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1
GABARITO
Pré-vestibular extensivo | caderno 2 | manual do Professor
gABARITo
Língua Portuguesa II
Módulo 8
aplicação da teoria
1 A) Referência filosófica/histórica.
B) Dados estatísticos.
C) Base histórica.
D) Questionamento.
E) Flashes.
F) Tradicional.
2 A) Questionamentos.
B) Flashes.
C) Tradicional.
D) Tradicional.
E) Abordagem histórica.
3 Pontos positivos: a redação apresenta uma introdução bas-
tante criativa. Utiliza-se a ironia como forma de criar uma
expectativa surpreendente no leitor.
Pontos negativos: a redação é deficiente na argumentação
e na defesa de ideias.
Exercícios
1 Tema: democracia e desigualdade no Brasil.
Estratégia: contextualização do tema com abordagem his-
tórica.
2 a) No Brasil, não tenhamos dúvida, vivemos uma espécie
de esquizofrenia, pois a imagem feminina oficial nunca
coincide com a real.
b) Nessa realidade, todos garantem sua segurança como
podem, comprando armas, planejando roteiros, evi-
tando sair de casa. Afinal, ninguém quer ser vítima da
violência.
c) De que adianta a pura consciência individual se o siste-
ma não vê obstáculos para sua expansão destruidora?
redação em prática
1a
parte – Relação entre tipo de tema 3 estratégia de texto
1 A configuração social é, portanto, caracterizada pelo para-
doxo fundamentado na Antiguidade Grega. Se, de um lado,
tem-se a civilidade aparentemente instituída, por outro, vê-
-se a barbaridade cotidiana em processo de banalização.
Nesse contexto, civilização passa a ser sinônimo de barbárie
inerente, em função do panorama social. Das aparências às
certezas, certo é que o cenário atual será páginas de livros
futuros fundamentais para o estudo da História – intitulados
“A História da Civilização Decapitada”.
2 a) O tema avaliado é subjetivo, uma vez que trabalha com
noções da ordem sentimental humana – noções essas
oscilantes de acordo com as experiências pessoais.
b) As palavras-chave do tema são “amar”, “compaixão”
e “verdade”, já que há uma conceitualização dos senti-
mentos amor e compaixão, relacionando-os ao estatuto
de verdade.
c) Para concluir o texto, o autor utiliza uma técnica se-
melhante à proposta de intervenção – um dos critérios
essenciais ao ENEM. Entretanto, essa estratégia é indi-
cada somente a temas objetivos, que admitem soluções
de aplicáveis e práticas à problemática. Como o tema
em questão é subjetivo, a intervenção não é indicada,
pois assuntos abstratos não podem ser definidos nem
solucionados de forma geral.
2a
parte – Criação de introdução e conclusões
1 a) Palavra é, em sua natureza etimológica, a unidade que,
por meio de sua expressão, constitui valor semântico va-
riável de acordo com a sociedade em que se apresenta.
Nesse sentido, mantendo diálogos com as culturas de
determinados povos, esse vocábulo torna-se respon-
sável pela comunicação e expressividade humanas. Da
literatura a conversas cotidianas, a palavra comporta-se,
dessa forma, como a tradutora da arte antropóloga.
b) “Palavras apenas, palavras pequenas”. Em sua arte, Cás-
sia Eller canta uma aparente inexpressividade das pala-
vras, que mascara o seu influente poder de expressão.
Nessa dicotomia, qual é a verdadeira realidade inten-
cional de um simples vocábulo? Eles não são somente
um amontoado de letras? Ou será a palavra apenas um
meio de comunicação social? Ela é, sem dúvida, o veí-
culo milenar responsável pela integração humana.
2 a) Com base na Tese I, elabore:
– Uma Introdução por situação concreta.
Passos rápidos denunciavam a pressa para chegar ao
destino. Depois passaria no supermercado, esquentaria
o jantar congelado e ainda mandaria o relatório para o
email do chefe, mas isso só depois da academia. Com
a absorção de novos papéis e sua entrada no mercado
de trabalho, cenas como essas tornaram-se comuns na
rotina de muitas mulheres. Isso é apenas a prova de
que a representação sobre elas hoje não segue o mes-
mo padrão de antes, visto a sua superação dos antigos
modelos e a inauguração de novos padrões.
– Introdução por contextualização histórica.
Uma passeata de donas de casa pelas ruas revelava mui-
to mais que uma greve de aventais. O ano? Década de
1968. O movimento? Feminista. As reivindicações não
passavam de meras solicitações por direitos iguais entre
os sexos, mostrando que a herança da saga feminina
é muito mais do que o cheiro de comida vindo da co-
zinha. Com a absorção de novos papéis e sua entrada
no mercado de trabalho, a mulher conseguiu superar
ainda mais a existência de antigos modelos e inaugurar
outros, reinventando sua posição social.
b) Com base na Tese II, elabore:
– Uma introdução por flashes.
Saltos altos às ruas, em protestos. Aventais nas cintu-
ras, em casas. Telefones à espera, em escritórios. Esses
são os antagonismos que compõem o cenário moderno
das mulheres, acompanhadas por desdobramentos em
dupla jornada. Porém, o que não aparece nesse mesmo
ambiente é o reconhecimento do papel feminino na
sociedade contemporâneo. Das panelas aos escritórios,
o quadro atual é marcado por preconceitos e limitações
impostas por pressupostos anacrônicos.
– Uma conclusão por ressalva.
Nesse sentido, observa-se que os anseios da mulher atual
são limitados muito mais pelo preconceito da sociedade
do que por sua própria capacidade, que é inegável. A
associação automática de determinados ícones à figura
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2 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
feminina colaboram ainda mais para esse posicionamen-
to. Afinal, não há quem faça um almoço tão bom e cuide
tão bem da roupa do filho e marido. Contudo, até que
ponto não estará a mulher inserida nessa ideologia des-
crente de suas próprias capacidades por causa de uma
herança anacrônica? Resta a ela tentar ver além do pano
de fundo imposto por esse cenário histórico.
c) Com base na Tese III, elabore:
– Uma conclusão com pergunta reflexiva.
Sendo assim, a situação contemporânea da mulher
apresenta o paradoxal encontro entre a mudança e
a estabilidade. Alguns modelos foram ultrapassados,
outros permanecem, mostrando que há possibilidade
de coexistência pacífica entre os dois extremos. Afinal,
não será exatamente o equilíbrio de posicionamentos
o ideal buscado pela contemporaneidade?
– Uma conclusão por proposta de intervenção.
O quadro atual é pintado, portanto, por tintas e co-
res diversificadas em sua essência, que traçam uma
fotografia bipolar. De um lado, vê-se um cenário de
estabilidade conduzido por tradicionalismos; do outro,
tem-se um panorama marcado de mudanças traduzi-
das por inovações. Para que essa oscilação seja marca
apenas do passado, é preciso a reformulação do con-
ceito único de família patriarcal. Com isso, por meio do
reconhecimento da figura feminina como ativa desde
o início da aprendizagem humana, é certo que as pró-
ximas gerações a tratarão como uma projeção artística
da superação humana.
3a
parte – Uso de imagens / recursos do “texto-Circuito”
1 As produções cinematográficas são, portanto, projeções
e representações sociais, não só com o objetivo de espe-
lhar o contexto no qual se insere, mas também com o de
traduzir os desdobramentos humanos. Da objetividade à
subjetividade de sua apresentação, o cinema passa a ser
sinônimo de funcionalismo: ao apresentar o homem junto
à sociedade, descreve-os. Assim, tanto a mimesis quanto
a catarse são consequências preestabelecidas e vislum-
bradas. É provável, portanto, que os irmãos Lumière não
visualizavam a projeção que esse meio de interação social
poderia comportar. Acendem-se as luzes. Comentam-se
entre as poltronas. Sobem os créditos.
