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Revista

Carnaval
Ano II n Edição nº 20 n Setembro / 2013

Marcos Roza

O rei dos
enredos

Leandro Santos, sempre
bem acompanhado
O calendário das finas
de sambas-enredos
Setembro / 2013

Revista Carnaval l 1
EDITORIAL

AGENDA DO CARNAVAL

(Grupo Especial e Grupos de Acesso do Rio de Janeiro)
Grupo Especial
Passarela do Samba
Domingo – 02/03
n Império da Tijuca
n Acadêmicos do Grande Rio
n São Clemente
n Mangueira
n Salgueiro
n Beija-Flor
Passarela do Samba
Segunda-feira – 03/03
n Mocidade Independente de Padre Miguel
n União da Ilha do Governador
n Unidos de Vila Isabel
n Imperatriz Leopoldinense
n Portela
n Unidos da Tijuca
Série A
Passarela do Samba
Sexta-feira – 28/02
n Em Cima da Hora
n União de Jacarepaguá
n Acadêmicos da Rocinha
n Renascer de Jacarepaguá
n Unidos do Porto da Pedra
n Paraíso do Tuiuti
n Inocentes de Belford Roxo
n Império Serrano
Passarela do Samba
Sábado – 01/03

n Tradição
n Alegria da Zona Sul
n União do Parque Curicica
n Caprichosos de Pilares
n Unidos do Viradouro
n Estácio de Sá
n Acadêmicos de Santa Cruz
n Unidos de Padre Miguel
n Acadêmicos do Cubango

Grupo B
Estrada Intendente Magalhães
Domingo – 02/03
n Unidos de Bangu
n Unidos do Jacarezinho
n Acad. do Sossego
n Acad. do Engenho da Rainha
n Arranco
n Unidos da Vila Kennedy
n Sereno de Campo Grande
n Favo de Acari
n Unidos do Cabuçu
n Unidos da Ponte
n Unidos de Lucas
n Unidos da Vila Santa Tereza
n Império Rubro-Negro
Grupo C
Estrada Intendente Magalhães
Segunda-feira – 03/03
n Arame de Ricardo
n Acadêmicos do Dendê
n Acad. da Abolição
n Boca de Siri
n Moc. de Vic. de Carvalho
n Rosa de Ouro
n Moc. Unida da Cidade de Deus
n Difício É o Nome
n Leão de Nova Iguaçu
n Boi da Ilha do Governador
n Unidos de Villa Rica
n Moc. Unida do Santa Marta
Grupo D
Estrada Intendente Magalhães
Terça-feira – 04/03
n Matriz de São Joao de Meriti
n Unidos das Vargens
n Gato de Bonsucesso
n Unidos do Anil
n Moc. Ind. de Inhaúma
n Unidos de Cosmos
n Lins Imperial
n Arrastão de Cascadura
n Chatuba de Mesquita
n Acad. de Vigário Geral
n Cor. Unidos do Amarelinho
n Unidos de Manguinhos
n Vizinha Faladeira
n Flor da Mina do Andarai
n Tradição Barriense de Mesquita

Pesquisa e canto

A

velha máxima do Carnaval diz que enredo bom é aquele que um surdo entende ao ver a escola passar na Avenida e que samba bom é o que leva um cego a entender
todo o tema. No entanto, não há enredo de boa qualidade sem
uma pesquisa bem feita e boa música sem um intérprete que a
valorize. REVISTA CARNAVAL embarca nesta onda e destaca
dois profissionais que cumprem com muita competência suas
tarefas, mesmo que tenham iniciado suas carreiras de forma
tão distinta.
Marcos Roza assumiu o reinado entre os pesquisadores de
enredo com competência e por antiguidade. Seu pioneirismo
criou uma nova e importante função na folia. Já Leandro Santos começou ainda menino no desfile mirim, mas ao crescer se
apoiou em um grande mestre e agora terá o privilégio de dividir
o carro de som com outro ícone do Carnaval carioca.
Aliás, Leandro saberá em poucos dias o samba-enredo que
cantará na Avenida em 2014. As datas das finais da Série A e
do Grupo Especial já foram marcadas. Isto no Rio de Janeiro,
porque, em São Paulo, as agremiações estão no estúdio, gravando o CD para o próximo Carnaval.
Entre enredos e sambas, REVISTA CARNAVAL lembra nesta
edição a saudosa Tupy de Brás de Pina e a eterna Chica da Silva do Salgueiro, Isabel Valença, com seu reinado que se estendeu da Avenida para o elegante salão do Teatro Municipal. Mas
tem muito mais. Todas as novidades do mês estão em nossas
páginas.
Boa Leitura!
Revista

Carnaval

EXPEDIENTE

A Revista Carnaval é uma
Publicação Portifolyo Produções
Rua Garcia Redondo, 30, Cachambi,
Rio de Janeiro-RJ. Tel.: 9835-1828
Editor: David Júnior.
Diretor Executivo: Otávio Sobrinho.

Direção Comercial: Ego Mídia & Marketing.
Email: revistacarnaval@revistacarnaval.com.br.
www.revistacarnaval.com.br.
Foto de capa: Arquivo Pessoal.
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade de seus autores.

Setembro / 2013

SUMÁRIO
ENTREVISTA
O reinado de
Marcos Roza

4

HOMENAGEM
Isabel
Valença

13

POVÃO
A disputa para
a corte

14

POVÃO
Regulamento
para a rua

16

ESPECIAL
Martinho e
o Palácio

18

ESPECIAL
Finais e
Portela

20

SÉRIE A
Decisão dos
sambas

22

SÉRIE A
Paulinho
Santa Cruz

24

ESTRUTURA
Cidade do
Samba 2

25

TALENTO
Leandro
Santos

26

INESQUECÍVEL
Tupy de Brás
de Pina

29

CRIANÇA
Ordem
alterada

30

ACESSO
Investindo
em casa

31

SAMBA
Fábrica
do Samba

32

Revista Carnaval l 3
Foto: A. Pinto.

ENTREVISTA

Marcos Roza,

Enredos
com grife
Marcos Roza tornou-se uma referência na pesquisa
de enredos. O historiador marcou um novo tempo
na montagem dos temas carnavalescos.
Revista Carnaval – Você é considerado o
Rei dos Enredos. Quantos já escreveu?
Marcos Roza – Chamam-me também de “A
Caneta do Samba”, apelido que ganhei em
1999, ou 2000, do Mauro, que era diretor cultural da Associação das Escolas de Samba do
Rio de Janeiro. Mas está beirando os 100, ou
4 l Revista Carnaval

até mais, somando as escolas fora do Rio.
RC – Como foi o início?
MR – Tudo começou de 1997 para 1998. Eu
ainda era um estudante de história da PUC-Rio
quando fui trabalhar em uma equipe de decoradores de carros alegóricos, dos irmãos Fábio
Setembro / 2013

e Eugênio, os Gaúchos, na Vila Isabel. Eu não
sabia absolutamente nada e, chegando no barracão, fui cortar espuma ... Ao longo dos meses, o carnaval foi crescendo diante dos meus
olhos. Eu não me contiveFui até o Jorge Freitas (carnavalesco) e perguntei como ele fazia a
pesquisa, como obtinha aquele conteúdo. Descobri, então, que era feita de forma amadora,
com o resultado que víamos na Sapucaí. Não
havia um profissional de história fazendo um
trabalho de pesquisa. Eu pensei: achei um filão
de trabalho. No mesmo ano, ajudei o Jorginho
a fazer algumas coisas e depois montei um
projeto, com características ainda muito acadêmicas, porque eu não sabia qual era a demanda dos carnavalescos, e distribui em todos os
barracões. Ficava ligando de orelhão, eu não
tinha celular ainda, para saber se o carnavalesco tinha recebido. O inusitado foi que a Rosa
(Magalhães) me atendeu, e ela me perguntou o
que eu queria com o projeto, porque não havia
entendido. Era uma coisa muito nova. Neste
mesmo ano, tive a felicidade de o Max (Lopes)
me abraçar na Grande Rio, em 1999. Levantei
uma pesquisa para ele, sem nenhum texto, e
entreguei o material.

de pesquisadores,
ENTREVISTA
por eles estarem
chegando ao Carnaval. Tem um rapaz que gosto muito, o Leandro Vieira. Fez dois trabalhos lindos agora, e
eu pude escrever para ele dizendo que estava
feliz. O retorno dele foi bem legal, dizendo que
eu tinha aberto esta possibilidade de trabalho
como pesquisador no Carnaval e que eu seria uma referência para os mais novos. Isto é
muito gratificante, sobretudo para mim que não
tive uma referência específica, embora tenha
carnavalesca, como o Max e o Oswaldo. Aliás,
o Oswaldo Jardim, que era um gigante, me ensinou uma coisa que jamais esqueci. Ele disse:
sinopse se escreve sempre no presente. Isto
fica mais fácil para quem está julgando ou simplesmente vendo.

RC – Você ficou na Mangueira por um bom
tempo.
MR – Fiquei na Mangueira até 2006, mas paralelo a isto fiz outros enredos no Especial e
no Acesso. Este é o momento que começa a
revolução dos enredos patrocinados, desde o
final da década de 1990. E eu, como pesquisador, além de outros que começavam a surgir,
RC – Foi o início de tudo.
me vejo um pouco alijado deste processo, porMR – De 1999 para 2000, eu trabalho com o que estes enredos ficam em uma redoma, com
Oswaldo Jardim na Vila Isabel e aí eu aprendi o presidente da escola, o diretor de Carnaval
qual a demanda de um carnavalesco, o que eu e quem estava levando o enredo. Às vezes,
tinha que fazer: sinopse, histórico do enredo, quando estava tudo definido é que o enredo
defesa. No ano seguinte, o Max me leva para a vinha para a gente. Existia uma lacuna nesMangueira e eu faço ainda mais dois enredos te momento e eu pensei em como me inserir
neste mesmo ano: O Rio Corre para o Mar, do nela. Tive que me tornar também um captador
Império Serrano, e Tijuca, com Nélson Rodri- de recursos, embora minha formação toda seja
gues, pelo Buraco da Fechadura, da Unidos da de uma linha de projetos sociais e culturais. Eu
Tijuca. Assim, aprendi a trabalhar, aprendi fa- já captava projetos, entrava em editais ... Esta
zendo. Não tive qualquer referência.
experiência me ajudou a dar um salto. No caso
da Mangueira, onde fiquei por seis anos, isto
RC – A carreira deslanchou então?
aconteceu alguns anos, mas foi atípico, porque
MR – Lembro que, além de formar um merca- normalmente participava de todo o processo. A
do, lanço algumas pessoas que hoje estão no experiência como produtor cultural me ajudou
cenário carnavalesco como pesquisadores. A a olhar o universo e ver que aquela chaminé
carreira, então, foi solidificada e muitas pesso- dá um enredo e fazer um projeto de captação.
as que trabalham com pesquisa no Carnaval
reconhecem este pioneirismo. Isto é muito le- RC – Há um momento definido em que isto
gal. Fico muito feliz por haver uma nova safra aconteceu?
Setembro / 2013

Revista Carnaval l 5
MR – É uma linha
estreita que não dá
para dizer exatamente qual é o momento que tive que sair a
campo para captar e quando fui chamado pelas
escolas. Na verdade, é uma sequência de fatos
com o meu nome começando a ser conhecido no mercado, se fortalecendo, aprendendo
com os erros ... Faço a primeira sinopse poética, junto com o Seu Oswaldo, sinopse rimada,
em 2002. Todo mundo vem atrás desta forma
de escrever. Então faço uma sinopse no estilo
de um roteiro de cinema. Eu vou criando novas
formas de escrever para me manter no mercado. Tanto que o Leandro Vieira fez um trabalho
ficcional para contar o Zico (enredo da Imperatriz para 2014), que eu já tinha feito lá atrás, em
2003 ou 2004. Isto é bacana. Trabalhei muito
para me manter no mercado até hoje.
ENTREVISTA

RC – Virou uma referência.
MR – De lá para cá, todo o ano fiz duas ou três
escolas. Faço um verdadeiro balé profissional.
Não fico parado. Não espero as coisas caírem
do céu. Tenho uma relação muito boa com todos os carnavalescos, ligava para eles me colocando à disposição, oferecia meu trabalho,
montava um book, ia oferecendo minha mão
de obra intelectual qualificada.

RC – É uma pesquisa a fundo.
MR – Acho que é mais que isto. É ter um feeling. Pedra, por exemplo. Tudo tem história.
Mas, no caso da Luma, foi preciso se achar a
linha, o ponto onde se encaixava a não história
ou a pouca história dela. Isto é um barato. Se
você não tem uma boa experiência, não faz.
É preciso ter este feeling, caso contrário faria
o ABC. Ela criança, o Carnaval, a coleira ... E
tomaria pancada na cabeça. A gente conseguiu
fazer um contorno para trazer uma pena quente. Por ter vencido este desafio, me testado,
dou uma nota muito alta para este enredo. Outro que eu também acho muito bacana é O Império do Divino, de 2006, do Império Serrano,
que fiz com o Paulo Menezes. Partindo de um
tema pré-definido por ele, de um roteiro de desfile pronto, pude fazer uma pesquisa dos temas
abordados e consegui fazer uma sinopse poetizada, toda rimada, com um conteúdo muito
bacana dessa brasilidade unida à religiosidade
brasileira.

RC – As escolas entendem a necessidade
RC – Qual o enredo preferido?
de ter uma equipe de pesquisa para o enreMR – O número 1 é o da Mangueira em 2002 do? Algumas sequer tem um departamento
(Brazil com Z É pra Cabra da Peste, Brasil com cultural ativo.
S É Nação do Nordeste), que foi um Carnaval MR – Não diria nem as escolas, mas os carnabelíssimo e com um trabalho de pesquisa mui- valescos. O artista é que se organiza e propõe
to bem desenvolvido. Foi incrível. Trabalhar para a escola uma equipe. Eu estou na Estácom o Max Lopes foi uma coisa muito bacana cio há quatro anos. Trabalhei com o Marcus
para a gente, eu, o Fabinho (Ricardo) e o Nem, Ferreira e desde o último Carnaval com o Jack
o Valdeci projetista. Neste grupo, aprendi muita Vasconcelos. Hoje, tenho uma relação próxima
coisa porque tive referências com quem dese- com o presidente Leziário Nascimento, com
6 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

a direção de Carnaval e tudo faz diferença. A
gente não tem um departamento cultural formado, mas tudo o que é relativo a enredo, a
temas que surjam dentro da escola pensando
nos próximos anos, eu sou chamado. Acho que
isto parte do artista. Ele que organiza este núcleo duro de criação. É muito bom quando um
pesquisador, que já tem uma história no Carnaval, é chamado por um carnavalesco também
renomado para participar de um núcleo deste.
A Portela agora se organizou, levou o Luis Carlos Magalhães para montar o departamento
cultural. Ele é uma pessoa que tem uma amplitude cultural e intelectual fantástica.

Eu materializei o
ENTREVISTA
delírio do cara e me
dei mal duas vezes,
porque o texto foi divulgado sem uma revisão.
Passaram vários erros. Foi um caos. Poderia
ter sido maravilhoso e não foi.

