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| CINEASTA PORTUGUÊS
FERNANDO LOPES
FERNANDO LOPES | biografia
Veio para Lisboa aos dez anos, passada a infância e pouco
depois começou a trabalhar, como empregado, à medida que
continuava o seu ensino. Em 1957, acabada de inaugurar, ingressa no quadro técnico da Rádio e Televisão de Portugal.
Em 1959 torna-se bolseiro do Fundo do Cinema Nacional, o
que o leva para a London Film School, em Inglaterra, obtendo
um diploma em Realização de Cinema.
Em 1965 faz um estágio em Hollywood, onde permanece
três meses. Ao regressar filma Uma Abelha na Chuva (1971)
(baseado no romance homónimo de Carlos de Oliveira), que
se tornaria, com Belarmino e, posteriormente, O Delfim
(2002) (baseado no livro de José Cardoso Pires), e estas foram
as suas obras mais significativas.
Fernando Lopes foi ainda co-fundador e director da
RTP2, na década de 1980, e leccionou durante vários anos no
Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema.
98 Octanas (2006), Os Sorrisos do Destino (2009) e Em
Câmara Lenta (2012) são os seus mais recentes filmes.
FERNANDO LOPES | técnica
Fernando Lopes no inicio da sua carreira e por ainda não
existir, obrigatóriamente teria de gravar a preto e branco, mais
tarde começaria a gravar a cores como óbvio, com planos
fixos, com alguns movimento de câmara. Retrata a vida do
quatidiano, a rua e as pessoas na época de 50/60, mais tarde
retrata umas cenas mais “pesadas”.
Nos seus filmes nunca se sentem as tibiezas que marcam
o cinema português - a câmara não prende os atores, os
atores não restringem a câmara, o «naturalismo» não inibe o
rigor do enquadramento e da planificação, o «artificialismo»
não põe em causa a «suspensão da descrença», as opções estéticas não destroem o efeito de «real».
“não se importando de correr o risco de mudar de «estilo».
Aqueles que gostam de mudar, têm às vezes obras menos «perfeitas» e são forçados a aprender com os seus próprios erros (e no caso
de Welles e Ray a sofrer as suas consequências), mas a vontade - e
a tentação - de fazer os flmes que sonham fazer é mais forte que o
medo de arriscar.”
Joaquim Leitão
| filmografia
FERNANDO LOPES
Rodagem : Agosto de 1963
Formato: 35 mm p/b
Género: documentário (biografia)
Estreia: cinema Aviz, em Lisboa, a 19
de Novembro de 1964
Belarmino é um antigo campeão de
boxe, de humildes origens, que teve momentos de glória mas que o capital explorou. Nutre-se agora de memórias, sofre de
nostalgia. Vive como um marginal, deambulando pela cidade de Lisboa. Para
ganhar a vida é engraxador e pinta fotografias.

Belarmino (1964)
| filmografia
FERNANDO LOPES
Uma Abelha na Chuva (1971) é um
filme português de Fernando Lopes,
adaptação do romance homónimo do escritor neo-realista Carlos de Oliveira. É
uma das obras do Novo Cinema que, assimilando aspectos da linguagem dos vanguardistas franceses da Nouvelle Vague,
se mantém na tradição da crítica social,
iniciada no cinema português por Manuel
Guimarães.
O filme estreou no cinema Estúdio em
Lisboa a 13 de Abril de 1972.

Uma Abelha na Chuva (1972)
| filmografia
FERNANDO LOPES
Abel, 47 anos, duas guerras - nas
colónias e em França, na emigração -, várias
cicatrizes de muitas batalhas perdidas, regressa a salto a Portugal, à sua perdida
aldeia, no interior norte, perto da fronteira,
de onde um dia partira, também a salto.
Uma carta, do irmão Pedro, avisara-o de
que tudo mudava. Até Teresa. Abel avista
dos montes da sua infância a aldeia, a velha
tribo. Tudo, de longe, parece nos mesmos
lugares, o velho cão é o que resta do passado. Na aldeia vai representar-se o Ato da
Paixão e Teresa é uma das participantes.
Abel retoma os gestos antigos e prepara o
seu plano: eliminar um a um os pretendentes de Teresa, até consumar no Ato da
Paixão, em plena representação, a morte
desta...

