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ENGENHARIA                           Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


         UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS – UEMG
         FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE DIVINÓPOLIS – FUNEDI
        INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA – INESP




           APOSTILA DE CÁLCULO IV

            EQUAÇÕES DIFERENCAIS




                    ENGENHARIA CIVIL


         ENGENHARIA DE PRODUÇÃO



                                     Prof. Luiz Elpídio de Melo Machado
                                                          Versão: 2010/2




                                                                      1
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

                                  PLANO DE ENSINO

CURSO                              DISCIPLINA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO             CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Nº DE AULAS SEMANAIS               ANO                        2010
               03                  SEMESTRE                    2º
CARGA HORÁRIA                      PERÍODO                     4º
               54                  UNIDADE ACADÊMICA                     INESP
EMENTA
Equações diferenciais de primeira e segunda ordem. Aplicação de equação diferencial
em: cinemática, dinâmica, vibrações mecânicas, biologia, economia.

OBJETIVOS
Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de utilizar as técnicas de resolução das
equações diferenciais para resolver problemas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I – Equações Diferenciais de Primeira Ordem
1.1 – Equações Lineares e Não-Lineares
1.2 – Equações de Variáreis Separadas
1.3 – Aplicações das Equações Lineares de Primeira Ordem
1.4 – Problemas de Mecânica
1.5 – Equações Exatas e Fatores Integrantes
1.6 – Equações Homogêneas
1.7 – Problemas e Aplicações Diversos
1.8 –Teorema da Existência e Unicidade
1.9 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem
II – Equações Lineares de Segunda Ordem
2.1 – Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes
2.2 – Soluções Fundamentais das Equações Homogêneas Lineares
2.3 – Independência Linear
2.4 – Raízes Complexas da Equação Característica
2.5 – Raízes Repetidas; Redução de Ordem
2.6 – Método dos Coeficientes Independentes
2.7 – Método de Variação de Parâmetros
2.8 – Oscilações Mecânicas e Oscilações Elétricas
2.9 – Oscilações Forçadas
MÉTODOS E RECURSOS DIDÁTICOS
Aula expositiva, seguida de debates, exercícios de sondagem e fixação; Proposição de
situações problemáticas, mediante condições explicativas para as possíveis soluções,
pesquisa em livros e na www.
Quadro negro, giz, internet, e-mail.

Atividades extra-classe:
- Resolução de listas de exercícios de fixação e aprofundamento.
- Resolução virtual de exercícios em editor de texto matemático.

AVALIAÇÃO
Serão distribuídos 100 créditos no decorrer do semestre através de trabalhos e provas.
Serão distribuídos 30 pontos no primeiro bimestre letivo, 35 pontos no segundo bimestre
e 35 pontos no terceiro bimestre.
As recuperações das avaliações ocorrerão ao longo do semestre.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

                                                                                       2
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CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

BOYCE, W. E. & PRIMA, R. C. Di. Equações diferenciais elementares e problemas de
valores de contorno. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999
LEITHOLD, L. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Ed. Harbra, 1994.
ABUNAHMAN, Sergio. Equações diferenciais. 2.ed. Rio de Janeiro: Erica, 1993.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
SIMMIONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: MacGraw-Hill, 1987.
STEWART, James. Cálculo. 5. São Paulo: Thomson, 2006.
PISKUNOV, N.. Cálculo diferencial e integral. 7. ed. Porto: Lopes da Silva, 1984.
GOLDSTEIN, Larry J.. LAY, David C. e SCHNEIDER, David I.. Matemática aplicada:
economia, administração e contabilidade. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.
LANG, Serge. Cálculo. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1975.




                                                                                 3
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                                                        1 – Equações Diferenciais

         Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função sua variável e suas derivadas, ou seja


1.1 – Equações de Variáveis Separáveis

         A equação geral de primeira ordem assume a forma

                                                                                     dy
                                                                                         f x, y  .                                       (Eq.1)
                                                                                     dx
Se a Eq.(1) é não-linear, isto é , se          f   não é uma função linear da variável dependente                   y , não existe um método geral
para resolver a equação. Consideremos uma subclasse das equações de primeira ordem para as quais um processo
direto de integração pode ser usado.
         Em primeiro lugar, reescrevemos a Eq.(1)

            dy
                f x, y 
            dx
            dy M  x , y              dy                                         dy
                           N x, y      M  x, y   M  x, y   N  x, y      0 , N x, y   0
            dx N  x , y              dx                                         dx

                                                                                               dy
                                                                     M  x, y   N x, y       0                                       Eq.(2)
                                                                                               dx
Caso    M    seja uma função apenas de             x    e   N   seja uma função apenas de               y , a Eq.(2) se torna
                                                                                                 dy
                                                                             M  x   N y       0                                      Eq.(3)
                                                                                                 dx
Uma equação deste tipo é dita separável porque é escrita na forma diferencial

                                                                 M  x dx  N  y dy  0
                                                                N  y dy  M  x dx

                                                                 N   y   dy   M  x dx


Exemplos

                                                    2
                                      dy   x
Ex.-1       Resolva a equação                              .
                                      dx 1  y 2
                          2
            dy   x
               
            dx 1  y 2

            1  y dy  x dx
                  2               2




             1  y dy   x dx
                      2               2



                  3           3
                 y   x                                          3       3
            y        C                 ou       3y  y  x  C
                 3   3

                                                                                                                                                4
ENGENHARIA                                                                                                  Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


                                                                                    dy 3x 2  4 x  2
Ex.-2    Achar a solução do problema de valor inicial                                                , y 0   1 . Determine y           em função de
                                                                                    dx   2 y  1
          x.
                            2
          dy 3 x  4 x  2
             
          dx    2 y  1

           2 y  1dy   3x                                      
                                                     2
                                                          4 x  2 dx

             y2          x
                             3
                                    x
                                      2

          2     y  3      4      2x  C
             2           3        2
                   
               2                     3           2
          y  2 y  x  2x  2x  C

         como      y 0    1          então
                                                          12  2   1  03  2  02  2  0  C
                                                         1 2  C  C  3
               2                     3           2
          y  2 y  x  2x  2x  3
              2                          3               2
          y  2 y  1  x  2x  2 x  3  1
           y  1  x 3  2 x 2  2 x  4
                                3            2
          y  1  x  2 x  2x  4


                                 3           2                                             3            2
          y  1  x  2x  2 x  4                                   ou        y  1  x  2x  2 x  4
           1                                                                    2

                                                                         dy y cos x 
Ex.-3    Resolver o problema de valor inicial                                         , y 0   1 .
                                                                         dx 1  2 y 2
                                                             2                                              2
          dy   y cos x    1 2y                                                            1 2y
                                  dy  cos x dx                                                 dy  cos x dx
             
          dx 1  2 y  2
                          
                               y                                                               y                       
                1 2y2                                                        1                                   y
                                                                                                                                      2
                     dy  cos x dx                                         2 y dy  cos x dx  ln x  2     sen x   C
              y
                   y 
                                                                             y
                                                                               
                                                                                       
                                                                                                                   2
                        2
          ln y  y  sen x   C

                                 1 então ln 1  1  sen0  C  0  1  0  C  C  1
                                                                 2
         como      y
                       0
                        2
          ln y  y  sen x   1


Exercícios

         Resolva a equação diferencial proposta:


                                x2                                                                                        x2
        E-1.       y                                                                       E-2.               y 
                                y                                                                                       
                                                                                                                       y 1  x3   

                                                                                                                                                      5
ENGENHARIA                                                                                                  Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


E-3.     y   y 2 sen x   0                                                                   dy x  e  x
                                                                                          E-7.      
                                                                                                  dx y  e y
                   3x 2  1
E-4.     y 
                   3  2y                                                                         dy   x2
                                                                                          E-8.       
E-5.     y   cos 2  x  cos 2 2 y                                                            dx 1  y 2

E-6.                
         xy   1  y 2               12


            Determine a solução do problema de valor inicial dado:



E-9.     y   1  2 x  y 2               e     y 0   
                                                                   1
                                                                     .                    E-17.
                                                                                                    
                                                                                                   y 
                                                                                                              
                                                                                                            x x 1
                                                                                                                  2
                                                                                                                                e    y 0   
                                                                                                                                                    1
                                                                                                                                                       .
                                                                   6                                                   3
                                                                                                                                                     2
                                                                                                                  4y
         y   
                 
                   1  2 x                    y 1    2 .
E-10.                                   e                                                                   3x 2  e x
                            y                                                             E-18.    y                          e    y 0   1 .
                                                                                                             2y  5
E-11.    xdx  ye  x dy  0                      e     y 0   1 .
                                                                                                            e x  e x
                   yxsen x                                                             E-19.    y                       e      y 0   1 .
E-12.    y                                 e     y          3                                              3  4y
                                   2
                     2 y                             0 
                                                                                          E-20.   sen2 x dx  cos3 y dy  0                            e
                        2
         dr r                                                                                                  
E-13.                          e r 1      2.                                                  y   
         d                                                                                                 3
                                                                                                     2 
                2x
E-14.    y                            e       y 0    2 .
              y  x2 y                                                                    E-21.         
                                                                                                   y2 1  x2      12
                                                                                                                           dy  arcsen x dx              e


E-15.    y   xy 3 1  x 2                
                                            1 2
                                                      e      y 0   1 .                         y 0   0

