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A notícia em mutação. Estudo
     sobre o relato noticioso no
     jornalismo digital.

     Thaïs de Mendonça Jorge



Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Comunicação (PPG/ FAC)
Universidade de Brasília
15 de agosto de 2007
Banca Examinadora
 Professora Doutora Zélia Leal Adghirni
  (Orientadora)
 Professor Doutor Luiz Gonzaga Motta
 Professora Doutora Nélia Del Bianco
 Professor Doutor Marcos Palacios
 Professora Doutora Elizabeth Saad
 Professor Doutor Luis Martins da Silva
  (Suplente)
Internet no mundo
       Mundo: 127,9 milhões de sítios (agosto 2007)
                                28 milhões de sítios novos criados em 2006

       Brasil
        50 mil sítios no ar
        2006: 31,25% (46,8 milhões de pessoas) têm acesso à internet
        2005: 21,43% (32,1 milhões de pessoas)
        17,3% têm computador em casa
        46,0% acessam a internet em casa
        26,44 vêem internet no trabalho
        35,4% usam a internet para ler notícias

       Argentina
        2006: quase 50% da população argentina (16 milhões) têm acesso
        à internet
        2005: 21% (7,6 milhões de pessoas)
        41% acessam a internet em casa
        14% vêem internet no trabalho
        64% destes lêem notícias na internet


Fontes: netcraft.com; Internet em la Argentina 2004-2005. Clarín Global: Eduardo D‟Alessio Irol, 2005; Los oficinistas de EEUU pierden dos
        horas por día en Internet, Clarín, 13 jul. 2005; http://listasibict/pipermail/bib_virtual/2007-June/003679.html
Hipóteses

1 A notícia, principal produto do jornalismo, estaria
  sofrendo mais um processo de mutação,
  abandonando antigos padrões de produção e
  assumindo novos formatos de apresentação no meio
  digital.

2 Os principais elementos da notícia digital já
  permitiriam que fosse traçada uma tipologia das
  notícias encontradas nos sites noticiosos, e que
  integram aplicativos multimídia.
Hipóteses

 A notícia é “um relato das relações mutantes” do
    ser humano (Johnson e Harriss).
   Ser vivo: DNA na pré-história das comunicações
   Novidade comunicada            células
   Base = fatos e mitos
   Mudanças para se adaptar à sociedade
   Computador: rede, mídia ou suporte?
   Organismo mutável (oscilante, sujeita a
    mutações) e mutante (sempre em mudança)
Newsmaking
   Vertentes
   Sociologia da produção de notícias
   Como se dá a construção das mensagens via MCM
   Como são as mensagens



    Pressupostos
a) jornalismo = construção de uma realidade
b) jornalistas produzem uma espécie de discurso – a
     notícia.
Mutação
          “O que surge nas épocas
          cruciais da História é
          comparável às „emergências‟
          de que falam os biólogos e
          certos filósofos. É o caso da
          invenção da escrita, no terceiro
          milênio antes de nossa era. E
          essa transformação do
          manuscrito em livro impresso
          não será uma outra „mutação‟?
          Na carreira desse „ser‟
          estranho que é o texto, o
          escrito, graças ao qual o
          pensamento pode ser
          transmitido através do tempo e
          do espaço, aparecem
          repentinamente características
          novas e revolucionárias.”
          (Chalus)
Mutação
 “A humanidade está vivendo uma mutação
 técnica, econômica, cultural e antropológica
 de grande alcance, comparável à invenção
 da escrita e da imprensa (...) Seria o
 equivalente a uma mudança genética. Para o
 ser humano, o equivalente às mudanças nos
 gens seriam as transformações culturais.”
 (Lévy)
Mutação
 “Podemos interrogar da razão por que
  continuam a circular as metáforas do
  jornalismo como espelho da realidade (...),
  mesmo quando alguns dos seus preceitos
  são alterados por mutações tecnológicas
  que afectam os processos de mediatização,
  como o directo televisivo ou via Internet.”
  (Ponte)
Mutação
 “As mutações emergentes
  por hibridização
  desencadeiam um
  realinhamento do sistema,
  abrindo caminho para a
  convergência de processos
  e práticas. É nesse ambiente
  de modificações e
  reciclagens, onde uma forma
  não subsiste sem a outra, é
  que vão sendo moldadas as
  bases do processo de
  convergência ou integração
  entre novos e velhos meios.”
  (Del Bianco)
Mutação
 Todos nós somos
    mutantes
   Mutação: acidente
    genético ao acaso
   Sem mutações, não
    existiria variedade
   Sem variedade, não
    haveria evolução
   Se não fôssem as
    mutações, a terra ainda
    estaria na mesma sopa
    primordial.
Problema da pesquisa
A notícia está mutando?
Metodologia
 Argumento sócio-histórico – a notícia como
  produto da história
 Argumento tecnológico – a notícia como fruto
  da evolução dos suportes
 Etnografia - nas redações dos sites UOL e
  Clarín/ entrevistas com os jornalistas/ coleta
  de materiais – julho e novembro de 2005
 Semana construída – clipping dos sites: 7,
  15, 23 e 31 de março; 8, 16 e 24 de abril de
  2006. Total de matérias analisadas: Clarín –
  301; UOL – 155.
Alemanha
                                                                  1450 Gutenberg       Vulgata, a Bíblia do Povo