Matar Saudades (1988)
| filmografia
FERNANDO LOPES
Este documentário realizado por Fernando
Lopes é essencialmente uma grande entrevista
com o fotógrafo Gérard Castelo Lopes. Gérard
começa por falar dos seus começos como mergulhador amador e da necessidade que sentiu
em registar as emoções que tinha ao ver as maravilhas das profundezas. Daí partiu para a fotografia, primeiro dentro e depois fora de água.
Castelo Lopes tem dois acervos de fotografias:
as que tirou nos anos 50 e as que vem tirando
desde os anos 80 até aos finais de 90, altura em
que foi produzido o documentário. As fotografias de cinquenta são sobretudo acerca dos
modos de viver na Lisboa desses anos. Gérard
registou sobretudo pessoas em diversas situações, duma forma notável. As fotografias mais
recentes são sobretudo de objectos e de carácter
mais abstracto. Considerando-se discípulo de
Cartier-Bresson, o fotógrafo revela, neste documentário, uma forma inteiramente particular
de ver o mundo e de também de o julgar.

Gérard, Fotógrafo (1998)
| filmografia
FERNANDO LOPES
Portugal, finais dos anos 60. Tomás
Palma Bravo, o Delfim, o Infante, é o herdeiro de um mundo em decomposição. É
ele o dono da Lagoa, da Gafeira, de Maria
das Mercês, sua mulher infecunda, de Domingos, seu criado preto e maneta, de um
mastim e de um "Jaguar E", que o leva da
Gafeira a Lisboa e às prostitutas.
Um caçador, detective e narrador, que
todos os anos volta à Lagoa para caçar
patos reais, descobre, um ano depois, que
Domingos apareceu morto na cama do
casal Palma Bravo e que Maria das
Mercês apareceu a boiar na Lagoa.
Quanto a Tomás Palma Bravo e ao
mastim, dizem-lhe que desapareceram
sem deixar rasto. E que da neblina da
Lagoa se ouvem agora misteriosos latidos.

O Delfim (filme)
| filmografia
FERNANDO LOPES
Ele e ela não se conhecem. Algures,
numa área de serviço da auto-estrada Lisboa-Porto, ele pára para descansar. Ela
também lá está e parece tão à deriva
quanto ele: é um encontro fortuito que
talvez não tenha nada de fortuito. Quase
sem palavras, partem os dois no carro
dele. Sucedem-se as áreas de serviço, os
motéis, as conversas e os silêncios, as revelações e os mistérios. Ele e ela desenham o
mapa de uma aventura interior cujo destino ambos desconhecem. Em todo o caso,
ela espera que ele a conduza a um local
primordial, quase mítico: a casa da avó.
Na sua solidão, cada um deles pode, pura
e simplesmente, perder-se... ou talvez, encontrar o outro.
98 Octanas (2006)
| filmografia
FERNANDO LOPES
Género: Documentário
Ano de Produção: 2008
Origem: Portugal
Duração: 45min.
Sinopse: Mike é o amigo, meio suíço,
meio americano, de Fernando Lopes. É
pintor e vive há 30 anos em Portugal,
onde descobriu a sua Ilha dos Amores. É
pois também português. O seu nome de
guerra é Michael Biberstein. Reconhecido
internacionalmente, as suas obras estão
presentes nas mais importantes colecções
e museus do mundo. Ele e Fernando
Lopes decidiram partir para esta aventura numa conversa em casa de amigos
comuns. O resultado é este filme: uma
viagem interior na criação de uma pintura
onde se filmou pois o silêncio, o seu
mistério e a sua magia.

O Meu Amigo Mike Ao Trabalho (2008)
| filmografia
FERNANDO LOPES
Carlos é um famoso jornalista de 55 anos.
A sua esposa, Ada, é, ao contrário do
marido, uma mulher com uma vida social agitada, alegre e sedutora.
Certo dia, Carlos apanha acidentalmente
uma mensagem no telemóvel de Ada. Um novo
mundo revela-se diante dos seus olhos quando
descobre que a sua esposa tem outro homem.
Com a ajuda de um amigo, descobre esse
universo de amores virtuais e adultérios electrónicos...
"Nesta Lisboa do século XXI em que ser moderno é sinónimo de dependência a novas tecnologias,
quero um filme sobre relações virtuais e infidelidades
electrónicas, de acordo com o ar do tempo.
Através de boleros que escoltam toda a narrativa
do filme conto uma história de intensos amores e profundos desamores que como diria a Dolores Duan "é
como se fosse uma canção de dor de corno"
Fernando Lopes

Os Sorrisos do Destino (2009)
| filmografia
FERNANDO LOPES
«Salvador conhecia Constança e Santiago.
Não conhecia mas admirava, Laurence. De entre
eles, Laurence conhecia Santiago. Constança não
conhecia Laurence. Só Santiago conhecia Laurence, Constança e Salvador.»
Uma teia de relações em cada personagem
talvez não coincida com a própria identidade que a
ficção parece garantir. Num certo sentido, cada
um vive em estado de branda amnésia: o inevitável “ quem eu sou?” amplia-se, transfigura-se e
ecoa num plural e perturbante “não sei quem tu
és”.