                    2x
E-16.    y                        e   y 2   0 .
                   1 2y


Respostas


        y 2 x3
R-1           c                   ou      3 y 2  2x 3  c
        2    3
        y2 1
R-2        ln 1  x 3  c                             ou     3 y 2  2 ln 1  x 3  c
        2 3
            1                                          1                            1
R-3           cos x   c                    ou        c  cos x  ou y 
            y                                          y                       c  cos x 
R-4     3y  y 2  x3  x  c
        1            1           x
R-5       tg 2 y   sen2 x    C                                       ou   2tg 2 y   sen2 x   2 x  K
        2            4           2
R-6




                                                                                                                                                           6
ENGENHARIA                                                                                                                           Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


         y2        x2
R-7          ey      e x  c                                         ou      y 2  2e y  x 2  2e  x  c
         2         2
                     y 3 x3
R-8      y                c                             ou   3y  y 3  x3  c
                     3    3
                 1      2                                           1    2
R-9                xx 6                                ou          x  x6
                 y                                                  y
             2
         y      2                                                   2                       2
R - 10      xx 2                                    ou       y  2x  2 x  4
         2
             2
         y       x   x  1                                                    2                  x           x
R - 11       xe  e                                              ou   y  2 xe  2e  1
         2              2
                                      2
                  y                             9  4 ln 3
R - 12   2 ln y      x cos x   sen x                                                                                                                  ou
                  2                                  2
                                      2
                                     y
         2 ln y                         x cos x   sen x   6,69
                                     2
         1 1
R - 13      ln( )
         r 2
             2

R - 14
         y
         2
                     2
            ln 1  x  2                                     ou
                                                                         2
                                                                                        
                                                                        y  2 ln 1  x  4
                                                                                                    2
                                                                                                        
                                                    1

                              x 
                     1                            2 2           3                   1                           2   3        1                      2
R - 15                  2
                              1                                        ou             2
                                                                                             1 x                     ou       2
                                                                                                                                      3  2 1 x
                 2y                                             2                 2y                                2        y
                         2            2
R - 16   y y  x 4
                             4                2                                     2
             4           x   x   1                                       2        x 1
R - 17   y                                                   ou      y 
                         4   2   4                                                  2
             2                            3            x
R - 18   y  5y  x  e  3
                 2                                x            x
R - 19   2 y  3 y  e                                e 7
         sen3 y  cos2 x  1
R - 20                                                                 ou       2sen3 y   3 cos2 x   3
            3         2       2
R - 21


Bibliografia

BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de
    contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p.




                                                                                                                                                                3
ENGENHARIA                                                                                 Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


                              2 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem

                As equações diferenciais de primeira ordem

                                                            dy
                                                                f x, y                                                    (1)
                                                            dx
onde      f     é uma função de duas variáveis. Qualquer função diferenciável                y  g x    que satisfaça a esta

condição para todos os valores de                x   em um certo intervalo é considerada como uma solução; nosso
objetivo é determinar as essas soluções existem e, em caso afirmativo, desenvolver métodos para

encontrá-las. Infelizmente, para uma função arbitrária                   f   , não existe nenhum método geral para revolver
a equação em termos de funções elementares. Assim, vamos descrever vários métodos, cada um dos
quais se aplica a uma subclasse das equações de primeira ordem. As subclasses mais importantes são
as das equações lineares e das equações separáveis.
                Se a função     f   da Eq. (1) depende linearmente da variável dependente                 y,   então a equação

pode ser escrita na forma

                                         dy
                                             p x  y  q x   y   p x  y  q x  ,                                  (2)
                                         dx
que é chamada equação diferencial linear de primeira ordem.



2.1 – Para p x  e q x  constantes


                A equação mais geral de primeira ordem com coeficientes constantes é

                                                      dy
                                                          a yb                                                             (3)
                                                      dx
onde     a      e   b   são constantes   a   p   x   e b  q x   .

dy          
    a y  b dividindo o segundo membro por a , temos
dx          
dy         b                           dy dx                b
    a  y   para a  0 . Assim temos,         a  para y 
dx         a                           y b a               a

d
   ln y  b a   a recordando que d ln u  k   1
                                                                                        . Então,   ln y  b a  ax  C0
dx                                  dx               uk
onde     C0         é uma constante arbitrária. Tomando as exponenciais dos dois membros,

    ln y b a                                                        b
e                e axC0  y  b a  e ax e C0  y                    eC0 e ax , para c  eC0     temos:
                                                                     a
                                                             b
                                                     y        ceax .                                                      (4)
                                                             a
                O comportamento geral da solução (3) depende principalmente do sinal do parâmetro                       a.   Se

a  0 , então e ax  0              quando     x   , e os gráficos de todas as soluções tendem para a assíntota




                                                                                                                              4
ENGENHARIA                                                                           Prof. Luiz Elpídio M. Machado
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                           b                               ax
horizontal     y           . Por outro lado, se a  0 , e            quando   x   , e os gráficos das soluções
                           a
                                 b
divergem da reta           y     .
                                 a
                                               b
           A solução constante          y         é freqüentemente chamada de solução de equilíbrio, já que
                                               a
 dy
        é sempre zero para esta solução.
 dx


Exemplo

                                                   dy
Ex.-4      Resolva a equação diferencial               2y  6
                                                   dx
            dy                dy              dy                    dy
                  2y  6        2 y  6       2 y  3            2dx
            dx                dx              dx                  y  3
                 dy
              y  3  2 dx  ln y  3  2 x  C
               ln y  3
           e               e  2 x C  y  3  e 2 x e C  y  3  e C e  2 x  y  3  ke 2 x
            y  3  ke 2 x
                                                   dy
Ex.-5      Resolva a equação diferencial               2y  8      usando a solução da Eq. (4)
                                                   dx
                                                       dy            dy
           Escrevendo na forma da Eq. (3)                  2y  8      2 y  8          assim temos   a  2   e
                                                       dx            dx
            b  8 , então:
                          8
            y               ce 2 x  y  4  ce2 x
                          2
Ex.-6      Resolva a equação diferencial           y  4 y  4 .
           a) Determine a função que passa pelo ponto  1, 0  .
           b) Determine a função que passa pelo ponto  0 , 1  .

           c) Verifique se as funções satisfazem a equação.




Exercício

           Resolva a equação diferencial:

E-22.      y   6 y  18  0                                         E-24.   y  y  2  0
E-23.      y  y  3  0                                             E-25.   y  2y  3  0




                                                                                                                   5
ENGENHARIA                                                                               Prof. Luiz Elpídio M. Machado
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E-26.     y   3 y  6                                            E-29.        3y  y  6
E-27.    2 y  4 y  3                                             E-30.         y  y  1
E-28.    2 y   y  2                                             E-31.        y  2 y  3
          Resolva a equação diferencial e determine a função que passa pelo ponto dado:

E-32.     y   2 y  10  0    0 ,3 
                                   e                                E-35.        y  2 y  3   e 1, 0 
E-33.     y  3y  9 e  0 , 2                                    E-36.         y   3 y  15 e  2 , 0 
E-34.     y   y  2  0 e  0 ,1                                 E-37.         y   5 y  5 e  3 , 0 

Respostas


R - 22   y t   3  ke6t                                         R - 29   y t   6  ket 3

R - 23   y t   3  ket                                          R - 30   y t   1  ket

R - 24   y t   2  ket                                           R - 31   y t  
                                                                                         3
                                                                                            ke 2t
                                                                                         2
                    3
R - 25   y t        ke 2t                                      R - 32
                    2
                                                                    R - 33
                            3 t
R - 26   y t   2  ke                                           R - 34
                                                                    R - 35
                    3
R - 27   y t        ke 2t                                      R - 36
                    4
                                                                    R - 37
R - 28   y t   2  ke t 2

2.2 – Fator Integrante

          O objetivo é multiplicar a equação diferencial (2) por um fator integrante apropriado e assim
coloca-lo em uma forma integrável. Para determinar esse fator integrante, primeiro multiplicamos a Eq. (2)

por uma função       m x  , ainda indeterminada. Temos então

                                       y   p x  y  q x       m    x
                                                                                     .                                (5)
                                               
                                       m x  y  m x  p x  y  m x q x 
          Devemos reconhecer o lado esquerdo da Eq.(5) como a derivada de alguma função. O fato de

que existem dois termos e um dos termos é            m x  y    sugere que o lado esquerdo da Eq.(5) pode ser a

derivada do produto       m x  y . Para que isto seja verdade, o segundo termo do lado esquerdo da Eq.(5),

m x  p x  y , deve ser igual a m x  y . Isto, por sua vez, significa que m x           deve satisfazer à equação

diferencial

                                            m x   m x  p x  .                                                 (6)




                                                                                                                       6
ENGENHARIA                                                                                                      Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS




           Se admitirmos, temporariamente, que                 m x        é positiva, podemos escrever a Eq.(6) como

                                      m x                   d                     
                                                                                     
                                      m x 
                                                 p x  
                                                               dx
                                                                                      
                                                                  ln m x   p x   para m x   0 .                                              (7)
                                                                                     
                                                                                     
           Integrando os dois termos, tem-se:

                                                       ln m x    p x  dx  C0
                                                                                                            .
                                                           ln m x              p x  dx  C0
                                                       e               e
                                                                                   p x  dxC0
                                                             m x   e                           .                                                  (8)

           Observe que       m x    é positiva para todo         x       conforme admitido na Eq.(7).