2 a) Os elementos semânticos foram os que fazem referência
ao cinema, não só como arte, mas também como local
de entretenimento. Podemos destacar, nesse sentido,
os trechos: “Sala escura. Plateia em silêncio. Começa a
projeção” ; “Cena 1” ; “Cena 2” ; “grande tela”.
b) Tese: Valores humanistas, éticos e universais podem
ser construídos em detrimento da simples preservação
humana.
A1: (causa e consequência) A possibilidade de trocas
culturais intensas acarreta a identificação com as mais
diversas representações simbólicas da humanidade e a
necessidade de erguimento de diretrizes tolerantes e
democráticas.
A2: (contra-argumentação) Em um contexto pós-mo-
derno muitos acreditam na necessidade de relativização
absoluta de valores éticos e que a condição individual
deveria ser privilegiada. Entretanto, essa aceitação
ampla e irrestrita de representações provoca, necessa-
riamente, a tolerância de atos intolerantes e a própria
condição íntima é ameaçada.
Estratégias para o texto circuito:
a) Introdução: o texto circuito, nesse caso, seria conse-
guido a partir da imagem do quebra-cabeça. A visão de
um jogo aparentemente fragmentado e disperso seria
utilizada nesse primeiro parágrafo.
b) A1: junto com esse argumento seria posta a ideia de
que as peças do jogo podem se encaixar.
c) A2: a ideia de que as peças vão formando um todo a
partir do encaixe seria trabalhada.
d) Conclusão: retomando a ideia da introdução, a concep-
ção do quebra-cabeça que aparentemente é um jogo
picotado e na verdade é formado por um todo hetero-
gêneo e diverso seria afirmada.
3 Os japoneses glorificam a comemoração de 80 anos. Os
indianos, a de 60. Já os brasileiros idolatram a de 100 anos.
Atravessando séculos e gerações, o culto clássico à velhice,
portanto, marca a maioria das nações. Assim, por mais
que a condição física dos idosos não colabore inteiramente
para a sua interação social, essa parcela da população, com
seu acréscimo de sabedoria, faz valer a sua figuração. O
conhecimento dos mesmos, desse modo, não se limita às
problemáticas sociais e físicas, estendendo as suas palavras
do pretérito perfeito ao mais-que-perfeito. A velhice perde,
então, o estatuto de preterida, e ganha o de preferida.
análise de texto e fenômenos linguísticos
1 B
2 A
3 B
4 D
5 D
6 C
7 B
8 A
9 C
10 C
11 B
12 D
13 D
14 A
15 C
16 A
17 C
Módulo 9
redação em prática
1a
parte – Estratégia de introdução e de conclusão
1 a) O autor focou-se em uma ilustração do cenário de he-
róis brasileiros por meio da enumeração de diversos
ícones. O recurso acabou não sendo eficiente, pois foi
utilizado durante todo o parágrafo, não deixando es-
paço para que fossem cumpridas as demais funções
da introdução. Pode-se dizer também que o fato de o
recurso ser usado exageradamente pode deixar o texto
cansativo e que a presença da sonoridade das rimas
descaracteriza o tom dissertativo.
b) A tese foi apresentada ao final do parágrafo. No en-
tanto, pode-se dizer que ela não foi apresentada de
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GABARITO
3Pré-vestibular extensivo | caderno 2
maneira forte, pois apenas se afirmou um dos pontos
propostos pelo tema, sem apresentar uma ideia dife-
renciada com relação ao posicionamento escolhido.
c) A figura do herói nacional criada pelo Romantismo
no século XIX não se ateve ao seu tempo. Analisando
a imagem do índio guerreiro, passando pelo grito de
independência de D. Pedro I, e seguindo por tantos
ícones cujos brados, mortes e vitórias – de Getúlio
Vargas a Pelé – marcaram a nossa história, percebe-
-se uma nação construída por heróis. Algumas vezes
nos restam as cinzas de um herói desacreditado, em
outros casos a esperança de um novo ícone. É impor-
tante perceber, no entanto, que a presença de tantos
mitos icônicos, apesar de ilustrar a história de nossa
sociedade, afirma a inconsistência de uma nação frágil
e volátil.
2 a) Tema: A relação do homem com os conflitos cotidia-
nos e a sua capacidade de criar mecanismos de defesa.
(mais amplo)
Tema: As mudanças sociais interferem no desenvolvi-
mento de novas doenças e no crescimento da indústria
farmacêutica. (mais específico) Tese: A presença de no-
vas doenças e males sociais se deve a uma sociedade
frágil e desesperançosa. É possível estabelecer outros
temas e teses, desde que coerentes com a discussão a
respeito do conteúdo dos parágrafos.
b) São utilizadas palavras do mesmo campo semântico,
referentes à guerra. Esse recurso contribui para o texto
como um todo, pois dá coerência e coesão ao encadea-
mento de ideias, gerando o “texto-circuito”.
c) A proposta não é eficaz, porque ela indica que os mé-
dicos devem alertar a população, mas não aponta de
forma prática e concreta como isso pode ser feito.
d) • A dificuldade humana em lidar com os conflitos co-
tidianos faz com que os indivíduos se entreguem a
novas doenças sociais.
• O surgimento de novas doenças está diretamente re-
lacionado às transformações sociais, que geram novos
conflitos e, logo, novas necessidades.
2a
parte – Consistência argumentativa
1 Em uma sociedade que combina o domínio da propaganda
e das instantaneidades, tudo se torna compacto e subme-
tido ao ato de compra e venda.
– Na sociedade regida por propagandas, todos os elemen-
tos da vida de um indivíduo tornam-se capazes de propa-
gar sua imagem diante do meio em que vive.
– Outras respostas são possíveis.
2 Assim como o teatro abre suas cortinas para apresentar
um espetáculo a ser adorado e aplaudido pelo público, os
indivíduos constantemente expõem suas vidas em palcos,
como meio de propagandas de si próprios, ilustrando para
a sociedade suas ideias, suas relações e suas características
pessoais.
3 As relações subjetivas do indivíduo com o outro e do indi-
víduo consigo mesmo acabam sendo materializadas, como
reflexo de uma sociedade em que tudo se torna objeto
passível de venda.
Os indivíduos, por influência das campanhas publicitárias,
deixam de avaliar suas reais necessidades e desejos, tor-
nando-se o consumo um meio de controle e de alienação.
Cria-se uma comparação entre os indivíduos e uma con-
sequente padronização dos objetivos materiais que esses
devem atingir em suas vidas.
Outras respostas são possíveis.
4 Percebe-se, portanto, que a propaganda é a forma mais
direta e eficaz de se vender produtos e ideias a um indi-
víduo. No entanto, não se pode esquecer que não só de
bolsos e matérias são feitos os homens, mas principalmente
de anseios, desejos e necessidades subjetivas. Esses não
podem ser superados pelo materialismo, cabendo a cada
ser humano a consciência crítica e o autoconhecimento
para se avaliar diante da realidade publicitária. Assim, não
importa que a propaganda seja a alma do negócio, e sim
que a sensibilidade individual seja os olhos da alma e que
a alma seja, por vezes, olhos cegos ao consumo.
