1. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS – UEMG
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE DIVINÓPOLIS – FUNEDI
INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA – INESP
APOSTILA DE CÁLCULO IV
EQUAÇÕES DIFERENCAIS
ENGENHARIA CIVIL
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Prof. Luiz Elpídio de Melo Machado
Versão: 2010/2
1
2. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
PLANO DE ENSINO
CURSO DISCIPLINA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Nº DE AULAS SEMANAIS ANO 2010
03 SEMESTRE 2º
CARGA HORÁRIA PERÍODO 4º
54 UNIDADE ACADÊMICA INESP
EMENTA
Equações diferenciais de primeira e segunda ordem. Aplicação de equação diferencial
em: cinemática, dinâmica, vibrações mecânicas, biologia, economia.
OBJETIVOS
Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de utilizar as técnicas de resolução das
equações diferenciais para resolver problemas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I – Equações Diferenciais de Primeira Ordem
1.1 – Equações Lineares e Não-Lineares
1.2 – Equações de Variáreis Separadas
1.3 – Aplicações das Equações Lineares de Primeira Ordem
1.4 – Problemas de Mecânica
1.5 – Equações Exatas e Fatores Integrantes
1.6 – Equações Homogêneas
1.7 – Problemas e Aplicações Diversos
1.8 –Teorema da Existência e Unicidade
1.9 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem
II – Equações Lineares de Segunda Ordem
2.1 – Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes
2.2 – Soluções Fundamentais das Equações Homogêneas Lineares
2.3 – Independência Linear
2.4 – Raízes Complexas da Equação Característica
2.5 – Raízes Repetidas; Redução de Ordem
2.6 – Método dos Coeficientes Independentes
2.7 – Método de Variação de Parâmetros
2.8 – Oscilações Mecânicas e Oscilações Elétricas
2.9 – Oscilações Forçadas
MÉTODOS E RECURSOS DIDÁTICOS
Aula expositiva, seguida de debates, exercícios de sondagem e fixação; Proposição de
situações problemáticas, mediante condições explicativas para as possíveis soluções,
pesquisa em livros e na www.
Quadro negro, giz, internet, e-mail.
Atividades extra-classe:
- Resolução de listas de exercícios de fixação e aprofundamento.
- Resolução virtual de exercícios em editor de texto matemático.
AVALIAÇÃO
Serão distribuídos 100 créditos no decorrer do semestre através de trabalhos e provas.
Serão distribuídos 30 pontos no primeiro bimestre letivo, 35 pontos no segundo bimestre
e 35 pontos no terceiro bimestre.
As recuperações das avaliações ocorrerão ao longo do semestre.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
BOYCE, W. E. & PRIMA, R. C. Di. Equações diferenciais elementares e problemas de
valores de contorno. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999
LEITHOLD, L. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Ed. Harbra, 1994.
ABUNAHMAN, Sergio. Equações diferenciais. 2.ed. Rio de Janeiro: Erica, 1993.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
SIMMIONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: MacGraw-Hill, 1987.
STEWART, James. Cálculo. 5. São Paulo: Thomson, 2006.
PISKUNOV, N.. Cálculo diferencial e integral. 7. ed. Porto: Lopes da Silva, 1984.
GOLDSTEIN, Larry J.. LAY, David C. e SCHNEIDER, David I.. Matemática aplicada:
economia, administração e contabilidade. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.
LANG, Serge. Cálculo. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1975.
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
1 – Equações Diferenciais
Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função sua variável e suas derivadas, ou seja
1.1 – Equações de Variáveis Separáveis
A equação geral de primeira ordem assume a forma
dy
f x, y . (Eq.1)
dx
Se a Eq.(1) é não-linear, isto é , se f não é uma função linear da variável dependente y , não existe um método geral
para resolver a equação. Consideremos uma subclasse das equações de primeira ordem para as quais um processo
direto de integração pode ser usado.