RC – Já lhe propuseram algum enredo que
você disse que não daria certo?
MR – Já me propuseram um enredo sobre cachorro. Eu falei: vou fazer uma pesquisa e lhe
retorno. Entrei em contato com o Cahê Rodrigue e falei que tinha um enredo sobre cachorro. Ele respondeu: “Cachorro!” Depois eu falei
com o Fabinho (Ricardo). E ele a mesma coisa:
RC – Você falou dos enredos que gostou. “Cachorro!” Eu pensei: não rola. Mas só que
Ouve algum que disse: “Caramba, errei”?
isto era superficial, eu ainda não tinha merguMR – Teve na Mocidade em 2009 (Mocidade lhado no tema. Quando eu mergulhei no tema,
Apresenta: Clube Literário Machado de Assis vi que o universo é gigante. Tudo dá enredo.
e Guimarães Rosa, Estrelas em Poesia). Foi Esta frase não é minha é de um pesquisador
um ato falho que quase arruinou minha carrei- chamado Júlio César Farias. Eu gosto quando
ra. Fui exatamente na onda do Carnavalesco ele fala isso. Quando eu pesquisei o cachorro,
(Cláudio Cebola), nas ideias dele. Na verdade, encontrei uma história brilhante. Também já me
havia um conteúdo bonito, sobre Machado de mandaram um enredo, e o cara insistiu muito,
Assis e Guimarães Rosa, com um peso histó- sobre gatos. E tem patrocínio potencial para o
rico e cultural importante para o Brasil. O pes- tema. Se você parar para analisar, é forte, dá
quisador respeita a criação e a ideia do carna- um retorno financeiro e nunca fizeram.
valesco, em alguns momentos isto é junto, em
outros separado. O carnavalesco dá um roteiro RC – Você tem caderneta com possíveis ene o pesquisador desenvolve um texto em cima. redos?
Mas geralmente esta formatação é junto, quan- MR – Eu digo que é uma caixinha de sapado se define a estrutura de apresentação do tos. Só para 2014 eu desenvolvi um texto, um
enredo. Neste caso, o carnavalesco viajou mui- briefing, de oito enredos, eu e meu sócio, Júlio
to, falando coisas absurdas e
eu fui acatando. Era uma coisa muito visionária, longe do
que era histórico, do que fundamentalmente precisava ser
colocado. Toda a infância de
Machado estava lá, mas em
determinados momentos era
uma loucura do carnavalesco.

Enredo sobre
Luma de Oliveira:
“Um desafio”.
n

Setembro / 2013

Revista Carnaval l 7

Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

RC – Isto também ajudou a ampliar seus limites?
MR – Em 2008, faço meu primeiro Carnaval
fora do Rio, na Gaviões da Fiel e na Rosas de
Ouro. Depois subo com a Nenê da Vila Matilde.
Faço o Carnaval de Vitória, onde também estou trabalhando este ano.

nhava, com quem projetava. Isto dá uma bagagem grande. Tem um outro enredo que eu gosto
muito: Brasil de Todos os Deuses, de 2010, da
Imperatriz, também do Max. Outro que me deixou feliz, apesar de ser muito criticado, é o da
Luma de Oliveira (Luma de Oliveira: Coração
de um Brasil em Festa). A forma que encontramos para contá-lo foi legal, apesar de ser raso.
Por ela não ter nenhum apelo cultural para se
desenvolver, eu e o carnavalesco Marcus Ferreira buscamos um texto escrito por João Bosco para uma Playboy que ela foi capa. Aí está o
trabalho do pesquisador. Tudo dá enredo.
Foto: A. Pinto.

Costa. A gente não
ENTREVISTA
conseguiu nenhum.
No ano passado,
foram quatro e a gente trouxe Cuiabá para a
Mangueira. Um por ano está lindo. Para 2014,
não demos sorte. Ou melhor, começamos a
negociar um pouco tarde. Não foi possível.
Mas seis desses temas já estão com legenda
de 2015 e estão no mercado, podendo fechar,
acreditamos, um ou dois.
RC – Há algum enredo que você gostaria de
ter feito e outros fizeram?
MR – Vários. Esta é minha maior dor de cotovelo. O da Mangueira de 2009 (A Mangueira
Traz o Brasil dos Brasis Mostrando a Formação
do Povo Brasileiro), do Roberto Szanieck, por
exemplo, que ganhou um samba maravilhoso
do Lequinho e do Junior Fionda. Queria muito
ter feito aquele texto. O deste ano da Mangueira também, sobre as festas brasileiras. Este da
Cubango para 2014 (Continente Negro – Uma
Epopeia Africana), eu adoraria ter feito. Eu
tenho pouquíssimos enredos afros na minha
carreira. Eu não me recordo de nenhum diretamente afro.

Marcos Roza é o
responsável pelo enredo
da Estácio de Sá para 2014.
n

Jardim foi meu mestre. Foram pessoas que eu
tive mais tempo junto e me ensinaram muito.
Tive uma passagem rápida, mas com um resultado sensacional com o Paulo Menezes.
RC – Agora está com o Jack Vasconcelos?
MR – O poder superior me deu este presente.
Temos uma química muito grande. É o segundo ano da nossa parceria e é incrível. O que
a gente conseguiu fazer este ano foi incrível,
porque o enredo foi definido no domingo e na
terça-feira a sinopse tinha que estar pronta.
Tive um dia para fazer o texto e a gente não
tinha conversado. Qual seria a linha? Eu tinha
um título. Nos falamos no domingo à noite por
telefone. Ele me falou o que pensava para a
linha de desenvolvimento do enredo. Eu coloquei a minha posição, diante do que havia lido
sobre o tema, que foi parte da minha monografia, sobre o que fiz um filme também. Aí surgiu
a ideia do vento. Ele falou que tinha a ideia de
contar o enredo a partir da brisa que sopra na
beira do mar. E eu consegui transportar a alma
e o coração do Jack para o texto. E isto é uma
benção porque não tivemos oportunidade de
conversar.

RC – E carnavalescos? Com quem você
gostaria de ter trabalhado e não trabalhou?
MR – Adoraria trabalhar com a Rosa (Magalhães). Tive apenas a oportunidade de conversar com ela para uma matéria para o Roteiro
de Desfiles de 2010. Aliás, antes, insisti tanto
para trabalhar com ela, que fui recebido na
casa dela para ouvir: “Cara, como você é insistente!” Conversamos, mas não rolou da gente trabalhar juntos. Adoraria porque acho que
aprenderia muito. Faria só a pesquisa, ela poderia escrever o enredo. Eu queria estar junto.
Sempre disse que queria trabalhar com ela e
com o Milton Cunha, com quem trabalhei na
São Clemente. Outro que amei trabalhar foi
com o Cid Carvalho. Ele é mais que um carnavalesco, é um poeta, é inteligente demais.
Estou falando especificamente, mas todos os
carnavalescos com quem trabalhei tiveram um
ouro que pude receber e dar, fazer uma troca RC – Você prefere desenvolver um enredo
grande. Max Lopes é meu mestre. Oswaldo seu ou um tema encomendado?
8 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

MR – Há várias formas do enredo chegar a
mim. Às vezes, como no caso da Caprichosos
no ano passado, só tem título. Pediram-me
um enredo sobre fanatismo. Então, eu criei a
estrutura de apresentação, fiz a pesquisa, desenvolvi o enredo todo. Isto é bacana porque
te dá uma bagagem bem legal. Outra coisa é
uma proposta de enredo já com um briefing,
um roteiro de desfile. Isto é mais tranquilo porque escrevo de acordo com o roteiro. Geralmente, quando eu proponho o enredo é mais
difícil, porque toda a concepção é minha. Por
isso, gosto de trabalhar integrado com o carnavalesco. Construir um enredo precisa de duas
visões, histórica, do pesquisador, e plástica, do
carnavalesco. Quando eu proponho o enredo,
só tem uma. Claro que, atualmente, com a experiência, já consigo olhar plasticamente, mas
é preciso entender que quem julga analisa o
que está vendo, o plástico, e o conteúdo através do texto. É integrado. Na verdade, eu prefiro receber uma proposta porque eu só ponho
o meu lado.
RC – É mais difícil fazer um enredo para o
Especial ou para a Série A?
MR – Não há diferença. A mesma forma de se
desenvolver um enredo para o Especial vale
para a Série A. Faz-se uma pesquisa sobre
o tema, levanta o conteúdo, faz-se a estrutura do enredo, que é o roteiro do desfile, e é
muito bom fazer isto em conjunto com o carnavalesco, e cria-se o histórico do enredo, que
é o conteúdo para o carnavalesco desenhar a
parte plástica. Quase ao mesmo tempo, faço a
sinopse para os compositores. Este processo
é o mesmo em ambos os grupos. Só que na
Série A é menor. A gente trabalha com quatro
setores. No Especial, pode ir a oito.
RC – Quando teve a ideia de levar o Abre-Alas, aquele caderno gigantesco que a imprensa e os jurados recebiam, para o público com a criação do Roteiro de Desfiles?
MR – Isto surgiu no Carnaval de 2001. Entro
na Avenida, com alguns amigos, e as pessoas vinham me perguntar o que significava cada
carro, cada ala. Aquilo ficou no meu coração.
Setembro / 2013

Pensei: “O CarnaENTREVISTA
val é um espetáculo maravilhosos e
o texto que eu faço vai só para os jurados e
para a imprensa; o público não entende nada”.
Em 2003 ou 2004, não lembro, cheguei a fazer umas 20 cópias do roteiro da Mangueira e
dei a alguns amigos na Avenida. Quando em
2009 eu fui convidado para ser diretor cultural
da Lesga, hoje Lierj, tive um insight, já que estava em um cargo político, de fazer um libreto
da festa. Ainda tentei naquele ano, mas estava
muito em cima do Carnaval. No ano seguinte,
eu fui até a Riotur, apresentei o projeto, e a recepção foi maravilhosa. Começamos, então, a
produzir, com a Riotur como parceira. Eu sou
muito apaixonado pelo Roteiro de Desfiles, até
porque me sinto pesquisador de todas as escolas. Tenho um acordo com as escolas de que o
material entregue a nós não irá vazar antes do
tempo. E não vaza mesmo.
RC – E o Marcos antes de oficialmente estar
na folia?
MR – Meu pai, Amaro, e minha mãe, Terezinha,
tinham ala no Império Serrano. Meu tio Joel casou com a sobrinha de Dona Ivone Lara. Sou
nascido e criado em Inhaúma, mas quando eu
era criança ia muito para o Império. O Carnaval
que eu lembro melhor foi o de 1982, quando
o Império foi campeão. Participei do processo
de confecção das fantasias, fui aos ateliês, embora não tenha ido ao barracão, fui à quadra.
Eu gostava demais do samba. Ia aos ensaios
de rua. Sempre sambei muito quando era pequeno. Isto era legal, porque com sete ou oito
anos, pequenininho, sambava com aquelas
mulatonas com meias rendadas. Eu ficava na
altura da bunda delas. Nem dormia à noite, ficava rolando na cama. Minha mãe reclamava
que eu ia para o samba e ficava sambando
com aquelas mulheres quase peladas.
RC – O menino Marcos era sambista. E o
jovem?
MR – Houve uma fase da vida em que eu descansei no Carnaval. Viajava, ia para o mato,
me distanciei bastante. Mas houve uma outra
Revista Carnaval l 9
referência para que
eu me tornasse um
profissional do Carnaval é que, quando eu era criança, durante o
Carnaval, a gente era meio obrigado a ir para
a casa de uma tia para ver os desfiles. Juntava
toda a família. Eu adorava esta época do ano
porque ia para as matinês dos bailes e depois
assistia os desfiles. Depois que meus pais desfilavam, eles iam para a casa da minha tia. No
entanto, durante a juventude eu virei as costas
para a festa popular e foi preciso que, quando
eu morava no Vidigal, o Fábio e o Eugênio, em
1997, me levasse para o barracão da Vila Isabel para eu voltar.
ENTREVISTA

RC – O interessante é que o jovem Marcos
que se afastou do Carnaval foi o que se preparou academicamente para brilhar nela.
MR – Intuitivamente, foi. O legal é que, mesmo
neste momento em que eu viajava, eu sempre
procurava um jeito de assistir o desfile do Império Serrano. E eu me emocionava, chorava.

Foto: Divulgação / Rafael Silva.

RC – Você não nega ser imperiano, então?
MR – Que me perdoem as coirmãs, onde eu
trabalhei ou trabalho, mas tenho duas bandeiras no meu coração: o Império, por causa da
infância e da família, e a Mangueira. Quando
eu cheguei na Mangueira, eu era um antimangueirense. É igual o Flamengo. Quem não é
Mangueira é antimangueirense. Eu detestava
a Mangueira. Lembro que, em 1998, quando
a Mangueira foi campeã com Chico Buarque

e eu já iniciava meu trabalho no Carnaval, vi a
comissão de frente da Mangueira pela televisão. Vi aqueles malandros sambando, lindos,
e pensei: “Não gosto desta escola, mas os caras mandaram bem”. Foi a primeira vez que eu
olhei para a Mangueira com respeito. Em 2001,
fui para a Mangueira. Quando eu entro no barracão, me dou conta de que aquela escola era
especial. Eu então comecei a entender isso. A
ficha caiu: “Estou na equipe de criação da escola que todo mundo fala, da mais querida”. Aí
eu entro na quadra durante a disputa de samba, aquilo cheio para caramba, parecia que o
coração de todas as pessoas ali estavam na
boca. Era uma energia diferente. Inexplicável.
No dia do desfile, quando o abre-alas fez a curva, eu comecei a chorar. Faço um flashback de
que tudo que eu estava vendo nasceu de um
computador 486. Eu me tornei um mangueirense. No mesmo ano, tive a mesma emoção com
o Império Serrano, onde fiz O Rio Corre para o
Mar. Só que o Império desfilou antes. Depois,
voltei ao Império em 2006 e acabei não ficando para 2007. Fiquei meio chateado, pensando
estar tão disponível para a escola e não fazendo. Mas a escola é muito maior que as pessoas. Algumas pessoas que fazem o Carnaval
perdem a noção e não respeitam o profissional,
até financeiramente. Eu boto a alma no meu
trabalho e vivo disso. Eu sei qual é o meu quadrado. O Carnaval é um trabalho coletivo e eu
sei que sou uma peça fundamental, dentro do
meu espaço, para se chegar ao resultado na
Marquês de Sapucaí. O pesquisador hoje é
uma realidade. Por isso, tenho
o respeito desta nova safra de
pesquisadores. Recentemente, saiu uma matéria comigo
em um site e gente de todo
o Brasil me procurou pela internet. Isto é muito legal, muito gratificante. Eu faço o que
gosto e gosto do que faço.

João Estevam comanda uma turma de
bambas no programa Cidade do Samba,
todos os sábados, às 22 horas, na rádio
Manchete AM 760.

Um show de informação
e análise do Carnaval.

