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ARTES DO
                  POVO
A   ARTE   É   DE   TODOS
S U M Á R I O
                  1
 CRIAÇÃO DE BONECOS, MÁSCARAS,
 OBJETOS, BRINQUEDOS, PINTURA,
 ESCULTURA, BORDADOS, RENDA...

                  2
     VIVA A CULTURA E A ARTE DO
           POVO BRASILEIRO


                  6
CONVOCANDO   OS   ARTISTAS/ARTESÃOS

                  8
 ORGANIZANDO UMA OFICINA COM
      ARTISTAS DO POVO

                  10
          ARTESANANDO
CRIAÇÃO DE BONECOS, MÁSCARAS,
OBJETOS, BRINQUEDOS, PINTURAS,
ESCULTURAS, BORDADOS, RENDAS...
“Ah! Eu não tenho jeito pra isso.” – É assim que a maioria      Capítulo 1: Viva a Cultura e
reage quando o assunto é fazer Arte. Essa fala, muito           a Arte do Povo Brasileiro! –
                                                                Saiba por que a cultura
freqüente, não revela apenas modéstia. Indica, também,
                                                                popular, que brota em toda a
a crença de que só pessoas muito especiais conseguem            parte, é tão importante
demonstrar o seu lado criativo. Na verdade, todo mundo,         quanto a cultura erudita,
ao expressar seu jeito de ser, sentir e pensar, está criando.   ligada à escola, à
É o que acontece quando bordamos um pano de prato,              universidade, aos livros...
costuramos uma colcha de retalhos, construímos um               Confira alguns exemplos de
                                                                manifestações da criatividade
papagaio (ou pipa, ou raia), pintamos uma bicicleta com
                                                                popular em nosso país.
nossas cores e padrões preferidos, modelamos um pote...
                                                                Capítulo 2: Convocando os
Coisas tão cotidianas que acabamos nem percebendo que
                                                                Artistas/Artesãos –
também são arte.                                                Sugestões de como identificar
Este caderno trata das artes que todo mundo faz. Dá             as pessoas que fazem arte/
exemplos do quanto é maravilhosa e diversa a cultura            artesanato popular na escola e
                                                                na comunidade e convidá-las a
popular brasileira e aponta caminhos para que você,             mostrar/ensinar o que fazem.
Amigo(a) da Escola, torne mais forte a presença de
                                                                Capítulo 3 : Organizando uma
artistas/artesãos na escola e na comunidade.                    Oficina com Artistas do Povo
Abaixo, os assuntos que serão tratados nas páginas              – Algumas orientações bem
seguintes. Veja quais capítulos mais o(a) interessam e          práticas para fazer das
                                                                oficinas de arte/artesanato
comece por eles a sua leitura!
                                                                momentos de grande
                                                                aprendizagem, onde as
                                                                pessoas, experimentando as
                                                                mais variadas linguagens
                                                                artísticas, possam criar,
                                                                deixar fluir a fantasia, aguçar
                                                                os sentidos, emocionar-se e
                                                                construir novos significados,
                                                                chegando sempre a produtos
                                                                concretos.
                                                                Capítulo 4: Artesanando –
                                                                Aprenda a fazer e a ensinar o
                                                                passo-a-passo da construção
                                                                de máscaras, bonecos de
                                                                pano, colchas de retalho,
                                                                fantoches e muito mais.
                                                                                             1
VIVA A CULTURA E A ARTE DO
POVO BRASILEIRO!
                              A cultura brasileira é formada por muitas culturas. Não é
     E lembre-se:             única e sim diversa. Não é singular e sim plural. Alfredo
    Quando lhe faltarem as
                              Bosi, professor de Literatura da Universidade de São
    palavras, fale por meio   Paulo, explica essa questão, argumentando que, se cultura
    da arte! Como explica o   é o conjunto de modos de ser, pensar, falar e fazer
     poeta mato-grossense     (inclusive arte) de um determinado segmento social – e
       Manoel de Barros,      existem diferentes segmentos sociais no País –, cada um
      onde a ciência falha,   deles terá a sua cultura. Há culturas indígenas, africanas,
          a Arte salva:       asiáticas e européias convivendo no Brasil. Há uma cultura
        “A ciência pode       erudita ou universitária, centralizada no sistema
    classificar e nomear os   educacional e principalmente nas universidades, e uma
     órgãos de um sabiá,      cultura popular, correspondendo aos costumes e formas de
     mas não pode medir       expressão das pessoas simples, com pouca escolaridade e
       seus encantos...”      pouco acesso aos livros (Dialética da Colonização, São
                              Paulo, Companhia das Letras, 1999).
                              Exemplos de manifestações        metal, bandeiras do Divino,
                              da cultura erudita em nosso      moringas esculpidas, flores
                              país são obras literárias de     de papel, procissões, pastoris,
                              escritores como José de          congadas, cavalhadas e
                              Alencar, Machado de Assis e      bumbas-meu-boi, folhetos de
                              Guimarães Rosa; pinturas e       cordel – tudo isso e muito
                              esculturas como as de Victor     mais são exemplos das artes
                              Meirelles, Portinari, Tarsila    que o povo faz, expressando
                              do Amaral, Aleijadinho, Victor   o seu jeito de ser, pensar,
                              Brecheret; músicas como as       fazer e sentir, ou seja, a sua
                              de Carlos Gomes e Villa-         cultura.
                              Lobos; obras de arquitetura      Bosi explica que existe um
                              como as de Oscar Niemeyer;       intenso diálogo entre a
                              realizações em diversos          cultura erudita e a cultura
                              domínios científicos. Mas a      popular. Os criadores eruditos
                              cultura brasileira vai além e    se inspiram na cultura e na
                              adquire milhares de outras       arte do povo. Guimarães
                              formas. Carros alegóricos do     Rosa, por exemplo, só pôde
                              Carnaval carioca, roupas dos     escrever Grandes Sertões:
                              palhaços de circo, bonecos do    Veredas por estar em contato
                              Carnaval de Olinda, cestos de    direto com a criatividade dos
                              buriti, toalhas de renda de      homens e mulheres do
                              bilro, bonecas de pano,          interior de Minas. E o povo,
                              miniaturas de ônibus feitas de   por sua vez, se apropria das
2
manifestações da cultura
erudita e as “traduz” em sua
linguagem – um
acontecimento da área da
ciência e tecnologia, como a
chegada do homem à Lua,
pode ser transformado em
enredo de escola de samba.
O conjunto de manifestações
da cultura popular tradicional
de um país é chamado de
folclore. Folklore é um
vocábulo anglo-saxão em que
folk significa povo e lore,
conhecimento tradicional. No
Brasil, o campo do folclore
inclui: literatura oral (contos,
mitos e lendas que vão
passando de pai para filho,
enigmas, adivinhas, trava-
línguas, cordel...);
brincadeiras infantis (rondas,
como a Ciranda, cirandinha;
jogos como passa-anel, pula-
carniça, amarelinha, gude...);




                                   festejos e diversões (jogos de    ocasião de colheita,
                                   capoeira e maculelê, pastoril,    nascimento, casamento ou
                                   folias de Reis e do Divino,       morte; romarias, promessas,
                                   reisados, cheganças,              procissões para pedir chuva;
                                   cavalhadas, congadas, bumba-      rinhas de galo...); linguagem
                                   meu-boi, teatro de                (apelidos, gírias, frases feitas
                                   mamulengo, festas                 como “comer o pão que o
                                   tradicionais como São João,       diabo amassou” ou “tirar o
                                   Carnaval, Círio de Nazaré...);    cavalo da chuva”); artes e
                                   crendices e superstições          técnicas (pintura, escultura,
                                   (lobisomem, mula-sem-             confecção de objetos
                                   cabeça...); música vocal e        utilitários e brinquedos,
                                   instrumental (com                 rendas e bordados; decoração
                                   instrumentos típicos como         doméstica; adornos pessoais;
                                   pífano, rabeca, viola de cocho;   vestimentas típicas – como
                                   cantos de trabalho...); usos e    baiana, vaqueiro, gaúcho... –,
                                   costumes (modos de fazer          técnicas de construção).
                                   doces, aguardentes e pratos       Vamos agora conhecer mais
                                   tradicionais; rezas e             de perto esse vasto universo
                                   benzimentos; rituais por          das artes do povo.
                                                                                                    3
um objeto utilitário é também    Arte realista e arte
FALANDO                          um objeto artístico?
                                                                  religiosa
SOBRE ARTES                      Talvez não precisemos ser
                                 tão rigorosos com essas          Podemos classificar em dois
E TÉCNICAS                       demarcações. Transformar         grupos temáticos as
                                 materiais usando as mãos, a      realizações dos pintores e
POPULARES                        cabeça e o coração é o que
                                 determina a qualidade da
                                                                  escultores populares. A arte
                                                                  realista ou figurativa retrata
                                 experiência. Os antigos          cenas presenciadas no dia-a-
                                 gregos faziam vasos de argila
Objetos utilitários              para guardar água, vinho, óleo
                                                                  dia – uma família jantando,
                                                                  um médico consultando,
ou artísticos?                   e grãos e ornamentavam os        cenas clássicas como a dos
                                 objetos, pintando-os com         retirantes fugindo da seca,
Madeira, pedra, argila, papel,   animais, cenas familiares ou
papelão, plástico, pano, vime,                                    figurações de festejos. Na
                                 lendárias. Pablo Picasso, o      escultura com argila, Mestres
bambu, palha, arame são          espanhol que revolucionou a
materiais com os quais é                                          Vitalino, Adalton e Antonio de
                                 forma de fazer arte no século    Oliveira apresentam grande
possível construir “coisas”      XX, inspirando-se no povo
novas, criar. Reciclar                                            produção desse cotidiano
                                 grego, fez um prato de argila    social. Passeando pela feira
materiais e utilizar os          e pintou-o. Arte ou
recursos da região podem ser                                      de Caruaru, já podemos ver,
                                 artesanato?                      modelados nas cerâmicas, até
motivos para mobilizar a
comunidade, integrá-la à         Esse exemplo indica que não      profissionais digitando em
escola, como também para         é tão simples classificar um     computadores.
possibilitar às crianças e       objeto só como objeto de arte
jovens uma aprendizagem          ou só como objeto utilitário.
saudável e crítica em relação    Artesanato, arte popular,
ao meio ambiente. Os             qualquer que seja o nome
produtos podem ser               dado, essas qualificações,
brinquedos, objetos              necessariamente, não
utilitários, ornamentos etc.     diminuem a importância de
É possível que surja a dúvida:   produções por meio das quais
                                 as pessoas dizem o que querem
                                 dizer, vivem os seus sonhos.
                                 Nas representações plásticas
                                 brasileiras está configurada a
                                 realidade vivida pelo povo.
                                 Tais representações são          A religião é outro tema
                                 muito diversificadas em seus     bastante presente na produção
                                 aspectos culturais e             brasileira: imagens de santos
                                 regionais. Os recursos           em barro ou madeira, a arte
                                 naturais, materiais, as          humilde dos cemitérios,
                                 influências de povos que ali     presépios, os objetos usados
                                 viveram ou vivem, os             nas procissões, ex-votos,
                                 símbolos ancestrais              passagens bíblicas, religiões
                                 determinam a variedade e         africanas e seu sincretismo
                                 a riqueza de todas essas         com a tradição católica e
                                 manifestações.                   muito mais.