           Depois de determinarmos o fator integrante                           m x  ,     voltamos à Eq.(5). Como               m x    satisfaz à

Eq.(6), a Eq.(5) se reduz a

                                                      d
                                                      dx
                                                                           
                                                         m x  y  m x q x  .                                                                    (9)

           Integrando ambos os membros da Eq.(9), obtemos:

                                                       m x  y   m x q x dx  c

                                                                                 m   x   q x dx  c
                                                                   y                                           .                                    (10)
                                                                                           m x 
           Uma vez que        y   representa qualquer solução da Eq.(2), concluímos que toda solução da Eq.(2)
está incluída no segundo membro da Eq.(10). Portanto, esta expressão é uma solução geral da Eq.(2).
Observe que para se encontrar a solução dada pela Eq.(10) são necessárias duas integrações, a primeira

para ter   m x    pela Eq.(8) e a segunda para determinar                       y    pela Eq.(10).

           Nota-se primeiramente, que antes de determinar o fator integrante                                              m x     pela Eq.(8) é

necessário ter certeza de que a equação diferencial tem exatamente a forma da Eq.(2); em particular o

coeficiente de      y   deve ser a unidade. De outra forma, a função                              p x    usada para o cálculo de         m x    será

incorreta. Em segundo lugar, depois de encontrar                        m x         e de multiplicar a Eq.(2) pelo fator integrante é

preciso verificar que os termos envolvendo               y     e       y   são, de fato, a derivada de                 m x    como devem ser.

Esta verificação proporciona certeza sobre a correção de                               m x  . Como é natural, uma vez que se tenha
encontrado a solução           y,     é possível também verificar a sua correção, substituindo-a na equação

diferencial.
           A interpretação geométrica da Eq. (10) é a de uma família de curvas, uma para cada valor de                                                c.
Estas curvas são as curvas integrais da equação diferencial. Muitas vezes é importante selecionar um

membro da família de curvas integrais, o que faz pela identificação de um ponto particular                                                   x0 , y0 
contido no gráfico da solução. Esta exigência se escreve, usualmente, como




                                                                                                                                                       2
ENGENHARIA                                                                                   Prof. Luiz Elpídio M. Machado
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                                                           y x0   y0 ,                                                             (11)

 e é conhecida como uma condição inicial. Uma equação diferencial de primeira ordem, como a Eq.(1) ou
 Eq. (2), e uma condição inicial, como a Eq. (11), constituem, em conjunto, um problema de valor inicial.


 Exemplo


 Ex.-7    Determine a solução geral da equação diferencial              ty   3 y  4t 2 .
                           2
          ty  3 y  4t  t
                                  2
          t  3      4t
              y  y
          t       t   t
               3
          y  y  4t
                t
          p          
              t 

                                                                              y
 Ex.-8    Determine a solução do problema de valor inicial             y       e x         e       y 0    1 .
                                                                              2
 Ex.-9    Achar a solução do problema de valor inicial            y   2ty  t       e   y 0   0 .

Ex.-10    Achar a solução do problema de valor inicial            y  2 y  t    e       y 0   0 .


 Exercício

         Determine a solução geral para a equação diferencial

         y   3 y  t  e 2 t
                                                                                                                 2
 E-38.                                                               E-44.     y   2 ty  2 te t
 E-39.   y   2 y  t 2 e2t                                         E-45.     1  t y  2        
                                                                                                                     
                                                                                                        4 ty  1  t 2          
                                                                                                                                 2


 E-40.   y   y  t e2t  1                                         E-46.     2 y  y  3t
              1
 E-41.   y   y  3 cos2 t  , t  0                               E-47.     ty   y  t 2e t
              t
                                                                                                         2 t
 E-42.   y   2 y  3 et                                            E-48.     y  3 y  te

 E-43.   ty   2 y  sen t  , t  0                               E-49.     2 y   y  3t 2
         Ache a solução do problema de valor inicial proposto

 E-50.   y   y  2 te 2 t , y 0   1                                                   2    cost 
                                                                     E-53.     y           y  2 , y    0 , t  0
                                                                                           t      t
 E-51.   y   2 y  2 te 2 t , y 1   0
                                                                     E-54.     y   2 y  e 2 t , y 0   2
                                                         1
 E-52.   ty   2 y  t 2  t  1 ,           y 1       ,
                                                                     E-55.     ty   2 y  sent  , y    1
                                                         2                                                                
                                                                                                                          2 
         t0



                                                                                                                                        3
ENGENHARIA                                                                                    Prof. Luiz Elpídio M. Machado
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E-56.     t 3 y   4 t 2 y  e  t , y 1   0                         E-57.     ty   t  1 y  t , y ln 2   1

Respostas


                      t 1   2 t  3 t                                                                        C
R - 38      y           e  Ce                                         R - 46     y  3t  6                t 2
             t      3 9                                                              t                  e
                       3 2t                                                                      2 t              t
                  t e      2t                                             R - 47     y  t e  te  Ct
R - 39      y         Ce                                                             t 
             t    3
                                                                                                2 t        2 t          3t
                  te   e
                           2t
                                   t
                                     2t                                   R - 48     y  te            e           Ce
R - 40      y            1  Ce                                                     t 
             t   3    9
                                                                                                        2 C
                  2       4           C                                   R - 49     y t2             
R - 41      y  sen2t   cos2t                                                    t              t te t
             t  3       9t          t                                   R - 50
                                                                          R - 51
                                t         2t
R - 42      y  3e  Ce                                                  R - 52
             t 
                                                                          R - 53
                  1         1           C                                 R - 54
R - 43      y   cost   2 sent   2
             t  t        t           t                                  R - 55

                       3                                                  R - 56
                      t C                                                R - 57
R - 44      y              2t
             t       e
                      arctg t   C
R - 45      y 
             t 
                           1  t  2 2



2.3 – Discussão sobre as Equações Lineares

           Já foi visto que achar soluções dos problemas de valor inicial, com equações lineares de primeira
ordem, é possível mediante o fator integrante para transformar a equação diferencial numa forma
integrável. Agora vamos analisar algumas questões de natureza geral que são:
     a)    Os problemas de valor inicial mencionados têm sempre uma solução?
     b)    Podem ter mais de uma solução?
     c)    A solução vale para todos os                  t , ou somente para um intervalo restrito nas vizinhanças do ponto
           inicial?

Teorema: Se as funções                    p    e   q   são contínuas num intervalo aberto      I :  t,              que contém o

ponto     t  t0 ,    então existe uma única função                     y  t     que satisfaz à equação diferencial

y   p t  y  q t      para cada          t em I     e que também satisfaz à condição inicial      y t0   y0 , onde y0    é

um valor inicial arbitrário.
           O teorema afirma que dado um problema de valor inicial tem uma solução e também que a
problema tem somente uma solução. Em outra palavras, teorema assegura a existência e a unicidade da




                                                                                                                                 25
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 CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS




 solução do problema de valor inicial                y   p t  y  q t    e   y t0   y0 . Além disso, o teorema afirma que

 a solução existe em algum intervalo                 I    que contenha o ponto inicial          t0 , no qual os coeficientes p e q
 sejam contínuos. Isto é, a solução pode ser descontínua ou pode não existir, somente nos pontos onde
 pelo menos uma das funções              p       e   q    seja descontínua. Estes pontos podem ser identificados, muitas
 vezes, por simples inspeção.


 Exemplo


Ex.-11    Determine o intervalo no qual o problema de valor inicial                       ty   2 y  4t 2       e   y 1   2 , tem uma
          solução única. Determine essa solução.

Ex.-12    Achar a solução do problema de valor inicial                    y   2 ty  1    e    y 0   0,5 .
                                2    t
                                           s2
          Obs.:   ref t           e          ds      é a função erro, que foi extensamente tabelada e é considerada
                                    0


          uma função conhecida, dado um valor                     t , podem consultar uma tabela de valores de função erro,
          ou então lançar mão de um procedimento numérico.


          A seguir temos algumas das mais importantes propriedades das equações diferenciais lineares
 de primeira ordem e respectivas soluções.
     a)   Há uma solução geral, com uma constante arbitrária, que inclui todas as soluções da equação
          diferencial. Uma solução particular, que satisfaz a uma certa condição inicial, pode ser
          determinada pela escolha conveniente do valor da constante arbitrária.

                                                                                                  m   x   q x dx  c
     b)   Há uma expressão fechada para a solução, a equação                              y                                 ou a equação
                                                                                                         m x 
                  t
                      m s q s ds  y0
                  t0
           y                                    . Além disso, embora a expressão envolva duas integrações, é uma
                            m x 
          solução explícita para         y  t          e não uma equação defina               implicitamente.

     c)   Os possíveis pontos de descontinuidade, ou singularidades, da solução podem ser identificados
          (sem a resolução do problema) pela determinação dos pontos de descontinuidade dos
          coeficientes. Assim, se os coeficientes forem                            contínuos para todos os            t,   então a solução
          também existe e é contínua para todos os                    t


 Exercício

          Achar a solução geral da equação diferencial:

               1                                                                                              sen t 
 E-58.    y   y  sen t  , t  0                                           E-59.     t 2 y   3ty                , t0
               t                                                                                                t




                                                                                                                                        2
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     CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS




     E-60.     y   2 y  2e t  t                       E-61.    2 y  y  t 1


     RESPOSTAS


                         3           3           C         R - 61
     R - 58   y t       sen2t   cos2t  
                         2           4t          t
     R - 59
     R - 60

Bibliografia

BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de
   contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p.




