Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Modelos de acumulação capitalista
1. RELAÇÕES DE PRODUÇÃO = Capital e Trabalho
•Desenvolvem-se as Classes Sociais típicas do capitalismo:
a Burguesia e o Proletariado.
•Desenvolvem-se as Relações de Trabalho Assalariado e o Mercado de Trabalho
(mercado de compra e venda da Força de Trabalho)
FORÇAS PRODUTIVAS = Força de Trabalho e Meios de Produção
O desenvolvimento das Forças Produtivas eleva a produção de excedentes. Essa
riqueza gerada é apropriada de maneira privada pela classe burguesa, detentora
do fator capital que, doravante, passa a controlar o processo produtivo. A
apropriação privada dos Meios de Produção é responsável pelas desigualdades
sociais que se estabelecem à partir da apropriação e distribuição desigual da
riqueza produzida. Essa distribuição desigual da riqueza estrutura, organiza e
divide a sociedade em diferentes classes sociais com interesses antagônicos.
SISTEMA CAPITALISTA
2. DIVISÃO DO TRABALHO
• Divisão do Trabalho Social: maneira como o produto do trabalho
social é apropriado e distribuído entre os diferentes segmentos sociais.
• Divisão Social do Trabalho: maneira como a cadeia produtiva de
uma sociedade se organiza e se articula (por setores produtivos, ramos
de atividades, segmentos e áreas de atuação).
• Divisão Técnica do Trabalho: parcelamento do processo de produção
de uma mercadoria em diferentes fases, etapas ou tarefas mais
simplificadas, que passam a ser executadas por diferentes
trabalhadores, organizados em uma “linha de produção” (produção em
série e em massa).
3. DIVISÃO TÉCNICA DO
TRABALHO
• A apropriação privada dos Meios de Produção propicia a alienação do
fator trabalho em relação à produção, ao permitir que o empresário
promova a concentração do processo produtivo em uma unidade fabril e
realize a divisão e parcelamento do processo de trabalho de uma
mercadoria em diferentes fases, etapas e tarefas mais simples. Esse
processo de concentração das atividades produtivas em uma única planta
e a fragmentação dos ofícios e simplificação das tarefas, fornece as
condições necessárias para que o fator capital passe a dominar e controlar
totalmente o processo produtivo.
• Vale ressaltar que é a possibilidade de separação entre o trabalho manual
e o intelectual - entre as fases de planejamento e controle (funções de
gerência) e a fase de execução do trabalho (funções operacionais) – que
promove a alienação do trabalhador em relação ao processo produtivo e
ao produto de seu trabalho.
4. ALIENAÇÃO DO TRABALHO
• Ao vender sua Força de Trabalho para o empresário por um
determinado período de tempo, em troca de um salário, o interesse
maior do trabalhador desloca-se da produção para o salário.
• Se, durante aquele período de tempo ele produzir X ou Y
mercadorias ou não produzir nada, seu salário será o mesmo. Com
a perda do controle do processo produtivo (que foi transferido
para o empregador) o trabalhador também perde o interesse e a
motivação para produzir.
• Doravante, a criação e o desenvolvimento de modelos, métodos e
técnicas de controle do processo produtivo constituirão o
problema sobre o qual deve-se debruçar a moderna gerência
capitalista.
5. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
O parcelamento do processo de trabalho e a simplificação de tarefas,
faz com que a mercadoria deixe de ser produzida por um único indivíduo,
dando origem a uma nova forma de organização do trabalho, baseada na
linha de produção:
• Com rígido controle de tempos e movimentos;
• Com o desenvolvimento do trabalhador coletivo;
• Com sistemas de controle organizados burocrática e hierarquicamente,
de acordo com um modelo disciplinar de nítida inspiração militar.
• E, com a introdução da linha de montagem, nasce o Fordismo.
O trabalhador assalariado, isolado e alienado do processo de trabalho, não
decide mais o que, quando, como ou quanto produzir. Tais tarefas passam a
ser atribuições da gerência capitalista moderna e devem ser desempenhadas
com base no conhecimento científico e no desenvolvimento tecnológico.
6. TAYLORISMO/ FORDISMO
• Separação entre as fases de planejamento e execução do
processo de trabalho;
• Grandes unidades fabris, concentradas e verticalizadas;
• Produção em série e em massa (linha de montagem);
• Controle dos tempos e movimentos;
• Trabalho Parcelado;
• Fragmentação das funções;
• Simplificação das tarefas;
• Operário-massa (trabalho coletivo fabril);
• Produtos homogêneos;
7. MODELOS DE ESTADO CAPITALISTA
Atualmente, existem diversos , modelos, planos, programas e
projetos disputando espaço e hegemonia política na sociedade
global. No campo dos países de economia capitalista
desenvolvida, podemos citar:
• O modelo baseado no “Estado do Bem-Estar Social”
(Wellfare State) - que vinha sendo implementado pelos
sociais-democratas em países como a Suécia, Bélgica e
Dinamarca, após a 2ª Guerra.
• E, o “Modelo de Estado Mínimo”, baseado na
acumulação flexível – defendido pelos neo-liberais e
implantado com maior ênfase a partir dos anos 80 (com o
fim da Guerra Fria), em países como EUA e Inglaterra.