4
Arte imaginária
ou incomum
O outro grupo temático é a
arte imaginária ou incomum.
O artista que se dedica a esse
tipo de produção cria seu
universo singular, centrando-
se em uma temática subjetiva
ou irreal, de forte
expressividade.
As carrancas dos barcos do
rio São Francisco são um
exemplo disso. Dentre as
obras-primas desse gênero,
destacam-se as do Mestre
Biquiba Guarany. Deixou
ensinamentos a seu discípulo
Agnaldo Manoel dos Santos:
“Na figura, tudo que está de
um lado deve estar do outro, e
tudo o que está por cima deve
ser diferente do que fica por
baixo. A figura deve ter um
olhar para um ponto que
ninguém sabe o que é, nem
onde está. A boca deve olhar
para quem aprecia... A
carranca bem feita é aquela
que, quando é vista no espelho
das águas, se mexe como coisa
viva.”




                             5
CONVOCANDO OS ARTISTAS/ARTESÃOS
Se você quiser conquistar outras pessoas da escola e da comunidade para atuar como
“Amigos da Escola”, difundindo a nossa cultura popular, aqui está uma estratégia em três
movimentos : “aquecimento”, pesquisa de campo e convite. Confira!

                                                                  • Casas comerciais – Há
“Aquecimento”                    Pesquisa de campo                  paredes pintadas por
Forme um pequeno grupo           e registro das                     pintores da cidade, em
com crianças e jovens                                               bares e padarias? (Em
interessados e converse com
                                 observações                        geral, são pinturas de
eles sobre as diferentes         Depois dessa sensibilização,       cores fortes, com motivos
expressões da cultura e da       convide os membros do grupo        florais, religiosos ou
arte populares. Se possível,     a pesquisar em diferentes          outros.) Há ditos populares
promova uma sessão de vídeo      locais, para identificar quais     ou recados irônicos sobre
com o filme Central do Brasil,   são as manifestações               comprar fiado?
mostrando festejos e             artísticas presentes na          • Festejos e celebrações –
costumes do interior do          comunidade e quem são as           Quais são as festas
nosso país.                      pessoas que as produzem.           realizadas na comunidade?
Você e esse grupo inicial        O roteiro abaixo pode ajudar:      São religiosas ou profanas?
podem procurar, na biblioteca,   • Escola e residência –            Quem são as bordadeiras e
jornais antigos, almanaques,       Nesses dois locais, é            costureiras que fazem ou
publicações, documentos,           preciso observar: Quais          faziam as roupas,
com informações sobre as           são os objetos artesanais?       estandartes, máscaras para
manifestações locais de arte e     Como foram obtidos?              as festas da comunidade,
folclore. Uma entrevista com       Alguém da escola ou da           os músicos e fazedores de
o Secretário da Cultura do         família os produziu? De          instrumentos, os artistas
Município ou com alguém de         que material são feitos?         anônimos que participam
sua equipe poderá ajudar.          Há quem saiba fazer um           dos eventos, mas que não
                                   prato, doce ou bebida            fazem de seu ofício
Se em sua cidade houver
                                   típicos da região? Há quem       profissão?
faculdade de História,
Sociologia, Antropologia,          conheça ervas, rezas e
convide professores ou             saiba “benzer”?
estudantes das áreas para        • Feira ou mercado – Qual é
conversar com o grupo sobre        o artesanato característico
cultura popular brasileira.        da região? Quem faz esse
Solicite materiais                 artesanato? Quais fatores
emprestados, tais como             locais ou regionais
filmes, livros...                  determinam os recursos
                                   materiais e a temática do
                                   artista? Quais as
                                   ferramentas de trabalho?




6
• Jogos, brincadeiras,
  superstições – Há pessoas
  idosas (ou nem tanto), que
  saibam contar sobre
  folguedos e brinquedos da
  infância, as histórias que
  gostavam de ouvir, as
  festas de rua, as coisas
  proibidas, as coleções que
  faziam, as crenças, as
  promessas, as
  assombrações temidas...?
  Oriente os participantes a
  registrar suas observações
  por meio de anotações,
  desenhos, fotos,
  gravações, filmes (a forma
  de registro depende dos
  recursos disponíveis).
  É muito importante que,
  ao final, você tenha uma
  lista com os nomes e
  endereços das pessoas que
  vão ser convidadas a se
  tornar Amigas da Escola,
  ensinando o que sabem e
  fazem às crianças e jovens
  da escola e da comunidade.


Convite e
planejamento
De posse dessa lista, convide
todos para uma reunião, onde
você irá explicar por que é
um(a) Amigo(a) da Escola e
“seduzi-los” a juntar-se a
você. A próxima etapa será
planejar as oficinas e cursos
que cada um poderá dar na
escola.




                            7
ORGANIZANDO UMA OFICINA
COM ARTISTAS DO POVO
Depois de localizados e convidados os artistas/artesãos da
comunidade, muitas coisas podem acontecer. Pode ser que,
logo ao primeiro chamado, vários atendam: uma senhora que
borda panos de prato, outra que sabe fazer doces e licores
típicos, um moço que sabe construir caminhõezinhos de
madeira, um outro que modela potes de barro, um professor
da escola que constrói pipas (ou papagaios de papel) como
ninguém, uma mãe de aluno que faz bonecas de pano, uma
pessoa da equipe operacional que conhece montes de cantigas
de roda e brincadeiras tradicionais. Mas pode ser que
compareçam apenas uma ou duas pessoas... De qualquer forma,
quem aceitar o desafio de ser um(a) Amigo(a) da Escola vai ter
de pensar num jeito eficaz de compartilhar o seu saber com as
crianças e jovens. Organizar oficinas pode ser uma ótima
oportunidade de transformar os encontros entre artista/artesão
e o grupo de interessados em experiências vivas de criação. As
orientações abaixo podem ajudar o coordenador de cada oficina:

• Verifique com                  cartazes e avisos               • Combine regras para a
  antecedência com a             distribuídos com                  utilização do espaço e do
  direção da escola o local      antecedência, sobre o tipo        material junto com as
  onde será realizada a          e quantidade de materiais         crianças e jovens; eleja
  oficina e o número de          que devem trazer para a           responsáveis para tarefas,
  crianças, jovens e adultos     primeira oficina.                 a fim de que todos tenham
  inscritos. Planeje a         • Organize os materiais,            seus direitos garantidos e
  utilização do espaço de        separe-os de acordo com           saibam com clareza quais
  acordo com as atividades       critérios que considerar          são os seus deveres. Essa
  que serão desenvolvidas.       melhor para cada atividade        atitude favorece a
  A movimentação                 – por forma, cor, tamanho –,      aprendizagem de valores,
  espontânea dos                 de tal maneira que se             como responsabilidade e
  participantes pode             tornem facilmente                 respeito mútuo, e também
  contribuir para um clima       acessíveis aos                    ajuda a preservar o espaço
  agradável de trabalho.         participantes. A                  e os materiais. (Se quiser
• Providencie os materiais       organização pode facilitar a      aprofundar esse tema, leia
  necessários para a             pesquisa e a escolha dos          o volume 8 dos Parâmetros
  realização da oficina, ou      materiais. Essa atitude           Curriculares Nacionais:
  informe as pessoas que se      ajuda o aprendiz a                Apresentação dos Temas
  inscreveram, por meio de       perceber a importância da         Transversais e Ética).
                                 atividade organizada.

8
• Sempre que começar a            • Tire fotografias dos
  oficina, faça uma roda de         trabalhos que resultarem
  conversa e/ou jogo com o          das oficinas e vá
  objetivo de promover              organizando um álbum
  situações favoráveis à            para que fiquem
  comunicação, à criação e à        registrados. Será o acervo
  socialização. Contar casos,       de memórias do grupo.
  histórias reais ou fictícias,   • Faça exposições
  cantar, brincar, resolver         temporárias com os
  problemas do cotidiano...         trabalhos produzidos nas
  são experiências                  oficinas. Ajude-os a criar
  enriquecedoras. Ao final,         os convites e organizar a
  repita a roda para avaliar        divulgação.
  com o grupo o que deu
  certo, o que não funcionou      Mãos à obra! Como já dizia o
  e deve ser mudado e o que       poeta, “Quem sabe faz a hora
  nunca mais deve ser             não espera acontecer”. Ou,
  repetido.                       como diz o provérbio popular,
                                  “Quem não arrisca não
                                  petisca”.



                                                                 9
Execução:
ARTESANANDO                                                       Primeira Parte
                                                                  • Os participantes devem
Cada artista/artesão que se dispuser a trabalhar com as             estar sentados, em roda.
crianças, jovens e adultos da escola já vai chegar trazendo       • Coloque no meio da roda
na mochila os seus saberes e seu jeito muito próprio de             uma folha de papel grande,
fazer as coisas. É esse repertório que irá compartilhar             pincéis, potes de tinta
durante as oficinas. As atividades que sugerimos abaixo são         guache, cola e retalhos.
apenas algumas dentre milhares de possibilidades. A               • Desenhe nesse papel uma
técnica – o passo-a-passo – de cada uma delas também                linha dando forma a um
pode ser diferente, de acordo com o estilo de cada artista/         contorno de rosto bem
                                                                    grande.
artesão.
                                                                  • Chame os participantes,
                                   Ao vestirmos uma máscara –       um de cada vez, para que
MÁSCARAS                           como acontece tantas vezes       continuem o trabalho,
                                   no Carnaval –, transformamo-     dando sua contribuição
Objetivo: Com sacos
                                   nos em outro personagem.         para criar a “cara” do
de papel, criar máscaras
                                   Isso nos autoriza a viver        personagem.
representando vários
personagens, conhecendo
                                   outras histórias. Escondidos   • Cada pessoa irá
                                   nas máscaras, estamos            acrescentar elementos ao
assim as expressões faciais
                                   mais libertos para viver         rosto, usando desenho,
que representam diferentes
                                   amplamente o que somos           pintura ou colagem.
emoções (alegria, tristeza,
                                   de verdade.
rancor).                                                          • Quando o personagem for
Material: Folhas grandes de                                         aparecendo, vale tudo: é
papel branco ou pardo, giz de                                       hora de inventar, de
cera, sacos de papel que                                            observar, sorrir, rir ou
caibam na cabeça, retalhos de                                       gargalhar. O resultado
papel, retalhos de pano, aparas                                     pode ser uma figura
de madeira, fios, linhas, palha,                                    engraçada, monstruosa...
cola, tesoura, tintas coloridas                                     ou nada disso.
(guache) e pincéis. Se
possível, providencie um
espelho grande.
Preparação:
Lembre aos participantes que
as máscaras surgiram em
antigas civilizações e eram
peças fundamentais para
celebrações e rituais mágicos
e religiosos. Gregos, romanos
e povos orientais usavam-nas
no teatro. No Brasil, tanto os
índios quanto os negros que
vieram da África também as
utilizavam em seus rituais.
10
Segunda Parte                     Terceira Parte                     personagens. Desafie as
• Dê a cada participante um       • Proponha aos participantes       duplas a, em cinco
  saco de papel para fazer a        que vistam as máscaras. É        minutos, desenvolver um
  sua máscara.                      um momento interessante          episódio com começo,
                                    para que se olhem no             meio e fim.
• Peça que vistam o saco na
                                    espelho. Como se sentem        • Cada dupla irá encenar o
  cabeça, marquem o lugar
  dos olhos e o retirem da          usando essa máscara?             seu episódio para os
  cabeça.                           Como percebem os                 demais. As histórias
                                    outros?                          podem ser registradas,
                                  • Peça que cada um fale            gravadas em fita cassete.
                                    sobre o personagem que           É uma boa oportunidade
                                    representou em sua               de se exercitar para
                                    máscara. Estimule a              começar a escrever peças
                                    imaginação perguntando,          teatrais.
                                    por exemplo: Quem é o seu
                                    personagem? Quais são seus
                                    poderes? Interferem no                Atenção!
                                    cotidiano das pessoas?               Essas máscaras
                                    Fazem milagres?
                                                                       também podem ser
                                    Transformam a natureza?
                                                                      feitas com pratos de
• Os participantes irão             Os homens? Descreva um
  recortar o local dos olhos.       episódio enfrentado por ele.        papelão, caixas de
                                                                        sapato, cartolinas,
• Pintando com giz de cera e      • Sugira ao grupo que se
                                                                     papel cartão recortados
  guache, colando retalhos          divida em duplas usando
                                                                          e outros tantos
  de papel, de pano, aparas         as máscaras para criar
  de madeira, fios, linhas e        um diálogo entre os dois          materiais e técnicas.
  palha, cada um irá delimitar
  olhos, nariz, boca, orelhas e
  cabelo do personagem e
  criar a sua máscara de saco
  de papel. É hora de olhar,
  mexer, sentir, experimentar
  os materiais.
• Avise para que não
  coloquem materiais que
  pesem demais. Auxilie nos
  acabamentos.