                                                                                                    25
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 CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

                          Capítulo 3 – Equações Lineares de Segunda Ordem


 3.1 Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes


                                                                                                                            d2y
                   Uma equação diferencial ordinária de segunda ordem tem a forma                                                 f  dy  ,             onde     f   é
                                                                                                                            dt 2      t, y,
                                                                                                                                     
                                                                                                                                                
                                                                                                                                             dt 

         uma função conhecida. Dizemos que esta equação é linear quando a função                                                 f          é linear em   y   e suas

                                                                                                  dy
         derivadas,     isto    é,    quando          f      dy 
                                                                              g  t   p t        q t  y .        Neste           caso     a   equação      fica
                                                        t,y,
                                                       
                                                                 
                                                              dt 
                                                                                                  dt

         y    p t  y   q  t  y  g  t  . Uma         equação diferencial linear de segunda ordem é homogênea se o termo

         gt    for nulo para todo    t.
                   Vamos dirigir a atenção para as equações nas quais as funções                                         P, Q    e       R   são constantes. Neste

         caso a equação fica      ay    by   cy  0 .
                   A    equação        ar 2  br  cr  0                          é    a   equação       característica             da         equação   diferencial

         ay    by   cy  0 , y  c1e r1t  c 2 e r2t                    é uma solução esta equação diferencial.



 Exemplo

                                                                           
Ex.-13   Achar a solução geral da equação             y  7y  6y  0.
                                                                      
Ex.-14   Dado    y  5y  6y  0 , y                  2         e   y            3.
                                               0                       0 
         a) Ache a solução do problema de valor inicial.
         b) Faça o gráfico da função.




         c) Determine o ponto crítico.
         d) Descreva seu comportamento quando                        t   aumenta indefinidamente.

                                                                                                                                            1
Ex.-15   Achar a solução do problema de valor inicial                            4 y  8y  3y  0 , y               2     e    y               . Faça o gráfico da
                                                                                                              0                    0        2
         função e determine o ponto crítico. Descreva seu comportamento quando                                       t   aumenta.


                                                                                                                                                              24
ENGENHARIA                                                                               Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS




Exercícios

       Achar a solução geral da equação diferencial proposta:
                                                                                                         
     E-62.   y  2 y  3y  0                                                    E-66.   y  5y  0
                                                                                                             
     E-63.   y  3y  2y  0                                                     E-67.   4y  9y  0
                                                                                                         
     E-64.   6y  y  y  0                                                      E-68.   y  9y  9y  0
                                                                                                         
     E-65.   2 y  3y  y  0                                                    E-69.   y  2y  2y  0
              Determine a solução do problema de valor inicial dado. Desenhe o gráfico da solução e descreva
     seu comportamento quando                t   aumenta.
     E-70.   Corrigir                                                                                       
                                                                                 E-76.   y  8y  9 y  0 ,                   y 1            e
                                                                                                                               1
     E-71.   y  4 y  3y  0 ,                     y          2           e
                                                        0                                  
                                                                                         y  0.
                                                                                            1
             y              1 .
                 0                                                                              
                                                                                 E-77.   4y  y  0 ,                 y           1          e
                                                                                                                       2 
     E-72.   6y  5y  y  0 ,                      y          4           e
                                                        0                                  
                                                                                         y               1 .
                                                                                            2 
             y              0.
                 0                                                                                        
                                                                                 E-78.   y  5y  2y  0 ,                    y          1   e
                                                                                                                              0 
     E-73.   y  3y  0 , y                       2    e     y           3.
                                          0                      0                       
                                                                                         y              1.
                                                                                          0 
     E-74.   y  5y  3y  0 ,                      y          1           e
                                                        0 
                 
             y              0.
                 0 
                                
     E-75.   2y  y  4y  0,                       y          0           e
                                                        0 
                 
             y              1.
                 0 


     Respostas


                                                                                                                                              24
ENGENHARIA                                                                                                  Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

                    t                   3t
R - 62   y ce c e
         t    1               2

                    t                   2 t
R - 63   y ce c e
         t    1                   2

                     t                       t
                                         
                     2                       3
R - 64   y ce c e
         t    1                   2

                     t
                     2                   t
R - 65   y ce c e
         t    1                   2

                                5 t
R - 66   y c c e
         t    1           2

                     3t                          3t
                                             
                     2                           2
R - 67   y ce              c e
         t    1                   2

                     9 3 5                            9 3 5
                            t                                 t
                        2                                 2
R - 68   y ce                          c e
         t    1                                2

                    1 3  t                         1 3  t
R - 69   y ce                          c e
         t    1                                2

                t
R - 70   y e       ; quando             t                temos que        y  .
         t 

                5  t 1 3 t
R - 71   y       e  e ; quando t                                              temos que       y 0.
         t    2     2
                        t               t
                        3               2
R - 72   y  12e  8e                         ; quando            t       temos que       y   .
         t 
                            3t
R - 73   y  1  e                 ; quando               t          temos que       y  1 .
         t 

                                                     5 13                             5 13
                                                            t                                  t
                13  5 13                               2             13  5 13            2
R - 74   y               e                                                    e                  .
         t        26                                                    26
                                1 33                                 1 33
                                       t                                      t
                    2              4                    2                 4
R - 75   y            e                                  e                      .
         t        33                                  33
                 1 9t 9 9 t 1
R - 76   y        e         e ; quando t                                            temos que      y.
         t    10         10
                            t 2                        t2
               1              2          3              2
R - 77   y  e                          e                   ; quando      t         temos que      y   .
          t  2                         2
                                             3 33                                   3 33
                                                    t                                        t
               7  33                           2              7  33                   2
R - 78   y           e                                               e                         ; quando   t   temos que   y.
          t   2 33                                            2 33




                                                                                                                                      17
ENGENHARIA                                                                                                                            Prof. Luiz Elpídio M. Machado
 CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

 3.2 – Raízes complexas da equação característica


               A equação                ay    by   cy  0                 onde        a, b         e       c       são números reais. Se procurarmos

                                                                                rt
 soluções de                  y       como combinação de                   ce        , então       r    deve ser raiz da equação característica

  ar 2  br  cr  0 .                  Se as raízes          r    e   r       foram complexas temos que                                          r    i                    e      r    i
                                                               1           2                                                                          1                                 2

                                                                                                                                                         i  t                                i  t
 onde         e             são reais. As expressões correspondentes de                               y       são          y            e                         e   y            e                      .
                                                                                                                                  1t                                       2 t 

                                                                                                                                                                                      2 t
               Pelo cálculo direto, podemos mostrar que o wronskiano de                                                  u         e      v    é      W                   e                .
                                                                                                                                                           u ,v t 

               Assim, desde que                     0 , o wronskiano W                       não é zero, e assim                                    u     e   v    formam um conjunto

 fundamental de soluções. Portanto, se as raízes da equação forem números complexos                                                                                              i ,então a
                                                                                                                 t                                             t
 solução geral da equação                    ay    by   cy  0                    é   y  c e cost   c e sent  , onde c                                                                                e
                                                                                            t             1                                              2                                                  1

 c       são constantes arbitrárias.
     2

               Se          0         a função   y          é decrescente, se               0                a função                  y               é crescente e se                         0             a
                                                      t                                                                                     t 

 função        y          oscila de forma permanente.
                   t 



 Exemplo

                                                                     
Ex.-16         Achar a solução geral de                      y  y  y  0.
                                                              
Ex.-17         Achar a solução geral de                      y  9y  0 .
                                                                                                                                                                                                  
Ex.-18         Achar a solução do problema de valor inicial                                16 y  8 y  145 y  0 y                                                       2          e         y           1.
                                                                                                                                                                 0                                 0 



 Exercícios

               Achar a solução geral da equação diferencial:
                                                                                                                          
 E-79.         y  2y  2y  0                                                                 E-84.                4y  9y  0
                                                                                                                                         
 E-80.         y  2y  6y  0                                                                 E-85.                y  2 y  1,25 y  0
                                                                                                                                             
 E-81.         y  2y  8y  0                                                                 E-86.                9y  9y  4y  0
                                                                                                                                     
 E-82.         y  2y  2y  0                                                                 E-87.                y  y  1,25 y  0
                                                                                                                                         
 E-83.         y  6 y  13 y  0                                                              E-88.                y  4 y  6,25 y  0




                                                                                                                                                                                                              18
ENGENHARIA                                                                                                   Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

         Achar a solução do problema de valor inicial proposto:
                                                                   
E-89.    y  4y  0 , y                  0          e       y                1
                                 0                             0 
                                                                                
E-90.    y  4y  5y  0 , y                                 1 e y                            0
                                                 0                              0 
                                                                                        
E-91.    y  2y  5y  0 , y                                     0           e    y                  2
                                                                                     
                                                                                      
                                                 2                                    2

                                                                   
E-92.    y  y  0, y                    2          e       y                 4
                                                               
                                                                
                                3                              3

                                                                                            
E-93.    y  2 y  1,25 y  0 , y                                        3       e        y          1
                                                             0                               0 
                                                                                        
E-94.    y  2y  2y  0 , y                                     2           e        y               2
                                                                                         
                                                                                          
                                                 4                                        4




Respostas

                       t                             t
R - 79    y  c e cost   c e sent 
           t    1                          2


R - 80
                       t
                                 
          y  c e cos 5 t  c e sen 5 t
           t    1                                      2
                                                                 t
                                                                               
R - 81
                       t
                                  
          y  c e cos 7 t  c e sen 7 t
           t    1                                          2
                                                                         t
                                                                                    
                       t                                t
R - 82    y  c e cost   c e sent 
           t    1                              2

                       3t                                       3t
R - 83    y ce                cos2t   c e sen2t 
           t    1                                      2


                    3t                       3t 
R - 84    y  c cos                   c sen 
           t  1  2                    2    2
                  t t      t  t
R - 85    y  c e cos   c e sen 
           t  1    2 2        2
                       t                4t
                       3                3
R - 86    y ce c e
           t    1              2

                           t                                     t
                                                            
                               cost   c e sent 
                           2                                     2
R - 87    y ce
           t    1                               2


                       2 t        3t    2 t  3t 
R - 88    y ce                cos   c e sen 
           t    1               2 2         2
                  1
R - 89    y        sen2t  a oscilação é estacionária.
           t    2
                   2 t                          2 t
R - 90    y e             cost   2e sent  a oscilação é amortecida.
           t 
ENGENHARIA                                                                                               Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

                          
                     t
                               sen2t  a oscilação é crescente.
                          2
R - 91   y  e
          t 

R - 92                                 
         y  1  2 3 cost   1  2 3 sent 
          t 
                                                                         a oscilação é estacionária.

