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Objetivo Geral do Projeto:
Promover a geração de renda e melhorar as condições de bem
viver das 06 comunidades tradicionais da região do Pantanal
do Paiaguás (Corixão, Cedro, Cedrinho, Limãozinho, São
Domingos e Bracinho) no município de Corumbá, Estado
de Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste brasileiro, por meio do
acompanhamento na produção, transformação e
comercialização dos produtos nativos e cultivados
localmente.
Boletim Informativo |cptsocialms.blogspot.com.br |Abril de 2014 | nº 1, Ano 1 |
Uma jornada pela água
Na Comunidade São Domingos, Soni Gil e sua esposa já têm água
Famílias da Colônia Bracinho buscam
ajuda no MPF página 3
Telhados promovem bem-estar a famílias
pantaneiras página 2
Oficinas de Cultura local, Direito e
Cidadania Página 3
Produção agrícola para geração de renda
Página 2
Nos últimos anos, fatores
climáticos associados à ação
do homem, assolam as
comunidades do baixo
Pantanal do Paiaguás: Cori-
xão, Cedrinho, Cedro,
Limãozinho, São Domingos e
Bracinho, este fato é evidenci-
ado por meio da degradação
do ambiente, e reflete na
utilização da água.
O panorama atual vivenci-
ado pelas comunidades é de
muita dificuldade, corixos e
lagos que armazenavam água
para o ano inteiro secaram,
obrigando as famílias que
residem no local a buscar
novas alternativas. Com a
modificação do ambiente
surgem como solução viável,
práticas antigas que minimi-
zariam as dificuldades do
local. Desta forma, o uso do
poço manualmente escavado
surge como solução para
minimizar a escassez de água
desta região.
Para perfuração dos poços
usa-se o conhecimento
popular do sinergismo, que
consiste na utilização de 2
hastes de cobre com dimensão
de 0,40m, em formato de L. A
pessoa que tem o magnetis-
mo, procura água segurando
uma haste em cada mão. À
medida que a pessoa passa por
uma veia de água, as hastes se
alinham, indicando o ponto
exato onde se deve perfurar o
poço.
• Áreas Temáticas Trabalhadas
• Habitação e água
• Agricultura
• Transporte
• Geração de renda
• Organização comunitária
Projeto Geração de Renda Para as Comunidades do Pantanal
Página 2 Abril de 2014 nº 1, Ano 1
No Limãzinho, a família do senhor Alício já tem um cômodo
com o novo telhado
O projeto Geração de Renda para as
Comunidades do Pantanal tem por
objetivo melhorar as condições de bem
viver das seis Comunidades Tradicionais
do Pantanal do Paiaguás, às margens do
Taquari. Subindo o rio, temos Corixão,
Cedrinho, Cedro, Limãozinho, Colônia S.
Domingos e Colônia Bracinho.
A promoção das condições do bem
viver é estimulada por meio de cinco áreas
distintas que se interligam: água e
habitação; agricultura; transportes; geração
de renda e organização comunitária.
Atualmente, a equipe responsável está
instruindo e enviando material para
propiciar a melhoria das habitações e
auxiliar na construção de poços para a
captação de água para consumo humano e
produção agrícola, para cada uma das 156
famílias das seis comunidades.
A habitação, antes, era coberta com
materiais da flora nativa, como palhas de
acuri - já escassas na região - além de não
suportar apropriadamente as chuvas,
proporcionavam o acúmulo de fezes e
proliferação de morcegos dentro das
moradias.
Hoje, com o auxílio do Projeto, este
quadro tem sido modificado positivamente
com a substituição da palha pelo Eternit. O
telhado novo possibilita a cobertura de
dois cômodos, numa área de 28m2, que
mesmo de tamanho modesto é carregada de
muito valor.
É importante ressaltar que os cômodos
não são agregados, mas separados
metricamente com uma distância
significativa uns dos outros.
Os resultados esperados são os de que
haja uma melhora na higienização
doméstica para uma manutenção
indispensável da saúde, evitar problemas
com as chuvas e proporcionar conforto às
famílias. Até o momento, 99 famílias já
foram beneficiadas com os novos telhados
e melhoraram sua moradia.