8. MODELO DE ACUMULAÇÃO
FLEXÍVEL
Na década de 80 ocorreram profundas transformações nos países de
capitalismo avançado:
• Nas formas de inserção do Trabalho na estrutura produtiva.
• Nas formas de representação sindical.
• Nas formas de representação política.
Tais mudanças apoiaram-se na flexibilização:
• Dos processos de trabalho
• Dos mercados de trabalho
• Dos produtos e padrões de consumo
9. REPERCUSSÕES
Ocorreram profundas repercussões materiais e
subjetivas, promovidas pela inserção e o
desenvolvimento da automação, da robótica, da
informática e da microeletrônica nas relações de
trabalho e de produção do Capitalismo. Fato que
afetou a forma de ser do trabalhador. Estas mudanças
vem sendo denominadas como neofordismo,
neotaylorismo, pós-fordismo ...
10. NOVO PARADIGMA PRODUTIVO
Pressupostos do “modelo de acumulação flexível”:
• Significativo desenvolvimento tecnológico;
• Desconcentração produtiva (processos de trabalho
mais dispersos e “artesanais”);
• Recusa da produção em massa (Just-in-time);
• Trabalho em equipe, com menor grau de alienação
do Fator Trabalho.
11. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS:
• Flexibilização da produção
• Especialização flexível
• Busca de novos padrões de produtividade
• Desconcentração industrial
• “Gestão participativa” da força de trabalho
• Desregulamentação dos direitos trabalhistas.
12. CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS:
• Surgimento de novos setores de produção.
• Desenvolvimento de novas maneiras de
fornecimento de produtos financeiros.
• Surgimento de novos mercados.
• Altas taxas de inovação comercial, tecnológica
e organizacional.
• Desindustrialização e crescimento do setor de
serviços (terceirização).
13. O MODELO TOYOTA
• Produção voltada e conduzida pela demanda.
• Produção variada e diversificada.
• O consumo determina o que e quanto será produzido.
• Estoque mínimo.
• Otimização do tempo de produção (just in time).
• Processo e aparato produtivo flexível.
• Desespecialização e polivalência dos trabalhadores.
• Trabalho em equipe (não parcelado).
• Flexibilização da organização do trabalho.
• Flexibilização dos direitos trabalhistas.
• Maior horizontalização do poder (diminuição dos níveis
hierárquicos).
• Fragmentação do processo produtivo (contratação de
fornecedores e terceiros).
14. TRAÇOS CONSTITUTIVOS:
• Operação simultânea de várias máquinas.
• Aumento da produção sem aumento de trabalhadores.
• Técnica de abastecimento dos supermercados (Kanban).
• Kanban aplicado a fornecedoras e subcontratadas
• Pedidos pequenos e diversificados.
• Sindicalismo de “envolvimento” (manipulado pela
empresa através de ações repressivas e/ou da cooptação
de sindicalistas).
15. CARACTERÍSTICAS DO TOYOTISMO:
• Estrutura-se a partir de um número mínimo de
trabalhadores, ampliando-os com a realização de horas-
extras, trabalhadores temporários ou subcontratação
(dependendo da flexibilidade de cada mercado de
trabalho)
• Diminuição das hierarquias, do despotismo fabril e maior
“participação” do trabalhador na concepção do processo
produtivo, visando melhorar a performance da produção,
a diminuição dos custos e a melhoria da qualidade.
16. RESULTADOS PRÁTICOS
• maior intensificação da exploração e
controle do trabalho.
• elevação da velocidade da cadeia
produtiva.
• Neutralização ou cooptação da
atividade sindical.
17. NÚMERO DE HORAS/ HOMEM
NECESSÁRIOS PARA FABRICAR UM
VEÍCULO
Países Horas/Homem
• Japão
• EUA
• Europa (máxima)
• Europa (média)
19,0 h/h
26,5 h/h
22,6 h/h
35,6 h/h
Fonte: Massachussets Institute of Technology Ano-base: 1987
18. MÉDIA DE HORAS/ HOMEM
TRABALHADAS POR ANO
Países Horas/ Homem por ano
• Japão (Toyota)
• Bélgica (plantas modernas)
2.300 h/h
de 1.550 a 1.650 h/h
Fonte: Massachussets Institute of Technology Ano-base: 1987
19. TENDÊNCIA
OBJETIVO
POLÍTICO
ESTRATÉGICO
PRIMEIRA
CONSEQÜÊNCIA
CRÍTICAS
• Descentralização da produção /tecnologia
• Redução do tamanho da planta industrial
• Articulação das pequenas empresas aos grandes conglomerados
através da informática e avanços tecnológicos.
Combater a autonomia e coesão de setores do operariado, propiciando
maior exploração e controle da força de trabalho pelo capital, através da
fragmentação do trabalho e do desenvolvimento tecnológico.
A classe trabalhadora torna-se mais segmentada e fracionada
• Acarreta a intensificação do trabalho, desqualificando-o e
desorganizando-o (mantém a alienação do trabalhador)
• Não pode ser universalmente aplicado
• Fordismo continua hegemônico