto Carlos)

Hoje, no palco do maior espetáculo da terra, a Sociedade Rosas de Ouro, que
também já marcou seu nome na história e em meu coração com tantos momentos
inesquecíveis no Carnaval Paulistano , quer te fazer um convite:
Vem viajar com a gente. Queremos saber o que te marcou!
Vamos juntos fazer mais um carnaval INESQUECÍVEL
O que foi inesquecível pra você?

X-9 PAULISTANA
Enredo: Insano
I – AGRADECIMENTOS
Ao presidente André dos Santos e toda a sua diretoria que apostaram nessa ideia.
Ao Jorge Miguel Nasser (Jucada) que me presenteou com essa possiblidade. À
Cidade de Franco da Rocha, representada por seu prefeito Sr. Francisco Daniel
Celeguim de Morais (Kiko), a Câmara Municipal de Franco da Rocha na figura de
seus vereadores em especial ao vereador Hugo Faria, o Guinho, que nos apoiou
desde o início nesse sonho, e a todos os parceiros envolvidos, pelo apoio. Doutor
Glauco Siríaco, Diretor de Saúde do Complexo Hospitalar do Juqueri, pela
contribuição com informações que foram fatais para o desfecho do nosso enredo.
Ao amigo Felipe Diniz Marinho pela pesquisa e texto que contribuíram para essa
sinopse. Ao Departamento Cultural do G.R.C.E.S. X-9 PAULISTANA que há meses
contribui com a pesquisa e agrupamento das ideias inseridas e apresentadas nesse
tema-enredo. Aos amigos Simone, Pedro e Kátia que há anos nos congraça com o
projeto Loucos Pela X e que nos ajudou na conclusão desse trabalho, sintam-se
homenageados. E não poderia esquecer de agradecer a todos os segmentos,
departamentos e comunidade da nossa querida X-9 Paulistana. Sem vocês não
seria possível entrarmos nessa batalha que a partir de hoje nos levará à grande
vitória! Que todos estejam representados nesse momento, pois quem carrega na
alma as cores verde, vermelha e branca de nossa escola se fará eternizado.
Avante família e que Deus nos guie por um caminho vitorioso com muita luz e
bênçãos!
II - JUSTIFICATIVA DO ENREDO:
Justificando o injustificável...
Partindo dos parâmetros das justificativas justas, justificamos aqui injustas
colocações e destrambelhados momentos da história de nosso insano planeta.
Defendemos os loucos e incompreendidos e provaremos que errados ou não,
certos estão.
Com o colapso mental aflorado, a X-9 Paulistana mostra que a diferença entre a
linha do mundo real e delírios criados pela mente nada mais é do que uma fantasia
secreta escondida dentro de cada um, um desejo que toma conta e se torna mais
forte do que a vontade do raciocínio lógico transformando pensamentos e criando
ilusões.
Analisando de outro ângulo, o que a história nos mostra através de seus fatos e
personagens é que o mundo que conhecemos hoje, pouco aproveitou das lições que
a vida nos deu. Tiranos entraram em cena, inocentes foram parar nas fogueiras e
praças e estátuas erguidas por ditadores em suas próprias homenagens.
O pensamento às vezes não compreendido pode estar em algumas situações a um
passo à frente da ignorância e da falta de entendimento gerando confrontos e
desconfortos. É preciso saber analisar, ver e observar cada ponto de nossa história,
estudar nossos artistas e adentrar em seu mundo colorido e distorcido. Ser
diferente é normal, é humano. Pois cada um de nós traz em seu DNA marcas
próprias que nos fazem ser quem somos e nos dá identidade, nos diferencia em
todos os aspectos, seja físico ou mental. A chave que guarda o segredo que pode
desdobrar e revelar a insanidade coletiva vivida por todos nós chama-se VIDA. Por
isto vivemos e retrataremos momentos e personagens ensandecidos retratados em
uma festa que faz com que a fantasia secreta de cada um já citado, aflore de vez,
justificando o injustificável neste momento de insanidade e alegria que damos o
nome de carnaval.
E como no livro de Machado de Assis “O Alienista”, ficamos na dúvida se os loucos
estavam dentro ou fora do nosocômio...
III – SINOPSE DO ENREDO:
“ A diferença entre um poema e um louco, é que o poeta sabe que é louco... Porque
a poesia é uma loucura lúcida.”
Mário Quintana
“Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia.
E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.”
William Shakespeare
Na mais pura alegria, sob a luz do carnaval, a força infinita e mística do
pensamento, da mente humana, deste que carrega a lembrança, a memória, a
herança de uma vida, e o verdadeiro dom de viver, dom de fazer a máquina
humana funcionar corretamente, apresentamos o nosso personagem principal do
nosso carnaval: o cérebro insano e seus devaneios.
Neste cenário louco e contundente abre-se o grande portal da insanidade que nos
leva a uma viajem aos confins da imaginação levando a mente humana de encontro
aos delírios do grande visionário Doutor Franco da Rocha, que através de sua linha
de pensamento nos apresentara insanas e loucas situações que serão reveladas ao
abrir as portas do templo da insanidade que de um delírio imaginário se tornou
real e hoje se consagra como Hospital Psiquiátrico de Juqueri. Quem pensa sob o
curto circuito emocional, é capaz de criar, é capaz de ousar e de aventurar-se em
mundos surpreendentes revelando estranhas histórias, divertidos e exóticos
personagens e situações inusitadas nas quais viajaremos rumo ao inexplicável.
Apresentamos a grande Epopeia da Insanidade, através de estórias encontradas na
história e pedimos passagem para que o Doutor Franco da Rocha receba
personagens que um dia fizeram da insanidade o seu cartão de visitas... Ilustres
Insanos são recebidos no Paraíso da Loucura apresentados pelo grande médico
visionário...
PRIMEIRO DELÍRIO: A MENTE EM ETERNO CONFLITO...
Que o corpo humano seja uma grande máquina, disso não temos dúvida... Essa
grande máquina humana, tem como o cérebro, o principal órgão e centro do
sistema nervoso, contendo cem bilhões de neurônios, ligados por mais de dez mil
conexões que geram força e energia. O verdadeiro HD humano, nosso Hard Disk, se
entra em conflito, gera total distúrbio e insanidade, e é justamente aqui que
começa a nossa viagem insólita pelo seio da loucura, mostrando o duelo entre os
neurônios, num conflito arlequinal.
O curto circuito mental toma conta da mente humana, é ali o grande momento
onde o ser se depara com a fronteira da racionalidade e a insanidade. Neurônios
ensandecidos promovem
uma descarga de informações reais ou não, que fazem deste carnaval a fronteira
entre o imaginário e o inconsequente.
O cérebro torna-se uma perfeita máquina de ilusões, capaz de criar delírios, ideias,
abstrações e sonhos. A viagem ao desconhecido nos revela imagens, cores e
formatos, palavras jogadas ao vento, onde o sentido não releva sua importância e
sim genialidade, nem sempre compreendida.
Compreender ou não este imenso turbilhão mental, a qual todos estamos sujeitos,
traz à tona o questionamento de que, se somos nós os loucos varridos ou se somos
os chamados “surtados”, os verdadeiros guardiões da realidade, presos em um
mundo onde a loucura reina em absoluto, em um dia de 24 horas onde os
ponteiros se entortam com o passar dos segundos, ilustrando uma imagem caótica
e distorcida da suposta realidade em que vivemos.
SEGUNDO DELÍRIO: ENTRE O CÉU E O INFERNO, A FÉ E A CIÊNCIA!
Chamas que não iluminam, que fecham as cortinas para a luz e abrem os caminhos
para a escuridão.
Temida por todos, a Santa Inquisição foi um poderoso instrumento que a Igreja
Católica desenvolveu para punir os ditos hereges que ousavam pensar, ver e ouvir,
espalhados em diferentes partes do mundo. A Inquisição reconhecia a loucura
como uma doença que afetava diretamente os “miolos”, os inquisidores não
afirmavam que se tratava exclusivamente de heresia. Este parecer não diferia
muito do conceito popular com respeito aos doidos, nem tão pouco dos médicos
que nesta época praticamente desconheciam doenças mentais.
Seriam insanas pessoas ligadas às artes, às ciências, à literatura onde tudo era
motivo para que as chamas da inquisição punissem àqueles que iam contra a
Palavra da Igreja.
A salvação pagã, vinha da palavra de Deus, bruxas, bruxos e hereges, deparavam-se
constantemente com seu destino final: a Santa Fogueira, que absorvia almas,
curava doenças e cobrava seus impostos.
Um tribunal temido, onde a Palavra condenava e a razão de seus chefes era medida
pelo seu estado de espírito.
Cabeças pensantes, pessoas a frente de seu tempo, grandes visionários, artistas,
estudiosos, grandes gênios, inseridos em padrões condenados como mentes
insanas, que atribuíam a elas o título de pessoas fora da razão, hereges
contagiosos, cuja única salvação era a própria morte ou o arrependimento de seus
pecados.
A ignorância, de uma época em torno das trevas, trazia ao profundo e controverso
cérebro humano, a agonia do saber, e mostrava que a vontade de pensar reprimida
era substituída, pela salvação por Paraísos Celestiais onde as portas estariam
abertas à todos que cumprissem seus deveres religiosos e estivessem em dia com a
poderosa e Santa Igreja, que via a ciência e o ato do livre pensar como profanos e
fora das Leis de Deus.
O cenário perfeito para que Deus e o Diabo convivessem lado a lado, pois não se
sabia ao certo se o bem se vestia com os trajes do mal ou se o mal se vestia com
mantos do bem.
Grandes personagens surgem nessa fase obscura, emergidos desse cenário
totalmente insano e desconfigurado de suas razões.
A Divina Comédia de Dante Alighieri, não seria tão engraçada aos olhos dos que
apontavam os impuros, e Joana D’Arc, seria considerada herege por falar a língua
dos Anjos, e queimada por chamas que não perdoaram sua coragem.
Imagens perturbadoras para uma época provocariam uma sociedade descontente,
Jeroen Van Aeken, mais conhecido por seu pseudônimo Hieronymus Bosh, ainda
nos dias de hoje intriga a todos com suas obras que impressionam.
Os mares azuis da verdade, trariam a tona, Cristóvão Colombo, que alegara que a
Terra era redonda, considerado um louco e ridicularizado por muitos estaria a
frente de seu tempo colocando a prova seu nome perante a história.
Os místicos olhos do futuro revelariam Nostradamus e sua Profecias que fizeram
com que todos o condenassem como um Bruxo. Galileu Galilei, e sua afirmação, de
que a Terra girava em torno do Sol provocaria a ira dos representantes de Deus,
que condenavam o fato de não serem e estarem no centro do universo.
A branca tela da imaginação daria lugar à “Nau dos Insensatos”, tingindo sua mente
com tenebrosas cores inspiradas na verdade.
Nas páginas do destino, Gil Vicente e seu fantástico “Auto da Barca do Inferno”
levaria a humanidade a uma viagem ainda questionada pelos críticos religiosos,
bem como Erasmo de Roterdã e seu tão moderno “O Elogio da Loucura” exaltando
os desprovidos da razão.
Em outras páginas o saber dava lugar ao medo, era o “Malleus Maleficarum” (O
Martelo das Bruxas), que ditavam as regras da Inquisição, se tornando a Lei Maior
de uma Idade de Trevas e medo onde a incoerência era o sobrenome da estupidez.
Superando uma verdade obscura e passando por cima de uma época, pensantes e
condenados pelas Leis Divinas, acendem a Luz da Razão, focando suas ideias, e
seus pensamentos, para um paraíso pessoal, para um mundo novo e cheio de vida,
onde a insana sanidade passa a ser tratada e não julgada a severas leis com atos de
loucura. O mundo renasce das cinzas...
TERCEIRO DELÍRIO: NO REINADO DA LOUCURA, CADA REI COM SUA MANIA!
O pensamento absolutista, vigente no contexto da Europa Moderna, defendia o
chamado “direito divino dos reis”. Na verdade, esses casos de “loucura real” são
registrados há bastante tempo e figuram em algumas estranhas páginas da história
de certas civilizações e reinados.
A que ponto a realidade passa a se tornar fantasia, e a que ponto a fantasia imita a
realidade?
A mente humana viaja, e cria mitos, a história revela o poder nas mãos de
desprovidos e audaciosos governantes que inspiram fantasias através de seu
lastimável estado mental.
Não basta reinar, o importante é acreditar na verdade oculta... A mesma Roma que
mais tarde seria devastada pela insanidade e incoerência de um, abrigou Hércules,
como seu grande e legítimo Imperador: loucura máxima de Marco Aurélio Cômodo.
As chamas insanas consumiram os neurônios do grande Imperador obcecado pelo
poder, que de seus caprichos condenou a história a um de seus capítulos mais
cruéis... “Ave Nero Imperador das Ilusões.”
Ao cair da noite, mitos e lendas se erguem dos túmulos... Poderia um corpo
inanimado ganhar vida e gozar de prazeres eternos ao consumir o sangue
humano? Entra em cena Vlad III, Rei Obscuro da atual Romênia, ou conde Drácula
para os que acreditam na imortal loucura de um sanguinário... O grande embalador
de seres humanos que ganhou sua imortalidade nos livros e cinemas, e ainda hoje,
arrebanha seguidores dispostos a manter suas ideias e seus conceitos em uma
prova viva que a insanidade atravessou os tempos, os séculos...
Na Inglaterra, George III, provou que a roupa não passava de uma simples
necessidade, ao passar a se despir em público e conversar com árvores, como se as
mesmas fossem outros reis e rainhas. Teve o fim de seu reinado no bosque real,
acompanhado de árvores e arbustos da mais alta realeza europeia.
Na França Louis XVI e Maria Antonieta, por suas insanas extravagâncias, revoltam
o povo francês que cansado de passar necessidades exige as cabeças dos Reis numa
bandeja. É a insanidade da realeza que os levam à guilhotina...
O ícone máximo da loucura, o mestre do abismo da intolerância, que montado em
seu cavalo branco, foi o símbolo de uma revolução... Conquistou fronteiras e
acreditou ter o mundo na palma de suas mãos... Napoleão Bonaparte, que perdeu a
guerra, mas ganhou a fama, sendo incorporado, ainda nos tempos modernos, por
malucos desconhecidos, internados eternamente na companhia do fantasma do
grande imperador.
E para quem achava que o poder é exclusivamente dos homens, e que a insanidade
não afetaria a realeza feminina, surge em terras brasileiras, certa Família Real
Portuguesa, fugidos da Europa, graças ao Imperador Napoleão... Na bagagem real, a
grande monarca Dona Maria I, ou para os íntimos, Dona Maria “A Louca”, surtada
ao ter seu império ameaçado por um louco ainda maior. Via fantasmas, tomava
banhos em praças publicas, tinha surtos psicóticos e foi mãe de D. João VI, que não
era louco, mas trouxe ao Brasil os mais variados e loucos costumes portugueses,
que geraram progressos mas também criticas ao cometer a “loucura” de levar
nossas riquezas...
Num passado não muito distante, não podemos esquecer do “Grande Ditador”, que
nunca foi um rei, mas sonhava ser o “Dono do Mundo” brincando de “Deus”...
Reis e Rainhas, Grandes Ditadores, que com suas insanidades entraram para a
História da Humanidade e são coroados no Real Império da Loucura...
QUARTO DELÍRIO: ILUSTRES MALUCOS BELEZAS NUM CENÁRIO SEM IGUAL!
Poderiam moinhos de vento, inspirar um escritor à criar um louco viajante,
acompanhado de seu fiel escudeiro, Sancho Pança, destinados à combater gigantes
e a salvar donzelas em apuros?
A grande dúvida surge, seria Dom Quixote De La Mancha a personificação oculta da
brilhante mente de Miguel de Cervantes?
Abrem-se as portas do questionamento, do imenso portal da imaginação, surge a
arte como espelho da vida, guiada por olhares desconfiados, se ergue em uma
plataforma incoerente , mas correta ao ponto de vista do artista, do estudioso ou
do curioso...
O livro se abre, e a infância desperta... A fantasia toma conta, e em torno a dragões
e viagens além do imaginário, a criança cria seu mundo bordado de ilusões e com o
doce sabor da vida. Um Chapeleiro Maluco, fruto da imaginação do escritor Lewis
Carroll, nos leva numa viagem insana a Um País das Maravilhas, que o gênio da
insanidade Tim Burton deu vida no cinema...
No Brasil, Ziraldo nos apresenta “O Menino Maluquinho”, e a panela na cabeça vira
o símbolo de um soldado infantil disposto a batalhar em defesa da imaginação.
“Quem luta com monstros deve velar, porque ao fazê-lo, não se transforme
também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o
abismo também olha para dentro de ti.” Sábias palavras de um filósofo considerado
um louco... Era o incrível e fascinante Friedrich Nietzsche.
Cores, gritos, e rostos desconhecidos, até mesmo deformados, que Van Gogh
presenteia a arte, com suas pinturas, enquanto Picasso destorcia a realidade
através de suas telas, o pincel virava a referência para que o talento se
transformasse em emoção ao fazer de uma simples tela branca, poesia em forma de
imaginação. Seraphine de Senlis, cumprindo ordens de seu Anjo da Guarda e da
Virgem Maria, começa a pintar. Fabricava suas tintas e muitas vezes suas próprias
telas... o castanho de sua obra muitas vezes são a própria terra; o vermelho, o
sangue de animais e às vezes o seu próprio. Tudo misturado com cera que
conseguia das velas da igreja. Quem a conhecia dizia: “quando saía do isolamento
do seu quarto, ia falar e abraçar as arvores e as flores.”, sua verdadeira fonte de
inspiração.
A ciência e seus cientistas loucos, ou loucos cientistas obcecados pelo saber? A
relatividade ganhou a resposta da equação quando Albert Einstein, deu a resposta
correta do que até hoje não sabemos ao certo o que é, com cabelos para cima e a
língua para fora, a imagem marcante do imortal aprendiz da sabedoria, símbolo da
genialidade humana.
Notas musicais emocionam a humanidade, e a imortalidade ganha os sons de um
maluco que não poderia ouvir sua própria obra, Beethoven faz do piano, seu
instrumento de contato com o lado não questionável da vida.
Um “maluco beleza” brasileiro, um roqueiro verde e amarelo, que foi a mosca na
sopa de uma época, e se fez símbolo de uma geração... Eternamente Raul Seixas,
que preferia ser uma metamorfose ambulante a ter aquela velha opinião formada
sobre tudo e que dizia ter nascido há dez mil anos atrás.
Nas mãos do sonhador Bispo do Rosário, a arte ganhou formas, numa cidade no
mínimo chamada de maravilhosa, a beleza de um louco que encantou e alucinou a
pensantes e entendidos, que enaltecem sua obra como insubstituível, e mesmo que
o juízo final não fosse fato, seu juízo afinal, estava além da nossa realidade.
Mas engana-se, quem pensa, que a loucura está restrita a pensamentos e à imortais
obras de artes, hoje com cifras inimagináveis, ela também pode ser encontrada nos
pilares da vida, por onde um dia um doce e solitário profeta nos revelou através de
uma flor: Gentileza gera Gentileza.
Obras de arte imortais, retratos das almas perturbadas, questionadas e
ridicularizadas, que fazem destas insones mentes insanas, hoje representantes, do
grande palco do “Theatrum Rerum Insanus”...
QUINTO DELÍRIO: JUQUERY – ANHEMBÍ – SAPUCAÍ... BEM VINDOS AO
PLANETA INSANO!
Mentes insanas, os insanos da folia, que hoje adentram Juqueri para fazer a festa
maior de um povo, de uma nação.
Com o orgulho de serem recebidos com as bênçãos do grande Doutor Franco da
Rocha o “Palácio da Loucura” ergue-se perante os mestres da folia que influenciam
as novas mentes carnavalescas.
Carnavalescos, uma raça festeira, colorida e incoerente, que viaja nas cores de um
pavilhão, para justificar um insano Planeta Carnaval, levando aos quatro cantos do
mundo seus delírios e devaneios, numa viagem alucinante...
De um simples ponto, a linha é traçada, formas e formatos são criados, mais tarde
cores deslumbram o branco cenário da mente tomada pelo encantamento
carnavalesco.
Uma arte popular que evoluiu em conceitos. Tornou o carnaval “academicamente”
popular, trazendo “Chica da Silva” e “Chico Rei” para os braços do povo. Foi
“Barroca”, se tornou “High Tech“. Contaram estórias que a história não nos contou,
mostrou que do “Lixo” se erguem reis e rainhas do “Luxo”, e com traços infantis
colorem o “Amanhã” de muita gente... Já foi oferecida com toques “Tropicalistas” e
“Siderais”, se rendeu ao “Mago das Cores”, que fez lágrimas apagarem as chamas
que acabaram com uma brilhante “Festa Cigana”. E fez das “Alegorias Vivas”,
verdadeiras obras de arte para o deleite do olhar de cada um, confundindo insanos
espectadores tomados pela paixão mostrando que o “Segredo” da loucura estava
no “DNA”.
Definindo tudo isto como uma louca viagem capaz de fazer o mundo maior do que
a lua, maior do que o sol, numa louca viagem aos confins das mentes de insanos
criadores, borrados de tinta e sujos pelo pincel da imaginação. Criadores capazes
de esfarrapar um “Cristo Redentor”, que em meio a mendigos, mesmo proibido
olharia por todos nós.
Criadores que nos levam a conhecer a história, montados em “Jegues e Camelos”,
levando “Índios Tupinambás e Tabajaras” a desembarcarem exoticamente na
França de “D. Catarina Di Médici” e do “Rei Sol”, saudados por nobres leques verde
e amarelo.
Explodindo “bombas através de mãos que fazem o samba” mostrando que todas as
“Criaturas”, podem um dia tomar o lugar do “Criador”, numa “Delirante Confusão
Fabulística”.
Divinos criadores que nos oferecem momentos de emoção, vividos e revividos por
todos nós.
Mas é quando a “Liberdade” nos abre as asas e enxergamos o futuro em belíssimas
combinações de cores, retornando a uma terra distante invadindo com forró e
xaxado o lar de quem um dia sonhou em vencer...
Tropical, colorido, indígena com pés no chão ou com patins, seja lá como for levam
abacaxis, cajus, bananas... e ainda criam cidades ou lugares que nunca existiram.
Criadores que voltam a ser criança, atravessando o mar da alegria, na sutileza do
amanhecer derramam lágrimas de saudades em um uni-duni-tê inesquecíveis para
quem um dia viu o sol beijando a lua.
Mas como decifrar mentes tão conturbadas? Mas como decifrar mentes
carnavalescamente indecifráveis? Mentes sem limites capazes de delirar em cima
de uma mesa apenas com uma folha de papel e uma caneta? O DNA precisava ser
revelado e qual seria a resposta?
A resposta seria a mente insana de mais um louco-arlequinal incompreendido, que
fazia do que ouvia, imagens do que sentia. Um louco abstrato capaz de colocar o
carnaval em um tabuleiro, jogando suas peças para o ar, virando totalmente de
cabeça pra baixo toda uma tradição alegórica. Diagnosticado com uma estranha
mania de arrepiar, revelou seu segredo, levando almas e desembarcando a realeza
em terras de ninguém que por fim em meio a trovoadas foi visto estranhamente
evocando deuses nórdicos em uma avenida chamada Sapucaí, ou até mesmo
Anhembi.
Compreender não é possível! Questioná-los não é indicado! Se a saúde mental
destes estranhos ou loucos carnavalescos não anda bem, o uso aproveitado de suas
funções podem causar problemas gravíssimos e nesta noite de folia a X-9 adverte:
Mentes insanas podem causar títulos e vitórias à sua agremiação, use e abuse sem
moderação.
Este louco caminho do carnaval promove o encontro da alegria onde mestres do
carnaval se rendem aos mestres do amor!!!
É o encontro de médicos que trocam seus estetoscópios por confete e serpentinas,
enfermeiros e enfermeiras que se fantasiam de arlequins, pierrôs e colombinas, e
pacientes que se misturam novamente à vida e à alegria...
A terapia do sorriso é aplicada e o mundo se torna colorido onde os sons dos
sentimentos ecoam pelos ares.
Aplausos ao grande Doutor Franco da Rocha e ao projetista Ramos de Azevedo que
modernizaram todo um conceito, fazendo o Juqueri o Templo da Insanidade que
recebe hoje os célebres insanos das estórias de nossa História...
Com o reconhecimento mundial já alcançado, a consagração maior se faz presente
nesta festa que hoje recebe o nome de Maior Espetáculo da Terra, onde a ordem é
brincar, sambar, amar e se divertir como um louco apaixonado pela vida, que fez
em via e doou-se de coração...
Obrigado Doutor Franco da Rocha! Hoje levamos o Anhembi e a Sapucaí, Templos
Maiores do Maior Espetáculo da Terra, para dentro do Juqueri, e mostramos ao
insano mundo dominado pelos ponteiros dos relógios politicamente corretos, que
de carnavalesco e louco todos temos um pouco...
FIM
VI – PONTOS CONSIDERADOS IMPORTANTES
1. DOUTOR FRANCO DA ROCHA
2. NEURÔNIOS EM CONFLITOS
3. MENTE SÃ E MENTE INSANA
4. O CÉREBRO E A MENTE EM ETERNO CONFLITO
5. DIVINA COMÉDIA DE DANTE AGLIGHIERI
6. JOANA D’ARC E INQUISIDORES
7. NOSTRADAMUS
8. MALLEUS MALEFICARUM
9. CRISTOVÃO COLOMBO E A TERRA REDONDA
10. GIL VICENTE E O AUTO DA BARCA DO INFERNO
11. ESRASMO DE ROTHERDÃ E O ELOGIO DA LOUCURA
12. GALILEU GALILEI E A TERRA GIRANDO EM TORNO DO SOL
13. NAUS DOS INSENSATOS: ENTRE O CÉU E O INFERNO
14. NERO
15. VLAD III
16. GEORGE III
17. REI LOUIS XVI E MARIA ANTONIETA
18. NAPOLEÃO BONAPARTE
19. MARIA I A RAINHA LOUCA
20. O GRANDE DITADOR
21. O REAL IMPÉRIO DA LOUCURA...
22. DOM QUIXOTE DE LA MANCHA
23. ALBERT EINSTEIN
24. BEETHOVEN
25. VAN GOGH E SÉRAPHINE DE SENLIS
26. RAUL MALUCO BELEZA
27. BISPO DO ROSÁRIO
28. GENTILEZA GERA GENTILEZA
29. O MENINO MALUQUINHO
30. THEATRUM RERUM INSANUS
31. ACADEMIA DA LOUCURA – TRIBUTO A FERNANDO PAMPLONA,
ARLINDO RODRIGUES E MARIA AUGUSTA
32. LOUCURA TRÓPICO-SIDERAL – TRIBUTO A FERNANDO PINTO
33. LOUCURA DO LIXO AO LUXO – TRIBUTO A JOÃOZINHO 30 E VIRIATO
FERREIRA
34. LOUCURAS HIGH TECH – TRIBUTO A RENATO LAJE
35. LOUCURA BARROCA – TRIBUTO À ROSA MAGALHÃES E MAX LOPES
36. O SEGREDO DA LOUCURA ESTÁ NO DNA – TRIBUTO A PAULO BARROS
37. JUQUERI – ANHEMBI – SAPUCAÍ: OS REIAS TEMPLOS DA INSANIDADE
CULTURAL
V- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A X-9 Paulistana, consciente de seu papel dentro do cenário do carnaval paulistano,
dará neste momento o “pontapé” rumo mais um trabalho preocupada com os
valores culturais, pois acredita que o carnaval é e sempre será uma porta aberta
para expressarmos os valores e a riqueza do povo brasileiro.
Desde já, agradecemos todos os compositores pelo carinho e confiança em nosso
trabalho, pois temos certeza que, juntos, faremos uma parceria de sucesso, unindo
a concepção plástica e artística com a poesia e o lirismo.
Boa sorte a todos e que vença o melhor, pois sabemos que esse melhor será o
melhor para a X-9 Paulistana e o melhor para a cultura e o carnaval.
EDSON ANDRÉ DOS SANTOS
PRESIDENTE
FLÁVIO CAMPELLO
CARNAVALESCO
ADAMASTOR
DIRETOR DE CARNAVAL