                         t                       t
                     
                                             5 2
                              cost          e sen t 
                         2
R - 93   y  3e                                                   a oscilação é amortecida.
          t                                2
                                                            
                             t                        t
                                        cost   2 e            sent  a oscilação é amortecida.
                                    4                        4
R - 94   y  2e
          t 



1.7 Bibliografia

BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 6.
    ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.
ENGENHARIA                                                                                                    Prof. Luiz Elpídio M. Machado
 CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS



                                                                            APLICAÇÃO


 Oscilações Mecânicas

                      Equação do movimento da massa è
                                                
                      mP  P k P                                  F
                                 t             t         t     t 
                      onde

                      m      é a massa em                kg
                                                                     N
                           é a viscosidade do meio
                                                                     ms
                                                                            N
                      k     é a constante elástica da mola
                                                                            m
                      F               força externa
                          t 
                      Condições iniciais
                                                                                              
                      P P                   posição inicial                       P P            velocidade inicial
                          0            0                                          0        0




 Exemplo

Ex.-19   Um corpo de massa 4 kg estica uma mola 5 cm. O corpo é deslocado 15 cm, na direção positiva e depois é
         solto. O corpo está em um meio que exerce uma resistência viscosa de 60N quando a sua velocidade é
         0,5m/s. Determine a função que modela o movimento.
         Resolução
         a) Coeficiente elástico da mola

         F  kd
           m

                                                                                           2
         mg  kd                         d  5cm  0,05m                     g  10 m s        m  4 kg
         4  10  k  0,05
         40  0,05k
         k  800 N m
         b) Coeficiente de viscosidade do meio

         F  v                          F  60N                    v  0,5 m s
           v                                 v

         60    0,5
         0,5   60
           120 N s m
         c) Equação diferencial
                                
         mP  P k P                                   F
               t               t             t     t 
ENGENHARIA                                                                                                   Prof. Luiz Elpídio M. Machado
 CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

                                             
          4 P  120 P  800 P                                                  0
                     t                   t                          t 
                                             
          4 P  120 P  800 P                                                   04
                     t                   t                          t 
                                   
          P  30 P  200 P                                              0
              t                   t                          t 
          d) Equação característica
                                   
          P  30 P  200 P                                              0
              t                   t                          t 

          r  10               e        r  20
           1                               2

          e) Equação posição
                                rt                     rt
                                1                          2
          P ce c e
              t           1                      2

                                10 t                          20t
          P ce                            c e
              t           1                          2

          d) Condições

          “O corpo é deslocado 15 cm”                                               P  15 cm  0,15 m
                                                                                     0 




Ex.-20    Um corpo de massa 10 kg provoca um deslocamento de 5cm em uma mola. Se o corpo for deslocado de 5cm
          e depois posto em movimento, com velocidade inicial, de 0,2m/s, determine a posição do corpo nos instantes
          posteriores.




 Exercícios

 E-95.   Um corpo de 2kg de massa estica 15cm uma mola. Se o corpo for puxado mais 10cm e depois liberado, se não
         houver resistência do ar, determine a sua posição em qualquer instante                          t.
 E-96.   Um corpo de massa 100g estica 5cm uma mola. Se o corpo for impulsionada, a partir do equilíbrio, com uma
         velocidade para baixo de 10cm/s, e se não houver resistência do ar, determinar a posição em qualquer instante
         t.
 E-97.   Um corpo, pesa 30N, estica em 8cm uma mola. Se o corpo for empurrado para cima, contraindo 3cm a mola, e
         depois for impulsionado para baixo,com velocidade de 0,8m/s, e se não houver resistência do ar, achar a sua
         posição em qualquer instante                                          t.
 E-98.   Um corpo pesando 16N estica 10cm uma mola. O corpo está ligado a um amortecedor viscoso, com constante
         de amortecimento 2Ns/m. Se o corpo for movimentado, da posição de equilíbrio, com velocidade para baixo de
         0,6m/s, achar a sua posição em qualquer instante                                        t.
 E-99.   Uma mola é esticada 10cm por uma força de 3N. Um corpo com massa de 2kg é pendurado na mola e também
         é ligado a um amortecedor viscoso que exerce uma força de 3N quando a velocidade for 5m/s. Se o corpo for
         puxado para baixo 5cm além da posição de equilíbrio, e receber uma velocidade inicial para baixo de 10m/s,
         determinar a sua posição em qualquer instante                                      t.
ENGENHARIA                                                                    Prof. Luiz Elpídio M. Machado
CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

Respostas


R - 95   P        0,1 cos8,16 t 
          t 

R - 96   P  0,0071 sen14,14 t 
          t 

R - 97   P  0,03 cos11,18 t   0,072 sen11,18 t 
          t 
R - 98
R - 99


Bibliografia

BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno.
    6.e. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.

