SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Baixar para ler offline
DINÂMICA DE VEÍCULOS
1/2014
Profa. Suzana Moreira Avila, DSc
Noções de Vibrações
AULA 2
Sumário
 Vibrações livres de Sistemas de um grau de liberdade
(S1GDL)
 Resposta de S1GDL a excitações harmônicas
 Integração numérica da resposta do SIGDL
Vibrações livres de S1GDL
• Vimos que um sistema de 1GDL é descrito pela
seguinte equação de movimento
(1)
onde m, c e k representam, respectivamente a
massa, o amortecimento e a rigidez do sistema.
• Dividindo-se a equação (1) por m obtemos
(2)
)(
...
tpkuucum 
)(2
2
2
...
tp
k
uuu n
nn 










Vibrações livres de S1GDL
onde e
onde (coeficiente de amortecimento crítico)
é a freqüência natural de vibração com unidade em
radianos por segundo
é o fator de amortecimento
m
k
n 
2

crc
c

n
ncr
k
mc


2
2 
n

Vibrações livres de S1GDL
• A freqüência natural de vibração e a taxa de
amortecimento são parâmetros muito
importantes na determinação da resposta de
um S1GDL
• Considere que o sistema descrito pela
equação (1) seja submetido a um par de
condições iniciais de deslocamento e
velocidade
0
..
0
)0(
)0(
uu
uu


Vibrações livres de S1GDL
• A solução da equação (1), a resposta total,
consiste na soma linear de duas partes distintas,
uma resposta forçada relacionada à excitação e
uma resposta natural associada às condições
iniciais
• Na literatura matemática a solução geral de uma
EDO é a soma da solução particular mais a
solução complementar
)()()( tututu cp 
Vibrações livres de S1GDL
• No caso de vibrações livres fazemos com que
p(t)=0, a equação (2) toma a forma:
• Considerando o amortecimento nulo, a
equação de movimento livre não-amortecida
é a seguinte:
02
2
...
 uuu nn 
0
2
..
 uu n
Vibrações livres de S1GDL
• A equação característica correspondente é
• e suas raízes são
• a solução geral então toma a forma
• ou
022
 ns 
nis 2,1
titi nn
eCeCu  
 21
tAtAu nn  sincos 21 
Vibrações livres de S1GDL
• A1 e A2 podem ser obtidas a partir das condições
iniciais, então temos
• Teoricamente este movimento continuaria
indefinidamente. Na prática todo sistema possui
algum nível de amortecimento, que dissipa
energia, e reduz a amplitude ao longo do tempo.
t
u
tuu n
n
n 

 sincos
0
.
0









Vibrações livres de S1GDL
• Considere, portanto, a vibração livre de um
S1GDL com amortecimento viscoso linear
• Assumindo uma solução na forma
• obtém-se a equação característica
02
2
...
 uuu nn 
st
Ceu 
02
22
 nnss 
Vibrações livres de S1GDL
• Cujas raízes s1,2 são dadas por
• A magnitude do fator de amortecimento
caracteriza três casos distintos:
• subamortecido:
• criticamente amortecido:
• Superamortecido:
12
2,1   nns
10  
1
1
Vibrações livres de S1GDL
• O caso mais comum na prática, é o caso
subamortecido com taxas de amortecimento
entre 0.5% e 5%.
• Neste caso definimos a freqüência natural
amortecida
A evolução da resposta, neste caso, tem a forma
2
1   nD

















 
t
uu
tuetu D
D
n
D
tn




sincos)( 00
.
0
Vibrações livres de S1GDL
Resposta do SIGDL a excitações
harmônicas
• Caso não-amortecido (ζ=0)
tpkuum  cos0
..
n
nn
r
k
p
U
tAtAt
r
U
u













0
0
212
0
sincoscos
1
Resposta do SIGDL a excitações
harmônicas
Resposta do SIGDL a excitações
harmônicas
• Caso amortecido
• α é o ângulo de fase entre a resposta permanente e a
excitação
tpkuucum  cos0
...
    
