SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 43
Downloaden Sie, um offline zu lesen
PATOLOGIA GERAL 1
AlteraçõesAlterações
CirculatóriasCirculatórias
PATOLOGIA GERAL 2
IntroduçãoIntrodução
 As alterações circulatórias estãoAs alterações circulatórias estão
relacionadas com distúrbios querelacionadas com distúrbios que
acometem a irrigação sangüínea e oacometem a irrigação sangüínea e o
equilíbrio hídrico.equilíbrio hídrico.
PATOLOGIA GERAL 3
IntroduçãoIntrodução
 Os fluidos do corpo transitam por trêsOs fluidos do corpo transitam por três
compartimentos: intracelular, intersticial ecompartimentos: intracelular, intersticial e
intravascular.intravascular.
 Esses compartimentos encontram-se emEsses compartimentos encontram-se em
homeostase; quando há rompimentohomeostase; quando há rompimento
desse equilíbrio, surgem alterações, quedesse equilíbrio, surgem alterações, que
comumente podem ser agrupadas dentrocomumente podem ser agrupadas dentro
dos distúrbios circulatórios.dos distúrbios circulatórios.
PATOLOGIA GERAL 4
HomeostaseHomeostase
Liquido Intravascular
Liquido intracelular
Liquido Intertiscial
PATOLOGIA GERAL 5
Distúrbios CirculatóriosDistúrbios Circulatórios
 Alterações hídricas intersticiais (edema)Alterações hídricas intersticiais (edema)
 Alterações no volume sangüíneoAlterações no volume sangüíneo
(hiperemia, hemorragia e choque)(hiperemia, hemorragia e choque)
 Alterações por obstrução intravascularAlterações por obstrução intravascular
(embolia, trombose, isquemia e infarto)(embolia, trombose, isquemia e infarto)
PATOLOGIA GERAL 6
EdemaEdema
 ““Acúmulo de líquido no tecido intercelularAcúmulo de líquido no tecido intercelular
(intersticial), nos espaços ou nas cavidades do(intersticial), nos espaços ou nas cavidades do
corpo”.corpo”.
 Normalmente, 50% da quantidade de líquidoNormalmente, 50% da quantidade de líquido
corpóreo se localizam na célula, 40% estão nocorpóreo se localizam na célula, 40% estão no
interstício, 5%, nos vasos e os outros 5%interstício, 5%, nos vasos e os outros 5%
compõem os ossos.compõem os ossos.
PATOLOGIA GERAL 7
EdemaEdema
 Essa distribuição dos líquidos intersticial e vascular éEssa distribuição dos líquidos intersticial e vascular é
mantida às custas da existência de um Equilibriomantida às custas da existência de um Equilibrio
hidrodinâmica entre esses dois meios, que mantêm umahidrodinâmica entre esses dois meios, que mantêm uma
troca equilibrada desses líquidos.troca equilibrada desses líquidos.
 O movimento do líquido do sistema intravascular para oO movimento do líquido do sistema intravascular para o
interstício ocorre, em grande parte, devido à ação dainterstício ocorre, em grande parte, devido à ação da
pressão hidrostáticapressão hidrostática do sanguedo sangue..
 Essa saída do líquido do vaso se localiza naEssa saída do líquido do vaso se localiza na
extremidade arterial da rede vascularextremidade arterial da rede vascular..
PATOLOGIA GERAL 8
EdemaEdema
 O seu retorno do interstício para o vaso se dá,O seu retorno do interstício para o vaso se dá,
principalmente, às custas daprincipalmente, às custas da pressão oncóticapressão oncótica
sanguínea, aumentada na porção venosasanguínea, aumentada na porção venosa..