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  • 1. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS – UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE DIVINÓPOLIS – FUNEDI INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA – INESP APOSTILA DE CÁLCULO IV EQUAÇÕES DIFERENCAIS ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Prof. Luiz Elpídio de Melo Machado Versão: 2010/2 1
  • 2. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PLANO DE ENSINO CURSO DISCIPLINA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Nº DE AULAS SEMANAIS ANO 2010 03 SEMESTRE 2º CARGA HORÁRIA PERÍODO 4º 54 UNIDADE ACADÊMICA INESP EMENTA Equações diferenciais de primeira e segunda ordem. Aplicação de equação diferencial em: cinemática, dinâmica, vibrações mecânicas, biologia, economia. OBJETIVOS Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de utilizar as técnicas de resolução das equações diferenciais para resolver problemas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I – Equações Diferenciais de Primeira Ordem 1.1 – Equações Lineares e Não-Lineares 1.2 – Equações de Variáreis Separadas 1.3 – Aplicações das Equações Lineares de Primeira Ordem 1.4 – Problemas de Mecânica 1.5 – Equações Exatas e Fatores Integrantes 1.6 – Equações Homogêneas 1.7 – Problemas e Aplicações Diversos 1.8 –Teorema da Existência e Unicidade 1.9 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem II – Equações Lineares de Segunda Ordem 2.1 – Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes 2.2 – Soluções Fundamentais das Equações Homogêneas Lineares 2.3 – Independência Linear 2.4 – Raízes Complexas da Equação Característica 2.5 – Raízes Repetidas; Redução de Ordem 2.6 – Método dos Coeficientes Independentes 2.7 – Método de Variação de Parâmetros 2.8 – Oscilações Mecânicas e Oscilações Elétricas 2.9 – Oscilações Forçadas MÉTODOS E RECURSOS DIDÁTICOS Aula expositiva, seguida de debates, exercícios de sondagem e fixação; Proposição de situações problemáticas, mediante condições explicativas para as possíveis soluções, pesquisa em livros e na www. Quadro negro, giz, internet, e-mail. Atividades extra-classe: - Resolução de listas de exercícios de fixação e aprofundamento. - Resolução virtual de exercícios em editor de texto matemático. AVALIAÇÃO Serão distribuídos 100 créditos no decorrer do semestre através de trabalhos e provas. Serão distribuídos 30 pontos no primeiro bimestre letivo, 35 pontos no segundo bimestre e 35 pontos no terceiro bimestre. As recuperações das avaliações ocorrerão ao longo do semestre. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 2
  • 3. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS BOYCE, W. E. & PRIMA, R. C. Di. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999 LEITHOLD, L. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Ed. Harbra, 1994. ABUNAHMAN, Sergio. Equações diferenciais. 2.ed. Rio de Janeiro: Erica, 1993. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR SIMMIONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: MacGraw-Hill, 1987. STEWART, James. Cálculo. 5. São Paulo: Thomson, 2006. PISKUNOV, N.. Cálculo diferencial e integral. 7. ed. Porto: Lopes da Silva, 1984. GOLDSTEIN, Larry J.. LAY, David C. e SCHNEIDER, David I.. Matemática aplicada: economia, administração e contabilidade. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. LANG, Serge. Cálculo. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1975. 3
  • 4. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 1 – Equações Diferenciais Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função sua variável e suas derivadas, ou seja 1.1 – Equações de Variáveis Separáveis A equação geral de primeira ordem assume a forma dy  f x, y  . (Eq.1) dx Se a Eq.(1) é não-linear, isto é , se f não é uma função linear da variável dependente y , não existe um método geral para resolver a equação. Consideremos uma subclasse das equações de primeira ordem para as quais um processo direto de integração pode ser usado. Em primeiro lugar, reescrevemos a Eq.(1) dy  f x, y  dx dy M  x , y  dy dy   N x, y   M  x, y   M  x, y   N  x, y   0 , N x, y   0 dx N  x , y  dx dx dy  M  x, y   N x, y  0 Eq.(2) dx Caso M seja uma função apenas de x e N seja uma função apenas de y , a Eq.(2) se torna dy  M  x   N y  0 Eq.(3) dx Uma equação deste tipo é dita separável porque é escrita na forma diferencial  M  x dx  N  y dy  0 N  y dy  M  x dx  N y dy   M  x dx Exemplos 2 dy x Ex.-1 Resolva a equação  . dx 1  y 2 2 dy x  dx 1  y 2 1  y dy  x dx 2 2  1  y dy   x dx 2 2 3 3 y x 3 3 y  C ou 3y  y  x  C 3 3 4
  • 5. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS dy 3x 2  4 x  2 Ex.-2 Achar a solução do problema de valor inicial  , y 0   1 . Determine y em função de dx 2 y  1 x. 2 dy 3 x  4 x  2  dx 2 y  1  2 y  1dy   3x  2  4 x  2 dx  y2  x 3 x 2 2  y  3  4  2x  C  2  3 2   2 3 2 y  2 y  x  2x  2x  C como y 0    1 então  12  2   1  03  2  02  2  0  C 1 2  C  C  3 2 3 2 y  2 y  x  2x  2x  3 2 3 2 y  2 y  1  x  2x  2 x  3  1  y  1  x 3  2 x 2  2 x  4 3 2 y  1  x  2 x  2x  4 3 2 3 2 y  1  x  2x  2 x  4 ou y  1  x  2x  2 x  4 1 2 dy y cos x  Ex.-3 Resolver o problema de valor inicial  , y 0   1 . dx 1  2 y 2 2 2 dy y cos x  1 2y 1 2y dy  cos x dx  dy  cos x dx  dx 1  2 y 2  y  y   1 2y2  1  y 2   dy  cos x dx    2 y dy  cos x dx  ln x  2   sen x   C  y  y    y     2 2 ln y  y  sen x   C  1 então ln 1  1  sen0  C  0  1  0  C  C  1 2 como y 0 2 ln y  y  sen x   1 Exercícios Resolva a equação diferencial proposta: x2 x2 E-1. y  E-2. y  y  y 1  x3  5
  • 6. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E-3. y  y 2 sen x   0 dy x  e  x E-7.  dx y  e y 3x 2  1 E-4. y  3  2y dy x2 E-8.  E-5. y  cos 2  x  cos 2 2 y  dx 1  y 2 E-6.  xy  1  y 2  12 Determine a solução do problema de valor inicial dado: E-9. y  1  2 x  y 2 e y 0    1 . E-17. y   x x 1 2  e y 0    1 . 6 3 2 4y y  1  2 x  y 1    2 . E-10. e 3x 2  e x y E-18. y  e y 0   1 . 2y  5 E-11. xdx  ye  x dy  0 e y 0   1 . e x  e x yxsen x  E-19. y  e y 0   1 . E-12. y  e y 3 3  4y 2 2 y 0  E-20. sen2 x dx  cos3 y dy  0 e 2 dr r  E-13.  e r 1   2. y    d    3  2  2x E-14. y  e y 0    2 . y  x2 y E-21.  y2 1  x2 12 dy  arcsen x dx e E-15. y  xy 3 1  x 2   1 2 e y 0   1 . y 0   0 2x E-16. y  e y 2   0 . 1 2y Respostas y 2 x3 R-1  c ou 3 y 2  2x 3  c 2 3 y2 1 R-2  ln 1  x 3  c ou 3 y 2  2 ln 1  x 3  c 2 3 1 1 1 R-3   cos x   c ou  c  cos x  ou y  y y c  cos x  R-4 3y  y 2  x3  x  c 1 1 x R-5 tg 2 y   sen2 x    C ou 2tg 2 y   sen2 x   2 x  K 2 4 2 R-6 6
  • 7. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS y2 x2 R-7  ey   e x  c ou y 2  2e y  x 2  2e  x  c 2 2 y 3 x3 R-8 y  c ou 3y  y 3  x3  c 3 3 1 2 1 2 R-9   xx 6 ou  x  x6 y y 2 y 2 2 2 R - 10  xx 2 ou y  2x  2 x  4 2 2 y x x 1 2 x x R - 11   xe  e  ou y  2 xe  2e  1 2 2 2 y 9  4 ln 3 R - 12 2 ln y    x cos x   sen x   ou 2 2 2 y 2 ln y    x cos x   sen x   6,69 2 1 1 R - 13   ln( ) r 2 2 R - 14 y 2 2  ln 1  x  2   ou 2  y  2 ln 1  x  4 2  1  x  1 2 2 3 1 2 3 1 2 R - 15  2 1  ou  2  1 x  ou 2  3  2 1 x 2y 2 2y 2 y 2 2 R - 16 y y  x 4 4 2 2 4 x x 1 2 x 1 R - 17 y    ou y  4 2 4 2 2 3 x R - 18 y  5y  x  e  3 2 x x R - 19 2 y  3 y  e e 7 sen3 y  cos2 x  1 R - 20   ou 2sen3 y   3 cos2 x   3 3 2 2 R - 21 Bibliografia BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p. 3
  • 8. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 2 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem As equações diferenciais de primeira ordem dy  f x, y  (1) dx onde f é uma função de duas variáveis. Qualquer função diferenciável y  g x  que satisfaça a esta condição para todos os valores de x em um certo intervalo é considerada como uma solução; nosso objetivo é determinar as essas soluções existem e, em caso afirmativo, desenvolver métodos para encontrá-las. Infelizmente, para uma função arbitrária f , não existe nenhum método geral para revolver a equação em termos de funções elementares. Assim, vamos descrever vários métodos, cada um dos quais se aplica a uma subclasse das equações de primeira ordem. As subclasses mais importantes são as das equações lineares e das equações separáveis. Se a função f da Eq. (1) depende linearmente da variável dependente y, então a equação pode ser escrita na forma dy  p x  y  q x   y  p x  y  q x  , (2) dx que é chamada equação diferencial linear de primeira ordem. 2.1 – Para p x  e q x  constantes A equação mais geral de primeira ordem com coeficientes constantes é dy  a yb (3) dx onde a e b são constantes a   p x e b  q x   . dy   a y  b dividindo o segundo membro por a , temos dx  dy  b  dy dx  b  a  y   para a  0 . Assim temos,  a  para y  dx  a  y b a  a d ln y  b a   a recordando que d ln u  k   1  . Então, ln y  b a  ax  C0 dx  dx uk onde C0 é uma constante arbitrária. Tomando as exponenciais dos dois membros, ln y b a b e  e axC0  y  b a  e ax e C0  y   eC0 e ax , para c  eC0 temos: a b y  ceax . (4) a O comportamento geral da solução (3) depende principalmente do sinal do parâmetro a. Se a  0 , então e ax  0 quando x   , e os gráficos de todas as soluções tendem para a assíntota 4