Em primeiro lugar, reescrevemos a Eq.(1)
dy
f x, y
dx
dy M x , y dy dy
N x, y M x, y M x, y N x, y 0 , N x, y 0
dx N x , y dx dx
dy
M x, y N x, y 0 Eq.(2)
dx
Caso M seja uma função apenas de x e N seja uma função apenas de y , a Eq.(2) se torna
dy
M x N y 0 Eq.(3)
dx
Uma equação deste tipo é dita separável porque é escrita na forma diferencial
M x dx N y dy 0
N y dy M x dx
N y dy M x dx
Exemplos
2
dy x
Ex.-1 Resolva a equação .
dx 1 y 2
2
dy x
dx 1 y 2
1 y dy x dx
2 2
1 y dy x dx
2 2
3 3
y x 3 3
y C ou 3y y x C
3 3
4
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
dy 3x 2 4 x 2
Ex.-2 Achar a solução do problema de valor inicial , y 0 1 . Determine y em função de
dx 2 y 1
x.
2
dy 3 x 4 x 2
dx 2 y 1
2 y 1dy 3x
2
4 x 2 dx
y2 x
3
x
2
2 y 3 4 2x C
2 3 2
2 3 2
y 2 y x 2x 2x C
como y 0 1 então
12 2 1 03 2 02 2 0 C
1 2 C C 3
2 3 2
y 2 y x 2x 2x 3
2 3 2
y 2 y 1 x 2x 2 x 3 1
y 1 x 3 2 x 2 2 x 4
3 2
y 1 x 2 x 2x 4
3 2 3 2
y 1 x 2x 2 x 4 ou y 1 x 2x 2 x 4
1 2
dy y cos x
Ex.-3 Resolver o problema de valor inicial , y 0 1 .
dx 1 2 y 2
2 2
dy y cos x 1 2y 1 2y
dy cos x dx dy cos x dx
dx 1 2 y 2
y y
1 2y2 1 y
2
dy cos x dx 2 y dy cos x dx ln x 2 sen x C
y
y
y
2
2
ln y y sen x C
1 então ln 1 1 sen0 C 0 1 0 C C 1
2
como y
0
2
ln y y sen x 1
Exercícios
Resolva a equação diferencial proposta:
x2 x2
E-1. y E-2. y
y
y 1 x3
5
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E-3. y y 2 sen x 0 dy x e x
E-7.
dx y e y
3x 2 1
E-4. y
3 2y dy x2
E-8.
E-5. y cos 2 x cos 2 2 y dx 1 y 2
E-6.
xy 1 y 2 12
Determine a solução do problema de valor inicial dado:
E-9. y 1 2 x y 2 e y 0
1
. E-17.
y
x x 1
2
e y 0
1
.
6 3
2
4y
y
1 2 x y 1 2 .
E-10. e 3x 2 e x
y E-18. y e y 0 1 .
2y 5
E-11. xdx ye x dy 0 e y 0 1 .
e x e x
yxsen x E-19. y e y 0 1 .
E-12. y e y 3 3 4y
2
2 y 0
E-20. sen2 x dx cos3 y dy 0 e
2
dr r
E-13. e r 1 2. y
d 3
2
2x
E-14. y e y 0 2 .
y x2 y E-21.
y2 1 x2 12
dy arcsen x dx e
E-15. y xy 3 1 x 2
1 2
e y 0 1 . y 0 0
2x
E-16. y e y 2 0 .
1 2y
Respostas
y 2 x3
R-1 c ou 3 y 2 2x 3 c
2 3
y2 1
R-2 ln 1 x 3 c ou 3 y 2 2 ln 1 x 3 c
2 3
1 1 1
R-3 cos x c ou c cos x ou y
y y c cos x
R-4 3y y 2 x3 x c
1 1 x
R-5 tg 2 y sen2 x C ou 2tg 2 y sen2 x 2 x K
2 4 2
R-6
6
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
y2 x2
R-7 ey e x c ou y 2 2e y x 2 2e x c
2 2
y 3 x3
R-8 y c ou 3y y 3 x3 c
3 3
1 2 1 2
R-9 xx 6 ou x x6
y y
2
y 2 2 2
R - 10 xx 2 ou y 2x 2 x 4
2
2
y x x 1 2 x x
R - 11 xe e ou y 2 xe 2e 1
2 2
2
y 9 4 ln 3
R - 12 2 ln y x cos x sen x ou
2 2
2
y
2 ln y x cos x sen x 6,69
2
1 1
R - 13 ln( )
r 2
2
R - 14
y
2
2
ln 1 x 2 ou
2
y 2 ln 1 x 4
2
1
x
1 2 2 3 1 2 3 1 2
R - 15 2
1 ou 2
1 x ou 2
3 2 1 x
2y 2 2y 2 y
2 2
R - 16 y y x 4
4 2 2
4 x x 1 2 x 1
R - 17 y ou y
4 2 4 2
2 3 x
R - 18 y 5y x e 3
2 x x
R - 19 2 y 3 y e e 7
sen3 y cos2 x 1
R - 20 ou 2sen3 y 3 cos2 x 3
3 2 2
R - 21
Bibliografia
BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de
contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p.
