O documento descreve o ciclo da assistência farmacêutica, incluindo as etapas de seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, prescrição, dispensação e uso de medicamentos. A seleção envolve escolher medicamentos com base em evidências científicas levando em conta o perfil epidemiológico da população. A programação estima as necessidades anuais de medicamentos com base nos dados demográficos e de saúde. A dispensação e uso envolvem a interação direta com os pacientes e
2. Grupo de atividades relacionadas com o
medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde
demandadas por uma comunidade. Envolve:
• abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de
suas etapas constitutivas;
• conservação e controle de qualidade, segurança e a eficácia
terapêutica dos medicamentos;
• acompanhamento e a avaliação da utilização, obtenção e a
difusão de informação sobre medicamentos e;
• educação permanente dos profissionais de saúde, do
paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de
medicamentos.
BASES CONCEITUAIS
Brasil. Portaria MS nº 3916 de 30 de Outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
3. CICLO DA ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA
Base de todo o ciclo da Assistência Farmacêutica;
Objetivo: Escolher dentre os medicamentos disponíveis no
mercado, aqueles que atenderão com eficácia e segurança as
necessidades da população com base nas doenças prevalentes;
Favorece o uso racional de medicamentos, com base em evidência
científica, a redução do arsenal terapêutico e custos;
SELEÇÃO
RIBEIRO, E.; TAKAGI, C. A.. Seleção de medicamentos In: STORPIRTIS, S.; MORI, A.L.P.M.; YOCHIY, A.; RIBEIRO, E.; PORTA, V. Ciências Farmacêuticas: Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2008. p. 137-143.
CORDEIRO, A.; BERBARE, M.H.A.O. Seleção e Padronização. In: NOVAES, M.R.C.G.; SOUZA, N.N.R,.; NERI, E.D.R.; CARVALHO, F.D.; BERNARDINO, H.M.O.M.; MARCOS, J.F. Guia de Boas Práticas em Farmácia
Hospitalar e Serviços de Saúde – SBRAFH. São Paulo: Ateliê Vide o Verso, 2009. p. 133-149.
4. Objetivo
• Implantar políticas de utilização de medicamentos;
• Garantir a disponibilidade do medicamento;
• Reduzir custos;
• Facilitar as atividades de armazenamento e controle
de estoque;
• Servir como suporte para um sistema de distribuição;
CORDEIRO, A.; BERBARE, M.H.A.O. Seleção e Padronização. In: NOVAES, M.R.C.G.; SOUZA, N.N.R,.; NERI, E.D.R.; CARVALHO, F.D.; BERNARDINO, H.M.O.M.; MARCOS,
J.F. Guia de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde – SBRAFH. São Paulo: Ateliê Vide o Verso, 2009. p. 133-149
5. Necessidade de selecionar
medicamentos
• nº de medicamentos no mercado
– 25mil apresentações comerciais
– 8mil marcas de medicamentos
– 2 mil princípios ativos
• Medicamentos sem comprovação de eficácia clínica;
• Lançamentos constante de novos medicamentos;
• Influência da indústria farmacêutica.
GOMES, M. J. V. M.; REIS, A.M.M. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em Farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu; 2001. p. 359.
6. • Disponibilizar medicamentos com eficácia e segurança
comprovadas;
• Contribuir para a promoção do uso racional de
medicamentos;
• Racionalizar custos;
• Uniformizar condutas terapêuticas;
• Facilitar o desenvolvimento de um trabalho de
educação continuada aos prescritores;
MARIN, N. et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS; 2003. p.115 – 133.
9. • Consumo
•Demanda
•Preços
•Perfil epidemiológico
Entradas
•Análise das
necessidade
•Avaliação dos dados
epidemiológicos
Processo • Planilha de
Programação
• Custo total
Produto
Adaptado: MARIN, N. et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS; 2003. p.155 – 174.
10. I. Perfil Epidemiológico
MARIN, N. et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS; 2003. p.161.
O Método inicia-se com o diagnóstico situacional
de saúde da população, no qual são analisadas as
enfermidades prevalentes e incidentes, sobre as quais
devem incorrer as ações de intervenção sanitária que
possam gerar impacto positivo no quadro de morbi-
mortalidade.
11. I. Perfil Epidemiológico - Exemplo
Cálculo da necessidade anual de métodos contraceptivos para o
Programa de Saúde Reprodutiva:
Dados:
• Pop: 6.000.000 habitantes
• Percentual de mulheres na pop: 52% = 3.120.000
• Percentual de mulheres em idade fértil (14-49a)= 49% = 1.528.800
MARIN, N. et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS; 2003. p.162.
Das mulheres em idade fértil:
• Mulheres esterilizadas: 20%
• Mulheres grávidas: 6%
• Mulheres querendo engravidar: 6,2%
• Mulheres estéreis: 2,3%
13. CICLO DA ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA
DISPENSAÇÃO E USO
Interação direta dos profissionais da farmácia com o cliente externo - o
paciente;
• Serviços relacionados: dispensação ambulatorial e atenção
farmacêutica.
Acompanhamento da utilização de medicamentos:
• Serviços relacionados: farmacovigilância e farmácia clinica.
MARIN N, et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS; 2003. p. 23.
14.
15.
16.
17. Maio/2006 Suzana Zaba Walczak – Farmacêutica – Divisão de Farmácia - ICHCFMUSP
Quais São Estes Custos ?
Custos Indiretos
Custos Diretos
Custos Intangíveis
18. Maio/2006 Suzana Zaba Walczak – Farmacêutica – Divisão de Farmácia - ICHCFMUSP
Custos direto versus indireto
Kobelt G. Health Economics: an introduction to economic evaluation. London: OHE, 2002
CUSTOS DIRETOS
São os recursos consumidos
diretamente no tratamento ou na
intervenção. Podem ser médicos ou
não-médicos.
CUSTOS INDIRETOS
Custos indiretos estão
relacionados as perdas
para a sociedade
resultantes da doença ou
seu tratamento (impacto
na produção)
ex. perda de produtividade
CATEGORIAS DE CUSTOS
CUSTOS
MÉDICOS
hospitalizações,
medicamentos, ex
ames, próteses, ho
norários etc
CUSTOS NÃO-
MÉDICOS
transporte do
paciente, alimentação
etc
20. Os quatro tipos básicos de análise
Farmacoeconomia
Metodologia Unidade de Medição de
custo
Unidade de medição de
desfecho
Análise de minimização
de custos (AMC)
Unidade monetária Equivalentes em grupos
comparáveis
Análise de Custo –
efetividade (ACE)
Unidade monetária
Unidades naturais ( anos
de vida, pressão
sanguínea,glicose no
sangue)
Análise de Custo –
benefício (ACB)
Unidade monetária Unidade monetária
Análise de Custo-
Utilidade (ACU)
Unidade monetária Anos de vida ajustados
pela qualidade ou outras
unidades