Marcos Roza
com Chiquinho
da Mangueira e o
Roteiro dos Desfiles.
n

10 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

Setembro / 2013

Revista Carnaval l 11
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Isabel Valença,
a eterna
Chica da Silva

P

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REVISTA CARNAVAL
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12 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

oucos nomes
representaram tão bem
a história da mulher
na cultura brasileira. Isabel
Valença saiu da Avenida,
especificamente do Salgueiro,
para encantar a passarela
elitizada do Teatro Municipal.
Marcou época, quando
encarnou Chica da Silva
em 1963, e se tornou sua
mais perfeita personificação,
tanto que um ano depois,
vestida de Rainha Rita de Vila
Rica, fora confundida com a
Setembro / 2013

escrava que conquistou a alta
burguesia.
Como Chica da Silva,
Isabel Valença, esposa do
presidente salgueirense
Osmar Valença, soube
reinar na elite. Ela venceu
o concurso de fantasias do
Teatro Municipal em 1964
na categoria Luxo Feminino.
As madames não gostaram
muito, mas foram obrigados
a reverenciar a nobreza
carnavalesca da dama do
Salgueiro.

As madames
não gostaram
muito, mas foram
obrigados a
reverenciar
a nobreza
carnavalesca
da dama do
Salgueiro.
Revista Carnaval l 13
Começam os
preparativos para
o Carnaval de rua

Foto: Divulgação / Riotur.

POVÃO

Foto: Divulgação / Riotur / Dhavid Normando.

As inscrições
estão abertas
desde 27 de
agosto e
prosseguirão até
27 de setembro.

14 l Revista Carnaval

A

folia carioca começou a
preparação para eleger
sua corte para 2014.
Os pretendentes a Rei Momo,
Rainha e Princesas do Carnaval já podem se candidatar
aos cargos. As inscrições estão abertas desde 27 de agosto e prosseguirão até 27 de
setembro, na sede da Riotur,
na Praça Pio X, 119/12º andar, Centro, entre 10h e 17h.
Os servidores públicos municipais, estaduais e federais

estão impedidos de participar
da disputa.
Todos os candidatos necessitam residir na cidade do
Rio de Janeiro há pelo menos
dois anos. Os candidatos a
Rei Momo precisam ter entre
18 e 55 anos, altura mínima
de 1,70m e o 1º grau concluído. As pretendentes a Rainha
devem possuir idade entre 18
e 35 anos e 1,60m, além do
mesmo nível de ensino exigido para os homens.

Os eventos carnavalescos contam
com a presença da Corte do Carnaval.
n

Setembro / 2013

POVÃO

A Corte do Carnaval
é formada com o Rei
Momo, sua Rainha e
duas princesas.
n

Para concorrer, o candidato
precisa apresentar cópias autenticadas, ou acompanhadas
dos originais, da carteira de
identidade, CPF, comprovante de residência (próprio, pai,
mãe ou contrato de aluguel),
certificado ou declaração de
escolaridade, uma fotografia
de corpo inteiro, número de
inscrição no INSS/PIS ou PASEP, declaração que reside no
município do Rio de Janeiro,
de que não é servidor público
municipal, estadual e federal e
nem ocupa cargo dentro dessas estruturas, além de um
atestado de aptidão física com
data recente ao concurso,
atestando ótimas condições
de saúde do candidato, visando o cumprimento do contrato.
Os jurados dos concursos
avaliarão os requisitos desembaraço, sociabilidade, facilidade de expressão, simpatia, espírito carnavalesco e domínio
da arte de sambar, na disputa
Setembro / 2013

para Rei Momo, e beleza do
rosto, harmonia de linhas físicas, sociabilidade, facilidade
de expressão, simpatia e espírito carnavalesco, além de
domínio da arte de sambar, no
caso das pretendentes à Rainha.
O primeiro colocado receberá, além do título de Rei
Momo 1º e Único do Carnaval 2014, a quantia de R$ 20
mil. O vice-campeão ganhará
R$ 3,5 mil e o terceiro, R$ 1,5
mil. O prêmio da Rainha do
Carnaval será de R$ 20 mil,
cabendo R$ 15 mil para a segunda e a terceira colocadas,
eleitas 1ª Princesa e 2ª Princesa, respectivamente. Os
mandatos começarão na data
de suas eleições e terminarão
no dia 10 de março de 2014.
As finais do concurso acontecerão no dia 8 de novembro, a
partir das 19h, em local a ser
previamente determinado pela
Riotur.

As finais do
concurso
acontecerão
no dia 8 de
novembro, a
partir das 19h.

Revista Carnaval l 15
Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia.
Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia.

POVÃO

A

As inscrições
começaram no
dia 2 de setembro
e se estenderão
até o dia 30.

16 l Revista Carnaval

Prefeitura do Rio
de Janeiro publicou
na edição de 28 de
agosto do Diário Oficial do
município as regras para os
desfiles de blocos de rua do
Carnaval 2014. As inscrições
começaram no dia 2 de
setembro e se estenderão
até o dia 30, devendo os
responsáveis por cada
agremiação entregar os
requerimentos na Diretoria
de Operações da Riotur, na
Praça Pio X, 119/12º andar,
Centro, de segunda-feira à
sexta-feira, das 10h às 17h.
A Comissão Especial de
Avaliação de Blocos de Rua,
que analisará os pedidos,

contará com integrantes dos
órgãos públicos envolvidos
na folia, da Riotur e de duas
entidades, a Associação das
Bandas Carnavalescas do
Estado do Rio de Janeiro
(ABCERJ) e a Associação
de Blocos de Rua da Zona
Sul, Centro e Santa Tereza,
além de outras que enviem
sugestão para a melhoria do
Carnaval.
Serão avaliados a tradição,
o local do desfile, a estimativa
de público, as características
do bloco em relação ao
Carnaval de rua carioca e ao
bairro onde pretende desfilar
e os impactos causados no
dia-a-dia da localidade. O

Setembro / 2013

Uma tradição do
Carnaval de Rua
carioca: a presença de
belas mulheres.
n

Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia.

Blocos de rua
conhecem regras
para o desfile

POVÃO

As crianças dão um
colorido especial à folia.
n

resultado final será conhecido
no dia 30 de novembro.
Na mesma oportunidade,
a Prefeitura do Rio publicou
resoluções que visam
melhorar ainda mais a
qualidade do Carnaval de
rua carioca. Entre as ações
oficiais tomadas, estão
regulamentações sobre as
ações promocionais nas vias
públicas e das atividades dos
promotores credenciados
para atuar nos desfiles, sobre
a dispersão dos blocos e
a abertura de vias após os
Setembro / 2013

desfiles, sobre a limitação
do tamanho e da potência
dos carros de som que serão
utilizados durante o desfile na
orla dos bairros de Ipanema e
Leblon e sobre a possibilidade
de uma segunda passagem
do mesmo bloco.
O Caderno de Encargos
para as empresas que
desejem patrocinar a festa
também foi divulgado.
Medidas que preservam o
meio-ambiente estão listadas
no documento entre as
exigências da Prefeitura.

A Prefeitura
também publicou
resoluções que
visam melhorar
ainda mais a
qualidade do
Carnaval de rua
carioca.

Revista Carnaval l 17
ESPECIAL

Martinho da
Vila é baluarte

M

da agremiação, Dona Rita
de Cássia, o presidente
da Unidos de Vila Isabel,
Wilsinho Alves, e o Sr. José
Magalhães, que há mais
de 40 anos integra a Velha
Guarda.
O apresentador e diretor
social da Liesa, Jorge
Perlingeiro, as baianas Dona
Lucimar e Dona Penha, o
presidente do Conselho
Fiscal, Evaristo, Dorinha,
Paulinho da Elétrica, o
cardiologista Wilson Manso e
os integrantes da comissão
de carnaval, Junior Schall
e Júlio Cerqueira, foram
agraciados com o título
de beneméritos da Unidos
de Vila Isabel. Wilson
Vieira Alves, o Moisés, foi
oficializado, após votação
unânime, presidente de honra
da agremiação.

Martinho da Vila
é multicampeão de
samba-enredo e autor
de célebres enredos.
n

18 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

ESPECIAL

Mangueira com
a casa renovada

U

ma belíssima
festa marcou a
reinauguração da
quadra da Mangueira, no
dia 10 de agosto. Com a
presença de mangueirenses
ilustres, autoridades e
comunidade, o Palácio do
Samba foi reaberto com
novos camarotes, banheiros
e quiosques, além da volta do
teto retrátil. A reforma custou
R$ 1 milhão, bancados por

empresários/torcedores da
Estação Primeira, que ainda
investiu outros R$ 490 mil no
barracão.
A obra demorou três meses
para ser concluída, e, na
reinauguração, as baianas da
escola lavaram as escadarias
de acesso à quadra. O
Palácio do Samba também
foi abençoado por um padre.
Tudo para garantir o sucesso
do novo espaço.

Baianas da Grande Rio
A Acadêmicos do Grande Rio dará mais
oportunidades às mães do samba. A tricolor
de Duque de Caxias, que levou 80 baianas
este ano para a Sapucaí, dobrará este número no próximo Carnaval. As inscrições
para quem desejar desfilar na ala devem ser
feitas na quadra da escola às segundas-feiras, de 10h às 21h, e às quartas-feiras e às
sextas-feiras,
de 10h às 18h.
Informações
pelo telefone
2671-3585,
com Cristiane
Brigadeiro.

Foto: A. Pinto.

Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

O célebre
compositor foi
um dos nomes
homenageados
pela azul e
branco.

artinho da Vila
agora é baluarte
da Unidos de
Vila Isabel. O célebre
compositor foi um dos nomes
homenageados pela azul
e branco, que decidiu pela
honraria após assembleia na
primeira metade de agosto.
Foi o reconhecimento ao
multicampeão de sambaenredo, incluindo o deste
ano, e autor de enredos como
Kizomba, Festa da Raça,
com que a escola ganhou seu
primeiro título, em 1988.
A escola também
homenageou outros
componentes históricos com
o título de baluarte, como
os compositores André
Diniz e Evandro Bocão, que
também integra a comissão
de carnaval da azul e
branco, a superintendente

Foto: Divulgação.

Setembro / 2013

O Palácio
do Samba foi
reaberto com
novos camarotes,
banheiros e
quiosques, além
da volta do teto
retrátil.

De volta às origens
Tradição na Mangueira é coisa muito
séria. A bateria da escola voltou a adotar
seu antigo título e lançou a logomarca da
ala. A histórica Tem Que Respeitar Meu
Tamborim, comandada por Mestre Aílton
Nunes, agora tem uma representação
gráfica criada por um de seus representantes, o ritmista e designer Lequinho da Cuíca. A ilustração surgiu para a
produção de uma
camisa para presentear a Rainha
de Bateria, Evelyn
Bastos, e caiu no
gosto dos companheiros da verde e
rosa.
Revista Carnaval l 19
Foto: Divulgação / Riotur / Eliane Carvalho.

ESPECIAL

Calendário das
finais é divulgado

A
Serão oito datas
definidas para as
finalíssimas.

A Imperatriz Leopoldinense
encerra as disputas.
Foto: Divulgação / Riotur / Alexandre Macieira.

n

20 l Revista Carnaval

s quadras já estão fervendo, mas o clima nas
escolas de samba ficará ainda mais quente a partir
deste mês. A Liesa divulgou o
calendário das finais das disputas de sambas-enredo para
o Carnaval 2014. A temporada
decisiva começará no dia 27
de setembro, na Império da Tijuca, e terminará no dia 20 de
outubro, na Imperatriz Leopoldinense e na Mocidade Independente de Padre Miguel.

Serão oito datas definidas
para as finalíssimas, sendo
que o dia da semana mais
reservado para as decisões
será a sexta-feira, com quatro
escolhas. Outras duas acontecerão em domingos, e uma
na quinta-feira, 17, quando a
Beija-Flor de Nilópolis, definirá
seu samba-enredo para o próximo desfile.
Anote a agenda:
n 27/09 (sexta-feira) – Império
da Tijuca
n 04/10 (sexta-feira) – São
Clemente
n 11/10 (sexta-feira) – Salgueiro
n 12/10 (sábado) – Mangueira
e Unidos de Vila Isabel
n 17/10 (quinta-feira) – Beija-Flor
n 18/10 (sexta-feira) – Portela
n 19/10 (sábado) – Acadêmicos do Grande Rio, União da
Ilha do Governador e Unidos
da Tijuca
n 20/10 (domingo) – Imperatriz
Leopoldinense e Mocidade Independente de Padre Miguel
Setembro / 2013

Foto: Divulgação / Riotur / Tata Barreto.

ESPECIAL

Patrícia Nery,
Rainha de novo
na Portela

A

direção da Portela desistiu de realizar um
concurso para eleger a
Rainha de Bateria da escola e
manteve Patrícia Nery no posto para 2014. Ela tem a simpatia da comunidade da Águia,
por isso continuará à frente
dos ritmistas comandados por
Mestre Nilo Sérgio. Será seu
segundo ano de reinado.

Patrícia Nery, que também
já reinou da Renascer de Jacarepaguá, em 2012, afirmou
pelo Facebook que estava
muito feliz. Ela escreveu que
tem “plena consciência do
que é ser portelense, de todo
amor, respeito e dedicação”. A
beldade assinou o texto como
“Hoje Rainha, mas sempre
portelense.”

Inovação com a
marca do Salgueiro
O Salgueiro mostrou novamente porque é uma escola
diferente. A vermelho e branco lançou seu programa de
sócio torcedor, febre entre os clubes de futebol, mas agora
com a marca do pioneirismo salgueirense entre as escolas de samba. Entre os benefícios para os que aderirem à
iniciativa, estão descontos nos produtos
da agremiação e no
valor do ingresso
nos dias de ensaios,
além de concursos
e outras vantagens.
A mensalidade é de
R$ 29,00.
Setembro / 2013

A escolhida
afirmou pelo
Facebook que
estava muito feliz.

De volta
para casa
A Mocidade Independente de Padre Miguel repatriou mais um de seus integrantes. Wilker Jorge Leite,
que desfila na escola desde
os 11 anos, passou quatro
anos na Mangueira e está
de volta à sua casa para o
cargo de diretor artístico.
Ele estará supervisionando
as fantasias de alas e composições de carros alegóricos, com expediente diário no barracão da verde e
branco.
Revista Carnaval l 21
Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

SÉRIE A

Três escolas
fizeram festa para
apresentação das
obras já definidas.