3
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
2 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem
As equações diferenciais de primeira ordem
dy
f x, y (1)
dx
onde f é uma função de duas variáveis. Qualquer função diferenciável y g x que satisfaça a esta
condição para todos os valores de x em um certo intervalo é considerada como uma solução; nosso
objetivo é determinar as essas soluções existem e, em caso afirmativo, desenvolver métodos para
encontrá-las. Infelizmente, para uma função arbitrária f , não existe nenhum método geral para revolver
a equação em termos de funções elementares. Assim, vamos descrever vários métodos, cada um dos
quais se aplica a uma subclasse das equações de primeira ordem. As subclasses mais importantes são
as das equações lineares e das equações separáveis.
Se a função f da Eq. (1) depende linearmente da variável dependente y, então a equação
pode ser escrita na forma
dy
p x y q x y p x y q x , (2)
dx
que é chamada equação diferencial linear de primeira ordem.
2.1 – Para p x e q x constantes
A equação mais geral de primeira ordem com coeficientes constantes é
dy
a yb (3)
dx
onde a e b são constantes a p x e b q x .
dy
a y b dividindo o segundo membro por a , temos
dx
dy b dy dx b
a y para a 0 . Assim temos, a para y
dx a y b a a
d
ln y b a a recordando que d ln u k 1
. Então, ln y b a ax C0
dx dx uk
onde C0 é uma constante arbitrária. Tomando as exponenciais dos dois membros,
ln y b a b
e e axC0 y b a e ax e C0 y eC0 e ax , para c eC0 temos:
a
b
y ceax . (4)
a
O comportamento geral da solução (3) depende principalmente do sinal do parâmetro a. Se
a 0 , então e ax 0 quando x , e os gráficos de todas as soluções tendem para a assíntota
4
9. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
b ax
horizontal y . Por outro lado, se a 0 , e quando x , e os gráficos das soluções
a
b
divergem da reta y .
a
b
A solução constante y é freqüentemente chamada de solução de equilíbrio, já que
a
dy
é sempre zero para esta solução.
dx
Exemplo
dy
Ex.-4 Resolva a equação diferencial 2y 6
dx
dy dy dy dy
2y 6 2 y 6 2 y 3 2dx
dx dx dx y 3
dy
y 3 2 dx ln y 3 2 x C
ln y 3
e e 2 x C y 3 e 2 x e C y 3 e C e 2 x y 3 ke 2 x
y 3 ke 2 x
dy
Ex.-5 Resolva a equação diferencial 2y 8 usando a solução da Eq. (4)
dx
dy dy
Escrevendo na forma da Eq. (3) 2y 8 2 y 8 assim temos a 2 e
dx dx
b 8 , então:
8
y ce 2 x y 4 ce2 x
2
Ex.-6 Resolva a equação diferencial y 4 y 4 .
a) Determine a função que passa pelo ponto 1, 0 .
b) Determine a função que passa pelo ponto 0 , 1 .
c) Verifique se as funções satisfazem a equação.