                                                                                            11
aqueles que cruzam o seu        • Peça que preencham o
BONECOS DE                       caminho; a da Mãe-d’Água,         interior do contorno com
                                 metade mulher, metade             desenhos e cores.
PANO                             peixe, que costuma atrair       • Cada um inventa um nome
                                 homens com seu canto e            para o seu bicho e
Objetivos: Construir bonecos
                                 puxá-los para o fundo das         apresenta para os colegas.
de pano com temática
                                 águas, onde habita. (Previna-     “— Esse é o Broncolipo.
surrealista; conhecer as
                                 se com livros que contenham       A função dele é...”
lendas e mitos de nosso
                                 essas lendas, de preferência
folclore; expressar desejos e
                                 ilustrados, da biblioteca da
temores, criando as próprias
                                 escola ou da cidade. Se
lendas e mitos.
                                 ninguém tiver “causos” para
Material: Folhas de papel do     contar, você poderá fazê-lo.)
mesmo tamanho de pedaços
                                 Execução:
de pano de cor lisa, medindo
em torno de 30 cm x 40 cm –      Primeira Parte
sacos de farinha são ótimos.     • Depois da sessão de
Lápis grafite, lápis de cor,       histórias, distribua um
cordas, barbante, sisal,           pedaço de papel grande
pedaços de linhas coloridas,       para cada participante.
lantejoulas, botões, peças de
                                                                 Segunda Parte
relógio em desuso, agulhas
para costurar, varas de bambu                                    • Ofereça a cada participante
ou madeira para segurar os                                         dois pedaços de pano
bonecos, material de                                               grandes, do mesmo
enchimento (meias velhas,                                          tamanho, de cor lisa.
espuma, paina, papel picado
etc.).
Preparação:
Comente com o grupo que as
lendas e mitos fazem parte do
imaginário dos povos. É uma
forma poética de explicar        • Oriente para que
certos fenômenos. Pergunte         desenhem – a lápis e
aos participantes quem             utilizando apenas uma
conhece e pode contar lendas       linha no papel – o contorno
do folclore brasileiro, como a     de um bicho fantástico.
do Boitatá, cobra de fogo
protetora da natureza, que
mata aqueles que queimam os
campos sem necessidade; a
do Curupira, anão cabeludo e
de pés virados para trás,
                                                       Surrealismo
protetor das matas; a do           É um dos movimentos artísticos do começo do século
Lobisomem, mito universal          XX que elege o sonho como matriz de toda a criação e
que é um homem que se              faz da desfiguração das formas e da expressão o seu
transforma em lobo nas               modo de subverter a racionalidade do mundo real.
noites de lua cheia e ataca
12
• Os participantes irão        • O próximo passo é
  reproduzir o contorno que      introduzir o bastão de
  está no papel em um dos        bambu ou madeira na
                                                                       Enquanto os
  panos.                         abertura por onde se fez o
                                                                participantes costuram,
                                 enchimento deixando uma
                                 parte para fora. É preciso         converse sobre a
                                 costurar em volta, de           divisão das atividades
                                 forma que fique bem firme.     consideradas femininas
                                 Ensine como costurar e             e masculinas pelo
                                 arrematar, peça para os             grupo social. Por
                                 que sabem ajudarem os            exemplo, em alguns
                                 que ainda não sabem.              grupos, “cozinhar e
                                                                    costurar cabem à
                                                                    mulher”. Será que
• Deverão colocar o pedaço                                          ainda existe esse
  de pano com o contorno                                           preconceito em sua
  sobre o outro pano,                                            localidade? Crenças e
  seguindo o contorno e                                              costumes variam
  deixando uma abertura
                                                                  conforme a época e
  para introduzir o material
  de enchimento.                                                        os lugares.



                                                              Terceira Parte
                                                              • Depois de confeccionados
                                                                os bichos fantásticos, cada
                                                                um irá inventar uma lenda
                                                                sobre ele: Quando é que
                                                                aparece? É protetor?
                               • Depois que o corpo do          Anuncia acontecimentos?
                                 bicho estiver montado,         Como se diverte? O que
                                 incentive a ornamentação.      adora comer? Interfere nos
• Peça que recheiem o            Para fazer olhos, focinho,     sonhos das pessoas? Como é
  boneco com meias velhas,       escamas, asas, patas,          o seu nome? Onde vive?
  espuma, papel picado ou        garras ou tromba do bicho,     Como nasceu?...
  outros materiais               podem ser costurados ou
                                 colados cordas, barbante,    • Fotografe todos os
  disponíveis e bons para
                                 sisal, pedaços de linhas       trabalhos.
  essa finalidade.
                                 coloridas, lantejoulas,      • Peça que cada um escreva
                                 botões, peças de relógio       a lenda do seu bicho. Junte
                                 quebrado, pequenos             todas as histórias e você
                                 objetos de metal, clipes,      terá um livro: “Biografia
                                 espiral de cadernos, tocos     dos bichos sobrenaturais”.
                                 de lápis, pedrinhas,           As fotos de cada bicho vão
                                 retalhos... tudo vale.         servir de ilustração.




                                                                                        13
MOSAICO DE PANOS OU PAINEL COM APLICAÇÃO
Objetivos: A partir de            Já o painel de aplicação pode   • Alerte os grupos para
retalhos coloridos, criar um      ser geométrico ou figurativo.     aproveitarem a
mosaico de panos ou painel        Os retalhos são aplicados ou      oportunidade e
com aplicações; exercitar as      costurados sobre um pano de       exercitarem a
habilidades de dialogar, ouvir    fundo, formando figuras           aprendizagem do conviver,
e respeitar a opinião alheia e    abstratas ou representando        trocando idéias,
tomar decisões em conjunto.       seres da natureza. Fazer um       concedendo, negociando
Material: Pedaços de pano         painel abordando uma              interesses, sem tentar
grandes de cor lisa para servir   temática é muito                  submeter ou humilhar o
de fundo; retalhos de cores       interessante.                     outro. A opinião de todos
lisas, estampados, rendados,                                        deve ser ouvida e será
de tamanhos e texturas                                              preciso negociar para
variados, brilhantes e opacos,                                      chegar a decisões como:
finos e grossos; agulhas, fios,                                     Que tipo de pano usar
lãs, cordas, sisal, barbante,                                       aqui? Que cor combina
linhas, tesoura.                                                    melhor com essa? Como
                                                                    cortar? Como costurar?
Preparação:                                                         O que acrescentar? O que
Converse com o grupo                                                modificar?
destacando que panos                                              • Exponha o produto final da
ornamentados fazem parte                                            atividade: panos grandes,
das vestimentas usadas nas                                          ornamentados, que
danças, nas festas religiosas,                                      servem para enfeitar a
no Carnaval, no circo, nas        Execução:                         parede e também podem
toalhas de mesa das casas...
                                  • Organize grupos de quatro       ser usados como mantas
Se possível, mostre fotos e                                         para cobrir sofás ou mesas,
                                    pessoas. É um número que
ilustrações ou mesmo                                                cortinas para separar os
                                    propicia a participação de
trabalhos já prontos que                                            bastidores do palco ou
                                    todos. Cada grupo discute
sejam bons exemplos dessa                                           ornamentos para
                                    e escolhe entre fazer o
forma de arte.                                                      representações.
                                    mosaico de panos ou o
Explique que o mosaico de           painel de aplicação. Em
panos é uma combinação de           seguida, juntos, escolhem
retalhos, cortados em               os materiais.
                                                                         Atenção!
tamanhos aproximadamente
                                  • Chame a atenção para as           Procure conhecer as
iguais, costurados um ao lado
                                    qualidades dos tecidos,          costureiras do local e
do outro, sem espaços vazios
                                    valorizando suas                  convide-as para que
entre eles. Serve para os que
                                    características. Por            participem da atividade.
querem explorar mais as
                                    exemplo, panos finos e           Solicite que façam um
formas.
                                    moles podem ser                 acabamento nas bordas
                                    amontoados. Mostre que            dos panos e que os
                                    outros materiais podem
                                                                       preparem para que
                                    ser acrescentados ou
                                    pendurados: raízes, flores      possam ser pendurados
                                    secas etc.                           como cortinas.