Telhados promovem bem-estar a famílias Pantaneiras
De manilha em manilha... se faz um poço
O Projeto Geração de Renda desenvolve ações
com o objetivo de possibilitar o acesso à água
para as famílias das seis comunidades
tradicionais do Pantanal do Paiaguás, Corixão,
Cedrinho, Cedro, Limãozinho, São Domingos e
Bracinho, subindo o rio Taquari.
Uma das ações é o fornecimento de manilhas de
concreto, de 0,50cmX1,10cm para a construção
dos poços para cada uma das 156 famílias
atendidas pelo projeto. O transporte é feito de
caminhão até o porto do rio Paraguai. As
manilhas são embarcadas numa lancha, que
percorre de 80 a 140 km até os portos de quatro
comunidades, Cedro, Limãozinho, São
Domingos e Bracinho. Nas comunidades de
Corixão e Cedrinho, onde não há acesso
facilitado, os poços são feitos com madeira seca
de piúva, extraídas no local.
Após o desembarque das manilhas, cada família
beneficiada é responsável pelo transporte do seu
material, em carro de boi, canoa de zinga ou
trator até suas casas. Já foram entregues 680
manilhas para 68 famílias.
Para a implantação dos poços, foram
organizados grupos de cinco famílias, que por
meio de oficinas foram incentivadas a trabalhar
em sistema de mutirão, o que possibilitou que
os poços ficassem prontos em tempo hábil.
A construção dos poços é feita em etapas. O
local é escolhido por sinergismo, onde escava-se
um buraco de 1,20 m diâmetro X 0,50 m de
altura, coloca-se uma manilha nesse espaço,
depois de colocada continua-se a escavação
dentro dela, assim ela vai descendo e conforme
ela desce coloca-se outra, até se chegar à veia de
água, quando se conclui a construção do poço, e
concretiza-se o acesso à água.
Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal
Equipe:
Amélia Zanella
Bruna Mabel
Maria de Fátima
Maria de Lourdes
Thiago Castro
Vanderlei da Conceição
Pe. Pascoal Forin
As imagens são do Arquivo da Comissão Pastoral da Terra
Jornalista responsável: Ana Carolina Monteiro DRT/MS 031
A Comissão Pastoral da Terra da
Diocese de Corumbá foi criada em 1987,
durante o período de ditadura militar,
p a r a d e f e n d e r o s d i r e i t o s d o s
trabalhadores rurais assentados nas terras
do município de Corumbá.
Após anos de ocupação e luta, ampliou
o seu trabalho em resposta às demandas
levantadas pelos grupos de mulheres da
periferia urbana e pelas comunidades
tradicionais do Pantanal de Paiaguás,
colocando-se ao lado desses povos no
processo de luta pela terra e pela melhoria
das condições de vida, por meio de novos
projetos de formação e geração de renda.
A CPT também tem desenvolvido
atividades evangelizadoras com as
comunidades.
Na Colônia São Domingos, todos estão unidos na construção dos poços
Na Colônia Bracinho, a família da Luzia já foi beneficiada com
o novo telhado
"A habitação, antes, era
coberta com materiais da
flora nativa, como palhas de
acuri - já escassas na região.
Hoje, com o auxílio do
Projeto, este quadro tem
sido modificado
positivamente com a
substituição da palha pelo
Eternit"
"O telhado novo
possibilita a cobertura
de dois cômodos, numa
área de 28m2, que
mesmo de tamanho
modesto é carregada de
muito valor"
EXPEDIENTE
Padre Pascoal Forin em missa nas Comunidades
Para garantir direitos, famílias da Colônia Bracinho buscam MPF
No dia 28 de fevereiro de 2014 a equipe
da Pastoral da Terra esteve na
Comunidade Bracinho para realizar a
oficina de Direitos e Cidadania, atividade
prevista no Projeto Geração de Renda para
as Comunidades do Pantanal. No
desenvolvimento da Oficina, os
participantes levantaram o problema da
mudança da escola do centro da
Comunidade para um novo local, às
margens do rio Taquari, na ocasião, a
maioria da comunidade não concordou
com a mudança, porque as crianças teriam
que andar 20 km, ida e volta. Para chegar à
escola as famílias não dispõem de meio de
transporte adequado e não aceitaram a
proposta da Secretaria de Educação do
Município de as crianças ficarem alojadas
na escola. Após ouvir o descontentamento
das famílias em relação à mudança de local
da escola, a Equipe pontuou os direitos à
educação, à cultura, ao esporte e ao lazer
baseada no capítulo IV do Estatuto da
Criança e Adolescente.