                                                                         Portugal
Trajetória da notícia                                             1504   Vespúcio
                                                                                                  Mundus Novus
                                                                                                Notícias do Brasil

                                                                  1622   Inglaterra A Current of General Newes
                                                                                                  primeiro jornal

                                                                         Inglaterra                    Daily Courant
                                                                  1702   Buckley      ”Only news, no comments”

                        Corte fecha tipografias          Brasil   1706
                                                                         Inglaterra
                                                                  1776   EUA                     Primeiros diários

                        Chegada da família real          Brasil   1808

                                                        Brasil
                        Correio Braziliense           Hipólito    1808
                                                                                             Revolução do Porto
                                                                  1820   Portugal                fim da censura

                        Diário do Rio de Janeiro         Brasil   1822
                        primeiro jornal informativo

                                                                  1861   EUA                   Pirâmide Invertida

                        Primeiro correspondente          Brasil
                                                       Euclides   1897
                        de guerra                     da Cunha
                        Primeira reportagem              Brasil
                        "As religiões no Rio”             João    1900
                                                         do Rio
                                                         Brasil
                        Chegada do lide                Pompeu     1950
                                                      de Sousa

                        Realidade
                                                         Brasil   1966
                        novo estilo de reportagem

                                                                  1977   Alemanha              Bildschmerzeitung
                                                                                        primeiro teleperiódico digital

                                                                         EUA           Arpanet torna-se Internet.
                                                                  1981   Suíça         Berners-Lee cria a WWW

                                                                  1995   EUA            San Jose Mercury News
                                                                                         conteúdo na internet

                        Jornais lançam sites             Brasil   1995
Clarín e UOL
                                        http://www.clarin.com
                                        http://www.uol.com.br


                      UOL/ Folha             Clarin.com/ Clarín

Circulação            360,9 mil              711 mil exemplares
                      exemplares             (domingo); 402 mil (dias
                      (domingo); 287,8 mil   de semana)
                      (dias de semana)
Página eletrônica     8,6 milhões de         6,1 milhões de visitantes
                      visitantes únicos      únicos (2005)
                      (2006)                 150 mil assinantes
                      1,5 milhão de
                      assinantes

Audiência entre os    65%                    67%
sites noticiosos
Situação financeira   Auto-suficiente        Auto-suficiente e
                      desde 2001             rentável desde 2002
Clarín e UOL
                                       http://www.clarin.com
                                       http://www.uol.com.br

                    Estratégias das empresas
Consumidores não pagam pelo conteúdo                      clarin.com
Audiência fragmentada                                     clarin.com
                                                          uol.com.br
Sintonia com leitores                                     clarin.com
                                                          uol.com.br
Parcerias e compra de conteúdos independentes             uol.com.br
Produção de conteúdo caminha para “usina digital”         clarin.com
                                                          uol.com.br
Flexibilidade dos canais de distribuição de conteúdo      clarin.com
                                                          uol.com.br

Anunciantes ligados ao desempenho do site                 clarin.com
                                                          uol.com.br
http://www.clarin.com/diario/2006/03/07/index_diario.html
Clarín e UOL/ corpus empírico
500

