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2014 - 5/6 - nº 111
Nós protegemos os
recursos naturais.
E você?
Cuidar do Planeta é responsabilidade de todos.
Conte com a nossa parceria!
Ao realizar a coleta e o rerrefino do óleo lubrificante usado* dos veículos e indústrias
em todo país, transformando o óleo usado em óleo novo, a Lwart Lubrificantes
assume sua responsabilidade na preservação do meio ambiente, evitando a emissão
de gases de efeito estufa e a contaminação do solo e dos mananciais.
O óleo lubrificante usado só tem um
destino legal e ecologicamente correto:
a coletaeorerrefino
Solicite
a Coleta
pelo site: www.lwartlubrificantes.com.br
ou Disque Coleta: 0800 701 0088
*Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deve ter o rerrefino como destinação final segundo resolução Conama 362/2005.
avanticom
Índice
05	 Sindilub em Ação
O poder da comunicação
06	 Meio Ambiente
Criatividade a serviço do meio ambiente
08	 Legislação
Contribuição Sindical Patronal,
obrigatória por Lei
09	 Sindilub em Ação
Negociações Coletivas de Trabalho SP
2014/2015
10	Mercado
Mercado de aditivos aftermarket
12	 Capa
Sindilub em Minas Gerais
16	Varejo
Óleo Certo orienta consumidor
17	 Evento
Lançamento do Plano de Resíduos
Sólidos de SP
18	 Produto
O meio ambiente agradece
19	 Meio Ambiente
Paraíba assina Termo de Compromisso
para coleta e reciclagem de OLUC
20	 Entrevista
Evolução do sistema de lubrificação
21	 Fique por Dentro
Eleição na CNC
22	 Evento
Combustíveis mais eficientes e menos
emissões: o papel dos lubrificantes
23	 Agenda
Simepetro realizará Feilub
24	 Entrevista
Prevenção de incêndio
26	 Sindilub em Ação
Para curtir o Sindilub no Facebook
facebook.com/sindilub
3sindilub2014
Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas
Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho
Diretor Secretário: Fabiano Grassi
Diretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. Carvalho
Diretor Social: Antonio da Silva Dourado
Diretor Executivo: Ruy Ricci
Coordenadora: Ana Leme – (11) 3644-3440
Jornalista Responsável: Ana Azevedo – MTB 22.242
Editoração: iPressnet – www.ipressnet.com.br
Impressão: Hawaii Gráfica e Editora
Capa: Shutterstock
2014 - 5/6 - nº 111
Rua Tripoli, 92 – Conjunto 82
V. Leopoldina – São Paulo – SP – 05303-020
Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640
www.sindilub.org.br / sindilub@sindilub.org.br
Foto:Divulgação
Expediente
As matérias são de responsabilidade de seus autores e
não representam necessariamente opinião da revista.
Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos
anúncios publicados. É proibida reprodução de qual-
quer matéria e imagem sem nossa prévia autorização.
Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do
Comércio de Lubrificantes – SINDILUB
Caros leitores,
“A associação sindical é de formação
espontânea. Nasce, por assim dizer,
diretamente dos fatos.
Os que exercem a mesma empresa,
ou trabalham sob condições idênticas,
vêem-se semelhantes no espelho da
atividade ou profissão. Juntam-se,
ganham homogeneidade e somam-se,
associando-se.
O direito, rápido, cumpre sua missão
de alfaiataria, compondo roupa capaz
de vestir para reconhecer e, no essencial, disciplinar o fato da união
dos semelhantes ou assemelhados ditada pela força de atração do
interesse comum.
No princípio, alfaiataria de primeiro grau, em nível de lei ordinária e
até de provimentos de menor hierarquia.
Mais tarde, quando o sindicalismo alcança posição estrelar, a Lei Maior
dá-lhe acolhida.”
Inicio este singelo editorial transcrevendo comentários de um pequeno
– no tamanho – grande – no conteúdo – livro emprestado pelo
consultor jurídico do Sindilub, sobre o sistema sindical brasileiro, de
autoria de seu mentor intelectual, o Professor José Washington Coelho.
E porque fiz isso? Porque este ensinamento tem tudo a ver com a nossa
luta para buscar cada vez mais reconhecimento da revenda atacadista
de lubrificantes no cenário nacional, seja no Sistema Confederativo da
Representação Sindical, na Agência Reguladora ou perante os Órgãos
Fazendários e de Meio Ambiente.
E foi com essa vontade, com esse espírito que realizamos em novembro
importante reunião dos Revendedores Atacadistas de Lubrificantes
do Estado de Minas Gerais, e que vocês poderão ter mais detalhes
lendo a matéria publicada nesta edição.
O autor do livro inicia o parágrafo transcrito com uma frase simples,
mas de efeito, insofismável: “A associação sindical é de formação
espontânea. Nasce, por assim dizer, diretamente dos fatos.”
Exatamenteoqueocorreu.OsRevendedoresAtacadistas
de Lubrificantes de Minas Gerais sentiram a necessidade
de se unirem para discutir e buscar soluções para
problemas comuns, e para tanto necessitavam de um
guarda-chuva, de um elemento agregador para a partir
deste elemento, exercerem uma representação legítima.
E daí o convite ao Sindilub, que também, para crescer e
lutar em prol da categoria econômica que representa,
necessita da associação de mais e mais Revendedores
Atacadistas de lubrificantes.
E ainda valendo-me da lição do citado Professor, “Cada
trabalhador ou empresário, isoladamente, pode muito
pouco ou nada na luta para defesa de seus interesses.
Associam-se visando a ganhar e ter poder de fogo. O
produto da união é a entidade sindical, que será tão mais
legítima quanto mais se justapuzer, de corpo e alma, à
categoria representada.”
A semente foi lançada, semeada no solo mineiro, e por
certo dará bons frutos.
O final do ano caminha a passos largos, e algumas
das matérias desta edição relacionadas ao trabalho
do Sindilub ao longo de 2014 demonstram que nosso
esforço foi grande para alcançarmos as metas que
buscamos, e quando pensamos que alcançamos,
surgem novos desafios.
Nessa toada, encerro por aqui este singelo editorial, e
como nos veremos somente em 2015, desejo a todos
muita felicidade, saúde e paz nas festas de final de
ano, e no próximo ano que se avizinha. Recarreguem
as baterias, e muita coragem.
Muito obrigado. E boa leitura.
Laercio Kalauskas
Presidente do Sindilub
Texto: Renato Vaisbih
	
	
	 S	 indilub em Ação
C
umprindo sua parte nos acordos firmados com o Po-
der Público e um conjunto de diversas instituições, o
Sindilub faz uma intensa divulgação dos programas
de coleta de embalagem plástica usada e oluc, com men-
sagens exclusivas aos associados, campanhas na internet,
participação em debates sobre o tema e reportagens
publicadas na revista Sindilub Press.
O resultado do trabalho de conscientização feito pelo sin-
dicato é mais do que positivo. Números revelados pelo pro-
grama Jogue Limpo, do Sindicom, que faz o recolhimento
de embalagens plásticas usadas de lubrificantes, apontam
um aumento de 158,3% no volume coleta na comparação
do total de 2013 até outubro de 2014 nas empresas do
segmento atacadista.
No ano passado inteiro, foram entregues ao Jogue Limpo
37.417,7 Kg, enquanto em 2014, até outubro, haviam sido
recolhidos 96.662,4 Kg.
O número de empresas classificadas pelo programa como
“revendedor atacadista” também teve um aumento consi-
derável, de 84%, passando de 94 em 2013 para 179 neste
ano, em todo o Brasil.
A maior abrangência territorial do Jogue Limpo também
contribuiu para os bons resultados. Em 2013, a coleta foi
realizada em atacadistas do Distrito Federal e mais sete
Estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Neste ano, entraram na lista Alagoas, Bahia e Pernambuco.
Trabalho de conscientização
feito pelo Sindilub aumenta
em quase 160% o volume de
embalagens usadas entregues
ao programa Jogue Limpo
O poder da comunicação
No balanço de 2014, Minas Gerais é o Estado com
o maior número de revendedores atacadistas que
fizeram a entrega de embalagens usadas para reci-
clagem, com 55 empresas. No ano passado, apenas
dez atacadistas mineiros apareciam no levantamento.
O segundo lugar, em número de atacadistas que
participam do Jogue Limpo, é ocupado pelo Estado
de São Paulo, com 37 empresas. Em 2013, eram
26 empresas.
De acordo com o diretor executivo do Sindilub, Ruy
Ricci, “esses números fazem parte de um relatório
que será encaminhado ao Ministério do Meio Am-
biente, como previsto no Acordo Setorial de Logística
Reversa de Embalagens de Lubrificantes, e revelam
que o trabalho de conscientização junto segmento do
comércio atacadista está surtindo efeito”. S
5sindilub2014
M	eio Ambiente
	 Texto: Renato Vaisbih
	
	
Especialistas do
Reino Unido realizam
workshop sobre
economia circular e
como o design pode
contribuir para a
redução da geração
de resíduos
e reuso de
materiais
Criatividade a serviço do
Meio Ambiente
A
sede da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
foi palco de um workshop no início de novembro com o tema
“Economia Circular  Ecodesign”, realizado em parceria pela
anfitriã do encontro, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(CETESB), o Consulado Geral do Reino Unido em São Paulo e o United
Kingdom Trade  Investiment (UKTI).
A iniciativa é fruto de um acordo entre o governo britânico e a admi-
nistração estadual paulista para a troca de experiências e cooperação
em diversas áreas, inclusive as políticas públicas para a gestão de
recursos naturais.
Nesse sentido, a economia circular, um dos mais recentes termos
técnicos relacionados à sustentabilidade, engloba práticas já utilizadas
no Brasil nos programas e acordos de logística reversa de embalagens
plásticas de óleos lubrificantes e também do oluc, dos quais o Sindilub
é signatário e possui uma intensa participação.
A ideia central da economia circular é viabilizar a redução da geração
de resíduos e o reuso de materiais utilizados nos processos industriais.
A proposta sugere mudanças no modelo linear tradicional, onde as em-
presas utilizam recursos naturais como matéria prima para utilizá-los
na confecção de produtos manufaturados com os resíduos, posterior-
mente, sendo descartados muitas vezes sem qualquer planejamento.
A diferença da economia circular é que as empresas buscam “fechar
o ciclo”, como é o caso da logística reversa.
O conceito de economia circular e algumas experiências bem-sucedi-
das na Europa foram apresentados no workshop por Mervyn Jones,
chefe de Programas Colaborativos do WRAP, entidade criada em 2000
pelo governo do Reino Unido com o objetivo de auxiliar na difusão da
reciclagem, criar um mercado para os produtos reciclados e promover
a eficiência e gestão de recursos e produtos sustentáveis.
Para colocar tudo isso em prática, uma das estratégias foi reforçar o
“ecodesign”, com ações para incentivar a perspectiva ambiental na
elaboração de novos produtos, selecionando matérias primas de fontes
renováveis, ampliando o tempo de vida útil dos produtos ou elaborando
projetos que facilitem o conserto ou a reciclagem de materiais.
O papel do design na economia circular foi abordado por Dan Epstein,
que foi chefe de Desenvolvimento Sustentável e de Regeneração
da Autoridade Olímpica de Londres 2012 e fundador da empresa
que concebeu o “The Great Recovery”, um programa que utiliza a
criação coletiva para buscar soluções à destinação de resíduos,
especialmente do lixo eletrônico. A busca por respostas criativas
envolve designers, cientistas, especialistas em diversos tipos de
matéria prima, fabricantes e recicladoras. S
6 sindilub 2014
L	 egislação
	
O
s proprietários de revendas
atacadistas devem fazer o paga-
mento da contribuição sindical
patronal até o dia 31 de janeiro de
2015. Os recursos arrecadados são
uma das principais receitas do Sindilub
e auxiliam na manutenção da estrutura
do sindicato para atuar junto aos diver-
sos setores da sociedade em prol dos
interesses de seus filiados.
A contribuição sindical está prevista
nos artigos 578 a 591 da CLT. Possui
natureza tributária e é recolhida COM-
PULSORIAMENTE pelas empresas do
comércio de lubrificantes a este Sindi-
cato que é o único representante da
categoria econômica do comércio de
lubrificantes. Portanto, desconsidere
quaisquer guias para o recolhimento
da contribuição sindical porventura
enviadas por outros Sindicatos.
Recolhimento essencial
e indispensável:
O pagamento da contribuição sindical
é obrigatório a partir do registro da
empresa e a cada ano no mês de ja-
neiro. É devida por todas as empresas,
independentemente de serem ou não
associados a um sindicato. A Nota
técnica SRT/TEM nº 202/2009 deixa
clara que na concessão de alvará, per-
missões ou licenças de funcionamen-
to, renovações e nas participações de
concorrências públicas, será exigida a
prova de quitação do recolhimento da
contribuição sindical ao sindicato da
categoria a que pertence e exibição
perante a Fiscalização da Delegacia
Regional do Trabalho.
Contribuição Sindical
Patronal, obrigatória por Lei
Responsabilidade solidária do contador:
Tratando-se de um tributo, conforme o Código Civil em vigência desde 11 de
janeiro de 2003, o CONTADOR assume a responsabilidade solidária junto
ao seu cliente, pela orientação correta do recolhimento da contribuição
sindical ao sindicato representante da categoria econômica correta, neste
caso a do comércio de lubrificantes.
Sobre o recolhimento:
O recolhimento é feito somente uma vez a cada ano e para o exercício de
2014 o prazo expira em 31 de janeiro. Tem o seu valor fixado em função do
capital social da empresa, nos termos da legislação em vigor.
Recolhimento fora do prazo:
Será acrescido das penalidades previstas no artigo 600 da CLT. Após o
vencimento, incidência de multa de 10% (dez por cento) nos primeiros
trinta dias, mais 2% por mês subsequente de atraso, além de 1% de juros
de mora ao mês.
Guia de recolhimento:
As empresas estarão recebendo a Guia de Recolhimento da Contribuição
Sindical (GRCS) via correio, até o dia 10 de janeiro de 2015. Caso não receba
acesse o site do Sindilub: www.sindilub.org.br ou entre em contato com a
secretaria no fones (11) 3644-3440 / 3645-2640.
Para as empresas constituídas após o dia 31 de janeiro, a Contribuição Sin-
dical deverá ser recolhida quando do registro da mesma na Junta Comercial.
Passo a passo para emissão da GRCS:
•	 Acessar o site da Federação www.fecombustiveis.org.br;
•	 Clicar no banner nº 1 emita a guia;
•	 Clicar no link Emissão de Guia;
•	 Preencher o CNPJ (formato - 00.000.000/0000-00);
•	 Verificar o exercício (ano) da Guia que será recolhida;
•	 Em SINDICATO, na barra de rolagem - Escolha NA RELAÇÃO ABAIXO O
SINDICATO QUE REPRESENTA SUA CATEGORIA - Sindicato Interestadual
do Comércio de Lubrificantes - SINDILUB;
•	 Clicar em “Emitir Guia”;
•	 Preencha os dados solicitados, e em seguida imprima a guia;
•	 Atenção:apósovencimento,multade10%+1%dejurosp/mêsdeatraso.
	 Texto: Thiago Castilha
	
8 sindilub 2014
O
Sindilub concluiu as Negociações Coletivas
de Trabalho com os Sindicatos dos Trabalha-
dores no Comércio de Minérios e Derivados
de Petróleo no Estado de São Paulo, de Santo André
e Mauá, de São José dos Campos, de Presidente
Prudente, de Ribeirão Preto e Região, de Campinas
e de São José do Rio Preto.
Para evitar aumentos significativos nos benefícios, o
que gera custos diretos para as empresas, explica a
	 Texto: Ana Azevedo
	 	