   
2
212/1
222
0
1
2
tan
sincoscos
21
r
r
tAtAet
rr
U
u DD
tn




 





Resposta do SIGDL a excitações
harmônicas
Integração numérica da resposta do
SIGDL
• Em muitos casos de análise a excitação dinâmica p(t)
não possui uma expressão matemática bem definida
como é o caso das excitações harmônicas.
• Neste casos não é possível obter uma solução exata
para a equação de movimento.
• Lança-se mão portanto de algoritmos numéricos para
integrar estas equações de movimento e obter a
evolução da resposta no tempo.
• Estes algoritmos são conhecidos na literatura como
métodos de integração numérica “passo à passo”.
Integração numérica da resposta do
SIGDL
• Exemplos de métodos de integração
numérica:
1. Soma simples
2. Regra Trapezoidal
3. Regra de Simpson
Análise Modal
• A análise modal de um sistema de vários graus
de liberdade (SVGL) fornece grandezas
características do sistema que são as suas
frequências naturais de vibração e respectivos
modos de vibração associados.
• Estas propriedades são intrínsecas ao sistema
e estão relacionadas ao material e a
geometria do mesmo.
Profa. Suzana Moreira Avila
• A análise modal pode ser realizada
experimentalmente através de testes onde o
sistema é monitorado através de sensores,
como por exemplo acelerômetros, e sofre
uma perturbação externa como fonte de
excitação.
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
• Frequências naturais e modos de vibração
associados podem ainda ser determinados
numericamente.
• A solução do problema de vibração livre
fornece estas características do sistema.
• Não há ação de forças externas e o
movimento é governado apenas pelas
condições iniciais.
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
• Um sistema de vários graus de liberdade não-
amortecido submetido a vibrações livres é
governado pelas equações de movimento:
𝑴 𝒖 𝑡 + 𝑲𝒖 𝑡 = 𝟎 (1)
• O sistema é submetido ao conjunto de
condições iniciais:
𝒖 = 𝒖 0 ; 𝒖 = 𝒖(0) (2)
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
• Este sistema tem solução na forma:
𝒖 = 𝒖sin(𝜔𝑡 + 𝜙) (3)
• Substituindo (3) em (2), obtem-se:
−𝜔2
𝑴 𝒖 sin 𝜔𝑡 + 𝜙 + 𝑲 𝒖 sin 𝜔𝑡 + 𝜙 =0 (4)
• Que pode ser simplificado para o problema de
autovalor
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
• Que pode ser simplificado para o problema de
autovalor
𝑲 − 𝜔2
𝑴 𝒖=0 (5)
• Este problema possui solução trivial 𝒖=0 e
somente possui soluções não triviais se
𝑲 − 𝜔2
𝑴 = 0 (6)
• A eq. (6) é conhecida como equação
característica.
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
• As raízes da equação característica
determinam as n frequências naturais 𝜔 𝑛
(autovalores).
• Para cada 𝜔 𝑛 tem-se um vetor 𝒖
correspondente (autovetor).
• Os autovetores determinam os modos
naturais de vibração 𝜙 𝑛.
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
• A matriz modal Φ é construída com n colunas,
onde cada coluna corresponde a um modo de
vibração do sistema.
• O modo fundamental é aquele associado à
frequência mais baixa.
• Os outros modos são chamados de
harmônicos.
• O movimento do sistema é dado pela
superposição dos harmônicos.
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal
• Encontre as frequências naturais e os modos
de vibração do sistema massa-mola abaixo.
Considere k1 = 2k; k2 = k; m1 = 2m e m2 = m.
Profa. Suzana Moreira Avila
Modos de vibração de uma placa
biapoiada
Santos (2009)
f = 3,08 Hz
f = 4,37 Hz
f = 8,29 Hz
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal de um Chassi
Automotivo tipo Escada
Furtado (2013)
Profa. Suzana Moreira Avila
Análise Modal de um Chassi
Automotivo tipo Escada Furtado (2013)
Referências
• CRAIG R.R., Structural Dynamics, An Introduction to
Computer Methods, Wiley, 1981 – Capitulos 2 e 3
• Furtado D. C., Análise Estrutural de Chassis de
Veículos Automotivos, Trabalho de conclusão de
curso, FGA-UnB, 2013.
• Santos M.D.S., Análise numérica do controle de
vibrações em lajes de edifícios utilizando
amortecedores de massa sintonizados, Dissertação
de Mestrado, PECC-UnB, 2009.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Wirley Almeida
 