  • 9. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS b ax horizontal y . Por outro lado, se a  0 , e   quando x   , e os gráficos das soluções a b divergem da reta y . a b A solução constante y é freqüentemente chamada de solução de equilíbrio, já que a dy é sempre zero para esta solução. dx Exemplo dy Ex.-4 Resolva a equação diferencial  2y  6 dx dy dy dy dy  2y  6   2 y  6   2 y  3   2dx dx dx dx  y  3 dy   y  3  2 dx  ln y  3  2 x  C ln y  3 e  e  2 x C  y  3  e 2 x e C  y  3  e C e  2 x  y  3  ke 2 x y  3  ke 2 x dy Ex.-5 Resolva a equação diferencial  2y  8 usando a solução da Eq. (4) dx dy dy Escrevendo na forma da Eq. (3)  2y  8   2 y  8 assim temos a  2 e dx dx b  8 , então: 8 y  ce 2 x  y  4  ce2 x 2 Ex.-6 Resolva a equação diferencial y  4 y  4 . a) Determine a função que passa pelo ponto  1, 0  . b) Determine a função que passa pelo ponto  0 , 1  . c) Verifique se as funções satisfazem a equação. Exercício Resolva a equação diferencial: E-22. y  6 y  18  0 E-24. y  y  2  0 E-23. y  y  3  0 E-25. y  2y  3  0 5
  • 10. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E-26. y  3 y  6 E-29. 3y  y  6 E-27. 2 y  4 y  3 E-30.  y  y  1 E-28. 2 y  y  2 E-31. y  2 y  3 Resolva a equação diferencial e determine a função que passa pelo ponto dado: E-32. y  2 y  10  0  0 ,3  e E-35. y  2 y  3 e 1, 0  E-33. y  3y  9 e  0 , 2  E-36.  y  3 y  15 e  2 , 0  E-34. y  y  2  0 e  0 ,1  E-37.  y  5 y  5 e  3 , 0  Respostas R - 22 y t   3  ke6t R - 29 y t   6  ket 3 R - 23 y t   3  ket R - 30 y t   1  ket R - 24 y t   2  ket R - 31 y t   3  ke 2t 2 3 R - 25 y t    ke 2t R - 32 2 R - 33 3 t R - 26 y t   2  ke R - 34 R - 35 3 R - 27 y t    ke 2t R - 36 4 R - 37 R - 28 y t   2  ke t 2 2.2 – Fator Integrante O objetivo é multiplicar a equação diferencial (2) por um fator integrante apropriado e assim coloca-lo em uma forma integrável. Para determinar esse fator integrante, primeiro multiplicamos a Eq. (2) por uma função m x  , ainda indeterminada. Temos então y  p x  y  q x    m x . (5) m x  y  m x  p x  y  m x q x  Devemos reconhecer o lado esquerdo da Eq.(5) como a derivada de alguma função. O fato de que existem dois termos e um dos termos é m x  y sugere que o lado esquerdo da Eq.(5) pode ser a derivada do produto m x  y . Para que isto seja verdade, o segundo termo do lado esquerdo da Eq.(5), m x  p x  y , deve ser igual a m x  y . Isto, por sua vez, significa que m x  deve satisfazer à equação diferencial m x   m x  p x  . (6) 6
  • 11. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Se admitirmos, temporariamente, que m x  é positiva, podemos escrever a Eq.(6) como m x  d   m x   p x   dx   ln m x   p x   para m x   0 . (7)   Integrando os dois termos, tem-se: ln m x    p x  dx  C0 . ln m x   p x  dx  C0 e e p x  dxC0 m x   e  . (8) Observe que m x  é positiva para todo x conforme admitido na Eq.(7). Depois de determinarmos o fator integrante m x  , voltamos à Eq.(5). Como m x  satisfaz à Eq.(6), a Eq.(5) se reduz a d dx   m x  y  m x q x  . (9) Integrando ambos os membros da Eq.(9), obtemos: m x  y   m x q x dx  c  m x q x dx  c y . (10) m x  Uma vez que y representa qualquer solução da Eq.(2), concluímos que toda solução da Eq.(2) está incluída no segundo membro da Eq.(10). Portanto, esta expressão é uma solução geral da Eq.(2). Observe que para se encontrar a solução dada pela Eq.(10) são necessárias duas integrações, a primeira para ter m x  pela Eq.(8) e a segunda para determinar y pela Eq.(10). Nota-se primeiramente, que antes de determinar o fator integrante m x  pela Eq.(8) é necessário ter certeza de que a equação diferencial tem exatamente a forma da Eq.(2); em particular o coeficiente de y deve ser a unidade. De outra forma, a função p x  usada para o cálculo de m x  será incorreta. Em segundo lugar, depois de encontrar m x  e de multiplicar a Eq.(2) pelo fator integrante é preciso verificar que os termos envolvendo y e y são, de fato, a derivada de m x  como devem ser. Esta verificação proporciona certeza sobre a correção de m x  . Como é natural, uma vez que se tenha encontrado a solução y, é possível também verificar a sua correção, substituindo-a na equação diferencial. A interpretação geométrica da Eq. (10) é a de uma família de curvas, uma para cada valor de c. Estas curvas são as curvas integrais da equação diferencial. Muitas vezes é importante selecionar um membro da família de curvas integrais, o que faz pela identificação de um ponto particular  x0 , y0  contido no gráfico da solução. Esta exigência se escreve, usualmente, como 2
  • 12. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS y x0   y0 , (11) e é conhecida como uma condição inicial. Uma equação diferencial de primeira ordem, como a Eq.(1) ou Eq. (2), e uma condição inicial, como a Eq. (11), constituem, em conjunto, um problema de valor inicial. Exemplo Ex.-7 Determine a solução geral da equação diferencial ty  3 y  4t 2 . 2 ty  3 y  4t  t 2 t 3 4t y  y t t t 3 y  y  4t t p  t  y Ex.-8 Determine a solução do problema de valor inicial y   e x e y 0    1 . 2 Ex.-9 Achar a solução do problema de valor inicial y  2ty  t e y 0   0 . Ex.-10 Achar a solução do problema de valor inicial y  2 y  t e y 0   0 . Exercício Determine a solução geral para a equação diferencial y  3 y  t  e 2 t 2 E-38. E-44. y  2 ty  2 te t E-39. y  2 y  t 2 e2t E-45. 1  t y 2   4 ty  1  t 2  2 E-40. y  y  t e2t  1 E-46. 2 y  y  3t 1 E-41. y  y  3 cos2 t  , t  0 E-47. ty  y  t 2e t t 2 t E-42. y  2 y  3 et E-48. y  3 y  te E-43. ty  2 y  sen t  , t  0 E-49. 2 y  y  3t 2 Ache a solução do problema de valor inicial proposto E-50. y  y  2 te 2 t , y 0   1 2 cost  E-53. y  y  2 , y    0 , t  0 t t E-51. y  2 y  2 te 2 t , y 1   0 E-54. y  2 y  e 2 t , y 0   2 1 E-52. ty  2 y  t 2  t  1 , y 1   , E-55. ty  2 y  sent  , y    1 2    2  t0 3
  • 13. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E-56. t 3 y  4 t 2 y  e  t , y 1   0 E-57. ty  t  1 y  t , y ln 2   1 Respostas t 1 2 t 3 t C R - 38 y    e  Ce R - 46 y  3t  6  t 2 t  3 9 t  e 3 2t 2 t t t e 2t R - 47 y  t e  te  Ct R - 39 y   Ce t  t  3 2 t 2 t 3t te e 2t t 2t R - 48 y  te e  Ce R - 40 y    1  Ce t  t  3 9 2 C 2 4 C R - 49 y t2  R - 41 y  sen2t   cos2t   t  t te t t  3 9t t R - 50 R - 51 t 2t R - 42 y  3e  Ce R - 52 t  R - 53 1 1 C R - 54 R - 43 y   cost   2 sent   2 t  t t t R - 55 3 R - 56 t C R - 57 R - 44 y  2t t  e arctg t   C R - 45 y  t  1  t  2 2 2.3 – Discussão sobre as Equações Lineares Já foi visto que achar soluções dos problemas de valor inicial, com equações lineares de primeira ordem, é possível mediante o fator integrante para transformar a equação diferencial numa forma integrável. Agora vamos analisar algumas questões de natureza geral que são: a) Os problemas de valor inicial mencionados têm sempre uma solução? b) Podem ter mais de uma solução? c) A solução vale para todos os t , ou somente para um intervalo restrito nas vizinhanças do ponto inicial? Teorema: Se as funções p e q são contínuas num intervalo aberto I :  t, que contém o ponto t  t0 , então existe uma única função y  t  que satisfaz à equação diferencial y  p t  y  q t  para cada t em I e que também satisfaz à condição inicial y t0   y0 , onde y0 é um valor inicial arbitrário. O teorema afirma que dado um problema de valor inicial tem uma solução e também que a problema tem somente uma solução. Em outra palavras, teorema assegura a existência e a unicidade da 25
  • 14. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS solução do problema de valor inicial y  p t  y  q t  e y t0   y0 . Além disso, o teorema afirma que a solução existe em algum intervalo I que contenha o ponto inicial t0 , no qual os coeficientes p e q sejam contínuos. Isto é, a solução pode ser descontínua ou pode não existir, somente nos pontos onde pelo menos uma das funções p e q seja descontínua. Estes pontos podem ser identificados, muitas vezes, por simples inspeção. Exemplo Ex.-11 Determine o intervalo no qual o problema de valor inicial ty  2 y  4t 2 e y 1   2 , tem uma solução única. Determine essa solução. Ex.-12 Achar a solução do problema de valor inicial y  2 ty  1 e y 0   0,5 . 2 t  s2 Obs.: ref t   e ds é a função erro, que foi extensamente tabelada e é considerada  0 uma função conhecida, dado um valor t , podem consultar uma tabela de valores de função erro, ou então lançar mão de um procedimento numérico. A seguir temos algumas das mais importantes propriedades das equações diferenciais lineares de primeira ordem e respectivas soluções. a) Há uma solução geral, com uma constante arbitrária, que inclui todas as soluções da equação diferencial. Uma solução particular, que satisfaz a uma certa condição inicial, pode ser determinada pela escolha conveniente do valor da constante arbitrária.  m x q x dx  c b) Há uma expressão fechada para a solução, a equação y ou a equação m x  t  m s q s ds  y0 t0 y . Além disso, embora a expressão envolva duas integrações, é uma m x  solução explícita para y  t  e não uma equação defina  implicitamente. c) Os possíveis pontos de descontinuidade, ou singularidades, da solução podem ser identificados (sem a resolução do problema) pela determinação dos pontos de descontinuidade dos coeficientes. Assim, se os coeficientes forem contínuos para todos os t, então a solução também existe e é contínua para todos os t Exercício Achar a solução geral da equação diferencial: 1 sen t  E-58. y  y  sen t  , t  0 E-59. t 2 y  3ty  , t0 t t 2