Foi informado também que quando os
direitos não são garantidos os cidadãos
devem buscar orientação junto ao
Ministério Público Federal – MPF. No
caso da Comunidade Bracinho, surgiu a
necessidade de formar uma comissão para
buscar junto ao MPF o direito da escola
permanecer no mesmo local.
O Ministério Público Federal
convocou uma reunião no dia 14/03/2014
com representantes da comunidade,
Secretaria de Educação, e membros da
Comissão Pastoral da Terra, para discutir o
assunto. Após a reunião, ficou
determinado pelo MPF, em caráter de
urgência, que o município providenciasse
o transporte escolar gratuito e diário aos
alunos da Escola Municipal Rural Polo
Porto Esperança – Extensão Sebastião
Rolon. Além disso, o órgão federal exigiu
que todas as crianças da Comunidade
Bracinho fossem matriculadas na escola,
contudo permaneceria na obrigação dos
pais a efetivação da matrícula de seus
filhos.
Após o prazo estipulado pelo MPF de
48 horas, em resposta, o município pediu 6
meses para adquirir o trator com uma
carroceria adaptada, com assentos,
cobertura e cinto de segurança para poder
transportar as crianças. O não
cumprimento do caráter de urgência
Escola Municipal Extensão Sebastião Rolon: na comunidade há pelo menos 40 anos
Oficinas de Cultura Local e Direitos e Cidadania
No período de 28 de fevereiro a 6
de março de 2014 foram realizadas
duas oficinas, nas Comunidades
B r a c i n h o , S ã o D o m i n g o s ,
Limãozinho, Cedro, Cedrinho e
Corixão, no baixo Pantanal de
Paiaguás. Uma oficina de Resgate
Histórico das Tradições do Povo
Pantaneiro e outra de Direito e
cidadania, de acordo com as
especificações do Projeto Geração de
Renda para as Comunidades do
Pantanal.
A s d u a s o f i c i n a s f o r a m
ministradas pelo colaborador do
Projeto e membro da CISV Brasil,
ONG Italiana (Comunita Impegno
Servizio Volontariato) José Marques.
Dentro das temáticas foram abordados
os seguintes conceitos: Tradição,
Cultura Material, Imaterial, Direitos
Humanos, Direitos Fundamentais,
Direitos dos Povos e Comunidades
Tradicionais.
Na ocasião, também foram
realizadas visitas de monitoramento
da construção dos poços, Quintal
Produtivo e cobertura das casas. Nessa
expedição, a equipe foi dividida em
dois grupos, o primeiro trabalhou com
Oficinas de Resgate Histórico das
Tradições do Povo Pantaneiro, Direito
e Cidadania, o segundo ficou
responsável pelo monitoramento da
construção dos poços, Quintal
Produtivo e telhado das casas.
A realização dessas oficinas junto
às Comunidades objetiva fortalecer a
cultura local e dar ênfase à
importância da identidade do homem
e mulher Pantaneiros, bem como
r e c o n h e c e r o s d i r e i t o s d a s
Comunidades Tradicionais.
José Marques da CISV ministrou as oficinas
Produção agrícola para geração de renda
O Projeto Geração de Renda para
as Comunidades do Pantanal está
d e s e n v o l v e n d o d e n t r o d a s
Comunidades do Corixão, Cedrinho,
Cedro, Limãozinho, São Domingos e
Bracinho, localizadas no baixo
Pantanal, às margens do rio Taquari, o
Sistema Agroflorestal e o Quintal
Produtivo, como formas de organiza-
ção da plantação e produção de
alimentos, com a finalidade de gerar
renda para as famílias da região.