 Durante essa dinâmica, fica uma certaDurante essa dinâmica, fica uma certa
quantidade de líquido residual nos interstícios.quantidade de líquido residual nos interstícios.
 Esse líquido é drenado pelos vasos linfáticos,Esse líquido é drenado pelos vasos linfáticos,
retornando depois para o sistema vascular.retornando depois para o sistema vascular.
PATOLOGIA GERAL 9
PATOLOGIA GERAL 10
EdemaEdema
 O desequilíbrio entre os fatores que regem essaO desequilíbrio entre os fatores que regem essa
hidrodinâmica entre interstício e meiohidrodinâmica entre interstício e meio
intravascular é que origina ointravascular é que origina o edemaedema..
Esses fatores compreendem :Esses fatores compreendem :
 pressão hidrostática sanguínea e intersticial,pressão hidrostática sanguínea e intersticial,
 pressão oncótica vascular e intersticial epressão oncótica vascular e intersticial e
 os vasos linfáticosos vasos linfáticos
PATOLOGIA GERAL 11
 Pressão hidrostática sanguíneaPressão hidrostática sanguínea: quando essa: quando essa
pressão aumenta, ocorre saída excessiva depressão aumenta, ocorre saída excessiva de
líquido do vaso, situação comum em estados delíquido do vaso, situação comum em estados de
hipertensão e drenagem venosa defeituosa (porhipertensão e drenagem venosa defeituosa (por
exemplo, em casos de varizes, insuficiênciaexemplo, em casos de varizes, insuficiência
cardíaca etc).cardíaca etc).
PATOLOGIA GERAL 12
 Pressão hidrostática intersticialPressão hidrostática intersticial: se diminuída: se diminuída
essa força, o líquido não retorna para o meioessa força, o líquido não retorna para o meio
intravascular, acumulando-se intersticialmenteintravascular, acumulando-se intersticialmente
PATOLOGIA GERAL 13
 Pressão oncótica sanguínea:Pressão oncótica sanguínea: o aumento dao aumento da
pressão oncótica provoca o deslocamento dopressão oncótica provoca o deslocamento do
líquido do meio intersticial para o interior dolíquido do meio intersticial para o interior do
vaso.vaso.
 Essa variação da pressão oncótica éEssa variação da pressão oncótica é
determinada pela da quantidade de protéinasdeterminada pela da quantidade de protéinas
plasmáticas presentes no sangueplasmáticas presentes no sangue..
PATOLOGIA GERAL 14
 Pressão oncótica intersticial:Pressão oncótica intersticial: um aumento daum aumento da
quantidade de proteínas no interstício provoca oquantidade de proteínas no interstício provoca o
aumento de sua pressão oncótica, o queaumento de sua pressão oncótica, o que
favorece a retenção de líquido nesse local.favorece a retenção de líquido nesse local.
PATOLOGIA GERAL 15
Tipos de EdemaTipos de Edema
Os edemas podem aparecer sob duas formas:Os edemas podem aparecer sob duas formas:
 Edema localizadoEdema localizado é o edema inflamatório, cujaé o edema inflamatório, cuja
constituição é rica em proteínas. Daí o líquidoconstituição é rica em proteínas. Daí o líquido
desse tipo de edema ser denominado dedesse tipo de edema ser denominado de
"exsudato"."exsudato".
 Edema sistêmicoEdema sistêmico é formado por líquido comé formado por líquido com
constituição pobre em proteínas. Esse líquido éconstituição pobre em proteínas. Esse líquido é
denominado de "transudato"denominado de "transudato"
PATOLOGIA GERAL 16
PATOLOGIA GERAL 17
Hiperemia ou CongestãoHiperemia ou Congestão
 ““Aumento do volume de sangue em uma regiãoAumento do volume de sangue em uma região
por intensificação do aporte sangüíneo oupor intensificação do aporte sangüíneo ou
diminuição do escoamento venoso”.diminuição do escoamento venoso”.
 A lesão tecidual de causa hiperêmica éA lesão tecidual de causa hiperêmica é
resultado de uma excessiva quantidade deresultado de uma excessiva quantidade de
sangue no local, inundando essa regiãosangue no local, inundando essa região
PATOLOGIA GERAL 18
As causas de cada tipo de hiperemiaAs causas de cada tipo de hiperemia
 1) Hiperemia arterial ou Ativo:1) Hiperemia arterial ou Ativo: órgãosórgãos
em atividade, inflamação, queimaduras,em atividade, inflamação, queimaduras,
radiação, venenos.radiação, venenos.
 2) Hiperemia venosa ou passiva:2) Hiperemia venosa ou passiva:
interferência na drenagem venosa devidointerferência na drenagem venosa devido
a doenças primárias ou secundárias aa doenças primárias ou secundárias a
região.região.
PATOLOGIA GERAL 19
PATOLOGIA GERAL 20
PATOLOGIA GERAL 21
TromboseTrombose
 ““Coagulação intravascular do sangue em umCoagulação intravascular do sangue em um
indivíduo vivo”.indivíduo vivo”.
 Trombose consiste em uma alteraçãoTrombose consiste em uma alteração
circulatória originada de uma reaçãocirculatória originada de uma reação
hiperatividade do sistema de coagulaçãohiperatividade do sistema de coagulação..
PATOLOGIA GERAL 22
 Diante de uma lesão vascular, esse sistema de
coagulação entra em ação a fim de evitar o
extravasamento sanguíneo.
 O aumento na intensidade de ação desse sistema,
aliado à diminuição da velocidade sanguínea, induz a
formação de um tampão sólido — o trombo — anormal
que, ao mesmo tempo que exerce sua função selante,
impede também o bom funcionamento dos vasos e da
circulação sanguínea, tal a sua grande proporção.
 Daí o nome trombose, indicativo de uma formação
anormal do trombo no vaso.
PATOLOGIA GERAL 23
 A origem da trombose é multifatorial, com váriosA origem da trombose é multifatorial, com vários
eventos relacionados às transformaçõeseventos relacionados às transformações
circulatórias decorrentes de lesões vascularescirculatórias decorrentes de lesões vasculares
agindo concomitantemente.agindo concomitantemente.
PATOLOGIA GERAL 24
TIPOS DE TROMBOSTIPOS DE TROMBOS
Quanto à composição:Quanto à composição:
 brancos (predomínio de plaquetas),brancos (predomínio de plaquetas),
 vermelhos (predomínio de hemácias),vermelhos (predomínio de hemácias),
 mistos (mais comuns em capilares ou vênulas).mistos (mais comuns em capilares ou vênulas).
PATOLOGIA GERAL 25
Quanto à localização no vaso:Quanto à localização no vaso:
 Parietais- nas parede vascular ou deParietais- nas parede vascular ou de
cavidadescavidades
 oclusivos –localizado em toda luz do vasooclusivos –localizado em toda luz do vaso
obstruindo.obstruindo.
PATOLOGIA GERAL 26
Quanto ao local:Quanto ao local:
 arteriais (principalmente na aorta, nos membrosarteriais (principalmente na aorta, nos membros
inferiores e nas artérias viscerais, cerebrais einferiores e nas artérias viscerais, cerebrais e
coronarianas),coronarianas),
 venosos (oriundos da estase venosa), devenosos (oriundos da estase venosa), de
capilares e arteríolas e cardíacos.capilares e arteríolas e cardíacos.
PATOLOGIA GERAL 27
PATOLOGIA GERAL 28
EmboliaEmbolia
 ““Presença de substância estranha aoPresença de substância estranha ao
sangue caminhando na circulação,sangue caminhando na circulação,
levando à oclusão parcial ou completa dalevando à oclusão parcial ou completa da
luz do vaso em algum ponto do sistemaluz do vaso em algum ponto do sistema
circulatório”.circulatório”.