400                  Fotos
                     Pirâmide regular
300
                     Pirâmide irregular
200                  Outros formatos
                     Links internos
100
                     Links externos
 0
      Clarín   UOL
                                                                UOL
                             180
                                                                Clarín
                             160
                             140
                             120
                             100
                              80
                              60
                              40
                              20
                               0
                                   Pirâmide Pirâmide Pirâmide
                                   Irregular Regular   Mista
Conclusões
Mutação na história
Tipo de mutação histórica   Característica                      Resultado

mutação gênica              Alteração de base que ocorre        Notícia falada
                            dentro da seqüência que carrega
                            a informação genética (gene).
                            Genes criam campos de
                            tendências, que reagem ao
                            contexto
mutação cromossômica        Mudanças invisíveis no DNA dos      Notícia escrita
                            cromossomos afetam a aparência
                            ou o número de cromossomos

mutação somática            Alteração restrita, visível, pode   Notícia x comentário
                            ser transmitida aos descendentes
                            e provocar outros tipos de
                            desenvolvimento

mutação supressora          Determina a supressão de uma        Gêneros jornalísticos
                            característica. Às vezes a
                            existência de um gene só é
                            notada quando ele muda ou
                            desaparece
mutação pontual             Incide sobre o código do sistema,   Pirâmide invertida
                            causando mudanças de âmbito
                            restrito
Conclusões

Mutação no jornalismo
 Repentina mudança no estado de captação e apresentação dos
  fatos – o DNA da notícia.

 Provoca diferenças nas rotinas, nos produtos e subprodutos.

 A notícia hoje:
       (a) muda do estado “sólido” para o estado virtual
       (b) muda a energia para produzi-la
       (c) “composição” modificada (som e imagem), novos
       produtos (ciberentrevistas, flashes)
       (d) propriedades são alteradas

         Cor e luz da tela eletrônica – depende de conexão
         não pode ser manuseada – para ser vista,
         ouvida ou assistida
Conclusões

Mutação hoje – padrões e classes
Padrão                  Classe

Mutação permanente      Mutação social (nova relação com
                        público)
Mutação espontânea ou Mutação pontual (alteração localizada)
provocada por agentes

Mutação evolutiva       Mutação categórica (radical)

Variação descontínua    Falsa mutação (mudança de um campo
                        para outro)

Mutação restrita ou     Mutação verdadeira (aceitação de novos
moderada                gêneros)
Conclusões

 Mutação no jornalismo
           Fenômeno                    Padrão de        Classe de
                                       mutação          mutação

Mutação    Diluição da figura do       mutação          Mutação restrita
no         repórter                    categórica       ou moderada
ambiente
           Mudanças na forma de        mutação          Mutação restrita
           colher e veicular           categórica
           informação
           Sobrecarga de trabalho e    mutação          Mutação
           funções/ papéis             categórica       espontânea

           Atualização constante       mutação          Mutação
                                       verdadeira       espontânea
           Participação dos leitores   mutação social   Mutação
                                                        espontânea
Conclusões

Mutação no jornalismo
             Fenômeno                        Padrão de mutação    Classe de mutação

Mutação no   Páginas na internet/ links/HT   mutação verdadeira   Variação
produto                                                           descontínua/
                                                                  Mutação evolutiva
             Matéria em camadas              mutação verdadeira   Mutação evolutiva

             Chamada de capa                 falsa mutação        Mutação
                                                                  espontânea
             Título-enlace                   mutação verdadeira   Mutação evolutiva

             Flash                           mutação verdadeira   Mutação evolutiva

             Vermelho (rojo)                 mutação verdadeira   Mutação evolutiva

             Ciberentrevista                 mutação verdadeira   Mutação evolutiva

             Mistura de gêneros              mutação pontual      Mutação evolutiva

             Nova pirâmide                   falsa mutação        Variação
                                                                  descontínua
             Transporte de conteúdo          falsa mutação        Mutação evolutiva
             (shovelware)
             Uso de som e imagem             mutação verdadeira   Alteração
                                                                  permanente
Conclusões

A notícia sofre mais uma mutação no jornalismo digital.
O DNA da notícia não se altera no jornalismo digital.