3a
parte – Análise de texto argumentativo
1 Convém destacar, ainda, que a necessidade da hora marca-
da e o temor do envelhecimento fazem com que o homem
viva em um paradoxo: é preciso rapidez para o correr das
ações, porém a passagem do tempo assusta e desperta
o medo do fim. Concomitantemente ao fato de procurar
desacelerar os ponteiros do relógio por meio de plásticas,
academias e terapias, o ser humano opta pela instanta-
neidade tanto nas relações pessoais quanto no fluxo de
informação, já que são muitos os afazeres e poucas as ho-
ras. Nesse sentido, todos os fatos e atos devem ser velozes,
contudo a velocidade significa o aumento dos anos e um
medo maior da efemeridade da vida. O sorriso congelado
no retrato é o elo com o passado perdido e o afastamento
do presente conturbado.
2 Ter uma atitude egoísta não é a melhor forma de se com-
portar. Pensar somente na própria saúde e família pode
ser mais gratificante quando há predisposição a ajudar o
coletivo. Essa postura faz-se presente quando deixamos de
usar carros particulares e incentivamos o uso de transpor-
tes coletivos. Pode parecer utópico, mas por meio de ações
como essa é possível diminuir drasticamente os níveis de
poluição atmosférica e os intermináveis engarrafamentos,
o que deixaria menos estressados os motoristas mais im-
pacientes. Assim, até o asfalto agradeceria.
análise de texto e fenômenos linguísticos
1 A
2 B
3 D
4 A
5 B
6 C
7 A
8 D
9 D
10 C
11 B
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13 B
14 A
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4 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
Módulo 10
Conceito de texto
1 O candidato bem preparado em literatura sabe que os anos
de 1600 foram barrocos, o que leva à letra A como resposta.
análise de textos não verbais
1 C
Eixo interdisciplinar: construção do texto.
Item do programa: compreensão dos elementos não ver-
bais.
Subitem do programa: relação entre e o verbal e não verbal.
Objetivo: discriminar crítica presente na charge, com base
na relação entre sua imagem e texto.
Na charge, faz-se uma crítica direta à arte moderna, por
meio da fala do personagem que observa o quadro. Nota-
-se, também, uma crítica indireta no título do quadro, que
focaliza um aspecto econômico associado ao uso da pala-
vra “rombo”, frequentemente empregada para se referir a
orçamentos insuficientes.
2 A
Eixo interdisciplinar: estrutura e sentido do texto.
Item do programa: organização interna do texto.
Subitem do programa: relação entre imagem e palavra.
Objetivo: explicar associação entre elementos verbais e não
verbais na compreensão do sentido global do cartum.
O cartum de Caulos combina elementos visuais e textuais.
Para seu entendimento, faz-se necessária a leitura desta
combinação. Cada uma das sete letras da palavra “solidão”
aparece em balões distintos, demarcando o pensamento
de sete personagens distintos. A separação das letras dessa
maneira, associada à imagem de personagens que andam
para um lado e para o outro sem esboçarem contato ou
comunicação, e à circunstância de a palavra ser exatamente
“solidão”, expressa, principalmente, a dificuldade de cone-
xão entre as pessoas.
3 C
Eixo interdisciplinar: estudo do texto.
Item do programa: organização interna do texto.
Subitem do programa: recursos tipográficos, imagens.
Objetivo: explicar função de recurso não verbal.
O recurso visual de balões de pensamento deixa claro que
há diálogo do personagem apenas consigo mesmo, dessa
maneira enfatizando sua condição solitária.
Exercícios
1 E
A “interação pacífica no uso da língua portuguesa e da
língua tupi” aparece com clareza no texto: “Durante mui-
to tempo o português e o tupi viveram lado a lado como
línguas de comunicação”. Os bandeirantes, que eram
portugueses, usavam o tupi nas suas expedições. O Padre
Vieira testemunha a convivência estreita entre as famílias
dos portugueses e dos índios, sendo a língua tupi falada
nessas famílias, mas indo os meninos aprender o português
na escola. Fica claro que é dessa “interação pacífica” que
resulta o patrimônio linguístico brasileiro.
2 B
No primeiro texto, o trecho “resta saber o que ficou das
línguas indígenas no português do Brasil” deixa pressupos-
to que elementos de uma língua são preservados mesmo
que não existam mais falantes dela. No segundo, a antiga
escrita egípcia na Pedra de Roseta também comprova a
preservação de elementos de uma língua, embora tenham
desaparecido seus falantes.
3 E
A resolução dessa questão depende mais da interpretação
do texto do que de conhecimentos prévios. No trecho em
que o autor menciona as duas variedades da “língua geral”,
elas se mostram distribuídas espacialmente (norte/sul).
4 E
O trecho de Cornélio Pires contém usos de variedades linguís-
ticas não referendadas pelo normativismo — seja na morfos-
sintaxe (“as perna curta”), seja na busca por representar a pro-
núncia dessas variedades (“sombranceia”). Desse modo, ao
registrar na escrita a descrição da personagem “Pisadeira”, o
autor documenta e valoriza não só o folclore brasileiro, como
também a própria fala característica do universo popular.
5 B
“Corasamborim” (junção de “coração”, “samba” e “tambo-
rim”) é uma criação vocabular dos enunciadores da canção,
portanto um neologismo, formado por um mecanismo pre-
visto no sistema linguístico: a composição por aglutinação
ou, mais especificamente, a formação de palavra-valise.
6 A
Como o enunciado já sinaliza, trata-se da função expressiva
da linguagem. Cabe, então, comprovar isso assinalando
suas características. Já que tal função centra-se no emissor,
seus sentimentos e emoções são explorados, como revela o
uso da interjeição “ah” e de pronomes e verbos na primeira
pessoa, como “eu”, “me” e “vou”.
7 B
A questão requer conhecimento sobre as funções de lin-
guagem. Trata-se da função referencial porque tem caráter
informativo, centrado na constatação. Empregam-se para
isso, adjetivos neutros e vocabulário denotativo.
8 D
O texto utiliza a metalinguagem de forma a referir-se a
um assunto da própria Língua Portuguesa. Nele, é ressal-
tado que expressões idiomáticas são inerentes a todas as
diferentes regiões do Brasil. Assim, não se faz referência a
discriminações sociais pela forma de falar entre as diferentes
regiões do país, nem se tenta esclarecer o significado de ne-
nhuma expressão; a preocupação do texto é simplesmente
a de esclarecer o que são as tais expressões idiomáticas.
9 A
No poema “Sentimental”, de Carlos Drummond de An-
drade, o eu-lírico incorpora à sua reflexão elementos da
realidade: escreve o nome da sua amada com letras de
macarrão, enquanto a sopa esfria. Essa brincadeira faz alu-
são ao próprio fazer poético, uma vez que a letra que falta
para completar aquele nome pode refletir o impasse vivido
pelo poeta durante o processo de composição: a busca por
um termo específico, uma palavra adequada ou mesmo um
encerramento ideal para o seu poema. Nas duas primeiras
estrofes, ele se dirige à amada (“Ponho-me a escrever teu
nome”, “uma letra somente / para acabar teu nome!”); na
última, descreve o seu estado, além de criar poeticamente
a metáfora do cartaz amarelo que paira sobre todas as
consciências como forma de censura.
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GABARITO
5Pré-vestibular extensivo | caderno 2
10 B
No texto, a função de linguagem característica é a refe-
rencial, uma vez que o elemento da comunicação que
ganha destaque é o referente, isto é, o objeto de que se
fala. Em outros termos, a finalidade do artigo é informar
o leitor a respeito de algo: no caso, trata da importância
tanto do clorofórmio quanto do computador para o fazer
científico.
11 C
Embora o texto apresente um efeito positivo do dióxido
de carbono, ele não deixa de apresentar os seus efeitos
negativos, expressos por meio dos adjetivos encontrados
nas expressões “consequências calamitosas” e “efeitos in-
calculáveis”.