 Podem ser de constituição sólida, líquidaPodem ser de constituição sólida, líquida
ou gasosa.ou gasosa.
PATOLOGIA GERAL 29
 Sólida:Sólida: compreende trombos (nesse caso, ocompreende trombos (nesse caso, o
processo é chamado de tromboembolia),processo é chamado de tromboembolia),
segmentos de placa de ateroma, parasitas esegmentos de placa de ateroma, parasitas e
bactérias, corpos estranhos (por exemplo,bactérias, corpos estranhos (por exemplo,
projétil de arma de fogo), restos de tecidos (porprojétil de arma de fogo), restos de tecidos (por
exemplo, de placenta durante a gestação),exemplo, de placenta durante a gestação),
células neoplásicas etc.células neoplásicas etc.
 Os êmbolos sólidos podem levar a morte súbita,Os êmbolos sólidos podem levar a morte súbita,
infarto ou hemorragia.infarto ou hemorragia.
PATOLOGIA GERAL 30
 Líqüidas: os êmbolos líquidos estãoLíqüidas: os êmbolos líquidos estão
principalmente sob a forma de gorduras;principalmente sob a forma de gorduras;
pacientes com extensas queimaduraspacientes com extensas queimaduras
corpóreas ou fraturas generalizadas,corpóreas ou fraturas generalizadas,
principalmente dos ossos longos, podemprincipalmente dos ossos longos, podem
promover a circulação de glóbulospromover a circulação de glóbulos
gordurosos, os quais se deslocam da medulagordurosos, os quais se deslocam da medula
óssea e do tecido adiposo.óssea e do tecido adiposo.
PATOLOGIA GERAL 31
 A embolia gordurosa pode causar morteA embolia gordurosa pode causar morte
rápida, devido à sua alta capacidade derápida, devido à sua alta capacidade de
penetração em arteríolas e capilares,penetração em arteríolas e capilares,
obstruindo a microcirculação. Um outro tipoobstruindo a microcirculação. Um outro tipo
de embolia líqüida, agora bem mais raro, é ade embolia líqüida, agora bem mais raro, é a
infusão de líquido amniótico na circulaçãoinfusão de líquido amniótico na circulação
durante ou pós-parto.durante ou pós-parto.
PATOLOGIA GERAL 32
 Gasosa:Gasosa: o êmbolo gasoso pode ser deo êmbolo gasoso pode ser de
origem venosa (por exemplo, entrada de arorigem venosa (por exemplo, entrada de ar
nas veias durante ato cirúrgico ou examesnas veias durante ato cirúrgico ou exames
angiográficos) ou arterial (por exemplo,angiográficos) ou arterial (por exemplo,
durante o parto ou aborto, em que há grandedurante o parto ou aborto, em que há grande
contração do útero e rompimento de vasos).contração do útero e rompimento de vasos).
PATOLOGIA GERAL 33
PATOLOGIA GERAL 34
InfartoInfarto
 ““ Infarto e uma área de necrose isquêmicaInfarto e uma área de necrose isquêmica
causada pela oclusão do suplementocausada pela oclusão do suplemento
arterial ou da drenagem venosa numarterial ou da drenagem venosa num
tecido particular.”tecido particular.”
RN MitchellRN Mitchell
PATOLOGIA GERAL 35
PATOLOGIA GERAL 36
HemorragiaHemorragia
 ““Saída do sangue para fora da luz dos vasos”.Saída do sangue para fora da luz dos vasos”.
 As causas da hemorragia incluem traumasAs causas da hemorragia incluem traumas
(mecânicos ou físicos), aumento da pressão(mecânicos ou físicos), aumento da pressão
intravascular, doenças na parede vascular (porintravascular, doenças na parede vascular (por
exemplo, aneurismas, ou seja, adelgamento daexemplo, aneurismas, ou seja, adelgamento da
parede vascular, e invasão neoplásica) eparede vascular, e invasão neoplásica) e
diáteses hemorrágicas (tendência à hemorragiadiáteses hemorrágicas (tendência à hemorragia
em múltiplos tecidos) devido a alterações noem múltiplos tecidos) devido a alterações no
mecanismo de coagulação ou por defeito damecanismo de coagulação ou por defeito da
parede vascular.parede vascular.
PATOLOGIA GERAL 37
PATOLOGIA GERAL 38
ChoqueChoque
 ““Hipoperfusao sistemica causada pelaHipoperfusao sistemica causada pela
reducao do debito cardiaco ou no volumereducao do debito cardiaco ou no volume
sanguineo circulante efetivo.Os resultadossanguineo circulante efetivo.Os resultados
finais sao hipotensao, seguida porfinais sao hipotensao, seguida por
perfusao tecidual deficiente e hipoxiaperfusao tecidual deficiente e hipoxia
celular.”celular.”
RN MichellRN Michell
PATOLOGIA GERAL 39
 Sem uma circulação sangüínea ideal, os tecidosSem uma circulação sangüínea ideal, os tecidos
sofrem hipóxia e carência nutricional, o que levasofrem hipóxia e carência nutricional, o que leva
a alterações reversíveis.a alterações reversíveis.
 A mudança de um sistema de respiraçãoA mudança de um sistema de respiração
aeróbico para um anaeróbico, em decorrênciaaeróbico para um anaeróbico, em decorrência
da falta de oxigênio, induz ao acúmulo de ácidoda falta de oxigênio, induz ao acúmulo de ácido
lático no local, provocando a instauração delático no local, provocando a instauração de
lesões irreversíveis e a morte celular.lesões irreversíveis e a morte celular.
PATOLOGIA GERAL 40
Tipos de ChoqueTipos de Choque
 a) Choque cardiogênico:a) Choque cardiogênico: causado porcausado por
uma lesão no miocárdio (devido a infarto,uma lesão no miocárdio (devido a infarto,
por exemplo), por arritmias ou porpor exemplo), por arritmias ou por
obstrução do fluxo de saída sangüíneaobstrução do fluxo de saída sangüínea
(por exemplo, embolia pulmonar); esses(por exemplo, embolia pulmonar); esses
fatores levam à falência da bombafatores levam à falência da bomba
miocárdica, o que impede omiocárdica, o que impede o
bombeamento do sangue, levando aobombeamento do sangue, levando ao
choque.choque.
PATOLOGIA GERAL 41
 b) Choque hipovolêmico oub) Choque hipovolêmico ou
hemorrágico:hemorrágico: as grandes perdasas grandes perdas
sangüíneas como conseqüência desangüíneas como conseqüência de
hemorragias levam à diminuição dohemorragias levam à diminuição do
volume sangüíneo. Grandes queimadurasvolume sangüíneo. Grandes queimaduras
ou outros tipos de traumatismos tambémou outros tipos de traumatismos também
levam à diminuição do volume sangüíneolevam à diminuição do volume sangüíneo
(nesse caso, o choque é denominado de(nesse caso, o choque é denominado de
"traumático)."traumático).
PATOLOGIA GERAL 42
Tipos de ChoqueTipos de Choque
 c) Choque séptico:c) Choque séptico: é decorrente daé decorrente da
disseminação de microorganismos nodisseminação de microorganismos no
sangue oriundos de infecções locaissangue oriundos de infecções locais
graves. Esses microorganismos,graves. Esses microorganismos,
principalmente bacilos Gram-negativos,principalmente bacilos Gram-negativos,
liberam endotoxinas, as quais atuam nosliberam endotoxinas, as quais atuam nos
leucócitos e células endoteliais.leucócitos e células endoteliais.
PATOLOGIA GERAL 43
Tipos de ChoqueTipos de Choque
 d) Choque anafilático:d) Choque anafilático: decorrente dedecorrente de
reações por hipersensibilidade do tipo Ireações por hipersensibilidade do tipo I
(IgE), promovendo grande permeabilidade(IgE), promovendo grande permeabilidade
vascular e saída de líquido para fora dovascular e saída de líquido para fora do
vaso, diminuindo sua volemia.vaso, diminuindo sua volemia.