Negociações Coletivas de
Trabalho SP 2014/2015
consultora jurídica do Sindilub, Cláudia Marques Generoso,
optou-se por aumentar o percentual da PLR (Participação
nos Lucros e Resultados).
O bom momento vivido pela economia brasileira nos últimos
anos acabou por criar uma situação nova nas negociações.
Além da reposição das perdas, tornou-se comum os adicio-
nais de aumento por produtividade.
Para muitos empresários, a rigidez na legislação trabalhista
dificulta a negociação entre trabalhadores e empregados.
O Sindilub enviou Comunicado à todas as associadas e caso
tenham dúvidas o departamento jurídico está a disposição
para esclarecimento. S
Empresas que não
fizerem o recolhimento
da contribuição correm o
risco de ficar sem alvará
de funcionamento
LINHA
CLASSE DE CAPITAL SOCIAL
(R$)
ALÍQUOTA
(%)
PARCELA À
ADICIONAR (R$)
1   de 0,01 a 22.415,25
Contribuição
Mínima
179,32
2   de 22.415,26 a 44.830,50 0,8% -
3   de 44.830,51 a 448.305,00 0,2% 268,98
4   de 448.305,01 a 44.830.500,00 0,1% 717,29
5   de 44.830.500,01 a 239.096.000,00 0,02% 36.581,69
6   de 239.096.000,01 em diante
Contribuição
Máxima
84.400,89
Tabela
9sindilub2014
M	ercado
O
mercado brasileiro de aditivos vendidos
em frascos pela revenda (aftermarket)
movimentaanualmentecerca4milhõesde
litros, segundo pesquisa realizada pela Bardahl.
Em razão do aumento da mistura de etanol e bio-
diesel aos combustíveis, que podem influenciar
no funcionamento dos motores, especialistas
apontam que a demanda por aditivos deve cres-
cer cerca de 20% ao ano.
Outro fator que deve puxar a demanda é a utili-
zação de aditivos na manutenção preventiva dos
veículos como na limpeza dos bicos injetores, por
exemplo. “Atualmente as empresas de aditivos
submetemseusprodutosatestesdasmontadoras
para provar a eficiência e eficácia dos produtos
gerandohomologaçõesdaengenharia.Comessas
certificações,alémdovaloragregadoaosprodutos,
podemos afirmar com base nos testes, os benefí-
ciosdosaditivosaosconsumidores”,explicaKleber
Araújo, diretor comercial da KFP distribuidora,
empresa associada ao Sindilub e especializada
em comercialização de aditivos.
Segundo Araújo, o mercado nacional de aditivos
aftermarket divide-se entre empresas de médio e
grande porte que detém a maior fatia do mercado
como STP, Tirreno e Bardahl. “O setor sofre com a
atuação de pequenas empresas sem compromis-
so com a qualidade e com a falta de fiscalização.
Existem produtos que não tem nenhuma proprie-
	 Texto e Fotos: Thiago Castilha
Mercado de aditivos aftermarket
dade de aditivação, são inócuos, não oferecem nenhum perigo
na utilização, ou o pior, podem provocar danos aos veículos. O
consumidor por falta de conhecimento é motivado a adquirir
estes produtos atraído pela propaganda, promoção e preço
baixo”, alerta Araújo.
Em relação a demanda, o problema do aditivo no Brasil é
que não existe ainda uma cultura de procura espontânea
pelo consumidor, ao contrário do que acontece no mercado
americano aonde o motorista já sabe da importância da uti-
lização. “Na nossa região, além do fornecimento de produtos,
nós oferecemos treinamento técnico para que nossos clientes
tenham condições de explicar e oferecer o produto adequado
para a necessidade do consumidor. Por experiência, para fo-
mentar o uso de aditivos é necessário conscientizar o cliente
dos benefícios ambientais, da economia de combustível, do
prolongamento da vida útil do motor, pois um motor que fun-
ciona bem, consome menos, tem menos atrito e emite menos
gases poluentes”, ressalta Araújo.
O perfil do consumidor de aditivos divide-se entre proprietários
de veículos que tem preocupação com o bom funcionamento e
realizam manutenção preventiva e os que buscam remediação
de problemas com o carro. “Antigamente a procura por aditivos
era como um corretivo, para conter vazamento de lubrifican-
te, diminuir a fumaça do escapamento, mas o mercado está
sendo direcionado para a prevenção. Ainda existe produtos
para motores antigos, mas estamos disseminando a cultura
preventiva e os benefícios de utilização dos aditivos no veículo
desde quando sai da fábrica zero quilômetro”, destaca Araújo.
Benefícios do uso de aditivos:
Os aditivos auxiliam no funcionamento do motor para que as
peças internas trabalhem em condições adequadas, reduzindo
atrito, melhorando a combustão e mantendo a temperatura
ideal. Mesmo com desgaste natural que os motores sofrem, é
possível manter o equipamento próximo da condição de fábrica
com o uso de aditivos, pois os produtos atuam na limpeza e
na descarbonização do motor evitando o acúmulo de sujeira
que prejudicam a lubrificação e que com o tempo geram des-
gaste pelo maior atrito das peças no motor. No desempenho
do veículo, o aditivo auxilia na combustão, potencializando a
octanagem, e na economia de combustível, uma vez que o
veículo passa a ter maior taxa de compressão e tem maior
autonomia, ou seja, com menos combustível, vai fazer mais
quilômetros por litro.
O aditivo de lubrificante auxilia na redução de atrito e evita acu-
mulaçãodesujeiraqueformaborranaspartesinternasdomotor.
10 sindilub 2014
A linha ENEOS de lubrificantes
para motor e transmissão foi
desenvolvida para oferecer a
mais alta performance aliada à
preservação ambiental. Graças
à tradição no fornecimento às
montadoras e à participação em
competições automobilísticas,
nossos produtos redefinem hoje
os conceitos de lubrificantes
sintéticos.
O aditivo de radiador pro-
tege as partes internas do
sistema de refrigeração
contra a corrosão e tem a
responsabilidade de man-
ter a temperatura ideal
do motor evitando que a
água ferva ou congele.
O aditivo de combustível
combate a acumulação e
formação de depósitos de
sujeira gerados durante o
processo de combustão
que pode causar perda
de potência, falhas e até
entupimento no sistema. Em relação aos veículos que utilizam combustíveis
alternativos, os aditivos atuam principalmente na proteção interna e limpeza
do sistema. O etanol, por exemplo, combinado com a água da condensação cria
com o tempo um gel de alumínio, também conhecido como borra branca, que
se acumula nas partes altas do motor prejudicando o desempenho e podendo
comprometer a lubrificação do veículo. O aditivo age para evitar essa contami-
nação e ajudar o motor a eliminar a água com maior facilidade, além de evitar
ferrugem e corrosão no sistema. S
Ranking dos produtos de
maior demanda do mercado:
•	 Anticongelantes;
•	 Limpeza dos bicos injetores;
•	 ATF Fluido;
•	 Fluido de freio;
•	 Facilitador de partida a frio;
•	 Limpeza interna do motor (en-
gines flush);
•	 Melhoria de Lubricidade;
•	 Aumento de octanagem;
•	 Vedadores de vazamento.
C	 apa
O
Sindilub realizou em novembro uma Assembleia
Geral Extraordinária em Minas Gerais, com o ob-
jetivo de iniciar a discussão sobre a extensão da
base territorial da entidade no estado e criar uma dele-
gacia sindical. Na ocasião, o Sindilub também promoveu
o Seminário “Os Desafios do Revendedor Atacadista de
Lubrificantes”, com palestras de interesse do setor e a
presença dos principais empresários do comércio ata-
cadista de lubrificantes de diversas regiões do estado,
representantes de entidades sindicais e fornecedores.
O encontro ocorreu na sede do Sindicato do Comércio Va-
rejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais
(Minaspetro) e teve o apoio da Federação Nacional do Co-
mérciodeCombustíveisedeLubrificantes(Fecombustíveis).
O presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas no início dos
trabalhos apresentou a diretoria, assessores da entidade
e os palestrantes e deu as boas vindas aos presentes.
Destacou que o evento teve como objetivo proporcionar
o estudo, a troca de experiências e o conflito saudável de
ideias e condutas. “Nosso trabalho é fruto da confiança e
incentivo dos nossos associados”, ressaltou Kalauskas.
O consultor jurídico do Sindilub, Edison Gonzales, que
conduziu a assembleia e ministrou a palestra sobre os as-
pectos civis e comerciais dos contratos com fornecedores,
comemorou o fato da iniciativa de ampliar as atividades
na região ter partido dos empresários. “Os comerciantes
atacadistas de Minas Gerais que procuraram o Sindilub
para atender as necessidades das empresas no estado
e ter uma representação legal. Será um trabalho árduo e
difícil, mas que realmente só terá frutos se houver uma
união desta base”, explicou Gonzales.
Presente no evento, o presidente da Fecombustíveis e 2º
vice-presidente do Minaspetro, Paulo Miranda Soares, fez
um alerta aos empresários: “sempre defendi com ênfa-
se a questão do empresário. Não adianta pedir socorro
na hora que tem um problema. Ele precisa fortalecer a
entidade dele, para o sindicato criar uma estrutura para
poder atendê-lo”. Para ele, o empresário deve estar em
torno da sua liderança, seja um sindicato ou associação,
mas ele tem que estar associado. “A união é que faz a
força, este é um ditado dos mais antigos e isso é fato.”,
concluiu Soares.
	 Texto: Thiago Castilha
	 Fotos: Geisa Brito e Thiago Castilha	
Sindilub em Minas Gerais
Trajano Lima e Laercio Kalauskas
Laercio Kalauskas
Adriano Jannuzzi
Arthur Villamil
Leonardo Cardoso
Walter Françolin
12 sindilub 2014
Liderança
Durante a assembleia, foi aprovada a proposta da aber-
tura da delegacia sindical no estado e, na sequência,
foram eleitos como delegado sindical o empresário e
proprietário da FMV Lubrificantes, Trajano Lima, junta-
mente com o subdelegado e diretor da Bel Distribuidora,
Adriano Jannuzzi.
Eleito como delegado sindical do Sindilub em MG, Traja-
no, que faz parte do sindicato desde a década de 1990,
explica que este encontro era para falar sobre a extensão
da base territorial e acabou surgindo a oportunidade de
criação da Delegacia Sindical de Minas Gerais.
“Tivemos a presença de trinta revendedores atacadistas
do estado de Minas Gerais. Pelas conversas com os par-
ticipantes, já sentimos que o resultado foi muito positivo,
pois todos estão apostando e acreditando na necessidade
do nosso segmento se unir”, explica Trajano.
O diretor da Bel Distribuidora e subdelegado de MG do
Sindilub, Adriano Jannuzzi, falou da importância do em-
presário poder contar com o sindicato e ter uma repre-
sentação forte. Segundo ele, “nossa atividade é complexa
e envolve uma série de particularidades, principalmente
com fornecedores que são, em maioria, multinacionais.
Dessa forma, surgiu a necessidade de termos uma base,
uma fonte de informação jurídica e uma representação
legal. Isso impulsionou a procura pelo Sindilub para a
criação de uma delegacia sindical”.
Para o vice presidente, Lucio Seccato Filho a assembleia
realizada em Minas fortalece os revendedores da região
que se juntam numa união com os mesmos interesses
e ao se associarem ao SINDILUB terão a partir de agora
todo o apoio em prol da categoria. “Para o SINDILUB é
Bernardo Souto
Leonardo Freitas
Edison Gonzales
Lucio Seccato Filho
13sindilub2014
mais um grupo de empresas, composto de empresários
de alto nível, que também trarão sua contribuição para a
classe. O Seminário foi bastante proveitoso, trouxe temas
atuais dissertados por excelentes profissionais do meio”,
completa Seccato.
O presidente do Sindilub parabenizou o delegado sindical,
Trajano Lima e o subdelegado Adriano Jannuzzi pela eleição
com votação unânime e, agradeceu o apoio e empenho do
empresário Nelson Nunes para a realização deste evento.
“Demos os primeiros passos para abertura da delegacia
sindical e da extensão da base territorial do Sindilub para
podermos representar e defender os interesses dos em-
presários da revenda atacadista de lubrificantes de Minas
Gerais”, destacou Kalauskas.
Palestras
O seminário promovido pelo Sindilub abordou temas do
dia a dia do comerciante atacadista, como questões sin-
dicais, tributárias, trabalhistas, contratuais, ambientais e
de mercado.
O consultor tributário do Sindilub, Wilson Brandão, fez
uma retrospectiva da substituição tributária no ramo da
comercialização de lubrificantes desde 1989 até as atua-
lizações consideradas abusivas que ocorreram em 2013.
“Apresentamos propostas do Sindilub para melhorar a
competitividade do atacadista de lubrificantes, preven-
do uma restrição à incidência da substituição tributária
apenas para produtos de varejo, ou seja, aqueles que são
vendidos em prateleiras, excluindo do regime produtos
utilizados por grandes consumidores. A primeira etapa é
apresentar esta proposta em São Paulo e dependendo dos
resultados avançar por todo o Brasil”, completa.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio
de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de Minas
Gerais (Sitramico), Leonardo Freitas, abordou a possibili-
dade de um acordo coletivo de trabalho para o setor. Ele
acredita que o evento será um marco divisor. “Vejo como
significativo e importante nesse seminário a busca do sin-
dicato patronal se estabelecer como representante desta
categoria econômica no estado”, afirmou.
O advogado da Fecombustíveis, Bernardo Souto, ministrou
a palestra sobre Gestão Ambiental do Transporte Rodovi-
ário de Lubrificante e Cadastro Técnico Federal do Ibama.
Para ele, o encontro foi “relevante para o revendedor para
que ele se conscientize da responsabilidade ambiental,
pois essa obrigação veio para ficar e o revendedor tem que
estar preparado para enfrentar a questão”.
Adilson Capanema, diretor executivo da Petronas, apresen-
tou as novidades da empresa e ressaltou que o movimento
dos empresários mineiros “deve fortalecer a cadeia
toda. É interessante porque, afinal de contas, somos
um conjunto. Um mercado atacadista saudável signi-
fica maior oportunidade para colocarmos os produtos
da Petronas nas prateleiras, seja através dos nossos
distribuidores ou por meio de outros que possam a
vir nos representar no futuro”.
A logística reversa de óleo usado ou contaminado
(OLUC) e das embalagens plásticas usadas também
foram tema de uma das palestras de meio ambiente.
A primeira parte foi apresentada pelo diretor executivo
do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de
Óleos Minerais (Sindirrefino), Walter Françolin, que
falou da importância da parceria da entidade com o
Sindilub. “A história tem mostrado que o Sindilub é
um elo importante para que os objetivos da Política
Nacional de Resíduos Sólidos sejam alcançados, pois
acredito que o papel do comerciante atacadista dentro
do sistema é fundamental e imprescindível para o
sucesso do programa”, ressalta.
A segunda parte da palestra foi apresentada pelo
diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci, que enfatizou
a responsabilidade do comerciante atacadista em
relação à logística reversa das embalagens usadas de
lubrificantes. Ricci também apresentou documentos
necessários para o associado fazer parte do sistema,
como o Termo de Adesão e o Certificado de Recebi-
Wilson Brandão
Mauricio Leibovitz
Paulo Miranda
Ruy Ricci
14 sindilub 2014
mento de embalagens, além de soluções para o armazena-
mento ambientalmente correto das embalagens recebidas
até a retirada pelo programa de coleta, o Jogue Limpo. “Os
comerciantes atacadistas só estarão ao abrigo dos Termos
de Acordos assinados pelo sindicato se forem associados”,
destacou Ricci.
O representante da Lupus Equipamentos para Lubrificação,
engenheiro Leonardo Cardoso, disse que existe uma sinergia
entre a empresa e a atuação dos distribuidores atacadistas.
“Nós já temos parcerias com alguns atacadistas, com o
atrativo de agregar valor ao negócio, ofertando a solução
completa em lubrificação. A proximidade com os atacadistas
é importante para que conheçam o trabalho que fazemos”.
Com o tema “Aspectos Jurídicos do Direito Antitruste”, o con-
sultor jurídico do Minaspetro, Arthur Villamil, avaliou o evento
como essencial para o aperfeiçoamento da revenda atacadis-
ta de lubrificantes. “A minha contribuição trouxe aspectos da
legislação da proteção de concorrência para prevenir riscos
de práticas anticompetitivas em linha com o que já vem se
fazendo no comércio de combustível, que é um setor muito
fiscalizado. A preocupação foi alertar o revendedor para que
ele ande pelos caminhos da legislação”, esclareceu.
Mauricio Leibovitz, ex-diretor da Shell e diretor da Atria Lubrifi-
cantes, apresentou “Os Desafios do Comerciante Atacadista”,
apresentando os números do mercado de lubrificantes com
indicadores e tendências, o perfil detalhado dos principais
fornecedores de lubrificantes e as oportunidades e riscos
para o comerciante atacadista.
No encerramento o presidente do Sindilub disse que o evento
superou as expectativas e que precisamos pensar na orga-
nização da próxima reunião. “Nossos agradecimentos aos
participantes, palestrantes e em especial aos patrocinadores
Mario Panelli da Lupus Equipamentos para Lubrificação,
Adilson Capanema da Petronas Lubrificantes e Nilton Bastos
do Sindirrefino”, finalizou Kalauskas.
Opinião dos atacadistas
Ronaldo de Oliveira – Arcolub: É um momento
importante para encontrarmos com os amigos
do setor e acredito que o Sindilub é um ponto de
equilíbrio na categoria. Apesar da necessidade de
aprofundamento nos assuntos, abordamos pontos
essenciais. A implantação dessa delegacia vai nos
ajudar no dia a dia.
Jairo Carvalho – Dellas Lubrificantes: Gostaria de
parabenizar o Sindilub. Participei de um evento em
Campinas (SP), em 2012, e sou associado da enti-
dade desde então. O setor de lubrificantes mineiro
precisa de união para enfrentar esse mercado que
está cada vez mais desafiador.
Adélio Braga – Grandlub: Foi um evento excelente.
Essa organização no setor é muito válida e acredito
ser essencial ter uma entidade como o Sindilub nos
representando. Isso é de extrema importância para
nós que estamos lutando neste mercado repleto de
cargas tributárias e diversas leis complexas.
Nelson Nunes Neto – Annel Distribuidora: O evento
foi acima da expectativa porque esperávamos 20
pessoas e estamos aqui com mais de 30 empre-
sários representando cerca de 90% do mercado
atacadista mineiro. Nosso objetivo é a organização,
para ficarmos mais fortes, beneficiando nossos
clientes, instituições e fornecedores.
José Francisco Andrade – Petroleum Lubrifican-
tes: A importância maior deste evento é a aproxima-
ção do setor para termos um melhor entendimento
do mercado como um todo e também saber as
aspirações dos nossos concorrentes, que não são
inimigos. O Sindicato pode nos unir e trazer uma
visão compartilhada de todas as deficiências e
oportunidades de mercado. S
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15sindilub2014
V	 arejo
O
Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras
de Combustíveis e de
Lubrificantes (Sindicom) lançou
o site “Óleo Certo” ( http://www.
oleocerto.com) para responder
questões comuns dos consumi-
dores sobre período de trocar
o óleo, escolha do lubrificante
adequado e informações como
a diferença entre óleo mineral e
óleo sintético.
Na site estão disponíveis víde-
os e textos com as principais
informações que o consumidor
precisa ter para saber a hora de
fazer a troca e escolher o produto
apropriado, apresentando de
forma simples noções sobre viscosidade dos lubrifi-
cantes e aditivos. O motorista também é instruído a
verificar periodicamente o nível do óleo e observar
as informações do rótulo, incluindo o prazo de vali-
dade e o registro do fabricante na Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No site também são indicados os cuidados a adotar
na hora da troca de óleo em locais especializados,
como postos de serviço e oficinas, ou na hora da com-
pra do lubrificante em estabelecimentos comerciais.
Segundo o presidente do Sindicom, Alisio Vaz, o site
expressa o compromisso da entidade com a qualida-
de dos lubrificantes frente ao cenário atual de não
conformidades na qualidade apontadas pela ANP.
O que significam as siglas, números e letras que
estão nestes rótulos?
As siglas são baseadas em testes específicos para
a classificação dos lubrificantes, de acordo com seu
uso. Desta forma, o consumidor tem como identificar
se o lubrificante atende às exigências de seu equi-
pamento, consultando seu manual. No caso o termo
	 Texto: Thiago Castilha
	 Foto: Divulgação Sindicom
	 	
