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“ (...) o momento histórico
  brasileiro interferiu na
     produção literária,
marcando a transição dos
valores estéticos do século
    XIX para uma nova
      realidade que se
        desenhava (...)
“Pré” Modernismo???

 O termo pré-modernismo
 parece haver sido criado
 por Tristão de Athayde,     Os modelos literários realistas-
                             naturalistas eram essencialmente
 para designar os            universalizantes. Aos escritores
 "escritores                 pré-modernistas, ao contrário,
 contemporâneos do neo-      interessavam assuntos do dia-a-dia
                             dos brasileiros, originando-se,
 parnasianismo, entre 1910   assim, obras de nítido caráter
 e 1920"                     social.
Momento Histórico

 O período foi marcado por uma série de conflitos como

 as greves operárias em São Paulo
  a Guerra do Contestado e a Guerra de Canudos
 O cangaço
 a política dirigida pela oligarquia rural
 o nascimento da burguesia urbana
 a industrialização
 segregação dos negros pós-abolição
 o surgimento do proletariado
 a imigração européia.
Contemporâneos

Registre-se que ainda estão ativos
(neste período), autores parnasianos
como Olavo Bilac, Raimundo Correia
e Francisca Júlia, dominando o
cenário da Academia Brasileira de
Letras e que, portanto,convivem com
os escritores pré-modernistas.
Linguagem simples e coloquial
  • Apesar de alguns conservadorismos, o caráter
    inovador de algumas obras, que representa uma
    ruptura com o passado, com o academiscismo;

  • Lima Barreto ironiza tanto os escritores
    "importantes" que utilizavam uma linguagem
    pomposa quanto os leitores que se deixavam
    impressionar: "Quanto mais incompreensível é ela
    (a linguagem), mais admirado é o escritor que a
    escreve, por todos que não lhe entenderam o
    escrito" (Os bruzundangas).
Realidade Brasileira
• A denúncia da realidade brasileira,
  negando o Brasil literário herdado do
  Romantismo e do Parnasianismo;
• o Brasil não-oficial do sertão nordestino,
  dos caboclos interioranos, dos subúrbios,
  é o grande tema do Pré-Modernismo.
Regionalismo

• o Norte e o Nordeste com
  Euclides da Cunha;
• o vale do Paraíba e o interior paulista com
  Monteiro Lobato;
• o Espírito Santo com Graça Aranha;
• o subúrbio carioca com Lima Barreto.
Os tipos humanos
           marginalizados:
• o sertanejo nordestino,

• o caipira,

• os funcionários públicos,
• os mulatos.
O Pré-Modernismo é uma fase de
   transição e, por isso, registra :
• Um traço conservador
   – A permanência de características
     realistas/naturalistas, na prosa, e a permanência de
     um poesia de caráter ainda parnasiano ou
     simbolista.

• Um traço renovador
   – Esse traço renovador — como ocorreu na música
     — revela-se no interesse com que os novos
     escritores analisaram a realidade brasileira de sua
     época: a literatura incorpora as tensões sociais do
     período.
Os principais autores
               pré-modernistas
Embora vários autores sejam
classificados como pré-modernistas,
este não se constituiu num estilo ou
escola literária, dado a forte                                Lima Barreto
individualidade de suas obras ,que
essencialmente eram marcadas por
duas características comuns:
conservadorismo - traziam na sua
estética os valores parnasianos e         Euclides                                       Monteiro
naturalistas;                             da Cunha                                        Lobato
renovação - demonstravam íntima                                  Pré
relação com a realidade brasileira e as                       modernistas
tensões vividas pela sociedade do
período

Embora tenham rompido com a
temática dos períodos anteriores, esse               Graça                   Augusto
autores não avançaram o bastante                     Aranha                  dos Anjos
para ser considerados modernos -
notando-se, até, em alguns casos,
resistência às novas estéticas.
Literatura e Realidade
Autores brasileiros como Lima Barreto, Euclides da
  Cunha e Graça Aranha usaram a literatura para
 traçar uma nova interpretação do Brasil e discutir
                      seu futuro.
no Rio
                     de Janeiro
Revolta da Chibata
 (João Cândido)
                                  Revolta da Vacina
                                    (varíola-1904)
Lima Barreto   Em meio ao caos gerado por esses conflitos,
               as autoridades passaram a efetuar prisões de
               forma generalizada. Testemunha ocular das
               agitações que marcavam as ruas cariocas
               naquele tempo, o escritor Lima Barreto
               registrou em seu "Diário Íntimo" as inúmeras
               violências e arbitrariedades de que foram
               vítimas os populares revoltosos:

                 Lima Barreto detém-se na análise das
                   populações suburbanas do Rio de
                                Janeiro
Triste Fim de Policarpo Quaresma

 Lima Barreto procurou
   "escrever brasileiro",
     com simplicidade.
     Para isso, teve de
   ignorar muitas vezes
          as normas
      gramaticais e de
    estilo, provocando a
        ira dos meios
         acadêmicos
      conservadores e
        parnasianos.
“Lima Barreto,             simbolicamente,
     aponta as engrenagens da História: Pátria, ao
     fim e ao cabo, é uma construção, não um
     sonho; é um processo de enfrentamento da
     realidade, não de idealismo. Amar a Pátria
     significa participar da criação de todos, para
     todos - Policarpo Quaresma está vivo dentro
     dos que querem um país que abrigue todos
     os brasileiros.”
(Flávia Suassuna)
O homem que sabia Javanês (1911)

  O protagonista que estava
  desempregado vê um anuncio que
  oferece um emprego para professores
  de javanês; tratava-se de um senhor
  que tinha um livro antigo que segunda
  crenças de família era detentor de
  prosperidade, felicidade e poder. Para
  que tais feitos realizassem-se era
  necessário ler o tal livro: é exatamente
  aí que nosso amigo Machado entra na
  história, pega o cartaz do anúncio de
  emprego e levando em consideração
  que nunca nem ouviu falar do tal
  javanês entra em uma biblioteca e vai
  em busca de algumas informações.
Nova Califórnia
O livro conta a história de um químico
misterioso que aparece na pequena cidade de
Tubiacanga e realiza a incrível experiência
de transformar ossos humanos em ouro. Tem
início, assim, uma deliciosa paródia à
corrida do ouro do final do século XIX nos
Estados Unidos, já transformada em novela
de televisão.
Lima Barreto na TV
Novela da Rede Globo- Fera Ferida (1994)
O enredo foi inspirado no universo ficcional de Lima
Barreto, mais especificamente nos romances Clara dos
Anjos, Recordações do Escrivão Isaías Caminha,
Triste Fim de Policarpo Quaresma, Vida e Morte de
M. J. Gonzaga de Sá, e em personagens dos contos
Nova Califórnia e O Homem que Sabia Javanês.
No nordeste do Brasil
A Era do cangaço      o fanatismo religioso do   Antônio Conselheiro e a
   (Lampião)               Padre Cícero            Guerra de Canudos
Euclides da
Cunha
               Quando irrompeu o movimento de
               Canudos, São Paulo colaborou com o
               país na repressão do conflito, mandando
               para o teatro da luta o Batalhão Paulista.
               Euclides foi encarregado pelo jornal
               Estado de S. Paulo para acompanhar
               como observador de guerra o
               movimento rebelde chefiado por
               Antônio Conselheiro no arraial de
               Canudos, em pleno sertão baiano.
“Aquela Campanha de Canudos lembra um refluxo para o passado.
E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo".
                           Euclides da Cunha
Os Sertões: denúncia da
violência
 Euclides não ficou até a derrubada de
 Canudos. Mas conseguiu reunir
 material para, durante cinco anos,
 elaborar Os Sertões (1902).
 Euclides da Cunha percebeu que a
 guerra tinha como razões profundas o
 latifúndio, o coronelismo, a
 servidão, o isolamento cultural e a
 dureza do meio.
 Ele foi o primeiro escritor brasileiro a
 diagnosticar o subdesenvolvimento do
 Brasil, referindo-se à existência de
 dois países contraditórios: o do
 litoral e o do sertão. Canudos
 resultou do confronto entre esses dois
 Brasis, distintos entre si no espaço e
 no tempo, pelo atraso de séculos em
 que vivia mergulhada a sociedade
 rural.                                          Euclides conseguiu ficar
                                            internacionalmente famoso com a
                                              publicação desta obra-prima.
O obra

          Divide-se em
           três partes:




A terra    O homem        A luta
Jornal do Brasil, 16 de Agosto de 1909
Tragédia da vida real
•   O escritor morreu em 1909. Ao saber que sua
    esposa, mais conhecida como Ana de Assis, o
    abandonara pelo jovem tenente Dilermando
    de Assis, que aparentemente já tinha sido ou
    era seu amante há tempos - e a quem
    Euclides atribuía a paternidade de um dos
    filhos de Ana, "a espiga de milho no meio do
    cafezal" (querendo dizer que era o único louro
    numa família de tez morena) -, saiu armado
    na direção da casa do militar, disposto a matar
    ou morrer. Dilermando era campeão de tiro e
    matou-o. Tudo indica que o matou lealmente,
    tanto que foi absolvido na Justiça Militar. Ana
    casou-se com ele.
•   O corpo de Euclides foi examinado pelo
    médico e escritor Afrânio Peixoto, que
    também assinou o laudo e viria mais tarde a
    ocupar a sua cadeira na Academia Brasileira
    de Letras.( minissérie DESEJO em 1990)
Filmografia Indicada
Em São Paulo, as greves operárias




1905                1908        1917
1º de maio de 1919 em SP
Monteiro Lobato
                              Num artigo publicado em 1917, Monteiro
                              Lobato reagiu assim à exposição de Anita
                              Malfatti, no jornal O Estado de São Paulo:

                                          "Há duas espécies de artistas.
                                           Uma composta dos que veem
                                            normalmente as coisas e em
                                          consequência fazem arte pura.
                                          (...) A outra espécie é formada
                                          dos que veem anormalmente a
                                       natureza e a interpretam à luz das
                                        teorias efêmeras, sob a sugestão
                                          estrábica de escolas rebeldes,
                                       surgidas cá e lá como furúnculos
                                              da cultura excessiva. São
                                              produtos do cansaço e do
                                        sadismo de todos os períodos da
                                                   decadência(...)“
“O Moderno antimodernista?”              (in Paranóia ou mistificação? )
A Exposição de Pintura Moderna de Anita Malfatti foi realizada em São Paulo, entre 12 de dezembro de
1917 e 11 de janeiro de 1918, e é considerada o "estopim" da Semana de Arte Moderna de 1922. O impacto
das telas de Anita tem a ver com seu aspecto expressionista, novo para os padrões da arte brasileira de então.
Autor de
          prestígio
Moralista e doutrinador, aspirava
ao progresso material e mental do
povo brasileiro. Criou a primeira
editora nacional ( Monteiro Lobato
& Cia.), e mais tarde a Companhia
Editora Nacional e a Editora
Brasiliense.
Nacionalista, denunciava
escândalos relacionados com a
extração do petróleo e durante a
Ditadura Vargas (1941) foi preso
por ataques ao governo.
“Urupês” é uma série de 14 contos, tendo como ênfase
Urupês                a vida do caboclo, através de seus costumes, crenças e
                                            tradições.



                                A jóia do livro é a personificação da figura
                                do caboclo, criando o famoso personagem
                                “Jeca Tatu”, apelidado de urupê (uma
                                espécie de fungo parasita). Vive "e vegeta
                                de cócoras", à base da lei do menor esforço,
                                alimentando-se e curando-se daquilo que a
                                natureza lhe dá, alheio a tudo o que se
                                passa.
                                Com a personagem Jeca Tatu, um típico
                                caipira acomodado e miserável do interior
                                paulista, Lobato critica a face de um
                                Brasil agrário, atrasado e ignorante,
                                cheio de vícios e vermes. Seu ideal era um
                                país moderno estimulado pela ciência e pelo
                                progresso.
Capa original, 1918
Graça Aranha
Professor de direito, promotor
público, juiz e diplomata, o
maranhense Graça Aranha
teve uma vida movimentada
em 62 anos: acompanhou
Joaquim Nabuco como seu
secretário na Inglaterra, e mais
tarde seria ele próprio
diplomata na Noruega, na
Holanda e na França. Foi no
período de diplomacia que
                                   Graça Aranha
lançou seu livro mais famoso,      escreveu um romance
o romance Canaã(1902).
                                   de tese...mas afinal,
                                   que tese era essa?
“Uma tese simples porém equivocada, a da
superioridade de certas raças sobre outras, com base
em idéias filosóficas ou psicológicas duvidosas. A
palavra instinto, por exemplo, aparece dezenas de
vezes nas 285 páginas de Canaã, mas não associada
à psicanálise de Sigmund Freud (neste época Freud
já havia escrito, entre outras obras, A
Psicopatologia da Vida Cotidiana), mas a
conceitos como o de evolução, mencionado apenas
de passagem por Darwin em A Origem das
Espécies e desenvolvido de maneira equivocada
por Herbert Spencer: a evolução vista como um
confronto de seres inferiores versus superiores. Os
colonos alemães são vistos como símbolos de uma
realidade onde as pessoas são, pela própria
natureza, melhor talhadas para a realização de
grandes obras. Já o mulato é visto quase sempre
como representante de uma classe ou indolente ou
até trabalhadora, mas que não tem nenhuma
grandeza.” (por Fábio Fernandes, em O viajante
Imóvel)
Fontes
•     http://wapedia.mobi/pt/Pr%C3%A9-Modernismo
•     BOSI, Alfredo. A Literatura Brasileira: vol. V - O Pré-Modernismo, 4ª ed., São
      Paulo: Cultrix, 1973.
•     FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, volume 3, Ática, São
      Paulo, 2ª ed., 1983115
•     http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/historia-literatura-411313.shtml
•     http://www.mundovestibular.com.br/articles/355/1/TRISTE-FIM-DE-POLICARPO-
      QUARESMA---Lima-Barreto-Resumo/Paacutegina1.html
•     TV CULTURA on line
•     http://www.overmundo.com.br/blogs/valeu-a-pena-canaa-de-graca-aranha
•     (UOL EDUC)