12 E
A biografia de Machado de Assis que serviu de base à
questão apresenta informações encadeadas de maneira
cronológica: seu nascimento, a perda da mãe, a criação
pela madrasta e a matrícula na escola pública. Apesar de
um trecho de maior subjetividade (“o maior escritor do
país e um mestre da língua”), a linguagem da biografia é
marcada pela objetividade, ou seja, os enunciados foram
elaborados para enfatizar o assunto, as informações sobre
a vida de Machado, não as impressões pessoais do enun-
ciador sobre elas.
13 E
Na primeira ocorrência, o conectivo “mas” expressa con-
teúdo de oposição: o vento batendo na cortina contrasta
com o calor do apartamento. Na segunda, não tem valor
de adversidade, mas de reiteração: o narrador diz que a
personagem plantara “as sementes que tinha na mão, não
outras”; logo, o trecho “mas essas apenas” enfatiza a in-
formação dada.
14 D
O gênero textual apresentado é a resenha crítica. O au-
tor deve ter um conhecimento abrangente do assunto a
ser tratado para que possa elaborar sua crítica (entendida
aqui no sentido de comentário, análise ou apreciação). As
opiniões apresentadas devem ser fundamentadas com
exemplos, comparações e outros recursos que convençam
o leitor da consistência das afirmações feitas.
15 A
O texto pertence ao gênero anedota, que se caracteriza
pela brevidade e simplicidade do enredo, visando à comici-
dade e, normalmente, culminando em um efeito-surpresa.
Não procura exibir um estilo literário refinado, nem neces-
sariamente registrar uma experiência real.
16 a) O problema está na aberração que a clonagem repre-
senta: a ovelha nasceu velha, já que seus telômeros “são
20% mais curtos do que deveriam ser numa ovelha de
sua idade”.
b) “Sabe-se que o comprimento dos telômeros diminui à
medida que as células vão se dividindo...”
c) “Se essa anomalia pode acarretar o envelhecimento
precoce da ovelha ou não é outra história ainda a in-
vestigar.”
17 a) São “mamíferos aquáticos, carnívoros”. No entanto, o
texto está mal redigido, induzindo a uma contradição
em “diferentemente de outros animais carnívoros, eles
não comem um pedaço sequer de suas vítimas”.
b) O medo de que os “dóceis e úteis” golfinhos venham a
agredir os seres humanos que frequentam os parques
aquáticos ou cidades costeiras “onde há muita proximi-
dade com golfinhos”.
c) “Lobo na pele de cordeiro”.
18 a) Millôr Fernandes utiliza o sufixo grego “logos/logia”,
indicativo de áreas de conhecimento, para ironizar o
ato de enganar, enrolar, embromar.
b) “... só foi achar genial quando aprendeu que aquilo tudo
era ecológico?”
c) “... estava escrito que é pausterizado, ou pas-teurizado,
sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia,
foi enriquecido e o escambau.”
19 a) “Alto demais” implica quantificação de valor que entra
em contradição com o “em branco” do cheque.
b) Prerrogativa são privilégios de maneira genérica, en-
quanto privacidade é um dos privilégios: o todo (prer-
rogativa) e a parte (privacidade).
20 a) Em “só no período de janeiro a abril, já foram 31” os
marcadores só e já permitem inferir que a quantidade
de acidentes, neste ano, será bem maior do que a do
ano anterior.
b) Os pichadores deveriam ser severamente punidos “por
crime inafiançável” e trancados “em presídios por lon-
gos anos”.
21 a) Ficaria um goleiro com cada vez mais defeitos. Rees-
crevendo: “ficava horas aprimorando sua técnica” ou
“ficava horas corrigindo seus defeitos”.
b) O que vem após a expressão “por outro lado” deveria
apresentar uma relação adversativa. O que ocorre é
uma adição às informações contidas no período ante-
rior.
c) Racionalismo é termo empregado para designar um
sistema filosófico em que a razão é considerada inde-
pendente da experiência. Poderia ser substituído por
racionalidade, objetividade ou frieza.
22 a) A alusão é feita à batalha de Waterloo (1815), em que
Napoleão foi derrotado pelas tropas lideradas pelo du-
que de Wellington, o que colocou um ponto final no
Império Napoleônico.
b) O profissional é considerado incompetente e sua estra-
tégia levaria o exército a uma derrota, tal como a de
Napoleão em Waterloo.
c) O raciocínio do crítico toca em um ponto fundamental:
a herança genética que determinaria as características
intelectuais do estrategista.
23 a) A distinção básica estabelecida no texto é feita entre
meios e resultados: “A responsabilidade civil dos mé-
dicos em ações de indenização é, em geral, de meios e
não de resultado.”
Os médicos não se responsabilizam pelos resultados,
apenas pelos meios (dedicação, atenção, cuidado,
conhecimento), exceto em casos de cirurgia estética
embelezadora e anestesia, “atos médicos tidos como
obrigações de resultado”.
b) Trata-se de uma pequena redação em forma de carta,
em que o reclamante alega falta de dedicação, atenção,
cuidado ou conhecimento por parte da firma responsável
pelo conserto. A resposta fica, portanto, aberta, devendo
o vestibulando enfatizar os elementos mencionados.
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6 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
c) No sentido no
7: “reconhecer como legítimo; acolher,
sancionar”.
24 a) A legenda faz menção a escalar o Everest (montanha
mais alta do mundo) em outros continentes, o que é
impossível visto o Everest ser único.
b) Erik Weihenmayer quer escalar outros picos em outros
continentes.
25 a) No noticiário, a farinha era usada criminosamente no lu-
gar do princípio ativo do anticoncepcional. Na charge, a
relação aparece invertida: a pílula usada como elemento
básico (= farinha) da massa de pizza.
b) A pizza é uma mistura tamanha que fica impossível a
distinção dos ingredientes.
c) A expressão subentendida é “Tudo termina em pizza”,
alusão à impunidade que seria, segundo sugere a char-
ge, característica da sociedade em questão.
26 a) Sim. “Capitulação” é sinônimo de submissão, de en-
trega, de rendição. Como o poema critica o povo que,
“com vergonha / Da própria língua”, rende-se aos es-
trangeirismos — representados pelo termo “delivery”
—, o título do texto está adequado ao seu conteúdo.
b) Não. O termo “delivery” é um anglicismo evitável, pois
existem expressões em português — como entrega em
domicílio ou a domicílio — que possuem praticamente
o mesmo sentido de “delivery”. Já o termo “telepizza”
foi formado a partir de “tele-” (do grego “longe”, “à
distância”) e de “pizza”, palavra italiana cuja grafia não
foi adaptada para o português. Lembrando que a palavra
“até” é um marcador de pressuposição que inclui algo
não usual num determinado grupo, pode-se concluir que,
ao dizer que “delivery” é exagero “Até pra telepizza”, o
enunciador deixa subentendida a noção de que “telepiz-
za” não é uma palavra tão exótica quanto “delivery”.
27 “… todas sabemos …”
28 “… doce organograma …”
29 No primeiro caso, o valor da barra é de acréscimo, enquan-
to no segundo caso, o valor do hífen é de comparação.
30 a) A presença marcante de adjetivos ou de sensações vi-
suais, auditivas; o uso do imperfeito do indicativo; a
unidade temporal.
b) “... silêncio doce tudo envolvia...”; “Conceição lia, com
os olhos escuros intensamente absorvidos na brochura
de capa berrante.”
31 Um dentre os exemplos de função referencial:
• “... e logo está a Cintura Industrial, quase tudo parado,
só umas poucas fábricas ...”