Para expandir a hipernotícia
 estabilização do modelo de negócio
 usuários familiarizados com ferramentas e novo papel do
  jornalista
 ampliação da alfabetização (digital).
Para uma gramática hipertextual
 normatização de procedimentos/ tipologia
 arquitetura da notícia
 clareza na identificação das fontes
 ampla documentação e acesso à base de dados;
 ferramentas para participação do leitor.
Conclusões


“(...) O que estamos precisando pensar é a hegemonia
    comunicacional do mercado na sociedade, ou
    melhor, a conversão da comunicação no mais eficaz
    motor do deslanche e inserção das culturas –
    étnicas, nacionais ou locais – no espaço/ tempo do
    mercado e das tecnologias. Ao mesmo tempo,
    estamos precisando pensar o novo mapa que essas
    tensões representam entre as mutações
    tecnológicas, as explosões e implosões das
    identidades e as reconfigurações políticas das
    heterogeneidades.” (Martín-Barbero)
Bibliografia
   ALSINA, M. R. La construcción de la noticia. Barcelona: Paidós, 1989.
   BROOKES, M. Fique por dentro da Genética. São Paulo: Cosac & Naif, 2001.
   CHALUS, P. In FEBVRE, L. O aparecimento do livro. Apresentação à edição francesa. São Paulo:
    Umesp; Hucitec, 1992.
   CONCISE Dictionary of Biology. Oxford: Oxford University Press, 1990.
   DEL BIANCO, N. R. Radiojornalismo em mutação. A influência tecnológica e cultural da Internet na
    transformação da noticiabilidade no rádio. Tese (Doutorado em Comunicação) - Universidade de São
    Paulo, Escola de Comunicações e Artes, São Paulo, 2004.
   JOHNSON, S.; HARRISS, J. El reportero profesional. Un tratado general sobre periodismo completado
    con profusión de ejercicios. México: Trillas, 1966.
   LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.
   LÓPEZ, X. Herencias y desafios del lenguaje de los cibermedios: en la hora del hipertexto. In: Pauta
    Geral: revista de jornalismo. Salvador, 2006. ano 13, no. 8, p. 19-40.
   MARTÍN-BARBERO, J. Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação
    no novo século. In: MORAES, D. (org.) Sociedade midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.
   PONTE, C. Para entender as notícias. Linhas de análise do discurso jornalístico. Florianópolis: Insular,
    2005.
   SAAD, B. Estratégias para a mídia digital. São Paulo: Senac São Paulo, 2003.
   TRAQUINA, N. O estudo do jornalismo no século XX. São Leopoldo: Unisinos, 2003.
   ______. Teorias do jornalismo. Por que as notícias são como são, v. 1. Florianópolis: Insular, 2004.
   TUCHMAN, G. La producción de la noticia. Estudio sobre la construcción de la realidad. México: Gili,
    1983.
   VANDENDORPE, C. Du papyrus à l’hypertexte. Essai sur les mutations du texte et de la lecture.
    Paris: La Découverte, 1999.
   WOLF, M. Teorias da comunicação de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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Tese noticia em mutacao