  • 15. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E-60. y  2 y  2e t  t E-61. 2 y  y  t 1 RESPOSTAS 3 3 C R - 61 R - 58 y t   sen2t   cos2t   2 4t t R - 59 R - 60 Bibliografia BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p. 25
  • 16. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Capítulo 3 – Equações Lineares de Segunda Ordem 3.1 Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes d2y Uma equação diferencial ordinária de segunda ordem tem a forma  f  dy  , onde f é dt 2  t, y,   dt  uma função conhecida. Dizemos que esta equação é linear quando a função f é linear em y e suas dy derivadas, isto é, quando f dy   g  t   p t   q t  y . Neste caso a equação fica  t,y,   dt  dt y  p t  y  q  t  y  g  t  . Uma equação diferencial linear de segunda ordem é homogênea se o termo gt  for nulo para todo t. Vamos dirigir a atenção para as equações nas quais as funções P, Q e R são constantes. Neste caso a equação fica ay  by  cy  0 . A equação ar 2  br  cr  0 é a equação característica da equação diferencial ay  by  cy  0 , y  c1e r1t  c 2 e r2t é uma solução esta equação diferencial. Exemplo Ex.-13 Achar a solução geral da equação y  7y  6y  0. Ex.-14 Dado y  5y  6y  0 , y 2 e y  3. 0  0  a) Ache a solução do problema de valor inicial. b) Faça o gráfico da função. c) Determine o ponto crítico. d) Descreva seu comportamento quando t aumenta indefinidamente. 1 Ex.-15 Achar a solução do problema de valor inicial 4 y  8y  3y  0 , y 2 e y  . Faça o gráfico da 0  0  2 função e determine o ponto crítico. Descreva seu comportamento quando t aumenta. 24
  • 17. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Exercícios Achar a solução geral da equação diferencial proposta: E-62. y  2 y  3y  0 E-66. y  5y  0 E-63. y  3y  2y  0 E-67. 4y  9y  0 E-64. 6y  y  y  0 E-68. y  9y  9y  0 E-65. 2 y  3y  y  0 E-69. y  2y  2y  0 Determine a solução do problema de valor inicial dado. Desenhe o gráfico da solução e descreva seu comportamento quando t aumenta. E-70. Corrigir E-76. y  8y  9 y  0 , y 1 e 1 E-71. y  4 y  3y  0 , y 2 e 0  y  0. 1 y  1 . 0  E-77. 4y  y  0 , y 1 e 2  E-72. 6y  5y  y  0 , y 4 e 0  y  1 . 2  y  0. 0  E-78. y  5y  2y  0 , y 1 e 0  E-73. y  3y  0 , y  2 e y  3. 0  0  y  1. 0  E-74. y  5y  3y  0 , y 1 e 0  y  0. 0  E-75. 2y  y  4y  0, y 0 e 0  y  1. 0  Respostas 24
  • 18. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS t 3t R - 62 y ce c e t  1 2 t 2 t R - 63 y ce c e t  1 2 t t  2 3 R - 64 y ce c e t  1 2 t 2 t R - 65 y ce c e t  1 2 5 t R - 66 y c c e t  1 2 3t 3t  2 2 R - 67 y ce c e t  1 2 9 3 5 9 3 5 t t 2 2 R - 68 y ce c e t  1 2 1 3  t 1 3  t R - 69 y ce c e t  1 2 t R - 70 y e ; quando t temos que y  . t  5  t 1 3 t R - 71 y  e  e ; quando t   temos que y 0. t  2 2 t t 3 2 R - 72 y  12e  8e ; quando t temos que y   . t  3t R - 73 y  1  e ; quando t temos que y  1 . t  5 13 5 13 t t 13  5 13 2 13  5 13 2 R - 74 y  e  e . t  26 26 1 33 1 33 t t 2 4 2 4 R - 75 y  e  e . t  33 33 1 9t 9 9 t 1 R - 76 y  e  e ; quando t   temos que y. t  10 10 t 2 t2 1 2 3  2 R - 77 y  e  e ; quando t temos que y   . t  2 2 3 33 3 33 t t 7  33 2  7  33 2 R - 78 y  e  e ; quando t temos que y. t  2 33 2 33 17
  • 19. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 3.2 – Raízes complexas da equação característica A equação ay  by  cy  0 onde a, b e c são números reais. Se procurarmos rt soluções de y como combinação de ce , então r deve ser raiz da equação característica ar 2  br  cr  0 . Se as raízes r e r foram complexas temos que r    i e r    i 1 2 1 2    i  t  i  t onde  e  são reais. As expressões correspondentes de y são y e e y e . 1t  2 t  2 t Pelo cálculo direto, podemos mostrar que o wronskiano de u e v é W  e . u ,v t  Assim, desde que   0 , o wronskiano W não é zero, e assim u e v formam um conjunto fundamental de soluções. Portanto, se as raízes da equação forem números complexos   i ,então a t t solução geral da equação ay  by  cy  0 é y  c e cost   c e sent  , onde c e t  1 2 1 c são constantes arbitrárias. 2 Se  0 a função y é decrescente, se  0 a função y é crescente e se  0 a t  t  função y oscila de forma permanente. t  Exemplo Ex.-16 Achar a solução geral de y  y  y  0. Ex.-17 Achar a solução geral de y  9y  0 . Ex.-18 Achar a solução do problema de valor inicial 16 y  8 y  145 y  0 y  2 e y  1. 0  0  Exercícios Achar a solução geral da equação diferencial: E-79. y  2y  2y  0 E-84. 4y  9y  0 E-80. y  2y  6y  0 E-85. y  2 y  1,25 y  0 E-81. y  2y  8y  0 E-86. 9y  9y  4y  0 E-82. y  2y  2y  0 E-87. y  y  1,25 y  0 E-83. y  6 y  13 y  0 E-88. y  4 y  6,25 y  0 18
  • 20. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Achar a solução do problema de valor inicial proposto: E-89. y  4y  0 , y 0 e y 1 0  0  E-90. y  4y  5y  0 , y 1 e y 0 0  0  E-91. y  2y  5y  0 , y 0 e y 2         2  2 E-92. y  y  0, y 2 e y  4         3 3 E-93. y  2 y  1,25 y  0 , y 3 e y 1 0 0  E-94. y  2y  2y  0 , y 2 e y  2         4  4 Respostas t t R - 79 y  c e cost   c e sent  t  1 2 R - 80 t   y  c e cos 5 t  c e sen 5 t t  1 2 t   R - 81 t   y  c e cos 7 t  c e sen 7 t t  1 2 t   t t R - 82 y  c e cost   c e sent  t  1 2 3t 3t R - 83 y ce cos2t   c e sen2t  t  1 2  3t   3t  R - 84 y  c cos   c sen  t  1 2  2  2 t t t t R - 85 y  c e cos   c e sen  t  1 2 2 2 t 4t 3 3 R - 86 y ce c e t  1 2 t t   cost   c e sent  2 2 R - 87 y ce t  1 2 2 t  3t  2 t  3t  R - 88 y ce cos   c e sen  t  1 2 2 2 1 R - 89 y  sen2t  a oscilação é estacionária. t  2 2 t 2 t R - 90 y e cost   2e sent  a oscilação é amortecida. t 
  • 21. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS  t sen2t  a oscilação é crescente. 2 R - 91 y  e t  R - 92   y  1  2 3 cost   1  2 3 sent  t    a oscilação é estacionária. t t  5 2 cost   e sen t  2 R - 93 y  3e a oscilação é amortecida. t  2   t  t cost   2 e sent  a oscilação é amortecida. 4 4 R - 94 y  2e t  1.7 Bibliografia BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.
  • 22. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICAÇÃO Oscilações Mecânicas Equação do movimento da massa è mP  P k P F t  t  t  t  onde m é a massa em kg N  é a viscosidade do meio ms N k é a constante elástica da mola m F força externa t  Condições iniciais P P posição inicial P P velocidade inicial 0  0 0  0 Exemplo Ex.-19 Um corpo de massa 4 kg estica uma mola 5 cm. O corpo é deslocado 15 cm, na direção positiva e depois é solto. O corpo está em um meio que exerce uma resistência viscosa de 60N quando a sua velocidade é 0,5m/s. Determine a função que modela o movimento. Resolução a) Coeficiente elástico da mola F  kd m 2 mg  kd d  5cm  0,05m g  10 m s m  4 kg 4  10  k  0,05 40  0,05k k  800 N m b) Coeficiente de viscosidade do meio F  v F  60N v  0,5 m s v v 60    0,5 0,5   60   120 N s m c) Equação diferencial mP  P k P F t  t  t  t 
  • 23. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 4 P  120 P  800 P 0 t  t  t  4 P  120 P  800 P  04 t  t  t  P  30 P  200 P 0 t  t  t  d) Equação característica P  30 P  200 P 0 t  t  t  r  10 e r  20 1 2 e) Equação posição rt rt 1 2 P ce c e t  1 2 10 t 20t P ce c e t  1 2 d) Condições “O corpo é deslocado 15 cm” P  15 cm  0,15 m 0  Ex.-20 Um corpo de massa 10 kg provoca um deslocamento de 5cm em uma mola. Se o corpo for deslocado de 5cm e depois posto em movimento, com velocidade inicial, de 0,2m/s, determine a posição do corpo nos instantes posteriores. Exercícios E-95. Um corpo de 2kg de massa estica 15cm uma mola. Se o corpo for puxado mais 10cm e depois liberado, se não houver resistência do ar, determine a sua posição em qualquer instante t. E-96. Um corpo de massa 100g estica 5cm uma mola. Se o corpo for impulsionada, a partir do equilíbrio, com uma velocidade para baixo de 10cm/s, e se não houver resistência do ar, determinar a posição em qualquer instante t. E-97. Um corpo, pesa 30N, estica em 8cm uma mola. Se o corpo for empurrado para cima, contraindo 3cm a mola, e depois for impulsionado para baixo,com velocidade de 0,8m/s, e se não houver resistência do ar, achar a sua posição em qualquer instante t. E-98. Um corpo pesando 16N estica 10cm uma mola. O corpo está ligado a um amortecedor viscoso, com constante de amortecimento 2Ns/m. Se o corpo for movimentado, da posição de equilíbrio, com velocidade para baixo de 0,6m/s, achar a sua posição em qualquer instante t. E-99. Uma mola é esticada 10cm por uma força de 3N. Um corpo com massa de 2kg é pendurado na mola e também é ligado a um amortecedor viscoso que exerce uma força de 3N quando a velocidade for 5m/s. Se o corpo for puxado para baixo 5cm além da posição de equilíbrio, e receber uma velocidade inicial para baixo de 10m/s, determinar a sua posição em qualquer instante t.
  • 24. ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Respostas R - 95 P  0,1 cos8,16 t  t  R - 96 P  0,0071 sen14,14 t  t  R - 97 P  0,03 cos11,18 t   0,072 sen11,18 t  t  R - 98 R - 99 Bibliografia BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 6.e. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.