	
Óleo Certo orienta consumidor
SAE (Society of Automotive Engineers) é a classificação que
define faixas de viscosidade.
A classificação API (American Petroleum Institute), define
níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem
atender. Essas especificações funcionam como um guia
para a escolha por parte do consumidor. Para carros de
passeio, por exemplo, temos os níveis API SN, SM, SL, SJ,
SH, SG; sendo a SN e SM as mais atuais e atendem as
exigências dos fabricantes dos motores no que se refere à
proteção contra desgaste, corrosão, redução de emissões
e prevenção a formação de depósitos. No caso de motores
diesel, temos as classificações API CJ-4, CI-4, CH-4, CG-4,
CF; sendo a CJ-4 e CI-4 as mais atuais.
Na questão da viscosidade ao qual somente possível ser
medida em aparelhos, temperaturas definidas e métodos
específicos, o numero 20W (varia entre 0W a 25W) é relativo
à escala de baixa temperatura e o número 50 (varia entre
20 a 60) é relativo à escala de alta temperatura. Na prática
comparando dois lubrificantes minerais um com viscosidade
20W50 e outro com 20W40, o 20W50 apresenta apenas
viscosidade maior, não representando que seja melhor ou
pior, tudo depende do que esteja especificado pelo fabri-
cante do veículo. S
Alisio Vaz
16 sindilub 2014
E	 vento
E
m outubro, durante evento realizado na
Secretaria Estadual do Meio Ambiente
(SMA), a Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental (Cetesb), confirmou o
pioneirismo nas questões ambientais com o
lançamento do Plano de Resíduos Sólidos do
Estado de São Paulo. O plano que incentiva a
integração e políticas fiscais é um instrumento
previsto nas Políticas Nacional e Estadual de
Resíduos Sólidos, e tem o objetivo de influenciar
a mudança de atitude, hábitos e consumo na
sociedade paulista.
O documento apresenta questões de curto,
médio e longo prazos e visa aumentar a eficácia
e a efetividade da gestão dos resíduos sólidos
no Estado para resolver problemas imediatos
e futuros potencializando boas práticas e so-
luções inovadoras.
Segundo o secretário do Meio Ambiente, Ru-
bens Rizek, “a representatividade refletida pelo
auditório lotado marca esse evento de impor-
tância ímpar. Estamos entregando a sociedade
um instrumento de inspiração para políticas
públicas para o futuro. Hoje já temos 10 a 12
mil indústrias comprometidas com a Cetesb.
Até 2025 não será permitido comercialização
de produtos no Estado de São Paulo que não
tenham plano de logística reversa implantado”,
destacou o secretário.
Para Zuleica Perez, coordenadora de Plane-
jamento Ambiental da SMA (CPLA), “é difícil
expressar a felicidade por mais essa conquista”.
Ela destacou a relevância de um documento
desta natureza e, visivelmente emocionada,
agradeceu “pela equipe jovem e empenhada
que trabalhou duro para que esse plano fosse
desenvolvido” e cumprimentou o setor produtivo
pela constante colaboração com a Cetesb.
	 Texto: Thiago Castilha
	 Fotos: Divulgação Cetesb
	 	
Lançamento do Plano de
Resíduos Sólidos de SP
Setor de lubrificantes
O setor de lubrificantes um dos primeiros a se organizar para
atender as demandas ambientais no país tem feito a lição de
casa. No Estado de São Paulo, segundo o documento, o setor vem
atendendo as metas progressivamente em relação aos resíduos
gerados pela atividade que são as embalagens plásticas usadas
de óleo lubrificante e o óleo usado ou contaminado (OLUC). Em
2014, o Programa Jogue Limpo que faz a logística reversa das
embalagens chega a 75% dos municípios do estado com mais
de 450 toneladas coletadas até junho e mais de 7.622 pontos
de coletas cadastrados. A logística reversa de OLUC na região
sudeste também está atendendo as metas, em 2013 coletou
137,75 milhões de litros de OLUC (equivale a 40,7%) do volume
gerado no estado. S
Rubens Rizek
17sindilub2014
P	 roduto
D
e olho em um mercado em que os
consumidores estão cada vez mais
exigentes e conscientes com relação às
questões ambientais, foi lançado o novo óleo
Ipiranga F1 Master Performance Verde 5W30
SN. Fabricado a partir de matérias-primas que
geram menor impacto ao meio ambiente, um
dos diferenciais é a utilização do óleo básico
do Grupo II rerrefinado pela Lwart Lubrificantes.
“Ele pode ser descartado como qualquer outro
óleo lubrificante. O fato de ter sido produzido
com 50% de sua composição a partir do básico
do Grupo II não tem diferença alguma, ele vai
ser recolhido depois de utilizado e passar pelo
processo de rerrefino novamente”, explica o
diretor geral da Lwart, Thiago Trecenti.
	 Texto: Renato Vaisbih
	 Foto: Divulgação Lwart
	 	
Ipiranga lança produto sustentável
no mercado, produzido com óleo
básico do Grupo II rerrefinado pela
Lwart Lubrificantes
O meio ambiente agradece
	
A Ipiranga informa que, ao desenvolver o novo produto, procurou
seguir as tendências dos OEMs – fabricantes originais de equi-
pamentos, direcionadas para a eficiência energética e com novos
requisitos para os lubrificantes. De acordo com a companhia, o
que se espera dos lubrificantes é que tenham baixa viscosidade,
possuam resistência às operações mais severas dos motores
fabricados atualmente e ainda contribuam para a redução das
emissões. O resultado deu tão certo que o Ipiranga F1 Master
Performance Verde 5W30 SN já chegou às prateleiras com a
chancela da API (American Petroleum Institute) no rótulo.
DNA sustentável
Para Trecenti, junto com a utilização de fontes renováveis para a
produção do novo lubrificante, com o óleo básico do Grupo II, ou-
tras iniciativas também reforçam o “DNA sustentável” do produto.
A embalagem, por exemplo, é elaborada com até 25% de com-
ponentes vegetais provenientes da cana de açúcar. Por utilizar
“tecnologia verde”, a embalagem do produto recebeu o selo “I’m
Green”, certificação que garante que o plástico utilizado é produ-
zido a partir da cana-de-açúcar.
Em parceria com a empresa Lubrizol, a Ipiranga utiliza aditivos que
contribuem para a economia de combustível e redução da emis-
são de gases que provocam o efeito estufa, especialmente o CO2,
em comparação com outros óleos lubrificantes convencionais.
Por fim, até mesmo a logística utilizada no processo de produção
do novo lubrificante é otimizada. Os caminhões da Lwart que
partem de Lençóis Paulista (SP) até a fábrica da Ipiranga, no
Rio de Janeiro, levam o óleo básico do Grupo II e retornam com
oluc (óleo lubrificante usado e contaminado), que será utilizado
no rerrefino. “Isso comprova que o produto tem um ciclo de vida
sustentável”, conclui Trecenti. S
M	 eio Ambiente
E
m outubro o governo da Paraíba
assinou um Termo de Com-
promisso com entidades que
representam o setor de lubrificantes
em cumprimento a Lei 12.305 que
instituiu a Política Nacional de Re-
síduos (PNRS) que estabelece que
a responsabilidade pela destinação
adequada desses resíduos.
De acordo com o secretário de Estado
dos Recursos Hídricos, do Meio Am-
biente e da Ciência e Tecnologia, João
Azevedo, o trabalho de orientação e
fiscalização na Paraíba contará com
a Superintendência de Administração
do Meio Ambiente (Sudema). “Serão
feitas reuniões internas para identi-
ficarmos os setores que ainda não
estão participando da coleta (e reci-
clagem) das embalagens e dos óleos
usados ou contaminados (OLUC). À
medida que essa identificação for fei-
ta, vamos fazer a orientação”, afirmou.
Para o representante do Sindicato
Nacional da Indústria do Rerrefino de
Óleos Minerais (Sindirrefino), Manoel
Browner, o termo de compromisso dá
efetividade ao conceito de responsa-
bilidade compartilhada, sem prejuízo
do produtor e importador cumprirem
as normas estabelecidas pelo Sistema
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama)
em matéria de óleo lubrificante. “O
termo reúne os agentes produtores
e importadores de lubrificantes, aqui
representados pelo Sindicato Nacional
das Empresas Distribuidoras de Com-
bustíveis e Lubrificantes (Sindicom);
	 Texto: Thiago Castilha
	 Foto: Divulgação
	 	
Paraíba assina Termo de
Compromisso para coleta e
reciclagem de OLUC
comerciantes atacadistas de
lubrificantes,reunidosnoSindi-
catoInterestadualdoComércio
de Lubrificantes (Sindilub); sin-
dicatodospostoscomooSindi-
cato do Comércio Varejista de
Combustíveis e Derivados de
Petróleo do Estado da Paraíba
(Sindipetro); e rerrefinadores
do Sindirrefino que reciclam
OLUC para transformá-lo em
matéria-prima para óleo lubri-
ficante”, explicou.
Browne aponta ainda, que a
cooperação entre todos os
agentes da cadeia do lubri-
ficante é fundamental para
o fortalecimento da logística
reversa com beneficio para
o meio ambiente e, princi-
palmente, para abastecer o mercado de lubrificante nacional. “O Brasil
não é autossuficiente na produção dessa matéria prima e depende de
importação, por meio do rerrefino contribui-se para garantir o abasteci-
mento nacional com óleo básico de excelente qualidade. Quanto mais
reciclar, melhor para todos: sociedade, meio ambiente, economia e
segurança nacional.”
Meio ambiente e saúde
Manoel Browner falou ainda sobre os prejuízos ao meio ambiente e à saúde
humana causados pela queima clandestina de OLUC. “Muitos, por falta de
informação ou má fé, vendem esse produto usado para pessoas não auto-
rizadas. Assim, esse óleo ilegal é destinado para queima indiscriminada,
realizada em fornos e caldeiras, misturando com outros combustíveis”,
afirmou. “Depois de utilizado, o óleo lubrificante descartado de forma
irregular se torna um produto perigoso. Sua queima gera gases tóxicos e
libera metais pesados, que são cancerígenos. As regiões mais afetadas são
a periferia e as zonas industriais dos grandes centros urbanos”, advertiu.
Ainda de acordo com Manoel Browner, cerca de 80% dos municípios pa-
raibanos já contam com coleta regularizada de óleos lubrificantes usados.
“Recolhemos algo em torno de três milhões de litros. Mas é possível atingir
100% das cidades com essa coleta legalizada”, previu. S
Manoel Browner
19sindilub2014
E	 ntrevista
Antônio Gaspar
Diretor Técnico do Sindirepa – SP
A
busca por melhor desempenho,
redução do consumo de combus-
tíveis e de emissões de poluentes
são metas constantes da indústria auto-
mobilística e geram desafios para toda a
cadeia produtiva. Em relação à lubrificação
a novidade é um desenho de motor que foi
adotado para aperfeiçoar a troca de óleo.
Além da facilidade de acesso e redução do
tempo para a manutenção, na lubrificação
a principal mudança é a recomendação do
método de troca de óleo que substitui a
tradicional sangria do carter por gravidade
pelo procedimento troca por sucção. Mas
atenção, com exceção dos novos modelos
tem recomendação do fabricante do veícu-
lo, a troca de óleo por gravidade continua
sendo a adequada.
Para saber mais sobre as principais mu-
danças em relação aos procedimentos
de troca de óleo desses novos motores a
reportagem do Sindilub conversou com o
diretor técnico do Sindicato da Indústria
de Reparação de Veículos e Acessórios
de São Paulo (Sindirepa – SP), Antônio
Gaspar, confira:
Sindilub Press: Quais as montadoras que já
adotaram troca de óleo por sucção?
Antônio Gaspar: Algumas montadoras
como a Audi, Volkswagen (alguns mode-
los), Mercedes-Benz, BMW já estabelece-
ram como procedimento padrão a troca
do óleo por sucção. O projeto dos motores
alterou a posição do filtro do óleo para a
parte superior do motor e o formato do
carter. Assim, o equipamento de sucção
pode ser mais eficaz, pois tem melhor
acesso a parte inferior do carter de forma
que todo óleo usado seja removido.
SP: Quais são os principais benefícios da
troca de óleo por sucção?
Gaspar: O beneficio maior está na pratici-
dade do serviço de troca do óleo e filtro,
	 Texto: Thiago Castilha
	 	