O Sistema Agroflorestal é o
consórcio de árvores nativas com
culturas agrícolas,
Por exemplo: mandioca, piúva,
cumbaru, banana, jatobá, cana,
abóbora, coco, e frutíferas em geral. E
o Quintal Produtivo é o sistema de
plantio de várias espécies agrícolas
reunidas em um mesmo espaço, por
exemplo: milho, feijão, mandioca,
cana, abóbora, melancia, e hortaliças.
Diante da dificuldade para
produzir alimentos, por causa do
ataque dos animais silvestres, estão
sendo disponibilizados pelo Projeto
dois rolos de arame farpado de 500m
para cada família cercar a área
Destinada ao plantio. Até o
momento 43 famílias foram beneficia-
das com o arame para o Quintal
Produtivo .
Com esse sistema, as famílias
poderão produzir para seu sustento e
comercializar o excedente, gerando
renda para aquisição de outros
produtos.
Quintal Produtivo do Bracinho: arroz, milho e
cana
Sistema Agroflorestal: mandioca, milho,
banana e árvores nativas
"A realização dessas
oficinas junto às
Comunidades objetiva
fortalecer a cultura
local, e dar ênfase à
importância da
identidade do homem
e mulher Pantaneiros,
bem como reconhecer
os direitos das
Comunidades
Tradicionais"
solicitado pelo órgão federal, motivou o MPF a ajuizar a Ação Civil Pública contra
a União, a Prefeitura e a secretária de Educação Roseane Limoeiro da Silva Pires. A
audiência, para uma tentativa de acordo entre as partes, aconteceu no dia 23 de
abril, quando a administração municipal anunciou que utilizará, por enquanto,
uma toyota Bandeirante de sua própria frota e que o transporte estará regularizado
até 06 de maio.
"O Sistema Agroflorestal é
o consórcio de árvores
nativas com culturas
agrícolas"
"E o Quintal Produtivo é o
sistema de plantio de várias
espécies agrícolas reunidas em
um mesmo espaço"
Página 3Abril de 2014 nº 1, Ano 1
Boletim Informativo
Diocese de Corumbá
Comissão Pastoral da Terra
Rua Tiradentes, 478
Centro - 79302-052
Corumbá - MS
Tel: (67) 3231- 8537
Email: diocesecorumbacpt@gmail.com
Estamos na WEB!!
www.cptsocialms.blogspot.com.br
Da esq. para dir:Amélia, Lourdes, Vanderlei, Fátima, Vital (piloteiro, da Comunidade São Domingos), Cristiano, José Marques ( CISV), Bruna.
Histórico
As Comunidades Tradicionais
do Pantanal de Paiaguás
Comunidades Tradicionais
O Brasil caracteriza-se por sua multiplicidade sociocultural, expressada
por cerca de 520 etnias, com modos próprios de conduzir sua vida e de
entender o mundo, o que as destaca da “sociedade nacional”. Dessa forma, os
chamados povos e comunidades tradicionais (correspondentes a oito
milhões de brasileiros, os quais ocupam 1/4 do território nacional) são
excluídos do processo democrático e das políticas públicas.
O Decreto Nª 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, conceitua as
comunidades e povos tradicionais como grupos culturalmente diferenciados
e que se reconhecem como tais. Possuem formas próprias de organização
social, ocupam e usam territórios tradicionais, além de recursos naturais,
como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica. Para tanto, se utilizam de conhecimentos, inovações e práticas
geradas e transmitidas pela tradição.
As comunidades participantes neste projeto são as seis comunidades
tradicionais do Pantanal de Paiaguás: Corixão, Cedro, Cedrinho,
Limãozinho, São Domingos e Bracinho. Estas comunidades estão situadas
nas circunvizinhanças das margens do rio Taquari, no interior profundo do
Pantanal. O bioma Pantanal é o componente fundamental da vida dessas
comunidades, uma vez que o ciclo de vida das famílias está intimamente
ligado ao ciclo das águas dos rios da região: de outubro a março, os rios
enchem e trasbordam, provocando inundações; no período da seca, de abril a
setembro, as águas recuam, deixando as terras enxutas.