• “... e agora a triste Cintura Verde, as estufas pardas,
cinzentas, lívidas ...”
Um dentre os exemplos de função expressiva:
• “... que parecem fazer da laboração contínua a sua re-
ligião ...”
• “... por isso é que os morangos devem ter perdido a
cor, não falta muito para que sejam brancos por fora
como já o vão sendo por dentro e tenham o sabor de
qualquer coisas que não saiba a nada ...”
32 O pronome lhe indica que o personagem principal é o pos-
suidor da louça ou indica posse. Um dentre os fragmentos:
• “... de repente, sem avisar, apertou-se-lhe o coração a
Cipriano Algor, ...”
• “... o cão subia-lhe a os braços, ...”
• “... e lambia-lhe a cara ...”
33 • “... Viremos agora à esquerda, lá ao longe, onde se
veem aquelas árvores, sim, aquelas que estão juntas
como se fossem um ramalhete, ...”
• “... que a água desta fonte não poderá matar-te a sede
naquele deserto, ...”
34 Mas há tantas músicas esperando ser escritas!
Estilização.
35 Dois dentre os exemplos de reescritura:
• A vela, porque ilumina, é uma vela alegre.
• A vela, visto que ilumina, é uma vela alegre. causa
• A vela, por iluminar, é uma vela alegre.
• A vela, enquanto o ilumina, é uma vela alegre.
• A vela, ao iluminar, é uma vela alegre. tempo
• A vela, iluminando, é uma vela alegre.
• A vela, se ilumina, é uma vela alegre.
• A vela, caso ilumine, é uma vela alegre. condição
• A vela, desde que ilumine, é uma vela alegre.
• A vela, á medida que ilumina, é uma vela alegre. pro-
porção
• A vela, á proporção que ilumina, é uma vela alegre.
36 a) “a obrigatoriedade do diploma do jornalista para quem
exerce a profissão”
b) O enunciador mostra-se favorável à decisão do Supre-
mo Tribunal Federal, que acabou com a exigência de
curso superior específico para alguém trabalhar com a
atividade jornalística. Ele considera essa exigência uma
“excrescência”, “herança da ditadura militar”, cujo “ri-
dículo” foi exposto por uma “comparação brilhante de
Gilmar Mendes”, que associou a exigência do diploma
de jornalista à pitoresca situação em que “toda e qual-
quer refeição” devesse ser preparada por pessoas que
cursaram “uma faculdade de culinária”.
37 a) O verbo “poder” está flexionado no plural concordando
com o sujeito composto “o jornalismo e a liberdade
de expressão”. A forma “pensados” está no masculino
plural porque concorda com substantivos de gêneros
diferentes (“jornalismo” é masculino e “liberdade” é
feminino, prevalecendo o masculino na concordância
nominal).
b) O exemplo do chef, transposto para o jornalismo, pode
ser assim traduzido: Um excelente jornalista certamente
poderá ser formado numa faculdade de jornalismo, o
que não legitima o estado a exigir que toda e qualquer
matéria seja escrita por profissional registrado mediante
diploma de curso superior nessa área.
38 a) “Aonde ele foi?” e “Vai aonde for preciso!”
Na norma culta canônica há uma oposição entre
“onde”, advérbio que designa “lugar em que” se situa
ação ou processo e “aonde” (preposição “a” 1 advér-
bio “onde”), que indica “lugar a que” se dirige a ação,
seu ponto de destino.
Exemplos:
Hotel onde nos hospedamos.
Hotel aonde nos dirigimos.
b) “Você conhece-o...” ou “Você o conhece...”
O pronome pessoal na forma reta “ele” com função
de objeto direto é típico da informalidade. O usual, na
norma culta, é o pronome oblíquo “o”.
Nós temos camisa para o frio?
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GABARITO
7Pré-vestibular extensivo | caderno 2
Compreendemos que a banca, ao exigir o uso da “nor-
ma padrão”, tenha pensado no grau maior de formali-
dade. O uso de “a gente” incluindo a primeira pessoa
do plural é marca de informalidade; na norma culta
canônica se usa “nós”. A combinação “pro” (preposição
“para” + artigo “o”) também é informal; o uso “para
o” é seu correlato formal.
39 a) No texto da revista Veja, reconhece-se uma evidente re-
ferência à corrente ultrarromântica, também conhecida
como geração byroniana daquele movimento literário,
que marcou presença nas décadas de 1850 e 1860.
Os representantes dessa 2a
fase da poesia romântica
brasileira produziram obras de teor mórbido, em que
se acentuam o gosto pelo tédio, a solidão noturna, a
insatisfação amorosa e o culto da noite, temáticas inci-
tadas pelo mal do século.
b) Os versos “Quanta glória pressinto em meu futuro! / Que
aurora de porvir e que manhã! / Eu perdera chorando
essas coroas / Se eu morresse amanhã!”, do poema de
Álvares de Azevedo, podem ser vistos como ilustração
do “fim precoce” dos autores românticos, enfatizado
por Manoel Carlos em seu texto. A estrofe citada exem-
plifica, por um recurso fantasioso de autocontemplação,
a angústia desses poetas perante a ideia da morte.
40 a) Os dois textos exploram a mesma temática: a mudança
das coisas. Essa ideia é explicitada nos seguintes tre-
chos: “Muda-se o ser, muda-se a confiança; / Todo o
mundo é composto de mudança” (texto 1); “elas [as
pessoas] vão sempre mudando” (texto 2). No entanto,
convém explicitar que esse tema é tratado de forma
diferenciada em cada um dos textos. O eu lírico do poe-
ma camoniano vê com pessimismo as mudanças que
se operam no mundo, porque constata que elas são
geradoras de um mal cuja dor não pode ser superada
(“Do mal ficam as mágoas na lembrança”) e ainda con-
sidera que a ocorrência do bem, apenas hipotética (“se
algum houve”), pode trazer mais sofrimento ao deixar
“saudades”. Já o narrador de Grande sertão: veredas vê
as mudanças com mais otimismo, ao qualificá-las como
algo “importante e bonito”.
b) Depois de sua reflexão a respeito das mudanças a que
a vida humana está submetida, Riobaldo, o narrador de
Grande sertão: veredas, passa a tecer comentários so-
bre Deus e o diabo: “E, outra coisa: o diabo, é às brutas;
mas Deus é traiçoeiro!” Isso significa reconhecer que
Deus e o diabo exploram estratégias opostas em seu
esforço de dirigir (e mudar) a vida humana. Enquanto o
diabo age “às brutas”, isto é, de forma mais violenta e
explícita, Deus atua “na lei do mansinho”, o que sugere
maior sutileza. A ação divina se dá por intermédio de
milagres nem sempre reconhecidos pelo ser humano;
daí dizer que “Deus é traiçoeiro” – adjetivo destituído
do sentido negativo habitual e revestido de carga po-
sitiva, associado à bondade na condução do destino
humano.
41 “... seus detratores, pessoas que não amam o Rio de Janei-
ro,”
“... copacabanização – para designar tudo de ruim que
pode acontecer a um bairro,”
42 B
43 C
44 B
45 D
46 D
47 O aluno deverá identificar a intertextualidade proposta
pelo texto de Adélia em relação ao trecho de Drummond,
destacando a presença da paródia como recurso estilístico
e a diferenciação do eu lírico em ambos os poemas.
48 Duas expressões cristalizadas são evocadas no título, a sa-
ber, “com licença” e “licença poética”. O jogo de palavras
permite condensar uma série de aspectos presentes no
poema. A expressão “com licença” evoca a ideia de pedido
de permissão, associável no poema, entre outras coisas, à
apropriação do texto de um outro poeta e à caracteriza-
ção da condição ainda submissa da mulher. Já a expressão
licença poética remete às liberdades especiais franqueadas
pela linguagem poética, ao espaço aberto pela poesia para
a transgressão e para o inusitado.