Evolução do sistema de lubrificação
devido a facilidade de acesso o tempo ficou reduzido e o operador não
tem mais contado com o óleo usado que é prejudicial à saúde.
SP: Quais são os desafios que esta inovação traz para os serviços de troca
de óleo fora das concessionárias?
Gaspar: O maior desafio é vencer a resistência natural dos proprietários de
veículos pela falta de conhecimento e a falta de preparo dos profissionais
que executam o atendimento. Para um serviço adequado é preciso conhe-
cer as tecnologias e as inovações desenvolvidas pelos departamentos de
engenharia das montadoras. Os fabricantes que recomendam a troca do
óleo por sucção ainda não eliminaram a possibilidade de que serviço seja
feito por gravidade removendo o bujão do carter. O detalhe é que para
acessar o carter do motor, além do risco de danos, existe o fator tempo e
o custo da mão de obra que serão maiores. 
SP: Qual o ganho em tempo do estabelecimento por veículo na troca de óleo?
Gaspar: A sucção do óleo efetuada pelo local da vareta de verificação do
nível de óleo localizada na parte superior do motor junto ao filtro permite
a remoção do óleo usado em alguns minutos. Podemos afirmar com segu-
rança que o tempo foi reduzido para alguns minutos, desde que executado
com o equipamento homologado pelo fabricante.
SP: O equipamento para a troca de óleo por sucção é o mesmo encontrado
no mercado?
Gaspar: O equipamento de sucção do óleo lubrificante do carter do motor
pode ser o de padrão de mercado desde que se utilize a cânula (vareta) de
sucção de diâmetro e comprimento especificado pelo fabricante do motor.
SP: Em relação ao filtro de óleo quais foram as alterações?
Gaspar: Em alguns modelos os fabricantes deslocaram o filtro de óleo para
a parte superior do motor, o que facilitou o acesso e reduziu o tempo de
substituição. Temos duas situações, uma que utiliza o filtro convencional
(blindado) em que a carcaça e o elemento filtrante formam uma unidade e
é substituído por inteiro, e outra é o da troca apenas do elemento filtrante.
Nos dois casos, além do ganho de tempo, ficou muito mais fácil a inspeção
de possíveis vazamentos de óleo.
SP: Existe alguma vantagem pelo ponto de vista ambiental?
Gaspar: O ganho ambiental com este procedimento é a diminuição do
risco de derramamento de óleo no momento da remoção do bujão do
carter e também no deslocamento do recipiente com óleo usado para
colocar no tambor.
SP: O Sindirepa tem feito para atender essa nova demanda tecnológica?
Gaspar: Nossa entidade orienta o profissional quanto ao procedimento
correto da troca de óleo nestes veículos que possuem este sistema de
troca por sucção. Quanto a especialização, nós recomendamos o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para que sejam realizados
treinamentos específicos. S
20 sindilub 2014
O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), empresário Antonio Oliveira Santos foi reeleito em setembro
para o período de 2014 a 2018 na sede da entidade na capital federal. A
nova Diretoria tomou posse em 19 de novembro.
Josias Albuquerque, atual vice-presidente Administrativo, será o novo 1º
vice-presidente; o vice-presidente José Evaristo dos Santos ocupará a 2ª
vice-presidência; e o também vice-presidente Laércio Oliveira assumirá a
3ª vice-presidência.
O atual 2º vice-presidente, Darci Piana, será o vice-presidente Administra-
tivo, e Luiz Gil Siuffo que também ocupa o cargo de presidente de honra
da Fecombustiveis, federação a qual o Sindilub é signatário, continuará à
frente da Vice-Presidência Financeira da CNC.
A entidade esclarece que o processo eleitoral foi realizado com a lisura ha-
bitual, respeitando não só as regras estatutárias, como também garantindo
aos candidatos a transparência necessária e o direito à ampla defesa, o
que assegurou o caráter democrático da eleição. S
Eleição na CNC
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Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais
SINDIRREFINO
	 Texto: Thiago Castilha
	 Foto: CNC
	 F	 ique por Dentro
E	 vento
C
om a presença de palestrantes nacionais e internacionais,
além de representantes das principais marcas comercia-
lizadas no Brasil, em apenas sete anos o encontro anual
organizado pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia
Automotiva já se tornou um dos principais fóruns sobre o mer-
cado de lubrificantes.
O VII Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos
foi realizado no final de outubro, em um centro de convenções
na Zona Sul de São Paulo, com o tema central “O Papel dos
Lubrificantes nas Metas de Emissões e de Eficiência Energética
do Inovar Auto”.
Tendo como principal objetivo o aumento da competitividade na
indústria automobilística nacional, o Inovar Auto é um programa
do Governo Federal que prevê incentivos até o final de 2017,
especialmente com descontos na carga tributária, para as
empresas que fizeram investimentos em pesquisa e desenvolvi-
mento para fabricação de veículos mais econômicos e seguros.
Já o Simpósio deste ano, de acordo com a AEA, teve como obje-
tivo justamente apresentar “informações sobre o Inovar Auto e
o seu impacto na indústria automobilística e, consequentemen-
te, à indústria de lubrificantes”. O encontro também procurou
“informar sobre os requisitos de emissões, em que modernas
tecnologias de motores e leis ambientais mais restritivas exigem
produtos cada vez mais sofisticados, além de tratar sobre os
fluidos de arrefecimento e suas tecnologias”.
Entre os participantes do evento da AEA era possível notar o
consenso de que o mercado está se acomodando a essa nova
realidade, com os competidores pelas fatias de venda de óleos
lubrificantes cada vez mais fortes.
A empresa de pesquisas estratégicas sobre mercados Factor
Kline foi representada por seu sócio-diretor, Sérgio Rebelo, que
fez a apresentação “Tendências Globais e Desafios Locais que
Impactarão a Evolução e a Competição do Mercado Brasileiro
de Lubrificantes Acabados”.
Segundo ele, a maior competividade entre os fabricantes e
importadores de lubrificantes se dará pela tendência de que
recursos tecnológicos antes limitados estão acessíveis a mais
empresas e os diferenciais técnicos são menos relevantes.
O resultado disso tudo é que a entrada de novos players no
mercado brasileiro será mais difícil, com muitas regras para
cumprir metas de eficiência, o que deve elevar os custos de im-
plantação de novas operações no país. Além disso, também há
	 Texto: Renato Vaisbih
	 Fotos: Divulgação AEA
	 	
Combustíveis mais eficientes e menos
emissões: o papel dos lubrificantes
Cláudio Lopes
Henry Joseph Jr.
Margareth Carvalho
Sérgio Rebelo
22 sindilub 2014
O Simepetro – Sindicato Interestadual das Indústrias
Misturadoras e Envasilhadoras de Produtos Deriva-
dos de Petróleo criou a Feilub – Feira dos Produtores
de Lubrificantes. Um espaço para troca de experiên-
cias, geração de negócios, conhecimento tecnológico
e acesso às novas tendências.
Toda a cadeia produtiva de óleos lubrificantes e
graxas, além de fabricantes de equipamentos, for-
necedores de produtos e serviços de laboratórios,
estará apresentando produtos e serviços além de
oportunidades de negócios.
Simpósio promovido pela AEA
discute impacto de programa do
Governo Federal no mercado
	 A	 genda
Simepetro realizará Feilub
Os visitantes terão ainda oportunidade de interagir com os
principais órgãos do governo, como a Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro),
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Corpo
de Bombeiros.
O evento será realizado nos dias 19 e 20 de maio de 2015,
sendo o Congresso no horário das 9h00 às 17h00 e a Fei-
ra das 12h00 às 20h00, no Expo Center Norte - Pavilhão
Amarelo, em São Paulo. S
um movimento de expansão dos negócios por parte
dos competidores que já estão por aqui.
Com relação às expectativas para o volume de
lubrificantes comercializado, os dados levantados
pela Factor Kline apontam que há expectativa de
crescimento do mercado de lubrificantes mais lenta
do que o verificado nos últimos anos não apenas no
Brasil, mas também na América do Norte e Europa.
O maior volume de consumo de lubrificantes deve
ocorrer na Ásia, com a China assumindo a posição de
maior mercado do mundo nos próximos quatro anos.
Metas
O vice-presidente da ANFAVEA – Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores, Henry Jose-
ph Jr., fez uma apresentação detalhada sobre as me-
tas que devem ser atingidas pelas montadoras para
que sejam beneficiadas pelo programa Inovar Auto.
Na opinião dele, os lubrificantes são uma peça-chave
para que os objetivos sejam alcançados, principal-
mente por causa da influência da qualidade e tecno-
logia utilizadas na fabricação dos óleos no consumo
de combustíveis e redução de emissões.
A gerente de tecnologia para a América Latina da
Infineum, Margareth Carvalho, fez a apresentação
de uma experiência realizada com um motor 1.4 a
gasolina, com resultados positivos com relação a
como o uso de aditivos e as diferentes viscosidades
de lubrificantes podem contribuir para reduzir o atrito,
contribuindo para a redução do consumo de combus-
tível e a proteção de desgaste do motor.
Em uma análise das emissões no mercado global, Marga-
reth afirmou que cada país ou região do mundo utilizam
metodologias diferentes de medição, mas todas estão
alinhadas. De acordo com ela, Europa e Japão estão mais
adiantados e devem atingir as metas em 2015. O Brasil, de
acordo com a programação do Inovar Auto, deve chegar à
meta de 12% de eficiência energética em 2017.
Sinal amarelo
Claudio Lopes, gerente de vendas Brasil da Afton Chemical,
insistiu na necessidade de redução de emissões, fazendo
o alerta de que, apesar de todos os esforços, o ano deve
terminar com um aumento global de 2,5%.
Para ele, não é mais possível desenvolver combustíveis e
lubrificantes separadamente. “O processo deve ser feito
em conjunto. É preciso encontrar o lubrificante tecnologica-
mente avançado que trabalhe bem no turbo, no desgaste
de válvulas, na economia de combustível, no controle de
válvulas, corrosão e depósito, na manutenção da viscosi-
dade e com a alta temperatura”, sentencia.
Outros temas abordados pelos palestrantes convidados
que contribuem para a redução das emissões foram os
modificadores de fricção; a importância de um sistema de
arrefecimento; testes com o uso de lubrificantes sintéticos
em veículos pesados; e novas tecnologias de aditivos. S
23sindilub2014
A
prevenção de incêndio deve estar relacionada
na rotina das empresas em geral e em especial
nos estabelecimentos que atuam com produtos
classificados como potencialmente perigosos. No caso
das revendas de lubrificantes não é diferente, pois em
um eventual incêndio o óleo lubrificante, mesmo tendo
um alto ponto de fulgor comparado ao dos combustí-
veis, pode causar grandes prejuízos à vida, ao meio
ambiente e ao patrimônio.
Para falar sobre as principais medidas de preven-
ção a incêndios, entrevistamos a especialista
em segurança contra incêndio de edificações,
Dra. Rosaria Ono – Arquiteta e Urbanista,
Professora Associada do Departamento de
Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade
de São Paulo.
Sindilub Press: Doutora Rosaria as
empresas brasileiras estão prepa-
radas para o combate a incêndio?
Rosaria Ono: Em geral, em-
presas de pequeno porte,
como o comércio de lubri-
ficantes, não são sensí-
veis ao tema. O nível
de conscientização
e preparo das em-
presas em geral
para com a se-
gurança con-
tra incêndio
depende
muito do
ramo de
atuação
da empresa, pois está diretamente relacionado ao
nível de risco de incêndio das atividades que desen-
volve. Empresas de médio e grande porte costumam
ter uma estrutura mais consolidada, com profissionais
mais qualificados e especializados como técnicos e
engenheiros de segurança do trabalho que possuem
noções sobre os riscos e os meios de controlá-los,
	 Texto: Thiago Castilha
	 	
assim como são responsáveis por formar e coordenar
as brigadas de incêndio para as primeiras ações numa
situação de emergência.
SP: Dra. Rosana a legislação sobre prevenção de incêndio
no Brasil é eficiente?
Rosaria Ono: A presença de técnicos e engenheiros de
segurança do trabalho nas empresas já faz parte da
legislação que visa à segurança, principalmente, do tra-
balhador, regulamentada pelo Ministério do Trabalho. A
segurança e saúde do ambiente do trabalho inclui, na
prevenção de acidentes de trabalhadores, a seguran-
ça contra incêndio. A formação da CIPA – Comissão
de Prevenção de Acidentes nas empresas com
mais de 50 funcionários, mas nada impede que
empresas menores adotem os procedimentos
do CIPA como manual de prevenção a incên-
dios. Além disso, existem regulamentações
específicas de segurança contra incêndio
para edificações e áreas de risco, nor-
malmente expedidas pelos Corpos de
Bombeiros. No entanto, é necessá-
rio ressaltar que hoje a sociedade
exige além da proteção à vida,
a proteção também ao meio
ambiente e, por vezes, a
proteção ao patrimônio. Já
testemunhamos os danos
que incêndios em líqui-
dos (óleos Lubrifican-
tes) combustíveis e
inflamáveispodem
causar para o
meio ambiente
e, principal-
mente, a vi-
zinhança
próxima.
SP: No caso
dos óleos lubrificantes quais seriam as proporções de um
incêndio?
Rosaria Ono: Apesar da dificuldade de combustão dos
lubrificantes, a partir do momento que o incêndio se inicia
neste tipo de produto, pode perdurar por muito tempo e
ser de difícil extinção, justamente por ser um líquido vis-
coso e de alto ponto de fulgor. Também deve gerar uma
	E	 ntrevista
Dra. Rosaria Ono
Arquiteta e Urbanista
Prevenção de incêndio
CALOR
COMBURENTE
COMBUSTÍVEL
24 sindilub 2014
fumaça muito densa, que em locais fechados, dificulta
tanto a saída das pessoas como a entrada da equipe
de combate, pela falta de visibilidade e a toxicidade
da fumaça.
SP: Quais as consequências da falta de preparo e do fator
psicológico no eventual incêndio?
Rosaria Ono: A falta de preparo para enfrentar uma
situação de emergência pode ter consequências gravís-
simas. Em locais onde a população fixa é predominante,
como nas indústrias e nos depósitos, onde é possível
manter uma política diária de segurança e uma rotina
de treinamentos periódicos e reciclagem do pessoal
em relação à prevenção e proteção contra incêndios,
com a implementação de planos de emergência, dificil-
mente haverá uma situação de “pânico” num eventual
incêndio. As pessoas já saberão como agir. A situação
mais delicada é a oposta, que é gerenciar uma grande
população flutuante, como num centro de compras,
onde uma pequena parte da população fixa deve se
encarregar de orientar as demais numa emergência.
SP: Qual a importância do conhecimento a respeito do
Triângulo de Fogo?
Rosaria Ono: Este conhecimento é importante, tanto
na prevenção como na proteção contra incêndio. A
combustão depende da presença de três elementos: o
calor, o combustível (material que queima) e o oxigênio.
Eles são os elementos que formam o triângulo do fogo.
SP: Dra. Rosaria, em sua opinião, por onde deveria começar
o projeto de prevenção de incêndio?
Rosaria Ono: Para começar, creio ser importante, no
mínimo, atender às exigências da regulamentação es-
tadual, do corpo de bombeiros e, à medida do possível,
verificar se existe a necessidade de aprimoramento
devido às características específicas da atividade,
visando ao interesse da preservação do negócio e de
sua continuidade, minimizando os riscos de incêndio
e maximizando os meios de proteção contra incêndios.
SP: Quais questões merecem mais atenção na elaboração
do projeto de prevenção a incêndios?
Rosaria Ono: As necessidades dependem muito da
escala do comércio em questão e, principalmente, da
quantidade do produto estocado, o tipo de embalagem
e a forma de estocagem do mesmo. A princípio, é impor-
tante isolar a área de estoque e evitar qualquer atividade
alheia à função no local, para evitar qualquer princípio de
incêndio. Neste quesito é importantíssimo o treinamento
dos funcionários e conscientização dos colaboradores
da empresa para evitar ações indevidas nesse sentido.
As instalações elétricas devem estar em ordem, desde o
dimensionamento adequado de fiação até os dispositivos
utilizados e as lâmpadas adequadas para evitar o sobre-
aquecimento que pode levar a um princípio de incêndio.
Pode-se considerar a necessidade de compartimentar
grandes ambientes em células menores, para evitar que
um incêndio se alastre em toda a área rapidamente.
SP: Quais são as soluções de segurança passivas e ativas
que devem ser tomadas, no caso do estabelecimento não
ter a estrutura projetada para minimizar riscos?
Rosaria Ono: As medidas de proteção passiva são aque-
las incorporadas à construção, como paredes e portas
corta-fogo e outras medidas construtivas que contribuem
para proteger o espaço, contendo o incêndio pela sua
simples existência. Já as medidas de proteção ativa são
aquelas instaladas para serem acionadas conforme a ne-
cessidade, como extintores, hidrantes, alarme e ilumina-
ção de emergência. As medidas de proteção ativa, desta
forma, têm maior possibilidade de falha se não houver
manutenção adequada dos sistemas e treinamento dos
responsáveis pelo seu acionamento. S
S	 indilub em Ação
O
Sindilub estreou sua fanpage no Fa-
cebook recentemente, com o objetivo
de abrir mais um canal de comuni-
cação com os associados e a sociedade
em geral. “Parece que todo mundo está no
Facebook hoje em dia. Porque o Sindilub
não pode estar?”, questionou o presidente
do sindicato, Laercio Kalauskas, durante
uma reunião da Diretoria em que o assunto
foi colocado em pauta.
Todos os presentes concordaram que seria
uma boa ideia o Sindilub criar sua própria
página em uma das redes sociais da internet
com maior número de adeptos no Brasil. De
acordo como próprio Facebook, no final de
2013, cerca de 83 milhões de brasileiros
possuíam perfis ativos na rede social. Deste
número, cerca de 60 milhões acessam o Fa-
cebook em dispositivos móveis, com destaque
para os smartphones.
Questionada sobre a importância de uma
instituição como o Sindilub estar presente
no Facebook, a pesquisadora de tendências
e comportamentos sociais digitais Tatiana
Tosi diz que “os principais benefícios para o
posicionamento nas redes sociais reside na
ampliação dos canais de comunicação, seja
com o consumidor final ou com os fornecedo-
res de óleos lubrificantes, ao mesmo tempo,
proporcionando um maior engajamento entre
todos os participantes da cadeia de valor”.
Na opinião de Tatiana, “simultaneamente, a
implementação da comunicação no ambien-
te digital traz consigo um rejuvenescimento
da marca institucional visando abertura com
o público jovem e com aquele que já tem
interesse no tema”.
Anote o endereço para acessar a fanpage do
Sindilub: www.facebook.com/sindilub.
	 Texto: Renato Vaisbih
	