Exercício
Resolva a equação diferencial:
E-22. y 6 y 18 0 E-24. y y 2 0
E-23. y y 3 0 E-25. y 2y 3 0
5
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
E-26. y 3 y 6 E-29. 3y y 6
E-27. 2 y 4 y 3 E-30. y y 1
E-28. 2 y y 2 E-31. y 2 y 3
Resolva a equação diferencial e determine a função que passa pelo ponto dado:
E-32. y 2 y 10 0 0 ,3
e E-35. y 2 y 3 e 1, 0
E-33. y 3y 9 e 0 , 2 E-36. y 3 y 15 e 2 , 0
E-34. y y 2 0 e 0 ,1 E-37. y 5 y 5 e 3 , 0
Respostas
R - 22 y t 3 ke6t R - 29 y t 6 ket 3
R - 23 y t 3 ket R - 30 y t 1 ket
R - 24 y t 2 ket R - 31 y t
3
ke 2t
2
3
R - 25 y t ke 2t R - 32
2
R - 33
3 t
R - 26 y t 2 ke R - 34
R - 35
3
R - 27 y t ke 2t R - 36
4
R - 37
R - 28 y t 2 ke t 2
2.2 – Fator Integrante
O objetivo é multiplicar a equação diferencial (2) por um fator integrante apropriado e assim
coloca-lo em uma forma integrável. Para determinar esse fator integrante, primeiro multiplicamos a Eq. (2)
por uma função m x , ainda indeterminada. Temos então
y p x y q x m x
. (5)
m x y m x p x y m x q x
Devemos reconhecer o lado esquerdo da Eq.(5) como a derivada de alguma função. O fato de
que existem dois termos e um dos termos é m x y sugere que o lado esquerdo da Eq.(5) pode ser a
derivada do produto m x y . Para que isto seja verdade, o segundo termo do lado esquerdo da Eq.(5),
m x p x y , deve ser igual a m x y . Isto, por sua vez, significa que m x deve satisfazer à equação
diferencial
m x m x p x . (6)
6
11. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Se admitirmos, temporariamente, que m x é positiva, podemos escrever a Eq.(6) como
m x d
m x
p x
dx
ln m x p x para m x 0 . (7)
Integrando os dois termos, tem-se:
ln m x p x dx C0
.
ln m x p x dx C0
e e
p x dxC0
m x e . (8)
Observe que m x é positiva para todo x conforme admitido na Eq.(7).
Depois de determinarmos o fator integrante m x , voltamos à Eq.(5). Como m x satisfaz à
Eq.(6), a Eq.(5) se reduz a
d
dx
m x y m x q x . (9)
Integrando ambos os membros da Eq.(9), obtemos:
m x y m x q x dx c
m x q x dx c
y . (10)
m x
Uma vez que y representa qualquer solução da Eq.(2), concluímos que toda solução da Eq.(2)
está incluída no segundo membro da Eq.(10). Portanto, esta expressão é uma solução geral da Eq.(2).
Observe que para se encontrar a solução dada pela Eq.(10) são necessárias duas integrações, a primeira
para ter m x pela Eq.(8) e a segunda para determinar y pela Eq.(10).
Nota-se primeiramente, que antes de determinar o fator integrante m x pela Eq.(8) é
necessário ter certeza de que a equação diferencial tem exatamente a forma da Eq.(2); em particular o
coeficiente de y deve ser a unidade. De outra forma, a função p x usada para o cálculo de m x será
incorreta. Em segundo lugar, depois de encontrar m x e de multiplicar a Eq.(2) pelo fator integrante é
preciso verificar que os termos envolvendo y e y são, de fato, a derivada de m x como devem ser.
Esta verificação proporciona certeza sobre a correção de m x . Como é natural, uma vez que se tenha
encontrado a solução y, é possível também verificar a sua correção, substituindo-a na equação
diferencial.
A interpretação geométrica da Eq. (10) é a de uma família de curvas, uma para cada valor de c.
Estas curvas são as curvas integrais da equação diferencial. Muitas vezes é importante selecionar um
membro da família de curvas integrais, o que faz pela identificação de um ponto particular x0 , y0
contido no gráfico da solução. Esta exigência se escreve, usualmente, como
2
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
y x0 y0 , (11)
e é conhecida como uma condição inicial. Uma equação diferencial de primeira ordem, como a Eq.(1) ou
Eq. (2), e uma condição inicial, como a Eq. (11), constituem, em conjunto, um problema de valor inicial.
