3. O que é Comunicação?
“Processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens
por meio de métodos e/ou sistemas convencionados.”
(Mini Dicionário Aurélio)
6. O que é Comunicação
Alternativa?
“É o uso integrado de componentes,
incluindo símbolos, recursos, estratégias e técnicas
utilizadas pelos indivíduos,
a fim de complementar a comunicação”
(ASHA, 1991)
(American Speech-Language-Hearing
Association)
7. Objetivo
Tornar o indivíduo com distúrbios de comunicação
o mais independente e competente possível
em suas situações comunicativas,
podendo assim ampliar suas oportunidades de interação
com outras pessoas,
na família, na escola e na comunidade em geral.
8. Beneficiados
Crianças e adultos com patologias que comprometem a aquisição e/ou desenvolvimento
da linguagem, fala e escrita, quer seja temporária ou permanente.
o sistema de comunicação utilizado precisa ser compreendido não só pelo usuário e
fonoaudiólogo, mas pelos pais e parceiros com que ele se relaciona durante seu dia;
• a equipe multidisciplinar é indispensável para a avaliação e prosseguimento do sistema.
Devem fazer parte da equipe: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
pedagogos, psicólogos e engenheiros de reabilitação;
9. Comunicação Alternativa
2 divisões
Comunicação não Apoiada Comunicação Apoiada
Engloba as expressões próprias daquela Engloba todas as formas de
pessoa, tais como os sinais manuais, comunicação que possuem expressão
expressões faciais, movimentos corporais, lingüística fora do corpo do usuário,
gestos, piscar os olhos para indicar “sim” e como objetos reais, miniaturas de
“não”. objetos, pranchas de comunicação com
fotografias, figuras de revistas e
outros símbolos gráficos, e ainda, os
sistemas computadorizados.
10. Comunicação não Apoiada
Recursos da própria pessoa
As expressões são totalmente produzidas pelos usuários, ou seja, ela é
realizada por meio de ações que a própria criança pode produzir, sem o auxílio
de outra pessoa ou de equipamentos.
11. Comunicação Apoiada
Recursos Adaptados
Em decorrência das dificuldades motoras,
certos usuários de comunicação apoiada vão
também depender de alguém para
selecionar e indicar os estímulos
necessários para que seja interpretado.
12. Vários podem ser os
sistemas alternativos de
comunicação
Alta tecnologia:
• Sistemas computadorizados;
• Softwares específicos;
13. Vários podem ser os
sistemas alternativos de
comunicação
Baixa tecnologia:
• Objetos reais;
• Miniaturas;
• Fotografias;
• Símbolos gráficos;
• Pranchas de comunicação;
14. Definindo um Sistema
Pensando em fazer uso de meios alternativos para comunicação, devemos optar por aquele
que ofereça as condições desejáveis para a criança. Para esse delineamento, devemos
estabelecer quais os tipos de estímulos que esse sistema deverá conter:
• o sistema utilizará objetos concretos?
o sistema será composto por fotografias, desenhos ou figuras?
será composto por sistemas gestuais?
far-se-á uso de ortografia?
terá como base um sistema de símbolos gráficos (pictográficos, ideográficos ou aleatórios)?
o sistema será combinado?
15. Avaliação
Para fazer esse delineamento, será necessária uma avaliação da criança, se possível
feita por uma equipe multidisciplinar:
• fonoaudiologia
• fisioterapia
• terapia ocupacional
• pedagogia
• psicologia
• e também da família,
para verificar as possibilidades da criança e da situação.
16. Avaliação
• as habilidades físicas do usuário: acuidade visual e auditiva, habilidades perceptivas,
fatores de fadiga;
• habilidades motoras do usuário: preensão manual, flexão e extensão de membros
superiores, habilidades para virar páginas;
• habilidades cognitivas do usuário: compreensão, expressão, nível de escolaridade, fase
de alfabetização;
• o local onde o sistema será utilizado: casa, escola, comunidade;
• com quem o sistema será utilizado: pais, professores, amigos, comunidade em geral;
• com qual objetivo o sistema será utilizado: ensino em sala de aula, comunicação entre
amigos;
17. Avaliação
Portanto, é importantíssimo fazer um
levantamento das habilidades já existentes e
das potencialidades da criança.
Tendo em mãos os dados dessa avaliação,
é possível preparar o recurso a ser utilizado
da melhor forma possível para esta criança,
de acordo com os resultados obtidos.
19. Banco de Idéias
• Adaptação do formato dos recursos para comunicação alternativa
• Tipos de estímulos e estratégias utilizados nos recursos para comunicação
alternativa
• Quantidade de estímulos utilizados nos recursos para comunicação alternativa
• Participação do usuário na construção do recurso para comunicação alternativa
• Ambientes e parceiros de comunicação alternativa
39. Sistemas Gráficos
Existem vários, com símbolos diferentes e logística própria.