  • 1. A notícia em mutação. Estudo sobre o relato noticioso no jornalismo digital. Thaïs de Mendonça Jorge Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPG/ FAC) Universidade de Brasília 15 de agosto de 2007
  • 2. Banca Examinadora  Professora Doutora Zélia Leal Adghirni (Orientadora)  Professor Doutor Luiz Gonzaga Motta  Professora Doutora Nélia Del Bianco  Professor Doutor Marcos Palacios  Professora Doutora Elizabeth Saad  Professor Doutor Luis Martins da Silva (Suplente)
  • 3. Internet no mundo  Mundo: 127,9 milhões de sítios (agosto 2007) 28 milhões de sítios novos criados em 2006  Brasil 50 mil sítios no ar 2006: 31,25% (46,8 milhões de pessoas) têm acesso à internet 2005: 21,43% (32,1 milhões de pessoas) 17,3% têm computador em casa 46,0% acessam a internet em casa 26,44 vêem internet no trabalho 35,4% usam a internet para ler notícias  Argentina 2006: quase 50% da população argentina (16 milhões) têm acesso à internet 2005: 21% (7,6 milhões de pessoas) 41% acessam a internet em casa 14% vêem internet no trabalho 64% destes lêem notícias na internet Fontes: netcraft.com; Internet em la Argentina 2004-2005. Clarín Global: Eduardo D‟Alessio Irol, 2005; Los oficinistas de EEUU pierden dos horas por día en Internet, Clarín, 13 jul. 2005; http://listasibict/pipermail/bib_virtual/2007-June/003679.html
  • 4. Hipóteses 1 A notícia, principal produto do jornalismo, estaria sofrendo mais um processo de mutação, abandonando antigos padrões de produção e assumindo novos formatos de apresentação no meio digital. 2 Os principais elementos da notícia digital já permitiriam que fosse traçada uma tipologia das notícias encontradas nos sites noticiosos, e que integram aplicativos multimídia.
  • 5. Hipóteses  A notícia é “um relato das relações mutantes” do ser humano (Johnson e Harriss).  Ser vivo: DNA na pré-história das comunicações  Novidade comunicada células  Base = fatos e mitos  Mudanças para se adaptar à sociedade  Computador: rede, mídia ou suporte?  Organismo mutável (oscilante, sujeita a mutações) e mutante (sempre em mudança)
  • 6. Newsmaking  Vertentes  Sociologia da produção de notícias  Como se dá a construção das mensagens via MCM  Como são as mensagens  Pressupostos a) jornalismo = construção de uma realidade b) jornalistas produzem uma espécie de discurso – a notícia.
  • 7. Mutação “O que surge nas épocas cruciais da História é comparável às „emergências‟ de que falam os biólogos e certos filósofos. É o caso da invenção da escrita, no terceiro milênio antes de nossa era. E essa transformação do manuscrito em livro impresso não será uma outra „mutação‟? Na carreira desse „ser‟ estranho que é o texto, o escrito, graças ao qual o pensamento pode ser transmitido através do tempo e do espaço, aparecem repentinamente características novas e revolucionárias.” (Chalus)
  • 8. Mutação  “A humanidade está vivendo uma mutação técnica, econômica, cultural e antropológica de grande alcance, comparável à invenção da escrita e da imprensa (...) Seria o equivalente a uma mudança genética. Para o ser humano, o equivalente às mudanças nos gens seriam as transformações culturais.” (Lévy)
  • 9. Mutação  “Podemos interrogar da razão por que continuam a circular as metáforas do jornalismo como espelho da realidade (...), mesmo quando alguns dos seus preceitos são alterados por mutações tecnológicas que afectam os processos de mediatização, como o directo televisivo ou via Internet.” (Ponte)
  • 10. Mutação  “As mutações emergentes por hibridização desencadeiam um realinhamento do sistema, abrindo caminho para a convergência de processos e práticas. É nesse ambiente de modificações e reciclagens, onde uma forma não subsiste sem a outra, é que vão sendo moldadas as bases do processo de convergência ou integração entre novos e velhos meios.” (Del Bianco)
  • 11. Mutação  Todos nós somos mutantes  Mutação: acidente genético ao acaso  Sem mutações, não existiria variedade  Sem variedade, não haveria evolução  Se não fôssem as mutações, a terra ainda estaria na mesma sopa primordial.
  • 12. Problema da pesquisa A notícia está mutando?
  • 13. Metodologia  Argumento sócio-histórico – a notícia como produto da história  Argumento tecnológico – a notícia como fruto da evolução dos suportes  Etnografia - nas redações dos sites UOL e Clarín/ entrevistas com os jornalistas/ coleta de materiais – julho e novembro de 2005  Semana construída – clipping dos sites: 7, 15, 23 e 31 de março; 8, 16 e 24 de abril de 2006. Total de matérias analisadas: Clarín – 301; UOL – 155.
  • 14. Alemanha 1450 Gutenberg Vulgata, a Bíblia do Povo Portugal Trajetória da notícia 1504 Vespúcio Mundus Novus Notícias do Brasil 1622 Inglaterra A Current of General Newes primeiro jornal Inglaterra Daily Courant 1702 Buckley ”Only news, no comments” Corte fecha tipografias Brasil 1706 Inglaterra 1776 EUA Primeiros diários Chegada da família real Brasil 1808 Brasil Correio Braziliense Hipólito 1808 Revolução do Porto 1820 Portugal fim da censura Diário do Rio de Janeiro Brasil 1822 primeiro jornal informativo 1861 EUA Pirâmide Invertida Primeiro correspondente Brasil Euclides 1897 de guerra da Cunha Primeira reportagem Brasil "As religiões no Rio” João 1900 do Rio Brasil Chegada do lide Pompeu 1950 de Sousa Realidade Brasil 1966 novo estilo de reportagem 1977 Alemanha Bildschmerzeitung primeiro teleperiódico digital EUA Arpanet torna-se Internet. 1981 Suíça Berners-Lee cria a WWW 1995 EUA San Jose Mercury News conteúdo na internet Jornais lançam sites Brasil 1995
  • 15. Clarín e UOL http://www.clarin.com http://www.uol.com.br UOL/ Folha Clarin.com/ Clarín Circulação 360,9 mil 711 mil exemplares exemplares (domingo); 402 mil (dias (domingo); 287,8 mil de semana) (dias de semana) Página eletrônica 8,6 milhões de 6,1 milhões de visitantes visitantes únicos únicos (2005) (2006) 150 mil assinantes 1,5 milhão de assinantes Audiência entre os 65% 67% sites noticiosos Situação financeira Auto-suficiente Auto-suficiente e desde 2001 rentável desde 2002
  • 16. Clarín e UOL http://www.clarin.com http://www.uol.com.br Estratégias das empresas Consumidores não pagam pelo conteúdo clarin.com Audiência fragmentada clarin.com uol.com.br Sintonia com leitores clarin.com uol.com.br Parcerias e compra de conteúdos independentes uol.com.br Produção de conteúdo caminha para “usina digital” clarin.com uol.com.br Flexibilidade dos canais de distribuição de conteúdo clarin.com uol.com.br Anunciantes ligados ao desempenho do site clarin.com uol.com.br
  • 18.
  • 19. Clarín e UOL/ corpus empírico 500 400 Fotos Pirâmide regular 300 Pirâmide irregular 200 Outros formatos Links internos 100 Links externos 0 Clarín UOL UOL 180 Clarín 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Pirâmide Pirâmide Pirâmide Irregular Regular Mista
  • 20. Conclusões Mutação na história Tipo de mutação histórica Característica Resultado mutação gênica Alteração de base que ocorre Notícia falada dentro da seqüência que carrega a informação genética (gene). Genes criam campos de tendências, que reagem ao contexto mutação cromossômica Mudanças invisíveis no DNA dos Notícia escrita cromossomos afetam a aparência ou o número de cromossomos mutação somática Alteração restrita, visível, pode Notícia x comentário ser transmitida aos descendentes e provocar outros tipos de desenvolvimento mutação supressora Determina a supressão de uma Gêneros jornalísticos característica. Às vezes a existência de um gene só é notada quando ele muda ou desaparece mutação pontual Incide sobre o código do sistema, Pirâmide invertida causando mudanças de âmbito restrito
  • 21. Conclusões Mutação no jornalismo  Repentina mudança no estado de captação e apresentação dos fatos – o DNA da notícia.  Provoca diferenças nas rotinas, nos produtos e subprodutos.  A notícia hoje: (a) muda do estado “sólido” para o estado virtual (b) muda a energia para produzi-la (c) “composição” modificada (som e imagem), novos produtos (ciberentrevistas, flashes) (d) propriedades são alteradas Cor e luz da tela eletrônica – depende de conexão não pode ser manuseada – para ser vista, ouvida ou assistida
  • 22. Conclusões Mutação hoje – padrões e classes Padrão Classe Mutação permanente Mutação social (nova relação com público) Mutação espontânea ou Mutação pontual (alteração localizada) provocada por agentes Mutação evolutiva Mutação categórica (radical) Variação descontínua Falsa mutação (mudança de um campo para outro) Mutação restrita ou Mutação verdadeira (aceitação de novos moderada gêneros)
  • 23. Conclusões Mutação no jornalismo Fenômeno Padrão de Classe de mutação mutação Mutação Diluição da figura do mutação Mutação restrita no repórter categórica ou moderada ambiente Mudanças na forma de mutação Mutação restrita colher e veicular categórica informação Sobrecarga de trabalho e mutação Mutação funções/ papéis categórica espontânea Atualização constante mutação Mutação verdadeira espontânea Participação dos leitores mutação social Mutação espontânea
  • 24. Conclusões Mutação no jornalismo Fenômeno Padrão de mutação Classe de mutação Mutação no Páginas na internet/ links/HT mutação verdadeira Variação produto descontínua/ Mutação evolutiva Matéria em camadas mutação verdadeira Mutação evolutiva Chamada de capa falsa mutação Mutação espontânea Título-enlace mutação verdadeira Mutação evolutiva Flash mutação verdadeira Mutação evolutiva Vermelho (rojo) mutação verdadeira Mutação evolutiva Ciberentrevista mutação verdadeira Mutação evolutiva Mistura de gêneros mutação pontual Mutação evolutiva Nova pirâmide falsa mutação Variação descontínua Transporte de conteúdo falsa mutação Mutação evolutiva (shovelware) Uso de som e imagem mutação verdadeira Alteração permanente
  • 25. Conclusões A notícia sofre mais uma mutação no jornalismo digital. O DNA da notícia não se altera no jornalismo digital. Para expandir a hipernotícia  estabilização do modelo de negócio  usuários familiarizados com ferramentas e novo papel do jornalista  ampliação da alfabetização (digital). Para uma gramática hipertextual  normatização de procedimentos/ tipologia  arquitetura da notícia  clareza na identificação das fontes  ampla documentação e acesso à base de dados;  ferramentas para participação do leitor.
  • 26. Conclusões “(...) O que estamos precisando pensar é a hegemonia comunicacional do mercado na sociedade, ou melhor, a conversão da comunicação no mais eficaz motor do deslanche e inserção das culturas – étnicas, nacionais ou locais – no espaço/ tempo do mercado e das tecnologias. Ao mesmo tempo, estamos precisando pensar o novo mapa que essas tensões representam entre as mutações tecnológicas, as explosões e implosões das identidades e as reconfigurações políticas das heterogeneidades.” (Martín-Barbero)
  • 27. Bibliografia  ALSINA, M. R. La construcción de la noticia. Barcelona: Paidós, 1989.  BROOKES, M. Fique por dentro da Genética. São Paulo: Cosac & Naif, 2001.  CHALUS, P. In FEBVRE, L. O aparecimento do livro. Apresentação à edição francesa. São Paulo: Umesp; Hucitec, 1992.  CONCISE Dictionary of Biology. Oxford: Oxford University Press, 1990.  DEL BIANCO, N. R. Radiojornalismo em mutação. A influência tecnológica e cultural da Internet na transformação da noticiabilidade no rádio. Tese (Doutorado em Comunicação) - Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes, São Paulo, 2004.  JOHNSON, S.; HARRISS, J. El reportero profesional. Un tratado general sobre periodismo completado con profusión de ejercicios. México: Trillas, 1966.  LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.  LÓPEZ, X. Herencias y desafios del lenguaje de los cibermedios: en la hora del hipertexto. In: Pauta Geral: revista de jornalismo. Salvador, 2006. ano 13, no. 8, p. 19-40.  MARTÍN-BARBERO, J. Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação no novo século. In: MORAES, D. (org.) Sociedade midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.  PONTE, C. Para entender as notícias. Linhas de análise do discurso jornalístico. Florianópolis: Insular, 2005.  SAAD, B. Estratégias para a mídia digital. São Paulo: Senac São Paulo, 2003.  TRAQUINA, N. O estudo do jornalismo no século XX. São Leopoldo: Unisinos, 2003.  ______. Teorias do jornalismo. Por que as notícias são como são, v. 1. Florianópolis: Insular, 2004.  TUCHMAN, G. La producción de la noticia. Estudio sobre la construcción de la realidad. México: Gili, 1983.  VANDENDORPE, C. Du papyrus à l’hypertexte. Essai sur les mutations du texte et de la lecture. Paris: La Découverte, 1999.  WOLF, M. Teorias da comunicação de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.