22 l Revista Carnaval

A

Unidos de Padre
Miguel será a primeira
escola da Série A a
realizar sua final de sambaenredo. A vermelho e branco
da Zona Oeste definirá seu
hino para 2014 no dia 13 de
setembro. No mês passado,
porém, três escolas fizeram
festa para apresentação das
obras já escolhidas. A União

de Jacarepaguá revelou a
composição encomendada
a um grupo de artistas da
agremiação, no dia 17 de
agosto. A Paraíso do Tuiuti
e a Em Cima da Hora, que
optaram por reedições,
realizaram eventos nos
dias 16 e 18 de agosto,
respectivamente.
Outras três escolas

Setembro / 2013

Jacarepaguá (Apresentação
de samba encomendado)
n 18/08 – Em Cima da Hora
(Apresentação da reedição)
n 13/09 – Unidos de Padre
Miguel
n 14/09 – Alegria da Zona Sul
16/09 - Acadêmicos do
Cubango
n 17/09 – Renascer de
Jacarepaguá (Apresentação
de samba encomendado)
n 20/09 – Caprichosos de
Pilares e Unidos do Porto da
Pedra
n 22/09 – Acadêmicos da
Rocinha (Apresentação de
samba encomendado)
n 26/09 – União do Parque
Curicica
n 27/09 – Acadêmicos de
Santa Cruz
n 28/09 – Estácio de Sá,
Império Serrano e Unidos do
Viradouro
n 29/09 – Inocentes de
Belford Roxo

SÉRIE A

Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

Lierj divulga
calendários das
finais de samba

também não realizarão
disputas de samba-enredo.
A Renascer de Jacarepaguá
e a Acadêmicos da Rocinha,
que também encomendarão
suas obras para a folia de
2014, e a Tradição, que
reeditará Sonhar com Rei Dá
Leão, de 1976, com que a
Beija-Flor conquistou o título.
Depois da Unidos de Padre
Miguel, Alegria da Zona Sul
dá sequência às finais no dia
14 de setembro. O último hino
da Série A para o próximo
Carnaval será conhecido
somente no dia 29 de
setembro, com a decisão na
Inocentes de Belford Roxo.
A Lierj antecipou as
finalíssimas de samba-enredo
para fugir da concorrência
com as disputas do Grupo
Especial. Veja o calendário:
n 16/08 – Paraíso do Tuiuti
(Apresentação da reedição)
n 17/08 – União de

Ronaldo Ylê, da União do
Parque Curicica, conhecerá
o samba que interpretará na
Avenida no dia 26 de setembro.
n

Setembro / 2013

Revista Carnaval l 23
SÉRIE A

Paulinho
permanece na
Santa Cruz

A

O cantor
mostrou-se
muito satisfeito
em poder
defender a
agremiação por
mais um ano.

Acadêmicos de Santa
Cruz garantiu a ótima
performance de seu
carro de som. A verde e
branco renovou o contrato do
intérprete Paulinho Mocidade,
que chegou à escola para
o Carnaval passado. O
cantor mostrou-se muito
satisfeito em poder defender
a agremiação por mais um
ano e elogiou o trabalho
do presidente da escola
Moysés Antonio Coutinho
Filho, o Zezo. “Como homem,
um grande caráter; como
presidente, dedicado ao
extremo.”
Paulinho Mocidade é dono
de um currículo invejável. O
cantor tem quatro títulos no
Grupo Especial, sendo dois
pela Mocidade Independente

de Padre Miguel e dois pela
Imperatriz Leopoldinense.
No próximo ano, na Santa
Cruz, ele cantará o samba
em homenagem à cidade de
Jundiaí, tema da escola.

Cidade do Samba 2
é novamente
prometida

A

s escolas da Série
A receberam uma
ótima notícia este
mês. O prefeito do Rio de
Janeiro, Eduardo Paes,
anunciou que a Cidade do
Samba 2 será construída
em São Cristovão. A área
destinada aos barracões
das agremiações desta
divisão do samba ficará em
um terreno pertencente ao
exército junto à Quinta da
Boa Vista. O local receberia
o Parque Aquático Júlio
Delamare e o Estádio de
Atletismo Célio de Barros.
Estes, porém, não passarão

Porto da Pedra apresenta tigrezas
Não faltarão mulheres bonitas no desfile da Unidos do
Porto da Pedra. A vermelho e
branco de São Gonçalo apresentou, no dia 10 de agosto,
o trio de musas que estarão
à frente dos carros alegóricos da agremiação no próximo Carnaval. Mylla Ribeiro,
Fernanda Guimarães e Taia24 l Revista Carnaval

ne Perfeito foram acompanhadas pela modelo Solange Gomes, que já ocupou o
posto de Rainha de Bateria
da escola. Na edição de 14
de setembro da Feijoada da
Família Tigre, será a vez da
nova dona da coroa da Ritmo
Feroz, Bianca Leão, se exibir
para a comunidade.
Setembro / 2013

Setembro / 2013

mais por demolição e
reconstrução na área então
reservada.
Há um ano, Eduardo
Paes também divulgara
que estava negociando
a compra de uma antiga
fábrica de sabão junto à
Avenida Brasil, mas a ideia
não se concretizou, segundo
o prefeito por falta de um
acerto financeiro. Além
dos barracões da Série
A, a Cidade do Samba
2 receberá os ateliês e
espaço para a produção das
alegorias das escolas de
samba mirins.

ESTRUTURA

No ar uma
rede social
carnavalesca
A Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (Unirio), a Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil
(Amebras), a Liga Independente das Escolas
de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), a Liga das
Escolas de Samba do
Rio de Janeiro (Lierj), a
Associação das Escolas
de Samba da Cidade do
Rio de Janeiro (Aescrj)
e a Federação dos Blocos Carnavalescos do
Estado do Rio de Janeiro (Fbcerj) lançaram em
conjunto, no dia 24 de
agosto, o Portal do Carnaval. A iniciativa reúne
em um mesmo ambiente
digital profissionais e instituições carnavalescas,
funcionando como uma
autêntica rede social de
Carnaval e como um espaço de promoção de
mão de obra.
O Portal do Carnaval
pode ser acessado pelo
endereço www.unirio.br/
portaldocarnaval.

Revista Carnaval l 25
Foto: Divulgação.

TALENTO

O

ditado popular sentencia: “Me digas
com quem tu andas,
e eu te direi quem és”. Levando-se em conta a sabedoria
do povo, pode-se afirmar que
o intérprete da Estácio de Sá,
Leandro Santos, está se colocando no rol dos grandes
do Carnaval carioca. Depois
de acompanhar Jamelão, na
Mangueira, por seis anos, ele
agora cantará junto com outro
mestre, Dominguinhos do Estácio.
Leandro Santos parece não
ser bom somente no microfone, mas brilhante também no
pensamento. A ideia do convite ao cantor, afastado da Imperatriz Leopoldinense depois do
último desfile, foi dele, em uma
conversa com o presidente da
Estácio de Sá, Leziário Nascimento. “Tomamos a decisão
em comum acordo, e eu liguei
para o Dominguinhos, que é

um amigo e com quem há um
respeito mútuo muito grande.
Ela já teve a oportunidade de
dizer que gosta bastante de
meu trabalho na escola.”
A chance de poder cantar ao
lado de Dominguinhos, para
Leandro, é um aprendizado e
também um reconhecimento.
O intérprete destaca que o clima entre eles não poderia ser
melhor. “Ele está em casa e
muito feliz por ter voltado. Não
há vaidades entre nós dois e
isto facilita muito para um bom
resultado.”
Sobre os anos de trabalho ao lado de Jamelão, entre
2002 e 2008, Leandro Santos
lembra com muito carinho do
grande intérprete da Mangueira. “Foi uma honra e um orgulho guardar a experiência
de poder ter cantado com ele,
como também é com o Dominguinhos. São dois mestres do
Carnaval.”

TALENTO

A chance de
poder cantar
ao lado de
Dominguinhos,
para Leandro, é
um aprendizado
e também um
reconhecimento.

Foto: Divulgação / Dayse King.

Leandro Santos,
sempre bem
acompanhado

O intérprete da Estácio de Sá, Leandro
Santos, estará ao lado de mais um grande
mestre do microfone carnavalesco em 2014.
Agora fazendo dupla com Dominguinhos
do Estácio, ele já cantou com Jamelão

26 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

Dominguihos do Estácio
e Leandro Santos, duas
gerações no microfone da
vermelho e branco.

n

Setembro / 2013

Revista Carnaval l 27
Foto: Divulgação / Dayse King.

TALENTO

INESQUECÍVEL

Saudades da Tupy
de Brás de Pina

Com Tathiane Carvalho,
de 17 anos, Leandro passa
a ser o “veterano”.
n

Atualmente com
29 anos, embora
morador do
Estácio, Leandro
Santos começou
a cantar na
Mangueira do
Amanhã.

28 l Revista Carnaval

No outro lado da moeda,
a Estácio trabalha com muito
carinho a intérprete Tathiane
Carvalho, de 17 anos, primeira
voz da Nova Geração, e que já
está no carro de som da escola-mãe, mas Leandro descarta ser um professor. “Não me
vejo como mestre. Jamelão,
com 94 anos, me disse que
ainda estava aprendendo. Eu
continuo me aprimorando. Ela
tem muito talento e um futuro
brilhante. Está virando realidade.”
A chegada de Dominguinhos ajudou na autoestima da
vermelho e branco, segundo
Leandro Santos. “A comunidade ficou mais animada. Faremos um grande Carnaval.” O
intérprete lembra que, ao lado
da dupla e de Tathiane, também estarão no carro de som
os cantores Talarico, Da Latinha e Marcelo Lanes, mas o
grupo não está fechado. “De-

verá chegar mais uns dois ou
três. Depois da escolha do
samba, será definido.”
Atualmente com 29 anos,
embora morador do Estácio,
Leandro Santos começou a
cantar na Mangueira do Amanhã e se tornou apoio de Jamelão na verde e rosa com
18 anos. Em 2009, foi convidado pelo então intérprete da
vermelho e branco, Serginho
do Porto, e pela diretoria para
fazer parte do carro de som.
Dois anos depois, retornou
como cantor oficial.
No Grupo Especial, ele
acompanhou Tinga na Unidos de Vila Isabel em 2012 e
2013 e, no próximo ano, estará ao lado de Gilsinho na azul
e branco. Leandro ainda canta
em escolas de outras cidades,
como Guaratinguetá e Brasília, e faz shows por todo o
mundo, especialmente com a
bateria da Mangueira.
Setembro / 2013

A

Praça Onze foi a
primeira a ver um
desfile da Tupy de
Brás de Pina. A azul e branco
estreou no Carnaval carioca
em 1956, sem concorrer.
No ano seguinte, sagrouse vice-campeã do Grupo
2 e conquistou o direito de
disputar a elite do samba,
onde ficou nos anos de 1958
e 1959. Só retornou ao Grupo
1 em 1972, logo caindo para
voltar a figurar pela última vez
entre as grandes em 1976.
A charmosa Tupy de Brás
de Pina enrolou sua bandeira
em 1998, quando subiu do
Acesso E para o D com
um terceiro lugar. Escola
lembrada com saudosismo
pelos amantes do Carnaval
carioca, fez muitos
enredos em homenagem
a grandes personalidades,
especialmente das artes,
Setembro / 2013

como Dorival Caymmi,
Chiquinha Gonzaga,
Gonçalves Dias, Almeida
Junior e Nélson Rodrigues, e
da folia, como Clóvis Bornay,
Armando Campos e Oswaldo
Sargentelli.

A charmosa Tupy
de Brás de Pina
enrolou sua
bandeira em 1998.

Revista Carnaval l 29
Foto: Divulgação.

Mirins tem ordem
de desfile alterada

A

A Aesm-Rio
mexeu na
posição de
desfile da
Tijuquinha
do Borel.

Associação das
Escolas de Sambas
Mirins do Rio de
Janeiro (Aesm-Rio) decidiu,
em reunião plenária, no dia 6
de agosto, alterar a ordem de
desfiles para 2014. A diretoria
da entidade entendeu a
necessidade de se acatar
o pedido da Tijuquinha do
Borel, antes primeira a pisar
na Sapucaí na terça-feira
de Carnaval. A agremiação
alegou dificuldades para a
montagem do cortejo uma vez
que a escola-mãe, Unidos

Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

CRIANÇA

da Tijuca, será a última a
passar na Avenida pelo
Grupo Especial, na manhã do
mesmo dia.
Diante da dificuldade,
a Aesm-Rio passou a
Tijuquinha do Borel para a
penúltima posição de desfile,
não alterando o horário
das escolas que desfilam
antes. Desta forma, o desfile
mirim em 2014 começará 20
minutos mais tarde, às 17h20.
A entidade planeja promover
um show de abertura no
tempo vago.

Desfile Mirim
n

Filhos da Águia

n Aprendizes

n

Infantes do Lins

n

Império do Futuro

n

Mangueira do Amanhã

n

n

Pimpolhos da Grande Rio

n

Nova Geração do Estácio de Sá

n

Miúda da Cabuçu

n

Herdeiros da Vila

n

Corações Unidos do Ciep

n

Planeta Golfinhos da Guanabara

n

Petizes da Penha

n

Tijuquinha do Borel

n

Estrelinha da Mocidade

Unidos
da Tijuca
na Série D

Inspiração
caseira

A

Unidos da Vila Santa
Tereza buscou em
seu próprio endereço
a inspiração para voltar à
Sapucaí. A azul e branco
desfilará em 2014 pela Série
B com o enredo Ururaí,
nome da rua onde fica a
quadra da agremiação.
Trata-se da lenda de uma
aldeia indígena, que estará
na Estrada Intendente
Magalhães como um alerta
contra o fim da cultura
dos índios. O tema é de

autoria de Vinicius Natal
e será desenvolvido pelo
carnavalesco Sandro
Gomes.
A escola contratou o
casal de mestre-sala e
porta bandeira Yuri Perroni
e Cassiane Figueiredo para
defender o pavilhão azul e
branco e conquistar a nota
10 na Avenida. Para reinar
à frente dos ritmistas da
agremiação, a diretoria da
Unidos da Vila Santa Tereza
escolheu Diana Cotrim.

A azul e amarelo do
Borel será a grande
homenageada do
desfile da Unidos de
Manguinhos em 2014
pela Série D. A escola
levará para a Estrada
Intendente Magalhães
o enredo Unidos da
Tijuca ... Não É Segredo
Eu Amar Você!, do
carnavalesco Leonardo
Soares. Ele destaca as
inovações e surpresas
que a agremiação tem
levado para a Marquês
de Sapucaí.
O carnavalesco da
Unidos da Tijuca, Paulo
Barros, deverá estar
no desfile de 2014. Ele
foi responsável pelos
enredos da escola do
Borel nos títulos de
2010 e 2012.

Inocentes da Caprichosos

n Ainda

Existem Crianças de Vila Kennedy

30 l Revista Carnaval

do Salgueiro

ACESSO

Setembro / 2013

Unidos do Cosmos
define enredo
Em Mangaratiba Tem Madeira de Lei, Um Compromisso
com Todos será o enredo da Unidos do Cosmos. A verde
e branco será a sexta agremiação a entrar na Estrada
Intendente Magalhães pela Série D no próximo Carnaval.
Uma comissão de artistas desenvolverá o tema de 2014.
Setembro / 2013

Revista Carnaval l 31
Fábrica do
Samba recebe
mais R$ 40 milhões

SAMPA

O complexo, de
4 mil metros
quadrados, conta
com 14 barracões
e deverá ser
concluída no
primeiro semestre
do ano que vem.
Foto: Divulgação / SPTuris / José Cordeiro.

A

s obras da Fábrica do
Samba deverão ser
aceleradas. A Prefeitura de São Paulo receberá
recursos do Plano de Aceleração do Crescimento do governo federal para finalizar o complexo de barracões e reformar
o autódromo de Interlagos e
o Parque do Anhembi. O valor total é de R$ 280 milhões,
sendo que R$ 40 milhões estão reservados para a “indús-

tria” carnavalesca.
A construção da Fábrica
do Samba começou em 2011.
O complexo, de 4 mil metros
quadrados, conta com 14 barracões e deverá ser concluída no primeiro semestre do
ano que vem. A iniciativa vai
melhorar as condições de trabalho nas escolas de samba,
bem como evitará os constantes acidentes ocasionados por
falta de infraestrutura.