14
FANTOCHE OU MARIONETE DE PAPEL MACHÊ
Objetivo: Construir fantoche         Execução:                         cruz de varetinhas será
(marionete) com papel                Ofereça com calma as              colada no lado de dentro
machê.                               instruções aos participantes,     desse pescoço).
Material: Jornal, fita crepe,        dando tempo para que
cola branca diluída em água,         executem cada passo, antes
lixa fina, tinta branca, tinta       de dar a orientação seguinte.
preta, tintas coloridas,             Primeira Parte
pincéis, uma vareta com cerca
de 40 cm de comprimento,             • Verifique se todo o
barbante fino, cola forte,             material necessário nessa
verniz transparente, restos            etapa está a seu alcance:
de tecido cortados em tiras,           várias páginas duplas de
linhas, agulhas.                       jornal, fita crepe, uma
                                       tigela ou lata com cola
Preparação:                            branca diluída em água.
Conte aos participantes uma
história popular de que você
                                                                     • Rasgue tiras de jornais e,
goste, cheia de personagens
interessantes e aventuras*.                                            uma a uma, ensope-as na
Pode ser uma história de                                               cola branca diluída. Cubra a
cordel, um mito de alguma                                              cabeça da marionete com
nação indígena, uma lenda ou                                           quatro camadas de tiras
um conto de fadas. Depois                                              molhadas. Cuide para que
convide cada participante a                                            não fiquem pontas
escolher o personagem que                                              descoladas.
mais o(a) fascinou. Desafie o                                        • Faça as formas do rosto
grupo a representar esses                                              (olhos, nariz, boca,
personagens construindo                                                orelhas) espremendo
fantoches ou marionetes,                                               tirinhas de jornal
também chamados de                                                     ensopadas de cola até
bonecos-vara.                                                          virarem bolinhas e
                                                                       colando-as no lugar.
* Dica: O livro Contos
  Tradicionais do Brasil (Ed.
  Global, 2001), de Luís da
  Câmara Cascudo, o maior
  especialista brasileiro em
  cultura popular e folclore, traz
  histórias que refletem as
                                     • Para fazer a cabeça da
  influências européias,
  indígenas e africanas, e,            marionete, amasse uma
  segundo o crítico Leo Gilson         página dupla de jornal,
  Ribeiro, mostram “a graça da         fazendo uma bola. Depois
  inventividade brasileira, de
  norte a sul”.
                                       cubra a bola com fita
                                       crepe, esculpindo-a na
                                       forma desejada. Não se
                                       esqueça de dar um
                                       pescoço ao boneco (uma
                                                                                                  15
• Passe duas camadas de             30 cm de comprimento.       • Amarre as tiras ao longo
  tiras curtas de jornal sobre      Coloque a varetinha menor     da varetinha transversal
  olhos, nariz e boca da            sobre a maior formando        para formar os braços do
  marionete.                        uma cruz e amarre.            boneco.
• Deixe a cabeça secar por
  aproximadamente um dia.
Segunda Parte
• Confira se os materiais dos
  quais vai precisar agora
  estão disponíveis: lixa fina,
  tinta branca, tinta preta,
  tintas coloridas, pincéis,
  uma vareta com cerca de
  40 cm de comprimento,
  barbante fino, cola forte,
  verniz transparente, restos
  de tecido cortados em
  tiras, linhas, agulhas.
• Pegue a cabeça do
                                  • Faça um orifício no         • Se quiser, envolva em
  fantoche e alise-a de leve
                                    pescoço da marionete e        tecido o pescoço da
  com uma lixa fina.
                                    cole a vareta.                marionete, para esconder
• Pinte a cabeça com duas                                         os pontos em que ele se
  demãos de tinta branca.                                         junta à vareta. As tiras de
• Quando a tinta estiver                                          pano podem ser
  seca, desenhe as formas                                         estampadas ou de cores
  do rosto da marionete e                                         lisas, para serem
  enfeite a cabeça com tintas                                     ornamentadas.
  coloridas. É possível                                         Terceira Parte
  acrescentar detalhes com a
                                                                • Divida os participantes em
  tinta preta ou usá-la para
                                                                  grupos de dois ou três e
  dar contorno com um
                                                                  peça que, usando os
  pincel bem fino.
                                                                  fantoches, criem histórias
• Novamente deixe secar.                                          para serem encenadas.
  Recubra-a com duas
                                                                • Promova apresentações de
  demãos de verniz
                                                                  marionetes para crianças
  transparente para dar
                                                                  da comunidade, para os
  brilho.
                                                                  pais... Vai ser preciso um
• Pegue a vareta de 40 cm e                                       palco. Vocês podem
  quebre-a em dois pedaços:                                       construí-lo usando uma
  um com 10 cm e outro com                                        velha caixa de geladeira
                                                                  (veja como, na atividade
                                  • Corte tiras de tecido com
                                                                  seguinte).
                                    cerca de 3 cm de largura,
                                    compridas o suficiente
                                    para esconderem as
                                    varetinhas.
16
PALCO-BIOMBO




Objetivo: Transformar
uma caixa de papelão
em um palco-biombo
para teatro de bonecos.
Material: Caixa de
papelão (a de geladeira
é ótima), serra de
madeira, tintas,
pincéis, cola,
papéis coloridos.



Execução:
• Serrando a caixa, ajude os    • Converse com os
  participantes a deixá-la        participantes para que
  com apenas três faces.          planejem a ornamentação
  Isso se consegue                do palco-biombo. Deixe
  eliminando as faces             surgirem as idéias e depois
  superior, inferior e uma        coordene as escolhas e a
  das faces maiores; obtém-       distribuição dos desenhos,
  se assim um retângulo           pinturas, colagens... Há
  em forma de U.                  mil possibilidades.
• Na face central, marque o       Lembre-os de que a
  tamanho e o local da            ornamentação não deve
  janela, para que seja           ser excessiva, a ponto de
  cortada. Verifique a altura     ”poluir” o visual dos
  ideal de acordo com o           bonecos. Esses precisam
  tamanho médio da turma.         ficar ressaltados.




                                                          17
fotografem cenas que
                                                                 acharem interessantes –
                                                                 crianças, jovens, velhos.
                                                                 Depois disso, poderão
                                                                 escolher uma das cenas que
                                                                 registraram, para esculpir na
                                                                 argila.
                                                                 Execução:
                                                                 Primeira Parte
                                                                 • Distribua um bloco de
                                                                   argila para cada
                                                                   participante.
                                                                 • Convide-os a explorar o
                                                                   material e, ao mesmo
                                                                   tempo, preparar a argila
CENA DO COTIDIANO EM ARGILA                                        para ser usada,
                                                                   amassando-a bem até que
                                cotidiano: seus hábitos, o que     fique macia. A argila deve
                                gostam de fazer, como é seu        estar suficientemente
                                descanso em casa, como             úmida – assim é possível
                                comem... Motive-os a               amassar, esticar,
                                observar as cenas do dia-a-        comprimir, sentindo e
                                dia, pensando em representá-       dando forma ao material.
                                las usando bonecos de argila.
                                                                 • Com o desenho ou a
                                Para melhor inspirar a turma,      fotografia da cena que se
                                passeie com eles pelas ruas,       vai representar do lado,
                                lojas, praças, bares, para que     cada participante irá tentar
                                observem, desenhem ou              modelar no barro os
                                                                   personagens que a
                                                                   compõem.
Objetivos: Estimular a
observação crítica da
realidade local; modelar com
argila uma cena do cotidiano.
Material: Argila, facas,
palitos, tinta branca, tintas
coloridas, pincéis.
Preparação:
Se possível, mostre em
livros, vídeos e museus obras
que retratam cenas do
cotidiano.
Puxe conversa com os
participantes, fazendo
perguntas sobre o seu
18
• Outra alternativa é compor   • Acompanhe a execução
                                  cada peça juntando             das cenas em argila,
                                  pedaços em forma de            orientando os
                                  placas ou rolos.               participantes, sugerindo,
                                                                 incentivando.
                                                               Segunda Parte
                                                               • Depois de prontos, os
                                                                 trabalhos devem ficar
                                                                 secando por dois dias.
                                                                 (A argila que restou da
                                                                 atividade precisa ser
                                                                 envolvida em plástico
                                                                 muito bem fechado, sem
                                                                 nenhum furinho, para ser
                                                                 guardada e não secar.)
                                                               • Estando secos, os
                                                                 trabalhos poderão ser
• Para fazer os bonequinhos                                      levados a fornos especiais
  de argila, oriente os                                          de temperatura muito
  participantes a, partindo                                      elevada, para a argila se
  de um bloco de argila, ir                                      transformar em cerâmica.
  acrescentando mais barro                                     Terceira Parte
  ou esvaziando (tirando        • Outra possibilidade ainda
                                  é fazer placas de argila,    • Prontas e secas e/ou
  barro do interior de um
  bloco) com o auxílio de         sobre as quais é possível      queimadas, as peças
  facas ou palitos (existem       desenhar, esculpir ou          podem ser pintadas com
  instrumentos especiais          acrescentar elementos.         tintas brancas e coloridas.
  para trabalhar com argila –                                  • Deixe secar de novo e
  uns pauzinhos com arames                                       organize uma exposição
  de diferentes formatos no                                      dos trabalhos e um debate
  topo, chamados estecas).                                       a respeito deles. Que
                                                                 cenas foram
                                                                 representadas? Expressam
                                                                 ações/valores positivos ou
                                                                 negativos? Por quê?