                                 Pesquisa e Organização

    Profª Cláudia Heloísa C. Andria
    Licenciada em Letras - Unisantos

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Pré-Modernismo brasileiro

  • 1. Prémde is o o rn m “ (...) o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores estéticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava (...)
  • 2. “Pré” Modernismo??? O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, Os modelos literários realistas- naturalistas eram essencialmente para designar os universalizantes. Aos escritores "escritores pré-modernistas, ao contrário, contemporâneos do neo- interessavam assuntos do dia-a-dia dos brasileiros, originando-se, parnasianismo, entre 1910 assim, obras de nítido caráter e 1920" social.
  • 3. Momento Histórico O período foi marcado por uma série de conflitos como as greves operárias em São Paulo  a Guerra do Contestado e a Guerra de Canudos O cangaço a política dirigida pela oligarquia rural o nascimento da burguesia urbana a industrialização segregação dos negros pós-abolição o surgimento do proletariado a imigração européia.
  • 4. Contemporâneos Registre-se que ainda estão ativos (neste período), autores parnasianos como Olavo Bilac, Raimundo Correia e Francisca Júlia, dominando o cenário da Academia Brasileira de Letras e que, portanto,convivem com os escritores pré-modernistas.
  • 5. Linguagem simples e coloquial • Apesar de alguns conservadorismos, o caráter inovador de algumas obras, que representa uma ruptura com o passado, com o academiscismo; • Lima Barreto ironiza tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma linguagem pomposa quanto os leitores que se deixavam impressionar: "Quanto mais incompreensível é ela (a linguagem), mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito" (Os bruzundangas).
  • 6. Realidade Brasileira • A denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado do Romantismo e do Parnasianismo; • o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo.
  • 7. Regionalismo • o Norte e o Nordeste com Euclides da Cunha; • o vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; • o Espírito Santo com Graça Aranha; • o subúrbio carioca com Lima Barreto.
  • 8. Os tipos humanos marginalizados: • o sertanejo nordestino, • o caipira, • os funcionários públicos, • os mulatos.
  • 9. O Pré-Modernismo é uma fase de transição e, por isso, registra : • Um traço conservador – A permanência de características realistas/naturalistas, na prosa, e a permanência de um poesia de caráter ainda parnasiano ou simbolista. • Um traço renovador – Esse traço renovador — como ocorreu na música — revela-se no interesse com que os novos escritores analisaram a realidade brasileira de sua época: a literatura incorpora as tensões sociais do período.
  • 10. Os principais autores pré-modernistas Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte Lima Barreto individualidade de suas obras ,que essencialmente eram marcadas por duas características comuns: conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e Euclides Monteiro naturalistas; da Cunha Lobato renovação - demonstravam íntima Pré relação com a realidade brasileira e as modernistas tensões vividas pela sociedade do período Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esse Graça Augusto autores não avançaram o bastante Aranha dos Anjos para ser considerados modernos - notando-se, até, em alguns casos, resistência às novas estéticas.
  • 11. Literatura e Realidade Autores brasileiros como Lima Barreto, Euclides da Cunha e Graça Aranha usaram a literatura para traçar uma nova interpretação do Brasil e discutir seu futuro.
  • 12. no Rio de Janeiro Revolta da Chibata (João Cândido) Revolta da Vacina (varíola-1904)
  • 13. Lima Barreto Em meio ao caos gerado por esses conflitos, as autoridades passaram a efetuar prisões de forma generalizada. Testemunha ocular das agitações que marcavam as ruas cariocas naquele tempo, o escritor Lima Barreto registrou em seu "Diário Íntimo" as inúmeras violências e arbitrariedades de que foram vítimas os populares revoltosos: Lima Barreto detém-se na análise das populações suburbanas do Rio de Janeiro