Catalogo 2011
Catalogo 2011 Catalogo 2011
Catalogo 2011
Ruan Moura
 
Tabela De Integrais
Tabela De IntegraisTabela De Integrais
Tabela De Integrais
Karreyro
 
Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0
Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0
Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0
jose sousa
 
Tabela derivadas integral
Tabela derivadas integralTabela derivadas integral
Tabela derivadas integral
Lidia Tiggemann
 
Solucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos Munson
Solucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos MunsonSolucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos Munson
Solucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos Munson
Stéfano Bellote
 
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Meireles01
 

Mais procurados (20)

Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02Resistencia dos materiais  diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
Resistencia dos materiais diagrama de momento fletor e força cortante aula 02
 
Gabarito ..
Gabarito ..Gabarito ..
Gabarito ..
 
Escoamento Laminar e turbulento
Escoamento Laminar e turbulentoEscoamento Laminar e turbulento
Escoamento Laminar e turbulento
 
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE CORPO DE PROVA (CONCRETO) NA OBRA – NBR 5738.
 
Catalogo 2011
Catalogo 2011 Catalogo 2011
Catalogo 2011
 
Cinematica de mecanismo
Cinematica de mecanismoCinematica de mecanismo
Cinematica de mecanismo
 
Solucionário Capitulo4 FOX
Solucionário Capitulo4 FOXSolucionário Capitulo4 FOX
Solucionário Capitulo4 FOX
 
Tabela De Integrais
Tabela De IntegraisTabela De Integrais
Tabela De Integrais
 
Ciclo de Brayton
Ciclo de BraytonCiclo de Brayton
Ciclo de Brayton
 
Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0
Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0
Partida estrela triângulo do zero ao dimensionamento versao1.0
 
Flexão simples
Flexão simplesFlexão simples
Flexão simples
 
Tabela derivadas integral
Tabela derivadas integralTabela derivadas integral
Tabela derivadas integral
 
Sistema linear escalonamento
Sistema linear   escalonamentoSistema linear   escalonamento
Sistema linear escalonamento
 
1 ciclo rankine (1)
1  ciclo rankine (1)1  ciclo rankine (1)
1 ciclo rankine (1)
 
Sistema de freios
Sistema de freiosSistema de freios
Sistema de freios
 
3 torcao
3 torcao3 torcao
3 torcao
 
Aula 28 polias e correias
Aula 28   polias e correiasAula 28   polias e correias
Aula 28 polias e correias
 
Solucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos Munson
Solucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos MunsonSolucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos Munson
Solucionario 4th Fundamentos Mecanica dos Fluidos Munson
 
Transsformação de polegadas
Transsformação de polegadasTranssformação de polegadas
Transsformação de polegadas
 
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
 

Semelhante a Aula2 vibracoes

Doc modelagem _492246747
Doc modelagem _492246747Doc modelagem _492246747
Doc modelagem _492246747
Peterson Silva
 

Semelhante a Aula2 vibracoes (12)

Relatório sistema vibratório.pdf
Relatório sistema vibratório.pdfRelatório sistema vibratório.pdf
Relatório sistema vibratório.pdf
 
Wxt
WxtWxt
Wxt
 
Estudos de Controle - Aula 8: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...
Estudos de Controle - Aula 8: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...Estudos de Controle - Aula 8: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...
Estudos de Controle - Aula 8: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...
 
Aula1 vibracoes
Aula1 vibracoesAula1 vibracoes
Aula1 vibracoes
 
Sist cont i_conf2_2014
Sist cont i_conf2_2014Sist cont i_conf2_2014
Sist cont i_conf2_2014
 
Didinâmica das Maquinas - Aula- 01
Didinâmica das Maquinas - Aula- 01Didinâmica das Maquinas - Aula- 01
Didinâmica das Maquinas - Aula- 01
 
Doc modelagem _492246747
Doc modelagem _492246747Doc modelagem _492246747
Doc modelagem _492246747
 
Tutorial sobre Ajuste de Controladores PID
Tutorial sobre Ajuste de Controladores PIDTutorial sobre Ajuste de Controladores PID
Tutorial sobre Ajuste de Controladores PID
 
Sistemas de amortecimento
Sistemas de amortecimentoSistemas de amortecimento
Sistemas de amortecimento
 
Estudos de Controle - Aula 7: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...
Estudos de Controle - Aula 7: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...Estudos de Controle - Aula 7: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...
Estudos de Controle - Aula 7: Análise de Resposta Transitória e de Regime Est...
 