DRAGÕES DA REAL
Enredo: Um Museu de Grandes Novidades!
A Dragões da Real faz um passeio por um museu inusitado – o museu das grandes
novidades. Não faz muito tempo, eram inovações que tiveram evolução, e
plasmaram a época em que vivemos.
No meu tempo, curso obrigatório era de datilografia. Imprescindível, para
qualquer trabalho, porque no meu tempo, os computadores eram enormes e só
servia a alguns privilegiados. A maioria dos escritórios funcionava mais ou menos
da mesma maneira que no começo do século. Arquivos de metal, máquinas de
escrever, papel carbono e memorandos faziam parte do dia a dia.
No meu tempo uma máquina elétrica era o máximo do chiquê.
No meu tempo não tinha telefone celular, aqui no Brasil. Nos filmes de seriado, os
atores falavam em telefones, nos carros, quase uma ficção cientifica. Os celulares
existiam, mas tinham o tamanho de uma caixa de sapatos.
No meu tempo vitrola não chamava mais vitrola, mas se chamava som. Ainda
existiam discos de vinil mas a modernidade era tocar cds. Eu ouvia os cds da Rita
Lee, da Blitz, do Cazuza. Um toca-fita instalado no carro era comum, mas um tocacd era o auge da sofisticação.
Meu pai ia a boate, mas eu, ia a discoteca e me acabava dançando a noite inteira.
A Sonia Braga apareceu numa novela, elegantérrima , de meia de lurex e sandália,
dançando numa discoteca. No meu tempo, meia com sandália não era cafona.
No meu tempo o homem foi a Lua, se não tivesse ido, o famoso “ moonwalker” do
Michael Jackson não existiria. Marcou presença tambem o “Thriller”,o melhor
video clipe já produzido até hoje.
No meu tempo, menina brincava de boneca e menino brincava de boneco. As
meninas tinham as Barbies e Suzies e os meninos brincavam de Falcon, de Batman,
de Super Homem, o homem de seis milhões de dólares tinha até uma lente de
aumento no olho, um olho biônico.
O “genius” foi o primeiro brinquedo eletrônico que fez grande sucesso com a
molecada, que hoje se concentra em jogos de vídeo games.
No meu tempo, menino e menina brincavam também com os mais de 500 bonecos
do playmobil e para endoidar a cabeça, nada mais nada menos que o “cubo
mágico”.
Embora o Monteiro Lobato não fosse dessa época, seus personagens habitavam a
minha televisão. Todo dia, de manhã e a tarde, as crianças se encantavam com as
aventuras da Emilia, do Visconde, do Pedrinho e da Narizinho. E a Xuxa tinha uma
nave espacial, cheia de luzes piscando, que soltava fumaça e decolava no final do
programa.
No meu tempo não tinha tv a cabo, mas tinha tv colorida. A gente podia gravar
programa na tv com gravador de video cassete, e todo mundo era socio de locadora
e podia assistir aos filmes que quisessem em casa.
No meu tempo o cinema era as 2,4,6,8 e 10 hs ,e só vendia bala ou chocolate. A
pipoca vinha da carrocinha estacionada na entrada.
Fizeram o maior sucesso os filmes Guerra nas estrelas, Indiana Jones, Blade
Runner, Et – o extraterrestre, Flash Dance e o aterrorizante Brinquedo assassino.
Os enlatados faziam sucesso – entre eles se destacavam – o Incrivel Hulk, um
brutamontes verde, na verdade um cientista que sofria transformação quando se
enraivecia, além da Mulher Maravilha, e as panteras, cujos penteados eram
copiados a exaustão.
No tempo do meu pai, comedia brasileira era com Oscarito e Grande Otelo. No meu
tempo,era com Os Trapalhões, que batiam recorde de bilheteria.
No meu tempo todo mundo jogava na loteria esportiva, na esperança de dias
melhores. A zebrinha anunciava os resultados, no domingo a noite.
No meu tempo também, todo mundo via novela, O reino de Avilã era uma parodia
sobre o Brasil, e quem foi mesmo que matou Odete Roitman? E a viuva Porcina
fazia sucesso com seus exageros.
O Carnaval começava a se estruturar, nos moldes contemporâneos. Afinal, Chico
Buarque já cantava.... Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Rosa Magalhães
Enredo baseado em artigo de Arthur Xexéo ( sobre lembranças de anos anteriores)

ACADÊMICOS DO TUCURUVI
Enredo: Uma Fantástica Viagem pela Imaginação Infantil!
Sinopse não disponibilizada no Site da Escola!

VAI-VAI
Enredo: NAS CHAMAS DA VAI-VAI. 50 ANOS DE PAULÍNIA

BRASIL EM BUSCA DO NOVO
FIM DA ESCRAVIDÃO! ACABA A MALDIÇÃO DA COR. A "LEI ÁUREA", "FEITA DE
OURO", "RESPLANDESCENTE", É ASSINADA! OS NEGROS ESTÃO LIVRES E
SONHANDO COM UMA VIDA NOVA , COM ESPERANÇAS INFINDAS. ENCERRA-SE O
CICLO DA EXPLORAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DO NEGRO E INICIA-SE OUTRA
RELAÇÃO COM O IMIGRANTE. É O PAÍS PASSANDO POR MUDANÇAS, EM BUSCA
DE UM NOVO BRASIL E DE UM NOVO BRASILEIRO QUE SE DEPARA COM O SONHO
DE UMA VIDA LIVRE, NUM MUNDO REPLETO DE POSSSIBILIDADES E AMBIÇÕES
QUE APOIAM AS MUDANÇAS.
É PROCLAMADA A REPÚBLICA POR MARECHAL DEODORO DA FONSECA.
O BRASIL HASTEIA SUA NOVA BANDEIRA A CENTELHA DA TRANSFORMAÇÃO
INCENDEIA E SE PROPAGA POR UMA REGIÃO QUE FICA ENTRE DOIS RIOS O
JAQUARI E O ATIBA IA, NA FAZENDA FUNIL, NO ESTADO DE SÃO PAULO.
A NOSSA HISTÓRIA COMEÇA AQUI!
HISTÓRIA ESSA QUE SERÁ CONTADA E CANTADA ENTRE AS ASAS DA LIBERDADE
NO BERÇO EXPLENDIDO DOS BARÕES DO CAFÉ. O PODER ECONÔMICO SURGE
POR ENTRE CHAMAS DA LOCOMOTIVA A VAPOR DA ESTRADA DE FERRO
FUNILENSE QUE TRANSPORTAO FUTURO NESSE SOLO, COM A BENÇÃO E
PROTEÇÃO DE SÃO BENTO "AFASTANDO ESSE BICHO PEÇONHENTO, ÁREA DE
MUITAS COBRAS".
SURGE O VILAREJO QUE, NO SEU EXPANDIR, SE VÊ OBRIGADO A TRAZER PARA O
TRABALHO A MÃO-DE- OBRA DOS IMIGRANTES - OS ITALIANOS.
ESSES TRABALHADORES QUE FUGIAM DA MISÉRIA VINHAM, UNS SOZINHOS E
OUTROS COM TODA FAMÍLIA, PARA O NOSSO BRASIL, TERRA DO ALGODÃO,
CAFÉ, CANA DE AÇÚCAR, MILHO, CÍTRICOS, TERRA DE PROMISSÃO, ÉDEN DO
BEM ESTAR, E DA FARTURA. RECOMEÇARAM DO
NADA, COM CORAGEM ALEGRIA E SIMPATIA, MESMO COM AS DIFICULDADES DA
LÍNGUA E DA CULTURA. ERA O EMBRIÃO QUE DAVA VIDA A UM NÚCLEO
URBANO MODES TO E QUE HOJE É UM IMPORTANTE MUNICÍPIO DO INTERIOR
PAULISTA.
O TEMPO PASSOU... A CANA DE AÇÚCAR TRAZ A ESPERANÇA COM SEUS CAMPOS
VERDEJANTES E, COM ESSA ESPERANÇA, APARECE A INDÚSTRIA DO ÁLCOOL
ETÍLICO DO BRASIL.
TEMPOS DE GUERRA NA EUROPA.
OS TEMPOS SE TORNAM DIFÍCEIS...
O VILAREJO ENCONTRA SUA EMANCIPAÇÃO E, EM 28/02/1964, COMEMORA COM
FESTA, MÚSICA, DANÇA E UM GRANDE CARNAVAL PELAS RUAS SEU STATUS DE
MUNICÍPIO.
SURGE PAULÍNIA QUE HOJE COMEMORA 50 ANOS DE VIDA NAS CHAMAS
CALOROSAS DESSE DESFILE DA VAI-VAI.
OS TEMPOS SE TORNAM MAIS DIFÍCEIS...
O PAÍS VIVE UMA DITADURA MILITAR, COM MUITAS LUTAS E MUITA
INSTABILIDADE, NESSES ANOS DE CHUMBO, ANOS CINZENTOS, UMA NOVA
CENTELHA DE VIDA DÁ O GRANDE SALTO DE PAULÍNIA: É INSTALADO O MAIOR
PARQUE PETROQUÍMICO DA AMÉRICA LATINA. APARTIR DAÍ, SURGE COM
TODOS OS CHOQUES AMBIENTAIS E COM UMA NOVA CULTURA, O QUE VAI
MUDAR TOTALMENTE ESSE NOVO BRASILEIRO... DEPOIS DA EMANCIPAÇÃO O
CRESCIMENTO DE PAULÍNIA, TANTO DO PONTO DE VISTA DEMOGRÁFICO
QUANTO ECONÔMICO E CULTURAL, FOI VERTIGINOSO.
A GRANDE MIGRAÇÃO DE PEÕES OCORREU EM BUSCA DO TRABALHO NA
CONSTRUÇÃO DA REFINARIA. A MAIORIA DELES ESTABELECEU MORADIA E
NOVAS FAMÍLIAS SE FORMARAM.
DE RETALHO EM RETALHO SE FAZ O TECIDO DE UMA HISTÓRIA DE NOVAS
POLÍTICAS E DE CULTURA PÚBLICA.
OUTROS TIPOS DE PREOCUPAÇÕES SURGEM PARA PROTEÇÃO AMBIENTAL,
CULTURAL E TAMBÉM PARA DESENVOLVER AS NOVAS NECESSIDADES
DESSA POPULAÇÃO QUE SE TORNAVA BEM SUCEDIDA, NESSES NOVOS TEMPOS.
CAMINHOS DIFERENTES PARA A FORMAÇÃO DESSE CIDADÃO CONSCIENTE SÃO
CALCADOS NA CULTURA QUE COMEÇA A ESPELHAR PARA O PAÍS,
COM A CHAMA DO SABER E DA EDUCAÇÃO.
HOJE PAULÍNIA NO MEIO DO PROGRESSO E CULTURA É UMA CIDADE MARCADA
POR UM GRANDE DESENVOLVIMENTO, MOVIDA PELO DESAFIO DE PROMOVER A
ENERGIA CAPAZ DE IMPULSIONAR O DESENVOLVIMENTO E GARANTIR O
FUTURO DA SOCIEDADE COM COMPETÊNCIA, ÉTICA, CORDIALIDADE E RESPEITO
À DIVERSIDADE. VAMOS PASSAR POR PAULÍNIA E CONHECER TUDO DE
AGRADÁVEL E IMPORTANTEQUE NOS
OFERECE NO SETOR DE MÚSICA, TEATRO, DANÇA FESTIVAIS, TECNOLOGIA E
ESPORTES. A META É TER CULTURA E FAZÊ-LA SER UMA SEGUNDA FONTE DE
RENDA DA CIDADE.
DESDE ÉPOCA DA EMANCIPAÇÃO, O FUTEBOL COMPARTILHADOCOM O BOCHA,
SEMPRE FORAM OS ESPORTES MAIS POPULARES DE PAULÍNIA E,
ATÉ OS DIAS ATUAIS, ONDE OS JOGOS DESPORTIVOS DOS TRABALHADORES
FAZEM SUCESSO NA CIDADE. PAULÍNIA TEM TRADIÇÃO NO BICICROSS COM UMA
DAS MELHOES EQUIPES DO BRASIL. OUTROS ESPORTES SÃO POPULARES NA
CIDADE, COMO O BASQUETE, O
HANDEBOL E O VOLEIBOL. A PREFEITURA E O PARQUE INDUSTRIAL DE
PAULÍNIA SÃO OS GRANDES INCENTIVADORES DOS ESPORTES, CULTURA E
LAZER QUE CADA VEZ MAIS SURPREENDE A REGIÃO E MOSTRA A COMPETÊNCIA
NA EDUCAÇÃO, TENDO SIDO OS PRIMEIROS A FORMAREM A BIBLIOTECA
VIRTUAL ONDE, EXPRESSIVO NÚMERO DE ALFABETIZADOS TEM ACESSO
GRATUITO A INTERNET, AO FUTURO E A UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA.
ENTRE AS MAJESTOSAS COLUNAS GREGAS DO TEATRO MUNICIPAL DE PAULÍNIA
VEMOS NASCER O GRANDE IDEAL DESSA ARTE QUE DESPERTA
NO SEU POVO O MELHOR DE SUA ESSÊNCIA: A SUA LIBERDADE DE EXPRESSÃO,
ASAS À SUA IMAGINAÇÃO, A ÉTICA E O RESPEITO À
CIVILIZAÇÃO.
O TEATRO, A DANÇA E A MÚSICA SÃO A GRANDE MISSÃO DA SECRETARIA DA
CULTURA DE PAULÍNIA NO SENTIDO DE AMPLIAR, ATRAVÉS DE CURSOS DE
MÚSICA, DANÇA E REPRESENTAÇÃO, O INTERCÂMBIO CULTURAL E
EDUCACIONAL LIGANDO A ARTE ENTRE ALUNOS, PROFESSORES E FUTUROS
PROFISSIONAIS DA CIDADE, FORMANDO O CIDADÃOCAPAZ DE PARTICIPAR DA
VIDA CULTURAL E CRIANDO UM NOVO PÚBLICO COM
GOSTO PELA CULTURA.
"LIBERDADE, LIBERDADE", TEXTO DO JORNALISTA MILLOR FERNANDES,
MONTADO PELOS ALUNOS DO DEPARTAMENTO DE TEATRO DURANTE A
SEMANA DA CULTURA NEGRA, É UMA DAS GRANDES VITORIAS DA ARTE.
PAULÍNIA A MAGIA DO CINEMA
O POLO DE CINEMA VEM CADA VEZ MAIS SE FIRMANDO NO CENÁRIO NACIONAL
E, COM GRANDES PRODUÇÕES DESSA NOVA GERAÇÃO DE CINEASTAS, ESTÃO
SENDO FORMADOS PROFISSSIONAIS NAS MAIS DIVERSAS ÁREAS. NOS ÚLTIMOS
FILMES, FORAM USADOS A PRÓPRIA
POPULAÇÃO DA CIDADE PARA ATUAR COMO FIGURANTES. ALGUNS DOS FILMES
PRODUZIDOS: O MENINO DA PORTEIRA/ SALVE GERAL / O HOMEM DO FUTURO
/ A BUSCA / O PALHAÇO.
COM O DESENVOLVIMENTO DO POLO E OS PRIMEIROS FILMES QUE FORAM
RODADOS NA CIDADE, ERA NATURAL QUE A SECRETARIA DA CIDADE CRIASSE
UM ESPAÇO PARA O ENCONTRO E A TROCA DE EXPERÊNCIAS: "PAULÍNIA
FESTIVAL DE CINEMA" QUE DEPOIS DE ALGUMAS EDIÇÕES ESTÁ CHEGANDO AO
TOPO DOS FESTIVAIS DE CINEMA DO PAÍS.
ELE VEIO PARA FICAR!
O POLO DE CINEMA TEM MUITO QUE SE ORGULHAR DE ESTAR JUNTO COM AS
PRODUÇÕES BRASILEIRAS NOS GRANDES FESTIVAIS DE CINEMA
PELO MUNDO, OSCAR, CANNES, BERLIM E NESSE CARNAVAL, PREMIANDO E
SENDO PREMIADO PELAS CHAMAS DA VAI-VAI.
PAULÍNIA É UMA CIDADE DE SONHADORES, GENTE QUE INVENTA UM MUNDO
MAIS BONITO, MODERNO, SUSTENTÁVEL, RECICLADO, QUE CUIDA DA CULTURA,
FORMANDO PESSOAS CULTAS, FELIZES E PERSISTENTES E QUE NÃO SEGUEM O
CAMINHO COMUM: TRILHAM SEUS SONHOS. CONSTROEM CONHECIMENTOS QUE
INTEGRAM O CURRÍCULO ESCOLAR DANDO INFORMAÇÕES SOBRE CINEMA,
TEATRO E MODERNIDADE.
ENSINA COMO CONVIVER COM AS DIFERENÇAS E AUTONOMIA NECESSÁRIA
PARA COMPREENDER O MUNDO A SUA VOLTA COM CRITICIDADE INERENTE AOS
CIDADÃOS CONSCIENTES DE SEUS DIREITOS E DEVERES. ESSA É A ESSÊNCIA
DESSA POPULAÇÃO EM FORMAÇÃO, JOVENS CRÍTICOS QUE SABEM REIVINDICAR
COM RESPONSABILIDADE E MUITA PAZ. SINAL DE UMA SOCIEDADE MELHOR.
PAULÍNIA ESTÁ FORMANDO CIDADÃOS PREPARADOS PARA OS DESAFIOS DO
MUNDO, UM NOVO BRASIL NAS MÃOS DESTE NOVO BRASILEIRO.
Chico Spinosa
TOM MAIOR
Enredo: FOZ DO IGUAÇU: DESTINO DO MUNDO – SINFONIA DAS ÁGUAS EM
TOM MAIOR

O som que se ouve na mata a murmurar
É a voz nativa que a lenda fez surgir
Dizem que um dia os olhos da bela Naipi
Encontraram os do bravo guerreiro Tarobá
E do encontro explodiu um grande amor
Que geraria ódio, ciúme e muita dor
Pela ira do inimigo despertar

Pois Naipi havia sido prometida
A M’Boi, o terrível deus serpente
Que destruía tudo pela frente
Era a forma de vida mais temida
Mas o que fazer diante da ameaça?
Para escapar dessa eminente desgraça
Fugir pelo rio Iguaçu era a saída

Os amantes partiram conforme planejado
Mas o poderoso monstro os descobriu
M’Boi com toda fúria ali abriu
Diversas fendas sobre o rio navegado
Dizem que assim nasceram as cataratas
Naipi virou rocha entre as cascatas
Foi Tarobá em palmeira transformado

A lenda que ali fez a morada
Traduz todo o poder da natureza
É o mito que explica tal beleza
De uma paisagem que de fato é encantada
E a passarada que ali entoa um canto
É a trilha sonora do espanto
Do espanhol pioneiro na empreitada

Mais tarde veio a ocupação
Um pedacinho cá na terra lá do céu
As águas que formaram um imenso véu
Abençoaram os habitantes desse chão
De muitas terras vieram imigrantes
Gente de países tão distantes
Fizeram de Iguaçu o seu rincão

“Nos rios se confundem as nações”
Como canta em louvor seu belo hino
É brasileiro, paraguaio e argentino
A mistura onde se banham os pavilhões
E ergue com orgulho a bandeira
De exaltação à tríplice fronteira
Mas é verde e amarelo o seu destino

Assim como é brasileiro de verdade
O jeitinho nosso de comprar
É muamba que vem de lá pra cá
Viajando pela Ponte da Amizade
Na sacola, um mundo de produtos
Verdadeiros ou falsos atributos
“Lembrancinhas” que aqui vão se espalhar

E se o jogo no país é proibido
Logo ali tem cassino a noite inteira
Bem do outro lado da fronteira
Arriscar a sorte é permitido
Fortunas que se vão numa jogada
Ou se erguem na roleta desvairada
O tilintar das moedas é ouvido

E a força das águas se descortina
Sobre o leito do rio Paraná
É a luz de um gigante a gerar
A energia que a dois países ilumina
Assim nasceu a grande Itaipu
Trouxe o progresso para Foz do Iguaçu
Obra humana que tem a mão divina
Diante de um cenário colossal
As vozes compõem tal painel
Uma imensa Torre de Babel
Ecoando em pleno Parque Nacional
Mas se calam diante da beleza
Do esplendor maior da natureza
A maravilha que se transforma em carnaval

E hoje rufa a nossa bateria
É mais uma voz feliz que se levanta
Para exaltar a Foz que se agiganta
De Iguaçu vem uma bela melodia
É batuque, canto e muito mais
E com orgulho meu povo é quem faz
Em Tom Maior, a mais linda sinfonia!!

Mauro Quintaes
Carnavalesco
PÉROLA NEGRA
Enredo: “Caminhos segui, lugar encontrei... Pérola Negra – A Suprema
Felicidade”
Onde mora essa tal felicidade,
Se não em todos os lugares ou lugar nenhum?
Qual será o caminho que dela me aproxima?
Será utopia ou realidade?
Sonho ou ilusão?
Eis o paradoxo da vida
Uma via de mão dupla:
Poucos com muito, felizes
Muitos com pouco, também
Aqui, ali, entre ricos e pobres
Educados ou não
Dama da virtude que não escolhe a cor
O gênero e a religião.
Da vida como um sobrevivente
Desejo-te como a sorte
Um banquete de desejos
Do grego, "eudaimonia"
Dos deuses, um presente
Uma água-marinha
Uma escolha divina, prosperidade
Desaguando do céu como fonte
Em forma de Graças
Jovens de belas faces
Senhoras do encantamento, filhas de Zeus:
O esplendor, a alegria e o desabrochar
De dentro pra fora de mim
O auto conhecimento, Ananda
A paz interior, o Caminho do meio
Para enfim, encontrar o destino
Manifestar o amor , a alegria
No caminho da virtude
No prazer de viver , No contentamento
No Feng Shui
És cultuada no exercício da fé
Descrita na Visão de Túndalo
Aos bem-aventurados Filhos de Israel, és recompensa
Promessa abonada aos tributários de Deus
Para servir-lhes do gozo da tua presença
E fugir do tempo das trevas
No Júbilo do Paraíso
Também relacionada à longevidade
Na idade média foi estudo da alquimia
Na busca da pedra filosofal
E alvo de porções milagrosas (elixires)
Para assegurá-la
Assim como amuletos e talismãs
Capazes de mantê-la entre os homens
Contudo, no uso da Luz da razão
Passou a ser desejada por direito natural
Não apenas como golpe do acaso
Ou favor divino
Ganhou status de projeto
Ligado a justiça, igualdade e bem-estar social
Tornou índice no reino do Butão
Felicidade Interna Bruta
Para medir a satisfação coletiva
A tal "qualidade de vida"
Ansiada por cada um de nós
Porém, continua a dúvida:
Onde mora a felicidade?
Musa subjetiva que se esconde
Na realização dos nossos sonhos
Sejam pessoais ou profissionais
Ou simplesmente nos gestos mais simples
Como um abraço e um beijo
Sim, às vezes ela mora num afago
Em outras, na aquisição de um bem material
Mas podemos comprá-la?
Estarás embutida numa pílula ou num antídoto?
Será que se escondes no reflexo narcisista do espelho?
Ou ainda, em nosso desejo de ser amado (a)?
Doravante acredito na sua generosidade
Pois é uma coisa que pode ser dada mesmo sem ter
Uma lição que sabemos de cor
Só nos falta aprender
Então cuidado para não confundi-la
Alegria é estar - felicidade é ser
Loucura é achar que não existe
A vida não teria sentido!
Muito bem, há 40 anos encontrei a suprema felicidade
Um lugar onde o samba é a nossa alegria
Filosofia que faz sonhar
E a gente embora contra a corrente
Cantando aquilo que sente
Faz a vida vibrar
Então... venha!
Você verá que vale à pena
Chegar na Vila Madalena e ver o povo sambar... e ser Feliz!
Descobrir que não há caminho para felicidade
A felicidade é o caminho!
E a Pérola Negra é o lugar!
Carnavalesco: André Machado

GAVIÕES DA FIEL
Enredo: R9 - O VOO REAL DO FENÔMENO
DESENVOLVIMENTO DO ENREDO
SETOR 1 - “PÁSSARO – MENINO” - A INFÂNCIA DO GAROTO ILUMINADO
SETOR 2 - “PÁSSARO – REAL” - O ELO CULTURAL DA NOBREZA
SETOR 3 - “PÁSSARO – FENÔMENO” - A TRANSFORMAÇÃO
SETOR 4 - “FÊNIX” - PERSEVERANÇA E SUPERAÇÃO: A FORÇA DE VENCER
SETOR 5 - “PÁSSARO – MIDAS” - O POUSO REAL DAS RIQUEZAS: O NOVO SONHO.
O PODER DA IMAGEM.
Wagner Costa
Presidente
Rodrigo Fonseca
Vice-Presidente
“Abertura”
·

Todos os sonhos nascem dos nossos desejos e pensamentos, de momentos em
que nos transportarmos para um mundo íntimo, onde tudo se torna mágico, onde
podemos visualizar, desfrutar, sentir e viver o que de fato buscamos.
Na vida de todo ser humano sempre haverá dificuldades, pois sem elas não
existiria aprendizado, não existiria progresso.

·

Somos todos movidos pela emoção, pela razão, pelo sentimento de vitória. E
lutamos cada vez mais para alcançar nossos sonhos e objetivos. Desde o ventre,
somos regidos por luz, por um amor maternal verdadeiro e puro. Durante a vida,
sempre existirão nossos guardiões “Mãe e Pai”, nos regendo e mostrando o
verdadeiro mundo, com lutas para enfrentarmos e conquistas para alcançarmos,
visando a superação e o crescimento humano.
·

Somos Gaviões da Fiel, uma raça de guerreiros homens-pássaros. Em nossos
voos, se elevam os sentimentos de liberdade, do fantástico e do mágico. Uma nova
odisseia se revela. Voa, Menino-Pássaro!
Avante, família Gaviões da Fiel!!!
“Carnaval 2014”

·

Sob a luz mágica do Carnaval, a paixão, o amor e o fascínio se renovam para mais
uma vez fazer parte desse sonho, que contará a odisseia de um menino cortejado
por anjos e querubins, guias de seu voo na vida.
Chamado carinhosamente pela família de “Dadado”, esse menino tinha predileções.
Um de seus sonhos era ganhar do Papai Noel uma bola de futebol. Além disso, tinha
a vontade de bater bumbo no bloco de Carnaval de Bento Ribeiro, o Espirro do
Grilo, aspirava se tornar um soldado e se deslumbrava com aviões _talvez por
coincidência, o “aviãozinho”, mais tarde, se tornaria marca registrada ao
comemorar seus gols.

Hoje, Ronaldo Luis Nazário de Lima, o Fenômeno, veste-se sob a luz divina do
Carnaval e se transforma em pássaro de realeza, mostrando a magnitude de um
menino-passarinho que ganhou o mundo.

“Enredo”

“R9 - O VOO REAL DO FENÔMENO”
“PÁSSARO-MENINO” - A INFÂNCIA DO GAROTO ILUMINADO.
·
Lá do céu, tocado por Deus, nasce o menino-pássaro, o garoto iluminado,
batizado de Ronaldo em homenagem ao “médico-anjo”, doutor Ronaldo Valente,
amigo da família Nazário, que levou a mãe, dona Sonia, e o pai, seu Nélio, ao
hospital São Francisco Xavier, momentos antes do parto. O menino cresceu,
iniciando seus primeiros vôos, em Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro. Vindo de
família humilde, o “Dadado”, como era chamado carinhosamente pelos irmãos
“Nelinho” e “Ione”, já era apaixonado pela invenção de Santos Dumont.
·

Ele adorava aviões e sempre dizia que gostaria de ver um mais de perto. Certo
dia, ficou encantado quando viu a Esquadrilha da Fumaça. O menino-pássaro não
imaginava que, com o passar dos anos, viajaria tanto assim em seu encanto, como
contou seu Nélio.
·

Os aviões só perdiam na preferência de Ronaldo quando o assunto era futebol. O
“Dadado” de Bento Ribeiro, que nasceu com a nobreza nos pés, sempre se destacou
entres outros garotos.
O talento era natural. Apesar das peladas de rua, o garoto nunca se descuidou do
rendimento escolar. No entanto, os cadernos serviam também para outra
atividade: anotar os gols que fazia nos jogos pelo bairro. Era só marcar um gol para
correr e escrever. Sempre chamou a atenção também nas quadras de futebol de
salão.
·
O número 13 da sorte não era apenas sua idade na época em que foi para as
categorias de base do futebol de campo do time São Cristovão, da zona norte do Rio
de Janeiro. Quem acompanhava o talento do menino-pássaro sempre percebia a
magnitude do craque.

·

Seu Nélio transferiu para o filho o seu sonho de ser jogador profissional, e o
destino entregou o presente a “Dadado”, o Ronaldo que sempre orgulhou a família
Nazário.

“O grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância”
(Provérbio Chinês)

A vida humana não tem só um nascimento, só uma infância, é feita de vários
renascimentos, de várias infâncias.

“PÁSSARO-REAL” - O ELO CULTURAL DA NOBREZA
·

O pássaro voava cada vez mais para o alto. Da Cidade Maravilhosa alçou voo a um
“Belo Horizonte”, em Minas Gerais. As alianças estavam apenas começando,
primeiro em seu ninho no Brasil, depois nos ninhos europeus (PSV, Barcelona,
Inter de Milão, Real Madrid, Milan). O primeiro choque de R9 foi com a mudança do
clima, mas, como uma grande ave, a coragem, a força e a soberania nos campos
fortaleciam seu grande talento. Crescia convivendo com novas culturas, adquirindo
novos conceitos, novas técnicas e construindo amizades com os novos pássaros.
Amigos do futebol, como em um duelo entre titãs, revigoravam a cada partida o
profissional que lutava para ser melhor a cada dia. A imponência mundial do
futebol europeu se rendia aos pés do fantástico Ronaldo. Eleito em 1996 o melhor
jogador do mundo pela FIFA, o menino-pássaro de Bento Ribeiro se tornava uma
Realeza em Ouro.
“Ronaldo, com a humildade que sempre carregou dentro de si, guarda e conserva
as grandes amizades que conquistou nesse elo cultural.”
·

O Gran Slam sublime orgulhava não somente seu ego, mas também sua torcida
europeia, bem maior do que a de seu país de origem. Os seus feitos lhe rendiam
uma disputa maior para, então, fazer parte dos outros clubes.

“PÁSSARO – FENÔMENO” - A TRANSFORMAÇÃO
·
A mutação do menino sonhador ganhava a Itália (Milão), chegando a um dos
times mais bem-sucedidos da Europa, com grandes conquistas internacionais.
Incomparável nas finalizações, reconhecido pela UEFA e FIFA INTERNACIONALE,
R9 mudou a camisa para a 10, devido ao destino. Mas, sem dúvida alguma, se
lembrou da terra natal e de um de seus grandes ídolos na infância, um certo
Galinho que reinava no Maracanã e na seleção Canarinho. Não seria o número da
camisa que iria mudar seu destino. Sua presença nos campos era inconfundível. As
vitórias não cessavam. Era o jogador que possuía um aproveitamento sem igual,
sempre deixando em cada jogo sua marca de artilheiro.
Com toda essa erupção de emoção, vinda dos pés do Ronaldo, esse craque que
sempre dava show, foi novamente eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA.
Nosso pássaro-real, a partir daquele momento, era consagrado pássaro-fenômeno.
A imprensa italiana, com todo seu entusiasmo, o apelidou de “Il Fenomeno”, título
que alcançou os quatro cantos do mundo.
(Essa emoção das grandes lembranças que Ronaldo deixou nos corações italianos
motivou a Gazzeta Dello Sport, conhecido jornal italiano, a lançar um livro que
conta a trajetória do Fenômeno).

“FÊNIX” - PERSEVERANÇA E SUPERAÇÃO: A FORÇA DE VENCER
·

O retrato do amor verdadeiro pelo futebol sempre esteve estampado em toda a
sua vida. O pássaro-fenômeno, interrompido pelo destino, sempre acreditou muito
na sua religião “Deus”.
“O refúgio foi ficar fora do país e levar sua esposa e seu filho para ajudar na
recuperação (Milene e Ronald). O resto da família mandava força de longe, além
das promessas da mãe para Nossa Senhora Aparecida”, lembra dona Sonia.

·

Todo esse sentimento familiar transcendia a milhões de fãs que sempre
acompanharam a trajetória do Fenômeno. Seus sonhos pareciam terminar, mas o
menino iluminado desde a infância nuca desistiu, sua força de vencer era enorme,
sua fé e sua espiritualidade sempre o fortaleciam.
“O Fenômeno se transformava em fênix. Ressurgia o fenomenal, o campeão do
mundo, supremo Pássaro de Fogo que reacendeu a chama de seu talento, que
enalteceu nosso país. Um momento único o ápice da sua carreira.”
·
Fênix, símbolo de ressurgimento, representa toda a vontade desse gênio em
não desistir do que mais amava fazer, assim como todo ser humano no aspecto da
vida. Ronaldo transmitiu todo esse esforço a multidões de fãs, transformou um
equívoco do destino em superação, tomando forma de uma grande ave de
representação inigualável, proporcionando um momento inesquecível em sua vida
e na de todos que junto com ele sorriram, vibraram, gritaram, choraram de emoção
e de tristeza por um menino que carregava no peito o sentimento e o orgulho que
todos carregamos de ser brasileiros. De ser guerreiros. A humildade, a
perseverança dotada de paz interior fizeram seu explosivo nome contagiar
crianças, adolescentes, jovens, quarentões e idosos mundo a fora. Um pássaro de
paz e de força interior humanista sempre mostrava o outro lado de seu coração,
voltado às causas sociais do mundo.
·

Para delírio da Fiel Torcida, o Fenônemo-Fênix voou para o Parque São Jorge,
emocionando milhões de torcedores do Corinthians. Lá, mais tarde, nos deu o
privilégio de anunciar que seus voos finalizariam junto a uma torcida tão
apaixonada que o havia conquistado.
“Frase de Ronaldo” (Gente em Foco)
Quero agradecer a toda torcida brasileira que vibrou comigo, que torceu por mim,
que chorou comigo quando chorei, que caiu junto comigo quando cai, mas dessa
torcida em especial eu quero agradecer a torcida do Corinthians, porque eu nunca
vi uma torcida tão empolgante, tão apaixonada, tão entregue assim a um time de
futebol.

“PÁSSARO – MIDAS” - O POUSO REAL DAS RIQUEZAS: O NOVO SONHO.
O PODER DA IMAGEM
·

Enfim, o adeus aos gramados. O pássaro de realeza se curva e reverencia a todos,
deixando saudades.
“O Pouso Real ao Império Construído”

·

Depois de tantas riquezas adquiridas com seu grande sucesso, um novo caminho
surgia para o Fenômeno, de volta ao seu ninho real, o Brasil, feliz do orgulho que
proporcionou à sua Pátria Amada. Completava sua felicidade poder estar com a
família e com as maiores riquezas que o ser humano poderia ganhar de Deus, seus
filhos: Ronald, Alexander, Maria Alice e Maria Sophia são os príncipes e princesas
do pássaro da realeza, que entre suas asas sempre cuidou com muito carinho dos
quatro.
“O melhor sorriso do mundo é aquele que internamente conseguimos sentir... Mãe,
pai, filhos...”
Hoje, o nosso Fênix é um pássaro-midas (empresário). Em seu pouso real, suas
asas abrigam criando e transformando novos pássaros-irmãos, a fim de que alçem
voos.
A imagem se transforma em um grande negócio. O Voo Real do Fenômeno é
coroado ao Ninho de Ouro “Brasil”, a Copa do Mundo de 2014, que se orgulha de
ganhar um toque fenomenal vindo de um dos maiores artilheiros das Copas e
agora membro do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014.
Vem acompanhando de perto toda a preparação para esse evento mundial, com
que há anos todos os brasileiros sonhavam e que hoje se tornou realidade. Assim
como foi o sonho do “Dadado”, da família Nazário, que se tornou o nosso
Fenômeno.
“Se eu começasse a agradecer a Deus hoje, até o final da minha vida, eu não iria
conseguir agradecer tudo o que ele fez” (Ronaldo Luis Nazário de Lima)
Glossário
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Ronaldo Luis Nazário de lima – Wikipédia, a enciclopédia livre;

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Siginificados.com. br;

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Globoesporte.com (Rio de Janeiro e São Paulo)
Carlos Augusto Ferrari – Rio de Janeiro
Por Alexandre Lozetti e Leandro Canônico – São Paulo
Cássio Barco e Sergio Gandolphi
Por Diego Ribeiro – São Paulo
Consultoria para Desenvolvimento do Enredo:
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Empresa 9ine (Marcus Buaiz)
Dona Sonia (por Caio Luz)
Diretores de Harmonia:
Eduardo Ferreira, Marcio Rodrigues, Regina Dercoli, Ricardo
Amorim, Milton Silva, Rodrigo Ribas
Diretores Cenográficos:
Igor Carneiro, Fabio Lima
Diretoria Gaviões da Fiel Torcida
Presidente: Wagner Costa
Vice Presidente: Rodrigo Fonseca
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Sandro Putnoki (Empresa Sanlock)

Agradecimentos:
À empresa Sanlock, na pessoa do proprietário Sandro Putnoki, em ceder o espaço
com toda a estrutura necessária para o desenvolvimento desse projeto; à atenção
dos funcionários, em especial da Giselle Calaf, que teve a honra de digitar todo o
texto, mais tarde corrigido pelo proprietário da empresa, amigo particular que me
proporcionou toda a assessoria desde o início até a finalização da construção deste
enredo maravilhoso.
ZILKSON REIS

MOCIDADE ALEGRE
Enredo: “Andar com Fé Eu vou... Que a Fé não costuma Falhar...”
Ao Mestre Com Carinho
...Pra alcançar as estrelas não vai ser fácil,
mas se eu te pedir
você me ensina como descobrir
qual é o melhor caminho,
Foi com você que eu aprendi a repartir tesouros,
Foi com você que eu aprendi a respeitar os outros...

Nossa homenagem ao Sr. Beto – Alberto Alves da Silva,
Presidente de Honra da Ala dos Compositores (in Memorian)
“Ao Sr. Beto... Nossa gratidão, nossa missão, nossa fé!”

“Andar Com Fé Eu Vou... Que a Fé Não Costuma Falhar!”
Desenvolvimento do Enredo
Setor 1
Fé... Acreditar no Que os Olhos Não Vêem!
Setor 2
Religiões... Arrebanhando Almas em Nome da Fé
Setor 3
Fé no Sobrenatural – Bruxaria ou Verdade?... Cada Um Acredita no Que Quiser, ou
Precisar!
Setor 4
A Crença nas Previsões... Meu Caminho Traçado!
Setor 5
A Esperança na Fé Que Move Montanhas... Eu Ainda ‘Boto’ Fé!

Sinopse do Enredo
Apresentação
Fé é uma atitude perante a vida, intraduzível em palavras.
A fé só existe diante do abismo das incertezas.
Quem tem certezas não precisa ter fé."
(Rubem Alves)
Sob a luz do carnaval, a Mocidade Alegre lança seu olhar sobre uma das mais belas
emoções que movem a humanidade: a Fé.
Esse sentimento que sabemos entender e vivenciar, mas não conseguimos explicar,
é verdadeiro, confiante, apaixonado... Guarda seus mistérios e gera uma força
incomparável que desconhece limites... Pois até quem não tem fé em nada, tem fé
que o nada existe!
E a Morada do Samba, alegre por trazer em seu cortejo uma legião de sambistas
fervorosos, agradece a cada um deles, pois é da soma desses milhares de corações
– que sambam e cantam em forma de prece – que vem a nossa força maior, a nossa
fé!
É assim que vamos superar o impossível e realizar a nossa missão,
Avante, Família Mocidade Alegre!

Setor 1 – Fé... Acreditar no Que os Olhos Não Veem!
“Me disseram, porém
que eu viesse aqui
pra pedir de romaria e prece paz nos desaventos
como eu não sei rezar
só queria mostrar
meu olhar, meu olhar, meu olhar”
(“Romaria”, de Renato Teixeira)
A fé acredita sem ver, e é isso que a torna tão misteriosa. O fiel peregrino, ao
trilhar por esse caminho em busca pela luz divina, mostra sua devoção, ardente e
inquieta como a chama das velas que brilham e choram por súplica ou por
gratidão, ligando o humano ao divino,
Nesse cortejo em forma de romaria, é como se cada vela fosse acesa pelo calor do
coração de cada fiel, tamanho é o sentimento de quem a oferece,
É a fé ardente, que nos conduz ao estado de plenitude e profunda devoção... É a fé!

Setor 2 – Religiões... Arrebanhando Almas em Nome da Fé

“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto.
Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes,
desde que alcancemos o mesmo objetivo?”
(Mahatma Gandhi)
O ser humano – no encontro do sentido de sua existência – sempre buscou, dentro
de cada sociedade, outras pessoas que compartilham da mesma fé, formando a
religiosidade. A civilização construiu sua história em torno de diversas religiões
que até hoje se mantém vivas. Cada povo antigo instituiu sua fé do seu jeito, com
sua linguagem, seus ritos. Grandes templos foram construídos e muitas vezes o
líder espiritual também foi o líder político e militar, tido e havido como o
representante único de Deus – ou dos deuses – sobre a Terra.
Cada religião gerou um código de identidade entre seus seguidores, uma
linguagem que se mostrava em vestimentas, gestos, atitudes e formas de se ver o
mundo. Muitas delas também criaram escrituras litúrgicas, como um código
escrito, sagrado, absoluto, cuja desobediência pode ser considerada um pecado.
Uma grande promessa é recorrente nas mais diversas religiões: O encontro com a
paz e a felicidade eternas, em algum lugar, em algum tempo, que se desconhece e
nem por isso enfraquece a crença das almas arrebanhadas em nome da fé... Afinal,
o medo de cometer pecado e, como consequência, perder o lugar no paraíso
sonhado, fez com que muitos fiéis fossem guiados pelo anseio da eternidade
prometida!

Setor 3 – Fé no Sobrenatural – Bruxaria ou Verdade?
Cada Um Acredita no Que Quiser, ou Precisar!

“Eu vou me banhar de manjericão
Vou sacudir a poeira do corpo batendo com a mão
E vou voltar lá pro meu congado
Pra pedir pro santo
Pra rezar quebranto
Cortar mau olhado”
(“Banho de Manjericão”, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
O fascínio pelo sobrenatural também tem seus fiéis, seja nas xamânicas pajelanças
caboclas, nas senhoras benzedeiras que conhecem ervas e rezas fortes para tudo...
Seja nos terreiros das cidades, com a incorporação de “guias”, que consolam o
coração e dão coragem a quem acredita, que retribui com cantos e oferendas. Nas
mesas brancas, mensagens do além confortam quem sente saudades de ‘quem
passou para lado de lá’ e o ‘passe espiritual’ renova as energias.
No sobrenatural, encontramos também as milenares superstições... O medo de gato
preto, do espelho quebrado ou ainda de passar por debaixo da escada... E para
espantar o azar e o mau olhado, nada melhor que patuás, amuletos e até mesmo
um bom talismã!
Tem quem acredite em duendes ou ainda na capacidade de cura dos cristais, que
absorvem a energia negativa e a devolvem para a terra. Na cromoterapia, a própria
força das cores pode curar e prevenir doenças.
A crença na magia e no esoterismo seriam frutos da bruxaria ou da ancestralidade
humana, que guarda segredos e espera sempre por soluções mágicas através de
poderes sobrenaturais? Afinal, cada um acredita no que quiser, ou precisar!

Setor 4 – A Crença nas Previsões... Meu Caminho Traçado

“Já está escrito, já está previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo dos búzios e nas profecias”
(“Cartomante”, de Ivan Lins)
A tentação de prever o futuro também move a fé de muitas pessoas. É como se o
caminho de cada um de nós já estivesse traçado e, através de oráculos, pudéssemos
saber o que nos espera.
Quantos de nós não começamos o dia sem antes ler o horóscopo? Ou então, quando
temos aquele probleminha no emprego, não recorremos a um bom jogo de búzios
ou a um numerólogo?
E a mística e mágica figura das ciganas, que vivem de descobrir o destino das
pessoas lendo as linhas das suas mãos ou até mesmo através das cartas de tarô?
A crença nas previsões também gerou o surgimento do que podemos chamar de
“mercado da fé”, onde nos deparamos com poções milagrosas, soluções
momentâneas e anúncios folclóricos, tais como “Chá Que Levanta Defunto”, “Banho
do Emprego”, “Faço Amarrações do Amor” e “Trago Seu Amor de Volta em Sete
Dias”
A fé na bonança do porvir é fruto da necessidade humana de acreditar que o futuro
será brilhante e, mesmo que o presente seja difícil, é acreditando que fazemos por
merecer as melhoras tão sonhadas,
Aos que creem nas previsões, o futuro está traçado e a luz da fé é o caminho a ser
seguido!

Setor 5 – A Esperança na Fé Que Move Montanhas... Eu Ainda ‘Boto’ Fé!

“Se eu não for por mim, quem irá por mim?
Se eu for só por mim, quem serei eu?
E se eu não for agora, então quando?”
(Rabino Hillel)
A fé é uma emoção interior, íntima, vivencial. Cada coração sabe compreender o
que, para que e como acredita. Em se tratando de fé, para algo ser verdadeiro basta
que alguém acredite. É assim que o impossível se torna possível: doenças são
curadas, graças são conseguidas, limites são superados.
E a esperança, outra característica nossa, nos conduz à “boa fé”: nas pessoas, na
política, na família, no bem, na vida, no futuro! Se nos jogos de loterias muitos
apostam fazendo sua “fezinha”, no carnaval uma escola de samba é uma
demonstração de comunhão, de tolerância e de muita fé!
Nesses tempos modernos de comunicação na velocidade da luz, muitas pessoas
preferem viver a fé à sua própria maneira, não se comprometendo com nenhuma
religião, descobrindo que o Universo inteiro cabe dentro de seu pensamento, da
sua mente e do seu coração. E assim, você pode romper barreiras, superar limites e
buscar a elevação espiritual, pois há um templo em cada um de nós, permitindonos conhecer a força do Deus interior – único, verdadeiro e iluminado – que liberta
a alma e aponta o caminho...
Afinal, esteja você diante da grandeza do Universo ou na infinitude da sua força
interior, o mais importante é...
Andar com fé... Que a fé não costuma falhar... Jamais!

“Andar com fé eu vou...
Que a fé não costuma ‘faiá’”
(“Andar Com Fé”, de Gilberto Gil)
Sidnei França e Departamento Cultural

NENÊ DE VILA MATILDE
Enredo: “Paixões proibidas e outros amores”
Como dizia o poeta…
Quem já passou por essa vida e não sofreu
pode ser mais, mas sabe menos do que eu,
porque a vida só se dá para quem se deu,
Somente quem sentiu uma paixão proibida, pode dizer que já viveu.
Posso estar enganado, mas para mim, esta é a explicação
para o fascínio que exerce nas pessoas os assuntos do coração.
Afinal, uma história que fala de sentimento
torna-se muito mais atraente, quando há algum impedimento.
Paixões não correspondidas motivaram guerras entre nações,
na política, influenciou importantes decisões,
nas artes então, foi um vasto horizonte
para artistas de vários segmentos, que beberam desta fonte.
Música, cinema, teatro e literatura abordam em maiores proporções
sofridos casos de amores secretos, do que romances sem complicações.
Permeado por desejo, romance com uma pitada de sedução
mostro que nem mesmo as grandes personalidades estão imunes às intempéries
do coração.
Curiosa e altaneira, eu sou a águia guerreira!
Representante do universo onde a ficção se encontra com a realidade
contando em forma de enredo, a história das grandes paixões proibidas da
humanidade.
Começo minha viagem com uma indagação…
Até onde alguém pode chegar em nome de uma paixão?
Diz a mitologia que Orfeu dedilhava sua lira somente para Eurídice, sua amada
(era para ela cada nota tocada)
Porém, o destino esse deus tão cruel, que com os nossos sonhos nunca se importa,
fez Orfeu sentir-se jogado ao léu, ao ver sua bela Eurídice morta.
Inconformado, não queria perder seu grande amor,
para resgatar Eurídice, enfrentou os perigos do mundo inferior,
com suas belas canções a todos comoveu e naquele mundo assim entrou.
Até o próprio Hades, ele convenceu a entregar-lhe de volta a quem tanto amou
“Leve-a contigo e de meu reino saia, contudo não deves olhar para trás,
pois caso a sua palavra traia, a bela Eurídice não verás mais.
Orfeu conseguiu o seu intento, porém no retorno, quando os raios do sol já avistava
teve um momento de distração, olhou para trás e ouviu o lamento
era sua amada que dele para sempre se afastava.
Ainda na Grécia, testemunhei o que para muitos pareceu uma ironia,
a Deusa do amor, a mais bela do Olimpo, quem diria,
entre tantos pretendentes, que sonhavam tê-la ao lado,
viveu um intenso romance proibido com o deus da guerra, temido e respeitado.
Nos tempos bíblicos, vi o escolhido por Deus, um rei poderoso
cair em tentação e cometer pecados em nome de um relacionamento amoroso.
Também presenciei um homem bom, com uma força descomunal
ser enganado por sua amada, que era de um povo rival.
Sedutora, descobriu que nos cabelos estava a fonte de seu poder,
na calada da noite cortou suas madeixas e entregou-lhe para prisão,
foi o fim de um amor intenso, porém manchado pela traição.
O tempo passou, o mundo se modernizou, surgindo novos reinos e nações
e com eles, casos de personalidades da história que não resistiram as tentações
de desfrutarem calorosos relacionamentos proibidos, recheados de poder e
sedução.
Por isso, chego a França medieval, centro da elite e da nobreza,
onde os amantes ganharam status de realeza,
onde um general que entrou para a história por sua bravura sem igual,
perdeu o grande amor de sua vida, devido a diferença social,
pois na época era um simples soldado e ela representava uma família tradicional.
Seguindo as trilhas das grandes paixões proibidas, relato momentos épicos da
história
que de tão espetaculares ficarão para sempre na memória,
como a guerra de Tróia, que embora foi creditada a uma disputa de terra e
expansão,
seus reais motivos estão ligados a assuntos do coração.
Bela, sedutora, com uma personalidade forte que a transformou num mito,
esta foi Cleópatra, a mais famosa das rainhas do Egito,
que viveu com o Imperador Romano Marco Antônio, um romance intenso e
conturbado.
Proibido em sua essência, pois cada um defendia o seu lado,
para satisfazer os desejos de sua amada, o imperador viu sua imagem ser
arranhada,
pois a ambição de Cleópatra não tinha limites, era desenfreada.
Não demorou para perder o controle e ver o inimigo chegar ao poder,
foi o fim não só de um império, mas também de uma relação
que misturou paixão, poder, ganância e traição.
Após uma longa viagem pelo mundo, retorno ao meu Brasil amado
terra onde grandes e calorosas paixões proibidas surgiram de todo lado.
De membros da alta corte a empresários, de artistas até revolucionários,
escravo, escritor, ou, seja lá quem for, ninguém escapou das artimanhas do amor.
De Santa Catarina, trago a história de uma menina
que deixou uma vida segura em nome de uma paixão
viveu as margens da lei com seu amado, sonhando com a revolução.
De São Paulo dos anos 20, que respirava o modernismo por toda parte,
trago um caso de amor proibido que escandalizou o mundo da arte.
Se ter uma relação secreta é difícil, imagina em tempos de repressão?
Por isso, rendo homenagem a um casal de comunistas que lutou contra a opressão.
No Rio de Janeiro, então capital federal
por muito tempo falou-se de um caso extraconjugal
vivido pela esposa de um importante escritor
com um rapaz muito mais jovem que tornou-se seu novo amor.
Das Minas Gerais, terra do diamante
falo de um contratador que fez de uma escrava sua amante
mostrando do seu jeito, que um amor verdadeiro vence o preconceito.
Foi um caso de amor a primeira vista
aquele vivido entre a filha de um fazendeiro escravocrata e o maior líder
abolicionista.
Se perguntarem qual a mais famosa história de paixão proibida do país, falo sem
mistério,
foi uma que se passou na época do império
envolvendo Dom Pedro l e a Marquesa de Santos, sua amante.
Apesar da marquesa ser o grande amor da sua vida, era menos importante
do que assuntos da corte e a aliança com outros representantes da nobreza.
Mais isso pouco importa, pois ficou a certeza
que este romance que a história perpetuou
foi eterno enquanto durou.
Vi um conto virar livro, um livro virar musical de respeito
falando de um amor inesperado que venceu a aparência física e o preconceito.
Me emocionei com a paixão entre uma escrava etíope e um general
que se transformou numa ópera tão grandiosa quanto o sentimento que movia o
casal.
Com uma pintura sem igual,
mostro um gênio homenageando sua amante, tornando o relacionamento proibido
e imortal.
Pecado e razão muitas vezes andam juntos, colocando uma nuvem sobre a certeza
no clássico da literatura nacional, uma recatada senhora baiana, expôs sua
fraqueza
dividida entre o amor imaginário e real, optou pelos dois, sem ligar para o pudor e
a moral.
Vi um cavaleiro errante criar um universo de imaginação
onde vencia poderosos inimigos, somente para proteger a dona do seu coração.
Por ironia do destino, nunca ficaram juntos quando a história terminava,
a esperança de um final feliz, renascia a cada aventura que se iniciava.
Ouvi com atenção, uma música, que de tão intensa, foi parar na tela de cinema
tendo Brasília como cenário e uma paixão conturbada como tema.
Conheci uma grande cantora que pela diferença de idade, não assumiu o seu
parceiro
temendo ser vítima do preconceito, escondeu por quatro décadas um amor puro e
verdadeiro
Falo de um irresistível conto de amor inúmeras vezes escrito e encenado
que mostra um casal que após tomar uma poção mágica, fica apaixonado
escandalizando a corte inglesa, pois ele era um simples cavaleiro e ela uma
princesa.
Entre tantos casos de amores proibidos retratados em forma de arte
“Romeu e Julieta”, tornou-se popular, conhecido em toda a parte
graças a uma história carregada de emoção,
onde a rivalidade entre famílias tentou sufocar a paixão.
Em nome desse amor, com suas vidas pagaram,
porém, terminaram juntos, como sempre sonharam.
Encontrei casos de amores proibidos até na religião.
Onde a senhora dos ventos e das tempestades, foi surpreendida por uma forte
paixão.
Trago do sertão nordestino, a história de uma mulher que mudou o seu destino
que uma vida tranquila deixou de lado, para viver no cangaço junto de seu amado.
Lendas, crendices, “causos” que surgiram do imaginário popular,
quem quiser saber sobre amores impossíveis, nosso folclore tem história para
contar.
De botos e sereias sedutoras, a índios que pedem ajuda celestial
Tem em comum, algum impedimento atrapalhando seu final.
Vi um amor proibido dar origem a uma rivalidade
em Parintins, um desafio entre donos de bois, mudou a vida da cidade
e até hoje os mais antigos se lembram do que aconteceu:
“Capriche no seu boi, que eu garanto o meu!”
Termino minha viagem no mundo onde nasci e fui criado
pois eu sou de Vila Matilde, onde para o samba fui apresentado
foi um amor a primeira vista, que dominou meu coração
um sentimento tão forte, que venceu a repressão.
Quer proibir minha paixão…
Que tolos, podem tentar!
Pois o amor pela minha escola venceu o preconceito e está longe de acabar.
Falo isso com a moral de quem há 65 anos respira carnaval,
uma festa popular regada a confete e serpentina,
onde o Pierrot apaixonado sonha com o amor da Colombina
contemplando a lua, esperando o desfecho que sempre quis…
Mesmo proibido, ter um final feliz!
Magoo
Carnavalesco da Nenê de Vila Matilde
ÁGUIA DE OURO
Enredo: “A velha Bahia apresenta o centenário do poeta cancioneiro Dorival
Caymmi”
Sinopse não disponibilizada no Site da Escola!

IMPÉRIO DE CASA VERDE
Enredo: Sustentabilidade – Construindo um Novo Mundo!
Em força e luz explode a imensidão!
Do breu do caos que a ordem se fez, é lançado ao léu o brilho da criação, de onde
resplandece a Terra, íris azul nos olhos do universo, a poesia da vida, o verso que
fez rimar quatro elementos: água, terra, fogo e ar. Forças do equilíbrio que
ostentam o poder. Eis a balança ancestral que sustenta a inexplicável mágica do
viver.
Moléculas que se fundem, química perfeita! Fonte que jorra a vida e atravessa o
tempo, fazendo surgir o homem, ser que reina sobre as criaturas com a dádiva do
pensamento. Cria que cria, escolhe, decide, presente e futuro, que constrói e
destrói, o verso e o reverso, direito e esquerdo, o bem e o mal.
No relógio do tempo, engrenagem da invenção. O progresso alcança e pende a
balança, o peso da degradação. O mundo se move, a máquina do homem, fruto da
evolução que acelera sem freio, fora do prumo, que corre num trilho sem direção,
como quem rasga a tela e borra a aquarela, obra prima da criação.
E assim tingiram-se nossas águas pela escória industrial, inconsequente ganância a
escorrer por rios e mares, da civilização, dos esgotos, dos lares. Manchou-se o céu
de densas e inimagináveis nuvens tóxicas a denegrir o ar; algoz poluição. Séculos
tombaram-se em florestas e outras tantas de pedra ergueram-se em seu lugar.
Insuperável humanidade, super-homens querendo apenas avançar num
superlativo mundo, sem saber onde chegar.
A natureza cobra a sua ordem e reclama em sua revolta como um brado que
transborda, que se aquece e que sufoca, se faz escasso e queagoniza mas não
morre. Natureza que nos envia sinais de alerta como a luz no fim do túnel e, por
fim, o homem desperta, se redime e reinventa, busca em seu eu a consciência para
construir um mundo novo, o amanhã da sua existência.
Trava-se um duelo de titãs, crescer e existir, recomeçar e buscar o progresso aliado
ao bem viver. Lado a lado, equilibrado; sustentável leveza do ser. Ser humano é
reconhecer que cuidar do mundo é cuidar da nossa casa, de mim e de você, zelar
por nossa herança, nosso tesouro. Água, terra, fogo e ar. Não poluir, reciclar, não
destruir, não desmatar; colher e plantar conscientemente para ser a semente a
brotar e ver o mundo se alimentar. Preservar a esperança, fazer do futuro o nosso
presente, um presente que se quer dar.
Hoje o samba abre alas para o mundo novo e seu cantar é um grito de alerta,
correto, sensato e humano, que sai do coração como um pensamento puro para
alcançar a consciência dos homens.
Abre-se o pano. Descortina-se o futuro de um viver melhor, um carnaval
sustentável. O tigre é mais que um guerreiro, é o guardião do planeta azul que traz
uma energia limpa, uma alegria ampla de um sorriso branco e franco, na esperança
de que a nossa casa seja sempre verde e para todo o sempre, viver!
Alexandre Louzada

ACADÊMICOS DO TATUAPÉ
Enredo: Poder, Fé e Devoção – São Jorge Guerreiro!
1º Setor: Jorge da Capadócia e a vida de Jorge soldado
Jorge, nascido na Capadócia, atual Turquia, filho de cristãos, foi educado para lutar
sempre contra o mal. Adolescente, entrou para a carreira das armas, por ser a que
mais satisfazia à sua natural índole combativa, e, logo foi promovido a capitão do
exército romano, graças à sua dedicação e habilidade. Tais qualidades levaram o
imperador a lhe conferir o título de Conde da Capadócia, e Jorge passou a residir na
corte imperial e a exercer a função de Tribuno Militar. Então, o Imperador publicou
um édito que mandava prender todo soldado romano cristão que não reverenciava
aos deuses romanos. Jorge, que sempre se declarou cristão, manteve-se fiel ao
cristianismo. Torturado de vários modos, seu martírio aos poucos foi ganhando
notoriedade; a cada vitória sobre as torturas, Jorge ia convertendo mais e mais
soldados. O imperador, contrariado, chamou um mago para acabar com a força de
Jorge. O santo tomou duas poções e, mesmo assim, manteve-se firme e vivo. O
feiticeiro juntou-se à lista dos convertidos, assim como a própria esposa do
imperador. Estas duas últimas "traições" levaram Diocleciano a mandar degolar o
ex-soldado em 23 de abril de 303 d.C.
2º Setor: Padroeiro
São Jorge é venerado desde o século IV e recebeu o honroso título de "Grande
Mártir". A devoção a Jorge rapidamente tornou-se popular e seu culto se espalhou
pelo mundo, durante a Idade Média. Conhecido como verdadeiro guerreiro da fé,
durante as Cruzadas, começou a ser cultuado como santo, que segundo a lenda,
venceu satanás em terríveis batalhas. Iconograficamente, São Jorge é representado
como um jovem imberbe, de armadura, tanto em pé como em um cavalo branco
com uma cruz vermelha. A imagem conhecida, do cavaleiro que luta contra o
dragão, foi difundida a partir de um mito surgido em romances de cavalaria. Está
relacionada às diversas lendas criadas a seu respeito e contada de várias maneiras.
Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, assim como
vários lugares pelo mundo, como a Catalunha, Moscou e Portugal; já na África, São
Jorge é considerado padroeiro da agricultura.
A devoção brasileira a São Jorge deve-se à colonização portuguesa, assim como o
sincretismo nas religiões de matriz africana. No Brasil, podemos destacar:
• É patrono dos Escoteiros, Bicheiros, Soldados, Policiais, Bombeiros, Armeiros,
Cavaleiros, Seguranças e Serralheiros;
• É o Santo Padroeiro do Corinthians - acredita-se que sua história de devoção e
fidelidade à verdade Cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo "Fiel",
popular entre os torcedores corintianos;
• É Padroeiro de várias escolas de samba pelo Brasil, entre elas União da Ilha do
Governador, Beija-flor de Nilópolis, Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense,
Porto da Pedra e Grande Rio, no Rio de Janeiro, e Rosas de Ouro, Gaviões da Fiel,
Morro da Casa Verde, entre outras em São Paulo.
• Na astrologia São Jorge representa Marte e o signo de Áries.

3º Setor: Sincretismo religioso
A força do venerado Guerreiro só explodiu no país a partir do sincretismo religioso
com os cultos afro-brasileiros, trazendo festas e tradições em vários pontos de
regiões brasileiras.
Forçados a professar a fé cristã, os africanos trouxeram, suas crenças, suas
divindades, suas lembranças... O único caminho para que pudessem cultuar seus
orixás era disfarçá-lo como um culto a santos católicos.
A igreja católica, naquela época, dizia que os orixás não passavam de demônios.
Por isso o sincretismo religioso com os santos da igreja católica, pois os negros
escravos eram obrigados a se converterem ao catolicismo, muitas vezes até mesmo
no tronco, dizendo-se ser uma espécie de exorcismo. Quando os escravos se
passavam por convertidos eles comparavam a história ou a lenda de um santo
católico, e também o que cada um representava, com os santos africanos. Então,
São Jorge é associado a Ogum, orixá do ferro e das estradas.
4º Setor: Manifestações artísticas e culturais
A popularidade de São Jorge é incontestável quando analisamos as diferentes
linguagens artísticas:
Cantos (músicas), como:
• "Jorge de Capadócia", de Jorge Ben Jor, interpretada também por Caetano Veloso,
Fernanda Abreu e pelos Racionais MC's;
• "Alma de guerreiro", de Seu Jorge - São Jorge é citado. A música é tema de
abertura da telenovela "Salve Jorge";
• "Lua de São Jorge", interpretada por Caetano Veloso;
• "Líder dos Templários", de Jorge Vercillo;
• "Medalha de São Jorge", que foi gravada pela Cantora Maria Bethânia;
• "Saudação a Ogum", de Leci Brandão;
• Zeca Pagodinho com as músicas "Vou acender velas para São Jorge" e “ Ogum”
outro sucesso de vendas.
Quadros, imagens, pinturas como:
• Em Paris, no Museu do Louvre, um quadro famoso de Rafael (1483-1520),
intitulado "São Jorge vencedor do Dragão";
• Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello;
• A imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.
Contos, livros, filmes, peças teatrais e novela:
• Existe um livro sobre São Jorge, criado pelo escritor italiano Tito Casini, chamado
“Perseguidores e Mártires“;
• Outro destaque é o filme "uma festa para Jorge", da cineasta Isabel Joffily e Rita
Toledo;
• No teatro foi através do ator Jorge Fernando, com a peça “Salve Jorge”, que o
santo guerreiro foi citado;
• e por fim, a novela “Salve Jorge”, um sucesso de audiência de autoria de Glória
Peres.
No folclore, não poderíamos deixar de falar da cavalhada, que ocorre em várias
partes do país, onde nesta homenagem a São Jorge eles encenam o duelo do bem
contra o mal. Por este motivo, metade dos cavaleiros representa o mal com a cor
vermelha e a outra metade, a cor azul, representa o bem, ou seja, nosso valente
guerreiro.
As artes sempre estiveram presentes no cotidiano como canais de conexão e
expressão entre o mundo interno pessoal e o mundo externo natural e coletivo.
Marcas que deixaram e poderão deixar ao longo da história diversas culturas.
5º Setor: Devoção
O dia de São Jorge é comemorado em 23 de abril. No sul do Brasil, o sincretismo
com Ogum colabora bastante com a popularidade do santo. Essa composição
sincrética formada a partir de São Jorge-Ogum tornou-os nos mais populares
ídolos religiosos no Rio de Janeiro, a ponto de se tornarem os patronos da maior
parte dos times de futebol e das escolas de samba da cidade. O culto a São Jorge é
maior que o culto a São Sebastião – santo padroeiro da cidade – ou a Nossa
Senhora.
Na devoção de cada religião é marcada pela esperança de uma nova era para o
mundo dos homens com igualdade. É o poder da fé que move montanhas, é a
peregrinação dos caminhos da fé. Desde o desconhecido à celebridades da mídia.
De um Brasil onde se vive em harmonia, onde São Jorge convive com o povo
brasileiro no seu dia a dia, e que ele nos abençoe em todas as manifestações
religiosas e festas da cultura do povo brasileiro. A ACADÊMICOS DO TATUAPÉ com
poder, fé e devoção, erguida ao longo de nossa história, pede passagem para contar
em “canto e oração” a ação sociocultural de um santo, nesse encontro mágico e
poético chamado Carnaval.

Material organizado por Thiago Vergete
Sinopses na íntegra de acordo com a publicação de cada Escola em seus
respectivos Sites na Internet.

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  • 1. SINOPSES DAS ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO ESPECIAL DE SÃO PAULO CARNAVAL 2014 LEANDRO DE ITAQUERA Enredo: Ginga Brasil! Futebol é Raça! Em 2014 a Copa do Mundo começa aqui! Ginga... Dom abençoado pelos deuses. Molejo único e criativo, inerente ao futebol-arte. Jeito malandreado de se jogar bola. Traço artístico e inventivo. Instinto intransferível, e que só o brasileiro tem. Fruto da miscigenação. Do canto das três raças que multicoloriu o Brasil. Destreza acumulada pela prática da capoeira e pela dança do samba. Um jogo, de dribles, passes e inovações genuinamente nacionais, capazes de definir o placar em uma só jogada. Um saber, que afirmou para o mundo o estilo e a identidade brasileira. Um jeitinho só nosso, o famoso jogo de cintura. Pra jogar bola a gente sempre dá um jeito. Aqui, qualquer espaço vira campo, qualquer pedra vira trave e qualquer bola serve pra jogar. O amor do brasileiro pelo futebol, é inegável. De norte a sul é paixão nacional! Estudiosos no assunto tentam explicar, o que não cabe explicação. A paixão pelo futebol é um amor puro. Puro no sentido de que nada mais esperamos dele do que a alegria de ganhar um jogo. Ganhando ou perdendo, faça chuva ou faça sol, lá vamos nós onde for preciso. Uma devoção sem fim! E de onde vem esse sentimento? É simples responder. Antes do primeiro passo a gente dá o primeiro chute na barriga da mãe! O fascínio vem desde criança. Quando ainda bebê, ganha a primeira bola. Primeiro tenta pegá-la, mas ela rola. Depois, bate sobre ela e a bola pula. Resolve apertá-la entre as mãos e, quando menos espera, ela já escapou. A bola é o brinquedo que mais tem história no mundo. É um convite ao movimento. De tão simples, instiga a curiosidade, e de tão universal, promete interatividade. E assim a brincadeira se basta. Na infância pegamos gosto por este esporte. É quando escolhemos o nosso time do coração. No Brasil, toda criança sonha em ser jogador de futebol. E vestir a camisa de um time é bem mais que se diferenciar do adversário; simboliza pertencimento. Saudoso Charles Miller! E lembrar que tudo isso começou quando ele trouxe a primeira bola, vindo da Inglaterra. Naquele tempo só a elite podia jogar. E não demorou muito pra se distanciar dela. Em pouco tempo, a ginga negra e mulata encantava os gramados, goleando o tabu do preconceito; mostrando a todos que jogar futebol exige força, coragem, espírito
  • 2. de luta e determinação. Futebol é raça! É show, espetáculo, onde cada clube tem seu ídolo, e os melhores convocados para a seleção. É nessa época, que os meios de comunicação começam a exercer uma grande influência no esporte e na vida dos brasileiros. Com uma seleção de super-heróis, veio a primeira vitória na Copa do Mundo de 58. O fanatismo pelo esporte e a massificação já era um fato. A convicção de que o Brasil joga o melhor futebol do mundo toma conta do povo, e perpetua-se entre as futuras gerações. É o país do futebol! Único presente em todas as Copas... Único, cinco vezes campeão mundial. Terra do rei Pelé! E, só de pensar que a Copa de 2014 será aqui no Brasil,...o coração dispara. A contagem regressiva já começou. Faça de sua casa um estádio lotado e de cada vitória uma grande celebração! Rezas, simpatias, amuletos... Saravá! Vale tudo, pra ouvir o grito de gol no ar! Seremos 200 milhões de técnicos, e com a garra, força e vibração desta torcida, seremos um jogador a mais nesse time. E Itaquera dá o pontapé inicial, fazendo da paixão ao futebol, o enredo do nosso carnaval! E não pensem que os apaixonados são alienados. Nós também exigimos mudança! Por um país mais justo, mais ético e varonil! Um Brasil campeão! Carnavalesco - Marco Aurélio Ruffinn ROSAS DE OURO Enredo: Inesquecível ABERTURA: “O Milagre da Vida” No grande ciclo da vida há sempre um começo, um meio e um fim. Ao olhar para a trajetória percorrida, ponho-me a pensar sobre tudo o que vivi, o que aprendi, o que conquistei, o que senti, o que me marcou e quais foram os momentos inesquecíveis em minha história. O princípio de tudo está no primeiro grande presente que ganhei, um Presente Divino: O Dom da Vida. Para anunciar a minha chegada e para me proteger nesta jornada, o Criador me deu anjos. Eles comigo estarão por toda a vida, mas um deles terá um papel ainda mais especial: o papel de minha mãe. Caminhemos juntos neste túnel do tempo, para reviver os momentos inesquecíveis.
  • 3. Sob as bênçãos do Criador o “milagre da vida” vai acontecer no ventre desta mulher. Criados à imagem e semelhança de Deus, iniciaremos nossa jornada experimentando e sentindo a vida com nossos cinco sentidos, guardando os momentos inesquecíveis em nossa memória e em nossos corações. A primeira coisa que lembro, são as pessoas sorrindo pra mim, comemorando minha chegada. PRIMEIRO SETOR (Infância) “Tempo da Inocência” Eu tinha sede de viver. Nem dormir eu queria! Não me deixavam fazer tudo. Eu lembro que quando ficava muito contrariado, chorava bem alto, e as únicas coisas capazes de acalmar minha frustração eram os meus pertences inseparáveis: a chupeta e um paninho que eu arrastava por onde fosse. Viver era brincar... E por isso fiz de meus brinquedos meus fiéis companheiros. Eu só os deixava meio de lado quando resolvia explorar novos lugares. Ah! Esta minha sede de explorador, me colocou em grandes enrascadas! A única coisa capaz de me deter era aquele ser assustador, um ser que na verdade eu nunca vi, mas que minha mãe dizia estar ali por perto para pegar crianças desobedientes... O Bicho Papão. Havia tantas coisas para eu conhecer que se não fossem aqueles jogos de memória, acho que não teria dado conta. O dia mais inesquecível nesta fase de minha vida, foi meu primeiro dia de aula, quando minha mãe me levou pelo braço para um lugar diferente, com pessoas e crianças que eu não conhecia... E lá me deixou. Lembro-me que chorei. No começo eu não curti a ideia, mas pouco a pouco me acostumei e foi lá que, ao aprender a ler e escrever, pude me debruçar sobre o caderno e sobre livros que me apresentaram histórias e personagens do mundo da imaginação, que tanto me ensinaram e que jamais esqueci. SEGUNDO SETOR (Juventude) “Em busca da Liberdade” De repente uma explosão de energia aconteceu. Eu não me sentia mais uma criança. Foi exatamente neste tempo que comecei a me tornar um tanto rebelde, incorporei uma atitude mais “rock’n rool”, encontrei a minha turma e uma nova forma de ser e de viver. Minha mãe podia gritar meu nome, a casa podia pegar fogo, o mundo poderia acabar, mas nada seria capaz de me fazer parar de jogar meu vídeo game bem no meio de uma fase.
  • 4. Lembro-me como se fosse hoje o dia em que dei meu primeiro beijo. Meu coração parecia que ia sair pela boca! Adquiri um gosto estranho por fortes emoções, especialmente por sentir medo, adorava ir no trem fantasma e nas Noites do Terror dos parques de diversões, ao mesmo tempo que sentia muito medo, me divertia assustando meus amigos. Alguns momentos nesta fase de minha vida se tornaram marcos: os incríveis bailes de debutantes e, sem dúvida nenhuma, o meu primeiro amor. TERCEIRO SETOR (Maturidade) “Tempo de Conquistas” Finalmente me tornei um adulto e a primeira coisa a fazer foi me tornar um cidadão com identidade (RG, CPF , Carteira de Trabalho)! Porém, o que eu queria mesmo tirar era minha CARTEIRA DE MOTORISTA , para colocar as mãos no volante e sair pelas ruas tirando onda. Por tanto tempo eu desejei ser grande, ser adulto... Justamente para poder fazer o que quisesse e não precisar mais dar satisfações e explicações a ninguém. Este dia chegou, mas logo descobri que a coisa não era bem assim... Junto com a liberdade, vieram as responsabilidades. Conscientizei-me que somos todos responsáveis pela preservação da vida neste planeta. Foi assim que fui para as ruas protestar e lutar por justiça e pela preservação da natureza. Afinal, juntos somos mais fortes. Depois de tanto estudar, finalmente chegou o dia da minha formatura, eu e meus pais ficamos muito emocionados, especialmente quando chamaram meu nome, afinal, de alguma forma, aquela era uma conquista de todos nós. Mesmo que eu não tivesse a exata ideia do passo que estava dando, um dos momentos mais inesquecíveis que vivi foi quando finalmente eu disse: “Sim eu aceito!”. (casamento) Casar e formar uma família me fez amadurecer. Ao me tornar um adulto, olhei mais para o mundo ao meu redor, interessei-me bem mais pelas notícias, porque percebi que, de alguma forma, tudo o que acontecia em qualquer lugar do planeta acabaria nos afetando de uma forma ou de outra. Tornei-me um sentimental... Que, muitas vezes, chorou com as vitórias do meu time e com as conquistas dos atletas brasileiros ao subirem no lugar mais alto do pódio, fazendo ecoar nosso hino, tremular nossa bandeira, e crescer meu orgulho de ser brasileiro. QUARTO SETOR: (Melhor Idade) “Tempo de Lembranças” Depois de ter percorrido um longo caminho, ponho-me a lembrar de músicas que embalaram meus momentos marcantes, de filmes que me fizeram sonhar, de
  • 5. novelas que me deixaram grudado da frente da tv, e dos cheiros e sabores daquelas gostosuras que me fartei de comer na casa de minha avó. Mas, sem dúvida nenhuma, as lembranças que mais emocionam são daquelas pessoas únicas, que já partiram para uma nova “Viagem”, pessoas que souberam fazer, de pequenos instantes, grandes momentos, e que deixaram para sempre seus nomes escritos na história. Como canta nosso Rei: “Das lembranças que eu trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter, só assim, sinto você bem perto de mim outra vez” ( Roberto Carlos) Hoje, no palco do maior espetáculo da terra, a Sociedade Rosas de Ouro, que também já marcou seu nome na história e em meu coração com tantos momentos inesquecíveis no Carnaval Paulistano , quer te fazer um convite: Vem viajar com a gente. Queremos saber o que te marcou! Vamos juntos fazer mais um carnaval INESQUECÍVEL O que foi inesquecível pra você? X-9 PAULISTANA Enredo: Insano I – AGRADECIMENTOS Ao presidente André dos Santos e toda a sua diretoria que apostaram nessa ideia. Ao Jorge Miguel Nasser (Jucada) que me presenteou com essa possiblidade. À Cidade de Franco da Rocha, representada por seu prefeito Sr. Francisco Daniel Celeguim de Morais (Kiko), a Câmara Municipal de Franco da Rocha na figura de seus vereadores em especial ao vereador Hugo Faria, o Guinho, que nos apoiou desde o início nesse sonho, e a todos os parceiros envolvidos, pelo apoio. Doutor Glauco Siríaco, Diretor de Saúde do Complexo Hospitalar do Juqueri, pela contribuição com informações que foram fatais para o desfecho do nosso enredo. Ao amigo Felipe Diniz Marinho pela pesquisa e texto que contribuíram para essa sinopse. Ao Departamento Cultural do G.R.C.E.S. X-9 PAULISTANA que há meses contribui com a pesquisa e agrupamento das ideias inseridas e apresentadas nesse tema-enredo. Aos amigos Simone, Pedro e Kátia que há anos nos congraça com o projeto Loucos Pela X e que nos ajudou na conclusão desse trabalho, sintam-se homenageados. E não poderia esquecer de agradecer a todos os segmentos, departamentos e comunidade da nossa querida X-9 Paulistana. Sem vocês não seria possível entrarmos nessa batalha que a partir de hoje nos levará à grande vitória! Que todos estejam representados nesse momento, pois quem carrega na alma as cores verde, vermelha e branca de nossa escola se fará eternizado.
  • 6. Avante família e que Deus nos guie por um caminho vitorioso com muita luz e bênçãos! II - JUSTIFICATIVA DO ENREDO: Justificando o injustificável... Partindo dos parâmetros das justificativas justas, justificamos aqui injustas colocações e destrambelhados momentos da história de nosso insano planeta. Defendemos os loucos e incompreendidos e provaremos que errados ou não, certos estão. Com o colapso mental aflorado, a X-9 Paulistana mostra que a diferença entre a linha do mundo real e delírios criados pela mente nada mais é do que uma fantasia secreta escondida dentro de cada um, um desejo que toma conta e se torna mais forte do que a vontade do raciocínio lógico transformando pensamentos e criando ilusões. Analisando de outro ângulo, o que a história nos mostra através de seus fatos e personagens é que o mundo que conhecemos hoje, pouco aproveitou das lições que a vida nos deu. Tiranos entraram em cena, inocentes foram parar nas fogueiras e praças e estátuas erguidas por ditadores em suas próprias homenagens. O pensamento às vezes não compreendido pode estar em algumas situações a um passo à frente da ignorância e da falta de entendimento gerando confrontos e desconfortos. É preciso saber analisar, ver e observar cada ponto de nossa história, estudar nossos artistas e adentrar em seu mundo colorido e distorcido. Ser diferente é normal, é humano. Pois cada um de nós traz em seu DNA marcas próprias que nos fazem ser quem somos e nos dá identidade, nos diferencia em todos os aspectos, seja físico ou mental. A chave que guarda o segredo que pode desdobrar e revelar a insanidade coletiva vivida por todos nós chama-se VIDA. Por isto vivemos e retrataremos momentos e personagens ensandecidos retratados em uma festa que faz com que a fantasia secreta de cada um já citado, aflore de vez,
  • 7. justificando o injustificável neste momento de insanidade e alegria que damos o nome de carnaval. E como no livro de Machado de Assis “O Alienista”, ficamos na dúvida se os loucos estavam dentro ou fora do nosocômio... III – SINOPSE DO ENREDO: “ A diferença entre um poema e um louco, é que o poeta sabe que é louco... Porque a poesia é uma loucura lúcida.” Mário Quintana “Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.” William Shakespeare Na mais pura alegria, sob a luz do carnaval, a força infinita e mística do pensamento, da mente humana, deste que carrega a lembrança, a memória, a herança de uma vida, e o verdadeiro dom de viver, dom de fazer a máquina humana funcionar corretamente, apresentamos o nosso personagem principal do nosso carnaval: o cérebro insano e seus devaneios. Neste cenário louco e contundente abre-se o grande portal da insanidade que nos leva a uma viajem aos confins da imaginação levando a mente humana de encontro aos delírios do grande visionário Doutor Franco da Rocha, que através de sua linha de pensamento nos apresentara insanas e loucas situações que serão reveladas ao abrir as portas do templo da insanidade que de um delírio imaginário se tornou real e hoje se consagra como Hospital Psiquiátrico de Juqueri. Quem pensa sob o curto circuito emocional, é capaz de criar, é capaz de ousar e de aventurar-se em mundos surpreendentes revelando estranhas histórias, divertidos e exóticos personagens e situações inusitadas nas quais viajaremos rumo ao inexplicável. Apresentamos a grande Epopeia da Insanidade, através de estórias encontradas na história e pedimos passagem para que o Doutor Franco da Rocha receba personagens que um dia fizeram da insanidade o seu cartão de visitas... Ilustres Insanos são recebidos no Paraíso da Loucura apresentados pelo grande médico visionário... PRIMEIRO DELÍRIO: A MENTE EM ETERNO CONFLITO... Que o corpo humano seja uma grande máquina, disso não temos dúvida... Essa grande máquina humana, tem como o cérebro, o principal órgão e centro do sistema nervoso, contendo cem bilhões de neurônios, ligados por mais de dez mil conexões que geram força e energia. O verdadeiro HD humano, nosso Hard Disk, se entra em conflito, gera total distúrbio e insanidade, e é justamente aqui que começa a nossa viagem insólita pelo seio da loucura, mostrando o duelo entre os neurônios, num conflito arlequinal. O curto circuito mental toma conta da mente humana, é ali o grande momento onde o ser se depara com a fronteira da racionalidade e a insanidade. Neurônios ensandecidos promovem
  • 8. uma descarga de informações reais ou não, que fazem deste carnaval a fronteira entre o imaginário e o inconsequente. O cérebro torna-se uma perfeita máquina de ilusões, capaz de criar delírios, ideias, abstrações e sonhos. A viagem ao desconhecido nos revela imagens, cores e formatos, palavras jogadas ao vento, onde o sentido não releva sua importância e sim genialidade, nem sempre compreendida. Compreender ou não este imenso turbilhão mental, a qual todos estamos sujeitos, traz à tona o questionamento de que, se somos nós os loucos varridos ou se somos os chamados “surtados”, os verdadeiros guardiões da realidade, presos em um mundo onde a loucura reina em absoluto, em um dia de 24 horas onde os ponteiros se entortam com o passar dos segundos, ilustrando uma imagem caótica e distorcida da suposta realidade em que vivemos. SEGUNDO DELÍRIO: ENTRE O CÉU E O INFERNO, A FÉ E A CIÊNCIA! Chamas que não iluminam, que fecham as cortinas para a luz e abrem os caminhos para a escuridão. Temida por todos, a Santa Inquisição foi um poderoso instrumento que a Igreja Católica desenvolveu para punir os ditos hereges que ousavam pensar, ver e ouvir, espalhados em diferentes partes do mundo. A Inquisição reconhecia a loucura como uma doença que afetava diretamente os “miolos”, os inquisidores não afirmavam que se tratava exclusivamente de heresia. Este parecer não diferia muito do conceito popular com respeito aos doidos, nem tão pouco dos médicos que nesta época praticamente desconheciam doenças mentais. Seriam insanas pessoas ligadas às artes, às ciências, à literatura onde tudo era motivo para que as chamas da inquisição punissem àqueles que iam contra a Palavra da Igreja. A salvação pagã, vinha da palavra de Deus, bruxas, bruxos e hereges, deparavam-se constantemente com seu destino final: a Santa Fogueira, que absorvia almas, curava doenças e cobrava seus impostos. Um tribunal temido, onde a Palavra condenava e a razão de seus chefes era medida pelo seu estado de espírito. Cabeças pensantes, pessoas a frente de seu tempo, grandes visionários, artistas, estudiosos, grandes gênios, inseridos em padrões condenados como mentes insanas, que atribuíam a elas o título de pessoas fora da razão, hereges contagiosos, cuja única salvação era a própria morte ou o arrependimento de seus pecados. A ignorância, de uma época em torno das trevas, trazia ao profundo e controverso cérebro humano, a agonia do saber, e mostrava que a vontade de pensar reprimida era substituída, pela salvação por Paraísos Celestiais onde as portas estariam abertas à todos que cumprissem seus deveres religiosos e estivessem em dia com a poderosa e Santa Igreja, que via a ciência e o ato do livre pensar como profanos e fora das Leis de Deus. O cenário perfeito para que Deus e o Diabo convivessem lado a lado, pois não se sabia ao certo se o bem se vestia com os trajes do mal ou se o mal se vestia com mantos do bem.
  • 9. Grandes personagens surgem nessa fase obscura, emergidos desse cenário totalmente insano e desconfigurado de suas razões. A Divina Comédia de Dante Alighieri, não seria tão engraçada aos olhos dos que apontavam os impuros, e Joana D’Arc, seria considerada herege por falar a língua dos Anjos, e queimada por chamas que não perdoaram sua coragem. Imagens perturbadoras para uma época provocariam uma sociedade descontente, Jeroen Van Aeken, mais conhecido por seu pseudônimo Hieronymus Bosh, ainda nos dias de hoje intriga a todos com suas obras que impressionam. Os mares azuis da verdade, trariam a tona, Cristóvão Colombo, que alegara que a Terra era redonda, considerado um louco e ridicularizado por muitos estaria a frente de seu tempo colocando a prova seu nome perante a história. Os místicos olhos do futuro revelariam Nostradamus e sua Profecias que fizeram com que todos o condenassem como um Bruxo. Galileu Galilei, e sua afirmação, de que a Terra girava em torno do Sol provocaria a ira dos representantes de Deus, que condenavam o fato de não serem e estarem no centro do universo. A branca tela da imaginação daria lugar à “Nau dos Insensatos”, tingindo sua mente com tenebrosas cores inspiradas na verdade. Nas páginas do destino, Gil Vicente e seu fantástico “Auto da Barca do Inferno” levaria a humanidade a uma viagem ainda questionada pelos críticos religiosos, bem como Erasmo de Roterdã e seu tão moderno “O Elogio da Loucura” exaltando os desprovidos da razão. Em outras páginas o saber dava lugar ao medo, era o “Malleus Maleficarum” (O Martelo das Bruxas), que ditavam as regras da Inquisição, se tornando a Lei Maior de uma Idade de Trevas e medo onde a incoerência era o sobrenome da estupidez. Superando uma verdade obscura e passando por cima de uma época, pensantes e condenados pelas Leis Divinas, acendem a Luz da Razão, focando suas ideias, e seus pensamentos, para um paraíso pessoal, para um mundo novo e cheio de vida, onde a insana sanidade passa a ser tratada e não julgada a severas leis com atos de loucura. O mundo renasce das cinzas... TERCEIRO DELÍRIO: NO REINADO DA LOUCURA, CADA REI COM SUA MANIA! O pensamento absolutista, vigente no contexto da Europa Moderna, defendia o chamado “direito divino dos reis”. Na verdade, esses casos de “loucura real” são registrados há bastante tempo e figuram em algumas estranhas páginas da história de certas civilizações e reinados. A que ponto a realidade passa a se tornar fantasia, e a que ponto a fantasia imita a realidade? A mente humana viaja, e cria mitos, a história revela o poder nas mãos de desprovidos e audaciosos governantes que inspiram fantasias através de seu lastimável estado mental. Não basta reinar, o importante é acreditar na verdade oculta... A mesma Roma que mais tarde seria devastada pela insanidade e incoerência de um, abrigou Hércules, como seu grande e legítimo Imperador: loucura máxima de Marco Aurélio Cômodo.
  • 10. As chamas insanas consumiram os neurônios do grande Imperador obcecado pelo poder, que de seus caprichos condenou a história a um de seus capítulos mais cruéis... “Ave Nero Imperador das Ilusões.” Ao cair da noite, mitos e lendas se erguem dos túmulos... Poderia um corpo inanimado ganhar vida e gozar de prazeres eternos ao consumir o sangue humano? Entra em cena Vlad III, Rei Obscuro da atual Romênia, ou conde Drácula para os que acreditam na imortal loucura de um sanguinário... O grande embalador de seres humanos que ganhou sua imortalidade nos livros e cinemas, e ainda hoje, arrebanha seguidores dispostos a manter suas ideias e seus conceitos em uma prova viva que a insanidade atravessou os tempos, os séculos... Na Inglaterra, George III, provou que a roupa não passava de uma simples necessidade, ao passar a se despir em público e conversar com árvores, como se as mesmas fossem outros reis e rainhas. Teve o fim de seu reinado no bosque real, acompanhado de árvores e arbustos da mais alta realeza europeia. Na França Louis XVI e Maria Antonieta, por suas insanas extravagâncias, revoltam o povo francês que cansado de passar necessidades exige as cabeças dos Reis numa bandeja. É a insanidade da realeza que os levam à guilhotina... O ícone máximo da loucura, o mestre do abismo da intolerância, que montado em seu cavalo branco, foi o símbolo de uma revolução... Conquistou fronteiras e acreditou ter o mundo na palma de suas mãos... Napoleão Bonaparte, que perdeu a guerra, mas ganhou a fama, sendo incorporado, ainda nos tempos modernos, por malucos desconhecidos, internados eternamente na companhia do fantasma do grande imperador. E para quem achava que o poder é exclusivamente dos homens, e que a insanidade não afetaria a realeza feminina, surge em terras brasileiras, certa Família Real Portuguesa, fugidos da Europa, graças ao Imperador Napoleão... Na bagagem real, a grande monarca Dona Maria I, ou para os íntimos, Dona Maria “A Louca”, surtada ao ter seu império ameaçado por um louco ainda maior. Via fantasmas, tomava banhos em praças publicas, tinha surtos psicóticos e foi mãe de D. João VI, que não era louco, mas trouxe ao Brasil os mais variados e loucos costumes portugueses, que geraram progressos mas também criticas ao cometer a “loucura” de levar nossas riquezas... Num passado não muito distante, não podemos esquecer do “Grande Ditador”, que nunca foi um rei, mas sonhava ser o “Dono do Mundo” brincando de “Deus”... Reis e Rainhas, Grandes Ditadores, que com suas insanidades entraram para a História da Humanidade e são coroados no Real Império da Loucura... QUARTO DELÍRIO: ILUSTRES MALUCOS BELEZAS NUM CENÁRIO SEM IGUAL! Poderiam moinhos de vento, inspirar um escritor à criar um louco viajante, acompanhado de seu fiel escudeiro, Sancho Pança, destinados à combater gigantes e a salvar donzelas em apuros? A grande dúvida surge, seria Dom Quixote De La Mancha a personificação oculta da brilhante mente de Miguel de Cervantes?
  • 11. Abrem-se as portas do questionamento, do imenso portal da imaginação, surge a arte como espelho da vida, guiada por olhares desconfiados, se ergue em uma plataforma incoerente , mas correta ao ponto de vista do artista, do estudioso ou do curioso... O livro se abre, e a infância desperta... A fantasia toma conta, e em torno a dragões e viagens além do imaginário, a criança cria seu mundo bordado de ilusões e com o doce sabor da vida. Um Chapeleiro Maluco, fruto da imaginação do escritor Lewis Carroll, nos leva numa viagem insana a Um País das Maravilhas, que o gênio da insanidade Tim Burton deu vida no cinema... No Brasil, Ziraldo nos apresenta “O Menino Maluquinho”, e a panela na cabeça vira o símbolo de um soldado infantil disposto a batalhar em defesa da imaginação. “Quem luta com monstros deve velar, porque ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.” Sábias palavras de um filósofo considerado um louco... Era o incrível e fascinante Friedrich Nietzsche. Cores, gritos, e rostos desconhecidos, até mesmo deformados, que Van Gogh presenteia a arte, com suas pinturas, enquanto Picasso destorcia a realidade através de suas telas, o pincel virava a referência para que o talento se transformasse em emoção ao fazer de uma simples tela branca, poesia em forma de imaginação. Seraphine de Senlis, cumprindo ordens de seu Anjo da Guarda e da Virgem Maria, começa a pintar. Fabricava suas tintas e muitas vezes suas próprias telas... o castanho de sua obra muitas vezes são a própria terra; o vermelho, o sangue de animais e às vezes o seu próprio. Tudo misturado com cera que conseguia das velas da igreja. Quem a conhecia dizia: “quando saía do isolamento do seu quarto, ia falar e abraçar as arvores e as flores.”, sua verdadeira fonte de inspiração. A ciência e seus cientistas loucos, ou loucos cientistas obcecados pelo saber? A relatividade ganhou a resposta da equação quando Albert Einstein, deu a resposta correta do que até hoje não sabemos ao certo o que é, com cabelos para cima e a língua para fora, a imagem marcante do imortal aprendiz da sabedoria, símbolo da genialidade humana. Notas musicais emocionam a humanidade, e a imortalidade ganha os sons de um maluco que não poderia ouvir sua própria obra, Beethoven faz do piano, seu instrumento de contato com o lado não questionável da vida. Um “maluco beleza” brasileiro, um roqueiro verde e amarelo, que foi a mosca na sopa de uma época, e se fez símbolo de uma geração... Eternamente Raul Seixas, que preferia ser uma metamorfose ambulante a ter aquela velha opinião formada sobre tudo e que dizia ter nascido há dez mil anos atrás. Nas mãos do sonhador Bispo do Rosário, a arte ganhou formas, numa cidade no mínimo chamada de maravilhosa, a beleza de um louco que encantou e alucinou a pensantes e entendidos, que enaltecem sua obra como insubstituível, e mesmo que o juízo final não fosse fato, seu juízo afinal, estava além da nossa realidade. Mas engana-se, quem pensa, que a loucura está restrita a pensamentos e à imortais obras de artes, hoje com cifras inimagináveis, ela também pode ser encontrada nos pilares da vida, por onde um dia um doce e solitário profeta nos revelou através de uma flor: Gentileza gera Gentileza.
  • 12. Obras de arte imortais, retratos das almas perturbadas, questionadas e ridicularizadas, que fazem destas insones mentes insanas, hoje representantes, do grande palco do “Theatrum Rerum Insanus”... QUINTO DELÍRIO: JUQUERY – ANHEMBÍ – SAPUCAÍ... BEM VINDOS AO PLANETA INSANO! Mentes insanas, os insanos da folia, que hoje adentram Juqueri para fazer a festa maior de um povo, de uma nação. Com o orgulho de serem recebidos com as bênçãos do grande Doutor Franco da Rocha o “Palácio da Loucura” ergue-se perante os mestres da folia que influenciam as novas mentes carnavalescas. Carnavalescos, uma raça festeira, colorida e incoerente, que viaja nas cores de um pavilhão, para justificar um insano Planeta Carnaval, levando aos quatro cantos do mundo seus delírios e devaneios, numa viagem alucinante... De um simples ponto, a linha é traçada, formas e formatos são criados, mais tarde cores deslumbram o branco cenário da mente tomada pelo encantamento carnavalesco. Uma arte popular que evoluiu em conceitos. Tornou o carnaval “academicamente” popular, trazendo “Chica da Silva” e “Chico Rei” para os braços do povo. Foi “Barroca”, se tornou “High Tech“. Contaram estórias que a história não nos contou, mostrou que do “Lixo” se erguem reis e rainhas do “Luxo”, e com traços infantis colorem o “Amanhã” de muita gente... Já foi oferecida com toques “Tropicalistas” e “Siderais”, se rendeu ao “Mago das Cores”, que fez lágrimas apagarem as chamas que acabaram com uma brilhante “Festa Cigana”. E fez das “Alegorias Vivas”, verdadeiras obras de arte para o deleite do olhar de cada um, confundindo insanos espectadores tomados pela paixão mostrando que o “Segredo” da loucura estava no “DNA”. Definindo tudo isto como uma louca viagem capaz de fazer o mundo maior do que a lua, maior do que o sol, numa louca viagem aos confins das mentes de insanos criadores, borrados de tinta e sujos pelo pincel da imaginação. Criadores capazes de esfarrapar um “Cristo Redentor”, que em meio a mendigos, mesmo proibido olharia por todos nós. Criadores que nos levam a conhecer a história, montados em “Jegues e Camelos”, levando “Índios Tupinambás e Tabajaras” a desembarcarem exoticamente na França de “D. Catarina Di Médici” e do “Rei Sol”, saudados por nobres leques verde e amarelo. Explodindo “bombas através de mãos que fazem o samba” mostrando que todas as “Criaturas”, podem um dia tomar o lugar do “Criador”, numa “Delirante Confusão Fabulística”. Divinos criadores que nos oferecem momentos de emoção, vividos e revividos por todos nós. Mas é quando a “Liberdade” nos abre as asas e enxergamos o futuro em belíssimas combinações de cores, retornando a uma terra distante invadindo com forró e xaxado o lar de quem um dia sonhou em vencer...
  • 13. Tropical, colorido, indígena com pés no chão ou com patins, seja lá como for levam abacaxis, cajus, bananas... e ainda criam cidades ou lugares que nunca existiram. Criadores que voltam a ser criança, atravessando o mar da alegria, na sutileza do amanhecer derramam lágrimas de saudades em um uni-duni-tê inesquecíveis para quem um dia viu o sol beijando a lua. Mas como decifrar mentes tão conturbadas? Mas como decifrar mentes carnavalescamente indecifráveis? Mentes sem limites capazes de delirar em cima de uma mesa apenas com uma folha de papel e uma caneta? O DNA precisava ser revelado e qual seria a resposta? A resposta seria a mente insana de mais um louco-arlequinal incompreendido, que fazia do que ouvia, imagens do que sentia. Um louco abstrato capaz de colocar o carnaval em um tabuleiro, jogando suas peças para o ar, virando totalmente de cabeça pra baixo toda uma tradição alegórica. Diagnosticado com uma estranha mania de arrepiar, revelou seu segredo, levando almas e desembarcando a realeza em terras de ninguém que por fim em meio a trovoadas foi visto estranhamente evocando deuses nórdicos em uma avenida chamada Sapucaí, ou até mesmo Anhembi. Compreender não é possível! Questioná-los não é indicado! Se a saúde mental destes estranhos ou loucos carnavalescos não anda bem, o uso aproveitado de suas funções podem causar problemas gravíssimos e nesta noite de folia a X-9 adverte: Mentes insanas podem causar títulos e vitórias à sua agremiação, use e abuse sem moderação. Este louco caminho do carnaval promove o encontro da alegria onde mestres do carnaval se rendem aos mestres do amor!!! É o encontro de médicos que trocam seus estetoscópios por confete e serpentinas, enfermeiros e enfermeiras que se fantasiam de arlequins, pierrôs e colombinas, e pacientes que se misturam novamente à vida e à alegria... A terapia do sorriso é aplicada e o mundo se torna colorido onde os sons dos sentimentos ecoam pelos ares. Aplausos ao grande Doutor Franco da Rocha e ao projetista Ramos de Azevedo que modernizaram todo um conceito, fazendo o Juqueri o Templo da Insanidade que recebe hoje os célebres insanos das estórias de nossa História... Com o reconhecimento mundial já alcançado, a consagração maior se faz presente nesta festa que hoje recebe o nome de Maior Espetáculo da Terra, onde a ordem é brincar, sambar, amar e se divertir como um louco apaixonado pela vida, que fez em via e doou-se de coração... Obrigado Doutor Franco da Rocha! Hoje levamos o Anhembi e a Sapucaí, Templos Maiores do Maior Espetáculo da Terra, para dentro do Juqueri, e mostramos ao insano mundo dominado pelos ponteiros dos relógios politicamente corretos, que de carnavalesco e louco todos temos um pouco... FIM
  • 14. VI – PONTOS CONSIDERADOS IMPORTANTES 1. DOUTOR FRANCO DA ROCHA 2. NEURÔNIOS EM CONFLITOS 3. MENTE SÃ E MENTE INSANA 4. O CÉREBRO E A MENTE EM ETERNO CONFLITO 5. DIVINA COMÉDIA DE DANTE AGLIGHIERI 6. JOANA D’ARC E INQUISIDORES 7. NOSTRADAMUS 8. MALLEUS MALEFICARUM 9. CRISTOVÃO COLOMBO E A TERRA REDONDA 10. GIL VICENTE E O AUTO DA BARCA DO INFERNO 11. ESRASMO DE ROTHERDÃ E O ELOGIO DA LOUCURA 12. GALILEU GALILEI E A TERRA GIRANDO EM TORNO DO SOL 13. NAUS DOS INSENSATOS: ENTRE O CÉU E O INFERNO 14. NERO 15. VLAD III 16. GEORGE III 17. REI LOUIS XVI E MARIA ANTONIETA 18. NAPOLEÃO BONAPARTE 19. MARIA I A RAINHA LOUCA 20. O GRANDE DITADOR 21. O REAL IMPÉRIO DA LOUCURA... 22. DOM QUIXOTE DE LA MANCHA 23. ALBERT EINSTEIN 24. BEETHOVEN 25. VAN GOGH E SÉRAPHINE DE SENLIS 26. RAUL MALUCO BELEZA 27. BISPO DO ROSÁRIO 28. GENTILEZA GERA GENTILEZA 29. O MENINO MALUQUINHO 30. THEATRUM RERUM INSANUS 31. ACADEMIA DA LOUCURA – TRIBUTO A FERNANDO PAMPLONA, ARLINDO RODRIGUES E MARIA AUGUSTA 32. LOUCURA TRÓPICO-SIDERAL – TRIBUTO A FERNANDO PINTO 33. LOUCURA DO LIXO AO LUXO – TRIBUTO A JOÃOZINHO 30 E VIRIATO FERREIRA 34. LOUCURAS HIGH TECH – TRIBUTO A RENATO LAJE 35. LOUCURA BARROCA – TRIBUTO À ROSA MAGALHÃES E MAX LOPES 36. O SEGREDO DA LOUCURA ESTÁ NO DNA – TRIBUTO A PAULO BARROS 37. JUQUERI – ANHEMBI – SAPUCAÍ: OS REIAS TEMPLOS DA INSANIDADE CULTURAL
  • 15. V- CONSIDERAÇÕES FINAIS A X-9 Paulistana, consciente de seu papel dentro do cenário do carnaval paulistano, dará neste momento o “pontapé” rumo mais um trabalho preocupada com os valores culturais, pois acredita que o carnaval é e sempre será uma porta aberta para expressarmos os valores e a riqueza do povo brasileiro. Desde já, agradecemos todos os compositores pelo carinho e confiança em nosso trabalho, pois temos certeza que, juntos, faremos uma parceria de sucesso, unindo a concepção plástica e artística com a poesia e o lirismo. Boa sorte a todos e que vença o melhor, pois sabemos que esse melhor será o melhor para a X-9 Paulistana e o melhor para a cultura e o carnaval. EDSON ANDRÉ DOS SANTOS PRESIDENTE FLÁVIO CAMPELLO CARNAVALESCO ADAMASTOR DIRETOR DE CARNAVAL DRAGÕES DA REAL Enredo: Um Museu de Grandes Novidades! A Dragões da Real faz um passeio por um museu inusitado – o museu das grandes novidades. Não faz muito tempo, eram inovações que tiveram evolução, e plasmaram a época em que vivemos. No meu tempo, curso obrigatório era de datilografia. Imprescindível, para qualquer trabalho, porque no meu tempo, os computadores eram enormes e só servia a alguns privilegiados. A maioria dos escritórios funcionava mais ou menos da mesma maneira que no começo do século. Arquivos de metal, máquinas de escrever, papel carbono e memorandos faziam parte do dia a dia. No meu tempo uma máquina elétrica era o máximo do chiquê. No meu tempo não tinha telefone celular, aqui no Brasil. Nos filmes de seriado, os atores falavam em telefones, nos carros, quase uma ficção cientifica. Os celulares existiam, mas tinham o tamanho de uma caixa de sapatos. No meu tempo vitrola não chamava mais vitrola, mas se chamava som. Ainda existiam discos de vinil mas a modernidade era tocar cds. Eu ouvia os cds da Rita Lee, da Blitz, do Cazuza. Um toca-fita instalado no carro era comum, mas um tocacd era o auge da sofisticação. Meu pai ia a boate, mas eu, ia a discoteca e me acabava dançando a noite inteira.
  • 16. A Sonia Braga apareceu numa novela, elegantérrima , de meia de lurex e sandália, dançando numa discoteca. No meu tempo, meia com sandália não era cafona. No meu tempo o homem foi a Lua, se não tivesse ido, o famoso “ moonwalker” do Michael Jackson não existiria. Marcou presença tambem o “Thriller”,o melhor video clipe já produzido até hoje. No meu tempo, menina brincava de boneca e menino brincava de boneco. As meninas tinham as Barbies e Suzies e os meninos brincavam de Falcon, de Batman, de Super Homem, o homem de seis milhões de dólares tinha até uma lente de aumento no olho, um olho biônico. O “genius” foi o primeiro brinquedo eletrônico que fez grande sucesso com a molecada, que hoje se concentra em jogos de vídeo games. No meu tempo, menino e menina brincavam também com os mais de 500 bonecos do playmobil e para endoidar a cabeça, nada mais nada menos que o “cubo mágico”. Embora o Monteiro Lobato não fosse dessa época, seus personagens habitavam a minha televisão. Todo dia, de manhã e a tarde, as crianças se encantavam com as aventuras da Emilia, do Visconde, do Pedrinho e da Narizinho. E a Xuxa tinha uma nave espacial, cheia de luzes piscando, que soltava fumaça e decolava no final do programa. No meu tempo não tinha tv a cabo, mas tinha tv colorida. A gente podia gravar programa na tv com gravador de video cassete, e todo mundo era socio de locadora e podia assistir aos filmes que quisessem em casa. No meu tempo o cinema era as 2,4,6,8 e 10 hs ,e só vendia bala ou chocolate. A pipoca vinha da carrocinha estacionada na entrada. Fizeram o maior sucesso os filmes Guerra nas estrelas, Indiana Jones, Blade Runner, Et – o extraterrestre, Flash Dance e o aterrorizante Brinquedo assassino. Os enlatados faziam sucesso – entre eles se destacavam – o Incrivel Hulk, um brutamontes verde, na verdade um cientista que sofria transformação quando se enraivecia, além da Mulher Maravilha, e as panteras, cujos penteados eram copiados a exaustão. No tempo do meu pai, comedia brasileira era com Oscarito e Grande Otelo. No meu tempo,era com Os Trapalhões, que batiam recorde de bilheteria. No meu tempo todo mundo jogava na loteria esportiva, na esperança de dias melhores. A zebrinha anunciava os resultados, no domingo a noite. No meu tempo também, todo mundo via novela, O reino de Avilã era uma parodia sobre o Brasil, e quem foi mesmo que matou Odete Roitman? E a viuva Porcina fazia sucesso com seus exageros.
  • 17. O Carnaval começava a se estruturar, nos moldes contemporâneos. Afinal, Chico Buarque já cantava.... Vai passar Nessa avenida um samba popular Cada paralelepípedo Da velha cidade Essa noite vai Se arrepiar Ao lembrar Que aqui passaram sambas imortais Que aqui sangraram pelos nossos pés Que aqui sambaram nossos ancestrais Rosa Magalhães Enredo baseado em artigo de Arthur Xexéo ( sobre lembranças de anos anteriores) ACADÊMICOS DO TUCURUVI Enredo: Uma Fantástica Viagem pela Imaginação Infantil! Sinopse não disponibilizada no Site da Escola! VAI-VAI Enredo: NAS CHAMAS DA VAI-VAI. 50 ANOS DE PAULÍNIA BRASIL EM BUSCA DO NOVO FIM DA ESCRAVIDÃO! ACABA A MALDIÇÃO DA COR. A "LEI ÁUREA", "FEITA DE OURO", "RESPLANDESCENTE", É ASSINADA! OS NEGROS ESTÃO LIVRES E SONHANDO COM UMA VIDA NOVA , COM ESPERANÇAS INFINDAS. ENCERRA-SE O CICLO DA EXPLORAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DO NEGRO E INICIA-SE OUTRA RELAÇÃO COM O IMIGRANTE. É O PAÍS PASSANDO POR MUDANÇAS, EM BUSCA DE UM NOVO BRASIL E DE UM NOVO BRASILEIRO QUE SE DEPARA COM O SONHO DE UMA VIDA LIVRE, NUM MUNDO REPLETO DE POSSSIBILIDADES E AMBIÇÕES QUE APOIAM AS MUDANÇAS. É PROCLAMADA A REPÚBLICA POR MARECHAL DEODORO DA FONSECA.
  • 18. O BRASIL HASTEIA SUA NOVA BANDEIRA A CENTELHA DA TRANSFORMAÇÃO INCENDEIA E SE PROPAGA POR UMA REGIÃO QUE FICA ENTRE DOIS RIOS O JAQUARI E O ATIBA IA, NA FAZENDA FUNIL, NO ESTADO DE SÃO PAULO. A NOSSA HISTÓRIA COMEÇA AQUI! HISTÓRIA ESSA QUE SERÁ CONTADA E CANTADA ENTRE AS ASAS DA LIBERDADE NO BERÇO EXPLENDIDO DOS BARÕES DO CAFÉ. O PODER ECONÔMICO SURGE POR ENTRE CHAMAS DA LOCOMOTIVA A VAPOR DA ESTRADA DE FERRO FUNILENSE QUE TRANSPORTAO FUTURO NESSE SOLO, COM A BENÇÃO E PROTEÇÃO DE SÃO BENTO "AFASTANDO ESSE BICHO PEÇONHENTO, ÁREA DE MUITAS COBRAS". SURGE O VILAREJO QUE, NO SEU EXPANDIR, SE VÊ OBRIGADO A TRAZER PARA O TRABALHO A MÃO-DE- OBRA DOS IMIGRANTES - OS ITALIANOS. ESSES TRABALHADORES QUE FUGIAM DA MISÉRIA VINHAM, UNS SOZINHOS E OUTROS COM TODA FAMÍLIA, PARA O NOSSO BRASIL, TERRA DO ALGODÃO, CAFÉ, CANA DE AÇÚCAR, MILHO, CÍTRICOS, TERRA DE PROMISSÃO, ÉDEN DO BEM ESTAR, E DA FARTURA. RECOMEÇARAM DO NADA, COM CORAGEM ALEGRIA E SIMPATIA, MESMO COM AS DIFICULDADES DA LÍNGUA E DA CULTURA. ERA O EMBRIÃO QUE DAVA VIDA A UM NÚCLEO URBANO MODES TO E QUE HOJE É UM IMPORTANTE MUNICÍPIO DO INTERIOR PAULISTA. O TEMPO PASSOU... A CANA DE AÇÚCAR TRAZ A ESPERANÇA COM SEUS CAMPOS VERDEJANTES E, COM ESSA ESPERANÇA, APARECE A INDÚSTRIA DO ÁLCOOL ETÍLICO DO BRASIL. TEMPOS DE GUERRA NA EUROPA. OS TEMPOS SE TORNAM DIFÍCEIS... O VILAREJO ENCONTRA SUA EMANCIPAÇÃO E, EM 28/02/1964, COMEMORA COM FESTA, MÚSICA, DANÇA E UM GRANDE CARNAVAL PELAS RUAS SEU STATUS DE MUNICÍPIO. SURGE PAULÍNIA QUE HOJE COMEMORA 50 ANOS DE VIDA NAS CHAMAS CALOROSAS DESSE DESFILE DA VAI-VAI. OS TEMPOS SE TORNAM MAIS DIFÍCEIS... O PAÍS VIVE UMA DITADURA MILITAR, COM MUITAS LUTAS E MUITA INSTABILIDADE, NESSES ANOS DE CHUMBO, ANOS CINZENTOS, UMA NOVA CENTELHA DE VIDA DÁ O GRANDE SALTO DE PAULÍNIA: É INSTALADO O MAIOR PARQUE PETROQUÍMICO DA AMÉRICA LATINA. APARTIR DAÍ, SURGE COM TODOS OS CHOQUES AMBIENTAIS E COM UMA NOVA CULTURA, O QUE VAI MUDAR TOTALMENTE ESSE NOVO BRASILEIRO... DEPOIS DA EMANCIPAÇÃO O CRESCIMENTO DE PAULÍNIA, TANTO DO PONTO DE VISTA DEMOGRÁFICO QUANTO ECONÔMICO E CULTURAL, FOI VERTIGINOSO. A GRANDE MIGRAÇÃO DE PEÕES OCORREU EM BUSCA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO DA REFINARIA. A MAIORIA DELES ESTABELECEU MORADIA E NOVAS FAMÍLIAS SE FORMARAM.
  • 19. DE RETALHO EM RETALHO SE FAZ O TECIDO DE UMA HISTÓRIA DE NOVAS POLÍTICAS E DE CULTURA PÚBLICA. OUTROS TIPOS DE PREOCUPAÇÕES SURGEM PARA PROTEÇÃO AMBIENTAL, CULTURAL E TAMBÉM PARA DESENVOLVER AS NOVAS NECESSIDADES DESSA POPULAÇÃO QUE SE TORNAVA BEM SUCEDIDA, NESSES NOVOS TEMPOS. CAMINHOS DIFERENTES PARA A FORMAÇÃO DESSE CIDADÃO CONSCIENTE SÃO CALCADOS NA CULTURA QUE COMEÇA A ESPELHAR PARA O PAÍS, COM A CHAMA DO SABER E DA EDUCAÇÃO. HOJE PAULÍNIA NO MEIO DO PROGRESSO E CULTURA É UMA CIDADE MARCADA POR UM GRANDE DESENVOLVIMENTO, MOVIDA PELO DESAFIO DE PROMOVER A ENERGIA CAPAZ DE IMPULSIONAR O DESENVOLVIMENTO E GARANTIR O FUTURO DA SOCIEDADE COM COMPETÊNCIA, ÉTICA, CORDIALIDADE E RESPEITO À DIVERSIDADE. VAMOS PASSAR POR PAULÍNIA E CONHECER TUDO DE AGRADÁVEL E IMPORTANTEQUE NOS OFERECE NO SETOR DE MÚSICA, TEATRO, DANÇA FESTIVAIS, TECNOLOGIA E ESPORTES. A META É TER CULTURA E FAZÊ-LA SER UMA SEGUNDA FONTE DE RENDA DA CIDADE. DESDE ÉPOCA DA EMANCIPAÇÃO, O FUTEBOL COMPARTILHADOCOM O BOCHA, SEMPRE FORAM OS ESPORTES MAIS POPULARES DE PAULÍNIA E, ATÉ OS DIAS ATUAIS, ONDE OS JOGOS DESPORTIVOS DOS TRABALHADORES FAZEM SUCESSO NA CIDADE. PAULÍNIA TEM TRADIÇÃO NO BICICROSS COM UMA DAS MELHOES EQUIPES DO BRASIL. OUTROS ESPORTES SÃO POPULARES NA CIDADE, COMO O BASQUETE, O HANDEBOL E O VOLEIBOL. A PREFEITURA E O PARQUE INDUSTRIAL DE PAULÍNIA SÃO OS GRANDES INCENTIVADORES DOS ESPORTES, CULTURA E LAZER QUE CADA VEZ MAIS SURPREENDE A REGIÃO E MOSTRA A COMPETÊNCIA NA EDUCAÇÃO, TENDO SIDO OS PRIMEIROS A FORMAREM A BIBLIOTECA VIRTUAL ONDE, EXPRESSIVO NÚMERO DE ALFABETIZADOS TEM ACESSO GRATUITO A INTERNET, AO FUTURO E A UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA. ENTRE AS MAJESTOSAS COLUNAS GREGAS DO TEATRO MUNICIPAL DE PAULÍNIA VEMOS NASCER O GRANDE IDEAL DESSA ARTE QUE DESPERTA NO SEU POVO O MELHOR DE SUA ESSÊNCIA: A SUA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, ASAS À SUA IMAGINAÇÃO, A ÉTICA E O RESPEITO À CIVILIZAÇÃO. O TEATRO, A DANÇA E A MÚSICA SÃO A GRANDE MISSÃO DA SECRETARIA DA CULTURA DE PAULÍNIA NO SENTIDO DE AMPLIAR, ATRAVÉS DE CURSOS DE MÚSICA, DANÇA E REPRESENTAÇÃO, O INTERCÂMBIO CULTURAL E EDUCACIONAL LIGANDO A ARTE ENTRE ALUNOS, PROFESSORES E FUTUROS PROFISSIONAIS DA CIDADE, FORMANDO O CIDADÃOCAPAZ DE PARTICIPAR DA VIDA CULTURAL E CRIANDO UM NOVO PÚBLICO COM GOSTO PELA CULTURA. "LIBERDADE, LIBERDADE", TEXTO DO JORNALISTA MILLOR FERNANDES,
  • 20. MONTADO PELOS ALUNOS DO DEPARTAMENTO DE TEATRO DURANTE A SEMANA DA CULTURA NEGRA, É UMA DAS GRANDES VITORIAS DA ARTE. PAULÍNIA A MAGIA DO CINEMA O POLO DE CINEMA VEM CADA VEZ MAIS SE FIRMANDO NO CENÁRIO NACIONAL E, COM GRANDES PRODUÇÕES DESSA NOVA GERAÇÃO DE CINEASTAS, ESTÃO SENDO FORMADOS PROFISSSIONAIS NAS MAIS DIVERSAS ÁREAS. NOS ÚLTIMOS FILMES, FORAM USADOS A PRÓPRIA POPULAÇÃO DA CIDADE PARA ATUAR COMO FIGURANTES. ALGUNS DOS FILMES PRODUZIDOS: O MENINO DA PORTEIRA/ SALVE GERAL / O HOMEM DO FUTURO / A BUSCA / O PALHAÇO. COM O DESENVOLVIMENTO DO POLO E OS PRIMEIROS FILMES QUE FORAM RODADOS NA CIDADE, ERA NATURAL QUE A SECRETARIA DA CIDADE CRIASSE UM ESPAÇO PARA O ENCONTRO E A TROCA DE EXPERÊNCIAS: "PAULÍNIA FESTIVAL DE CINEMA" QUE DEPOIS DE ALGUMAS EDIÇÕES ESTÁ CHEGANDO AO TOPO DOS FESTIVAIS DE CINEMA DO PAÍS. ELE VEIO PARA FICAR! O POLO DE CINEMA TEM MUITO QUE SE ORGULHAR DE ESTAR JUNTO COM AS PRODUÇÕES BRASILEIRAS NOS GRANDES FESTIVAIS DE CINEMA PELO MUNDO, OSCAR, CANNES, BERLIM E NESSE CARNAVAL, PREMIANDO E SENDO PREMIADO PELAS CHAMAS DA VAI-VAI. PAULÍNIA É UMA CIDADE DE SONHADORES, GENTE QUE INVENTA UM MUNDO MAIS BONITO, MODERNO, SUSTENTÁVEL, RECICLADO, QUE CUIDA DA CULTURA, FORMANDO PESSOAS CULTAS, FELIZES E PERSISTENTES E QUE NÃO SEGUEM O CAMINHO COMUM: TRILHAM SEUS SONHOS. CONSTROEM CONHECIMENTOS QUE INTEGRAM O CURRÍCULO ESCOLAR DANDO INFORMAÇÕES SOBRE CINEMA, TEATRO E MODERNIDADE. ENSINA COMO CONVIVER COM AS DIFERENÇAS E AUTONOMIA NECESSÁRIA PARA COMPREENDER O MUNDO A SUA VOLTA COM CRITICIDADE INERENTE AOS CIDADÃOS CONSCIENTES DE SEUS DIREITOS E DEVERES. ESSA É A ESSÊNCIA DESSA POPULAÇÃO EM FORMAÇÃO, JOVENS CRÍTICOS QUE SABEM REIVINDICAR COM RESPONSABILIDADE E MUITA PAZ. SINAL DE UMA SOCIEDADE MELHOR. PAULÍNIA ESTÁ FORMANDO CIDADÃOS PREPARADOS PARA OS DESAFIOS DO MUNDO, UM NOVO BRASIL NAS MÃOS DESTE NOVO BRASILEIRO. Chico Spinosa