Exemplo
Ex.-7 Determine a solução geral da equação diferencial ty 3 y 4t 2 .
2
ty 3 y 4t t
2
t 3 4t
y y
t t t
3
y y 4t
t
p
t
y
Ex.-8 Determine a solução do problema de valor inicial y e x e y 0 1 .
2
Ex.-9 Achar a solução do problema de valor inicial y 2ty t e y 0 0 .
Ex.-10 Achar a solução do problema de valor inicial y 2 y t e y 0 0 .
Exercício
Determine a solução geral para a equação diferencial
y 3 y t e 2 t
2
E-38. E-44. y 2 ty 2 te t
E-39. y 2 y t 2 e2t E-45. 1 t y 2
4 ty 1 t 2
2
E-40. y y t e2t 1 E-46. 2 y y 3t
1
E-41. y y 3 cos2 t , t 0 E-47. ty y t 2e t
t
2 t
E-42. y 2 y 3 et E-48. y 3 y te
E-43. ty 2 y sen t , t 0 E-49. 2 y y 3t 2
Ache a solução do problema de valor inicial proposto
E-50. y y 2 te 2 t , y 0 1 2 cost
E-53. y y 2 , y 0 , t 0
t t
E-51. y 2 y 2 te 2 t , y 1 0
E-54. y 2 y e 2 t , y 0 2
1
E-52. ty 2 y t 2 t 1 , y 1 ,
E-55. ty 2 y sent , y 1
2
2
t0
3
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
E-56. t 3 y 4 t 2 y e t , y 1 0 E-57. ty t 1 y t , y ln 2 1
Respostas
t 1 2 t 3 t C
R - 38 y e Ce R - 46 y 3t 6 t 2
t 3 9 t e
3 2t 2 t t
t e 2t R - 47 y t e te Ct
R - 39 y Ce t
t 3
2 t 2 t 3t
te e
2t
t
2t R - 48 y te e Ce
R - 40 y 1 Ce t
t 3 9
2 C
2 4 C R - 49 y t2
R - 41 y sen2t cos2t t t te t
t 3 9t t R - 50
R - 51
t 2t
R - 42 y 3e Ce R - 52
t
R - 53
1 1 C R - 54
R - 43 y cost 2 sent 2
t t t t R - 55
3 R - 56
t C R - 57
R - 44 y 2t
t e
arctg t C
R - 45 y
t
1 t 2 2
2.3 – Discussão sobre as Equações Lineares
Já foi visto que achar soluções dos problemas de valor inicial, com equações lineares de primeira
ordem, é possível mediante o fator integrante para transformar a equação diferencial numa forma
integrável. Agora vamos analisar algumas questões de natureza geral que são:
a) Os problemas de valor inicial mencionados têm sempre uma solução?
b) Podem ter mais de uma solução?
c) A solução vale para todos os t , ou somente para um intervalo restrito nas vizinhanças do ponto
inicial?
Teorema: Se as funções p e q são contínuas num intervalo aberto I : t, que contém o
ponto t t0 , então existe uma única função y t que satisfaz à equação diferencial
y p t y q t para cada t em I e que também satisfaz à condição inicial y t0 y0 , onde y0 é
um valor inicial arbitrário.
O teorema afirma que dado um problema de valor inicial tem uma solução e também que a
problema tem somente uma solução. Em outra palavras, teorema assegura a existência e a unicidade da
25
14. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
solução do problema de valor inicial y p t y q t e y t0 y0 . Além disso, o teorema afirma que
a solução existe em algum intervalo I que contenha o ponto inicial t0 , no qual os coeficientes p e q
sejam contínuos. Isto é, a solução pode ser descontínua ou pode não existir, somente nos pontos onde
pelo menos uma das funções p e q seja descontínua. Estes pontos podem ser identificados, muitas
vezes, por simples inspeção.
Exemplo
Ex.-11 Determine o intervalo no qual o problema de valor inicial ty 2 y 4t 2 e y 1 2 , tem uma
solução única. Determine essa solução.
Ex.-12 Achar a solução do problema de valor inicial y 2 ty 1 e y 0 0,5 .