Módulo 11
Exercícios
1 a) “não esquecestes que ela era um nadinha mais alta que
eu, mas ainda que fosse da mesma altura.”
b) pontas – que / cabelos – os
2 a) Modo narrativo no primeiro parágrafo e modo argu-
mentativo (ou dissertativo) no restante do texto.
b) 1o
segmento: verbos de ação tempo passado 2o
seg-
mento: verbos de estado tempo presente
3 a) Bufando e eriçava. Atribuição de agressividade ao au-
tomóvel e à cidade.
b) Antítese. Há uma relação de oposição entre as palavras.
4 a) Primeira etapa: automóvel. Segunda etapa: transforma-
ção da linguagem.
b) Reformador e reforma.
5 a) Paralelismo. Apresentação de estruturas sintáticas se-
melhantes.
b) Diferença: os elementos comparados representam clas-
ses sociais diversas. Semelhança: os elementos compa-
rados seguem um modo geral de organização, uma
rotina imposta por diferentes grupos sociais.
6 a) Engrenagem: relaciona-se com a ideia de modo de or-
ganização e controle da sociedade, que deve funcionar
em perfeita ordem. Parafusos: referem-se aos indiví-
duos que participam dessa engrenagem e que devem
mantê-la em funcionamento perfeito (ou referem-se à
mecanização do homem na sociedade).
b) O enunciador aceita/defende a rebeldia, como fuga às
imposições do sistema social.
Docemente/docemente frouxos
7 a) Duas dentre as intenções:
– motivar a reflexão.
– aproximar o enunciador do leitor.
– expressar uma dúvida do enunciador.
– exprimir estado emocional do enunciador– destacar
o fato seguinte, independentemente de sua causa.
b) Duas dentre as características:
– rebeldia.
– persistência.
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8 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
– ânsia de paixão.
– desejo de liberdade.
– anseio por ultrapassagem de limites.
– instinto para a defesa contra os perigos.
8 a) A palavra que permite concluir que o fragmento apre-
sentado não é o início do texto é o pronome demonstra-
tivo “essa”. Apenas com o trecho dado, não é possível
determinar a qual atividade o partido X se dedica, pois
o pronome “essa”— de caráter anafórico — só adquire
sentido pleno confrontado com um termo anterior a
que faz referência.
b) A incoerência do trecho estabelece-se pela seguinte
passagem: “falta [...] de incapacidade”. Se falta incapa-
cidade ao partido, significa dizer que ele é capaz para
resolver o problema ao qual se tem dedicado. Entre as
maneiras de se eliminar a incoerência, eis duas:
1. Seja por falta de vontade, de vocação ou de capa-
cidade.
2. Seja por falta de vontade, de vocação ou por inca-
pacidade.
c) Entre as passagens que apontam uma postura pessimis-
ta (crítica) em relação ao partido X, pode-se destacar:
“está longe do desejado”.
Essa passagem, em coesão com “dedica-se a essa ativi-
dade mais do que nunca”, permite concluir que o texto
tem uma postura pessimista, já que a não realização
de uma intenção decorreu da incompetência, e não da
falta de empenho do sujeito.
9 Para responder a este item, o candidato deveria observar:
– Entre as frases I e II, está implícita uma relação de oposi-
ção (que pode ser explicitada por um conector adversativo
ou concessivo).
– Entre II e III, uma relação de causa / consequência ou
ainda entre uma afirmação e sua justificativa. Levando em
conta essas observações, eis duas possibilidades de rees-
critura das frases:
• Para desespero meu, havia leitura obrigatória de livro in-
dicado; / , porém sobreveio uma surpresa: era tão bom
aquele livro (,) que não senti nenhum aborrecimento na
leitura.
• Embora me causasse desespero uma leitura obrigatória
de livro indicado, sobreveio uma surpresa: era muito
bom aquele livro, pois não houve nenhum aborreci-
mento na leitura.
10 B
11 D
12 C
13 D
14 a) Artigo
b) Artigo
c) Pronome
d) Elipse
e) Pronome
f) Pronome
g) Numeral
h) Advérbio
i) Expressão adverbial (o seguinte)
j) Expressão verbal ou “predicado pronto” (fizeram o mes-
mo)
k) Expressão verbal ou verbo vicário (é)
l) Epíteto ou expressão nominal
m) Epíteto ou expressão nominal
n) Sinônimo
o) Hiperônimo
15 a) Recorrência de termos. b) Paralelismo sintático ou re-
corrência de recursos fonológicos. c) Paráfrase.
16 a) Assinala o argumento mais forte de uma série em que
os argumentos apontam para conclusões contrárias.
b) Assinala o argumento mais fraco de uma série em que
os argumentos apontam para conclusões contrárias.
c) Assinala o argumento mais forte de uma série em que
os argumentos apontam para a mesma conclusão.
d) Assinala o argumento mais fraco de uma série em que
os outros argumentos, implícitos, apontam para a mes-
ma conclusão.
e) Assinala o argumento mais forte de uma série em que
os argumentos apontam para a mesma conclusão.
f) Soma argumentos que apontam para uma mesma con-
clusão.
g) Introduz um argumento decisivo para a série.
h) Introduz uma conclusão para a argumentação realizada.
i) Introduz um reforço para a argumentação anterior.
j) Estabelece uma comparação para valorizar o primeiro
elemento da série e comprovar a argumentação anterior.
redação em prática
1a
parte – Consistência na argumentação
1 Sugestão de parágrafo: A internet é, reconhecidamente,
um canal de informação. Porém, contrariando o pensa-
mento da maioria das pessoas, ela não produz conheci-
mento. É inegável que por meio da WEB se pode, a título
de exemplo, saber tudo sobre a vida de Mozart, mas pou-
co se sabe sobre o músico e sua produção artística. Para
que o conhecimento se dê, essas informações têm de ser
transformadas, função desempenhada majoritariamente
por pesquisadores, que organizam dados em um sistema
estruturado e complexo. Na internet ocorre o inverso: sis-
temas complexos são fragmentados, consultas rápidas a
essas fontes são feitas e assim dificilmente se integra o
intelecto.
2 Sugestão de parágrafo: Acreditar que o desenvolvimento
do gosto pela leitura é uma questão puramente pessoal
e emotiva significa adotar uma postura ingênua em rela-
ção a esse tópico. Campanhas que incentivam a leitura
enfatizando as transformações emocionais ocorridas no
indivíduo leitor são inócuas. Um sujeito não se torna ne-
cessariamente uma pessoa melhor após ler Crime e cas-
tigo. Em nossa sociedade, ler está intimamente ligado ao
quadro político-social vigente. A avaliação subjetiva de
que a leitura é uma forma de redenção individual esbarra
no fato de que o leitor não é um indivíduo desarraigado
de sua condição de classe. A leitura é um direito que deve
ser garantido a todos os indivíduos pelo Estado, sob a for-
ma de bibliotecas públicas, barateamento de livros, entre
outros incentivos.