	 	
Sindicato estreia página exclusiva em
uma das principais redes sociais
Para curtir o Sindilub
no Facebook
Efeito colateral?
Muitas empresas consideram que, com tanto sucesso, o Face-
book pode acabar atrapalhando o rendimento dos funcionários
e, consequentemente, prejudicar as empresas. Uma reportagem
assinada pela jornalista Letícia Arcoverde, com o título “Nem todos
conseguem trabalhar olhando o Facebook”, publicada no dia 7 de
julho de 2014 no jornal Valor Econômico, revela um levantamen-
to cujo resultado aponta que “quase metade dos entrevistados
(45%), inclusive, admite que o acesso à tecnologia atrapalha a
concentração”.
O texto afirma ainda que William Kerniski, diretor executivo da
agência de marketing digital LeadPix, uma das responsáveis pela
pesquisa, considera que a situação chegou a um ponto em que é in-
viável controlar o acesso às redes sociais no ambiente de trabalho.
De acordo com a reportagem, “para ele, a avaliação das empresas
deve ser feita pela análise da produtividade do profissional, e não
pelo controle de acesso à rede em si”. S
26 sindilub 2014
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Cuidar do Planeta é responsabilidade de todos

  • 1. 2014 - 5/6 - nº 111
  • 2. Nós protegemos os recursos naturais. E você? Cuidar do Planeta é responsabilidade de todos. Conte com a nossa parceria! Ao realizar a coleta e o rerrefino do óleo lubrificante usado* dos veículos e indústrias em todo país, transformando o óleo usado em óleo novo, a Lwart Lubrificantes assume sua responsabilidade na preservação do meio ambiente, evitando a emissão de gases de efeito estufa e a contaminação do solo e dos mananciais. O óleo lubrificante usado só tem um destino legal e ecologicamente correto: a coletaeorerrefino Solicite a Coleta pelo site: www.lwartlubrificantes.com.br ou Disque Coleta: 0800 701 0088 *Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deve ter o rerrefino como destinação final segundo resolução Conama 362/2005. avanticom
  • 3. Índice 05 Sindilub em Ação O poder da comunicação 06 Meio Ambiente Criatividade a serviço do meio ambiente 08 Legislação Contribuição Sindical Patronal, obrigatória por Lei 09 Sindilub em Ação Negociações Coletivas de Trabalho SP 2014/2015 10 Mercado Mercado de aditivos aftermarket 12 Capa Sindilub em Minas Gerais 16 Varejo Óleo Certo orienta consumidor 17 Evento Lançamento do Plano de Resíduos Sólidos de SP 18 Produto O meio ambiente agradece 19 Meio Ambiente Paraíba assina Termo de Compromisso para coleta e reciclagem de OLUC 20 Entrevista Evolução do sistema de lubrificação 21 Fique por Dentro Eleição na CNC 22 Evento Combustíveis mais eficientes e menos emissões: o papel dos lubrificantes 23 Agenda Simepetro realizará Feilub 24 Entrevista Prevenção de incêndio 26 Sindilub em Ação Para curtir o Sindilub no Facebook facebook.com/sindilub 3sindilub2014
  • 4. Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho Diretor Secretário: Fabiano Grassi Diretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. Carvalho Diretor Social: Antonio da Silva Dourado Diretor Executivo: Ruy Ricci Coordenadora: Ana Leme – (11) 3644-3440 Jornalista Responsável: Ana Azevedo – MTB 22.242 Editoração: iPressnet – www.ipressnet.com.br Impressão: Hawaii Gráfica e Editora Capa: Shutterstock 2014 - 5/6 - nº 111 Rua Tripoli, 92 – Conjunto 82 V. Leopoldina – São Paulo – SP – 05303-020 Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640 www.sindilub.org.br / sindilub@sindilub.org.br Foto:Divulgação Expediente As matérias são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente opinião da revista. Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos anúncios publicados. É proibida reprodução de qual- quer matéria e imagem sem nossa prévia autorização. Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes – SINDILUB Caros leitores, “A associação sindical é de formação espontânea. Nasce, por assim dizer, diretamente dos fatos. Os que exercem a mesma empresa, ou trabalham sob condições idênticas, vêem-se semelhantes no espelho da atividade ou profissão. Juntam-se, ganham homogeneidade e somam-se, associando-se. O direito, rápido, cumpre sua missão de alfaiataria, compondo roupa capaz de vestir para reconhecer e, no essencial, disciplinar o fato da união dos semelhantes ou assemelhados ditada pela força de atração do interesse comum. No princípio, alfaiataria de primeiro grau, em nível de lei ordinária e até de provimentos de menor hierarquia. Mais tarde, quando o sindicalismo alcança posição estrelar, a Lei Maior dá-lhe acolhida.” Inicio este singelo editorial transcrevendo comentários de um pequeno – no tamanho – grande – no conteúdo – livro emprestado pelo consultor jurídico do Sindilub, sobre o sistema sindical brasileiro, de autoria de seu mentor intelectual, o Professor José Washington Coelho. E porque fiz isso? Porque este ensinamento tem tudo a ver com a nossa luta para buscar cada vez mais reconhecimento da revenda atacadista de lubrificantes no cenário nacional, seja no Sistema Confederativo da Representação Sindical, na Agência Reguladora ou perante os Órgãos Fazendários e de Meio Ambiente. E foi com essa vontade, com esse espírito que realizamos em novembro importante reunião dos Revendedores Atacadistas de Lubrificantes do Estado de Minas Gerais, e que vocês poderão ter mais detalhes lendo a matéria publicada nesta edição. O autor do livro inicia o parágrafo transcrito com uma frase simples, mas de efeito, insofismável: “A associação sindical é de formação espontânea. Nasce, por assim dizer, diretamente dos fatos.” Exatamenteoqueocorreu.OsRevendedoresAtacadistas de Lubrificantes de Minas Gerais sentiram a necessidade de se unirem para discutir e buscar soluções para problemas comuns, e para tanto necessitavam de um guarda-chuva, de um elemento agregador para a partir deste elemento, exercerem uma representação legítima. E daí o convite ao Sindilub, que também, para crescer e lutar em prol da categoria econômica que representa, necessita da associação de mais e mais Revendedores Atacadistas de lubrificantes. E ainda valendo-me da lição do citado Professor, “Cada trabalhador ou empresário, isoladamente, pode muito pouco ou nada na luta para defesa de seus interesses. Associam-se visando a ganhar e ter poder de fogo. O produto da união é a entidade sindical, que será tão mais legítima quanto mais se justapuzer, de corpo e alma, à categoria representada.” A semente foi lançada, semeada no solo mineiro, e por certo dará bons frutos. O final do ano caminha a passos largos, e algumas das matérias desta edição relacionadas ao trabalho do Sindilub ao longo de 2014 demonstram que nosso esforço foi grande para alcançarmos as metas que buscamos, e quando pensamos que alcançamos, surgem novos desafios. Nessa toada, encerro por aqui este singelo editorial, e como nos veremos somente em 2015, desejo a todos muita felicidade, saúde e paz nas festas de final de ano, e no próximo ano que se avizinha. Recarreguem as baterias, e muita coragem. Muito obrigado. E boa leitura. Laercio Kalauskas Presidente do Sindilub
  • 5. Texto: Renato Vaisbih S indilub em Ação C umprindo sua parte nos acordos firmados com o Po- der Público e um conjunto de diversas instituições, o Sindilub faz uma intensa divulgação dos programas de coleta de embalagem plástica usada e oluc, com men- sagens exclusivas aos associados, campanhas na internet, participação em debates sobre o tema e reportagens publicadas na revista Sindilub Press. O resultado do trabalho de conscientização feito pelo sin- dicato é mais do que positivo. Números revelados pelo pro- grama Jogue Limpo, do Sindicom, que faz o recolhimento de embalagens plásticas usadas de lubrificantes, apontam um aumento de 158,3% no volume coleta na comparação do total de 2013 até outubro de 2014 nas empresas do segmento atacadista. No ano passado inteiro, foram entregues ao Jogue Limpo 37.417,7 Kg, enquanto em 2014, até outubro, haviam sido recolhidos 96.662,4 Kg. O número de empresas classificadas pelo programa como “revendedor atacadista” também teve um aumento consi- derável, de 84%, passando de 94 em 2013 para 179 neste ano, em todo o Brasil. A maior abrangência territorial do Jogue Limpo também contribuiu para os bons resultados. Em 2013, a coleta foi realizada em atacadistas do Distrito Federal e mais sete Estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Neste ano, entraram na lista Alagoas, Bahia e Pernambuco. Trabalho de conscientização feito pelo Sindilub aumenta em quase 160% o volume de embalagens usadas entregues ao programa Jogue Limpo O poder da comunicação No balanço de 2014, Minas Gerais é o Estado com o maior número de revendedores atacadistas que fizeram a entrega de embalagens usadas para reci- clagem, com 55 empresas. No ano passado, apenas dez atacadistas mineiros apareciam no levantamento. O segundo lugar, em número de atacadistas que participam do Jogue Limpo, é ocupado pelo Estado de São Paulo, com 37 empresas. Em 2013, eram 26 empresas. De acordo com o diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci, “esses números fazem parte de um relatório que será encaminhado ao Ministério do Meio Am- biente, como previsto no Acordo Setorial de Logística Reversa de Embalagens de Lubrificantes, e revelam que o trabalho de conscientização junto segmento do comércio atacadista está surtindo efeito”. S 5sindilub2014
  • 6. M eio Ambiente Texto: Renato Vaisbih Especialistas do Reino Unido realizam workshop sobre economia circular e como o design pode contribuir para a redução da geração de resíduos e reuso de materiais Criatividade a serviço do Meio Ambiente A sede da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo foi palco de um workshop no início de novembro com o tema “Economia Circular Ecodesign”, realizado em parceria pela anfitriã do encontro, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), o Consulado Geral do Reino Unido em São Paulo e o United Kingdom Trade Investiment (UKTI). A iniciativa é fruto de um acordo entre o governo britânico e a admi- nistração estadual paulista para a troca de experiências e cooperação em diversas áreas, inclusive as políticas públicas para a gestão de recursos naturais. Nesse sentido, a economia circular, um dos mais recentes termos técnicos relacionados à sustentabilidade, engloba práticas já utilizadas no Brasil nos programas e acordos de logística reversa de embalagens plásticas de óleos lubrificantes e também do oluc, dos quais o Sindilub é signatário e possui uma intensa participação. A ideia central da economia circular é viabilizar a redução da geração de resíduos e o reuso de materiais utilizados nos processos industriais. A proposta sugere mudanças no modelo linear tradicional, onde as em- presas utilizam recursos naturais como matéria prima para utilizá-los na confecção de produtos manufaturados com os resíduos, posterior- mente, sendo descartados muitas vezes sem qualquer planejamento. A diferença da economia circular é que as empresas buscam “fechar o ciclo”, como é o caso da logística reversa. O conceito de economia circular e algumas experiências bem-sucedi- das na Europa foram apresentados no workshop por Mervyn Jones, chefe de Programas Colaborativos do WRAP, entidade criada em 2000 pelo governo do Reino Unido com o objetivo de auxiliar na difusão da reciclagem, criar um mercado para os produtos reciclados e promover a eficiência e gestão de recursos e produtos sustentáveis. Para colocar tudo isso em prática, uma das estratégias foi reforçar o “ecodesign”, com ações para incentivar a perspectiva ambiental na elaboração de novos produtos, selecionando matérias primas de fontes renováveis, ampliando o tempo de vida útil dos produtos ou elaborando projetos que facilitem o conserto ou a reciclagem de materiais. O papel do design na economia circular foi abordado por Dan Epstein, que foi chefe de Desenvolvimento Sustentável e de Regeneração da Autoridade Olímpica de Londres 2012 e fundador da empresa que concebeu o “The Great Recovery”, um programa que utiliza a criação coletiva para buscar soluções à destinação de resíduos, especialmente do lixo eletrônico. A busca por respostas criativas envolve designers, cientistas, especialistas em diversos tipos de matéria prima, fabricantes e recicladoras. S 6 sindilub 2014
  • 7.
  • 8. L egislação O s proprietários de revendas atacadistas devem fazer o paga- mento da contribuição sindical patronal até o dia 31 de janeiro de 2015. Os recursos arrecadados são uma das principais receitas do Sindilub e auxiliam na manutenção da estrutura do sindicato para atuar junto aos diver- sos setores da sociedade em prol dos interesses de seus filiados. A contribuição sindical está prevista nos artigos 578 a 591 da CLT. Possui natureza tributária e é recolhida COM- PULSORIAMENTE pelas empresas do comércio de lubrificantes a este Sindi- cato que é o único representante da categoria econômica do comércio de lubrificantes. Portanto, desconsidere quaisquer guias para o recolhimento da contribuição sindical porventura enviadas por outros Sindicatos. Recolhimento essencial e indispensável: O pagamento da contribuição sindical é obrigatório a partir do registro da empresa e a cada ano no mês de ja- neiro. É devida por todas as empresas, independentemente de serem ou não associados a um sindicato. A Nota técnica SRT/TEM nº 202/2009 deixa clara que na concessão de alvará, per- missões ou licenças de funcionamen- to, renovações e nas participações de concorrências públicas, será exigida a prova de quitação do recolhimento da contribuição sindical ao sindicato da categoria a que pertence e exibição perante a Fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho. Contribuição Sindical Patronal, obrigatória por Lei Responsabilidade solidária do contador: Tratando-se de um tributo, conforme o Código Civil em vigência desde 11 de janeiro de 2003, o CONTADOR assume a responsabilidade solidária junto ao seu cliente, pela orientação correta do recolhimento da contribuição sindical ao sindicato representante da categoria econômica correta, neste caso a do comércio de lubrificantes. Sobre o recolhimento: O recolhimento é feito somente uma vez a cada ano e para o exercício de 2014 o prazo expira em 31 de janeiro. Tem o seu valor fixado em função do capital social da empresa, nos termos da legislação em vigor. Recolhimento fora do prazo: Será acrescido das penalidades previstas no artigo 600 da CLT. Após o vencimento, incidência de multa de 10% (dez por cento) nos primeiros trinta dias, mais 2% por mês subsequente de atraso, além de 1% de juros de mora ao mês. Guia de recolhimento: As empresas estarão recebendo a Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical (GRCS) via correio, até o dia 10 de janeiro de 2015. Caso não receba acesse o site do Sindilub: www.sindilub.org.br ou entre em contato com a secretaria no fones (11) 3644-3440 / 3645-2640. Para as empresas constituídas após o dia 31 de janeiro, a Contribuição Sin- dical deverá ser recolhida quando do registro da mesma na Junta Comercial. Passo a passo para emissão da GRCS: • Acessar o site da Federação www.fecombustiveis.org.br; • Clicar no banner nº 1 emita a guia; • Clicar no link Emissão de Guia; • Preencher o CNPJ (formato - 00.000.000/0000-00); • Verificar o exercício (ano) da Guia que será recolhida; • Em SINDICATO, na barra de rolagem - Escolha NA RELAÇÃO ABAIXO O SINDICATO QUE REPRESENTA SUA CATEGORIA - Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes - SINDILUB; • Clicar em “Emitir Guia”; • Preencha os dados solicitados, e em seguida imprima a guia; • Atenção:apósovencimento,multade10%+1%dejurosp/mêsdeatraso. Texto: Thiago Castilha 8 sindilub 2014
  • 9. O Sindilub concluiu as Negociações Coletivas de Trabalho com os Sindicatos dos Trabalha- dores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo, de Santo André e Mauá, de São José dos Campos, de Presidente Prudente, de Ribeirão Preto e Região, de Campinas e de São José do Rio Preto. Para evitar aumentos significativos nos benefícios, o que gera custos diretos para as empresas, explica a Texto: Ana Azevedo Negociações Coletivas de Trabalho SP 2014/2015 consultora jurídica do Sindilub, Cláudia Marques Generoso, optou-se por aumentar o percentual da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O bom momento vivido pela economia brasileira nos últimos anos acabou por criar uma situação nova nas negociações. Além da reposição das perdas, tornou-se comum os adicio- nais de aumento por produtividade. Para muitos empresários, a rigidez na legislação trabalhista dificulta a negociação entre trabalhadores e empregados. O Sindilub enviou Comunicado à todas as associadas e caso tenham dúvidas o departamento jurídico está a disposição para esclarecimento. S Empresas que não fizerem o recolhimento da contribuição correm o risco de ficar sem alvará de funcionamento LINHA CLASSE DE CAPITAL SOCIAL (R$) ALÍQUOTA (%) PARCELA À ADICIONAR (R$) 1   de 0,01 a 22.415,25 Contribuição Mínima 179,32 2   de 22.415,26 a 44.830,50 0,8% - 3   de 44.830,51 a 448.305,00 0,2% 268,98 4   de 448.305,01 a 44.830.500,00 0,1% 717,29 5   de 44.830.500,01 a 239.096.000,00 0,02% 36.581,69 6   de 239.096.000,01 em diante Contribuição Máxima 84.400,89 Tabela 9sindilub2014