2 t
s2
Obs.: ref t e ds é a função erro, que foi extensamente tabelada e é considerada
0
uma função conhecida, dado um valor t , podem consultar uma tabela de valores de função erro,
ou então lançar mão de um procedimento numérico.
A seguir temos algumas das mais importantes propriedades das equações diferenciais lineares
de primeira ordem e respectivas soluções.
a) Há uma solução geral, com uma constante arbitrária, que inclui todas as soluções da equação
diferencial. Uma solução particular, que satisfaz a uma certa condição inicial, pode ser
determinada pela escolha conveniente do valor da constante arbitrária.
m x q x dx c
b) Há uma expressão fechada para a solução, a equação y ou a equação
m x
t
m s q s ds y0
t0
y . Além disso, embora a expressão envolva duas integrações, é uma
m x
solução explícita para y t e não uma equação defina implicitamente.
c) Os possíveis pontos de descontinuidade, ou singularidades, da solução podem ser identificados
(sem a resolução do problema) pela determinação dos pontos de descontinuidade dos
coeficientes. Assim, se os coeficientes forem contínuos para todos os t, então a solução
também existe e é contínua para todos os t
Exercício
Achar a solução geral da equação diferencial:
1 sen t
E-58. y y sen t , t 0 E-59. t 2 y 3ty , t0
t t
2
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
E-60. y 2 y 2e t t E-61. 2 y y t 1
RESPOSTAS
3 3 C R - 61
R - 58 y t sen2t cos2t
2 4t t
R - 59
R - 60
Bibliografia
BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de
contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p.
25
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Capítulo 3 – Equações Lineares de Segunda Ordem
3.1 Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes
d2y
Uma equação diferencial ordinária de segunda ordem tem a forma f dy , onde f é
dt 2 t, y,
dt
uma função conhecida. Dizemos que esta equação é linear quando a função f é linear em y e suas
dy
derivadas, isto é, quando f dy
g t p t q t y . Neste caso a equação fica
t,y,
dt
dt
y p t y q t y g t . Uma equação diferencial linear de segunda ordem é homogênea se o termo
gt for nulo para todo t.
Vamos dirigir a atenção para as equações nas quais as funções P, Q e R são constantes. Neste
caso a equação fica ay by cy 0 .
A equação ar 2 br cr 0 é a equação característica da equação diferencial
ay by cy 0 , y c1e r1t c 2 e r2t é uma solução esta equação diferencial.
Exemplo
Ex.-13 Achar a solução geral da equação y 7y 6y 0.
Ex.-14 Dado y 5y 6y 0 , y 2 e y 3.
0 0
a) Ache a solução do problema de valor inicial.
b) Faça o gráfico da função.
c) Determine o ponto crítico.
d) Descreva seu comportamento quando t aumenta indefinidamente.
1
Ex.-15 Achar a solução do problema de valor inicial 4 y 8y 3y 0 , y 2 e y . Faça o gráfico da
0 0 2
função e determine o ponto crítico. Descreva seu comportamento quando t aumenta.
24
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Exercícios
Achar a solução geral da equação diferencial proposta:
E-62. y 2 y 3y 0 E-66. y 5y 0
E-63. y 3y 2y 0 E-67. 4y 9y 0
E-64. 6y y y 0 E-68. y 9y 9y 0
E-65. 2 y 3y y 0 E-69. y 2y 2y 0
Determine a solução do problema de valor inicial dado. Desenhe o gráfico da solução e descreva
seu comportamento quando t aumenta.
E-70. Corrigir
E-76. y 8y 9 y 0 , y 1 e
1
E-71. y 4 y 3y 0 , y 2 e
0
y 0.
1
y 1 .
0
E-77. 4y y 0 , y 1 e
2
E-72. 6y 5y y 0 , y 4 e
0
y 1 .
2
y 0.
0
E-78. y 5y 2y 0 , y 1 e
0
E-73. y 3y 0 , y 2 e y 3.
0 0
y 1.
0
E-74. y 5y 3y 0 , y 1 e
0
y 0.
0
E-75. 2y y 4y 0, y 0 e
0
y 1.