Em Câmara Lenta (2012)
FERNANDO LOPES
webgrafia
www.imdb.com
www.wikipedia.com
| CINEASTA PORTUGUÊS
FERNANDO LOPES
autoria
Ricardo Pinheiro | Comunicação e Multimédia

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Cineasta Português Fernando Lopes

  • 2. FERNANDO LOPES | biografia Veio para Lisboa aos dez anos, passada a infância e pouco depois começou a trabalhar, como empregado, à medida que continuava o seu ensino. Em 1957, acabada de inaugurar, ingressa no quadro técnico da Rádio e Televisão de Portugal. Em 1959 torna-se bolseiro do Fundo do Cinema Nacional, o que o leva para a London Film School, em Inglaterra, obtendo um diploma em Realização de Cinema. Em 1965 faz um estágio em Hollywood, onde permanece três meses. Ao regressar filma Uma Abelha na Chuva (1971) (baseado no romance homónimo de Carlos de Oliveira), que se tornaria, com Belarmino e, posteriormente, O Delfim (2002) (baseado no livro de José Cardoso Pires), e estas foram as suas obras mais significativas. Fernando Lopes foi ainda co-fundador e director da RTP2, na década de 1980, e leccionou durante vários anos no Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema. 98 Octanas (2006), Os Sorrisos do Destino (2009) e Em Câmara Lenta (2012) são os seus mais recentes filmes.
  • 3. FERNANDO LOPES | técnica Fernando Lopes no inicio da sua carreira e por ainda não existir, obrigatóriamente teria de gravar a preto e branco, mais tarde começaria a gravar a cores como óbvio, com planos fixos, com alguns movimento de câmara. Retrata a vida do quatidiano, a rua e as pessoas na época de 50/60, mais tarde retrata umas cenas mais “pesadas”. Nos seus filmes nunca se sentem as tibiezas que marcam o cinema português - a câmara não prende os atores, os atores não restringem a câmara, o «naturalismo» não inibe o rigor do enquadramento e da planificação, o «artificialismo» não põe em causa a «suspensão da descrença», as opções estéticas não destroem o efeito de «real». “não se importando de correr o risco de mudar de «estilo». Aqueles que gostam de mudar, têm às vezes obras menos «perfeitas» e são forçados a aprender com os seus próprios erros (e no caso de Welles e Ray a sofrer as suas consequências), mas a vontade - e a tentação - de fazer os flmes que sonham fazer é mais forte que o medo de arriscar.” Joaquim Leitão
  • 4. | filmografia FERNANDO LOPES Rodagem : Agosto de 1963 Formato: 35 mm p/b Género: documentário (biografia) Estreia: cinema Aviz, em Lisboa, a 19 de Novembro de 1964 Belarmino é um antigo campeão de boxe, de humildes origens, que teve momentos de glória mas que o capital explorou. Nutre-se agora de memórias, sofre de nostalgia. Vive como um marginal, deambulando pela cidade de Lisboa. Para ganhar a vida é engraxador e pinta fotografias. Belarmino (1964)
  • 5. | filmografia FERNANDO LOPES Uma Abelha na Chuva (1971) é um filme português de Fernando Lopes, adaptação do romance homónimo do escritor neo-realista Carlos de Oliveira. É uma das obras do Novo Cinema que, assimilando aspectos da linguagem dos vanguardistas franceses da Nouvelle Vague, se mantém na tradição da crítica social, iniciada no cinema português por Manuel Guimarães. O filme estreou no cinema Estúdio em Lisboa a 13 de Abril de 1972. Uma Abelha na Chuva (1972)
  • 6. | filmografia FERNANDO LOPES Abel, 47 anos, duas guerras - nas colónias e em França, na emigração -, várias cicatrizes de muitas batalhas perdidas, regressa a salto a Portugal, à sua perdida aldeia, no interior norte, perto da fronteira, de onde um dia partira, também a salto. Uma carta, do irmão Pedro, avisara-o de que tudo mudava. Até Teresa. Abel avista dos montes da sua infância a aldeia, a velha tribo. Tudo, de longe, parece nos mesmos lugares, o velho cão é o que resta do passado. Na aldeia vai representar-se o Ato da Paixão e Teresa é uma das participantes. Abel retoma os gestos antigos e prepara o seu plano: eliminar um a um os pretendentes de Teresa, até consumar no Ato da Paixão, em plena representação, a morte desta... Matar Saudades (1988)