AGENDA DO CARNAVAL
(Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro)
Escolas Mirins
Passarela do Samba
Terça-feira – 04/03
n Filhos da Águia
n Infantes do Lins
n Mangueira do Amanhã
n Pimpolhos da Grande Rio
n Miúda da Cabuçu
n Corações Unidos do Ciep
n Petizes da Penha
n Ainda Existem Crianças da Vila Kennedy
n Aprendizes do Salgueiro
n Império do Futuro
n Inocentes da Caprichosos
n Nova Geração do Estácio de Sá
n Herdeiros da Vila
n Planeta Golfinho da Guanabara
n Tijuquinha do Borel
n Estrelinha da Mocidade

AGENDA DO CARNAVAL

(Grupo Especial e Grupo de Acesso de São Paulo)
Grupo Especial
Passarela do Samba do Anhembi
Sexta-feira – 28/02
n Leandro do Itaquera
n Rosas de Ouro
n X-9 Paulistana
n Dragões da Real
n Acadêmicos do Tucuruvi
n Vai-Vai
n Tom Maior
Passarela do Samba do Anhembi
Sábado – 01/03
n Pérola Negra
n Gaviões da Fiel
n Mocidade Alegre
n Nenê de Vila Matilde
n Águia de Ouro
n Império de Casa Verde
n Acadêmicos do Tatuapé

32 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

Grupo de Acesso
Passarela do Samba do Anhembi
Domingo – 02/03
n Colorado do Brás
n Morro da Casa Verde
n Unidos do Peruche
n Camisa Verde e Branco
n Imperador do Ipiranga
n Unidos de Vila Maria
n Mancha Verde
n Estrela do Terceiro Milênio
Jornalismo
Moda
Fotografia
Audio
Video
Internet
Marketing
Publicidade

Rua Garcia Redondo, 30, Cachambi, Rio de Janeiro-RJ.
Tels.: 2229-7931 e 3079-0371.
34 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

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REVISTA CARNAVAL - SETEMBRO 2013

  • 1. Revista Carnaval Ano II n Edição nº 20 n Setembro / 2013 Marcos Roza O rei dos enredos Leandro Santos, sempre bem acompanhado O calendário das finas de sambas-enredos Setembro / 2013 Revista Carnaval l 1
  • 2. EDITORIAL AGENDA DO CARNAVAL (Grupo Especial e Grupos de Acesso do Rio de Janeiro) Grupo Especial Passarela do Samba Domingo – 02/03 n Império da Tijuca n Acadêmicos do Grande Rio n São Clemente n Mangueira n Salgueiro n Beija-Flor Passarela do Samba Segunda-feira – 03/03 n Mocidade Independente de Padre Miguel n União da Ilha do Governador n Unidos de Vila Isabel n Imperatriz Leopoldinense n Portela n Unidos da Tijuca Série A Passarela do Samba Sexta-feira – 28/02 n Em Cima da Hora n União de Jacarepaguá n Acadêmicos da Rocinha n Renascer de Jacarepaguá n Unidos do Porto da Pedra n Paraíso do Tuiuti n Inocentes de Belford Roxo n Império Serrano Passarela do Samba Sábado – 01/03 n Tradição n Alegria da Zona Sul n União do Parque Curicica n Caprichosos de Pilares n Unidos do Viradouro n Estácio de Sá n Acadêmicos de Santa Cruz n Unidos de Padre Miguel n Acadêmicos do Cubango Grupo B Estrada Intendente Magalhães Domingo – 02/03 n Unidos de Bangu n Unidos do Jacarezinho n Acad. do Sossego n Acad. do Engenho da Rainha n Arranco n Unidos da Vila Kennedy n Sereno de Campo Grande n Favo de Acari n Unidos do Cabuçu n Unidos da Ponte n Unidos de Lucas n Unidos da Vila Santa Tereza n Império Rubro-Negro Grupo C Estrada Intendente Magalhães Segunda-feira – 03/03 n Arame de Ricardo n Acadêmicos do Dendê n Acad. da Abolição n Boca de Siri n Moc. de Vic. de Carvalho n Rosa de Ouro n Moc. Unida da Cidade de Deus n Difício É o Nome n Leão de Nova Iguaçu n Boi da Ilha do Governador n Unidos de Villa Rica n Moc. Unida do Santa Marta Grupo D Estrada Intendente Magalhães Terça-feira – 04/03 n Matriz de São Joao de Meriti n Unidos das Vargens n Gato de Bonsucesso n Unidos do Anil n Moc. Ind. de Inhaúma n Unidos de Cosmos n Lins Imperial n Arrastão de Cascadura n Chatuba de Mesquita n Acad. de Vigário Geral n Cor. Unidos do Amarelinho n Unidos de Manguinhos n Vizinha Faladeira n Flor da Mina do Andarai n Tradição Barriense de Mesquita Pesquisa e canto A velha máxima do Carnaval diz que enredo bom é aquele que um surdo entende ao ver a escola passar na Avenida e que samba bom é o que leva um cego a entender todo o tema. No entanto, não há enredo de boa qualidade sem uma pesquisa bem feita e boa música sem um intérprete que a valorize. REVISTA CARNAVAL embarca nesta onda e destaca dois profissionais que cumprem com muita competência suas tarefas, mesmo que tenham iniciado suas carreiras de forma tão distinta. Marcos Roza assumiu o reinado entre os pesquisadores de enredo com competência e por antiguidade. Seu pioneirismo criou uma nova e importante função na folia. Já Leandro Santos começou ainda menino no desfile mirim, mas ao crescer se apoiou em um grande mestre e agora terá o privilégio de dividir o carro de som com outro ícone do Carnaval carioca. Aliás, Leandro saberá em poucos dias o samba-enredo que cantará na Avenida em 2014. As datas das finais da Série A e do Grupo Especial já foram marcadas. Isto no Rio de Janeiro, porque, em São Paulo, as agremiações estão no estúdio, gravando o CD para o próximo Carnaval. Entre enredos e sambas, REVISTA CARNAVAL lembra nesta edição a saudosa Tupy de Brás de Pina e a eterna Chica da Silva do Salgueiro, Isabel Valença, com seu reinado que se estendeu da Avenida para o elegante salão do Teatro Municipal. Mas tem muito mais. Todas as novidades do mês estão em nossas páginas. Boa Leitura! Revista Carnaval EXPEDIENTE A Revista Carnaval é uma Publicação Portifolyo Produções Rua Garcia Redondo, 30, Cachambi, Rio de Janeiro-RJ. Tel.: 9835-1828 Editor: David Júnior. Diretor Executivo: Otávio Sobrinho. Direção Comercial: Ego Mídia & Marketing. Email: revistacarnaval@revistacarnaval.com.br. www.revistacarnaval.com.br. Foto de capa: Arquivo Pessoal. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Setembro / 2013 SUMÁRIO ENTREVISTA O reinado de Marcos Roza 4 HOMENAGEM Isabel Valença 13 POVÃO A disputa para a corte 14 POVÃO Regulamento para a rua 16 ESPECIAL Martinho e o Palácio 18 ESPECIAL Finais e Portela 20 SÉRIE A Decisão dos sambas 22 SÉRIE A Paulinho Santa Cruz 24 ESTRUTURA Cidade do Samba 2 25 TALENTO Leandro Santos 26 INESQUECÍVEL Tupy de Brás de Pina 29 CRIANÇA Ordem alterada 30 ACESSO Investindo em casa 31 SAMBA Fábrica do Samba 32 Revista Carnaval l 3
  • 3. Foto: A. Pinto. ENTREVISTA Marcos Roza, Enredos com grife Marcos Roza tornou-se uma referência na pesquisa de enredos. O historiador marcou um novo tempo na montagem dos temas carnavalescos. Revista Carnaval – Você é considerado o Rei dos Enredos. Quantos já escreveu? Marcos Roza – Chamam-me também de “A Caneta do Samba”, apelido que ganhei em 1999, ou 2000, do Mauro, que era diretor cultural da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Mas está beirando os 100, ou 4 l Revista Carnaval até mais, somando as escolas fora do Rio. RC – Como foi o início? MR – Tudo começou de 1997 para 1998. Eu ainda era um estudante de história da PUC-Rio quando fui trabalhar em uma equipe de decoradores de carros alegóricos, dos irmãos Fábio Setembro / 2013 e Eugênio, os Gaúchos, na Vila Isabel. Eu não sabia absolutamente nada e, chegando no barracão, fui cortar espuma ... Ao longo dos meses, o carnaval foi crescendo diante dos meus olhos. Eu não me contiveFui até o Jorge Freitas (carnavalesco) e perguntei como ele fazia a pesquisa, como obtinha aquele conteúdo. Descobri, então, que era feita de forma amadora, com o resultado que víamos na Sapucaí. Não havia um profissional de história fazendo um trabalho de pesquisa. Eu pensei: achei um filão de trabalho. No mesmo ano, ajudei o Jorginho a fazer algumas coisas e depois montei um projeto, com características ainda muito acadêmicas, porque eu não sabia qual era a demanda dos carnavalescos, e distribui em todos os barracões. Ficava ligando de orelhão, eu não tinha celular ainda, para saber se o carnavalesco tinha recebido. O inusitado foi que a Rosa (Magalhães) me atendeu, e ela me perguntou o que eu queria com o projeto, porque não havia entendido. Era uma coisa muito nova. Neste mesmo ano, tive a felicidade de o Max (Lopes) me abraçar na Grande Rio, em 1999. Levantei uma pesquisa para ele, sem nenhum texto, e entreguei o material. de pesquisadores, ENTREVISTA por eles estarem chegando ao Carnaval. Tem um rapaz que gosto muito, o Leandro Vieira. Fez dois trabalhos lindos agora, e eu pude escrever para ele dizendo que estava feliz. O retorno dele foi bem legal, dizendo que eu tinha aberto esta possibilidade de trabalho como pesquisador no Carnaval e que eu seria uma referência para os mais novos. Isto é muito gratificante, sobretudo para mim que não tive uma referência específica, embora tenha carnavalesca, como o Max e o Oswaldo. Aliás, o Oswaldo Jardim, que era um gigante, me ensinou uma coisa que jamais esqueci. Ele disse: sinopse se escreve sempre no presente. Isto fica mais fácil para quem está julgando ou simplesmente vendo. RC – Você ficou na Mangueira por um bom tempo. MR – Fiquei na Mangueira até 2006, mas paralelo a isto fiz outros enredos no Especial e no Acesso. Este é o momento que começa a revolução dos enredos patrocinados, desde o final da década de 1990. E eu, como pesquisador, além de outros que começavam a surgir, RC – Foi o início de tudo. me vejo um pouco alijado deste processo, porMR – De 1999 para 2000, eu trabalho com o que estes enredos ficam em uma redoma, com Oswaldo Jardim na Vila Isabel e aí eu aprendi o presidente da escola, o diretor de Carnaval qual a demanda de um carnavalesco, o que eu e quem estava levando o enredo. Às vezes, tinha que fazer: sinopse, histórico do enredo, quando estava tudo definido é que o enredo defesa. No ano seguinte, o Max me leva para a vinha para a gente. Existia uma lacuna nesMangueira e eu faço ainda mais dois enredos te momento e eu pensei em como me inserir neste mesmo ano: O Rio Corre para o Mar, do nela. Tive que me tornar também um captador Império Serrano, e Tijuca, com Nélson Rodri- de recursos, embora minha formação toda seja gues, pelo Buraco da Fechadura, da Unidos da de uma linha de projetos sociais e culturais. Eu Tijuca. Assim, aprendi a trabalhar, aprendi fa- já captava projetos, entrava em editais ... Esta zendo. Não tive qualquer referência. experiência me ajudou a dar um salto. No caso da Mangueira, onde fiquei por seis anos, isto RC – A carreira deslanchou então? aconteceu alguns anos, mas foi atípico, porque MR – Lembro que, além de formar um merca- normalmente participava de todo o processo. A do, lanço algumas pessoas que hoje estão no experiência como produtor cultural me ajudou cenário carnavalesco como pesquisadores. A a olhar o universo e ver que aquela chaminé carreira, então, foi solidificada e muitas pesso- dá um enredo e fazer um projeto de captação. as que trabalham com pesquisa no Carnaval reconhecem este pioneirismo. Isto é muito le- RC – Há um momento definido em que isto gal. Fico muito feliz por haver uma nova safra aconteceu? Setembro / 2013 Revista Carnaval l 5
  • 4. MR – É uma linha estreita que não dá para dizer exatamente qual é o momento que tive que sair a campo para captar e quando fui chamado pelas escolas. Na verdade, é uma sequência de fatos com o meu nome começando a ser conhecido no mercado, se fortalecendo, aprendendo com os erros ... Faço a primeira sinopse poética, junto com o Seu Oswaldo, sinopse rimada, em 2002. Todo mundo vem atrás desta forma de escrever. Então faço uma sinopse no estilo de um roteiro de cinema. Eu vou criando novas formas de escrever para me manter no mercado. Tanto que o Leandro Vieira fez um trabalho ficcional para contar o Zico (enredo da Imperatriz para 2014), que eu já tinha feito lá atrás, em 2003 ou 2004. Isto é bacana. Trabalhei muito para me manter no mercado até hoje. ENTREVISTA RC – Virou uma referência. MR – De lá para cá, todo o ano fiz duas ou três escolas. Faço um verdadeiro balé profissional. Não fico parado. Não espero as coisas caírem do céu. Tenho uma relação muito boa com todos os carnavalescos, ligava para eles me colocando à disposição, oferecia meu trabalho, montava um book, ia oferecendo minha mão de obra intelectual qualificada. RC – É uma pesquisa a fundo. MR – Acho que é mais que isto. É ter um feeling. Pedra, por exemplo. Tudo tem história. Mas, no caso da Luma, foi preciso se achar a linha, o ponto onde se encaixava a não história ou a pouca história dela. Isto é um barato. Se você não tem uma boa experiência, não faz. É preciso ter este feeling, caso contrário faria o ABC. Ela criança, o Carnaval, a coleira ... E tomaria pancada na cabeça. A gente conseguiu fazer um contorno para trazer uma pena quente. Por ter vencido este desafio, me testado, dou uma nota muito alta para este enredo. Outro que eu também acho muito bacana é O Império do Divino, de 2006, do Império Serrano, que fiz com o Paulo Menezes. Partindo de um tema pré-definido por ele, de um roteiro de desfile pronto, pude fazer uma pesquisa dos temas abordados e consegui fazer uma sinopse poetizada, toda rimada, com um conteúdo muito bacana dessa brasilidade unida à religiosidade brasileira. RC – As escolas entendem a necessidade RC – Qual o enredo preferido? de ter uma equipe de pesquisa para o enreMR – O número 1 é o da Mangueira em 2002 do? Algumas sequer tem um departamento (Brazil com Z É pra Cabra da Peste, Brasil com cultural ativo. S É Nação do Nordeste), que foi um Carnaval MR – Não diria nem as escolas, mas os carnabelíssimo e com um trabalho de pesquisa mui- valescos. O artista é que se organiza e propõe to bem desenvolvido. Foi incrível. Trabalhar para a escola uma equipe. Eu estou na Estácom o Max Lopes foi uma coisa muito bacana cio há quatro anos. Trabalhei com o Marcus para a gente, eu, o Fabinho (Ricardo) e o Nem, Ferreira e desde o último Carnaval com o Jack o Valdeci projetista. Neste grupo, aprendi muita Vasconcelos. Hoje, tenho uma relação próxima coisa porque tive referências com quem dese- com o presidente Leziário Nascimento, com 6 l Revista Carnaval Setembro / 2013 a direção de Carnaval e tudo faz diferença. A gente não tem um departamento cultural formado, mas tudo o que é relativo a enredo, a temas que surjam dentro da escola pensando nos próximos anos, eu sou chamado. Acho que isto parte do artista. Ele que organiza este núcleo duro de criação. É muito bom quando um pesquisador, que já tem uma história no Carnaval, é chamado por um carnavalesco também renomado para participar de um núcleo deste. A Portela agora se organizou, levou o Luis Carlos Magalhães para montar o departamento cultural. Ele é uma pessoa que tem uma amplitude cultural e intelectual fantástica. Eu materializei o ENTREVISTA delírio do cara e me dei mal duas vezes, porque o texto foi divulgado sem uma revisão. Passaram vários erros. Foi um caos. Poderia ter sido maravilhoso e não foi. RC – Já lhe propuseram algum enredo que você disse que não daria certo? MR – Já me propuseram um enredo sobre cachorro. Eu falei: vou fazer uma pesquisa e lhe retorno. Entrei em contato com o Cahê Rodrigue e falei que tinha um enredo sobre cachorro. Ele respondeu: “Cachorro!” Depois eu falei com o Fabinho (Ricardo). E ele a mesma coisa: RC – Você falou dos enredos que gostou. “Cachorro!” Eu pensei: não rola. Mas só que Ouve algum que disse: “Caramba, errei”? isto era superficial, eu ainda não tinha merguMR – Teve na Mocidade em 2009 (Mocidade lhado no tema. Quando eu mergulhei no tema, Apresenta: Clube Literário Machado de Assis vi que o universo é gigante. Tudo dá enredo. e Guimarães Rosa, Estrelas em Poesia). Foi Esta frase não é minha é de um pesquisador um ato falho que quase arruinou minha carrei- chamado Júlio César Farias. Eu gosto quando ra. Fui exatamente na onda do Carnavalesco ele fala isso. Quando eu pesquisei o cachorro, (Cláudio Cebola), nas ideias dele. Na verdade, encontrei uma história brilhante. Também já me havia um conteúdo bonito, sobre Machado de mandaram um enredo, e o cara insistiu muito, Assis e Guimarães Rosa, com um peso histó- sobre gatos. E tem patrocínio potencial para o rico e cultural importante para o Brasil. O pes- tema. Se você parar para analisar, é forte, dá quisador respeita a criação e a ideia do carna- um retorno financeiro e nunca fizeram. valesco, em alguns momentos isto é junto, em outros separado. O carnavalesco dá um roteiro RC – Você tem caderneta com possíveis ene o pesquisador desenvolve um texto em cima. redos? Mas geralmente esta formatação é junto, quan- MR – Eu digo que é uma caixinha de sapado se define a estrutura de apresentação do tos. Só para 2014 eu desenvolvi um texto, um enredo. Neste caso, o carnavalesco viajou mui- briefing, de oito enredos, eu e meu sócio, Júlio to, falando coisas absurdas e eu fui acatando. Era uma coisa muito visionária, longe do que era histórico, do que fundamentalmente precisava ser colocado. Toda a infância de Machado estava lá, mas em determinados momentos era uma loucura do carnavalesco. Enredo sobre Luma de Oliveira: “Um desafio”. n Setembro / 2013 Revista Carnaval l 7 Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David. RC – Isto também ajudou a ampliar seus limites? MR – Em 2008, faço meu primeiro Carnaval fora do Rio, na Gaviões da Fiel e na Rosas de Ouro. Depois subo com a Nenê da Vila Matilde. Faço o Carnaval de Vitória, onde também estou trabalhando este ano. nhava, com quem projetava. Isto dá uma bagagem grande. Tem um outro enredo que eu gosto muito: Brasil de Todos os Deuses, de 2010, da Imperatriz, também do Max. Outro que me deixou feliz, apesar de ser muito criticado, é o da Luma de Oliveira (Luma de Oliveira: Coração de um Brasil em Festa). A forma que encontramos para contá-lo foi legal, apesar de ser raso. Por ela não ter nenhum apelo cultural para se desenvolver, eu e o carnavalesco Marcus Ferreira buscamos um texto escrito por João Bosco para uma Playboy que ela foi capa. Aí está o trabalho do pesquisador. Tudo dá enredo.