  • 10. M ercado O mercado brasileiro de aditivos vendidos em frascos pela revenda (aftermarket) movimentaanualmentecerca4milhõesde litros, segundo pesquisa realizada pela Bardahl. Em razão do aumento da mistura de etanol e bio- diesel aos combustíveis, que podem influenciar no funcionamento dos motores, especialistas apontam que a demanda por aditivos deve cres- cer cerca de 20% ao ano. Outro fator que deve puxar a demanda é a utili- zação de aditivos na manutenção preventiva dos veículos como na limpeza dos bicos injetores, por exemplo. “Atualmente as empresas de aditivos submetemseusprodutosatestesdasmontadoras para provar a eficiência e eficácia dos produtos gerandohomologaçõesdaengenharia.Comessas certificações,alémdovaloragregadoaosprodutos, podemos afirmar com base nos testes, os benefí- ciosdosaditivosaosconsumidores”,explicaKleber Araújo, diretor comercial da KFP distribuidora, empresa associada ao Sindilub e especializada em comercialização de aditivos. Segundo Araújo, o mercado nacional de aditivos aftermarket divide-se entre empresas de médio e grande porte que detém a maior fatia do mercado como STP, Tirreno e Bardahl. “O setor sofre com a atuação de pequenas empresas sem compromis- so com a qualidade e com a falta de fiscalização. Existem produtos que não tem nenhuma proprie- Texto e Fotos: Thiago Castilha Mercado de aditivos aftermarket dade de aditivação, são inócuos, não oferecem nenhum perigo na utilização, ou o pior, podem provocar danos aos veículos. O consumidor por falta de conhecimento é motivado a adquirir estes produtos atraído pela propaganda, promoção e preço baixo”, alerta Araújo. Em relação a demanda, o problema do aditivo no Brasil é que não existe ainda uma cultura de procura espontânea pelo consumidor, ao contrário do que acontece no mercado americano aonde o motorista já sabe da importância da uti- lização. “Na nossa região, além do fornecimento de produtos, nós oferecemos treinamento técnico para que nossos clientes tenham condições de explicar e oferecer o produto adequado para a necessidade do consumidor. Por experiência, para fo- mentar o uso de aditivos é necessário conscientizar o cliente dos benefícios ambientais, da economia de combustível, do prolongamento da vida útil do motor, pois um motor que fun- ciona bem, consome menos, tem menos atrito e emite menos gases poluentes”, ressalta Araújo. O perfil do consumidor de aditivos divide-se entre proprietários de veículos que tem preocupação com o bom funcionamento e realizam manutenção preventiva e os que buscam remediação de problemas com o carro. “Antigamente a procura por aditivos era como um corretivo, para conter vazamento de lubrifican- te, diminuir a fumaça do escapamento, mas o mercado está sendo direcionado para a prevenção. Ainda existe produtos para motores antigos, mas estamos disseminando a cultura preventiva e os benefícios de utilização dos aditivos no veículo desde quando sai da fábrica zero quilômetro”, destaca Araújo. Benefícios do uso de aditivos: Os aditivos auxiliam no funcionamento do motor para que as peças internas trabalhem em condições adequadas, reduzindo atrito, melhorando a combustão e mantendo a temperatura ideal. Mesmo com desgaste natural que os motores sofrem, é possível manter o equipamento próximo da condição de fábrica com o uso de aditivos, pois os produtos atuam na limpeza e na descarbonização do motor evitando o acúmulo de sujeira que prejudicam a lubrificação e que com o tempo geram des- gaste pelo maior atrito das peças no motor. No desempenho do veículo, o aditivo auxilia na combustão, potencializando a octanagem, e na economia de combustível, uma vez que o veículo passa a ter maior taxa de compressão e tem maior autonomia, ou seja, com menos combustível, vai fazer mais quilômetros por litro. O aditivo de lubrificante auxilia na redução de atrito e evita acu- mulaçãodesujeiraqueformaborranaspartesinternasdomotor. 10 sindilub 2014
  • 11. A linha ENEOS de lubrificantes para motor e transmissão foi desenvolvida para oferecer a mais alta performance aliada à preservação ambiental. Graças à tradição no fornecimento às montadoras e à participação em competições automobilísticas, nossos produtos redefinem hoje os conceitos de lubrificantes sintéticos. O aditivo de radiador pro- tege as partes internas do sistema de refrigeração contra a corrosão e tem a responsabilidade de man- ter a temperatura ideal do motor evitando que a água ferva ou congele. O aditivo de combustível combate a acumulação e formação de depósitos de sujeira gerados durante o processo de combustão que pode causar perda de potência, falhas e até entupimento no sistema. Em relação aos veículos que utilizam combustíveis alternativos, os aditivos atuam principalmente na proteção interna e limpeza do sistema. O etanol, por exemplo, combinado com a água da condensação cria com o tempo um gel de alumínio, também conhecido como borra branca, que se acumula nas partes altas do motor prejudicando o desempenho e podendo comprometer a lubrificação do veículo. O aditivo age para evitar essa contami- nação e ajudar o motor a eliminar a água com maior facilidade, além de evitar ferrugem e corrosão no sistema. S Ranking dos produtos de maior demanda do mercado: • Anticongelantes; • Limpeza dos bicos injetores; • ATF Fluido; • Fluido de freio; • Facilitador de partida a frio; • Limpeza interna do motor (en- gines flush); • Melhoria de Lubricidade; • Aumento de octanagem; • Vedadores de vazamento.
  • 12. C apa O Sindilub realizou em novembro uma Assembleia Geral Extraordinária em Minas Gerais, com o ob- jetivo de iniciar a discussão sobre a extensão da base territorial da entidade no estado e criar uma dele- gacia sindical. Na ocasião, o Sindilub também promoveu o Seminário “Os Desafios do Revendedor Atacadista de Lubrificantes”, com palestras de interesse do setor e a presença dos principais empresários do comércio ata- cadista de lubrificantes de diversas regiões do estado, representantes de entidades sindicais e fornecedores. O encontro ocorreu na sede do Sindicato do Comércio Va- rejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) e teve o apoio da Federação Nacional do Co- mérciodeCombustíveisedeLubrificantes(Fecombustíveis). O presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas no início dos trabalhos apresentou a diretoria, assessores da entidade e os palestrantes e deu as boas vindas aos presentes. Destacou que o evento teve como objetivo proporcionar o estudo, a troca de experiências e o conflito saudável de ideias e condutas. “Nosso trabalho é fruto da confiança e incentivo dos nossos associados”, ressaltou Kalauskas. O consultor jurídico do Sindilub, Edison Gonzales, que conduziu a assembleia e ministrou a palestra sobre os as- pectos civis e comerciais dos contratos com fornecedores, comemorou o fato da iniciativa de ampliar as atividades na região ter partido dos empresários. “Os comerciantes atacadistas de Minas Gerais que procuraram o Sindilub para atender as necessidades das empresas no estado e ter uma representação legal. Será um trabalho árduo e difícil, mas que realmente só terá frutos se houver uma união desta base”, explicou Gonzales. Presente no evento, o presidente da Fecombustíveis e 2º vice-presidente do Minaspetro, Paulo Miranda Soares, fez um alerta aos empresários: “sempre defendi com ênfa- se a questão do empresário. Não adianta pedir socorro na hora que tem um problema. Ele precisa fortalecer a entidade dele, para o sindicato criar uma estrutura para poder atendê-lo”. Para ele, o empresário deve estar em torno da sua liderança, seja um sindicato ou associação, mas ele tem que estar associado. “A união é que faz a força, este é um ditado dos mais antigos e isso é fato.”, concluiu Soares. Texto: Thiago Castilha Fotos: Geisa Brito e Thiago Castilha Sindilub em Minas Gerais Trajano Lima e Laercio Kalauskas Laercio Kalauskas Adriano Jannuzzi Arthur Villamil Leonardo Cardoso Walter Françolin 12 sindilub 2014
  • 13. Liderança Durante a assembleia, foi aprovada a proposta da aber- tura da delegacia sindical no estado e, na sequência, foram eleitos como delegado sindical o empresário e proprietário da FMV Lubrificantes, Trajano Lima, junta- mente com o subdelegado e diretor da Bel Distribuidora, Adriano Jannuzzi. Eleito como delegado sindical do Sindilub em MG, Traja- no, que faz parte do sindicato desde a década de 1990, explica que este encontro era para falar sobre a extensão da base territorial e acabou surgindo a oportunidade de criação da Delegacia Sindical de Minas Gerais. “Tivemos a presença de trinta revendedores atacadistas do estado de Minas Gerais. Pelas conversas com os par- ticipantes, já sentimos que o resultado foi muito positivo, pois todos estão apostando e acreditando na necessidade do nosso segmento se unir”, explica Trajano. O diretor da Bel Distribuidora e subdelegado de MG do Sindilub, Adriano Jannuzzi, falou da importância do em- presário poder contar com o sindicato e ter uma repre- sentação forte. Segundo ele, “nossa atividade é complexa e envolve uma série de particularidades, principalmente com fornecedores que são, em maioria, multinacionais. Dessa forma, surgiu a necessidade de termos uma base, uma fonte de informação jurídica e uma representação legal. Isso impulsionou a procura pelo Sindilub para a criação de uma delegacia sindical”. Para o vice presidente, Lucio Seccato Filho a assembleia realizada em Minas fortalece os revendedores da região que se juntam numa união com os mesmos interesses e ao se associarem ao SINDILUB terão a partir de agora todo o apoio em prol da categoria. “Para o SINDILUB é Bernardo Souto Leonardo Freitas Edison Gonzales Lucio Seccato Filho 13sindilub2014
  • 14. mais um grupo de empresas, composto de empresários de alto nível, que também trarão sua contribuição para a classe. O Seminário foi bastante proveitoso, trouxe temas atuais dissertados por excelentes profissionais do meio”, completa Seccato. O presidente do Sindilub parabenizou o delegado sindical, Trajano Lima e o subdelegado Adriano Jannuzzi pela eleição com votação unânime e, agradeceu o apoio e empenho do empresário Nelson Nunes para a realização deste evento. “Demos os primeiros passos para abertura da delegacia sindical e da extensão da base territorial do Sindilub para podermos representar e defender os interesses dos em- presários da revenda atacadista de lubrificantes de Minas Gerais”, destacou Kalauskas. Palestras O seminário promovido pelo Sindilub abordou temas do dia a dia do comerciante atacadista, como questões sin- dicais, tributárias, trabalhistas, contratuais, ambientais e de mercado. O consultor tributário do Sindilub, Wilson Brandão, fez uma retrospectiva da substituição tributária no ramo da comercialização de lubrificantes desde 1989 até as atua- lizações consideradas abusivas que ocorreram em 2013. “Apresentamos propostas do Sindilub para melhorar a competitividade do atacadista de lubrificantes, preven- do uma restrição à incidência da substituição tributária apenas para produtos de varejo, ou seja, aqueles que são vendidos em prateleiras, excluindo do regime produtos utilizados por grandes consumidores. A primeira etapa é apresentar esta proposta em São Paulo e dependendo dos resultados avançar por todo o Brasil”, completa. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Sitramico), Leonardo Freitas, abordou a possibili- dade de um acordo coletivo de trabalho para o setor. Ele acredita que o evento será um marco divisor. “Vejo como significativo e importante nesse seminário a busca do sin- dicato patronal se estabelecer como representante desta categoria econômica no estado”, afirmou. O advogado da Fecombustíveis, Bernardo Souto, ministrou a palestra sobre Gestão Ambiental do Transporte Rodovi- ário de Lubrificante e Cadastro Técnico Federal do Ibama. Para ele, o encontro foi “relevante para o revendedor para que ele se conscientize da responsabilidade ambiental, pois essa obrigação veio para ficar e o revendedor tem que estar preparado para enfrentar a questão”. Adilson Capanema, diretor executivo da Petronas, apresen- tou as novidades da empresa e ressaltou que o movimento dos empresários mineiros “deve fortalecer a cadeia toda. É interessante porque, afinal de contas, somos um conjunto. Um mercado atacadista saudável signi- fica maior oportunidade para colocarmos os produtos da Petronas nas prateleiras, seja através dos nossos distribuidores ou por meio de outros que possam a vir nos representar no futuro”. A logística reversa de óleo usado ou contaminado (OLUC) e das embalagens plásticas usadas também foram tema de uma das palestras de meio ambiente. A primeira parte foi apresentada pelo diretor executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (Sindirrefino), Walter Françolin, que falou da importância da parceria da entidade com o Sindilub. “A história tem mostrado que o Sindilub é um elo importante para que os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos sejam alcançados, pois acredito que o papel do comerciante atacadista dentro do sistema é fundamental e imprescindível para o sucesso do programa”, ressalta. A segunda parte da palestra foi apresentada pelo diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci, que enfatizou a responsabilidade do comerciante atacadista em relação à logística reversa das embalagens usadas de lubrificantes. Ricci também apresentou documentos necessários para o associado fazer parte do sistema, como o Termo de Adesão e o Certificado de Recebi- Wilson Brandão Mauricio Leibovitz Paulo Miranda Ruy Ricci 14 sindilub 2014
  • 15. mento de embalagens, além de soluções para o armazena- mento ambientalmente correto das embalagens recebidas até a retirada pelo programa de coleta, o Jogue Limpo. “Os comerciantes atacadistas só estarão ao abrigo dos Termos de Acordos assinados pelo sindicato se forem associados”, destacou Ricci. O representante da Lupus Equipamentos para Lubrificação, engenheiro Leonardo Cardoso, disse que existe uma sinergia entre a empresa e a atuação dos distribuidores atacadistas. “Nós já temos parcerias com alguns atacadistas, com o atrativo de agregar valor ao negócio, ofertando a solução completa em lubrificação. A proximidade com os atacadistas é importante para que conheçam o trabalho que fazemos”. Com o tema “Aspectos Jurídicos do Direito Antitruste”, o con- sultor jurídico do Minaspetro, Arthur Villamil, avaliou o evento como essencial para o aperfeiçoamento da revenda atacadis- ta de lubrificantes. “A minha contribuição trouxe aspectos da legislação da proteção de concorrência para prevenir riscos de práticas anticompetitivas em linha com o que já vem se fazendo no comércio de combustível, que é um setor muito fiscalizado. A preocupação foi alertar o revendedor para que ele ande pelos caminhos da legislação”, esclareceu. Mauricio Leibovitz, ex-diretor da Shell e diretor da Atria Lubrifi- cantes, apresentou “Os Desafios do Comerciante Atacadista”, apresentando os números do mercado de lubrificantes com indicadores e tendências, o perfil detalhado dos principais fornecedores de lubrificantes e as oportunidades e riscos para o comerciante atacadista. No encerramento o presidente do Sindilub disse que o evento superou as expectativas e que precisamos pensar na orga- nização da próxima reunião. “Nossos agradecimentos aos participantes, palestrantes e em especial aos patrocinadores Mario Panelli da Lupus Equipamentos para Lubrificação, Adilson Capanema da Petronas Lubrificantes e Nilton Bastos do Sindirrefino”, finalizou Kalauskas. Opinião dos atacadistas Ronaldo de Oliveira – Arcolub: É um momento importante para encontrarmos com os amigos do setor e acredito que o Sindilub é um ponto de equilíbrio na categoria. Apesar da necessidade de aprofundamento nos assuntos, abordamos pontos essenciais. A implantação dessa delegacia vai nos ajudar no dia a dia. Jairo Carvalho – Dellas Lubrificantes: Gostaria de parabenizar o Sindilub. Participei de um evento em Campinas (SP), em 2012, e sou associado da enti- dade desde então. O setor de lubrificantes mineiro precisa de união para enfrentar esse mercado que está cada vez mais desafiador. Adélio Braga – Grandlub: Foi um evento excelente. Essa organização no setor é muito válida e acredito ser essencial ter uma entidade como o Sindilub nos representando. Isso é de extrema importância para nós que estamos lutando neste mercado repleto de cargas tributárias e diversas leis complexas. Nelson Nunes Neto – Annel Distribuidora: O evento foi acima da expectativa porque esperávamos 20 pessoas e estamos aqui com mais de 30 empre- sários representando cerca de 90% do mercado atacadista mineiro. Nosso objetivo é a organização, para ficarmos mais fortes, beneficiando nossos clientes, instituições e fornecedores. José Francisco Andrade – Petroleum Lubrifican- tes: A importância maior deste evento é a aproxima- ção do setor para termos um melhor entendimento do mercado como um todo e também saber as aspirações dos nossos concorrentes, que não são inimigos. O Sindicato pode nos unir e trazer uma visão compartilhada de todas as deficiências e oportunidades de mercado. S GONZALES E GAVA DE SOUZA NERY SOCIEDADE DE ADVOGADOS Acesse nosso site: www.gonzalesegava.adv.br Edison Gonzales Liliana Gava de Souza Nery Cláudia Marques Generoso Aline Gonzales Assumpção Neves Gabriel Reimann Rossini Marcel Maciel Januário Pamela Parpinelli 15sindilub2014