Más contenido relacionado

Was ist angesagt?

Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físicolacmuam
 
Historia Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemHistoria Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemFernando Dias
 
Sistema Geniturinário
Sistema GeniturinárioSistema Geniturinário
Sistema GeniturinárioWill Nunes
 
Aula 2 __posicoes_para_exames
Aula 2 __posicoes_para_examesAula 2 __posicoes_para_exames
Aula 2 __posicoes_para_examesMarci Oliveira
 
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalFisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalHerbert Santana
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricapauloalambert
 
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoDistúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoAlanna Rayssa Pinheiro
 
Exame físico do abdome l
Exame físico do abdome lExame físico do abdome l
Exame físico do abdome lpauloalambert
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Danilo Alves
 
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Paulo Alambert
 
Avaliacao das feridas
Avaliacao das feridasAvaliacao das feridas
Avaliacao das feridasLaiane Alves
 
Exame fisico cabeça e pescoço
Exame fisico cabeça e pescoçoExame fisico cabeça e pescoço
Exame fisico cabeça e pescoçopauloalambert
 
Exame físico do tórax
Exame físico do tórax Exame físico do tórax
Exame físico do tórax Paulo Alambert
 

Was ist angesagt? (20)

Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
 
Adaptação celular
Adaptação celularAdaptação celular
Adaptação celular
 
Historia Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemHistoria Da Enfermagem
Historia Da Enfermagem
 
Sistema Geniturinário
Sistema GeniturinárioSistema Geniturinário
Sistema Geniturinário
 
Aula 2 __posicoes_para_exames
Aula 2 __posicoes_para_examesAula 2 __posicoes_para_exames
Aula 2 __posicoes_para_exames
 
Sistema hematológico
Sistema hematológicoSistema hematológico
Sistema hematológico
 
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema RenalFisiologia Humana 6 - Sistema Renal
Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal
 
Semiologia vascular periférica
Semiologia vascular periféricaSemiologia vascular periférica
Semiologia vascular periférica
 
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoDistúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
 
Exame físico do abdome l
Exame físico do abdome lExame físico do abdome l
Exame físico do abdome l
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
 
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário Sintomas e exame físico do aparelho urinário
Sintomas e exame físico do aparelho urinário
 
Choque
Choque Choque
Choque
 
Aula sobre distúrbios circulatórios
Aula sobre distúrbios circulatóriosAula sobre distúrbios circulatórios
Aula sobre distúrbios circulatórios
 
Aula feridas e curativos
Aula feridas e curativosAula feridas e curativos
Aula feridas e curativos
 
Avaliacao das feridas
Avaliacao das feridasAvaliacao das feridas
Avaliacao das feridas
 
Punção venosa.
Punção venosa.Punção venosa.
Punção venosa.
 
Exame fisico cabeça e pescoço
Exame fisico cabeça e pescoçoExame fisico cabeça e pescoço
Exame fisico cabeça e pescoço
 
Exame físico do tórax
Exame físico do tórax Exame físico do tórax
Exame físico do tórax
 
Hemorragias
HemorragiasHemorragias
Hemorragias
 

Andere mochten auch

Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaDistúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaJosé Alexandre Pires de Almeida
 
Sistema circulatorio slides da aula
Sistema circulatorio slides da aulaSistema circulatorio slides da aula
Sistema circulatorio slides da aulaFabiano Reis
 
Patologia médica: anotações
Patologia médica: anotaçõesPatologia médica: anotações
Patologia médica: anotaçõesLayanne Moura
 
Lesões celulares
Lesões celulares Lesões celulares
Lesões celulares Karen Costa
 
Primeiros Socorros
Primeiros SocorrosPrimeiros Socorros
Primeiros Socorrosguest1a4e97
 
Olaria tradicional alentejana
Olaria tradicional alentejanaOlaria tradicional alentejana
Olaria tradicional alentejanaRicardo122
 
As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica dapab
 
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia   clinica de ruminantesPolioencefalomalacia   clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia clinica de ruminantesPedro Augusto
 
Biologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morte
Biologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morteBiologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morte
Biologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morteDeise Silva
 
Cardiopatia Isquêmica
Cardiopatia IsquêmicaCardiopatia Isquêmica
Cardiopatia IsquêmicaCBPortfolio
 
6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)
6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)
6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)Tamiris Ferreira
 
1 lesão e adaptação celular
1 lesão e adaptação celular1 lesão e adaptação celular
1 lesão e adaptação celularTamiris Ferreira
 
Seminário de /doencas Infec.
Seminário de /doencas Infec.Seminário de /doencas Infec.
Seminário de /doencas Infec.Tamiris Ferreira
 

Andere mochten auch (20)

Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de AlmeidaDistúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
Distúrbios circulatórios - Dr. José Alexandre Pires de Almeida
 
Apostilas completas.doc patologia (1)
Apostilas completas.doc patologia (1)Apostilas completas.doc patologia (1)
Apostilas completas.doc patologia (1)
 
Disturbios circulatorios
Disturbios circulatoriosDisturbios circulatorios
Disturbios circulatorios
 