Dentre todos os sistemas existentes, destacamos os 3 mais utilizados no Brasil.
40. Sistemas Gráficos
PIC – Pictogram Ideogram Communication (Maharaj, 1980)
• é um sistema basicamente pictográfico;
• os símbolos constituem-se de desenhos estilizados em branco sobre um fundo preto;
• é menos versátil e também mais limitado, pois os símbolos não são combináveis;
• os símbolos são organizados semanticamente;
41. Sistemas Gráficos
Bliss (Bliss, 1965)
• é um sistema basicamente ideográficos (desenhos que simbolizam a idéia de uma coisa,
criam uma associação gráfica entre o símbolo e o conceito que se representa);
• são compostos de um número pequeno de formas chamadas de “elementos simbólicos”;
• seguem um sistema lógico, sendo que estes elementos básicos são usados em várias
combinações para representar milhares de significados;
•os símbolos são organizados sintaticamente, tendo cada grupo sintático uma cor
específica.
42. Sistemas Gráficos
PCS – Picture Communication Symbols (Johnson, 1981)
é um sistema basicamente pictográfico;
• este sistema foi criado para indivíduos com comprometimento em sua comunicação oral e
que não conseguiam compreender um sistema gráfico mais ideográfico;
• beneficia indivíduos de qualquer idade, de qualquer patologia, para quem um nível simples
de expressão seja aceitável;
• os símbolos são organizados sintaticamente, tendo cada grupo sintático uma cor
específica, como no Sistema Bliss;
43. Categorias de Palavras
• Social: palavras comumente usadas em interações sociais;
• Pessoas: incluindo os pronomes pessoais;
• Verbos;
• Descritivo: adjetivos e advérbios;
• Substantivo;
• Miscelânea: basicamente são artigos, conjunções, preposições,
conceito de tempo, cores, alfabeto, números e outras palavras abstratas variadas;
44. Técnicas de Seleção
Referem-se à forma pela qual o usuário escolhe os símbolos numa prancha de
comunicação.
O método usado para indicar os símbolos
afetará principalmente a disposição do vocabulário na prancha.
É importante determinar a técnica de seleção mais eficiente
para cada usuário.
Deve ser determinado o posicionamento ideal da prancha e do usuário –
a precisão, a taxa de fadiga e a velocidade são fatores a serem considerados.
As técnicas de seleção podem ser divididas em duas grandes categorias:
• Seleção direta;
• Varredura;
45. Seleção Direta
• Apontar ou tocar diretamente cada símbolo:
• com o dedo;
• com uma ponteira de cabeça;
• com ponteira de luz sobre a cabeça;
• apontar com outras partes do corpo (dedo do pé, punho ou cotovelo);
• Técnica de olhar (eye-gaze):
• é geralmente o mais indicado para usuários com comprometimento motor grave;
• os símbolos são dispostos mais distantes um do outro e o interlocutor senta de frente
para o usuário a fim de observar mais facilmente o movimento de seus olhos, que indica
cada símbolo simplesmente olhando para ele;
46. Varredura
• esta técnica exige somente que a pessoa tenha uma resposta controlável consistente,
como sacudir a cabeça, bater um pé ou fazer um movimento com os olhos;
• os recursos de tecnologia simples (baixa tecnologia) necessitam um facilitador para
apontar os símbolos de maneira sistemática enquanto o usuário sinalizará quando o símbolo
desejado for apontado;
• diferentes estratégias de varredura podem ser utilizadas, dependendo das habilidades
do usuário: linear, circular, colunas lineares e grupos de itens;
51. Conclusão
Pensando então na interação entre interlocutor e
criança com deficiência na área da comunicação,
os sistemas alternativos de comunicação são
um meio eficaz para garantir a inclusão dessas crianças.
Assim, a criança que não apresente a comunicação oral
ou que tenha dificuldades nela
poderá comunicar-se com outras pessoas e expor suas idéias,
pensamentos e sentimentos,
se puder utilizar recursos especialmente desenvolvidos e
adaptados para o meio no qual está inserida.
61. para a construção de
uma
Sociedade Inclusiva!”
Deliberato & Manzini 2004
62. BIBLIOGRAFIA
-...E se falta a palavra, qual comunicação, qual linguagem?
Discurso sobre Comunicação Alternativa. Tânia Maria e
Don Giancarlo Pravettoni. Ed. Memnon, 1999.
- Guia dos símbolos de Comunicação Pictórica. Roxanna M.
Johnson.Mayer-Johnson Co.
- Recursos para Comunicação Alternativa- Portal de ajudas
técnicas para educação. Eduardo José Manzini e Débora
Deliberato. Brasília, 2004.