  • 5. Foto: A. Pinto. Costa. A gente não ENTREVISTA conseguiu nenhum. No ano passado, foram quatro e a gente trouxe Cuiabá para a Mangueira. Um por ano está lindo. Para 2014, não demos sorte. Ou melhor, começamos a negociar um pouco tarde. Não foi possível. Mas seis desses temas já estão com legenda de 2015 e estão no mercado, podendo fechar, acreditamos, um ou dois. RC – Há algum enredo que você gostaria de ter feito e outros fizeram? MR – Vários. Esta é minha maior dor de cotovelo. O da Mangueira de 2009 (A Mangueira Traz o Brasil dos Brasis Mostrando a Formação do Povo Brasileiro), do Roberto Szanieck, por exemplo, que ganhou um samba maravilhoso do Lequinho e do Junior Fionda. Queria muito ter feito aquele texto. O deste ano da Mangueira também, sobre as festas brasileiras. Este da Cubango para 2014 (Continente Negro – Uma Epopeia Africana), eu adoraria ter feito. Eu tenho pouquíssimos enredos afros na minha carreira. Eu não me recordo de nenhum diretamente afro. Marcos Roza é o responsável pelo enredo da Estácio de Sá para 2014. n Jardim foi meu mestre. Foram pessoas que eu tive mais tempo junto e me ensinaram muito. Tive uma passagem rápida, mas com um resultado sensacional com o Paulo Menezes. RC – Agora está com o Jack Vasconcelos? MR – O poder superior me deu este presente. Temos uma química muito grande. É o segundo ano da nossa parceria e é incrível. O que a gente conseguiu fazer este ano foi incrível, porque o enredo foi definido no domingo e na terça-feira a sinopse tinha que estar pronta. Tive um dia para fazer o texto e a gente não tinha conversado. Qual seria a linha? Eu tinha um título. Nos falamos no domingo à noite por telefone. Ele me falou o que pensava para a linha de desenvolvimento do enredo. Eu coloquei a minha posição, diante do que havia lido sobre o tema, que foi parte da minha monografia, sobre o que fiz um filme também. Aí surgiu a ideia do vento. Ele falou que tinha a ideia de contar o enredo a partir da brisa que sopra na beira do mar. E eu consegui transportar a alma e o coração do Jack para o texto. E isto é uma benção porque não tivemos oportunidade de conversar. RC – E carnavalescos? Com quem você gostaria de ter trabalhado e não trabalhou? MR – Adoraria trabalhar com a Rosa (Magalhães). Tive apenas a oportunidade de conversar com ela para uma matéria para o Roteiro de Desfiles de 2010. Aliás, antes, insisti tanto para trabalhar com ela, que fui recebido na casa dela para ouvir: “Cara, como você é insistente!” Conversamos, mas não rolou da gente trabalhar juntos. Adoraria porque acho que aprenderia muito. Faria só a pesquisa, ela poderia escrever o enredo. Eu queria estar junto. Sempre disse que queria trabalhar com ela e com o Milton Cunha, com quem trabalhei na São Clemente. Outro que amei trabalhar foi com o Cid Carvalho. Ele é mais que um carnavalesco, é um poeta, é inteligente demais. Estou falando especificamente, mas todos os carnavalescos com quem trabalhei tiveram um ouro que pude receber e dar, fazer uma troca RC – Você prefere desenvolver um enredo grande. Max Lopes é meu mestre. Oswaldo seu ou um tema encomendado? 8 l Revista Carnaval Setembro / 2013 MR – Há várias formas do enredo chegar a mim. Às vezes, como no caso da Caprichosos no ano passado, só tem título. Pediram-me um enredo sobre fanatismo. Então, eu criei a estrutura de apresentação, fiz a pesquisa, desenvolvi o enredo todo. Isto é bacana porque te dá uma bagagem bem legal. Outra coisa é uma proposta de enredo já com um briefing, um roteiro de desfile. Isto é mais tranquilo porque escrevo de acordo com o roteiro. Geralmente, quando eu proponho o enredo é mais difícil, porque toda a concepção é minha. Por isso, gosto de trabalhar integrado com o carnavalesco. Construir um enredo precisa de duas visões, histórica, do pesquisador, e plástica, do carnavalesco. Quando eu proponho o enredo, só tem uma. Claro que, atualmente, com a experiência, já consigo olhar plasticamente, mas é preciso entender que quem julga analisa o que está vendo, o plástico, e o conteúdo através do texto. É integrado. Na verdade, eu prefiro receber uma proposta porque eu só ponho o meu lado. RC – É mais difícil fazer um enredo para o Especial ou para a Série A? MR – Não há diferença. A mesma forma de se desenvolver um enredo para o Especial vale para a Série A. Faz-se uma pesquisa sobre o tema, levanta o conteúdo, faz-se a estrutura do enredo, que é o roteiro do desfile, e é muito bom fazer isto em conjunto com o carnavalesco, e cria-se o histórico do enredo, que é o conteúdo para o carnavalesco desenhar a parte plástica. Quase ao mesmo tempo, faço a sinopse para os compositores. Este processo é o mesmo em ambos os grupos. Só que na Série A é menor. A gente trabalha com quatro setores. No Especial, pode ir a oito. RC – Quando teve a ideia de levar o Abre-Alas, aquele caderno gigantesco que a imprensa e os jurados recebiam, para o público com a criação do Roteiro de Desfiles? MR – Isto surgiu no Carnaval de 2001. Entro na Avenida, com alguns amigos, e as pessoas vinham me perguntar o que significava cada carro, cada ala. Aquilo ficou no meu coração. Setembro / 2013 Pensei: “O CarnaENTREVISTA val é um espetáculo maravilhosos e o texto que eu faço vai só para os jurados e para a imprensa; o público não entende nada”. Em 2003 ou 2004, não lembro, cheguei a fazer umas 20 cópias do roteiro da Mangueira e dei a alguns amigos na Avenida. Quando em 2009 eu fui convidado para ser diretor cultural da Lesga, hoje Lierj, tive um insight, já que estava em um cargo político, de fazer um libreto da festa. Ainda tentei naquele ano, mas estava muito em cima do Carnaval. No ano seguinte, eu fui até a Riotur, apresentei o projeto, e a recepção foi maravilhosa. Começamos, então, a produzir, com a Riotur como parceira. Eu sou muito apaixonado pelo Roteiro de Desfiles, até porque me sinto pesquisador de todas as escolas. Tenho um acordo com as escolas de que o material entregue a nós não irá vazar antes do tempo. E não vaza mesmo. RC – E o Marcos antes de oficialmente estar na folia? MR – Meu pai, Amaro, e minha mãe, Terezinha, tinham ala no Império Serrano. Meu tio Joel casou com a sobrinha de Dona Ivone Lara. Sou nascido e criado em Inhaúma, mas quando eu era criança ia muito para o Império. O Carnaval que eu lembro melhor foi o de 1982, quando o Império foi campeão. Participei do processo de confecção das fantasias, fui aos ateliês, embora não tenha ido ao barracão, fui à quadra. Eu gostava demais do samba. Ia aos ensaios de rua. Sempre sambei muito quando era pequeno. Isto era legal, porque com sete ou oito anos, pequenininho, sambava com aquelas mulatonas com meias rendadas. Eu ficava na altura da bunda delas. Nem dormia à noite, ficava rolando na cama. Minha mãe reclamava que eu ia para o samba e ficava sambando com aquelas mulheres quase peladas. RC – O menino Marcos era sambista. E o jovem? MR – Houve uma fase da vida em que eu descansei no Carnaval. Viajava, ia para o mato, me distanciei bastante. Mas houve uma outra Revista Carnaval l 9
  • 6. referência para que eu me tornasse um profissional do Carnaval é que, quando eu era criança, durante o Carnaval, a gente era meio obrigado a ir para a casa de uma tia para ver os desfiles. Juntava toda a família. Eu adorava esta época do ano porque ia para as matinês dos bailes e depois assistia os desfiles. Depois que meus pais desfilavam, eles iam para a casa da minha tia. No entanto, durante a juventude eu virei as costas para a festa popular e foi preciso que, quando eu morava no Vidigal, o Fábio e o Eugênio, em 1997, me levasse para o barracão da Vila Isabel para eu voltar. ENTREVISTA RC – O interessante é que o jovem Marcos que se afastou do Carnaval foi o que se preparou academicamente para brilhar nela. MR – Intuitivamente, foi. O legal é que, mesmo neste momento em que eu viajava, eu sempre procurava um jeito de assistir o desfile do Império Serrano. E eu me emocionava, chorava. Foto: Divulgação / Rafael Silva. RC – Você não nega ser imperiano, então? MR – Que me perdoem as coirmãs, onde eu trabalhei ou trabalho, mas tenho duas bandeiras no meu coração: o Império, por causa da infância e da família, e a Mangueira. Quando eu cheguei na Mangueira, eu era um antimangueirense. É igual o Flamengo. Quem não é Mangueira é antimangueirense. Eu detestava a Mangueira. Lembro que, em 1998, quando a Mangueira foi campeã com Chico Buarque e eu já iniciava meu trabalho no Carnaval, vi a comissão de frente da Mangueira pela televisão. Vi aqueles malandros sambando, lindos, e pensei: “Não gosto desta escola, mas os caras mandaram bem”. Foi a primeira vez que eu olhei para a Mangueira com respeito. Em 2001, fui para a Mangueira. Quando eu entro no barracão, me dou conta de que aquela escola era especial. Eu então comecei a entender isso. A ficha caiu: “Estou na equipe de criação da escola que todo mundo fala, da mais querida”. Aí eu entro na quadra durante a disputa de samba, aquilo cheio para caramba, parecia que o coração de todas as pessoas ali estavam na boca. Era uma energia diferente. Inexplicável. No dia do desfile, quando o abre-alas fez a curva, eu comecei a chorar. Faço um flashback de que tudo que eu estava vendo nasceu de um computador 486. Eu me tornei um mangueirense. No mesmo ano, tive a mesma emoção com o Império Serrano, onde fiz O Rio Corre para o Mar. Só que o Império desfilou antes. Depois, voltei ao Império em 2006 e acabei não ficando para 2007. Fiquei meio chateado, pensando estar tão disponível para a escola e não fazendo. Mas a escola é muito maior que as pessoas. Algumas pessoas que fazem o Carnaval perdem a noção e não respeitam o profissional, até financeiramente. Eu boto a alma no meu trabalho e vivo disso. Eu sei qual é o meu quadrado. O Carnaval é um trabalho coletivo e eu sei que sou uma peça fundamental, dentro do meu espaço, para se chegar ao resultado na Marquês de Sapucaí. O pesquisador hoje é uma realidade. Por isso, tenho o respeito desta nova safra de pesquisadores. Recentemente, saiu uma matéria comigo em um site e gente de todo o Brasil me procurou pela internet. Isto é muito legal, muito gratificante. Eu faço o que gosto e gosto do que faço. João Estevam comanda uma turma de bambas no programa Cidade do Samba, todos os sábados, às 22 horas, na rádio Manchete AM 760. Um show de informação e análise do Carnaval. Marcos Roza com Chiquinho da Mangueira e o Roteiro dos Desfiles. n 10 l Revista Carnaval Setembro / 2013 Setembro / 2013 Revista Carnaval l 11
  • 7. Curta-nos, HOMENAGEM siga-nos, adicione-nos ... Isabel Valença, a eterna Chica da Silva P Acompanhe REVISTA CARNAVAL nas redes sociais. 12 l Revista Carnaval Setembro / 2013 oucos nomes representaram tão bem a história da mulher na cultura brasileira. Isabel Valença saiu da Avenida, especificamente do Salgueiro, para encantar a passarela elitizada do Teatro Municipal. Marcou época, quando encarnou Chica da Silva em 1963, e se tornou sua mais perfeita personificação, tanto que um ano depois, vestida de Rainha Rita de Vila Rica, fora confundida com a Setembro / 2013 escrava que conquistou a alta burguesia. Como Chica da Silva, Isabel Valença, esposa do presidente salgueirense Osmar Valença, soube reinar na elite. Ela venceu o concurso de fantasias do Teatro Municipal em 1964 na categoria Luxo Feminino. As madames não gostaram muito, mas foram obrigados a reverenciar a nobreza carnavalesca da dama do Salgueiro. As madames não gostaram muito, mas foram obrigados a reverenciar a nobreza carnavalesca da dama do Salgueiro. Revista Carnaval l 13
  • 8. Começam os preparativos para o Carnaval de rua Foto: Divulgação / Riotur. POVÃO Foto: Divulgação / Riotur / Dhavid Normando. As inscrições estão abertas desde 27 de agosto e prosseguirão até 27 de setembro. 14 l Revista Carnaval A folia carioca começou a preparação para eleger sua corte para 2014. Os pretendentes a Rei Momo, Rainha e Princesas do Carnaval já podem se candidatar aos cargos. As inscrições estão abertas desde 27 de agosto e prosseguirão até 27 de setembro, na sede da Riotur, na Praça Pio X, 119/12º andar, Centro, entre 10h e 17h. Os servidores públicos municipais, estaduais e federais estão impedidos de participar da disputa. Todos os candidatos necessitam residir na cidade do Rio de Janeiro há pelo menos dois anos. Os candidatos a Rei Momo precisam ter entre 18 e 55 anos, altura mínima de 1,70m e o 1º grau concluído. As pretendentes a Rainha devem possuir idade entre 18 e 35 anos e 1,60m, além do mesmo nível de ensino exigido para os homens. Os eventos carnavalescos contam com a presença da Corte do Carnaval. n Setembro / 2013 POVÃO A Corte do Carnaval é formada com o Rei Momo, sua Rainha e duas princesas. n Para concorrer, o candidato precisa apresentar cópias autenticadas, ou acompanhadas dos originais, da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência (próprio, pai, mãe ou contrato de aluguel), certificado ou declaração de escolaridade, uma fotografia de corpo inteiro, número de inscrição no INSS/PIS ou PASEP, declaração que reside no município do Rio de Janeiro, de que não é servidor público municipal, estadual e federal e nem ocupa cargo dentro dessas estruturas, além de um atestado de aptidão física com data recente ao concurso, atestando ótimas condições de saúde do candidato, visando o cumprimento do contrato. Os jurados dos concursos avaliarão os requisitos desembaraço, sociabilidade, facilidade de expressão, simpatia, espírito carnavalesco e domínio da arte de sambar, na disputa Setembro / 2013 para Rei Momo, e beleza do rosto, harmonia de linhas físicas, sociabilidade, facilidade de expressão, simpatia e espírito carnavalesco, além de domínio da arte de sambar, no caso das pretendentes à Rainha. O primeiro colocado receberá, além do título de Rei Momo 1º e Único do Carnaval 2014, a quantia de R$ 20 mil. O vice-campeão ganhará R$ 3,5 mil e o terceiro, R$ 1,5 mil. O prêmio da Rainha do Carnaval será de R$ 20 mil, cabendo R$ 15 mil para a segunda e a terceira colocadas, eleitas 1ª Princesa e 2ª Princesa, respectivamente. Os mandatos começarão na data de suas eleições e terminarão no dia 10 de março de 2014. As finais do concurso acontecerão no dia 8 de novembro, a partir das 19h, em local a ser previamente determinado pela Riotur. As finais do concurso acontecerão no dia 8 de novembro, a partir das 19h. Revista Carnaval l 15
  • 9. Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia. Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia. POVÃO A As inscrições começaram no dia 2 de setembro e se estenderão até o dia 30. 16 l Revista Carnaval Prefeitura do Rio de Janeiro publicou na edição de 28 de agosto do Diário Oficial do município as regras para os desfiles de blocos de rua do Carnaval 2014. As inscrições começaram no dia 2 de setembro e se estenderão até o dia 30, devendo os responsáveis por cada agremiação entregar os requerimentos na Diretoria de Operações da Riotur, na Praça Pio X, 119/12º andar, Centro, de segunda-feira à sexta-feira, das 10h às 17h. A Comissão Especial de Avaliação de Blocos de Rua, que analisará os pedidos, contará com integrantes dos órgãos públicos envolvidos na folia, da Riotur e de duas entidades, a Associação das Bandas Carnavalescas do Estado do Rio de Janeiro (ABCERJ) e a Associação de Blocos de Rua da Zona Sul, Centro e Santa Tereza, além de outras que enviem sugestão para a melhoria do Carnaval. Serão avaliados a tradição, o local do desfile, a estimativa de público, as características do bloco em relação ao Carnaval de rua carioca e ao bairro onde pretende desfilar e os impactos causados no dia-a-dia da localidade. O Setembro / 2013 Uma tradição do Carnaval de Rua carioca: a presença de belas mulheres. n Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia. Blocos de rua conhecem regras para o desfile POVÃO As crianças dão um colorido especial à folia. n resultado final será conhecido no dia 30 de novembro. Na mesma oportunidade, a Prefeitura do Rio publicou resoluções que visam melhorar ainda mais a qualidade do Carnaval de rua carioca. Entre as ações oficiais tomadas, estão regulamentações sobre as ações promocionais nas vias públicas e das atividades dos promotores credenciados para atuar nos desfiles, sobre a dispersão dos blocos e a abertura de vias após os Setembro / 2013 desfiles, sobre a limitação do tamanho e da potência dos carros de som que serão utilizados durante o desfile na orla dos bairros de Ipanema e Leblon e sobre a possibilidade de uma segunda passagem do mesmo bloco. O Caderno de Encargos para as empresas que desejem patrocinar a festa também foi divulgado. Medidas que preservam o meio-ambiente estão listadas no documento entre as exigências da Prefeitura. A Prefeitura também publicou resoluções que visam melhorar ainda mais a qualidade do Carnaval de rua carioca. Revista Carnaval l 17
  • 10. ESPECIAL Martinho da Vila é baluarte M da agremiação, Dona Rita de Cássia, o presidente da Unidos de Vila Isabel, Wilsinho Alves, e o Sr. José Magalhães, que há mais de 40 anos integra a Velha Guarda. O apresentador e diretor social da Liesa, Jorge Perlingeiro, as baianas Dona Lucimar e Dona Penha, o presidente do Conselho Fiscal, Evaristo, Dorinha, Paulinho da Elétrica, o cardiologista Wilson Manso e os integrantes da comissão de carnaval, Junior Schall e Júlio Cerqueira, foram agraciados com o título de beneméritos da Unidos de Vila Isabel. Wilson Vieira Alves, o Moisés, foi oficializado, após votação unânime, presidente de honra da agremiação. Martinho da Vila é multicampeão de samba-enredo e autor de célebres enredos. n 18 l Revista Carnaval Setembro / 2013 ESPECIAL Mangueira com a casa renovada U ma belíssima festa marcou a reinauguração da quadra da Mangueira, no dia 10 de agosto. Com a presença de mangueirenses ilustres, autoridades e comunidade, o Palácio do Samba foi reaberto com novos camarotes, banheiros e quiosques, além da volta do teto retrátil. A reforma custou R$ 1 milhão, bancados por empresários/torcedores da Estação Primeira, que ainda investiu outros R$ 490 mil no barracão. A obra demorou três meses para ser concluída, e, na reinauguração, as baianas da escola lavaram as escadarias de acesso à quadra. O Palácio do Samba também foi abençoado por um padre. Tudo para garantir o sucesso do novo espaço. Baianas da Grande Rio A Acadêmicos do Grande Rio dará mais oportunidades às mães do samba. A tricolor de Duque de Caxias, que levou 80 baianas este ano para a Sapucaí, dobrará este número no próximo Carnaval. As inscrições para quem desejar desfilar na ala devem ser feitas na quadra da escola às segundas-feiras, de 10h às 21h, e às quartas-feiras e às sextas-feiras, de 10h às 18h. Informações pelo telefone 2671-3585, com Cristiane Brigadeiro. Foto: A. Pinto. Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David. O célebre compositor foi um dos nomes homenageados pela azul e branco. artinho da Vila agora é baluarte da Unidos de Vila Isabel. O célebre compositor foi um dos nomes homenageados pela azul e branco, que decidiu pela honraria após assembleia na primeira metade de agosto. Foi o reconhecimento ao multicampeão de sambaenredo, incluindo o deste ano, e autor de enredos como Kizomba, Festa da Raça, com que a escola ganhou seu primeiro título, em 1988. A escola também homenageou outros componentes históricos com o título de baluarte, como os compositores André Diniz e Evandro Bocão, que também integra a comissão de carnaval da azul e branco, a superintendente Foto: Divulgação. Setembro / 2013 O Palácio do Samba foi reaberto com novos camarotes, banheiros e quiosques, além da volta do teto retrátil. De volta às origens Tradição na Mangueira é coisa muito séria. A bateria da escola voltou a adotar seu antigo título e lançou a logomarca da ala. A histórica Tem Que Respeitar Meu Tamborim, comandada por Mestre Aílton Nunes, agora tem uma representação gráfica criada por um de seus representantes, o ritmista e designer Lequinho da Cuíca. A ilustração surgiu para a produção de uma camisa para presentear a Rainha de Bateria, Evelyn Bastos, e caiu no gosto dos companheiros da verde e rosa. Revista Carnaval l 19