0
Respostas
24
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
t 3t
R - 62 y ce c e
t 1 2
t 2 t
R - 63 y ce c e
t 1 2
t t
2 3
R - 64 y ce c e
t 1 2
t
2 t
R - 65 y ce c e
t 1 2
5 t
R - 66 y c c e
t 1 2
3t 3t
2 2
R - 67 y ce c e
t 1 2
9 3 5 9 3 5
t t
2 2
R - 68 y ce c e
t 1 2
1 3 t 1 3 t
R - 69 y ce c e
t 1 2
t
R - 70 y e ; quando t temos que y .
t
5 t 1 3 t
R - 71 y e e ; quando t temos que y 0.
t 2 2
t t
3 2
R - 72 y 12e 8e ; quando t temos que y .
t
3t
R - 73 y 1 e ; quando t temos que y 1 .
t
5 13 5 13
t t
13 5 13 2 13 5 13 2
R - 74 y e e .
t 26 26
1 33 1 33
t t
2 4 2 4
R - 75 y e e .
t 33 33
1 9t 9 9 t 1
R - 76 y e e ; quando t temos que y.
t 10 10
t 2 t2
1 2 3 2
R - 77 y e e ; quando t temos que y .
t 2 2
3 33 3 33
t t
7 33 2 7 33 2
R - 78 y e e ; quando t temos que y.
t 2 33 2 33
17
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
3.2 – Raízes complexas da equação característica
A equação ay by cy 0 onde a, b e c são números reais. Se procurarmos
rt
soluções de y como combinação de ce , então r deve ser raiz da equação característica
ar 2 br cr 0 . Se as raízes r e r foram complexas temos que r i e r i
1 2 1 2
i t i t
onde e são reais. As expressões correspondentes de y são y e e y e .
1t 2 t
2 t
Pelo cálculo direto, podemos mostrar que o wronskiano de u e v é W e .
u ,v t
Assim, desde que 0 , o wronskiano W não é zero, e assim u e v formam um conjunto
fundamental de soluções. Portanto, se as raízes da equação forem números complexos i ,então a
t t
solução geral da equação ay by cy 0 é y c e cost c e sent , onde c e
t 1 2 1
c são constantes arbitrárias.
2
Se 0 a função y é decrescente, se 0 a função y é crescente e se 0 a
t t
função y oscila de forma permanente.
t
Exemplo
Ex.-16 Achar a solução geral de y y y 0.
Ex.-17 Achar a solução geral de y 9y 0 .
Ex.-18 Achar a solução do problema de valor inicial 16 y 8 y 145 y 0 y 2 e y 1.
0 0
Exercícios
Achar a solução geral da equação diferencial:
E-79. y 2y 2y 0 E-84. 4y 9y 0
E-80. y 2y 6y 0 E-85. y 2 y 1,25 y 0
E-81. y 2y 8y 0 E-86. 9y 9y 4y 0
E-82. y 2y 2y 0 E-87. y y 1,25 y 0
E-83. y 6 y 13 y 0 E-88. y 4 y 6,25 y 0
18
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Achar a solução do problema de valor inicial proposto:
E-89. y 4y 0 , y 0 e y 1
0 0
E-90. y 4y 5y 0 , y 1 e y 0
0 0
E-91. y 2y 5y 0 , y 0 e y 2
2 2
E-92. y y 0, y 2 e y 4
3 3
E-93. y 2 y 1,25 y 0 , y 3 e y 1
0 0
E-94. y 2y 2y 0 , y 2 e y 2
4 4
Respostas
t t
R - 79 y c e cost c e sent
t 1 2
R - 80
t
y c e cos 5 t c e sen 5 t
t 1 2
t
R - 81
t
y c e cos 7 t c e sen 7 t
t 1 2
t
t t
R - 82 y c e cost c e sent
t 1 2
3t 3t
R - 83 y ce cos2t c e sen2t
t 1 2
3t 3t
R - 84 y c cos c sen
t 1 2 2 2
t t t t
R - 85 y c e cos c e sen
t 1 2 2 2
t 4t
3 3
R - 86 y ce c e
t 1 2
t t
cost c e sent
2 2
R - 87 y ce
t 1 2
2 t 3t 2 t 3t
R - 88 y ce cos c e sen
t 1 2 2 2
1
R - 89 y sen2t a oscilação é estacionária.
t 2
2 t 2 t
R - 90 y e cost 2e sent a oscilação é amortecida.
t
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
t
sen2t a oscilação é crescente.