                                                                                          19
EXPRESSÕES DA CULTURA
POPULAR REGIONAL
Objetivo: Conhecer as              Execução:                       • Dê um tempo (cinco a dez
principais manifestações da        Primeira Parte                    dias) para que cada equipe
cultura das diferentes regiões                                       colete materiais, tais como
do País.                           • Convide os participantes a      gravações das músicas
                                     observar o mapa e a             folclóricas, receitas
Material: Mapa do Brasil             identificar as várias
ilustrado (anexo a este                                              culinárias, fotografias,
                                     regiões do Brasil.              vídeos, poesias, bem como
conjunto de publicações), com        Pergunte quais estados
suas regiões demarcadas,                                             contate pessoas que
                                     eles já conhecem e, se          possam ensinar, por
contendo informações e               possível, organize grupos
ilustrações das principais                                           exemplo, alguma dança ou
                                     que já moraram ou               a confecção de
danças e folguedos da nossa          visitaram os mesmos
cultura popular.                                                     vestimentas típicas.
                                     lugares.
Preparação:                                                             Peça para que as equipes
                                   • Peça para quem já viveu            colecionem selos
Comentar com os                      em determinada região              referentes a artistas e a
participantes que as                 que observe o desenho da           manifestações artísticas
manifestações estão                  manifestação popular               e culturais de cada
classificadas por regiões            selecionada para ilustrar o        região.
geográficas apenas por uma           mapa. Por exemplo, o
questão didática, para facilitar     Pastoril, no Nordeste.        Terceira Parte
a sua apreensão e                  • Pergunte a esse grupinho      • Reserve um dia para cada
visualização no território           se teve oportunidade de         região, quando a equipe
brasileiro. Na realidade, as         participar dessa                responsável fará a
coisas não são nem um pouco          brincadeira.                    exposição do material
rígidas. Não se pode dizer                                           coletado e a apresentação
(conforme normalmente se           • Pergunte a pessoas de           das músicas e danças.
afirma) que o Bumba-meu-             outras regiões se já
                                                                   • Os selos coletados serão
Boi seja um folguedo “típico”        ouviram falar ou
                                     participaram do Pastoril.       colados em um mapa do
das regiões Norte e Nordeste,                                        Brasil em branco, apenas
pois manifestações que             Segunda Parte                     com as divisões por
apresentam a figura do boi
                                   • Divida os participantes em      Estado (cada selo na
são realizadas em                                                    região que representa).
                                     cinco grupos e cada um irá
praticamente todo o território
brasileiro, com nomes e
                                     escolher uma região sobre     • Convide todo mundo da
                                     a qual gostaria de              escola e da comunidade
estruturas diferentes, em
                                     pesquisar.                      para participar do evento.
épocas também distintas.
                                   • Organize com os
E não existem regiões “mais
                                     grupinhos um roteiro que
ricas” ou “mais pobres de
                                     possibilite conhecer
folclore”. O que há são                                                “...O artesão articula o
                                     músicas, danças, artes
regiões onde o folclore é mais                                         passado (conhecimento),
                                     visuais, artesanato,
conhecido e divulgado.                                                 presente (necessidades)
                                     comidas, tradições.
                                                                       e futuro (projetos)...”
                                                                                    ANTONIO ARANTES
20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                           A ARTE É DE TODOS
AGUILAR, Nelson (Org.)/Fundação Bienal de São        AMIGOS       DA    E SCOLA
  Paulo. Catálogos da Mostra do
  Redescobrimento. São Paulo: Associação Brasil      Realização
  500 Anos Artes Visuais, 2000.                      Um projeto Rede Globo
BANK JENSEN, Thea. Artesanato para crianças.         Diretoria de Projetos Sociais
  São Paulo: Melhoramentos, 1979.                    Central Globo de Comunicação
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte. São Paulo:
  Ática, 1986.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore? São     Elaboração
  Paulo: Brasiliense, 1982.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto.
  Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte.
  Brasília: MEC, 1996.
CENPEC – Centro de Estudos e Pesquisas em            Centro de Estudos e Pesquisas em Educação,
  Educação, Cultura e Ação Comunitária. Guia de      Cultura e Ação Comunitária
  ações complementares à escola para crianças e      Direção-presidência           Maria Alice Setubal
  adolescentes. São Paulo: Cenpec, 1998.             Coordenação Geral             Maria do Carmo Brant de
CLÉRO, Claude. As atividades plásticas na escola e                                 Carvalho
  no lazer. São Paulo: Cultrix, 1974.                Coordenação Técnica           Isa Maria F. R. Guará
JACKSON, Paul, A´COURT, Angela. Origami e            Coordenação de Projeto        Alice Lanalice
   artesanato em papel. Porto Alegre: Edelbra,       Comitê Editorial              Jorge Miguel Marinho
   1996.                                                                           Sônia Madi
MACHADO, Alvaro (Coord.).Catálogo da Oficina de      Consultoria em Cultura        Alberto T. Ikeda
  arte popular brasileira realizada no SESC          Popular
  Belenzinho de São Paulo, em agosto de 2000,
                                                     Consultoria Pedagógica        Madza Ednir
  com os participantes do Programa de Artesanato     e Edição                      (CECIP – Centro de Criação
  e Geração de Renda do Conselho da                                                de Imagem Popular,RJ)
  Comunidade Solidária. Mestres-Artesãos.
                                                     Textos Originais
                                                     Com vocês: As Artes           Sônia Madi
                                                     Artes da palavra              Jorge Miguel Marinho
                                                     Artes da luz                  Maria Terezinha T. Guerra
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                                                     Revisão                       Sandra Aparecida Miguel
                                                     Edição de Arte                Eva P. de Arruda Câmara
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                                                     Rua Dante Carraro, 68 Pinheiros
                                                     05422-060 São Paulo SP
                                                     Fax: 11 3816 0666
                                                     e-mail: info@cenpec.org.br
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                            CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM
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Artes do Povo