  • 11. Foto: Divulgação / Riotur / Eliane Carvalho. ESPECIAL Calendário das finais é divulgado A Serão oito datas definidas para as finalíssimas. A Imperatriz Leopoldinense encerra as disputas. Foto: Divulgação / Riotur / Alexandre Macieira. n 20 l Revista Carnaval s quadras já estão fervendo, mas o clima nas escolas de samba ficará ainda mais quente a partir deste mês. A Liesa divulgou o calendário das finais das disputas de sambas-enredo para o Carnaval 2014. A temporada decisiva começará no dia 27 de setembro, na Império da Tijuca, e terminará no dia 20 de outubro, na Imperatriz Leopoldinense e na Mocidade Independente de Padre Miguel. Serão oito datas definidas para as finalíssimas, sendo que o dia da semana mais reservado para as decisões será a sexta-feira, com quatro escolhas. Outras duas acontecerão em domingos, e uma na quinta-feira, 17, quando a Beija-Flor de Nilópolis, definirá seu samba-enredo para o próximo desfile. Anote a agenda: n 27/09 (sexta-feira) – Império da Tijuca n 04/10 (sexta-feira) – São Clemente n 11/10 (sexta-feira) – Salgueiro n 12/10 (sábado) – Mangueira e Unidos de Vila Isabel n 17/10 (quinta-feira) – Beija-Flor n 18/10 (sexta-feira) – Portela n 19/10 (sábado) – Acadêmicos do Grande Rio, União da Ilha do Governador e Unidos da Tijuca n 20/10 (domingo) – Imperatriz Leopoldinense e Mocidade Independente de Padre Miguel Setembro / 2013 Foto: Divulgação / Riotur / Tata Barreto. ESPECIAL Patrícia Nery, Rainha de novo na Portela A direção da Portela desistiu de realizar um concurso para eleger a Rainha de Bateria da escola e manteve Patrícia Nery no posto para 2014. Ela tem a simpatia da comunidade da Águia, por isso continuará à frente dos ritmistas comandados por Mestre Nilo Sérgio. Será seu segundo ano de reinado. Patrícia Nery, que também já reinou da Renascer de Jacarepaguá, em 2012, afirmou pelo Facebook que estava muito feliz. Ela escreveu que tem “plena consciência do que é ser portelense, de todo amor, respeito e dedicação”. A beldade assinou o texto como “Hoje Rainha, mas sempre portelense.” Inovação com a marca do Salgueiro O Salgueiro mostrou novamente porque é uma escola diferente. A vermelho e branco lançou seu programa de sócio torcedor, febre entre os clubes de futebol, mas agora com a marca do pioneirismo salgueirense entre as escolas de samba. Entre os benefícios para os que aderirem à iniciativa, estão descontos nos produtos da agremiação e no valor do ingresso nos dias de ensaios, além de concursos e outras vantagens. A mensalidade é de R$ 29,00. Setembro / 2013 A escolhida afirmou pelo Facebook que estava muito feliz. De volta para casa A Mocidade Independente de Padre Miguel repatriou mais um de seus integrantes. Wilker Jorge Leite, que desfila na escola desde os 11 anos, passou quatro anos na Mangueira e está de volta à sua casa para o cargo de diretor artístico. Ele estará supervisionando as fantasias de alas e composições de carros alegóricos, com expediente diário no barracão da verde e branco. Revista Carnaval l 21
  • 12. Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David. SÉRIE A Três escolas fizeram festa para apresentação das obras já definidas. 22 l Revista Carnaval A Unidos de Padre Miguel será a primeira escola da Série A a realizar sua final de sambaenredo. A vermelho e branco da Zona Oeste definirá seu hino para 2014 no dia 13 de setembro. No mês passado, porém, três escolas fizeram festa para apresentação das obras já escolhidas. A União de Jacarepaguá revelou a composição encomendada a um grupo de artistas da agremiação, no dia 17 de agosto. A Paraíso do Tuiuti e a Em Cima da Hora, que optaram por reedições, realizaram eventos nos dias 16 e 18 de agosto, respectivamente. Outras três escolas Setembro / 2013 Jacarepaguá (Apresentação de samba encomendado) n 18/08 – Em Cima da Hora (Apresentação da reedição) n 13/09 – Unidos de Padre Miguel n 14/09 – Alegria da Zona Sul 16/09 - Acadêmicos do Cubango n 17/09 – Renascer de Jacarepaguá (Apresentação de samba encomendado) n 20/09 – Caprichosos de Pilares e Unidos do Porto da Pedra n 22/09 – Acadêmicos da Rocinha (Apresentação de samba encomendado) n 26/09 – União do Parque Curicica n 27/09 – Acadêmicos de Santa Cruz n 28/09 – Estácio de Sá, Império Serrano e Unidos do Viradouro n 29/09 – Inocentes de Belford Roxo SÉRIE A Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David. Lierj divulga calendários das finais de samba também não realizarão disputas de samba-enredo. A Renascer de Jacarepaguá e a Acadêmicos da Rocinha, que também encomendarão suas obras para a folia de 2014, e a Tradição, que reeditará Sonhar com Rei Dá Leão, de 1976, com que a Beija-Flor conquistou o título. Depois da Unidos de Padre Miguel, Alegria da Zona Sul dá sequência às finais no dia 14 de setembro. O último hino da Série A para o próximo Carnaval será conhecido somente no dia 29 de setembro, com a decisão na Inocentes de Belford Roxo. A Lierj antecipou as finalíssimas de samba-enredo para fugir da concorrência com as disputas do Grupo Especial. Veja o calendário: n 16/08 – Paraíso do Tuiuti (Apresentação da reedição) n 17/08 – União de Ronaldo Ylê, da União do Parque Curicica, conhecerá o samba que interpretará na Avenida no dia 26 de setembro. n Setembro / 2013 Revista Carnaval l 23
  • 13. SÉRIE A Paulinho permanece na Santa Cruz A O cantor mostrou-se muito satisfeito em poder defender a agremiação por mais um ano. Acadêmicos de Santa Cruz garantiu a ótima performance de seu carro de som. A verde e branco renovou o contrato do intérprete Paulinho Mocidade, que chegou à escola para o Carnaval passado. O cantor mostrou-se muito satisfeito em poder defender a agremiação por mais um ano e elogiou o trabalho do presidente da escola Moysés Antonio Coutinho Filho, o Zezo. “Como homem, um grande caráter; como presidente, dedicado ao extremo.” Paulinho Mocidade é dono de um currículo invejável. O cantor tem quatro títulos no Grupo Especial, sendo dois pela Mocidade Independente de Padre Miguel e dois pela Imperatriz Leopoldinense. No próximo ano, na Santa Cruz, ele cantará o samba em homenagem à cidade de Jundiaí, tema da escola. Cidade do Samba 2 é novamente prometida A s escolas da Série A receberam uma ótima notícia este mês. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou que a Cidade do Samba 2 será construída em São Cristovão. A área destinada aos barracões das agremiações desta divisão do samba ficará em um terreno pertencente ao exército junto à Quinta da Boa Vista. O local receberia o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. Estes, porém, não passarão Porto da Pedra apresenta tigrezas Não faltarão mulheres bonitas no desfile da Unidos do Porto da Pedra. A vermelho e branco de São Gonçalo apresentou, no dia 10 de agosto, o trio de musas que estarão à frente dos carros alegóricos da agremiação no próximo Carnaval. Mylla Ribeiro, Fernanda Guimarães e Taia24 l Revista Carnaval ne Perfeito foram acompanhadas pela modelo Solange Gomes, que já ocupou o posto de Rainha de Bateria da escola. Na edição de 14 de setembro da Feijoada da Família Tigre, será a vez da nova dona da coroa da Ritmo Feroz, Bianca Leão, se exibir para a comunidade. Setembro / 2013 Setembro / 2013 mais por demolição e reconstrução na área então reservada. Há um ano, Eduardo Paes também divulgara que estava negociando a compra de uma antiga fábrica de sabão junto à Avenida Brasil, mas a ideia não se concretizou, segundo o prefeito por falta de um acerto financeiro. Além dos barracões da Série A, a Cidade do Samba 2 receberá os ateliês e espaço para a produção das alegorias das escolas de samba mirins. ESTRUTURA No ar uma rede social carnavalesca A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras), a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), a Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (Aescrj) e a Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro (Fbcerj) lançaram em conjunto, no dia 24 de agosto, o Portal do Carnaval. A iniciativa reúne em um mesmo ambiente digital profissionais e instituições carnavalescas, funcionando como uma autêntica rede social de Carnaval e como um espaço de promoção de mão de obra. O Portal do Carnaval pode ser acessado pelo endereço www.unirio.br/ portaldocarnaval. Revista Carnaval l 25
  • 14. Foto: Divulgação. TALENTO O ditado popular sentencia: “Me digas com quem tu andas, e eu te direi quem és”. Levando-se em conta a sabedoria do povo, pode-se afirmar que o intérprete da Estácio de Sá, Leandro Santos, está se colocando no rol dos grandes do Carnaval carioca. Depois de acompanhar Jamelão, na Mangueira, por seis anos, ele agora cantará junto com outro mestre, Dominguinhos do Estácio. Leandro Santos parece não ser bom somente no microfone, mas brilhante também no pensamento. A ideia do convite ao cantor, afastado da Imperatriz Leopoldinense depois do último desfile, foi dele, em uma conversa com o presidente da Estácio de Sá, Leziário Nascimento. “Tomamos a decisão em comum acordo, e eu liguei para o Dominguinhos, que é um amigo e com quem há um respeito mútuo muito grande. Ela já teve a oportunidade de dizer que gosta bastante de meu trabalho na escola.” A chance de poder cantar ao lado de Dominguinhos, para Leandro, é um aprendizado e também um reconhecimento. O intérprete destaca que o clima entre eles não poderia ser melhor. “Ele está em casa e muito feliz por ter voltado. Não há vaidades entre nós dois e isto facilita muito para um bom resultado.” Sobre os anos de trabalho ao lado de Jamelão, entre 2002 e 2008, Leandro Santos lembra com muito carinho do grande intérprete da Mangueira. “Foi uma honra e um orgulho guardar a experiência de poder ter cantado com ele, como também é com o Dominguinhos. São dois mestres do Carnaval.” TALENTO A chance de poder cantar ao lado de Dominguinhos, para Leandro, é um aprendizado e também um reconhecimento. Foto: Divulgação / Dayse King. Leandro Santos, sempre bem acompanhado O intérprete da Estácio de Sá, Leandro Santos, estará ao lado de mais um grande mestre do microfone carnavalesco em 2014. Agora fazendo dupla com Dominguinhos do Estácio, ele já cantou com Jamelão 26 l Revista Carnaval Setembro / 2013 Dominguihos do Estácio e Leandro Santos, duas gerações no microfone da vermelho e branco. n Setembro / 2013 Revista Carnaval l 27
  • 15. Foto: Divulgação / Dayse King. TALENTO INESQUECÍVEL Saudades da Tupy de Brás de Pina Com Tathiane Carvalho, de 17 anos, Leandro passa a ser o “veterano”. n Atualmente com 29 anos, embora morador do Estácio, Leandro Santos começou a cantar na Mangueira do Amanhã. 28 l Revista Carnaval No outro lado da moeda, a Estácio trabalha com muito carinho a intérprete Tathiane Carvalho, de 17 anos, primeira voz da Nova Geração, e que já está no carro de som da escola-mãe, mas Leandro descarta ser um professor. “Não me vejo como mestre. Jamelão, com 94 anos, me disse que ainda estava aprendendo. Eu continuo me aprimorando. Ela tem muito talento e um futuro brilhante. Está virando realidade.” A chegada de Dominguinhos ajudou na autoestima da vermelho e branco, segundo Leandro Santos. “A comunidade ficou mais animada. Faremos um grande Carnaval.” O intérprete lembra que, ao lado da dupla e de Tathiane, também estarão no carro de som os cantores Talarico, Da Latinha e Marcelo Lanes, mas o grupo não está fechado. “De- verá chegar mais uns dois ou três. Depois da escolha do samba, será definido.” Atualmente com 29 anos, embora morador do Estácio, Leandro Santos começou a cantar na Mangueira do Amanhã e se tornou apoio de Jamelão na verde e rosa com 18 anos. Em 2009, foi convidado pelo então intérprete da vermelho e branco, Serginho do Porto, e pela diretoria para fazer parte do carro de som. Dois anos depois, retornou como cantor oficial. No Grupo Especial, ele acompanhou Tinga na Unidos de Vila Isabel em 2012 e 2013 e, no próximo ano, estará ao lado de Gilsinho na azul e branco. Leandro ainda canta em escolas de outras cidades, como Guaratinguetá e Brasília, e faz shows por todo o mundo, especialmente com a bateria da Mangueira. Setembro / 2013 A Praça Onze foi a primeira a ver um desfile da Tupy de Brás de Pina. A azul e branco estreou no Carnaval carioca em 1956, sem concorrer. No ano seguinte, sagrouse vice-campeã do Grupo 2 e conquistou o direito de disputar a elite do samba, onde ficou nos anos de 1958 e 1959. Só retornou ao Grupo 1 em 1972, logo caindo para voltar a figurar pela última vez entre as grandes em 1976. A charmosa Tupy de Brás de Pina enrolou sua bandeira em 1998, quando subiu do Acesso E para o D com um terceiro lugar. Escola lembrada com saudosismo pelos amantes do Carnaval carioca, fez muitos enredos em homenagem a grandes personalidades, especialmente das artes, Setembro / 2013 como Dorival Caymmi, Chiquinha Gonzaga, Gonçalves Dias, Almeida Junior e Nélson Rodrigues, e da folia, como Clóvis Bornay, Armando Campos e Oswaldo Sargentelli. A charmosa Tupy de Brás de Pina enrolou sua bandeira em 1998. Revista Carnaval l 29
  • 16. Foto: Divulgação. Mirins tem ordem de desfile alterada A A Aesm-Rio mexeu na posição de desfile da Tijuquinha do Borel. Associação das Escolas de Sambas Mirins do Rio de Janeiro (Aesm-Rio) decidiu, em reunião plenária, no dia 6 de agosto, alterar a ordem de desfiles para 2014. A diretoria da entidade entendeu a necessidade de se acatar o pedido da Tijuquinha do Borel, antes primeira a pisar na Sapucaí na terça-feira de Carnaval. A agremiação alegou dificuldades para a montagem do cortejo uma vez que a escola-mãe, Unidos Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David. CRIANÇA da Tijuca, será a última a passar na Avenida pelo Grupo Especial, na manhã do mesmo dia. Diante da dificuldade, a Aesm-Rio passou a Tijuquinha do Borel para a penúltima posição de desfile, não alterando o horário das escolas que desfilam antes. Desta forma, o desfile mirim em 2014 começará 20 minutos mais tarde, às 17h20. A entidade planeja promover um show de abertura no tempo vago. Desfile Mirim n Filhos da Águia n Aprendizes n Infantes do Lins n Império do Futuro n Mangueira do Amanhã n n Pimpolhos da Grande Rio n Nova Geração do Estácio de Sá n Miúda da Cabuçu n Herdeiros da Vila n Corações Unidos do Ciep n Planeta Golfinhos da Guanabara n Petizes da Penha n Tijuquinha do Borel n Estrelinha da Mocidade Unidos da Tijuca na Série D Inspiração caseira A Unidos da Vila Santa Tereza buscou em seu próprio endereço a inspiração para voltar à Sapucaí. A azul e branco desfilará em 2014 pela Série B com o enredo Ururaí, nome da rua onde fica a quadra da agremiação. Trata-se da lenda de uma aldeia indígena, que estará na Estrada Intendente Magalhães como um alerta contra o fim da cultura dos índios. O tema é de autoria de Vinicius Natal e será desenvolvido pelo carnavalesco Sandro Gomes. A escola contratou o casal de mestre-sala e porta bandeira Yuri Perroni e Cassiane Figueiredo para defender o pavilhão azul e branco e conquistar a nota 10 na Avenida. Para reinar à frente dos ritmistas da agremiação, a diretoria da Unidos da Vila Santa Tereza escolheu Diana Cotrim. A azul e amarelo do Borel será a grande homenageada do desfile da Unidos de Manguinhos em 2014 pela Série D. A escola levará para a Estrada Intendente Magalhães o enredo Unidos da Tijuca ... Não É Segredo Eu Amar Você!, do carnavalesco Leonardo Soares. Ele destaca as inovações e surpresas que a agremiação tem levado para a Marquês de Sapucaí. O carnavalesco da Unidos da Tijuca, Paulo Barros, deverá estar no desfile de 2014. Ele foi responsável pelos enredos da escola do Borel nos títulos de 2010 e 2012. Inocentes da Caprichosos n Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy 30 l Revista Carnaval do Salgueiro ACESSO Setembro / 2013 Unidos do Cosmos define enredo Em Mangaratiba Tem Madeira de Lei, Um Compromisso com Todos será o enredo da Unidos do Cosmos. A verde e branco será a sexta agremiação a entrar na Estrada Intendente Magalhães pela Série D no próximo Carnaval. Uma comissão de artistas desenvolverá o tema de 2014. Setembro / 2013 Revista Carnaval l 31
  • 17. Fábrica do Samba recebe mais R$ 40 milhões SAMPA O complexo, de 4 mil metros quadrados, conta com 14 barracões e deverá ser concluída no primeiro semestre do ano que vem. Foto: Divulgação / SPTuris / José Cordeiro. A s obras da Fábrica do Samba deverão ser aceleradas. A Prefeitura de São Paulo receberá recursos do Plano de Aceleração do Crescimento do governo federal para finalizar o complexo de barracões e reformar o autódromo de Interlagos e o Parque do Anhembi. O valor total é de R$ 280 milhões, sendo que R$ 40 milhões estão reservados para a “indús- tria” carnavalesca. A construção da Fábrica do Samba começou em 2011. O complexo, de 4 mil metros quadrados, conta com 14 barracões e deverá ser concluída no primeiro semestre do ano que vem. A iniciativa vai melhorar as condições de trabalho nas escolas de samba, bem como evitará os constantes acidentes ocasionados por falta de infraestrutura. AGENDA DO CARNAVAL (Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro) Escolas Mirins Passarela do Samba Terça-feira – 04/03 n Filhos da Águia n Infantes do Lins n Mangueira do Amanhã n Pimpolhos da Grande Rio n Miúda da Cabuçu n Corações Unidos do Ciep n Petizes da Penha n Ainda Existem Crianças da Vila Kennedy n Aprendizes do Salgueiro n Império do Futuro n Inocentes da Caprichosos n Nova Geração do Estácio de Sá n Herdeiros da Vila n Planeta Golfinho da Guanabara n Tijuquinha do Borel n Estrelinha da Mocidade AGENDA DO CARNAVAL (Grupo Especial e Grupo de Acesso de São Paulo) Grupo Especial Passarela do Samba do Anhembi Sexta-feira – 28/02 n Leandro do Itaquera n Rosas de Ouro n X-9 Paulistana n Dragões da Real n Acadêmicos do Tucuruvi n Vai-Vai n Tom Maior Passarela do Samba do Anhembi Sábado – 01/03 n Pérola Negra n Gaviões da Fiel n Mocidade Alegre n Nenê de Vila Matilde n Águia de Ouro n Império de Casa Verde n Acadêmicos do Tatuapé 32 l Revista Carnaval Setembro / 2013 Grupo de Acesso Passarela do Samba do Anhembi Domingo – 02/03 n Colorado do Brás n Morro da Casa Verde n Unidos do Peruche n Camisa Verde e Branco n Imperador do Ipiranga n Unidos de Vila Maria n Mancha Verde n Estrela do Terceiro Milênio
  • 18. Jornalismo Moda Fotografia Audio Video Internet Marketing Publicidade Rua Garcia Redondo, 30, Cachambi, Rio de Janeiro-RJ. Tels.: 2229-7931 e 3079-0371. 34 l Revista Carnaval Setembro / 2013