Choque
ChoqueChoque
Choque
 
Sistema circulatorio slides da aula
Sistema circulatorio slides da aulaSistema circulatorio slides da aula
Sistema circulatorio slides da aula
 
Edema - tipos e exemplos
Edema - tipos e exemplos Edema - tipos e exemplos
Edema - tipos e exemplos
 
Patologia médica: anotações
Patologia médica: anotaçõesPatologia médica: anotações
Patologia médica: anotações
 
Lesões celulares
Lesões celulares Lesões celulares
Lesões celulares
 
Primeiros Socorros
Primeiros SocorrosPrimeiros Socorros
Primeiros Socorros
 
Olaria tradicional alentejana
Olaria tradicional alentejanaOlaria tradicional alentejana
Olaria tradicional alentejana
 
4 reparação
4 reparação4 reparação
4 reparação
 
As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica
 
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia   clinica de ruminantesPolioencefalomalacia   clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
 
00 historia da patologia
00   historia da patologia00   historia da patologia
00 historia da patologia
 
Biologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morte
Biologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morteBiologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morte
Biologia molecular Apoptose - Quando a célula programa a própria morte
 
Cardiopatia Isquêmica
Cardiopatia IsquêmicaCardiopatia Isquêmica
Cardiopatia Isquêmica
 
Serotonina
SerotoninaSerotonina
Serotonina
 
6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)
6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)
6 pigmentacoes e calcificacoes v2 (1)
 
1 lesão e adaptação celular
1 lesão e adaptação celular1 lesão e adaptação celular
1 lesão e adaptação celular
 
Seminário de /doencas Infec.
Seminário de /doencas Infec.Seminário de /doencas Infec.
Seminário de /doencas Infec.
 

Ähnlich wie 5 alterações circulatórias

Alterações vasculares
Alterações vascularesAlterações vasculares
Alterações vascularesNathalia Fuga
 
Fisiopatologia do edema resumo aula
Fisiopatologia do edema   resumo aulaFisiopatologia do edema   resumo aula
Fisiopatologia do edema resumo aulaliliana ponte
 
PHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdf
PHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdfPHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdf
PHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdfEliasBittencourt3
 
Tutorial 02 -104-1.pdf
Tutorial 02 -104-1.pdfTutorial 02 -104-1.pdf
Tutorial 02 -104-1.pdfFabio259479
 
Fisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renalFisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renalAdriana Quevedo
 
Alterações vasculares na gestação
Alterações vasculares na gestaçãoAlterações vasculares na gestação
Alterações vasculares na gestaçãoRogério Santos Silva
 
Fisiologia da circulação
Fisiologia da circulaçãoFisiologia da circulação
Fisiologia da circulaçãoMirianLeal
 
Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4 aula 1
Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4  aula 1Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4  aula 1
Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4 aula 1Cleanto Santos Vieira
 
Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...
Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...
Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...AMANDACOZACROOS1
 
Edema
EdemaEdema
Edemahugo
 
Alterações vasculares.pptx
Alterações vasculares.pptxAlterações vasculares.pptx
Alterações vasculares.pptxAline211715
 
Tutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdf
Tutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdfTutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdf
Tutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdfFabio259479
 
6ª aula sistema urinário
6ª aula sistema urinário6ª aula sistema urinário
6ª aula sistema urinárioSimone Alvarenga
 
Sistema cardiovascular
Sistema cardiovascularSistema cardiovascular
Sistema cardiovascularCésar Milani
 

Ähnlich wie 5 alterações circulatórias (20)

Alterações vasculares
Alterações vascularesAlterações vasculares
Alterações vasculares
 
Fisiopatologia do edema resumo aula
Fisiopatologia do edema   resumo aulaFisiopatologia do edema   resumo aula
Fisiopatologia do edema resumo aula
 
PHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdf
PHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdfPHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdf
PHTLS 9ª Ed - Completo - Português BR (1).pdf
 
Tutorial 02 -104-1.pdf
Tutorial 02 -104-1.pdfTutorial 02 -104-1.pdf
Tutorial 02 -104-1.pdf
 
choque AULA.pptx
choque AULA.pptxchoque AULA.pptx
choque AULA.pptx
 
Fisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renalFisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renal
 
Alterações vasculares na gestação
Alterações vasculares na gestaçãoAlterações vasculares na gestação
Alterações vasculares na gestação
 
Fisiologia da circulação
Fisiologia da circulaçãoFisiologia da circulação
Fisiologia da circulação
 
Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4 aula 1
Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4  aula 1Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4  aula 1
Patologia geral - distúrbios da circulação - capítulo 4 aula 1
 
Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...
Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...
Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina - Anotações so...
 
Edema
EdemaEdema
Edema
 
Biofísica da Circulação
Biofísica da CirculaçãoBiofísica da Circulação
Biofísica da Circulação
 
Alterações vasculares.pptx
Alterações vasculares.pptxAlterações vasculares.pptx
Alterações vasculares.pptx
 
fluxo sanguineo
fluxo sanguineofluxo sanguineo
fluxo sanguineo
 
Patologia - Prof. Rafael Ramos.pptx
Patologia - Prof. Rafael Ramos.pptxPatologia - Prof. Rafael Ramos.pptx
Patologia - Prof. Rafael Ramos.pptx
 
Tutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdf
Tutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdfTutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdf
Tutorial 2 parte 1 - 104.docx.pdf
 
Sistema Circulatório
Sistema CirculatórioSistema Circulatório
Sistema Circulatório
 
6ª aula sistema urinário
6ª aula sistema urinário6ª aula sistema urinário
6ª aula sistema urinário
 
Sangue
SangueSangue
Sangue
 
Sistema cardiovascular
Sistema cardiovascularSistema cardiovascular
Sistema cardiovascular
 