As Comunidades estão organizadas em sítios familiares, onde se
encontram a casa, a roça e a criação de animais. As moradias são compostas
por cômodos separados feitos de madeira e palha, sem água canalizada e
energia elétrica. As comunidades estão situadas entre 80 e 140 km da cidade
de Corumbá. Para chegar até os portos das comunidades, ou seja, os lugares
de entrada na área comunitária próximo às margens do rio, são necessários
um barco a motor. Para adentrar nos territórios das comunidades é possível
prosseguir a pé, a cavalo ou de carroça (quando houver), conforme a distância
dos sítios familiares e a disponibilidade de meios de transportes das famílias.
Patrocínio
Paiaguás
Fonte: site http://www.guiadeturismo.tur.br
acesso 28/04/2014

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Boletim informativo Nº 1

  • 1. Objetivo Geral do Projeto: Promover a geração de renda e melhorar as condições de bem viver das 06 comunidades tradicionais da região do Pantanal do Paiaguás (Corixão, Cedro, Cedrinho, Limãozinho, São Domingos e Bracinho) no município de Corumbá, Estado de Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste brasileiro, por meio do acompanhamento na produção, transformação e comercialização dos produtos nativos e cultivados localmente. Boletim Informativo |cptsocialms.blogspot.com.br |Abril de 2014 | nº 1, Ano 1 | Uma jornada pela água Na Comunidade São Domingos, Soni Gil e sua esposa já têm água Famílias da Colônia Bracinho buscam ajuda no MPF página 3 Telhados promovem bem-estar a famílias pantaneiras página 2 Oficinas de Cultura local, Direito e Cidadania Página 3 Produção agrícola para geração de renda Página 2 Nos últimos anos, fatores climáticos associados à ação do homem, assolam as comunidades do baixo Pantanal do Paiaguás: Cori- xão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, São Domingos e Bracinho, este fato é evidenci- ado por meio da degradação do ambiente, e reflete na utilização da água. O panorama atual vivenci- ado pelas comunidades é de muita dificuldade, corixos e lagos que armazenavam água para o ano inteiro secaram, obrigando as famílias que residem no local a buscar novas alternativas. Com a modificação do ambiente surgem como solução viável, práticas antigas que minimi- zariam as dificuldades do local. Desta forma, o uso do poço manualmente escavado surge como solução para minimizar a escassez de água desta região. Para perfuração dos poços usa-se o conhecimento popular do sinergismo, que consiste na utilização de 2 hastes de cobre com dimensão de 0,40m, em formato de L. A pessoa que tem o magnetis- mo, procura água segurando uma haste em cada mão. À medida que a pessoa passa por uma veia de água, as hastes se alinham, indicando o ponto exato onde se deve perfurar o poço. • Áreas Temáticas Trabalhadas • Habitação e água • Agricultura • Transporte • Geração de renda • Organização comunitária Projeto Geração de Renda Para as Comunidades do Pantanal
  • 2. Página 2 Abril de 2014 nº 1, Ano 1 No Limãzinho, a família do senhor Alício já tem um cômodo com o novo telhado O projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal tem por objetivo melhorar as condições de bem viver das seis Comunidades Tradicionais do Pantanal do Paiaguás, às margens do Taquari. Subindo o rio, temos Corixão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, Colônia S. Domingos e Colônia Bracinho. A promoção das condições do bem viver é estimulada por meio de cinco áreas distintas que se interligam: água e habitação; agricultura; transportes; geração de renda e organização comunitária. Atualmente, a equipe responsável está instruindo e enviando material para propiciar a melhoria das habitações e auxiliar na construção de poços para a captação de água para consumo humano e produção agrícola, para cada uma das 156 famílias das seis comunidades. A habitação, antes, era coberta com materiais da flora nativa, como palhas de acuri - já escassas na região - além de não suportar apropriadamente as chuvas, proporcionavam o acúmulo de fezes e proliferação de morcegos dentro das moradias. Hoje, com o auxílio do Projeto, este quadro tem sido modificado positivamente com a