  • 1. ARTES DO POVO A ARTE É DE TODOS
  • 2. S U M Á R I O 1 CRIAÇÃO DE BONECOS, MÁSCARAS, OBJETOS, BRINQUEDOS, PINTURA, ESCULTURA, BORDADOS, RENDA... 2 VIVA A CULTURA E A ARTE DO POVO BRASILEIRO 6 CONVOCANDO OS ARTISTAS/ARTESÃOS 8 ORGANIZANDO UMA OFICINA COM ARTISTAS DO POVO 10 ARTESANANDO
  • 3. CRIAÇÃO DE BONECOS, MÁSCARAS, OBJETOS, BRINQUEDOS, PINTURAS, ESCULTURAS, BORDADOS, RENDAS... “Ah! Eu não tenho jeito pra isso.” – É assim que a maioria Capítulo 1: Viva a Cultura e reage quando o assunto é fazer Arte. Essa fala, muito a Arte do Povo Brasileiro! – Saiba por que a cultura freqüente, não revela apenas modéstia. Indica, também, popular, que brota em toda a a crença de que só pessoas muito especiais conseguem parte, é tão importante demonstrar o seu lado criativo. Na verdade, todo mundo, quanto a cultura erudita, ao expressar seu jeito de ser, sentir e pensar, está criando. ligada à escola, à É o que acontece quando bordamos um pano de prato, universidade, aos livros... costuramos uma colcha de retalhos, construímos um Confira alguns exemplos de manifestações da criatividade papagaio (ou pipa, ou raia), pintamos uma bicicleta com popular em nosso país. nossas cores e padrões preferidos, modelamos um pote... Capítulo 2: Convocando os Coisas tão cotidianas que acabamos nem percebendo que Artistas/Artesãos – também são arte. Sugestões de como identificar Este caderno trata das artes que todo mundo faz. Dá as pessoas que fazem arte/ exemplos do quanto é maravilhosa e diversa a cultura artesanato popular na escola e na comunidade e convidá-las a popular brasileira e aponta caminhos para que você, mostrar/ensinar o que fazem. Amigo(a) da Escola, torne mais forte a presença de Capítulo 3 : Organizando uma artistas/artesãos na escola e na comunidade. Oficina com Artistas do Povo Abaixo, os assuntos que serão tratados nas páginas – Algumas orientações bem seguintes. Veja quais capítulos mais o(a) interessam e práticas para fazer das oficinas de arte/artesanato comece por eles a sua leitura! momentos de grande aprendizagem, onde as pessoas, experimentando as mais variadas linguagens artísticas, possam criar, deixar fluir a fantasia, aguçar os sentidos, emocionar-se e construir novos significados, chegando sempre a produtos concretos. Capítulo 4: Artesanando – Aprenda a fazer e a ensinar o passo-a-passo da construção de máscaras, bonecos de pano, colchas de retalho, fantoches e muito mais. 1
  • 4. VIVA A CULTURA E A ARTE DO POVO BRASILEIRO! A cultura brasileira é formada por muitas culturas. Não é E lembre-se: única e sim diversa. Não é singular e sim plural. Alfredo Quando lhe faltarem as Bosi, professor de Literatura da Universidade de São palavras, fale por meio Paulo, explica essa questão, argumentando que, se cultura da arte! Como explica o é o conjunto de modos de ser, pensar, falar e fazer poeta mato-grossense (inclusive arte) de um determinado segmento social – e Manoel de Barros, existem diferentes segmentos sociais no País –, cada um onde a ciência falha, deles terá a sua cultura. Há culturas indígenas, africanas, a Arte salva: asiáticas e européias convivendo no Brasil. Há uma cultura “A ciência pode erudita ou universitária, centralizada no sistema classificar e nomear os educacional e principalmente nas universidades, e uma órgãos de um sabiá, cultura popular, correspondendo aos costumes e formas de mas não pode medir expressão das pessoas simples, com pouca escolaridade e seus encantos...” pouco acesso aos livros (Dialética da Colonização, São Paulo, Companhia das Letras, 1999). Exemplos de manifestações metal, bandeiras do Divino, da cultura erudita em nosso moringas esculpidas, flores país são obras literárias de de papel, procissões, pastoris, escritores como José de congadas, cavalhadas e Alencar, Machado de Assis e bumbas-meu-boi, folhetos de Guimarães Rosa; pinturas e cordel – tudo isso e muito esculturas como as de Victor mais são exemplos das artes Meirelles, Portinari, Tarsila que o povo faz, expressando do Amaral, Aleijadinho, Victor o seu jeito de ser, pensar, Brecheret; músicas como as fazer e sentir, ou seja, a sua de Carlos Gomes e Villa- cultura. Lobos; obras de arquitetura Bosi explica que existe um como as de Oscar Niemeyer; intenso diálogo entre a realizações em diversos cultura erudita e a cultura domínios científicos. Mas a popular. Os criadores eruditos cultura brasileira vai além e se inspiram na cultura e na adquire milhares de outras arte do povo. Guimarães formas. Carros alegóricos do Rosa, por exemplo, só pôde Carnaval carioca, roupas dos escrever Grandes Sertões: palhaços de circo, bonecos do Veredas por estar em contato Carnaval de Olinda, cestos de direto com a criatividade dos buriti, toalhas de renda de homens e mulheres do bilro, bonecas de pano, interior de Minas. E o povo, miniaturas de ônibus feitas de por sua vez, se apropria das 2
  • 5. manifestações da cultura erudita e as “traduz” em sua linguagem – um acontecimento da área da ciência e tecnologia, como a chegada do homem à Lua, pode ser transformado em enredo de escola de samba. O conjunto de manifestações da cultura popular tradicional de um país é chamado de folclore. Folklore é um vocábulo anglo-saxão em que folk significa povo e lore, conhecimento tradicional. No Brasil, o campo do folclore inclui: literatura oral (contos, mitos e lendas que vão passando de pai para filho, enigmas, adivinhas, trava- línguas, cordel...); brincadeiras infantis (rondas, como a Ciranda, cirandinha; jogos como passa-anel, pula- carniça, amarelinha, gude...); festejos e diversões (jogos de ocasião de colheita, capoeira e maculelê, pastoril, nascimento, casamento ou folias de Reis e do Divino, morte; romarias, promessas, reisados, cheganças, procissões para pedir chuva; cavalhadas, congadas, bumba- rinhas de galo...); linguagem meu-boi, teatro de (apelidos, gírias, frases feitas mamulengo, festas como “comer o pão que o tradicionais como São João, diabo amassou” ou “tirar o Carnaval, Círio de Nazaré...); cavalo da chuva”); artes e crendices e superstições técnicas (pintura, escultura, (lobisomem, mula-sem- confecção de objetos cabeça...); música vocal e utilitários e brinquedos, instrumental (com rendas e bordados; decoração instrumentos típicos como doméstica; adornos pessoais; pífano, rabeca, viola de cocho; vestimentas típicas – como cantos de trabalho...); usos e baiana, vaqueiro, gaúcho... –, costumes (modos de fazer técnicas de construção). doces, aguardentes e pratos Vamos agora conhecer mais tradicionais; rezas e de perto esse vasto universo benzimentos; rituais por das artes do povo. 3
  • 6. um objeto utilitário é também Arte realista e arte FALANDO um objeto artístico? religiosa SOBRE ARTES Talvez não precisemos ser tão rigorosos com essas Podemos classificar em dois E TÉCNICAS demarcações. Transformar grupos temáticos as materiais usando as mãos, a realizações dos pintores e POPULARES cabeça e o coração é o que determina a qualidade da escultores populares. A arte realista ou figurativa retrata experiência. Os antigos cenas presenciadas no dia-a- gregos faziam vasos de argila Objetos utilitários para guardar água, vinho, óleo dia – uma família jantando, um médico consultando, ou artísticos? e grãos e ornamentavam os cenas clássicas como a dos objetos, pintando-os com retirantes fugindo da seca, Madeira, pedra, argila, papel, animais, cenas familiares ou papelão, plástico, pano, vime, figurações de festejos. Na lendárias. Pablo Picasso, o escultura com argila, Mestres bambu, palha, arame são espanhol que revolucionou a materiais com os quais é Vitalino, Adalton e Antonio de forma de fazer arte no século Oliveira apresentam grande possível construir “coisas” XX, inspirando-se no povo novas, criar. Reciclar produção desse cotidiano grego, fez um prato de argila social. Passeando pela feira materiais e utilizar os e pintou-o. Arte ou recursos da região podem ser de Caruaru, já podemos ver, artesanato? modelados nas cerâmicas, até motivos para mobilizar a comunidade, integrá-la à Esse exemplo indica que não profissionais digitando em escola, como também para é tão simples classificar um computadores. possibilitar às crianças e objeto só como objeto de arte jovens uma aprendizagem ou só como objeto utilitário. saudável e crítica em relação Artesanato, arte popular, ao meio ambiente. Os qualquer que seja o nome produtos podem ser dado, essas qualificações, brinquedos, objetos necessariamente, não utilitários, ornamentos etc. diminuem a importância de É possível que surja a dúvida: produções por meio das quais as pessoas dizem o que querem dizer, vivem os seus sonhos. Nas representações plásticas brasileiras está configurada a realidade vivida pelo povo. Tais representações são A religião é outro tema muito diversificadas em seus bastante presente na produção aspectos culturais e brasileira: imagens de santos regionais. Os recursos em barro ou madeira, a arte naturais, materiais, as humilde dos cemitérios, influências de povos que ali presépios, os objetos usados viveram ou vivem, os nas procissões, ex-votos, símbolos ancestrais passagens bíblicas, religiões determinam a variedade e africanas e seu sincretismo a riqueza de todas essas com a tradição católica e manifestações. muito mais. 4
  • 7. Arte imaginária ou incomum O outro grupo temático é a arte imaginária ou incomum. O artista que se dedica a esse tipo de produção cria seu universo singular, centrando- se em uma temática subjetiva ou irreal, de forte expressividade. As carrancas dos barcos do rio São Francisco são um exemplo disso. Dentre as obras-primas desse gênero, destacam-se as do Mestre Biquiba Guarany. Deixou ensinamentos a seu discípulo Agnaldo Manoel dos Santos: “Na figura, tudo que está de um lado deve estar do outro, e tudo o que está por cima deve ser diferente do que fica por baixo. A figura deve ter um olhar para um ponto que ninguém sabe o que é, nem onde está. A boca deve olhar para quem aprecia... A carranca bem feita é aquela que, quando é vista no espelho das águas, se mexe como coisa viva.” 5
  • 8. CONVOCANDO OS ARTISTAS/ARTESÃOS Se você quiser conquistar outras pessoas da escola e da comunidade para atuar como “Amigos da Escola”, difundindo a nossa cultura popular, aqui está uma estratégia em três movimentos : “aquecimento”, pesquisa de campo e convite. Confira! • Casas comerciais – Há “Aquecimento” Pesquisa de campo paredes pintadas por Forme um pequeno grupo e registro das pintores da cidade, em com crianças e jovens bares e padarias? (Em interessados e converse com observações geral, são pinturas de eles sobre as diferentes Depois dessa sensibilização, cores fortes, com motivos expressões da cultura e da convide os membros do grupo florais, religiosos ou arte populares. Se possível, a pesquisar em diferentes outros.) Há ditos populares promova uma sessão de vídeo locais, para identificar quais ou recados irônicos sobre com o filme Central do Brasil, são as manifestações comprar fiado? mostrando festejos e artísticas presentes na • Festejos e celebrações – costumes do interior do comunidade e quem são as Quais são as festas nosso país. pessoas que as produzem. realizadas na comunidade? Você e esse grupo inicial O roteiro abaixo pode ajudar: São religiosas ou profanas? podem procurar, na biblioteca, • Escola e residência – Quem são as bordadeiras e jornais antigos, almanaques, Nesses dois locais, é costureiras que fazem ou publicações, documentos, preciso observar: Quais faziam as roupas, com informações sobre as são os objetos artesanais? estandartes, máscaras para manifestações locais de arte e Como foram obtidos? as festas da comunidade, folclore. Uma entrevista com Alguém da escola ou da os músicos e fazedores de o Secretário da Cultura do família os produziu? De instrumentos, os artistas Município ou com alguém de que material são feitos? anônimos que participam sua equipe poderá ajudar. Há quem saiba fazer um dos eventos, mas que não prato, doce ou bebida fazem de seu ofício Se em sua cidade houver típicos da região? Há quem profissão? faculdade de História, Sociologia, Antropologia, conheça ervas, rezas e convide professores ou saiba “benzer”? estudantes das áreas para • Feira ou mercado – Qual é conversar com o grupo sobre o artesanato característico cultura popular brasileira. da região? Quem faz esse Solicite materiais artesanato? Quais fatores emprestados, tais como locais ou regionais filmes, livros... determinam os recursos materiais e a temática do artista? Quais as ferramentas de trabalho? 6
  • 9. • Jogos, brincadeiras, superstições – Há pessoas idosas (ou nem tanto), que saibam contar sobre folguedos e brinquedos da infância, as histórias que gostavam de ouvir, as festas de rua, as coisas proibidas, as coleções que faziam, as crenças, as promessas, as assombrações temidas...? Oriente os participantes a registrar suas observações por meio de anotações, desenhos, fotos, gravações, filmes (a forma de registro depende dos recursos disponíveis). É muito importante que, ao final, você tenha uma lista com os nomes e endereços das pessoas que vão ser convidadas a se tornar Amigas da Escola, ensinando o que sabem e fazem às crianças e jovens da escola e da comunidade. Convite e planejamento De posse dessa lista, convide todos para uma reunião, onde você irá explicar por que é um(a) Amigo(a) da Escola e “seduzi-los” a juntar-se a você. A próxima etapa será planejar as oficinas e cursos que cada um poderá dar na escola. 7
