O conto "Esaú e Jacó" de Machado de Assis publicado em 1904 usa alegorias para discutir de forma sutil a política brasileira da época, embora o autor fosse visto como apolítico. A obra sugere segredos sobre a alma humana mais do que declará-los diretamente e faz o leitor refletir sobre a posição política do escritor.

1. FOCCA – FACULDADE DE OLINDA
Grupo: Allana Figueredo, Inaldo Bento e Tatiane Patrícia.
Professora: Elizabeth Carvalho.
Disciplina: Literatura Brasileira.

3. Isaac Blessing Jacob, Govert Flinck, c. 1638 (Pintor Alemão)

4.  Título: Esaú e Jacó
 Autor: Machado de Assis
 Ano de publicação: 1904

8.  Numa época em que os Realistas se desdobravam em detalhes
grosseiros, Machado preferia sugerir a declarar. Olhando a natureza
como um míope, ele, em compensação, devassa e penetra a alma dos
homens, para aí sim, exibi-la em opulência de detalhes.
 Como diz José Barreto Filho em seu livro Introdução à obra de
Machado de Assis , “Machado nos quis dizer um segredo, mas o fez
com tanta reserva que não pôde formular talvez, nem para si mesmo”.
 O livro possui uma particularidade: faz refletir a posição política de um
homem tido como alheio a movimentos de tal natureza. Acusado de
indiferente, frio e inteiramente desligado das paixões políticas, Machado
de Assis, nesta obra, discute e analisa uma das mais importantes
épocas da política brasileira.