substituição da palha pelo Eternit. O telhado novo possibilita a cobertura de dois cômodos, numa área de 28m2, que mesmo de tamanho modesto é carregada de muito valor. É importante ressaltar que os cômodos não são agregados, mas separados metricamente com uma distância significativa uns dos outros. Os resultados esperados são os de que haja uma melhora na higienização doméstica para uma manutenção indispensável da saúde, evitar problemas com as chuvas e proporcionar conforto às famílias. Até o momento, 99 famílias já foram beneficiadas com os novos telhados e melhoraram sua moradia. Telhados promovem bem-estar a famílias Pantaneiras De manilha em manilha... se faz um poço O Projeto Geração de Renda desenvolve ações com o objetivo de possibilitar o acesso à água para as famílias das seis comunidades tradicionais do Pantanal do Paiaguás, Corixão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, São Domingos e Bracinho, subindo o rio Taquari. Uma das ações é o fornecimento de manilhas de concreto, de 0,50cmX1,10cm para a construção dos poços para cada uma das 156 famílias atendidas pelo projeto. O transporte é feito de caminhão até o porto do rio Paraguai. As manilhas são embarcadas numa lancha, que percorre de 80 a 140 km até os portos de quatro comunidades, Cedro, Limãozinho, São Domingos e Bracinho. Nas comunidades de Corixão e Cedrinho, onde não há acesso facilitado, os poços são feitos com madeira seca de piúva, extraídas no local. Após o desembarque das manilhas, cada família beneficiada é responsável pelo transporte do seu material, em carro de boi, canoa de zinga ou trator até suas casas. Já foram entregues 680 manilhas para 68 famílias. Para a implantação dos poços, foram organizados grupos de cinco famílias, que por meio de oficinas foram incentivadas a trabalhar em sistema de mutirão, o que possibilitou que os poços ficassem prontos em tempo hábil. A construção dos poços é feita em etapas. O local é escolhido por sinergismo, onde escava-se um buraco de 1,20 m diâmetro X 0,50 m de altura, coloca-se uma manilha nesse espaço, depois de colocada continua-se a escavação dentro dela, assim ela vai descendo e conforme ela desce coloca-se outra, até se chegar à veia de água, quando se conclui a construção do poço, e concretiza-se o acesso à água. Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal Equipe: Amélia Zanella Bruna Mabel Maria de Fátima Maria de Lourdes Thiago Castro Vanderlei da Conceição Pe. Pascoal Forin As imagens são do Arquivo da Comissão Pastoral da Terra Jornalista responsável: Ana Carolina Monteiro DRT/MS 031 A Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Corumbá foi criada em 1987, durante o período de ditadura militar, p a r a d e f e n d e r o s d i r e i t o s d o s trabalhadores rurais assentados nas terras do município de Corumbá. Após anos de ocupação e luta, ampliou o seu trabalho em resposta às demandas levantadas pelos grupos de mulheres da periferia urbana e pelas comunidades tradicionais do Pantanal de Paiaguás, colocando-se ao lado desses povos no processo de luta pela terra e pela melhoria das condições de vida, por meio de novos projetos de formação e geração de renda. A CPT também tem desenvolvido atividades evangelizadoras com as comunidades. Na Colônia São Domingos, todos estão unidos na construção dos poços Na Colônia Bracinho, a família da Luzia já foi beneficiada com o novo telhado "A habitação, antes, era coberta com materiais da flora nativa, como palhas de acuri - já escassas na região. Hoje, com o auxílio do Projeto, este quadro tem sido modificado positivamente com a substituição da palha pelo Eternit" "O telhado novo possibilita a cobertura de dois cômodos, numa área de 28m2, que mesmo de tamanho modesto é carregada de muito valor" EXPEDIENTE Padre Pascoal Forin em missa nas Comunidades