2
R - 91 y e
t
R - 92
y 1 2 3 cost 1 2 3 sent
t
a oscilação é estacionária.
t t
5 2
cost e sen t
2
R - 93 y 3e a oscilação é amortecida.
t 2
t t
cost 2 e sent a oscilação é amortecida.
4 4
R - 94 y 2e
t
1.7 Bibliografia
BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 6.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.
22. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
APLICAÇÃO
Oscilações Mecânicas
Equação do movimento da massa è
mP P k P F
t t t t
onde
m é a massa em kg
N
é a viscosidade do meio
ms
N
k é a constante elástica da mola
m
F força externa
t
Condições iniciais
P P posição inicial P P velocidade inicial
0 0 0 0
Exemplo
Ex.-19 Um corpo de massa 4 kg estica uma mola 5 cm. O corpo é deslocado 15 cm, na direção positiva e depois é
solto. O corpo está em um meio que exerce uma resistência viscosa de 60N quando a sua velocidade é
0,5m/s. Determine a função que modela o movimento.
Resolução
a) Coeficiente elástico da mola
F kd
m
2
mg kd d 5cm 0,05m g 10 m s m 4 kg
4 10 k 0,05
40 0,05k
k 800 N m
b) Coeficiente de viscosidade do meio
F v F 60N v 0,5 m s
v v
60 0,5
0,5 60
120 N s m
c) Equação diferencial
mP P k P F
t t t t
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
4 P 120 P 800 P 0
t t t
4 P 120 P 800 P 04
t t t
P 30 P 200 P 0
t t t
d) Equação característica
P 30 P 200 P 0
t t t
r 10 e r 20
1 2
e) Equação posição
rt rt
1 2
P ce c e
t 1 2
10 t 20t
P ce c e
t 1 2
d) Condições
“O corpo é deslocado 15 cm” P 15 cm 0,15 m
0
Ex.-20 Um corpo de massa 10 kg provoca um deslocamento de 5cm em uma mola. Se o corpo for deslocado de 5cm
e depois posto em movimento, com velocidade inicial, de 0,2m/s, determine a posição do corpo nos instantes
posteriores.
Exercícios
E-95. Um corpo de 2kg de massa estica 15cm uma mola. Se o corpo for puxado mais 10cm e depois liberado, se não
houver resistência do ar, determine a sua posição em qualquer instante t.
E-96. Um corpo de massa 100g estica 5cm uma mola. Se o corpo for impulsionada, a partir do equilíbrio, com uma
velocidade para baixo de 10cm/s, e se não houver resistência do ar, determinar a posição em qualquer instante
t.
E-97. Um corpo, pesa 30N, estica em 8cm uma mola. Se o corpo for empurrado para cima, contraindo 3cm a mola, e
depois for impulsionado para baixo,com velocidade de 0,8m/s, e se não houver resistência do ar, achar a sua
posição em qualquer instante t.
E-98. Um corpo pesando 16N estica 10cm uma mola. O corpo está ligado a um amortecedor viscoso, com constante
de amortecimento 2Ns/m. Se o corpo for movimentado, da posição de equilíbrio, com velocidade para baixo de
0,6m/s, achar a sua posição em qualquer instante t.
E-99. Uma mola é esticada 10cm por uma força de 3N. Um corpo com massa de 2kg é pendurado na mola e também
é ligado a um amortecedor viscoso que exerce uma força de 3N quando a velocidade for 5m/s. Se o corpo for
puxado para baixo 5cm além da posição de equilíbrio, e receber uma velocidade inicial para baixo de 10m/s,
determinar a sua posição em qualquer instante t.
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Respostas
R - 95 P 0,1 cos8,16 t
t
R - 96 P 0,0071 sen14,14 t
t
R - 97 P 0,03 cos11,18 t 0,072 sen11,18 t
t
R - 98
R - 99
Bibliografia
BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno.
6.e. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.