Sintonia de controladores pid
Sintonia de controladores pidSintonia de controladores pid
Sintonia de controladores pid
 
Análise de sinais e sistemas
Análise de sinais e sistemasAnálise de sinais e sistemas
Análise de sinais e sistemas
 

Último

ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 

Aula2 vibracoes

  • 1. DINÂMICA DE VEÍCULOS 1/2014 Profa. Suzana Moreira Avila, DSc
  • 3. Sumário  Vibrações livres de Sistemas de um grau de liberdade (S1GDL)  Resposta de S1GDL a excitações harmônicas  Integração numérica da resposta do SIGDL
  • 4. Vibrações livres de S1GDL • Vimos que um sistema de 1GDL é descrito pela seguinte equação de movimento (1) onde m, c e k representam, respectivamente a massa, o amortecimento e a rigidez do sistema. • Dividindo-se a equação (1) por m obtemos (2) )( ... tpkuucum  )(2 2 2 ... tp k uuu n nn           
  • 5. Vibrações livres de S1GDL onde e onde (coeficiente de amortecimento crítico) é a freqüência natural de vibração com unidade em radianos por segundo é o fator de amortecimento m k n  2  crc c  n ncr k mc   2 2  n 
  • 6. Vibrações livres de S1GDL • A freqüência natural de vibração e a taxa de amortecimento são parâmetros muito importantes na determinação da resposta de um S1GDL • Considere que o sistema descrito pela equação (1) seja submetido a um par de condições iniciais de deslocamento e velocidade 0 .. 0 )0( )0( uu uu  
  • 7. Vibrações livres de S1GDL • A solução da equação (1), a resposta total, consiste na soma linear de duas partes distintas, uma resposta forçada relacionada à excitação e uma resposta natural associada às condições iniciais • Na literatura matemática a solução geral de uma EDO é a soma da solução particular mais a solução complementar )()()( tututu cp 
  • 8. Vibrações livres de S1GDL • No caso de vibrações livres fazemos com que p(t)=0, a equação (2) toma a forma: • Considerando o amortecimento nulo, a equação de movimento livre não-amortecida é a seguinte: 02 2 ...  uuu nn  0 2 ..  uu n
  • 9. Vibrações livres de S1GDL • A equação característica correspondente é • e suas raízes são • a solução geral então toma a forma • ou 022  ns  nis 2,1 titi nn eCeCu    21 tAtAu nn  sincos 21 
  • 10. Vibrações livres de S1GDL • A1 e A2 podem ser obtidas a partir das condições iniciais, então temos • Teoricamente este movimento continuaria indefinidamente. Na prática todo sistema possui algum nível de amortecimento, que dissipa energia, e reduz a amplitude ao longo do tempo. t u tuu n n n    sincos 0 . 0         
  • 11. Vibrações livres de S1GDL • Considere, portanto, a vibração livre de um S1GDL com amortecimento viscoso linear • Assumindo uma solução na forma • obtém-se a equação característica 02 2 ...  uuu nn  st Ceu  02 22  nnss 
  • 12. Vibrações livres de S1GDL • Cujas raízes s1,2 são dadas por • A magnitude do fator de amortecimento caracteriza três casos distintos: • subamortecido: • criticamente amortecido: • Superamortecido: 12 2,1   nns 10   1 1
  • 13. Vibrações livres de S1GDL • O caso mais comum na prática, é o caso subamortecido com taxas de amortecimento entre 0.5% e 5%. • Neste caso definimos a freqüência natural amortecida A evolução da resposta, neste caso, tem a forma 2 1   nD                    t uu tuetu D D n D tn     sincos)( 00 . 0
  • 15. Resposta do SIGDL a excitações harmônicas • Caso não-amortecido (ζ=0) tpkuum  cos0 .. n nn r k p U tAtAt r U u              0 0 212 0 sincoscos 1
  • 16. Resposta do SIGDL a excitações harmônicas
  • 17. Resposta do SIGDL a excitações harmônicas • Caso amortecido • α é o ângulo de fase entre a resposta permanente e a excitação tpkuucum  cos0 ...          2 212/1 222 0 1 2 tan sincoscos 21 r r tAtAet rr U u DD tn           
  • 18. Resposta do SIGDL a excitações harmônicas