  • 7. | filmografia FERNANDO LOPES Este documentário realizado por Fernando Lopes é essencialmente uma grande entrevista com o fotógrafo Gérard Castelo Lopes. Gérard começa por falar dos seus começos como mergulhador amador e da necessidade que sentiu em registar as emoções que tinha ao ver as maravilhas das profundezas. Daí partiu para a fotografia, primeiro dentro e depois fora de água. Castelo Lopes tem dois acervos de fotografias: as que tirou nos anos 50 e as que vem tirando desde os anos 80 até aos finais de 90, altura em que foi produzido o documentário. As fotografias de cinquenta são sobretudo acerca dos modos de viver na Lisboa desses anos. Gérard registou sobretudo pessoas em diversas situações, duma forma notável. As fotografias mais recentes são sobretudo de objectos e de carácter mais abstracto. Considerando-se discípulo de Cartier-Bresson, o fotógrafo revela, neste documentário, uma forma inteiramente particular de ver o mundo e de também de o julgar. Gérard, Fotógrafo (1998)
  • 8. | filmografia FERNANDO LOPES Portugal, finais dos anos 60. Tomás Palma Bravo, o Delfim, o Infante, é o herdeiro de um mundo em decomposição. É ele o dono da Lagoa, da Gafeira, de Maria das Mercês, sua mulher infecunda, de Domingos, seu criado preto e maneta, de um mastim e de um "Jaguar E", que o leva da Gafeira a Lisboa e às prostitutas. Um caçador, detective e narrador, que todos os anos volta à Lagoa para caçar patos reais, descobre, um ano depois, que Domingos apareceu morto na cama do casal Palma Bravo e que Maria das Mercês apareceu a boiar na Lagoa. Quanto a Tomás Palma Bravo e ao mastim, dizem-lhe que desapareceram sem deixar rasto. E que da neblina da Lagoa se ouvem agora misteriosos latidos. O Delfim (filme)
  • 9. | filmografia FERNANDO LOPES Ele e ela não se conhecem. Algures, numa área de serviço da auto-estrada Lisboa-Porto, ele pára para descansar. Ela também lá está e parece tão à deriva quanto ele: é um encontro fortuito que talvez não tenha nada de fortuito. Quase sem palavras, partem os dois no carro dele. Sucedem-se as áreas de serviço, os motéis, as conversas e os silêncios, as revelações e os mistérios. Ele e ela desenham o mapa de uma aventura interior cujo destino ambos desconhecem. Em todo o caso, ela espera que ele a conduza a um local primordial, quase mítico: a casa da avó. Na sua solidão, cada um deles pode, pura e simplesmente, perder-se... ou talvez, encontrar o outro. 98 Octanas (2006)
  • 10. | filmografia FERNANDO LOPES Género: Documentário Ano de Produção: 2008 Origem: Portugal Duração: 45min. Sinopse: Mike é o amigo, meio suíço, meio americano, de Fernando Lopes. É pintor e vive há 30 anos em Portugal, onde descobriu a sua Ilha dos Amores. É pois também português. O seu nome de guerra é Michael Biberstein. Reconhecido internacionalmente, as suas obras estão presentes nas mais importantes colecções e museus do mundo. Ele e Fernando Lopes decidiram partir para esta aventura numa conversa em casa de amigos comuns. O resultado é este filme: uma viagem interior na criação de uma pintura onde se filmou pois o silêncio, o seu mistério e a sua magia. O Meu Amigo Mike Ao Trabalho (2008)
  • 11. | filmografia FERNANDO LOPES Carlos é um famoso jornalista de 55 anos. A sua esposa, Ada, é, ao contrário do marido, uma mulher com uma vida social agitada, alegre e sedutora. Certo dia, Carlos apanha acidentalmente uma mensagem no telemóvel de Ada. Um novo mundo revela-se diante dos seus olhos quando descobre que a sua esposa tem outro homem. Com a ajuda de um amigo, descobre esse universo de amores virtuais e adultérios electrónicos... "Nesta Lisboa do século XXI em que ser moderno é sinónimo de dependência a novas tecnologias, quero um filme sobre relações virtuais e infidelidades electrónicas, de acordo com o ar do tempo. Através de boleros que escoltam toda a narrativa do filme conto uma história de intensos amores e profundos desamores que como diria a Dolores Duan "é como se fosse uma canção de dor de corno" Fernando Lopes Os Sorrisos do Destino (2009)
  • 12. | filmografia FERNANDO LOPES «Salvador conhecia Constança e Santiago. Não conhecia mas admirava, Laurence. De entre eles, Laurence conhecia Santiago. Constança não conhecia Laurence. Só Santiago conhecia Laurence, Constança e Salvador.» Uma teia de relações em cada personagem talvez não coincida com a própria identidade que a ficção parece garantir. Num certo sentido, cada um vive em estado de branda amnésia: o inevitável “ quem eu sou?” amplia-se, transfigura-se e ecoa num plural e perturbante “não sei quem tu és”. Em Câmara Lenta (2012)
  • 14. | CINEASTA PORTUGUÊS FERNANDO LOPES autoria Ricardo Pinheiro | Comunicação e Multimédia