5 alterações circulatórias

  • 2. PATOLOGIA GERAL 2 IntroduçãoIntrodução  As alterações circulatórias estãoAs alterações circulatórias estão relacionadas com distúrbios querelacionadas com distúrbios que acometem a irrigação sangüínea e oacometem a irrigação sangüínea e o equilíbrio hídrico.equilíbrio hídrico.
  • 3. PATOLOGIA GERAL 3 IntroduçãoIntrodução  Os fluidos do corpo transitam por trêsOs fluidos do corpo transitam por três compartimentos: intracelular, intersticial ecompartimentos: intracelular, intersticial e intravascular.intravascular.  Esses compartimentos encontram-se emEsses compartimentos encontram-se em homeostase; quando há rompimentohomeostase; quando há rompimento desse equilíbrio, surgem alterações, quedesse equilíbrio, surgem alterações, que comumente podem ser agrupadas dentrocomumente podem ser agrupadas dentro dos distúrbios circulatórios.dos distúrbios circulatórios.
  • 4. PATOLOGIA GERAL 4 HomeostaseHomeostase Liquido Intravascular Liquido intracelular Liquido Intertiscial
  • 5. PATOLOGIA GERAL 5 Distúrbios CirculatóriosDistúrbios Circulatórios  Alterações hídricas intersticiais (edema)Alterações hídricas intersticiais (edema)  Alterações no volume sangüíneoAlterações no volume sangüíneo (hiperemia, hemorragia e choque)(hiperemia, hemorragia e choque)  Alterações por obstrução intravascularAlterações por obstrução intravascular (embolia, trombose, isquemia e infarto)(embolia, trombose, isquemia e infarto)
  • 6. PATOLOGIA GERAL 6 EdemaEdema  ““Acúmulo de líquido no tecido intercelularAcúmulo de líquido no tecido intercelular (intersticial), nos espaços ou nas cavidades do(intersticial), nos espaços ou nas cavidades do corpo”.corpo”.  Normalmente, 50% da quantidade de líquidoNormalmente, 50% da quantidade de líquido corpóreo se localizam na célula, 40% estão nocorpóreo se localizam na célula, 40% estão no interstício, 5%, nos vasos e os outros 5%interstício, 5%, nos vasos e os outros 5% compõem os ossos.compõem os ossos.
  • 7. PATOLOGIA GERAL 7 EdemaEdema  Essa distribuição dos líquidos intersticial e vascular éEssa distribuição dos líquidos intersticial e vascular é mantida às custas da existência de um Equilibriomantida às custas da existência de um Equilibrio hidrodinâmica entre esses dois meios, que mantêm umahidrodinâmica entre esses dois meios, que mantêm uma troca equilibrada desses líquidos.troca equilibrada desses líquidos.  O movimento do líquido do sistema intravascular para oO movimento do líquido do sistema intravascular para o interstício ocorre, em grande parte, devido à ação dainterstício ocorre, em grande parte, devido à ação da pressão hidrostáticapressão hidrostática do sanguedo sangue..  Essa saída do líquido do vaso se localiza naEssa saída do líquido do vaso se localiza na extremidade arterial da rede vascularextremidade arterial da rede vascular..
  • 8. PATOLOGIA GERAL 8 EdemaEdema  O seu retorno do interstício para o vaso se dá,O seu retorno do interstício para o vaso se dá, principalmente, às custas daprincipalmente, às custas da pressão oncóticapressão oncótica sanguínea, aumentada na porção venosasanguínea, aumentada na porção venosa..   Durante essa dinâmica, fica uma certaDurante essa dinâmica, fica uma certa quantidade de líquido residual nos interstícios.quantidade de líquido residual nos interstícios.  Esse líquido é drenado pelos vasos linfáticos,Esse líquido é drenado pelos vasos linfáticos, retornando depois para o sistema vascular.retornando depois para o sistema vascular.
  • 10. PATOLOGIA GERAL 10 EdemaEdema  O desequilíbrio entre os fatores que regem essaO desequilíbrio entre os fatores que regem essa hidrodinâmica entre interstício e meiohidrodinâmica entre interstício e meio intravascular é que origina ointravascular é que origina o edemaedema.. Esses fatores compreendem :Esses fatores compreendem :  pressão hidrostática sanguínea e intersticial,pressão hidrostática sanguínea e intersticial,  pressão oncótica vascular e intersticial epressão oncótica vascular e intersticial e  os vasos linfáticosos vasos linfáticos
  • 11. PATOLOGIA GERAL 11  Pressão hidrostática sanguíneaPressão hidrostática sanguínea: quando essa: quando essa pressão aumenta, ocorre saída excessiva depressão aumenta, ocorre saída excessiva de líquido do vaso, situação comum em estados delíquido do vaso, situação comum em estados de hipertensão e drenagem venosa defeituosa (porhipertensão e drenagem venosa defeituosa (por exemplo, em casos de varizes, insuficiênciaexemplo, em casos de varizes, insuficiência cardíaca etc).cardíaca etc).
  • 12. PATOLOGIA GERAL 12  Pressão hidrostática intersticialPressão hidrostática intersticial: se diminuída: se diminuída essa força, o líquido não retorna para o meioessa força, o líquido não retorna para o meio intravascular, acumulando-se intersticialmenteintravascular, acumulando-se intersticialmente
  • 13. PATOLOGIA GERAL 13  Pressão oncótica sanguínea:Pressão oncótica sanguínea: o aumento dao aumento da pressão oncótica provoca o deslocamento dopressão oncótica provoca o deslocamento do líquido do meio intersticial para o interior dolíquido do meio intersticial para o interior do vaso.vaso.  Essa variação da pressão oncótica éEssa variação da pressão oncótica é determinada pela da quantidade de protéinasdeterminada pela da quantidade de protéinas plasmáticas presentes no sangueplasmáticas presentes no sangue..
  • 14. PATOLOGIA GERAL 14  Pressão oncótica intersticial:Pressão oncótica intersticial: um aumento daum aumento da quantidade de proteínas no interstício provoca oquantidade de proteínas no interstício provoca o aumento de sua pressão oncótica, o queaumento de sua pressão oncótica, o que favorece a retenção de líquido nesse local.favorece a retenção de líquido nesse local.