  • 19. Integração numérica da resposta do SIGDL • Em muitos casos de análise a excitação dinâmica p(t) não possui uma expressão matemática bem definida como é o caso das excitações harmônicas. • Neste casos não é possível obter uma solução exata para a equação de movimento. • Lança-se mão portanto de algoritmos numéricos para integrar estas equações de movimento e obter a evolução da resposta no tempo. • Estes algoritmos são conhecidos na literatura como métodos de integração numérica “passo à passo”.
  • 20. Integração numérica da resposta do SIGDL • Exemplos de métodos de integração numérica: 1. Soma simples 2. Regra Trapezoidal 3. Regra de Simpson
  • 21. Análise Modal • A análise modal de um sistema de vários graus de liberdade (SVGL) fornece grandezas características do sistema que são as suas frequências naturais de vibração e respectivos modos de vibração associados. • Estas propriedades são intrínsecas ao sistema e estão relacionadas ao material e a geometria do mesmo. Profa. Suzana Moreira Avila
  • 22. • A análise modal pode ser realizada experimentalmente através de testes onde o sistema é monitorado através de sensores, como por exemplo acelerômetros, e sofre uma perturbação externa como fonte de excitação. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal
  • 23. • Frequências naturais e modos de vibração associados podem ainda ser determinados numericamente. • A solução do problema de vibração livre fornece estas características do sistema. • Não há ação de forças externas e o movimento é governado apenas pelas condições iniciais. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal
  • 24. • Um sistema de vários graus de liberdade não- amortecido submetido a vibrações livres é governado pelas equações de movimento: 𝑴 𝒖 𝑡 + 𝑲𝒖 𝑡 = 𝟎 (1) • O sistema é submetido ao conjunto de condições iniciais: 𝒖 = 𝒖 0 ; 𝒖 = 𝒖(0) (2) Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal
  • 25. • Este sistema tem solução na forma: 𝒖 = 𝒖sin(𝜔𝑡 + 𝜙) (3) • Substituindo (3) em (2), obtem-se: −𝜔2 𝑴 𝒖 sin 𝜔𝑡 + 𝜙 + 𝑲 𝒖 sin 𝜔𝑡 + 𝜙 =0 (4) • Que pode ser simplificado para o problema de autovalor Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal
  • 26. • Que pode ser simplificado para o problema de autovalor 𝑲 − 𝜔2 𝑴 𝒖=0 (5) • Este problema possui solução trivial 𝒖=0 e somente possui soluções não triviais se 𝑲 − 𝜔2 𝑴 = 0 (6) • A eq. (6) é conhecida como equação característica. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal
  • 27. • As raízes da equação característica determinam as n frequências naturais 𝜔 𝑛 (autovalores). • Para cada 𝜔 𝑛 tem-se um vetor 𝒖 correspondente (autovetor). • Os autovetores determinam os modos naturais de vibração 𝜙 𝑛. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal
  • 28. • A matriz modal Φ é construída com n colunas, onde cada coluna corresponde a um modo de vibração do sistema. • O modo fundamental é aquele associado à frequência mais baixa. • Os outros modos são chamados de harmônicos. • O movimento do sistema é dado pela superposição dos harmônicos. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal
  • 29. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal • Encontre as frequências naturais e os modos de vibração do sistema massa-mola abaixo. Considere k1 = 2k; k2 = k; m1 = 2m e m2 = m.
  • 30. Profa. Suzana Moreira Avila Modos de vibração de uma placa biapoiada Santos (2009) f = 3,08 Hz f = 4,37 Hz f = 8,29 Hz
  • 31. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal de um Chassi Automotivo tipo Escada Furtado (2013)
  • 32. Profa. Suzana Moreira Avila Análise Modal de um Chassi Automotivo tipo Escada Furtado (2013)
  • 33. Referências • CRAIG R.R., Structural Dynamics, An Introduction to Computer Methods, Wiley, 1981 – Capitulos 2 e 3 • Furtado D. C., Análise Estrutural de Chassis de Veículos Automotivos, Trabalho de conclusão de curso, FGA-UnB, 2013. • Santos M.D.S., Análise numérica do controle de vibrações em lajes de edifícios utilizando amortecedores de massa sintonizados, Dissertação de Mestrado, PECC-UnB, 2009.