  • 3. Para garantir direitos, famílias da Colônia Bracinho buscam MPF No dia 28 de fevereiro de 2014 a equipe da Pastoral da Terra esteve na Comunidade Bracinho para realizar a oficina de Direitos e Cidadania, atividade prevista no Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal. No desenvolvimento da Oficina, os participantes levantaram o problema da mudança da escola do centro da Comunidade para um novo local, às margens do rio Taquari, na ocasião, a maioria da comunidade não concordou com a mudança, porque as crianças teriam que andar 20 km, ida e volta. Para chegar à escola as famílias não dispõem de meio de transporte adequado e não aceitaram a proposta da Secretaria de Educação do Município de as crianças ficarem alojadas na escola. Após ouvir o descontentamento das famílias em relação à mudança de local da escola, a Equipe pontuou os direitos à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer baseada no capítulo IV do Estatuto da Criança e Adolescente. Foi informado também que quando os direitos não são garantidos os cidadãos devem buscar orientação junto ao Ministério Público Federal – MPF. No caso da Comunidade Bracinho, surgiu a necessidade de formar uma comissão para buscar junto ao MPF o direito da escola permanecer no mesmo local. O Ministério Público Federal convocou uma reunião no dia 14/03/2014 com representantes da comunidade, Secretaria de Educação, e membros da Comissão Pastoral da Terra, para discutir o assunto. Após a reunião, ficou determinado pelo MPF, em caráter de urgência, que o município providenciasse o transporte escolar gratuito e diário aos alunos da Escola Municipal Rural Polo Porto Esperança – Extensão Sebastião Rolon. Além disso, o órgão federal exigiu que todas as crianças da Comunidade Bracinho fossem matriculadas na escola, contudo permaneceria na obrigação dos pais a efetivação da matrícula de seus filhos. Após o prazo estipulado pelo MPF de 48 horas, em resposta, o município pediu 6 meses para adquirir o trator com uma carroceria adaptada, com assentos, cobertura e cinto de segurança para poder transportar as crianças. O não cumprimento do caráter de urgência Escola Municipal Extensão Sebastião Rolon: na comunidade há pelo menos 40 anos Oficinas de Cultura Local e Direitos e Cidadania No período de 28 de fevereiro a 6 de março de 2014 foram realizadas duas oficinas, nas Comunidades B r a c i n h o , S ã o D o m i n g o s , Limãozinho, Cedro, Cedrinho e Corixão, no baixo Pantanal de Paiaguás. Uma oficina de Resgate Histórico das Tradições do Povo Pantaneiro e outra de Direito e cidadania, de acordo com as especificações do Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal. A s d u a s o f i c i n a s f o r a m ministradas pelo colaborador do Projeto e membro da CISV Brasil, ONG Italiana (Comunita Impegno Servizio Volontariato) José Marques. Dentro das temáticas foram abordados os seguintes conceitos: Tradição, Cultura Material, Imaterial, Direitos Humanos, Direitos Fundamentais, Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais. Na ocasião, também foram realizadas visitas de monitoramento da construção dos poços, Quintal Produtivo e cobertura das casas. Nessa expedição, a equipe foi dividida em dois grupos, o primeiro trabalhou com Oficinas de Resgate Histórico das Tradições do Povo Pantaneiro, Direito e Cidadania, o segundo ficou responsável pelo monitoramento da construção dos poços, Quintal Produtivo e telhado das casas. A realização dessas oficinas junto às Comunidades objetiva fortalecer a cultura local e dar ênfase à importância da identidade do homem e mulher Pantaneiros, bem como r e c o n h e c e r o s d i r e i t o s d a s Comunidades Tradicionais. José Marques da CISV ministrou as oficinas Produção agrícola para geração de renda O Projeto Geração de Renda para as Comunidades do Pantanal está d e s e n v o l v e n d o d e n t r o d a s Comunidades do Corixão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, São Domingos e Bracinho, localizadas no baixo Pantanal, às margens do rio Taquari, o Sistema Agroflorestal e o Quintal Produtivo, como formas de organiza- ção da plantação e produção de alimentos, com a finalidade de gerar renda para as famílias da região. O Sistema Agroflorestal é o consórcio de árvores nativas com culturas agrícolas, Por exemplo: mandioca, piúva, cumbaru, banana, jatobá, cana, abóbora, coco, e frutíferas em geral. E o Quintal Produtivo é o sistema de plantio de várias espécies agrícolas reunidas em um mesmo espaço, por exemplo: milho, feijão, mandioca, cana, abóbora, melancia, e hortaliças. Diante da dificuldade para produzir alimentos, por causa do ataque dos animais silvestres, estão sendo disponibilizados pelo Projeto dois rolos de arame farpado de 500m para cada família cercar a área Destinada ao plantio. Até o momento 43 famílias foram beneficia- das com o arame para o Quintal Produtivo . Com esse sistema, as famílias poderão produzir para seu sustento e comercializar o excedente, gerando renda para aquisição de outros produtos. Quintal Produtivo do Bracinho: arroz, milho e cana Sistema Agroflorestal: mandioca, milho, banana e árvores nativas "A realização dessas oficinas junto às Comunidades objetiva fortalecer a cultura local, e dar ênfase à importância da identidade do homem e mulher Pantaneiros, bem como reconhecer os direitos das Comunidades Tradicionais" solicitado pelo órgão federal, motivou o MPF a ajuizar a Ação Civil Pública contra a União, a Prefeitura e a secretária de Educação Roseane Limoeiro da Silva Pires. A audiência, para uma tentativa de acordo entre as partes, aconteceu no dia 23 de abril, quando a administração municipal anunciou que utilizará, por enquanto, uma toyota Bandeirante de sua própria frota e que o transporte estará regularizado até 06 de maio. "O Sistema Agroflorestal é o consórcio de árvores nativas com culturas agrícolas" "E o Quintal Produtivo é o sistema de plantio de várias espécies agrícolas reunidas em um mesmo espaço" Página 3Abril de 2014 nº 1, Ano 1
  • 4. Boletim Informativo Diocese de Corumbá Comissão Pastoral da Terra Rua Tiradentes, 478 Centro - 79302-052 Corumbá - MS Tel: (67) 3231- 8537 Email: diocesecorumbacpt@gmail.com Estamos na WEB!! www.cptsocialms.blogspot.com.br Da esq. para dir:Amélia, Lourdes, Vanderlei, Fátima, Vital (piloteiro, da Comunidade São Domingos), Cristiano, José Marques ( CISV), Bruna. Histórico As Comunidades Tradicionais do Pantanal de Paiaguás Comunidades Tradicionais O Brasil caracteriza-se por sua multiplicidade sociocultural, expressada por cerca de 520 etnias, com modos próprios de conduzir sua vida e de entender o mundo, o que as destaca da “sociedade nacional”. Dessa forma, os chamados povos e comunidades tradicionais (correspondentes a oito milhões de brasileiros, os quais ocupam 1/4 do território nacional) são excluídos do processo democrático e das políticas públicas. O Decreto Nª 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, conceitua as comunidades e povos tradicionais como grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais. Possuem formas próprias de organização social, ocupam e usam territórios tradicionais, além de recursos naturais, como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. Para tanto, se utilizam de conhecimentos, inovações e práticas geradas e transmitidas pela tradição. As comunidades participantes neste projeto são as seis comunidades tradicionais do Pantanal de Paiaguás: Corixão, Cedro, Cedrinho, Limãozinho, São Domingos e Bracinho. Estas comunidades estão situadas nas circunvizinhanças das margens do rio Taquari, no interior profundo do Pantanal. O bioma Pantanal é o componente fundamental da vida dessas comunidades, uma vez que o ciclo de vida das famílias está intimamente ligado ao ciclo das águas dos rios da região: de outubro a março, os rios enchem e trasbordam, provocando inundações; no período da seca, de abril a setembro, as águas recuam, deixando as terras enxutas. As Comunidades estão organizadas em sítios familiares, onde se encontram a casa, a roça e a criação de animais. As moradias são compostas por cômodos separados feitos de madeira e palha, sem água canalizada e energia elétrica. As comunidades estão situadas entre 80 e 140 km da cidade de Corumbá. Para chegar até os portos das comunidades, ou seja, os lugares de entrada na área comunitária próximo às margens do rio, são necessários um barco a motor. Para adentrar nos territórios das comunidades é possível prosseguir a pé, a cavalo ou de carroça (quando houver), conforme a distância dos sítios familiares e a disponibilidade de meios de transportes das famílias. Patrocínio Paiaguás Fonte: site http://www.guiadeturismo.tur.br acesso 28/04/2014