  • 14. Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto procurou "escrever brasileiro", com simplicidade. Para isso, teve de ignorar muitas vezes as normas gramaticais e de estilo, provocando a ira dos meios acadêmicos conservadores e parnasianos.
  • 15. “Lima Barreto, simbolicamente, aponta as engrenagens da História: Pátria, ao fim e ao cabo, é uma construção, não um sonho; é um processo de enfrentamento da realidade, não de idealismo. Amar a Pátria significa participar da criação de todos, para todos - Policarpo Quaresma está vivo dentro dos que querem um país que abrigue todos os brasileiros.” (Flávia Suassuna)
  • 16. O homem que sabia Javanês (1911) O protagonista que estava desempregado vê um anuncio que oferece um emprego para professores de javanês; tratava-se de um senhor que tinha um livro antigo que segunda crenças de família era detentor de prosperidade, felicidade e poder. Para que tais feitos realizassem-se era necessário ler o tal livro: é exatamente aí que nosso amigo Machado entra na história, pega o cartaz do anúncio de emprego e levando em consideração que nunca nem ouviu falar do tal javanês entra em uma biblioteca e vai em busca de algumas informações.
  • 17. Nova Califórnia O livro conta a história de um químico misterioso que aparece na pequena cidade de Tubiacanga e realiza a incrível experiência de transformar ossos humanos em ouro. Tem início, assim, uma deliciosa paródia à corrida do ouro do final do século XIX nos Estados Unidos, já transformada em novela de televisão. Lima Barreto na TV Novela da Rede Globo- Fera Ferida (1994) O enredo foi inspirado no universo ficcional de Lima Barreto, mais especificamente nos romances Clara dos Anjos, Recordações do Escrivão Isaías Caminha, Triste Fim de Policarpo Quaresma, Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, e em personagens dos contos Nova Califórnia e O Homem que Sabia Javanês.
  • 18. No nordeste do Brasil A Era do cangaço o fanatismo religioso do Antônio Conselheiro e a (Lampião) Padre Cícero Guerra de Canudos
  • 19. Euclides da Cunha Quando irrompeu o movimento de Canudos, São Paulo colaborou com o país na repressão do conflito, mandando para o teatro da luta o Batalhão Paulista. Euclides foi encarregado pelo jornal Estado de S. Paulo para acompanhar como observador de guerra o movimento rebelde chefiado por Antônio Conselheiro no arraial de Canudos, em pleno sertão baiano.
  • 20. “Aquela Campanha de Canudos lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo". Euclides da Cunha
  • 21. Os Sertões: denúncia da violência Euclides não ficou até a derrubada de Canudos. Mas conseguiu reunir material para, durante cinco anos, elaborar Os Sertões (1902). Euclides da Cunha percebeu que a guerra tinha como razões profundas o latifúndio, o coronelismo, a servidão, o isolamento cultural e a dureza do meio. Ele foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do Brasil, referindo-se à existência de dois países contraditórios: o do litoral e o do sertão. Canudos resultou do confronto entre esses dois Brasis, distintos entre si no espaço e no tempo, pelo atraso de séculos em que vivia mergulhada a sociedade rural. Euclides conseguiu ficar internacionalmente famoso com a publicação desta obra-prima.
  • 22. O obra Divide-se em três partes: A terra O homem A luta
  • 23. Jornal do Brasil, 16 de Agosto de 1909
  • 24. Tragédia da vida real • O escritor morreu em 1909. Ao saber que sua esposa, mais conhecida como Ana de Assis, o abandonara pelo jovem tenente Dilermando de Assis, que aparentemente já tinha sido ou era seu amante há tempos - e a quem Euclides atribuía a paternidade de um dos filhos de Ana, "a espiga de milho no meio do cafezal" (querendo dizer que era o único louro numa família de tez morena) -, saiu armado na direção da casa do militar, disposto a matar ou morrer. Dilermando era campeão de tiro e matou-o. Tudo indica que o matou lealmente, tanto que foi absolvido na Justiça Militar. Ana casou-se com ele. • O corpo de Euclides foi examinado pelo médico e escritor Afrânio Peixoto, que também assinou o laudo e viria mais tarde a ocupar a sua cadeira na Academia Brasileira de Letras.( minissérie DESEJO em 1990)