  • 10. ORGANIZANDO UMA OFICINA COM ARTISTAS DO POVO Depois de localizados e convidados os artistas/artesãos da comunidade, muitas coisas podem acontecer. Pode ser que, logo ao primeiro chamado, vários atendam: uma senhora que borda panos de prato, outra que sabe fazer doces e licores típicos, um moço que sabe construir caminhõezinhos de madeira, um outro que modela potes de barro, um professor da escola que constrói pipas (ou papagaios de papel) como ninguém, uma mãe de aluno que faz bonecas de pano, uma pessoa da equipe operacional que conhece montes de cantigas de roda e brincadeiras tradicionais. Mas pode ser que compareçam apenas uma ou duas pessoas... De qualquer forma, quem aceitar o desafio de ser um(a) Amigo(a) da Escola vai ter de pensar num jeito eficaz de compartilhar o seu saber com as crianças e jovens. Organizar oficinas pode ser uma ótima oportunidade de transformar os encontros entre artista/artesão e o grupo de interessados em experiências vivas de criação. As orientações abaixo podem ajudar o coordenador de cada oficina: • Verifique com cartazes e avisos • Combine regras para a antecedência com a distribuídos com utilização do espaço e do direção da escola o local antecedência, sobre o tipo material junto com as onde será realizada a e quantidade de materiais crianças e jovens; eleja oficina e o número de que devem trazer para a responsáveis para tarefas, crianças, jovens e adultos primeira oficina. a fim de que todos tenham inscritos. Planeje a • Organize os materiais, seus direitos garantidos e utilização do espaço de separe-os de acordo com saibam com clareza quais acordo com as atividades critérios que considerar são os seus deveres. Essa que serão desenvolvidas. melhor para cada atividade atitude favorece a A movimentação – por forma, cor, tamanho –, aprendizagem de valores, espontânea dos de tal maneira que se como responsabilidade e participantes pode tornem facilmente respeito mútuo, e também contribuir para um clima acessíveis aos ajuda a preservar o espaço agradável de trabalho. participantes. A e os materiais. (Se quiser • Providencie os materiais organização pode facilitar a aprofundar esse tema, leia necessários para a pesquisa e a escolha dos o volume 8 dos Parâmetros realização da oficina, ou materiais. Essa atitude Curriculares Nacionais: informe as pessoas que se ajuda o aprendiz a Apresentação dos Temas inscreveram, por meio de perceber a importância da Transversais e Ética). atividade organizada. 8
  • 11. • Sempre que começar a • Tire fotografias dos oficina, faça uma roda de trabalhos que resultarem conversa e/ou jogo com o das oficinas e vá objetivo de promover organizando um álbum situações favoráveis à para que fiquem comunicação, à criação e à registrados. Será o acervo socialização. Contar casos, de memórias do grupo. histórias reais ou fictícias, • Faça exposições cantar, brincar, resolver temporárias com os problemas do cotidiano... trabalhos produzidos nas são experiências oficinas. Ajude-os a criar enriquecedoras. Ao final, os convites e organizar a repita a roda para avaliar divulgação. com o grupo o que deu certo, o que não funcionou Mãos à obra! Como já dizia o e deve ser mudado e o que poeta, “Quem sabe faz a hora nunca mais deve ser não espera acontecer”. Ou, repetido. como diz o provérbio popular, “Quem não arrisca não petisca”. 9
  • 12. Execução: ARTESANANDO Primeira Parte • Os participantes devem Cada artista/artesão que se dispuser a trabalhar com as estar sentados, em roda. crianças, jovens e adultos da escola já vai chegar trazendo • Coloque no meio da roda na mochila os seus saberes e seu jeito muito próprio de uma folha de papel grande, fazer as coisas. É esse repertório que irá compartilhar pincéis, potes de tinta durante as oficinas. As atividades que sugerimos abaixo são guache, cola e retalhos. apenas algumas dentre milhares de possibilidades. A • Desenhe nesse papel uma técnica – o passo-a-passo – de cada uma delas também linha dando forma a um pode ser diferente, de acordo com o estilo de cada artista/ contorno de rosto bem grande. artesão. • Chame os participantes, Ao vestirmos uma máscara – um de cada vez, para que MÁSCARAS como acontece tantas vezes continuem o trabalho, no Carnaval –, transformamo- dando sua contribuição Objetivo: Com sacos nos em outro personagem. para criar a “cara” do de papel, criar máscaras Isso nos autoriza a viver personagem. representando vários personagens, conhecendo outras histórias. Escondidos • Cada pessoa irá nas máscaras, estamos acrescentar elementos ao assim as expressões faciais mais libertos para viver rosto, usando desenho, que representam diferentes amplamente o que somos pintura ou colagem. emoções (alegria, tristeza, de verdade. rancor). • Quando o personagem for Material: Folhas grandes de aparecendo, vale tudo: é papel branco ou pardo, giz de hora de inventar, de cera, sacos de papel que observar, sorrir, rir ou caibam na cabeça, retalhos de gargalhar. O resultado papel, retalhos de pano, aparas pode ser uma figura de madeira, fios, linhas, palha, engraçada, monstruosa... cola, tesoura, tintas coloridas ou nada disso. (guache) e pincéis. Se possível, providencie um espelho grande. Preparação: Lembre aos participantes que as máscaras surgiram em antigas civilizações e eram peças fundamentais para celebrações e rituais mágicos e religiosos. Gregos, romanos e povos orientais usavam-nas no teatro. No Brasil, tanto os índios quanto os negros que vieram da África também as utilizavam em seus rituais. 10
  • 13. Segunda Parte Terceira Parte personagens. Desafie as • Dê a cada participante um • Proponha aos participantes duplas a, em cinco saco de papel para fazer a que vistam as máscaras. É minutos, desenvolver um sua máscara. um momento interessante episódio com começo, para que se olhem no meio e fim. • Peça que vistam o saco na espelho. Como se sentem • Cada dupla irá encenar o cabeça, marquem o lugar dos olhos e o retirem da usando essa máscara? seu episódio para os cabeça. Como percebem os demais. As histórias outros? podem ser registradas, • Peça que cada um fale gravadas em fita cassete. sobre o personagem que É uma boa oportunidade representou em sua de se exercitar para máscara. Estimule a começar a escrever peças imaginação perguntando, teatrais. por exemplo: Quem é o seu personagem? Quais são seus poderes? Interferem no Atenção! cotidiano das pessoas? Essas máscaras Fazem milagres? também podem ser Transformam a natureza? feitas com pratos de • Os participantes irão Os homens? Descreva um recortar o local dos olhos. episódio enfrentado por ele. papelão, caixas de sapato, cartolinas, • Pintando com giz de cera e • Sugira ao grupo que se papel cartão recortados guache, colando retalhos divida em duplas usando e outros tantos de papel, de pano, aparas as máscaras para criar de madeira, fios, linhas e um diálogo entre os dois materiais e técnicas. palha, cada um irá delimitar olhos, nariz, boca, orelhas e cabelo do personagem e criar a sua máscara de saco de papel. É hora de olhar, mexer, sentir, experimentar os materiais. • Avise para que não coloquem materiais que pesem demais. Auxilie nos acabamentos. 11
  • 14. aqueles que cruzam o seu • Peça que preencham o BONECOS DE caminho; a da Mãe-d’Água, interior do contorno com metade mulher, metade desenhos e cores. PANO peixe, que costuma atrair • Cada um inventa um nome homens com seu canto e para o seu bicho e Objetivos: Construir bonecos puxá-los para o fundo das apresenta para os colegas. de pano com temática águas, onde habita. (Previna- “— Esse é o Broncolipo. surrealista; conhecer as se com livros que contenham A função dele é...” lendas e mitos de nosso essas lendas, de preferência folclore; expressar desejos e ilustrados, da biblioteca da temores, criando as próprias escola ou da cidade. Se lendas e mitos. ninguém tiver “causos” para Material: Folhas de papel do contar, você poderá fazê-lo.) mesmo tamanho de pedaços Execução: de pano de cor lisa, medindo em torno de 30 cm x 40 cm – Primeira Parte sacos de farinha são ótimos. • Depois da sessão de Lápis grafite, lápis de cor, histórias, distribua um cordas, barbante, sisal, pedaço de papel grande pedaços de linhas coloridas, para cada participante. lantejoulas, botões, peças de Segunda Parte relógio em desuso, agulhas para costurar, varas de bambu • Ofereça a cada participante ou madeira para segurar os dois pedaços de pano bonecos, material de grandes, do mesmo enchimento (meias velhas, tamanho, de cor lisa. espuma, paina, papel picado etc.). Preparação: Comente com o grupo que as lendas e mitos fazem parte do imaginário dos povos. É uma forma poética de explicar • Oriente para que certos fenômenos. Pergunte desenhem – a lápis e aos participantes quem utilizando apenas uma conhece e pode contar lendas linha no papel – o contorno do folclore brasileiro, como a de um bicho fantástico. do Boitatá, cobra de fogo protetora da natureza, que mata aqueles que queimam os campos sem necessidade; a do Curupira, anão cabeludo e de pés virados para trás, Surrealismo protetor das matas; a do É um dos movimentos artísticos do começo do século Lobisomem, mito universal XX que elege o sonho como matriz de toda a criação e que é um homem que se faz da desfiguração das formas e da expressão o seu transforma em lobo nas modo de subverter a racionalidade do mundo real. noites de lua cheia e ataca 12
  • 15. • Os participantes irão • O próximo passo é reproduzir o contorno que introduzir o bastão de está no papel em um dos bambu ou madeira na Enquanto os panos. abertura por onde se fez o participantes costuram, enchimento deixando uma parte para fora. É preciso converse sobre a costurar em volta, de divisão das atividades forma que fique bem firme. consideradas femininas Ensine como costurar e e masculinas pelo arrematar, peça para os grupo social. Por que sabem ajudarem os exemplo, em alguns que ainda não sabem. grupos, “cozinhar e costurar cabem à mulher”. Será que • Deverão colocar o pedaço ainda existe esse de pano com o contorno preconceito em sua sobre o outro pano, localidade? Crenças e seguindo o contorno e costumes variam deixando uma abertura conforme a época e para introduzir o material de enchimento. os lugares. Terceira Parte • Depois de confeccionados os bichos fantásticos, cada um irá inventar uma lenda sobre ele: Quando é que aparece? É protetor? • Depois que o corpo do Anuncia acontecimentos? bicho estiver montado, Como se diverte? O que incentive a ornamentação. adora comer? Interfere nos • Peça que recheiem o Para fazer olhos, focinho, sonhos das pessoas? Como é boneco com meias velhas, escamas, asas, patas, o seu nome? Onde vive? espuma, papel picado ou garras ou tromba do bicho, Como nasceu?... outros materiais podem ser costurados ou colados cordas, barbante, • Fotografe todos os disponíveis e bons para sisal, pedaços de linhas trabalhos. essa finalidade. coloridas, lantejoulas, • Peça que cada um escreva botões, peças de relógio a lenda do seu bicho. Junte quebrado, pequenos todas as histórias e você objetos de metal, clipes, terá um livro: “Biografia espiral de cadernos, tocos dos bichos sobrenaturais”. de lápis, pedrinhas, As fotos de cada bicho vão retalhos... tudo vale. servir de ilustração. 13
  • 16. MOSAICO DE PANOS OU PAINEL COM APLICAÇÃO Objetivos: A partir de Já o painel de aplicação pode • Alerte os grupos para retalhos coloridos, criar um ser geométrico ou figurativo. aproveitarem a mosaico de panos ou painel Os retalhos são aplicados ou oportunidade e com aplicações; exercitar as costurados sobre um pano de exercitarem a habilidades de dialogar, ouvir fundo, formando figuras aprendizagem do conviver, e respeitar a opinião alheia e abstratas ou representando trocando idéias, tomar decisões em conjunto. seres da natureza. Fazer um concedendo, negociando Material: Pedaços de pano painel abordando uma interesses, sem tentar grandes de cor lisa para servir temática é muito submeter ou humilhar o de fundo; retalhos de cores interessante. outro. A opinião de todos lisas, estampados, rendados, deve ser ouvida e será de tamanhos e texturas preciso negociar para variados, brilhantes e opacos, chegar a decisões como: finos e grossos; agulhas, fios, Que tipo de pano usar lãs, cordas, sisal, barbante, aqui? Que cor combina linhas, tesoura. melhor com essa? Como cortar? Como costurar? Preparação: O que acrescentar? O que Converse com o grupo modificar? destacando que panos • Exponha o produto final da ornamentados fazem parte atividade: panos grandes, das vestimentas usadas nas ornamentados, que danças, nas festas religiosas, servem para enfeitar a no Carnaval, no circo, nas Execução: parede e também podem toalhas de mesa das casas... • Organize grupos de quatro ser usados como mantas Se possível, mostre fotos e para cobrir sofás ou mesas, pessoas. É um número que ilustrações ou mesmo cortinas para separar os propicia a participação de trabalhos já prontos que bastidores do palco ou todos. Cada grupo discute sejam bons exemplos dessa ornamentos para e escolhe entre fazer o forma de arte. representações. mosaico de panos ou o Explique que o mosaico de painel de aplicação. Em panos é uma combinação de seguida, juntos, escolhem retalhos, cortados em os materiais. Atenção! tamanhos aproximadamente • Chame a atenção para as Procure conhecer as iguais, costurados um ao lado qualidades dos tecidos, costureiras do local e do outro, sem espaços vazios valorizando suas convide-as para que entre eles. Serve para os que características. Por participem da atividade. querem explorar mais as exemplo, panos finos e Solicite que façam um formas. moles podem ser acabamento nas bordas amontoados. Mostre que dos panos e que os outros materiais podem preparem para que ser acrescentados ou pendurados: raízes, flores possam ser pendurados secas etc. como cortinas. 14