  • 16. V arejo O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) lançou o site “Óleo Certo” ( http://www. oleocerto.com) para responder questões comuns dos consumi- dores sobre período de trocar o óleo, escolha do lubrificante adequado e informações como a diferença entre óleo mineral e óleo sintético. Na site estão disponíveis víde- os e textos com as principais informações que o consumidor precisa ter para saber a hora de fazer a troca e escolher o produto apropriado, apresentando de forma simples noções sobre viscosidade dos lubrifi- cantes e aditivos. O motorista também é instruído a verificar periodicamente o nível do óleo e observar as informações do rótulo, incluindo o prazo de vali- dade e o registro do fabricante na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No site também são indicados os cuidados a adotar na hora da troca de óleo em locais especializados, como postos de serviço e oficinas, ou na hora da com- pra do lubrificante em estabelecimentos comerciais. Segundo o presidente do Sindicom, Alisio Vaz, o site expressa o compromisso da entidade com a qualida- de dos lubrificantes frente ao cenário atual de não conformidades na qualidade apontadas pela ANP. O que significam as siglas, números e letras que estão nestes rótulos? As siglas são baseadas em testes específicos para a classificação dos lubrificantes, de acordo com seu uso. Desta forma, o consumidor tem como identificar se o lubrificante atende às exigências de seu equi- pamento, consultando seu manual. No caso o termo Texto: Thiago Castilha Foto: Divulgação Sindicom Óleo Certo orienta consumidor SAE (Society of Automotive Engineers) é a classificação que define faixas de viscosidade. A classificação API (American Petroleum Institute), define níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender. Essas especificações funcionam como um guia para a escolha por parte do consumidor. Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SN, SM, SL, SJ, SH, SG; sendo a SN e SM as mais atuais e atendem as exigências dos fabricantes dos motores no que se refere à proteção contra desgaste, corrosão, redução de emissões e prevenção a formação de depósitos. No caso de motores diesel, temos as classificações API CJ-4, CI-4, CH-4, CG-4, CF; sendo a CJ-4 e CI-4 as mais atuais. Na questão da viscosidade ao qual somente possível ser medida em aparelhos, temperaturas definidas e métodos específicos, o numero 20W (varia entre 0W a 25W) é relativo à escala de baixa temperatura e o número 50 (varia entre 20 a 60) é relativo à escala de alta temperatura. Na prática comparando dois lubrificantes minerais um com viscosidade 20W50 e outro com 20W40, o 20W50 apresenta apenas viscosidade maior, não representando que seja melhor ou pior, tudo depende do que esteja especificado pelo fabri- cante do veículo. S Alisio Vaz 16 sindilub 2014
  • 17. E vento E m outubro, durante evento realizado na Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA), a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), confirmou o pioneirismo nas questões ambientais com o lançamento do Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo. O plano que incentiva a integração e políticas fiscais é um instrumento previsto nas Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos, e tem o objetivo de influenciar a mudança de atitude, hábitos e consumo na sociedade paulista. O documento apresenta questões de curto, médio e longo prazos e visa aumentar a eficácia e a efetividade da gestão dos resíduos sólidos no Estado para resolver problemas imediatos e futuros potencializando boas práticas e so- luções inovadoras. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Ru- bens Rizek, “a representatividade refletida pelo auditório lotado marca esse evento de impor- tância ímpar. Estamos entregando a sociedade um instrumento de inspiração para políticas públicas para o futuro. Hoje já temos 10 a 12 mil indústrias comprometidas com a Cetesb. Até 2025 não será permitido comercialização de produtos no Estado de São Paulo que não tenham plano de logística reversa implantado”, destacou o secretário. Para Zuleica Perez, coordenadora de Plane- jamento Ambiental da SMA (CPLA), “é difícil expressar a felicidade por mais essa conquista”. Ela destacou a relevância de um documento desta natureza e, visivelmente emocionada, agradeceu “pela equipe jovem e empenhada que trabalhou duro para que esse plano fosse desenvolvido” e cumprimentou o setor produtivo pela constante colaboração com a Cetesb. Texto: Thiago Castilha Fotos: Divulgação Cetesb Lançamento do Plano de Resíduos Sólidos de SP Setor de lubrificantes O setor de lubrificantes um dos primeiros a se organizar para atender as demandas ambientais no país tem feito a lição de casa. No Estado de São Paulo, segundo o documento, o setor vem atendendo as metas progressivamente em relação aos resíduos gerados pela atividade que são as embalagens plásticas usadas de óleo lubrificante e o óleo usado ou contaminado (OLUC). Em 2014, o Programa Jogue Limpo que faz a logística reversa das embalagens chega a 75% dos municípios do estado com mais de 450 toneladas coletadas até junho e mais de 7.622 pontos de coletas cadastrados. A logística reversa de OLUC na região sudeste também está atendendo as metas, em 2013 coletou 137,75 milhões de litros de OLUC (equivale a 40,7%) do volume gerado no estado. S Rubens Rizek 17sindilub2014
  • 18. P roduto D e olho em um mercado em que os consumidores estão cada vez mais exigentes e conscientes com relação às questões ambientais, foi lançado o novo óleo Ipiranga F1 Master Performance Verde 5W30 SN. Fabricado a partir de matérias-primas que geram menor impacto ao meio ambiente, um dos diferenciais é a utilização do óleo básico do Grupo II rerrefinado pela Lwart Lubrificantes. “Ele pode ser descartado como qualquer outro óleo lubrificante. O fato de ter sido produzido com 50% de sua composição a partir do básico do Grupo II não tem diferença alguma, ele vai ser recolhido depois de utilizado e passar pelo processo de rerrefino novamente”, explica o diretor geral da Lwart, Thiago Trecenti. Texto: Renato Vaisbih Foto: Divulgação Lwart Ipiranga lança produto sustentável no mercado, produzido com óleo básico do Grupo II rerrefinado pela Lwart Lubrificantes O meio ambiente agradece A Ipiranga informa que, ao desenvolver o novo produto, procurou seguir as tendências dos OEMs – fabricantes originais de equi- pamentos, direcionadas para a eficiência energética e com novos requisitos para os lubrificantes. De acordo com a companhia, o que se espera dos lubrificantes é que tenham baixa viscosidade, possuam resistência às operações mais severas dos motores fabricados atualmente e ainda contribuam para a redução das emissões. O resultado deu tão certo que o Ipiranga F1 Master Performance Verde 5W30 SN já chegou às prateleiras com a chancela da API (American Petroleum Institute) no rótulo. DNA sustentável Para Trecenti, junto com a utilização de fontes renováveis para a produção do novo lubrificante, com o óleo básico do Grupo II, ou- tras iniciativas também reforçam o “DNA sustentável” do produto. A embalagem, por exemplo, é elaborada com até 25% de com- ponentes vegetais provenientes da cana de açúcar. Por utilizar “tecnologia verde”, a embalagem do produto recebeu o selo “I’m Green”, certificação que garante que o plástico utilizado é produ- zido a partir da cana-de-açúcar. Em parceria com a empresa Lubrizol, a Ipiranga utiliza aditivos que contribuem para a economia de combustível e redução da emis- são de gases que provocam o efeito estufa, especialmente o CO2, em comparação com outros óleos lubrificantes convencionais. Por fim, até mesmo a logística utilizada no processo de produção do novo lubrificante é otimizada. Os caminhões da Lwart que partem de Lençóis Paulista (SP) até a fábrica da Ipiranga, no Rio de Janeiro, levam o óleo básico do Grupo II e retornam com oluc (óleo lubrificante usado e contaminado), que será utilizado no rerrefino. “Isso comprova que o produto tem um ciclo de vida sustentável”, conclui Trecenti. S
  • 19. M eio Ambiente E m outubro o governo da Paraíba assinou um Termo de Com- promisso com entidades que representam o setor de lubrificantes em cumprimento a Lei 12.305 que instituiu a Política Nacional de Re- síduos (PNRS) que estabelece que a responsabilidade pela destinação adequada desses resíduos. De acordo com o secretário de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Am- biente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo, o trabalho de orientação e fiscalização na Paraíba contará com a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). “Serão feitas reuniões internas para identi- ficarmos os setores que ainda não estão participando da coleta (e reci- clagem) das embalagens e dos óleos usados ou contaminados (OLUC). À medida que essa identificação for fei- ta, vamos fazer a orientação”, afirmou. Para o representante do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (Sindirrefino), Manoel Browner, o termo de compromisso dá efetividade ao conceito de responsa- bilidade compartilhada, sem prejuízo do produtor e importador cumprirem as normas estabelecidas pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) em matéria de óleo lubrificante. “O termo reúne os agentes produtores e importadores de lubrificantes, aqui representados pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Com- bustíveis e Lubrificantes (Sindicom); Texto: Thiago Castilha Foto: Divulgação Paraíba assina Termo de Compromisso para coleta e reciclagem de OLUC comerciantes atacadistas de lubrificantes,reunidosnoSindi- catoInterestadualdoComércio de Lubrificantes (Sindilub); sin- dicatodospostoscomooSindi- cato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro); e rerrefinadores do Sindirrefino que reciclam OLUC para transformá-lo em matéria-prima para óleo lubri- ficante”, explicou. Browne aponta ainda, que a cooperação entre todos os agentes da cadeia do lubri- ficante é fundamental para o fortalecimento da logística reversa com beneficio para o meio ambiente e, princi- palmente, para abastecer o mercado de lubrificante nacional. “O Brasil não é autossuficiente na produção dessa matéria prima e depende de importação, por meio do rerrefino contribui-se para garantir o abasteci- mento nacional com óleo básico de excelente qualidade. Quanto mais reciclar, melhor para todos: sociedade, meio ambiente, economia e segurança nacional.” Meio ambiente e saúde Manoel Browner falou ainda sobre os prejuízos ao meio ambiente e à saúde humana causados pela queima clandestina de OLUC. “Muitos, por falta de informação ou má fé, vendem esse produto usado para pessoas não auto- rizadas. Assim, esse óleo ilegal é destinado para queima indiscriminada, realizada em fornos e caldeiras, misturando com outros combustíveis”, afirmou. “Depois de utilizado, o óleo lubrificante descartado de forma irregular se torna um produto perigoso. Sua queima gera gases tóxicos e libera metais pesados, que são cancerígenos. As regiões mais afetadas são a periferia e as zonas industriais dos grandes centros urbanos”, advertiu. Ainda de acordo com Manoel Browner, cerca de 80% dos municípios pa- raibanos já contam com coleta regularizada de óleos lubrificantes usados. “Recolhemos algo em torno de três milhões de litros. Mas é possível atingir 100% das cidades com essa coleta legalizada”, previu. S Manoel Browner 19sindilub2014
  • 20. E ntrevista Antônio Gaspar Diretor Técnico do Sindirepa – SP A busca por melhor desempenho, redução do consumo de combus- tíveis e de emissões de poluentes são metas constantes da indústria auto- mobilística e geram desafios para toda a cadeia produtiva. Em relação à lubrificação a novidade é um desenho de motor que foi adotado para aperfeiçoar a troca de óleo. Além da facilidade de acesso e redução do tempo para a manutenção, na lubrificação a principal mudança é a recomendação do método de troca de óleo que substitui a tradicional sangria do carter por gravidade pelo procedimento troca por sucção. Mas atenção, com exceção dos novos modelos tem recomendação do fabricante do veícu- lo, a troca de óleo por gravidade continua sendo a adequada. Para saber mais sobre as principais mu- danças em relação aos procedimentos de troca de óleo desses novos motores a reportagem do Sindilub conversou com o diretor técnico do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de São Paulo (Sindirepa – SP), Antônio Gaspar, confira: Sindilub Press: Quais as montadoras que já adotaram troca de óleo por sucção? Antônio Gaspar: Algumas montadoras como a Audi, Volkswagen (alguns mode- los), Mercedes-Benz, BMW já estabelece- ram como procedimento padrão a troca do óleo por sucção. O projeto dos motores alterou a posição do filtro do óleo para a parte superior do motor e o formato do carter. Assim, o equipamento de sucção pode ser mais eficaz, pois tem melhor acesso a parte inferior do carter de forma que todo óleo usado seja removido. SP: Quais são os principais benefícios da troca de óleo por sucção? Gaspar: O beneficio maior está na pratici- dade do serviço de troca do óleo e filtro, Texto: Thiago Castilha Evolução do sistema de lubrificação devido a facilidade de acesso o tempo ficou reduzido e o operador não tem mais contado com o óleo usado que é prejudicial à saúde. SP: Quais são os desafios que esta inovação traz para os serviços de troca de óleo fora das concessionárias? Gaspar: O maior desafio é vencer a resistência natural dos proprietários de veículos pela falta de conhecimento e a falta de preparo dos profissionais que executam o atendimento. Para um serviço adequado é preciso conhe- cer as tecnologias e as inovações desenvolvidas pelos departamentos de engenharia das montadoras. Os fabricantes que recomendam a troca do óleo por sucção ainda não eliminaram a possibilidade de que serviço seja feito por gravidade removendo o bujão do carter. O detalhe é que para acessar o carter do motor, além do risco de danos, existe o fator tempo e o custo da mão de obra que serão maiores.  SP: Qual o ganho em tempo do estabelecimento por veículo na troca de óleo? Gaspar: A sucção do óleo efetuada pelo local da vareta de verificação do nível de óleo localizada na parte superior do motor junto ao filtro permite a remoção do óleo usado em alguns minutos. Podemos afirmar com segu- rança que o tempo foi reduzido para alguns minutos, desde que executado com o equipamento homologado pelo fabricante. SP: O equipamento para a troca de óleo por sucção é o mesmo encontrado no mercado? Gaspar: O equipamento de sucção do óleo lubrificante do carter do motor pode ser o de padrão de mercado desde que se utilize a cânula (vareta) de sucção de diâmetro e comprimento especificado pelo fabricante do motor. SP: Em relação ao filtro de óleo quais foram as alterações? Gaspar: Em alguns modelos os fabricantes deslocaram o filtro de óleo para a parte superior do motor, o que facilitou o acesso e reduziu o tempo de substituição. Temos duas situações, uma que utiliza o filtro convencional (blindado) em que a carcaça e o elemento filtrante formam uma unidade e é substituído por inteiro, e outra é o da troca apenas do elemento filtrante. Nos dois casos, além do ganho de tempo, ficou muito mais fácil a inspeção de possíveis vazamentos de óleo. SP: Existe alguma vantagem pelo ponto de vista ambiental? Gaspar: O ganho ambiental com este procedimento é a diminuição do risco de derramamento de óleo no momento da remoção do bujão do carter e também no deslocamento do recipiente com óleo usado para colocar no tambor. SP: O Sindirepa tem feito para atender essa nova demanda tecnológica? Gaspar: Nossa entidade orienta o profissional quanto ao procedimento correto da troca de óleo nestes veículos que possuem este sistema de troca por sucção. Quanto a especialização, nós recomendamos o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para que sejam realizados treinamentos específicos. S 20 sindilub 2014
  • 21. O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), empresário Antonio Oliveira Santos foi reeleito em setembro para o período de 2014 a 2018 na sede da entidade na capital federal. A nova Diretoria tomou posse em 19 de novembro. Josias Albuquerque, atual vice-presidente Administrativo, será o novo 1º vice-presidente; o vice-presidente José Evaristo dos Santos ocupará a 2ª vice-presidência; e o também vice-presidente Laércio Oliveira assumirá a 3ª vice-presidência. O atual 2º vice-presidente, Darci Piana, será o vice-presidente Administra- tivo, e Luiz Gil Siuffo que também ocupa o cargo de presidente de honra da Fecombustiveis, federação a qual o Sindilub é signatário, continuará à frente da Vice-Presidência Financeira da CNC. A entidade esclarece que o processo eleitoral foi realizado com a lisura ha- bitual, respeitando não só as regras estatutárias, como também garantindo aos candidatos a transparência necessária e o direito à ampla defesa, o que assegurou o caráter democrático da eleição. S Eleição na CNC CONAMA 362/2005 Cumpra a Resolução Dê ao óleo usado o destino previsto em lei e ajude a preservar a natureza. Avenida Paulista, 1313 • 8º andar • conjunto 811 • FIESP CEP 01311-923 • São Paulo/SP • Fone/Fax (11) 3285-5498 www.sindirrefino.org.br Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais SINDIRREFINO Texto: Thiago Castilha Foto: CNC F ique por Dentro
  • 22. E vento C om a presença de palestrantes nacionais e internacionais, além de representantes das principais marcas comercia- lizadas no Brasil, em apenas sete anos o encontro anual organizado pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva já se tornou um dos principais fóruns sobre o mer- cado de lubrificantes. O VII Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos foi realizado no final de outubro, em um centro de convenções na Zona Sul de São Paulo, com o tema central “O Papel dos Lubrificantes nas Metas de Emissões e de Eficiência Energética do Inovar Auto”. Tendo como principal objetivo o aumento da competitividade na indústria automobilística nacional, o Inovar Auto é um programa do Governo Federal que prevê incentivos até o final de 2017, especialmente com descontos na carga tributária, para as empresas que fizeram investimentos em pesquisa e desenvolvi- mento para fabricação de veículos mais econômicos e seguros. Já o Simpósio deste ano, de acordo com a AEA, teve como obje- tivo justamente apresentar “informações sobre o Inovar Auto e o seu impacto na indústria automobilística e, consequentemen- te, à indústria de lubrificantes”. O encontro também procurou “informar sobre os requisitos de emissões, em que modernas tecnologias de motores e leis ambientais mais restritivas exigem produtos cada vez mais sofisticados, além de tratar sobre os fluidos de arrefecimento e suas tecnologias”. Entre os participantes do evento da AEA era possível notar o consenso de que o mercado está se acomodando a essa nova realidade, com os competidores pelas fatias de venda de óleos lubrificantes cada vez mais fortes. A empresa de pesquisas estratégicas sobre mercados Factor Kline foi representada por seu sócio-diretor, Sérgio Rebelo, que fez a apresentação “Tendências Globais e Desafios Locais que Impactarão a Evolução e a Competição do Mercado Brasileiro de Lubrificantes Acabados”. Segundo ele, a maior competividade entre os fabricantes e importadores de lubrificantes se dará pela tendência de que recursos tecnológicos antes limitados estão acessíveis a mais empresas e os diferenciais técnicos são menos relevantes. O resultado disso tudo é que a entrada de novos players no mercado brasileiro será mais difícil, com muitas regras para cumprir metas de eficiência, o que deve elevar os custos de im- plantação de novas operações no país. Além disso, também há Texto: Renato Vaisbih Fotos: Divulgação AEA Combustíveis mais eficientes e menos emissões: o papel dos lubrificantes Cláudio Lopes Henry Joseph Jr. Margareth Carvalho Sérgio Rebelo 22 sindilub 2014
  • 23. O Simepetro – Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras e Envasilhadoras de Produtos Deriva- dos de Petróleo criou a Feilub – Feira dos Produtores de Lubrificantes. Um espaço para troca de experiên- cias, geração de negócios, conhecimento tecnológico e acesso às novas tendências. Toda a cadeia produtiva de óleos lubrificantes e graxas, além de fabricantes de equipamentos, for- necedores de produtos e serviços de laboratórios, estará apresentando produtos e serviços além de oportunidades de negócios. Simpósio promovido pela AEA discute impacto de programa do Governo Federal no mercado A genda Simepetro realizará Feilub Os visitantes terão ainda oportunidade de interagir com os principais órgãos do governo, como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Corpo de Bombeiros. O evento será realizado nos dias 19 e 20 de maio de 2015, sendo o Congresso no horário das 9h00 às 17h00 e a Fei- ra das 12h00 às 20h00, no Expo Center Norte - Pavilhão Amarelo, em São Paulo. S um movimento de expansão dos negócios por parte dos competidores que já estão por aqui. Com relação às expectativas para o volume de lubrificantes comercializado, os dados levantados pela Factor Kline apontam que há expectativa de crescimento do mercado de lubrificantes mais lenta do que o verificado nos últimos anos não apenas no Brasil, mas também na América do Norte e Europa. O maior volume de consumo de lubrificantes deve ocorrer na Ásia, com a China assumindo a posição de maior mercado do mundo nos próximos quatro anos. Metas O vice-presidente da ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Henry Jose- ph Jr., fez uma apresentação detalhada sobre as me- tas que devem ser atingidas pelas montadoras para que sejam beneficiadas pelo programa Inovar Auto. Na opinião dele, os lubrificantes são uma peça-chave para que os objetivos sejam alcançados, principal- mente por causa da influência da qualidade e tecno- logia utilizadas na fabricação dos óleos no consumo de combustíveis e redução de emissões. A gerente de tecnologia para a América Latina da Infineum, Margareth Carvalho, fez a apresentação de uma experiência realizada com um motor 1.4 a gasolina, com resultados positivos com relação a como o uso de aditivos e as diferentes viscosidades de lubrificantes podem contribuir para reduzir o atrito, contribuindo para a redução do consumo de combus- tível e a proteção de desgaste do motor. Em uma análise das emissões no mercado global, Marga- reth afirmou que cada país ou região do mundo utilizam metodologias diferentes de medição, mas todas estão alinhadas. De acordo com ela, Europa e Japão estão mais adiantados e devem atingir as metas em 2015. O Brasil, de acordo com a programação do Inovar Auto, deve chegar à meta de 12% de eficiência energética em 2017. Sinal amarelo Claudio Lopes, gerente de vendas Brasil da Afton Chemical, insistiu na necessidade de redução de emissões, fazendo o alerta de que, apesar de todos os esforços, o ano deve terminar com um aumento global de 2,5%. Para ele, não é mais possível desenvolver combustíveis e lubrificantes separadamente. “O processo deve ser feito em conjunto. É preciso encontrar o lubrificante tecnologica- mente avançado que trabalhe bem no turbo, no desgaste de válvulas, na economia de combustível, no controle de válvulas, corrosão e depósito, na manutenção da viscosi- dade e com a alta temperatura”, sentencia. Outros temas abordados pelos palestrantes convidados que contribuem para a redução das emissões foram os modificadores de fricção; a importância de um sistema de arrefecimento; testes com o uso de lubrificantes sintéticos em veículos pesados; e novas tecnologias de aditivos. S 23sindilub2014
  • 24. A prevenção de incêndio deve estar relacionada na rotina das empresas em geral e em especial nos estabelecimentos que atuam com produtos classificados como potencialmente perigosos. No caso das revendas de lubrificantes não é diferente, pois em um eventual incêndio o óleo lubrificante, mesmo tendo um alto ponto de fulgor comparado ao dos combustí- veis, pode causar grandes prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. Para falar sobre as principais medidas de preven- ção a incêndios, entrevistamos a especialista em segurança contra incêndio de edificações, Dra. Rosaria Ono – Arquiteta e Urbanista, Professora Associada do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Sindilub Press: Doutora Rosaria as empresas brasileiras estão prepa- radas para o combate a incêndio? Rosaria Ono: Em geral, em- presas de pequeno porte, como o comércio de lubri- ficantes, não são sensí- veis ao tema. O nível de conscientização e preparo das em- presas em geral para com a se- gurança con- tra incêndio depende muito do ramo de atuação da empresa, pois está diretamente relacionado ao nível de risco de incêndio das atividades que desen- volve. Empresas de médio e grande porte costumam ter uma estrutura mais consolidada, com profissionais mais qualificados e especializados como técnicos e engenheiros de segurança do trabalho que possuem noções sobre os riscos e os meios de controlá-los, Texto: Thiago Castilha assim como são responsáveis por formar e coordenar as brigadas de incêndio para as primeiras ações numa situação de emergência. SP: Dra. Rosana a legislação sobre prevenção de incêndio no Brasil é eficiente? Rosaria Ono: A presença de técnicos e engenheiros de segurança do trabalho nas empresas já faz parte da legislação que visa à segurança, principalmente, do tra- balhador, regulamentada pelo Ministério do Trabalho. A segurança e saúde do ambiente do trabalho inclui, na prevenção de acidentes de trabalhadores, a seguran- ça contra incêndio. A formação da CIPA – Comissão de Prevenção de Acidentes nas empresas com mais de 50 funcionários, mas nada impede que empresas menores adotem os procedimentos do CIPA como manual de prevenção a incên- dios. Além disso, existem regulamentações específicas de segurança contra incêndio para edificações e áreas de risco, nor- malmente expedidas pelos Corpos de Bombeiros. No entanto, é necessá- rio ressaltar que hoje a sociedade exige além da proteção à vida, a proteção também ao meio ambiente e, por vezes, a proteção ao patrimônio. Já testemunhamos os danos que incêndios em líqui- dos (óleos Lubrifican- tes) combustíveis e inflamáveispodem causar para o meio ambiente e, principal- mente, a vi- zinhança próxima. SP: No caso dos óleos lubrificantes quais seriam as proporções de um incêndio? Rosaria Ono: Apesar da dificuldade de combustão dos lubrificantes, a partir do momento que o incêndio se inicia neste tipo de produto, pode perdurar por muito tempo e ser de difícil extinção, justamente por ser um líquido vis- coso e de alto ponto de fulgor. Também deve gerar uma E ntrevista Dra. Rosaria Ono Arquiteta e Urbanista Prevenção de incêndio CALOR COMBURENTE COMBUSTÍVEL 24 sindilub 2014
  • 25. fumaça muito densa, que em locais fechados, dificulta tanto a saída das pessoas como a entrada da equipe de combate, pela falta de visibilidade e a toxicidade da fumaça. SP: Quais as consequências da falta de preparo e do fator psicológico no eventual incêndio? Rosaria Ono: A falta de preparo para enfrentar uma situação de emergência pode ter consequências gravís- simas. Em locais onde a população fixa é predominante, como nas indústrias e nos depósitos, onde é possível manter uma política diária de segurança e uma rotina de treinamentos periódicos e reciclagem do pessoal em relação à prevenção e proteção contra incêndios, com a implementação de planos de emergência, dificil- mente haverá uma situação de “pânico” num eventual incêndio. As pessoas já saberão como agir. A situação mais delicada é a oposta, que é gerenciar uma grande população flutuante, como num centro de compras, onde uma pequena parte da população fixa deve se encarregar de orientar as demais numa emergência. SP: Qual a importância do conhecimento a respeito do Triângulo de Fogo? Rosaria Ono: Este conhecimento é importante, tanto na prevenção como na proteção contra incêndio. A combustão depende da presença de três elementos: o calor, o combustível (material que queima) e o oxigênio. Eles são os elementos que formam o triângulo do fogo. SP: Dra. Rosaria, em sua opinião, por onde deveria começar o projeto de prevenção de incêndio? Rosaria Ono: Para começar, creio ser importante, no mínimo, atender às exigências da regulamentação es- tadual, do corpo de bombeiros e, à medida do possível, verificar se existe a necessidade de aprimoramento devido às características específicas da atividade, visando ao interesse da preservação do negócio e de sua continuidade, minimizando os riscos de incêndio e maximizando os meios de proteção contra incêndios. SP: Quais questões merecem mais atenção na elaboração do projeto de prevenção a incêndios? Rosaria Ono: As necessidades dependem muito da escala do comércio em questão e, principalmente, da quantidade do produto estocado, o tipo de embalagem e a forma de estocagem do mesmo. A princípio, é impor- tante isolar a área de estoque e evitar qualquer atividade alheia à função no local, para evitar qualquer princípio de incêndio. Neste quesito é importantíssimo o treinamento dos funcionários e conscientização dos colaboradores da empresa para evitar ações indevidas nesse sentido. As instalações elétricas devem estar em ordem, desde o dimensionamento adequado de fiação até os dispositivos utilizados e as lâmpadas adequadas para evitar o sobre- aquecimento que pode levar a um princípio de incêndio. Pode-se considerar a necessidade de compartimentar grandes ambientes em células menores, para evitar que um incêndio se alastre em toda a área rapidamente. SP: Quais são as soluções de segurança passivas e ativas que devem ser tomadas, no caso do estabelecimento não ter a estrutura projetada para minimizar riscos? Rosaria Ono: As medidas de proteção passiva são aque- las incorporadas à construção, como paredes e portas corta-fogo e outras medidas construtivas que contribuem para proteger o espaço, contendo o incêndio pela sua simples existência. Já as medidas de proteção ativa são aquelas instaladas para serem acionadas conforme a ne- cessidade, como extintores, hidrantes, alarme e ilumina- ção de emergência. As medidas de proteção ativa, desta forma, têm maior possibilidade de falha se não houver manutenção adequada dos sistemas e treinamento dos responsáveis pelo seu acionamento. S
  • 26. S indilub em Ação O Sindilub estreou sua fanpage no Fa- cebook recentemente, com o objetivo de abrir mais um canal de comuni- cação com os associados e a sociedade em geral. “Parece que todo mundo está no Facebook hoje em dia. Porque o Sindilub não pode estar?”, questionou o presidente do sindicato, Laercio Kalauskas, durante uma reunião da Diretoria em que o assunto foi colocado em pauta. Todos os presentes concordaram que seria uma boa ideia o Sindilub criar sua própria página em uma das redes sociais da internet com maior número de adeptos no Brasil. De acordo como próprio Facebook, no final de 2013, cerca de 83 milhões de brasileiros possuíam perfis ativos na rede social. Deste número, cerca de 60 milhões acessam o Fa- cebook em dispositivos móveis, com destaque para os smartphones. Questionada sobre a importância de uma instituição como o Sindilub estar presente no Facebook, a pesquisadora de tendências e comportamentos sociais digitais Tatiana Tosi diz que “os principais benefícios para o posicionamento nas redes sociais reside na ampliação dos canais de comunicação, seja com o consumidor final ou com os fornecedo- res de óleos lubrificantes, ao mesmo tempo, proporcionando um maior engajamento entre todos os participantes da cadeia de valor”. Na opinião de Tatiana, “simultaneamente, a implementação da comunicação no ambien- te digital traz consigo um rejuvenescimento da marca institucional visando abertura com o público jovem e com aquele que já tem interesse no tema”. Anote o endereço para acessar a fanpage do Sindilub: www.facebook.com/sindilub. Texto: Renato Vaisbih Sindicato estreia página exclusiva em uma das principais redes sociais Para curtir o Sindilub no Facebook Efeito colateral? Muitas empresas consideram que, com tanto sucesso, o Face- book pode acabar atrapalhando o rendimento dos funcionários e, consequentemente, prejudicar as empresas. Uma reportagem assinada pela jornalista Letícia Arcoverde, com o título “Nem todos conseguem trabalhar olhando o Facebook”, publicada no dia 7 de julho de 2014 no jornal Valor Econômico, revela um levantamen- to cujo resultado aponta que “quase metade dos entrevistados (45%), inclusive, admite que o acesso à tecnologia atrapalha a concentração”. O texto afirma ainda que William Kerniski, diretor executivo da agência de marketing digital LeadPix, uma das responsáveis pela pesquisa, considera que a situação chegou a um ponto em que é in- viável controlar o acesso às redes sociais no ambiente de trabalho. De acordo com a reportagem, “para ele, a avaliação das empresas deve ser feita pela análise da produtividade do profissional, e não pelo controle de acesso à rede em si”. S 26 sindilub 2014