  • 15. PATOLOGIA GERAL 15 Tipos de EdemaTipos de Edema Os edemas podem aparecer sob duas formas:Os edemas podem aparecer sob duas formas:  Edema localizadoEdema localizado é o edema inflamatório, cujaé o edema inflamatório, cuja constituição é rica em proteínas. Daí o líquidoconstituição é rica em proteínas. Daí o líquido desse tipo de edema ser denominado dedesse tipo de edema ser denominado de "exsudato"."exsudato".  Edema sistêmicoEdema sistêmico é formado por líquido comé formado por líquido com constituição pobre em proteínas. Esse líquido éconstituição pobre em proteínas. Esse líquido é denominado de "transudato"denominado de "transudato"
  • 17. PATOLOGIA GERAL 17 Hiperemia ou CongestãoHiperemia ou Congestão  ““Aumento do volume de sangue em uma regiãoAumento do volume de sangue em uma região por intensificação do aporte sangüíneo oupor intensificação do aporte sangüíneo ou diminuição do escoamento venoso”.diminuição do escoamento venoso”.  A lesão tecidual de causa hiperêmica éA lesão tecidual de causa hiperêmica é resultado de uma excessiva quantidade deresultado de uma excessiva quantidade de sangue no local, inundando essa regiãosangue no local, inundando essa região
  • 18. PATOLOGIA GERAL 18 As causas de cada tipo de hiperemiaAs causas de cada tipo de hiperemia  1) Hiperemia arterial ou Ativo:1) Hiperemia arterial ou Ativo: órgãosórgãos em atividade, inflamação, queimaduras,em atividade, inflamação, queimaduras, radiação, venenos.radiação, venenos.  2) Hiperemia venosa ou passiva:2) Hiperemia venosa ou passiva: interferência na drenagem venosa devidointerferência na drenagem venosa devido a doenças primárias ou secundárias aa doenças primárias ou secundárias a região.região.
  • 21. PATOLOGIA GERAL 21 TromboseTrombose  ““Coagulação intravascular do sangue em umCoagulação intravascular do sangue em um indivíduo vivo”.indivíduo vivo”.  Trombose consiste em uma alteraçãoTrombose consiste em uma alteração circulatória originada de uma reaçãocirculatória originada de uma reação hiperatividade do sistema de coagulaçãohiperatividade do sistema de coagulação..
  • 22. PATOLOGIA GERAL 22  Diante de uma lesão vascular, esse sistema de coagulação entra em ação a fim de evitar o extravasamento sanguíneo.  O aumento na intensidade de ação desse sistema, aliado à diminuição da velocidade sanguínea, induz a formação de um tampão sólido — o trombo — anormal que, ao mesmo tempo que exerce sua função selante, impede também o bom funcionamento dos vasos e da circulação sanguínea, tal a sua grande proporção.  Daí o nome trombose, indicativo de uma formação anormal do trombo no vaso.
  • 23. PATOLOGIA GERAL 23  A origem da trombose é multifatorial, com váriosA origem da trombose é multifatorial, com vários eventos relacionados às transformaçõeseventos relacionados às transformações circulatórias decorrentes de lesões vascularescirculatórias decorrentes de lesões vasculares agindo concomitantemente.agindo concomitantemente.
  • 24. PATOLOGIA GERAL 24 TIPOS DE TROMBOSTIPOS DE TROMBOS Quanto à composição:Quanto à composição:  brancos (predomínio de plaquetas),brancos (predomínio de plaquetas),  vermelhos (predomínio de hemácias),vermelhos (predomínio de hemácias),  mistos (mais comuns em capilares ou vênulas).mistos (mais comuns em capilares ou vênulas).
  • 25. PATOLOGIA GERAL 25 Quanto à localização no vaso:Quanto à localização no vaso:  Parietais- nas parede vascular ou deParietais- nas parede vascular ou de cavidadescavidades  oclusivos –localizado em toda luz do vasooclusivos –localizado em toda luz do vaso obstruindo.obstruindo.
  • 26. PATOLOGIA GERAL 26 Quanto ao local:Quanto ao local:  arteriais (principalmente na aorta, nos membrosarteriais (principalmente na aorta, nos membros inferiores e nas artérias viscerais, cerebrais einferiores e nas artérias viscerais, cerebrais e coronarianas),coronarianas),  venosos (oriundos da estase venosa), devenosos (oriundos da estase venosa), de capilares e arteríolas e cardíacos.capilares e arteríolas e cardíacos.
  • 28. PATOLOGIA GERAL 28 EmboliaEmbolia  ““Presença de substância estranha aoPresença de substância estranha ao sangue caminhando na circulação,sangue caminhando na circulação, levando à oclusão parcial ou completa dalevando à oclusão parcial ou completa da luz do vaso em algum ponto do sistemaluz do vaso em algum ponto do sistema circulatório”.circulatório”.  Podem ser de constituição sólida, líquidaPodem ser de constituição sólida, líquida ou gasosa.ou gasosa.
  • 29. PATOLOGIA GERAL 29  Sólida:Sólida: compreende trombos (nesse caso, ocompreende trombos (nesse caso, o processo é chamado de tromboembolia),processo é chamado de tromboembolia), segmentos de placa de ateroma, parasitas esegmentos de placa de ateroma, parasitas e bactérias, corpos estranhos (por exemplo,bactérias, corpos estranhos (por exemplo, projétil de arma de fogo), restos de tecidos (porprojétil de arma de fogo), restos de tecidos (por exemplo, de placenta durante a gestação),exemplo, de placenta durante a gestação), células neoplásicas etc.células neoplásicas etc.  Os êmbolos sólidos podem levar a morte súbita,Os êmbolos sólidos podem levar a morte súbita, infarto ou hemorragia.infarto ou hemorragia.
  • 30. PATOLOGIA GERAL 30  Líqüidas: os êmbolos líquidos estãoLíqüidas: os êmbolos líquidos estão principalmente sob a forma de gorduras;principalmente sob a forma de gorduras; pacientes com extensas queimaduraspacientes com extensas queimaduras corpóreas ou fraturas generalizadas,corpóreas ou fraturas generalizadas, principalmente dos ossos longos, podemprincipalmente dos ossos longos, podem promover a circulação de glóbulospromover a circulação de glóbulos gordurosos, os quais se deslocam da medulagordurosos, os quais se deslocam da medula óssea e do tecido adiposo.óssea e do tecido adiposo.