  • 17. FANTOCHE OU MARIONETE DE PAPEL MACHÊ Objetivo: Construir fantoche Execução: cruz de varetinhas será (marionete) com papel Ofereça com calma as colada no lado de dentro machê. instruções aos participantes, desse pescoço). Material: Jornal, fita crepe, dando tempo para que cola branca diluída em água, executem cada passo, antes lixa fina, tinta branca, tinta de dar a orientação seguinte. preta, tintas coloridas, Primeira Parte pincéis, uma vareta com cerca de 40 cm de comprimento, • Verifique se todo o barbante fino, cola forte, material necessário nessa verniz transparente, restos etapa está a seu alcance: de tecido cortados em tiras, várias páginas duplas de linhas, agulhas. jornal, fita crepe, uma tigela ou lata com cola Preparação: branca diluída em água. Conte aos participantes uma história popular de que você • Rasgue tiras de jornais e, goste, cheia de personagens interessantes e aventuras*. uma a uma, ensope-as na Pode ser uma história de cola branca diluída. Cubra a cordel, um mito de alguma cabeça da marionete com nação indígena, uma lenda ou quatro camadas de tiras um conto de fadas. Depois molhadas. Cuide para que convide cada participante a não fiquem pontas escolher o personagem que descoladas. mais o(a) fascinou. Desafie o • Faça as formas do rosto grupo a representar esses (olhos, nariz, boca, personagens construindo orelhas) espremendo fantoches ou marionetes, tirinhas de jornal também chamados de ensopadas de cola até bonecos-vara. virarem bolinhas e colando-as no lugar. * Dica: O livro Contos Tradicionais do Brasil (Ed. Global, 2001), de Luís da Câmara Cascudo, o maior especialista brasileiro em cultura popular e folclore, traz histórias que refletem as • Para fazer a cabeça da influências européias, indígenas e africanas, e, marionete, amasse uma segundo o crítico Leo Gilson página dupla de jornal, Ribeiro, mostram “a graça da fazendo uma bola. Depois inventividade brasileira, de norte a sul”. cubra a bola com fita crepe, esculpindo-a na forma desejada. Não se esqueça de dar um pescoço ao boneco (uma 15
  • 18. • Passe duas camadas de 30 cm de comprimento. • Amarre as tiras ao longo tiras curtas de jornal sobre Coloque a varetinha menor da varetinha transversal olhos, nariz e boca da sobre a maior formando para formar os braços do marionete. uma cruz e amarre. boneco. • Deixe a cabeça secar por aproximadamente um dia. Segunda Parte • Confira se os materiais dos quais vai precisar agora estão disponíveis: lixa fina, tinta branca, tinta preta, tintas coloridas, pincéis, uma vareta com cerca de 40 cm de comprimento, barbante fino, cola forte, verniz transparente, restos de tecido cortados em tiras, linhas, agulhas. • Pegue a cabeça do • Faça um orifício no • Se quiser, envolva em fantoche e alise-a de leve pescoço da marionete e tecido o pescoço da com uma lixa fina. cole a vareta. marionete, para esconder • Pinte a cabeça com duas os pontos em que ele se demãos de tinta branca. junta à vareta. As tiras de • Quando a tinta estiver pano podem ser seca, desenhe as formas estampadas ou de cores do rosto da marionete e lisas, para serem enfeite a cabeça com tintas ornamentadas. coloridas. É possível Terceira Parte acrescentar detalhes com a • Divida os participantes em tinta preta ou usá-la para grupos de dois ou três e dar contorno com um peça que, usando os pincel bem fino. fantoches, criem histórias • Novamente deixe secar. para serem encenadas. Recubra-a com duas • Promova apresentações de demãos de verniz marionetes para crianças transparente para dar da comunidade, para os brilho. pais... Vai ser preciso um • Pegue a vareta de 40 cm e palco. Vocês podem quebre-a em dois pedaços: construí-lo usando uma um com 10 cm e outro com velha caixa de geladeira (veja como, na atividade • Corte tiras de tecido com seguinte). cerca de 3 cm de largura, compridas o suficiente para esconderem as varetinhas. 16
  • 19. PALCO-BIOMBO Objetivo: Transformar uma caixa de papelão em um palco-biombo para teatro de bonecos. Material: Caixa de papelão (a de geladeira é ótima), serra de madeira, tintas, pincéis, cola, papéis coloridos. Execução: • Serrando a caixa, ajude os • Converse com os participantes a deixá-la participantes para que com apenas três faces. planejem a ornamentação Isso se consegue do palco-biombo. Deixe eliminando as faces surgirem as idéias e depois superior, inferior e uma coordene as escolhas e a das faces maiores; obtém- distribuição dos desenhos, se assim um retângulo pinturas, colagens... Há em forma de U. mil possibilidades. • Na face central, marque o Lembre-os de que a tamanho e o local da ornamentação não deve janela, para que seja ser excessiva, a ponto de cortada. Verifique a altura ”poluir” o visual dos ideal de acordo com o bonecos. Esses precisam tamanho médio da turma. ficar ressaltados. 17
  • 20. fotografem cenas que acharem interessantes – crianças, jovens, velhos. Depois disso, poderão escolher uma das cenas que registraram, para esculpir na argila. Execução: Primeira Parte • Distribua um bloco de argila para cada participante. • Convide-os a explorar o material e, ao mesmo tempo, preparar a argila CENA DO COTIDIANO EM ARGILA para ser usada, amassando-a bem até que cotidiano: seus hábitos, o que fique macia. A argila deve gostam de fazer, como é seu estar suficientemente descanso em casa, como úmida – assim é possível comem... Motive-os a amassar, esticar, observar as cenas do dia-a- comprimir, sentindo e dia, pensando em representá- dando forma ao material. las usando bonecos de argila. • Com o desenho ou a Para melhor inspirar a turma, fotografia da cena que se passeie com eles pelas ruas, vai representar do lado, lojas, praças, bares, para que cada participante irá tentar observem, desenhem ou modelar no barro os personagens que a compõem. Objetivos: Estimular a observação crítica da realidade local; modelar com argila uma cena do cotidiano. Material: Argila, facas, palitos, tinta branca, tintas coloridas, pincéis. Preparação: Se possível, mostre em livros, vídeos e museus obras que retratam cenas do cotidiano. Puxe conversa com os participantes, fazendo perguntas sobre o seu 18
  • 21. • Outra alternativa é compor • Acompanhe a execução cada peça juntando das cenas em argila, pedaços em forma de orientando os placas ou rolos. participantes, sugerindo, incentivando. Segunda Parte • Depois de prontos, os trabalhos devem ficar secando por dois dias. (A argila que restou da atividade precisa ser envolvida em plástico muito bem fechado, sem nenhum furinho, para ser guardada e não secar.) • Estando secos, os trabalhos poderão ser • Para fazer os bonequinhos levados a fornos especiais de argila, oriente os de temperatura muito participantes a, partindo elevada, para a argila se de um bloco de argila, ir transformar em cerâmica. acrescentando mais barro Terceira Parte ou esvaziando (tirando • Outra possibilidade ainda é fazer placas de argila, • Prontas e secas e/ou barro do interior de um bloco) com o auxílio de sobre as quais é possível queimadas, as peças facas ou palitos (existem desenhar, esculpir ou podem ser pintadas com instrumentos especiais acrescentar elementos. tintas brancas e coloridas. para trabalhar com argila – • Deixe secar de novo e uns pauzinhos com arames organize uma exposição de diferentes formatos no dos trabalhos e um debate topo, chamados estecas). a respeito deles. Que cenas foram representadas? Expressam ações/valores positivos ou negativos? Por quê? 19
  • 22. EXPRESSÕES DA CULTURA POPULAR REGIONAL Objetivo: Conhecer as Execução: • Dê um tempo (cinco a dez principais manifestações da Primeira Parte dias) para que cada equipe cultura das diferentes regiões colete materiais, tais como do País. • Convide os participantes a gravações das músicas observar o mapa e a folclóricas, receitas Material: Mapa do Brasil identificar as várias ilustrado (anexo a este culinárias, fotografias, regiões do Brasil. vídeos, poesias, bem como conjunto de publicações), com Pergunte quais estados suas regiões demarcadas, contate pessoas que eles já conhecem e, se possam ensinar, por contendo informações e possível, organize grupos ilustrações das principais exemplo, alguma dança ou que já moraram ou a confecção de danças e folguedos da nossa visitaram os mesmos cultura popular. vestimentas típicas. lugares. Preparação: Peça para que as equipes • Peça para quem já viveu colecionem selos Comentar com os em determinada região referentes a artistas e a participantes que as que observe o desenho da manifestações artísticas manifestações estão manifestação popular e culturais de cada classificadas por regiões selecionada para ilustrar o região. geográficas apenas por uma mapa. Por exemplo, o questão didática, para facilitar Pastoril, no Nordeste. Terceira Parte a sua apreensão e • Pergunte a esse grupinho • Reserve um dia para cada visualização no território se teve oportunidade de região, quando a equipe brasileiro. Na realidade, as participar dessa responsável fará a coisas não são nem um pouco brincadeira. exposição do material rígidas. Não se pode dizer coletado e a apresentação (conforme normalmente se • Pergunte a pessoas de das músicas e danças. afirma) que o Bumba-meu- outras regiões se já • Os selos coletados serão Boi seja um folguedo “típico” ouviram falar ou participaram do Pastoril. colados em um mapa do das regiões Norte e Nordeste, Brasil em branco, apenas pois manifestações que Segunda Parte com as divisões por apresentam a figura do boi • Divida os participantes em Estado (cada selo na são realizadas em região que representa). cinco grupos e cada um irá praticamente todo o território brasileiro, com nomes e escolher uma região sobre • Convide todo mundo da a qual gostaria de escola e da comunidade estruturas diferentes, em pesquisar. para participar do evento. épocas também distintas. • Organize com os E não existem regiões “mais grupinhos um roteiro que ricas” ou “mais pobres de possibilite conhecer folclore”. O que há são “...O artesão articula o músicas, danças, artes regiões onde o folclore é mais passado (conhecimento), visuais, artesanato, conhecido e divulgado. presente (necessidades) comidas, tradições. e futuro (projetos)...” ANTONIO ARANTES 20
  • 23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A ARTE É DE TODOS AGUILAR, Nelson (Org.)/Fundação Bienal de São AMIGOS DA E SCOLA Paulo. Catálogos da Mostra do Redescobrimento. São Paulo: Associação Brasil Realização 500 Anos Artes Visuais, 2000. Um projeto Rede Globo BANK JENSEN, Thea. Artesanato para crianças. Diretoria de Projetos Sociais São Paulo: Melhoramentos, 1979. Central Globo de Comunicação BOSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte. São Paulo: Ática, 1986. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore? São Elaboração Paulo: Brasiliense, 1982. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC, 1996. CENPEC – Centro de Estudos e Pesquisas em Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Educação, Cultura e Ação Comunitária. Guia de Cultura e Ação Comunitária ações complementares à escola para crianças e Direção-presidência Maria Alice Setubal adolescentes. São Paulo: Cenpec, 1998. Coordenação Geral Maria do Carmo Brant de CLÉRO, Claude. As atividades plásticas na escola e Carvalho no lazer. São Paulo: Cultrix, 1974. Coordenação Técnica Isa Maria F. R. Guará JACKSON, Paul, A´COURT, Angela. Origami e Coordenação de Projeto Alice Lanalice artesanato em papel. Porto Alegre: Edelbra, Comitê Editorial Jorge Miguel Marinho 1996. Sônia Madi MACHADO, Alvaro (Coord.).Catálogo da Oficina de Consultoria em Cultura Alberto T. Ikeda arte popular brasileira realizada no SESC Popular Belenzinho de São Paulo, em agosto de 2000, Consultoria Pedagógica Madza Ednir com os participantes do Programa de Artesanato e Edição (CECIP – Centro de Criação e Geração de Renda do Conselho da de Imagem Popular,RJ) Comunidade Solidária. Mestres-Artesãos. Textos Originais Com vocês: As Artes Sônia Madi Artes da palavra Jorge Miguel Marinho Artes da luz Maria Terezinha T. Guerra Artes do som Marisa Trench O. Fonterrada Artes da representação Alexandre Luiz Mate Artes do festejar e brincar Iveta Maria B. Á. Fernandes Artes do povo Tônia B. Frochtengarten Revisão Sandra Aparecida Miguel Edição de Arte Eva P. de Arruda Câmara José Ramos Néto Camilo de Arruda C. Ramos Ilustração Michele Iacocca CENPEC Rua Dante Carraro, 68 Pinheiros 05422-060 São Paulo SP Fax: 11 3816 0666 e-mail: info@cenpec.org.br http: //www.cenpec.org.br
  • 24. Realização Apoio Filatelia e Apoio Técnico Material desenvolvido pelo CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA