O documento discute o estudo da população no campo da Geografia, abordando conceitos como:
1) A importância do estudo da população para entender a realidade quantitativa e qualitativa de uma sociedade e auxiliar no planejamento governamental.
2) As diferentes abordagens da Demografia e Geografia no estudo da população, sendo a Demografia mais quantitativa e a Geografia analisando também aspectos qualitativos e ambientais.
3) A evolução do crescimento populacional mundial ao longo da história, marc
2. 1 - O ESTUDO DA POPULAÇÃO
É fundamental para o entendimento da realidade
quantitativa e qualitativa da mesma. Para
governantes em especial, pois permite traçar planos e
estratégias de atuação, além de poder desenvolver um
planejamento para a sociedade. É um dos campos de
estudo da Geografia, extremamente relevante, já que,
fornece subsídios para entender os fatores de
distribuição, as características gerais, os movimentos
migratórios e as condições de vida etc.
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 2
3. O Demógrafo mede e analisa os fatos (ênfase nos elementos
quantitativos) referentes a população e o Geógrafo descreve os
fatos no seu ambiente, analisando as causas, as características e as
possíveis conseqüências (quantitativo versus qualitativo). Assim:
GEOGRAFIA DA
POPULAÇÃO
Grau de êxito – Evolução e
Distribuição da diferenças entre condições de
população pelo as sociedades vida das
globo terrestre humanas sociedades
humanas
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 3
4. 2 – POPULAÇÃO E CRESCIMENTO
Em 1850 a população da Terra atingia o seu
primeiro bilhão e uma de cada três pessoas
residia na China.
Passaram-se pouco mais de cem anos até
que em 1927, o segundo bilhão foi alcançado.
Em 1950 a população atingiu a marca de 2,5
bilhões.
1999 – 6 bilhões.
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5. 2-CORRENTES DO
PENSAMENTO DEMOGRÁFICO
∗ Pessimista – previa que a população do mundo chegaria
a 8,5 bilhões de habitantes no fim do século XX;
∗ Otimista – previa para o fim do século XX uma
população mundial em torno de 6,5 bilhões de
habitantes.
∗ QUAL ESTAVA CORRETA?
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6. 3 - CONCEPÇÕES SOBRE POPULAÇÃO
Lei de Malthus ou Malthusianismo
No final do século XVIII, Thomas Robert Malthus - a
razão para a existência da miséria e das enfermidades
sociais seria o descompasso entre: a capacidade de
produção de alimentos, que se daria numa progressão
aritmética(1,2,3,4,5), em relação ao crescimento
populacional que se daria numa progressão geométrica
(1,2,4,8,16).
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GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES
7. - "obstáculos positivos", como guerras, epidemias, que
causassem grande mortandade, o desequilíbrio entre a
produção de alimentos e o crescimento populacional,
geraria o caos total.
ESTARIA MALTHUS CORRETO?
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES
8. ∗ Malthus errou, pois a tecnologia possibilitou um
aumento exponencial na produção de alimentos que hoje
são produzidos a taxas superiores as do crescimento
populacional;
∗ Tendência a estabilização do crescimento populacional
nos países desenvolvidos, além de uma desaceleração do
crescimento em grande parte dos países
subdesenvolvidos, especialmente nas últimas décadas.
∗ Com isso podemos concluir que, se há fome no mundo
e no Brasil hoje, isso não se deve a falta de alimentos ou
ao excesso de pessoas, mas a má distribuição e
destinação dos mesmos.
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9. Neomalthusianismo
-No pós 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional
acelerado nos países subdesenvolvidos, fez despertarem os
adeptos de Malthus chamados de neomalthusianos.
- Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento seriam
gerados pelo grande crescimento populacional, e em virtude
disso seriam necessárias drásticas políticas de controle de
natalidade, que se dariam através do famoso e bastante
difundido, "planejamento familiar".
-Muitos países subdesenvolvidos adotaram essas políticas
anti-natalista.
-E NO BRASIL?
-O CASO DA SUÉCIA
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10. Reformistas ou marxistas
-Consideram que é a própria miséria a
responsável pelo acelerado crescimento
populacional;
- Defendem reformas de caráter sócio-econômico
que possibilitem a melhoria do padrão de vida das
populações dos países subdesenvolvidos;
- Conseqüência: o planejamento familiar
espontâneo, e com isso a redução das taxas de
natalidade e crescimento vegetativo, como
ocorreu em vários países hoje desenvolvidos.
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11. 4 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
POPULAÇÃO ABSOLUTA: Número total de habitantes de
uma determinada área (país, região, município etc).
POPULOSO
POPULAÇÃO RELATIVA OU DENSIDADE
DEMOGRÁFICA: É a população total em relação a área, ou
seja, é a média de habitantes por quilômetros quadrados.
POVOADO
POPULAÇÃO URBANA: Setor Secundário e Terciário.
POPULAÇÃO RURAL: Setor Primário
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15. TERRITÓRIOS MAIS POVOADOS
∗ 1. MÔNACO - 21.812 habitantes por km2
∗ 2. MACAU, CHINA - 18.195 habitantes por km2
∗ 3. HONG KONG, CHINA - 6.421 habitantes por km2
∗ 4. CINGAPURA - 6.335 habitantes por km2
∗ 5. GIBRALTAR - 4.850 habitantes por km2
∗ 6. VATICANO - 1.779 habitantes por km2
∗ 7. MALTA - 1.274 habitantes por km2
∗ 8. BERMUDA - 1.210 habitantes por km2
∗ 9. BANGLADESH - 1.064 habitantes por km2
∗ 10. BAHREIN - 1.044 habitantes por km2
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 15
16. TAXA DE NATALIDADE: corresponde a relação entre o
número de nascimentos ocorridos em um ano e a população
absoluta, o resultado em geral é expresso por mil. Nº de
Nascimentos x 1.000/ Nº total de habitantes.
TAXA DE MORTALIDADE: Nº de óbitos x 1.000/ Nº de
habitantes.
CRESCIMENTO VEGETATIVO OU NATURAL: Corresponde a
única forma possível de verificação de crescimento ou
redução da população mundial. COMO É MEDIDO?
CV = TN – TM.
TAXA DE FECUNDIDADE: Nº de filhos (crianças com menos
de 5 anos) por mulher em idade produtiva (15 a 45 anos).
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 16
17. Em 1970 a mulher brasileira tinha, em média, 5,8 filhos.
Trinta anos depois, esta média era de 2,3 filhos.
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 17
18. A taxa de mortalidade total no Brasil apresentou um grande declínio de
1950 a 1970, e desde então vem caindo em pequenas proporções.
Mortalidade infantil (Crianças menores de 1 ano de idade que morrem por
1000 nascidos vivos durante o período de 1 ano). A taxa de mortalidade
infantil durante os últimos dez anos do século XX apresentou uma
tendência de queda em todas as regiões.
Registravam-se 48 óbitos por mil nascidos vivos e, e em 2000, 29,6.
Entretanto, ainda existem grandes diferenças regionais: a taxa de
mortalidade infantil da Região Nordeste, por exemplo, é cerca de duas
vezes a taxa observada nas demais regiões.
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 18
19. RECENSEAMENTO OU CENSO: Coleta periódica de dados
estatísticos de um determinado lugar (população absoluta,
população rural e urbana, migrações, expectativa de vida
etc).
EXPECTATIVA DE VIDA: Corresponde a quantidade de
anos que vive em média a população.
PIRÂMIDE ETÁRIA: Gráfico populacional que leva em
consideração a estrutura sexual da população (homens e
mulheres) e as faixas etárias - 0 à 19 anos jovens, 20 à 59
adultos, e 60 ou + anos idosos.
A estrutura da pirâmide é a seguinte:
- Base: corresponde aos jovens.
- Meio: corresponde aos adultos.
- Topo ou ápice: corresponde aos idosos
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 19
22. Até o início dos anos 80, a
estrutura etária da população
brasileira, revelada pelos
Censos Demográficos, vinha
mostrando traços bem
marcados de uma população
predominantemente jovem. A
generalização das práticas
anticonceptivas durante os
anos 80 resultou no declínio da
natalidade, o que se refletiu no
estreitamento da base da
pirâmide etária e na redução do
contingente de jovens.
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 22
24. TIPOS DE MIGRAÇÃO
EXTERNA:
IMIGRAÇÃO – ENTRADA
EMIGRAÇÃO - SAÍDA
INTERNA:
INTER-REGIONAL
INTRA-REGIONAL
Nomadismo: O homem sem morada fixa deslocava-
se no espaço em busca de alimentos pastagens, etc.
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 24
25. Transumância: Também conhecida como migração
sazonal, está relacionada às estações do ano. É o caso
dos nordestinos que se deslocam do agreste para a
Zona da Mata na estiagem para trabalhar na lavoura da
cana-de-açúcar.
Migração Diária ou Pendular: deslocamento diário de
pessoas residentes na periferia para cumprir sua
jornada de trabalho no centro, retornando ao fim do dia.
Êxodo Rural: Deslocamento em massa de pessoas do
campo para as cidades, em busca de melhores
condições de vida.
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26. 6 - EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
MUNDIAL
1ª FASE: Até o final do século XVIII as taxas de natalidade
eram bastante elevadas, porém o crescimento demográfico
era baixo em razão das taxas de mortalidade também se
apresentarem elevadas.
2ª FASE: Caracteriza-se pelo grande crescimento
demográfico em razão das elevadas taxas de natalidade e da
redução das taxas de mortalidade, como consequência das
melhorias nas condições médico-sanitárias e de alimentação.
3ª FASE: Ocorre um crescimento baixíssimo em razão da
redução das taxas de natalidade e de mortalidade
promovidas, sobretudo pelos avanços médicos e melhorias
nas condições de vida.
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27. 7 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL
A população encontra-se distribuída pelo espaço mundial de modo heterogêneo
principalmente em razão dos condicionantes:
FÍSICOS: CLIMA, RELEVO...
HISTÓRICOS: REVOLUÇÕES, GUERRAS...
SÓCIO-ECONÔMICOS: OFERTA DE EMPREGOS, INFRA-ESTRUTURA...
CONTINENTE POPULAÇÃO ÁREA KM2 DENSIDADE
ABSOLUTA DEMOGRÁFICA
HAB/KM2
ÁSIA 3.682.600.000 45.077.999 81,6
AMÉRICA 828.700.000 42.057.296 19,7
ÁFRICA 784.400.000 30.209.389 26,0
EUROPA 728.900.000 10.368.047 70,3
OCEANIA 30.400.000 8.522.075 3,5
TOTAL 6.055.000.000 136.234.806 40,0 (média)
Fonte: L´ État du Monde, 2000
GEOGRAFIA DAS POPULAÇÕES 27
28. BRASIL
As densidades demográficas das cinco Grandes Regiões são
bastante heterogêneas.
Confira no gráfico: em 2000, a região Norte era a menos densa, com
3,4 hab/km2; a região Sudeste continuava sendo a mais densa, com
78,2 hab/km2.
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29. O Brasil chegou ao final do século XX como um país urbano: em 2000
a população urbana ultrapassou 2/3 da população total, e atingiu a
marca dos 138 milhões de pessoas. Este é o resultado de um
processo iniciado na década de 50 na região Sudeste. A partir de
então, este contraste se acentuou e se generalizou pelas cinco
grandes regiões do país.
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30. O gráfico revela que a Região Sudeste, em 2000, ainda se
mantinha na liderança do processo de urbanização.
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31. No mundo, no final do século XX, a taxa de fecundidade era
de 2,9 filhos por mulher, Nos países mais desenvolvidos
esta taxa era de 1,5, e nos países menos desenvolvidos, em
torno de 3,2.
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32. O total de anos que, em média, os homens esperam
viver não é o mesmo total de anos que em média a
mulher espera viver: a esperança de vida para os
homens é de 65 anos e para mulheres é de 72 anos.
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35. INDICADORES DEMOGRÁFICOS
1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
66,57 68,49 70,43
Esperanças de vida ao nascer 70,71 71,00 71,29 71,59 71,88 72,18 72,48 72,78
Taxa de natalidade (por mil hab.) 24,21 21,93 21,13 20,84 20,33 19,76 19,12 18,45 17,75 17,06 16,38
Taxa de mortalidade (por mil hab.) 6,95 6,55 6,34 6,33 6,32 6,30 6,29 6,28 6,27 6,27 6,27
Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos
47,00 37,90 30,10 29,20 28,40 27,50 26,60 25,80 25,00 24,10 23,30
vivos)
Taxa de fecundidade total 2,79 2,51 2,39 2,34 2,27 2,20 2,13 2,06 1,99 1,93 1,86
FONTE: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.
Projeção da Populaçao do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 - Revisão 2008
36. POPULAÇÃO ATIVA
∗ PEA – População economicamente
ativa = todas as pessoas acima de 15
anos de idade que constitui a força
de trabalho incluindo as pessoas
atualmente empregadas, as
temporariamente desempregadas e
as que estão à procura de emprego a
menos de um ano.
∗ 10 anos para países
subdesenvolvidos.
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37. POPULAÇÃO INATIVA
∗ PEI – População economicamente inativa = formada por
donas de casa, aposentados, portadores de deficiência
física, crianças.
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