1. GLOBALIZAÇÃO
A partir da década de 90, o termo globalização passou a
ser utilizado para designar a crescente interdependência
entre governos, empresas, movimentos sociais e
indivíduos situados em espaços diferentes e cada vez
mais interligados entre si. Esse estágio avançado do
capitalismo foi conseguido graças à crescente evolução
dos transportes, das comunicações e da informática,
viabilizando a interligação e a troca cada vez maior de
produtos, capitais, pessoas, informações e serviços,
independentemente de suas origens.
2. O BRASIL NA ECONOMIA GLOBAL
A economia global
Os últimos anos foram marcados pelo desenvolvimento de um mercado cada
vez mais globalizado. A década de 1970 foi fundamental, em virtude da grave
crise do capitalismo deflagrada pelo aumento do preço do petróleo.
A aceleração tecnológica, marcada pela descoberta de novas tecnologias e
novos materiais, mostrou seu uma eficiente resposta à crise.
A partir dos anos de 1980, a palavra de ordem da nova fase do capitalismo
passou a ser a competitividade. A formação de mercados comuns rompia as
barreiras externas representadas pelas fronteiras nacionais.
No mesmo período, os Estados-nações também passou por grandes
mudanças. Uma das grandes marcas do capitalismo monopolista – a
intervenção do Estado por meio da criação de empresas e da presença em
áreas econômicas estratégicas, como energia, transporte e comunicações –
passou a ser encarada como obstáculo ao livre desenvolvimento do mercado e
das relações econômicas entre os agentes privados.
3. As transformações do Estado brasileiro
A partir dos anos 1990 as práticas típicas do capitalismo
monopolista (de Estado) começaram a ser
abandonadas, seguindo as tendências da política
neoliberal: privatizações, eliminação dos monopólios
estatais, atração de investimentos externos, abertura
ao comércio exterior a fim de ingerência nas relações
trabalhistas.
4. Neoliberalismo
O neoliberalismo surgiu nos últimos 20 anos do século passado
como a doutrina norteadora do mercado, contrapondo-se à ação
participativo na economia.
O Estado não deve estar frente da iniciativa econômica essa tarefa
deve ser deixada a particulares (empresas privadas). Ele deve sim
controlar os orçamentos fiscais e os gastos públicos e dedicar
parcelas menores de investimentos à área social, abdicando-se da
condição de Estado de bem estar social, isto é, Estado paternalista
e assistencialista.
5. Quem foi o primeiro?
O primeiro governo ocidental democrático a inspirar-se nos
princípios do neoliberalismo foi o da primeira-ministra da
Inglaterra Margaret Tchater (“a dama de ferro”), a partir de
1980. enfrentou os sindicatos, fez aprovar leis que lhes
limitassem a atividade, privatizou empresas estatais, afrouxou
a carga tributária sobre os ricos e sobre as empresas e
estabilizou a moeda. O Governo Conservador da primeira-
ministra Tchater serviu de modelo para todas as políticas
econômicas que se seguiram posteriormente. A hegemonia
do neoliberalismo hoje é tamanha que ele é aplicado mesmo
por países de tradições completamente diferentes aos seus
princípios.
6. Do Estado para iniciativa privada
Os principais argumentos a favor da venda de empresas
estatais para a iniciativa privada são: o elevado déficit
público, que limita a capacidade de investimento do
Estado, e a falta de eficiência no gerenciamento estatal
para reduzir custos, garantir qualidade dos produtos e
administrar a aplicação dos recursos.
7. A) Monopólio – controle total ou quase total do
mercado de um determinado produto ou serviço por
uma empresa;
B) Oligopólio – domínio do mercado por um pequeno
grupo de empresas
8. Companhia Vale do Rio Doce
De todas as empresas submetidas a processo de
privatização, a maior controvérsia envolveu a venda
da Companhia Vale do Rio Doce. Considerada a
maior mineradora do mundo, a empresa controla
mais de 30 subsidiárias que atuam em diversas
áreas: usinas de alumínio, minas de ouro, reserva de
manganês, estradas de ferro, projeto de
reflorestamento , fábrica de fertilizantes, frota de
navios, portos e siderúrgicas, operando em 9 estados
brasileiros com tecnologia de ponta e moderno
sistema de administração.
9. Neoliberalismo em relação ao mercado
Ele é quem tudo regula, faz os preços subirem ou
baixarem, estimula a produção, elimina o incompetente
e premia o sagaz e o empreendedor. O mercado é um
deus, um deus calvinista que não tem contemplação
para com o fracasso. A falência é sua condenação.
Enquanto aquele que é bem-sucedido lhe é reservado
um lugar no Éden.