  • 26. Em São Paulo, as greves operárias 1905 1908 1917
  • 27. 1º de maio de 1919 em SP
  • 28. Monteiro Lobato Num artigo publicado em 1917, Monteiro Lobato reagiu assim à exposição de Anita Malfatti, no jornal O Estado de São Paulo: "Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e em consequência fazem arte pura. (...) A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos da decadência(...)“ “O Moderno antimodernista?” (in Paranóia ou mistificação? )
  • 29. A Exposição de Pintura Moderna de Anita Malfatti foi realizada em São Paulo, entre 12 de dezembro de 1917 e 11 de janeiro de 1918, e é considerada o "estopim" da Semana de Arte Moderna de 1922. O impacto das telas de Anita tem a ver com seu aspecto expressionista, novo para os padrões da arte brasileira de então.
  • 30. Autor de prestígio Moralista e doutrinador, aspirava ao progresso material e mental do povo brasileiro. Criou a primeira editora nacional ( Monteiro Lobato & Cia.), e mais tarde a Companhia Editora Nacional e a Editora Brasiliense. Nacionalista, denunciava escândalos relacionados com a extração do petróleo e durante a Ditadura Vargas (1941) foi preso por ataques ao governo.
  • 31. “Urupês” é uma série de 14 contos, tendo como ênfase Urupês a vida do caboclo, através de seus costumes, crenças e tradições. A jóia do livro é a personificação da figura do caboclo, criando o famoso personagem “Jeca Tatu”, apelidado de urupê (uma espécie de fungo parasita). Vive "e vegeta de cócoras", à base da lei do menor esforço, alimentando-se e curando-se daquilo que a natureza lhe dá, alheio a tudo o que se passa. Com a personagem Jeca Tatu, um típico caipira acomodado e miserável do interior paulista, Lobato critica a face de um Brasil agrário, atrasado e ignorante, cheio de vícios e vermes. Seu ideal era um país moderno estimulado pela ciência e pelo progresso. Capa original, 1918
  • 32. Graça Aranha Professor de direito, promotor público, juiz e diplomata, o maranhense Graça Aranha teve uma vida movimentada em 62 anos: acompanhou Joaquim Nabuco como seu secretário na Inglaterra, e mais tarde seria ele próprio diplomata na Noruega, na Holanda e na França. Foi no período de diplomacia que Graça Aranha lançou seu livro mais famoso, escreveu um romance o romance Canaã(1902). de tese...mas afinal, que tese era essa?
  • 33. “Uma tese simples porém equivocada, a da superioridade de certas raças sobre outras, com base em idéias filosóficas ou psicológicas duvidosas. A palavra instinto, por exemplo, aparece dezenas de vezes nas 285 páginas de Canaã, mas não associada à psicanálise de Sigmund Freud (neste época Freud já havia escrito, entre outras obras, A Psicopatologia da Vida Cotidiana), mas a conceitos como o de evolução, mencionado apenas de passagem por Darwin em A Origem das Espécies e desenvolvido de maneira equivocada por Herbert Spencer: a evolução vista como um confronto de seres inferiores versus superiores. Os colonos alemães são vistos como símbolos de uma realidade onde as pessoas são, pela própria natureza, melhor talhadas para a realização de grandes obras. Já o mulato é visto quase sempre como representante de uma classe ou indolente ou até trabalhadora, mas que não tem nenhuma grandeza.” (por Fábio Fernandes, em O viajante Imóvel)
  • 34. Fontes • http://wapedia.mobi/pt/Pr%C3%A9-Modernismo • BOSI, Alfredo. A Literatura Brasileira: vol. V - O Pré-Modernismo, 4ª ed., São Paulo: Cultrix, 1973. • FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, volume 3, Ática, São Paulo, 2ª ed., 1983115 • http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/historia-literatura-411313.shtml • http://www.mundovestibular.com.br/articles/355/1/TRISTE-FIM-DE-POLICARPO- QUARESMA---Lima-Barreto-Resumo/Paacutegina1.html • TV CULTURA on line • http://www.overmundo.com.br/blogs/valeu-a-pena-canaa-de-graca-aranha • (UOL EDUC) Pesquisa e Organização Profª Cláudia Heloísa C. Andria Licenciada em Letras - Unisantos