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GABARITO
9Pré-vestibular extensivo | caderno 2
3 Sugestão de parágrafo: Políticas habitacionais democráti-
cas que atendam aos interesses e aos anseios da popula-
ção moradora de favelas precisam estar necessariamente
comprometidas com a distribuição igualitária da condição
urbana. As políticas implementadas no Rio nos anos 1990,
entre elas o Favela-Bairro, ilustram bem a viabilidade dos
novos modelos habitacionais. A irregularidade das mora-
dias é fruto de um modelo que vigora desde o Estado
Novo, paternalista e autoritário. O século XX tratou o pro-
blema das favelas de dois modos distintos, um absenteísta
e outro autoritário; ambos fracassaram. Sempre ligadas
aos interesses do governo, tais políticas desconsideraram
o papel das famílias que moravam nesses lugares. O reco-
nhecimento da importância desses cidadãos contribui, so-
bretudo, para a prática de medidas ligadas à infraestrutura
e aos serviços básicos.
2a
parte – Uso dos operadores argumentativos
1 A situação dos idosos é marcada por desrespeitos e abusos
que caracterizam a impaciência para com um grupo não
mais considerado produtivo. Diante das constantes injus-
tiças, em 1999, a ONU investiu em medidas no sentido
de garantir, no mínimo, a atenção básica a esse setor da
população. Além disso, ficou claro que precisam ser resta-
belecidos o direito de dignidade e o de participação para
a inclusão dos idosos na vida social. Sem dúvida, eles são
reflexo e afirmação da nossa história, dos nossos valores
e da nossa cultura, e, por isso, devem ser adequadamente
reconhecidos.
2 a) “A atividade física emagrece e é fundamental para o
funcionamento do corpo todo.”
b) – Embora a atividade física emagreça e seja fundamen-
tal para o funcionamento do corpo todo, a dieta ainda
é muito importante para perder peso.
– A atividade física emagrece e é fundamental para o
funcionamento do corpo todo, porém, a dieta é muito
importante para perder peso.
– Outras opções são possíveis.
c) Os conectivos de concessão marcam os argumentos
mais fracos, por isso, sabe-se que, nesse caso, fazer
dieta tem mais relevância que a atividade física. Já os
de adversidade assinalam a ideia mais forte. Além disso,
é preciso lembrar que os elementos de concessivos for-
mam orações subordinadas, e os adversativos, orações
coordenadas.
3a
parte – Construção do roteiro
1 Tese: ver o Brasil por meio de antigos clichês, tais como
“nação do futuro” ou “país de contrastes”, noções já tão
mascateadas, impossibilita que se construa uma avaliação
crítica da vivência nacional. Não analisamos o nosso en-
torno nem construímos, por nós mesmos, uma identidade
brasileira revitalizada, condicionados que estamos a repetir
as expressões desgastadas e usuais.
Antítese: criticar intensamente a realidade encontrada
no país, sem que haja uma reflexão acerca das fontes de
nossas mazelas, é, a seu modo, uma postura tão alienada
quanto a reprodução de discursos ufanistas, por também
estar fundamentada na mera repetição de falas prontas.
A denúncia de uma situação brasileira, quando oca, não
acarreta efeito algum, nem provoca conscientização; per-
de, portanto, seu sentido.
Síntese: um posicionamento unicamente ufanista é pre-
judicial, por tender à limitação; entretanto, colocar-se gra-
tuitamente no papel de censor pouco acrescenta para o
debate acerca das questões cruciais da realidade nacional.
É necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre esses
dois extremos para que, desse modo, a nação sonhada
deixe de ser apenas uma utopia.
análise de texto e fenômenos linguísticos
1 C
2 B
3 A
4 B
5 D
6 C
7 A
8 D
9 B
10 C
11 A
12 D
13 B
14 C
15 B
16 C
Módulo 12
Exercícios
1 C
O texto trabalha com a noção da variação linguística, abor-
dando a variedade referente ao Português brasileiro e ao
Português de Portugal. Além disso, sinaliza a existência
de normas locais cultas e populares. Com isso, objetiva-se
sinalizar que há uma norma brasileira e outra portuguesa,
cada uma com suas particularidades.
2 A
A questão envolve a variação linguística relativa aos fatores
regionais. O enunciado constata que há variação nas pala-
vras empregadas para nomear elementos de acordo com a
localidade.
3 A
O texto trata das variações linguísticas, resultantes de um
processo de regionalização, entre falantes de uma mesma
língua, a Portuguesa. A peculiaridade, dentre as muitas
que sabemos existir na forma de falar dos brasileiros – os
nordestinos que vivem em São Paulo, no caso -, que é re-
tratada no texto e que faz com que possa ser feita essa dis-
tinção, é a forma como se pronunciam as mesmas palavras
por pessoas de origens diferentes. Trata-se da fonologia.
4 D
No início, a menina dirige-se a Hagar de um modo mais for-
mal, como estratégia para que ela seja levada a sério, já que
ela mesma afirma que os adultos não o costumam fazer quan-
do interagem com as crianças. À medida que vai ganhando
sua atenção e confiança, ela deixa aflorar suas emoções e se
impõe, partindo, então, para o discurso informal, o que pode
ser notado pela utilização da expressão “tomar jeito”.
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10 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
5 E
No trecho “Enquanto o racismo que não quer dizer seu
nome continua no Brasil, uma integração real pode come-
çar pela linguagem”, pode-se inferir que ainda há racismo
no Brasil, apesar dos eufemismos que se manifestam na
linguagem, No entanto, uma mudança na forma de se fa-
lar sobre essas questões pode ser o primeiro passo para
mudança nas atitudes.
6 a) Ocorre “balbucio”, na acepção que lhe dá Roland Bar-
thes, em: “Não o MST, a política de assentamento, de
pequena economia familiar.”
b) Os dois complementos utilizados são “saídas” e “um
setor agrícola imenso”. A relação semântica que se es-
tabelece entre eles é que o “setor agrícola” serve de
exemplificação, como uma das várias “saídas” que o
presidente julga haver para o Brasil.
7 a) Tu, que foste hasteado na lança dos heróis após a guerra
da liberdade.
b) O pronome tu, nesses versos de Castro Alves, refere-
-se ao “auriverde pendão”, ao “estandarte”, ou seja, à
bandeira do Brasil. Trata-se de uma apóstrofe (figura
freqüente neste poeta), na qual a bandeira, tratada
como interlocutora do eu-lírico, é personificada. O
emprego do pronome tu, além da personificação, su-
gere proximidade afetiva.
8 a) “... é aplicado uma vez por dia, e em doses pequenas”.
[...] “não apresenta efeitos colaterais”.
b) Produto (mais geral); anti-inflamatório (mais específico).
c) Medicamento e remédio.
9 a) Autor: procura pessoas de nível social, econômico e
cultural superior, deixando entrever que quer auferir
vantagens do relacionamento.
Leitor: mulher casada, sexualmente insatisfeita, tentada
a novas aventuras e cujo universo social e cultural lhe
permita decodificar a mensagem.
b) “te conheceu ele fazia você”: falta de uniformidade na
utilização dos pronomes;
• “à um salário”: não se usa crase antes de termos mas-
culinos;
• “cujo ele só visita”: emprego inadequado do pronome
relativo; repetição desnecessária do pronome pessoal.
• “Eu casado”; “altura de 18 a 45 anos”; “São Paulo/
Capital”; “passagem fazendo”: omissão de vírgulas;
• “estiver por passagem”: preposição usada incorreta-
mente;
• utilização de abreviações, maiúsculas e hífen de forma
inadequada.
c) A terceirização significa, metaforicamente, a busca da
realização sexual fora do casamento, através do adul-
tério, que é um comportamento socialmente discutível.
10 a) O efeito cômico é obtido pela contradição existente em
cada um dos itens: o que se condena é colocado na
própria condenação.
b) 1. Utilização da frase feita “como o diabo foge da cruz”,
exemplo típico de lugar-comum.
2. Os advérbios nunca e sempre implicam generaliza-
ção, o que está sendo condenado.