  • 21. TOM MAIOR Enredo: FOZ DO IGUAÇU: DESTINO DO MUNDO – SINFONIA DAS ÁGUAS EM TOM MAIOR O som que se ouve na mata a murmurar É a voz nativa que a lenda fez surgir Dizem que um dia os olhos da bela Naipi Encontraram os do bravo guerreiro Tarobá E do encontro explodiu um grande amor Que geraria ódio, ciúme e muita dor Pela ira do inimigo despertar Pois Naipi havia sido prometida A M’Boi, o terrível deus serpente Que destruía tudo pela frente Era a forma de vida mais temida Mas o que fazer diante da ameaça? Para escapar dessa eminente desgraça Fugir pelo rio Iguaçu era a saída Os amantes partiram conforme planejado Mas o poderoso monstro os descobriu M’Boi com toda fúria ali abriu Diversas fendas sobre o rio navegado Dizem que assim nasceram as cataratas
  • 22. Naipi virou rocha entre as cascatas Foi Tarobá em palmeira transformado A lenda que ali fez a morada Traduz todo o poder da natureza É o mito que explica tal beleza De uma paisagem que de fato é encantada E a passarada que ali entoa um canto É a trilha sonora do espanto Do espanhol pioneiro na empreitada Mais tarde veio a ocupação Um pedacinho cá na terra lá do céu As águas que formaram um imenso véu Abençoaram os habitantes desse chão De muitas terras vieram imigrantes Gente de países tão distantes Fizeram de Iguaçu o seu rincão “Nos rios se confundem as nações” Como canta em louvor seu belo hino É brasileiro, paraguaio e argentino A mistura onde se banham os pavilhões E ergue com orgulho a bandeira De exaltação à tríplice fronteira
  • 23. Mas é verde e amarelo o seu destino Assim como é brasileiro de verdade O jeitinho nosso de comprar É muamba que vem de lá pra cá Viajando pela Ponte da Amizade Na sacola, um mundo de produtos Verdadeiros ou falsos atributos “Lembrancinhas” que aqui vão se espalhar E se o jogo no país é proibido Logo ali tem cassino a noite inteira Bem do outro lado da fronteira Arriscar a sorte é permitido Fortunas que se vão numa jogada Ou se erguem na roleta desvairada O tilintar das moedas é ouvido E a força das águas se descortina Sobre o leito do rio Paraná É a luz de um gigante a gerar A energia que a dois países ilumina Assim nasceu a grande Itaipu Trouxe o progresso para Foz do Iguaçu Obra humana que tem a mão divina
  • 24. Diante de um cenário colossal As vozes compõem tal painel Uma imensa Torre de Babel Ecoando em pleno Parque Nacional Mas se calam diante da beleza Do esplendor maior da natureza A maravilha que se transforma em carnaval E hoje rufa a nossa bateria É mais uma voz feliz que se levanta Para exaltar a Foz que se agiganta De Iguaçu vem uma bela melodia É batuque, canto e muito mais E com orgulho meu povo é quem faz Em Tom Maior, a mais linda sinfonia!! Mauro Quintaes Carnavalesco
  • 25. PÉROLA NEGRA Enredo: “Caminhos segui, lugar encontrei... Pérola Negra – A Suprema Felicidade” Onde mora essa tal felicidade, Se não em todos os lugares ou lugar nenhum? Qual será o caminho que dela me aproxima? Será utopia ou realidade? Sonho ou ilusão? Eis o paradoxo da vida Uma via de mão dupla: Poucos com muito, felizes Muitos com pouco, também Aqui, ali, entre ricos e pobres Educados ou não Dama da virtude que não escolhe a cor O gênero e a religião. Da vida como um sobrevivente Desejo-te como a sorte Um banquete de desejos Do grego, "eudaimonia" Dos deuses, um presente Uma água-marinha Uma escolha divina, prosperidade Desaguando do céu como fonte Em forma de Graças Jovens de belas faces Senhoras do encantamento, filhas de Zeus: O esplendor, a alegria e o desabrochar De dentro pra fora de mim O auto conhecimento, Ananda A paz interior, o Caminho do meio Para enfim, encontrar o destino Manifestar o amor , a alegria No caminho da virtude No prazer de viver , No contentamento No Feng Shui És cultuada no exercício da fé Descrita na Visão de Túndalo Aos bem-aventurados Filhos de Israel, és recompensa Promessa abonada aos tributários de Deus Para servir-lhes do gozo da tua presença E fugir do tempo das trevas No Júbilo do Paraíso
  • 26. Também relacionada à longevidade Na idade média foi estudo da alquimia Na busca da pedra filosofal E alvo de porções milagrosas (elixires) Para assegurá-la Assim como amuletos e talismãs Capazes de mantê-la entre os homens Contudo, no uso da Luz da razão Passou a ser desejada por direito natural Não apenas como golpe do acaso Ou favor divino Ganhou status de projeto Ligado a justiça, igualdade e bem-estar social Tornou índice no reino do Butão Felicidade Interna Bruta Para medir a satisfação coletiva A tal "qualidade de vida" Ansiada por cada um de nós Porém, continua a dúvida: Onde mora a felicidade? Musa subjetiva que se esconde Na realização dos nossos sonhos Sejam pessoais ou profissionais Ou simplesmente nos gestos mais simples Como um abraço e um beijo Sim, às vezes ela mora num afago Em outras, na aquisição de um bem material Mas podemos comprá-la? Estarás embutida numa pílula ou num antídoto? Será que se escondes no reflexo narcisista do espelho? Ou ainda, em nosso desejo de ser amado (a)? Doravante acredito na sua generosidade Pois é uma coisa que pode ser dada mesmo sem ter Uma lição que sabemos de cor Só nos falta aprender Então cuidado para não confundi-la Alegria é estar - felicidade é ser Loucura é achar que não existe A vida não teria sentido! Muito bem, há 40 anos encontrei a suprema felicidade Um lugar onde o samba é a nossa alegria Filosofia que faz sonhar E a gente embora contra a corrente Cantando aquilo que sente Faz a vida vibrar Então... venha!
  • 27. Você verá que vale à pena Chegar na Vila Madalena e ver o povo sambar... e ser Feliz! Descobrir que não há caminho para felicidade A felicidade é o caminho! E a Pérola Negra é o lugar! Carnavalesco: André Machado GAVIÕES DA FIEL Enredo: R9 - O VOO REAL DO FENÔMENO DESENVOLVIMENTO DO ENREDO SETOR 1 - “PÁSSARO – MENINO” - A INFÂNCIA DO GAROTO ILUMINADO SETOR 2 - “PÁSSARO – REAL” - O ELO CULTURAL DA NOBREZA SETOR 3 - “PÁSSARO – FENÔMENO” - A TRANSFORMAÇÃO SETOR 4 - “FÊNIX” - PERSEVERANÇA E SUPERAÇÃO: A FORÇA DE VENCER SETOR 5 - “PÁSSARO – MIDAS” - O POUSO REAL DAS RIQUEZAS: O NOVO SONHO. O PODER DA IMAGEM. Wagner Costa Presidente Rodrigo Fonseca Vice-Presidente “Abertura” · Todos os sonhos nascem dos nossos desejos e pensamentos, de momentos em que nos transportarmos para um mundo íntimo, onde tudo se torna mágico, onde podemos visualizar, desfrutar, sentir e viver o que de fato buscamos. Na vida de todo ser humano sempre haverá dificuldades, pois sem elas não existiria aprendizado, não existiria progresso. · Somos todos movidos pela emoção, pela razão, pelo sentimento de vitória. E lutamos cada vez mais para alcançar nossos sonhos e objetivos. Desde o ventre, somos regidos por luz, por um amor maternal verdadeiro e puro. Durante a vida,
  • 28. sempre existirão nossos guardiões “Mãe e Pai”, nos regendo e mostrando o verdadeiro mundo, com lutas para enfrentarmos e conquistas para alcançarmos, visando a superação e o crescimento humano. · Somos Gaviões da Fiel, uma raça de guerreiros homens-pássaros. Em nossos voos, se elevam os sentimentos de liberdade, do fantástico e do mágico. Uma nova odisseia se revela. Voa, Menino-Pássaro! Avante, família Gaviões da Fiel!!! “Carnaval 2014” · Sob a luz mágica do Carnaval, a paixão, o amor e o fascínio se renovam para mais uma vez fazer parte desse sonho, que contará a odisseia de um menino cortejado por anjos e querubins, guias de seu voo na vida. Chamado carinhosamente pela família de “Dadado”, esse menino tinha predileções. Um de seus sonhos era ganhar do Papai Noel uma bola de futebol. Além disso, tinha a vontade de bater bumbo no bloco de Carnaval de Bento Ribeiro, o Espirro do Grilo, aspirava se tornar um soldado e se deslumbrava com aviões _talvez por coincidência, o “aviãozinho”, mais tarde, se tornaria marca registrada ao comemorar seus gols. Hoje, Ronaldo Luis Nazário de Lima, o Fenômeno, veste-se sob a luz divina do Carnaval e se transforma em pássaro de realeza, mostrando a magnitude de um menino-passarinho que ganhou o mundo. “Enredo” “R9 - O VOO REAL DO FENÔMENO” “PÁSSARO-MENINO” - A INFÂNCIA DO GAROTO ILUMINADO. · Lá do céu, tocado por Deus, nasce o menino-pássaro, o garoto iluminado, batizado de Ronaldo em homenagem ao “médico-anjo”, doutor Ronaldo Valente, amigo da família Nazário, que levou a mãe, dona Sonia, e o pai, seu Nélio, ao hospital São Francisco Xavier, momentos antes do parto. O menino cresceu, iniciando seus primeiros vôos, em Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro. Vindo de família humilde, o “Dadado”, como era chamado carinhosamente pelos irmãos “Nelinho” e “Ione”, já era apaixonado pela invenção de Santos Dumont. · Ele adorava aviões e sempre dizia que gostaria de ver um mais de perto. Certo dia, ficou encantado quando viu a Esquadrilha da Fumaça. O menino-pássaro não
  • 29. imaginava que, com o passar dos anos, viajaria tanto assim em seu encanto, como contou seu Nélio. · Os aviões só perdiam na preferência de Ronaldo quando o assunto era futebol. O “Dadado” de Bento Ribeiro, que nasceu com a nobreza nos pés, sempre se destacou entres outros garotos. O talento era natural. Apesar das peladas de rua, o garoto nunca se descuidou do rendimento escolar. No entanto, os cadernos serviam também para outra atividade: anotar os gols que fazia nos jogos pelo bairro. Era só marcar um gol para correr e escrever. Sempre chamou a atenção também nas quadras de futebol de salão. · O número 13 da sorte não era apenas sua idade na época em que foi para as categorias de base do futebol de campo do time São Cristovão, da zona norte do Rio de Janeiro. Quem acompanhava o talento do menino-pássaro sempre percebia a magnitude do craque. · Seu Nélio transferiu para o filho o seu sonho de ser jogador profissional, e o destino entregou o presente a “Dadado”, o Ronaldo que sempre orgulhou a família Nazário. “O grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância” (Provérbio Chinês) A vida humana não tem só um nascimento, só uma infância, é feita de vários renascimentos, de várias infâncias. “PÁSSARO-REAL” - O ELO CULTURAL DA NOBREZA · O pássaro voava cada vez mais para o alto. Da Cidade Maravilhosa alçou voo a um “Belo Horizonte”, em Minas Gerais. As alianças estavam apenas começando, primeiro em seu ninho no Brasil, depois nos ninhos europeus (PSV, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid, Milan). O primeiro choque de R9 foi com a mudança do clima, mas, como uma grande ave, a coragem, a força e a soberania nos campos fortaleciam seu grande talento. Crescia convivendo com novas culturas, adquirindo novos conceitos, novas técnicas e construindo amizades com os novos pássaros. Amigos do futebol, como em um duelo entre titãs, revigoravam a cada partida o profissional que lutava para ser melhor a cada dia. A imponência mundial do futebol europeu se rendia aos pés do fantástico Ronaldo. Eleito em 1996 o melhor jogador do mundo pela FIFA, o menino-pássaro de Bento Ribeiro se tornava uma Realeza em Ouro.
  • 30. “Ronaldo, com a humildade que sempre carregou dentro de si, guarda e conserva as grandes amizades que conquistou nesse elo cultural.” · O Gran Slam sublime orgulhava não somente seu ego, mas também sua torcida europeia, bem maior do que a de seu país de origem. Os seus feitos lhe rendiam uma disputa maior para, então, fazer parte dos outros clubes. “PÁSSARO – FENÔMENO” - A TRANSFORMAÇÃO · A mutação do menino sonhador ganhava a Itália (Milão), chegando a um dos times mais bem-sucedidos da Europa, com grandes conquistas internacionais. Incomparável nas finalizações, reconhecido pela UEFA e FIFA INTERNACIONALE, R9 mudou a camisa para a 10, devido ao destino. Mas, sem dúvida alguma, se lembrou da terra natal e de um de seus grandes ídolos na infância, um certo Galinho que reinava no Maracanã e na seleção Canarinho. Não seria o número da camisa que iria mudar seu destino. Sua presença nos campos era inconfundível. As vitórias não cessavam. Era o jogador que possuía um aproveitamento sem igual, sempre deixando em cada jogo sua marca de artilheiro. Com toda essa erupção de emoção, vinda dos pés do Ronaldo, esse craque que sempre dava show, foi novamente eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA. Nosso pássaro-real, a partir daquele momento, era consagrado pássaro-fenômeno. A imprensa italiana, com todo seu entusiasmo, o apelidou de “Il Fenomeno”, título que alcançou os quatro cantos do mundo. (Essa emoção das grandes lembranças que Ronaldo deixou nos corações italianos motivou a Gazzeta Dello Sport, conhecido jornal italiano, a lançar um livro que conta a trajetória do Fenômeno). “FÊNIX” - PERSEVERANÇA E SUPERAÇÃO: A FORÇA DE VENCER · O retrato do amor verdadeiro pelo futebol sempre esteve estampado em toda a sua vida. O pássaro-fenômeno, interrompido pelo destino, sempre acreditou muito na sua religião “Deus”. “O refúgio foi ficar fora do país e levar sua esposa e seu filho para ajudar na recuperação (Milene e Ronald). O resto da família mandava força de longe, além das promessas da mãe para Nossa Senhora Aparecida”, lembra dona Sonia. · Todo esse sentimento familiar transcendia a milhões de fãs que sempre acompanharam a trajetória do Fenômeno. Seus sonhos pareciam terminar, mas o
  • 31. menino iluminado desde a infância nuca desistiu, sua força de vencer era enorme, sua fé e sua espiritualidade sempre o fortaleciam. “O Fenômeno se transformava em fênix. Ressurgia o fenomenal, o campeão do mundo, supremo Pássaro de Fogo que reacendeu a chama de seu talento, que enalteceu nosso país. Um momento único o ápice da sua carreira.” · Fênix, símbolo de ressurgimento, representa toda a vontade desse gênio em não desistir do que mais amava fazer, assim como todo ser humano no aspecto da vida. Ronaldo transmitiu todo esse esforço a multidões de fãs, transformou um equívoco do destino em superação, tomando forma de uma grande ave de representação inigualável, proporcionando um momento inesquecível em sua vida e na de todos que junto com ele sorriram, vibraram, gritaram, choraram de emoção e de tristeza por um menino que carregava no peito o sentimento e o orgulho que todos carregamos de ser brasileiros. De ser guerreiros. A humildade, a perseverança dotada de paz interior fizeram seu explosivo nome contagiar crianças, adolescentes, jovens, quarentões e idosos mundo a fora. Um pássaro de paz e de força interior humanista sempre mostrava o outro lado de seu coração, voltado às causas sociais do mundo. · Para delírio da Fiel Torcida, o Fenônemo-Fênix voou para o Parque São Jorge, emocionando milhões de torcedores do Corinthians. Lá, mais tarde, nos deu o privilégio de anunciar que seus voos finalizariam junto a uma torcida tão apaixonada que o havia conquistado. “Frase de Ronaldo” (Gente em Foco) Quero agradecer a toda torcida brasileira que vibrou comigo, que torceu por mim, que chorou comigo quando chorei, que caiu junto comigo quando cai, mas dessa torcida em especial eu quero agradecer a torcida do Corinthians, porque eu nunca vi uma torcida tão empolgante, tão apaixonada, tão entregue assim a um time de futebol. “PÁSSARO – MIDAS” - O POUSO REAL DAS RIQUEZAS: O NOVO SONHO. O PODER DA IMAGEM · Enfim, o adeus aos gramados. O pássaro de realeza se curva e reverencia a todos, deixando saudades. “O Pouso Real ao Império Construído” · Depois de tantas riquezas adquiridas com seu grande sucesso, um novo caminho surgia para o Fenômeno, de volta ao seu ninho real, o Brasil, feliz do orgulho que proporcionou à sua Pátria Amada. Completava sua felicidade poder estar com a família e com as maiores riquezas que o ser humano poderia ganhar de Deus, seus filhos: Ronald, Alexander, Maria Alice e Maria Sophia são os príncipes e princesas
  • 32. do pássaro da realeza, que entre suas asas sempre cuidou com muito carinho dos quatro. “O melhor sorriso do mundo é aquele que internamente conseguimos sentir... Mãe, pai, filhos...” Hoje, o nosso Fênix é um pássaro-midas (empresário). Em seu pouso real, suas asas abrigam criando e transformando novos pássaros-irmãos, a fim de que alçem voos. A imagem se transforma em um grande negócio. O Voo Real do Fenômeno é coroado ao Ninho de Ouro “Brasil”, a Copa do Mundo de 2014, que se orgulha de ganhar um toque fenomenal vindo de um dos maiores artilheiros das Copas e agora membro do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014. Vem acompanhando de perto toda a preparação para esse evento mundial, com que há anos todos os brasileiros sonhavam e que hoje se tornou realidade. Assim como foi o sonho do “Dadado”, da família Nazário, que se tornou o nosso Fenômeno. “Se eu começasse a agradecer a Deus hoje, até o final da minha vida, eu não iria conseguir agradecer tudo o que ele fez” (Ronaldo Luis Nazário de Lima) Glossário · Ronaldo Luis Nazário de lima – Wikipédia, a enciclopédia livre; · Siginificados.com. br; · Globoesporte.com (Rio de Janeiro e São Paulo) Carlos Augusto Ferrari – Rio de Janeiro Por Alexandre Lozetti e Leandro Canônico – São Paulo Cássio Barco e Sergio Gandolphi Por Diego Ribeiro – São Paulo Consultoria para Desenvolvimento do Enredo: · · Empresa 9ine (Marcus Buaiz) Dona Sonia (por Caio Luz) Diretores de Harmonia: Eduardo Ferreira, Marcio Rodrigues, Regina Dercoli, Ricardo Amorim, Milton Silva, Rodrigo Ribas Diretores Cenográficos:
  • 33. Igor Carneiro, Fabio Lima Diretoria Gaviões da Fiel Torcida Presidente: Wagner Costa Vice Presidente: Rodrigo Fonseca · Sandro Putnoki (Empresa Sanlock) Agradecimentos: À empresa Sanlock, na pessoa do proprietário Sandro Putnoki, em ceder o espaço com toda a estrutura necessária para o desenvolvimento desse projeto; à atenção dos funcionários, em especial da Giselle Calaf, que teve a honra de digitar todo o texto, mais tarde corrigido pelo proprietário da empresa, amigo particular que me proporcionou toda a assessoria desde o início até a finalização da construção deste enredo maravilhoso. ZILKSON REIS MOCIDADE ALEGRE Enredo: “Andar com Fé Eu vou... Que a Fé não costuma Falhar...” Ao Mestre Com Carinho ...Pra alcançar as estrelas não vai ser fácil, mas se eu te pedir você me ensina como descobrir qual é o melhor caminho, Foi com você que eu aprendi a repartir tesouros, Foi com você que eu aprendi a respeitar os outros... Nossa homenagem ao Sr. Beto – Alberto Alves da Silva, Presidente de Honra da Ala dos Compositores (in Memorian) “Ao Sr. Beto... Nossa gratidão, nossa missão, nossa fé!” “Andar Com Fé Eu Vou... Que a Fé Não Costuma Falhar!”
  • 34. Desenvolvimento do Enredo Setor 1 Fé... Acreditar no Que os Olhos Não Vêem! Setor 2 Religiões... Arrebanhando Almas em Nome da Fé Setor 3 Fé no Sobrenatural – Bruxaria ou Verdade?... Cada Um Acredita no Que Quiser, ou Precisar! Setor 4 A Crença nas Previsões... Meu Caminho Traçado! Setor 5 A Esperança na Fé Que Move Montanhas... Eu Ainda ‘Boto’ Fé! Sinopse do Enredo Apresentação Fé é uma atitude perante a vida, intraduzível em palavras. A fé só existe diante do abismo das incertezas. Quem tem certezas não precisa ter fé." (Rubem Alves) Sob a luz do carnaval, a Mocidade Alegre lança seu olhar sobre uma das mais belas emoções que movem a humanidade: a Fé. Esse sentimento que sabemos entender e vivenciar, mas não conseguimos explicar, é verdadeiro, confiante, apaixonado... Guarda seus mistérios e gera uma força incomparável que desconhece limites... Pois até quem não tem fé em nada, tem fé que o nada existe! E a Morada do Samba, alegre por trazer em seu cortejo uma legião de sambistas fervorosos, agradece a cada um deles, pois é da soma desses milhares de corações – que sambam e cantam em forma de prece – que vem a nossa força maior, a nossa fé! É assim que vamos superar o impossível e realizar a nossa missão, Avante, Família Mocidade Alegre! Setor 1 – Fé... Acreditar no Que os Olhos Não Veem!
  • 35. “Me disseram, porém que eu viesse aqui pra pedir de romaria e prece paz nos desaventos como eu não sei rezar só queria mostrar meu olhar, meu olhar, meu olhar” (“Romaria”, de Renato Teixeira) A fé acredita sem ver, e é isso que a torna tão misteriosa. O fiel peregrino, ao trilhar por esse caminho em busca pela luz divina, mostra sua devoção, ardente e inquieta como a chama das velas que brilham e choram por súplica ou por gratidão, ligando o humano ao divino, Nesse cortejo em forma de romaria, é como se cada vela fosse acesa pelo calor do coração de cada fiel, tamanho é o sentimento de quem a oferece, É a fé ardente, que nos conduz ao estado de plenitude e profunda devoção... É a fé! Setor 2 – Religiões... Arrebanhando Almas em Nome da Fé “As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?” (Mahatma Gandhi) O ser humano – no encontro do sentido de sua existência – sempre buscou, dentro de cada sociedade, outras pessoas que compartilham da mesma fé, formando a religiosidade. A civilização construiu sua história em torno de diversas religiões que até hoje se mantém vivas. Cada povo antigo instituiu sua fé do seu jeito, com sua linguagem, seus ritos. Grandes templos foram construídos e muitas vezes o líder espiritual também foi o líder político e militar, tido e havido como o representante único de Deus – ou dos deuses – sobre a Terra. Cada religião gerou um código de identidade entre seus seguidores, uma linguagem que se mostrava em vestimentas, gestos, atitudes e formas de se ver o mundo. Muitas delas também criaram escrituras litúrgicas, como um código escrito, sagrado, absoluto, cuja desobediência pode ser considerada um pecado. Uma grande promessa é recorrente nas mais diversas religiões: O encontro com a paz e a felicidade eternas, em algum lugar, em algum tempo, que se desconhece e nem por isso enfraquece a crença das almas arrebanhadas em nome da fé... Afinal, o medo de cometer pecado e, como consequência, perder o lugar no paraíso