  • 31. PATOLOGIA GERAL 31  A embolia gordurosa pode causar morteA embolia gordurosa pode causar morte rápida, devido à sua alta capacidade derápida, devido à sua alta capacidade de penetração em arteríolas e capilares,penetração em arteríolas e capilares, obstruindo a microcirculação. Um outro tipoobstruindo a microcirculação. Um outro tipo de embolia líqüida, agora bem mais raro, é ade embolia líqüida, agora bem mais raro, é a infusão de líquido amniótico na circulaçãoinfusão de líquido amniótico na circulação durante ou pós-parto.durante ou pós-parto.
  • 32. PATOLOGIA GERAL 32  Gasosa:Gasosa: o êmbolo gasoso pode ser deo êmbolo gasoso pode ser de origem venosa (por exemplo, entrada de arorigem venosa (por exemplo, entrada de ar nas veias durante ato cirúrgico ou examesnas veias durante ato cirúrgico ou exames angiográficos) ou arterial (por exemplo,angiográficos) ou arterial (por exemplo, durante o parto ou aborto, em que há grandedurante o parto ou aborto, em que há grande contração do útero e rompimento de vasos).contração do útero e rompimento de vasos).
  • 34. PATOLOGIA GERAL 34 InfartoInfarto  ““ Infarto e uma área de necrose isquêmicaInfarto e uma área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suplementocausada pela oclusão do suplemento arterial ou da drenagem venosa numarterial ou da drenagem venosa num tecido particular.”tecido particular.” RN MitchellRN Mitchell
  • 36. PATOLOGIA GERAL 36 HemorragiaHemorragia  ““Saída do sangue para fora da luz dos vasos”.Saída do sangue para fora da luz dos vasos”.  As causas da hemorragia incluem traumasAs causas da hemorragia incluem traumas (mecânicos ou físicos), aumento da pressão(mecânicos ou físicos), aumento da pressão intravascular, doenças na parede vascular (porintravascular, doenças na parede vascular (por exemplo, aneurismas, ou seja, adelgamento daexemplo, aneurismas, ou seja, adelgamento da parede vascular, e invasão neoplásica) eparede vascular, e invasão neoplásica) e diáteses hemorrágicas (tendência à hemorragiadiáteses hemorrágicas (tendência à hemorragia em múltiplos tecidos) devido a alterações noem múltiplos tecidos) devido a alterações no mecanismo de coagulação ou por defeito damecanismo de coagulação ou por defeito da parede vascular.parede vascular.
  • 38. PATOLOGIA GERAL 38 ChoqueChoque  ““Hipoperfusao sistemica causada pelaHipoperfusao sistemica causada pela reducao do debito cardiaco ou no volumereducao do debito cardiaco ou no volume sanguineo circulante efetivo.Os resultadossanguineo circulante efetivo.Os resultados finais sao hipotensao, seguida porfinais sao hipotensao, seguida por perfusao tecidual deficiente e hipoxiaperfusao tecidual deficiente e hipoxia celular.”celular.” RN MichellRN Michell
  • 39. PATOLOGIA GERAL 39  Sem uma circulação sangüínea ideal, os tecidosSem uma circulação sangüínea ideal, os tecidos sofrem hipóxia e carência nutricional, o que levasofrem hipóxia e carência nutricional, o que leva a alterações reversíveis.a alterações reversíveis.  A mudança de um sistema de respiraçãoA mudança de um sistema de respiração aeróbico para um anaeróbico, em decorrênciaaeróbico para um anaeróbico, em decorrência da falta de oxigênio, induz ao acúmulo de ácidoda falta de oxigênio, induz ao acúmulo de ácido lático no local, provocando a instauração delático no local, provocando a instauração de lesões irreversíveis e a morte celular.lesões irreversíveis e a morte celular.
  • 40. PATOLOGIA GERAL 40 Tipos de ChoqueTipos de Choque  a) Choque cardiogênico:a) Choque cardiogênico: causado porcausado por uma lesão no miocárdio (devido a infarto,uma lesão no miocárdio (devido a infarto, por exemplo), por arritmias ou porpor exemplo), por arritmias ou por obstrução do fluxo de saída sangüíneaobstrução do fluxo de saída sangüínea (por exemplo, embolia pulmonar); esses(por exemplo, embolia pulmonar); esses fatores levam à falência da bombafatores levam à falência da bomba miocárdica, o que impede omiocárdica, o que impede o bombeamento do sangue, levando aobombeamento do sangue, levando ao choque.choque.
  • 41. PATOLOGIA GERAL 41  b) Choque hipovolêmico oub) Choque hipovolêmico ou hemorrágico:hemorrágico: as grandes perdasas grandes perdas sangüíneas como conseqüência desangüíneas como conseqüência de hemorragias levam à diminuição dohemorragias levam à diminuição do volume sangüíneo. Grandes queimadurasvolume sangüíneo. Grandes queimaduras ou outros tipos de traumatismos tambémou outros tipos de traumatismos também levam à diminuição do volume sangüíneolevam à diminuição do volume sangüíneo (nesse caso, o choque é denominado de(nesse caso, o choque é denominado de "traumático)."traumático).
  • 42. PATOLOGIA GERAL 42 Tipos de ChoqueTipos de Choque  c) Choque séptico:c) Choque séptico: é decorrente daé decorrente da disseminação de microorganismos nodisseminação de microorganismos no sangue oriundos de infecções locaissangue oriundos de infecções locais graves. Esses microorganismos,graves. Esses microorganismos, principalmente bacilos Gram-negativos,principalmente bacilos Gram-negativos, liberam endotoxinas, as quais atuam nosliberam endotoxinas, as quais atuam nos leucócitos e células endoteliais.leucócitos e células endoteliais.
  • 43. PATOLOGIA GERAL 43 Tipos de ChoqueTipos de Choque  d) Choque anafilático:d) Choque anafilático: decorrente dedecorrente de reações por hipersensibilidade do tipo Ireações por hipersensibilidade do tipo I (IgE), promovendo grande permeabilidade(IgE), promovendo grande permeabilidade vascular e saída de líquido para fora dovascular e saída de líquido para fora do vaso, diminuindo sua volemia.vaso, diminuindo sua volemia.