  • 36. sonhado, fez com que muitos fiéis fossem guiados pelo anseio da eternidade prometida! Setor 3 – Fé no Sobrenatural – Bruxaria ou Verdade? Cada Um Acredita no Que Quiser, ou Precisar! “Eu vou me banhar de manjericão Vou sacudir a poeira do corpo batendo com a mão E vou voltar lá pro meu congado Pra pedir pro santo Pra rezar quebranto Cortar mau olhado” (“Banho de Manjericão”, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro) O fascínio pelo sobrenatural também tem seus fiéis, seja nas xamânicas pajelanças caboclas, nas senhoras benzedeiras que conhecem ervas e rezas fortes para tudo... Seja nos terreiros das cidades, com a incorporação de “guias”, que consolam o coração e dão coragem a quem acredita, que retribui com cantos e oferendas. Nas mesas brancas, mensagens do além confortam quem sente saudades de ‘quem passou para lado de lá’ e o ‘passe espiritual’ renova as energias. No sobrenatural, encontramos também as milenares superstições... O medo de gato preto, do espelho quebrado ou ainda de passar por debaixo da escada... E para espantar o azar e o mau olhado, nada melhor que patuás, amuletos e até mesmo um bom talismã! Tem quem acredite em duendes ou ainda na capacidade de cura dos cristais, que absorvem a energia negativa e a devolvem para a terra. Na cromoterapia, a própria força das cores pode curar e prevenir doenças. A crença na magia e no esoterismo seriam frutos da bruxaria ou da ancestralidade humana, que guarda segredos e espera sempre por soluções mágicas através de poderes sobrenaturais? Afinal, cada um acredita no que quiser, ou precisar! Setor 4 – A Crença nas Previsões... Meu Caminho Traçado “Já está escrito, já está previsto Por todas as videntes, pelas cartomantes Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas No jogo dos búzios e nas profecias” (“Cartomante”, de Ivan Lins)
  • 37. A tentação de prever o futuro também move a fé de muitas pessoas. É como se o caminho de cada um de nós já estivesse traçado e, através de oráculos, pudéssemos saber o que nos espera. Quantos de nós não começamos o dia sem antes ler o horóscopo? Ou então, quando temos aquele probleminha no emprego, não recorremos a um bom jogo de búzios ou a um numerólogo? E a mística e mágica figura das ciganas, que vivem de descobrir o destino das pessoas lendo as linhas das suas mãos ou até mesmo através das cartas de tarô? A crença nas previsões também gerou o surgimento do que podemos chamar de “mercado da fé”, onde nos deparamos com poções milagrosas, soluções momentâneas e anúncios folclóricos, tais como “Chá Que Levanta Defunto”, “Banho do Emprego”, “Faço Amarrações do Amor” e “Trago Seu Amor de Volta em Sete Dias” A fé na bonança do porvir é fruto da necessidade humana de acreditar que o futuro será brilhante e, mesmo que o presente seja difícil, é acreditando que fazemos por merecer as melhoras tão sonhadas, Aos que creem nas previsões, o futuro está traçado e a luz da fé é o caminho a ser seguido! Setor 5 – A Esperança na Fé Que Move Montanhas... Eu Ainda ‘Boto’ Fé! “Se eu não for por mim, quem irá por mim? Se eu for só por mim, quem serei eu? E se eu não for agora, então quando?” (Rabino Hillel) A fé é uma emoção interior, íntima, vivencial. Cada coração sabe compreender o que, para que e como acredita. Em se tratando de fé, para algo ser verdadeiro basta que alguém acredite. É assim que o impossível se torna possível: doenças são curadas, graças são conseguidas, limites são superados. E a esperança, outra característica nossa, nos conduz à “boa fé”: nas pessoas, na política, na família, no bem, na vida, no futuro! Se nos jogos de loterias muitos apostam fazendo sua “fezinha”, no carnaval uma escola de samba é uma demonstração de comunhão, de tolerância e de muita fé! Nesses tempos modernos de comunicação na velocidade da luz, muitas pessoas preferem viver a fé à sua própria maneira, não se comprometendo com nenhuma
  • 38. religião, descobrindo que o Universo inteiro cabe dentro de seu pensamento, da sua mente e do seu coração. E assim, você pode romper barreiras, superar limites e buscar a elevação espiritual, pois há um templo em cada um de nós, permitindonos conhecer a força do Deus interior – único, verdadeiro e iluminado – que liberta a alma e aponta o caminho... Afinal, esteja você diante da grandeza do Universo ou na infinitude da sua força interior, o mais importante é... Andar com fé... Que a fé não costuma falhar... Jamais! “Andar com fé eu vou... Que a fé não costuma ‘faiá’” (“Andar Com Fé”, de Gilberto Gil) Sidnei França e Departamento Cultural NENÊ DE VILA MATILDE Enredo: “Paixões proibidas e outros amores” Como dizia o poeta… Quem já passou por essa vida e não sofreu pode ser mais, mas sabe menos do que eu, porque a vida só se dá para quem se deu, Somente quem sentiu uma paixão proibida, pode dizer que já viveu. Posso estar enganado, mas para mim, esta é a explicação para o fascínio que exerce nas pessoas os assuntos do coração. Afinal, uma história que fala de sentimento torna-se muito mais atraente, quando há algum impedimento. Paixões não correspondidas motivaram guerras entre nações, na política, influenciou importantes decisões, nas artes então, foi um vasto horizonte para artistas de vários segmentos, que beberam desta fonte. Música, cinema, teatro e literatura abordam em maiores proporções sofridos casos de amores secretos, do que romances sem complicações. Permeado por desejo, romance com uma pitada de sedução mostro que nem mesmo as grandes personalidades estão imunes às intempéries do coração. Curiosa e altaneira, eu sou a águia guerreira! Representante do universo onde a ficção se encontra com a realidade contando em forma de enredo, a história das grandes paixões proibidas da humanidade.
  • 39. Começo minha viagem com uma indagação… Até onde alguém pode chegar em nome de uma paixão? Diz a mitologia que Orfeu dedilhava sua lira somente para Eurídice, sua amada (era para ela cada nota tocada) Porém, o destino esse deus tão cruel, que com os nossos sonhos nunca se importa, fez Orfeu sentir-se jogado ao léu, ao ver sua bela Eurídice morta. Inconformado, não queria perder seu grande amor, para resgatar Eurídice, enfrentou os perigos do mundo inferior, com suas belas canções a todos comoveu e naquele mundo assim entrou. Até o próprio Hades, ele convenceu a entregar-lhe de volta a quem tanto amou “Leve-a contigo e de meu reino saia, contudo não deves olhar para trás, pois caso a sua palavra traia, a bela Eurídice não verás mais. Orfeu conseguiu o seu intento, porém no retorno, quando os raios do sol já avistava teve um momento de distração, olhou para trás e ouviu o lamento era sua amada que dele para sempre se afastava. Ainda na Grécia, testemunhei o que para muitos pareceu uma ironia, a Deusa do amor, a mais bela do Olimpo, quem diria, entre tantos pretendentes, que sonhavam tê-la ao lado, viveu um intenso romance proibido com o deus da guerra, temido e respeitado. Nos tempos bíblicos, vi o escolhido por Deus, um rei poderoso cair em tentação e cometer pecados em nome de um relacionamento amoroso. Também presenciei um homem bom, com uma força descomunal ser enganado por sua amada, que era de um povo rival. Sedutora, descobriu que nos cabelos estava a fonte de seu poder, na calada da noite cortou suas madeixas e entregou-lhe para prisão, foi o fim de um amor intenso, porém manchado pela traição. O tempo passou, o mundo se modernizou, surgindo novos reinos e nações e com eles, casos de personalidades da história que não resistiram as tentações de desfrutarem calorosos relacionamentos proibidos, recheados de poder e sedução. Por isso, chego a França medieval, centro da elite e da nobreza, onde os amantes ganharam status de realeza, onde um general que entrou para a história por sua bravura sem igual, perdeu o grande amor de sua vida, devido a diferença social, pois na época era um simples soldado e ela representava uma família tradicional. Seguindo as trilhas das grandes paixões proibidas, relato momentos épicos da história que de tão espetaculares ficarão para sempre na memória, como a guerra de Tróia, que embora foi creditada a uma disputa de terra e expansão, seus reais motivos estão ligados a assuntos do coração. Bela, sedutora, com uma personalidade forte que a transformou num mito, esta foi Cleópatra, a mais famosa das rainhas do Egito, que viveu com o Imperador Romano Marco Antônio, um romance intenso e conturbado. Proibido em sua essência, pois cada um defendia o seu lado, para satisfazer os desejos de sua amada, o imperador viu sua imagem ser arranhada, pois a ambição de Cleópatra não tinha limites, era desenfreada.
  • 40. Não demorou para perder o controle e ver o inimigo chegar ao poder, foi o fim não só de um império, mas também de uma relação que misturou paixão, poder, ganância e traição. Após uma longa viagem pelo mundo, retorno ao meu Brasil amado terra onde grandes e calorosas paixões proibidas surgiram de todo lado. De membros da alta corte a empresários, de artistas até revolucionários, escravo, escritor, ou, seja lá quem for, ninguém escapou das artimanhas do amor. De Santa Catarina, trago a história de uma menina que deixou uma vida segura em nome de uma paixão viveu as margens da lei com seu amado, sonhando com a revolução. De São Paulo dos anos 20, que respirava o modernismo por toda parte, trago um caso de amor proibido que escandalizou o mundo da arte. Se ter uma relação secreta é difícil, imagina em tempos de repressão? Por isso, rendo homenagem a um casal de comunistas que lutou contra a opressão. No Rio de Janeiro, então capital federal por muito tempo falou-se de um caso extraconjugal vivido pela esposa de um importante escritor com um rapaz muito mais jovem que tornou-se seu novo amor. Das Minas Gerais, terra do diamante falo de um contratador que fez de uma escrava sua amante mostrando do seu jeito, que um amor verdadeiro vence o preconceito. Foi um caso de amor a primeira vista aquele vivido entre a filha de um fazendeiro escravocrata e o maior líder abolicionista. Se perguntarem qual a mais famosa história de paixão proibida do país, falo sem mistério, foi uma que se passou na época do império envolvendo Dom Pedro l e a Marquesa de Santos, sua amante. Apesar da marquesa ser o grande amor da sua vida, era menos importante do que assuntos da corte e a aliança com outros representantes da nobreza. Mais isso pouco importa, pois ficou a certeza que este romance que a história perpetuou foi eterno enquanto durou. Vi um conto virar livro, um livro virar musical de respeito falando de um amor inesperado que venceu a aparência física e o preconceito. Me emocionei com a paixão entre uma escrava etíope e um general que se transformou numa ópera tão grandiosa quanto o sentimento que movia o casal. Com uma pintura sem igual, mostro um gênio homenageando sua amante, tornando o relacionamento proibido e imortal. Pecado e razão muitas vezes andam juntos, colocando uma nuvem sobre a certeza no clássico da literatura nacional, uma recatada senhora baiana, expôs sua fraqueza dividida entre o amor imaginário e real, optou pelos dois, sem ligar para o pudor e a moral. Vi um cavaleiro errante criar um universo de imaginação onde vencia poderosos inimigos, somente para proteger a dona do seu coração. Por ironia do destino, nunca ficaram juntos quando a história terminava,
  • 41. a esperança de um final feliz, renascia a cada aventura que se iniciava. Ouvi com atenção, uma música, que de tão intensa, foi parar na tela de cinema tendo Brasília como cenário e uma paixão conturbada como tema. Conheci uma grande cantora que pela diferença de idade, não assumiu o seu parceiro temendo ser vítima do preconceito, escondeu por quatro décadas um amor puro e verdadeiro Falo de um irresistível conto de amor inúmeras vezes escrito e encenado que mostra um casal que após tomar uma poção mágica, fica apaixonado escandalizando a corte inglesa, pois ele era um simples cavaleiro e ela uma princesa. Entre tantos casos de amores proibidos retratados em forma de arte “Romeu e Julieta”, tornou-se popular, conhecido em toda a parte graças a uma história carregada de emoção, onde a rivalidade entre famílias tentou sufocar a paixão. Em nome desse amor, com suas vidas pagaram, porém, terminaram juntos, como sempre sonharam. Encontrei casos de amores proibidos até na religião. Onde a senhora dos ventos e das tempestades, foi surpreendida por uma forte paixão. Trago do sertão nordestino, a história de uma mulher que mudou o seu destino que uma vida tranquila deixou de lado, para viver no cangaço junto de seu amado. Lendas, crendices, “causos” que surgiram do imaginário popular, quem quiser saber sobre amores impossíveis, nosso folclore tem história para contar. De botos e sereias sedutoras, a índios que pedem ajuda celestial Tem em comum, algum impedimento atrapalhando seu final. Vi um amor proibido dar origem a uma rivalidade em Parintins, um desafio entre donos de bois, mudou a vida da cidade e até hoje os mais antigos se lembram do que aconteceu: “Capriche no seu boi, que eu garanto o meu!” Termino minha viagem no mundo onde nasci e fui criado pois eu sou de Vila Matilde, onde para o samba fui apresentado foi um amor a primeira vista, que dominou meu coração um sentimento tão forte, que venceu a repressão. Quer proibir minha paixão… Que tolos, podem tentar! Pois o amor pela minha escola venceu o preconceito e está longe de acabar. Falo isso com a moral de quem há 65 anos respira carnaval, uma festa popular regada a confete e serpentina, onde o Pierrot apaixonado sonha com o amor da Colombina contemplando a lua, esperando o desfecho que sempre quis… Mesmo proibido, ter um final feliz! Magoo Carnavalesco da Nenê de Vila Matilde
  • 42. ÁGUIA DE OURO Enredo: “A velha Bahia apresenta o centenário do poeta cancioneiro Dorival Caymmi” Sinopse não disponibilizada no Site da Escola! IMPÉRIO DE CASA VERDE Enredo: Sustentabilidade – Construindo um Novo Mundo! Em força e luz explode a imensidão! Do breu do caos que a ordem se fez, é lançado ao léu o brilho da criação, de onde resplandece a Terra, íris azul nos olhos do universo, a poesia da vida, o verso que fez rimar quatro elementos: água, terra, fogo e ar. Forças do equilíbrio que ostentam o poder. Eis a balança ancestral que sustenta a inexplicável mágica do viver. Moléculas que se fundem, química perfeita! Fonte que jorra a vida e atravessa o tempo, fazendo surgir o homem, ser que reina sobre as criaturas com a dádiva do pensamento. Cria que cria, escolhe, decide, presente e futuro, que constrói e destrói, o verso e o reverso, direito e esquerdo, o bem e o mal. No relógio do tempo, engrenagem da invenção. O progresso alcança e pende a balança, o peso da degradação. O mundo se move, a máquina do homem, fruto da evolução que acelera sem freio, fora do prumo, que corre num trilho sem direção, como quem rasga a tela e borra a aquarela, obra prima da criação. E assim tingiram-se nossas águas pela escória industrial, inconsequente ganância a escorrer por rios e mares, da civilização, dos esgotos, dos lares. Manchou-se o céu de densas e inimagináveis nuvens tóxicas a denegrir o ar; algoz poluição. Séculos tombaram-se em florestas e outras tantas de pedra ergueram-se em seu lugar. Insuperável humanidade, super-homens querendo apenas avançar num superlativo mundo, sem saber onde chegar. A natureza cobra a sua ordem e reclama em sua revolta como um brado que transborda, que se aquece e que sufoca, se faz escasso e queagoniza mas não morre. Natureza que nos envia sinais de alerta como a luz no fim do túnel e, por fim, o homem desperta, se redime e reinventa, busca em seu eu a consciência para construir um mundo novo, o amanhã da sua existência. Trava-se um duelo de titãs, crescer e existir, recomeçar e buscar o progresso aliado ao bem viver. Lado a lado, equilibrado; sustentável leveza do ser. Ser humano é reconhecer que cuidar do mundo é cuidar da nossa casa, de mim e de você, zelar por nossa herança, nosso tesouro. Água, terra, fogo e ar. Não poluir, reciclar, não destruir, não desmatar; colher e plantar conscientemente para ser a semente a brotar e ver o mundo se alimentar. Preservar a esperança, fazer do futuro o nosso presente, um presente que se quer dar.
  • 43. Hoje o samba abre alas para o mundo novo e seu cantar é um grito de alerta, correto, sensato e humano, que sai do coração como um pensamento puro para alcançar a consciência dos homens. Abre-se o pano. Descortina-se o futuro de um viver melhor, um carnaval sustentável. O tigre é mais que um guerreiro, é o guardião do planeta azul que traz uma energia limpa, uma alegria ampla de um sorriso branco e franco, na esperança de que a nossa casa seja sempre verde e para todo o sempre, viver! Alexandre Louzada ACADÊMICOS DO TATUAPÉ Enredo: Poder, Fé e Devoção – São Jorge Guerreiro! 1º Setor: Jorge da Capadócia e a vida de Jorge soldado Jorge, nascido na Capadócia, atual Turquia, filho de cristãos, foi educado para lutar sempre contra o mal. Adolescente, entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa, e, logo foi promovido a capitão do exército romano, graças à sua dedicação e habilidade. Tais qualidades levaram o imperador a lhe conferir o título de Conde da Capadócia, e Jorge passou a residir na corte imperial e a exercer a função de Tribuno Militar. Então, o Imperador publicou um édito que mandava prender todo soldado romano cristão que não reverenciava aos deuses romanos. Jorge, que sempre se declarou cristão, manteve-se fiel ao cristianismo. Torturado de vários modos, seu martírio aos poucos foi ganhando notoriedade; a cada vitória sobre as torturas, Jorge ia convertendo mais e mais soldados. O imperador, contrariado, chamou um mago para acabar com a força de Jorge. O santo tomou duas poções e, mesmo assim, manteve-se firme e vivo. O feiticeiro juntou-se à lista dos convertidos, assim como a própria esposa do imperador. Estas duas últimas "traições" levaram Diocleciano a mandar degolar o ex-soldado em 23 de abril de 303 d.C. 2º Setor: Padroeiro São Jorge é venerado desde o século IV e recebeu o honroso título de "Grande Mártir". A devoção a Jorge rapidamente tornou-se popular e seu culto se espalhou pelo mundo, durante a Idade Média. Conhecido como verdadeiro guerreiro da fé, durante as Cruzadas, começou a ser cultuado como santo, que segundo a lenda, venceu satanás em terríveis batalhas. Iconograficamente, São Jorge é representado como um jovem imberbe, de armadura, tanto em pé como em um cavalo branco com uma cruz vermelha. A imagem conhecida, do cavaleiro que luta contra o dragão, foi difundida a partir de um mito surgido em romances de cavalaria. Está relacionada às diversas lendas criadas a seu respeito e contada de várias maneiras.
  • 44. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, assim como vários lugares pelo mundo, como a Catalunha, Moscou e Portugal; já na África, São Jorge é considerado padroeiro da agricultura. A devoção brasileira a São Jorge deve-se à colonização portuguesa, assim como o sincretismo nas religiões de matriz africana. No Brasil, podemos destacar: • É patrono dos Escoteiros, Bicheiros, Soldados, Policiais, Bombeiros, Armeiros, Cavaleiros, Seguranças e Serralheiros; • É o Santo Padroeiro do Corinthians - acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à verdade Cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo "Fiel", popular entre os torcedores corintianos; • É Padroeiro de várias escolas de samba pelo Brasil, entre elas União da Ilha do Governador, Beija-flor de Nilópolis, Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense, Porto da Pedra e Grande Rio, no Rio de Janeiro, e Rosas de Ouro, Gaviões da Fiel, Morro da Casa Verde, entre outras em São Paulo. • Na astrologia São Jorge representa Marte e o signo de Áries. 3º Setor: Sincretismo religioso A força do venerado Guerreiro só explodiu no país a partir do sincretismo religioso com os cultos afro-brasileiros, trazendo festas e tradições em vários pontos de regiões brasileiras. Forçados a professar a fé cristã, os africanos trouxeram, suas crenças, suas divindades, suas lembranças... O único caminho para que pudessem cultuar seus orixás era disfarçá-lo como um culto a santos católicos. A igreja católica, naquela época, dizia que os orixás não passavam de demônios. Por isso o sincretismo religioso com os santos da igreja católica, pois os negros escravos eram obrigados a se converterem ao catolicismo, muitas vezes até mesmo no tronco, dizendo-se ser uma espécie de exorcismo. Quando os escravos se passavam por convertidos eles comparavam a história ou a lenda de um santo católico, e também o que cada um representava, com os santos africanos. Então, São Jorge é associado a Ogum, orixá do ferro e das estradas. 4º Setor: Manifestações artísticas e culturais A popularidade de São Jorge é incontestável quando analisamos as diferentes linguagens artísticas: Cantos (músicas), como:
  • 45. • "Jorge de Capadócia", de Jorge Ben Jor, interpretada também por Caetano Veloso, Fernanda Abreu e pelos Racionais MC's; • "Alma de guerreiro", de Seu Jorge - São Jorge é citado. A música é tema de abertura da telenovela "Salve Jorge"; • "Lua de São Jorge", interpretada por Caetano Veloso; • "Líder dos Templários", de Jorge Vercillo; • "Medalha de São Jorge", que foi gravada pela Cantora Maria Bethânia; • "Saudação a Ogum", de Leci Brandão; • Zeca Pagodinho com as músicas "Vou acender velas para São Jorge" e “ Ogum” outro sucesso de vendas. Quadros, imagens, pinturas como: • Em Paris, no Museu do Louvre, um quadro famoso de Rafael (1483-1520), intitulado "São Jorge vencedor do Dragão"; • Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello; • A imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli. Contos, livros, filmes, peças teatrais e novela: • Existe um livro sobre São Jorge, criado pelo escritor italiano Tito Casini, chamado “Perseguidores e Mártires“; • Outro destaque é o filme "uma festa para Jorge", da cineasta Isabel Joffily e Rita Toledo; • No teatro foi através do ator Jorge Fernando, com a peça “Salve Jorge”, que o santo guerreiro foi citado; • e por fim, a novela “Salve Jorge”, um sucesso de audiência de autoria de Glória Peres. No folclore, não poderíamos deixar de falar da cavalhada, que ocorre em várias partes do país, onde nesta homenagem a São Jorge eles encenam o duelo do bem contra o mal. Por este motivo, metade dos cavaleiros representa o mal com a cor vermelha e a outra metade, a cor azul, representa o bem, ou seja, nosso valente guerreiro.
  • 46. As artes sempre estiveram presentes no cotidiano como canais de conexão e expressão entre o mundo interno pessoal e o mundo externo natural e coletivo. Marcas que deixaram e poderão deixar ao longo da história diversas culturas. 5º Setor: Devoção O dia de São Jorge é comemorado em 23 de abril. No sul do Brasil, o sincretismo com Ogum colabora bastante com a popularidade do santo. Essa composição sincrética formada a partir de São Jorge-Ogum tornou-os nos mais populares ídolos religiosos no Rio de Janeiro, a ponto de se tornarem os patronos da maior parte dos times de futebol e das escolas de samba da cidade. O culto a São Jorge é maior que o culto a São Sebastião – santo padroeiro da cidade – ou a Nossa Senhora. Na devoção de cada religião é marcada pela esperança de uma nova era para o mundo dos homens com igualdade. É o poder da fé que move montanhas, é a peregrinação dos caminhos da fé. Desde o desconhecido à celebridades da mídia. De um Brasil onde se vive em harmonia, onde São Jorge convive com o povo brasileiro no seu dia a dia, e que ele nos abençoe em todas as manifestações religiosas e festas da cultura do povo brasileiro. A ACADÊMICOS DO TATUAPÉ com poder, fé e devoção, erguida ao longo de nossa história, pede passagem para contar em “canto e oração” a ação sociocultural de um santo, nesse encontro mágico e poético chamado Carnaval. Material organizado por Thiago Vergete Sinopses na íntegra de acordo com a publicação de cada Escola em seus respectivos Sites na Internet. Busca em http://www.blogdovergete.blogspot.com