3. Utilização da voz passiva “deve ser evitada” para
aconselhar que ela não seja empregada.
11 a) “Aí”, “deita e rola”, “está por cima da carne-seca”, “se-
ria um inferno”, “entrar em parafuso”.
b) “Aí” 5 dessa forma, assim, então.
“deita e rola” 5 faz o que quer.
“está por cima da carne-seca” 5 está em situação pri-
vilegiada.
“seria um inferno” 5 seria traumático, difícil.
“entrar em parafuso” 5 perder o controle.
12 a) Vista/visto e evolui/revoluciona.
b) Em (1), utiliza-se a paronomásia (vista/visto) procurando
obter, através da homofonia, uma identidade sonora
para sentidos diferentes (vestir/ver).
Em (4), os termos cognatos – termos que possuem a
mesma raiz – (evolui/revoluciona) são utilizados para
dar uma continuidade sonora (aliteração) a palavras de
conotações diferentes (evolui, mais lento e natural / re-
voluciona, maior rapidez, radical).
13 a) A seleção lexical (cultivar, semear, preservar) está no
mesmo campo semântico e resgata metaforicamente os
elementos da agricultura para se referirem a elementos
culturais que “fazem parte da nossa natureza”.
b) O cultivo de (cultivação de ou cultivamento de) amiza-
des, a semeação de (ou semeadura de) empregos e a
preservação da (preservamento da) nossa natureza.
14 As expressões são “que raio de língua é essa” e “que eu
percebo”. Constituem paradoxo porque ao mesmo tempo
a língua falada pelo grupo soava diferente, mas, por ele
compreender, tornava-se igual à dele.
15 a) “rodar”. Para o patrocinado (o cinema nacional) rodar
indica a produção e exibição de filmes; para o patrocina-
dor (Petrobras Distribuidora) rodar indica o combustível
(tanto para o carro quanto para o cinema nacional).
b) – 1a
leitura: papel importante porque o consumidor
é copatrocinador, isto é, ele financia indiretamente o
cinema nacional ao consumir produtos da Petrobras
Distribuidora.
– 2a
leitura: papel importante porque o consumidor é
personagem que faz parte de uma “trama” que incen-
tiva o cinema nacional.
16 a) O provérbio — tal como vem estruturado — explora re-
cursos sonoros típicos da função poética da linguagem,
a saber:
• cada segmento da oposição estabelecida no enuncia-
do é constituído por um “verso” de sete sílabas;
• no primeiro segmento, explora-se rima toante entre
“fora” e “viola”; no segundo, entre “dentro” e “bo-
lorento”;
• as mesmas rimas citadas são internas;
• as vogais tônicas abertas (ó) remetem à noção de ex-
terioridade; as fechadas (e nasais) reforçam no plano
da expressão a noção de interioridade.
Nenhuma dessas coincidências se dá no texto publicitá-
rio, que lembra o provérbio apenas na estrutura sintática
de duas orações nominais e na antítese entre exteriori-
dade e interioridade no adjunto adverbial de lugar.
b) No texto publicitário, explora-se o recurso semântico da
ambiguidade: a palavra “planta” pode ser interpretada
como ser vivo do reino vegetal e como representação
gráfica de uma construção arquitetônica (lembre-se de
que a mensagem publicitária faz referência a um em-
preendimento imobiliário).
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GABARITO
11Pré-vestibular extensivo | caderno 2
Observação: Vale dizer que a ambiguidade aqui não
é um defeito de construção, mas uma estratégia cons-
cientemente utilizada pelo enunciador para produzir tal
efeito de sentido, conferindo maior expressividade à
mensagem.
17 a) Na onomatopeia cá, cá..., o narrador representa a risada
de quem não está participando da história, no caso, o
leitor.
b) Como o texto trabalha a intertextualidade (o conto do
Aladim), há uma confusão entre o “gênio”, que con-
cretiza pedidos, e o “cliente”, que faz (encomenda)
pedidos.
c) A expressão “três pedidos”, pela ambiguidade que
apresenta no contexto, levando João a inferir que se
tratava de um comprador.
18 a) No primeiro quadrinho, ao usar a expressão “passar
vergonha”, a personagem circunscreve o sentido de
“palavrão” ao de “palavra obscena ou grosseira”. Cria-
-se, assim, a expectativa de que o papagaio utiliza, com
frequência, palavras de baixo calão.
b) O efeito cômico do quadrinho surge do descompas-
so entre a expectativa do leitor em relação a palavras
obscenas e a escolha lexical realizada pelo papagaio.
Palavras como “bocó”, “xixi”, “cocô” e “bumbum” re-
metem a um campo de significado a que expressões
grosseiras habitualmente se associam (xingamentos,
aspectos fisiológicos e partes pudendas), mas que, nas
escolhas do jargão infantil, perde qualquer efeito de
obscenidade. O temor da personagem se concretiza,
ela realmente passa vergonha diante dos amigos, mas
altera-se o motivo: não é a obscenidade, mas a inge-
nuidade das palavras que o envergonha.
19 a) A ironia, percebida apenas se se toma a palavra com
significação de sarcasmo, está contida no trecho “ou
também quando votam?” Ao indagar se não existe tam-
bém a possibilidade de as mães produzirem marginais
por meio do voto, o leitor da Folha está estabelecendo
o pressuposto de que o governador do Rio de Janeiro,
na condição de político eleito, pertenceria à classe dos
marginais.
b) No trecho citado, há inequivocamente uma crítica à
declaração do governador do Rio de Janeiro. No en-
tanto, ela é relativizada, ou seja, atenuada, já que não
se endereça somente a ele. Ao incluir na interrogação
o operador sintático apenas, o enunciador não deixa
de concordar com o que Sérgio Cabral disse, isto é, que
mães faveladas dão à luz marginais.
20 a) A polissemia da palavra “veículo” desencadeia no
contexto uma ambiguidade, responsável pelo efeito
de humor da tirinha. Na fala do garoto, tem o sentido
de “meio” utilizado para a transmissão da cultura.
Na fala de Mafalda, é interpretada com o sentido de
“meio de locomoção” usado para o transporte da
cultura.
b) Sim. O efeito crítico está na denúncia de que a televisão
não atua de fato como meio de transmissão da cultu-
ra, mas como veículo, por exemplo, de ideias ligadas à
banalização da vida pela violência, como sugerem as
onomatopeias do terceiro quadro da tirinha. Por isso,
Mafalda diz sarcasticamente que, se ela fosse a cultura,
saltaria do veículo “TV” para seguir a pé.
21 a) Sim. O advérbio “porventura” está presente em uma
pergunta delicada e retórica. Retórica porque já contém
em si a resposta, isto é, o enunciador não se sente cul-
pado por ter contrariado o pai ao mudar-se para o Rio
de Janeiro, mas se sente afetivamente condoído, daí a
delicadeza. Percebe-se que, na verdade, o propósito do
enunciador é afirmar delicadamente que seu ato foi, no
fundo, motivado pelo próprio pai, ao dar-lhe “o gosto
pela arte” e ao dedicar-lhe “esforços e sacrifícios” que,
por sua vez, geraram a “ambição de glórias futuras” e
a necessidade de mudar-se para o Rio de Janeiro.
b) As duas palavras que atestam mais evidentemente mo-
dificações na língua portuguesa são “cousa” e “vosse-
mecê”, variantes históricas de “coisa” e “você”, respec-
tivamente.
22 D
23 B
24 C
25 A
26 A
27 a) comprão / pagala / dirija-se mossa / escriptorio / duvida
b) compram / pagá-la / dirigir-se moça / escritório / dúvida
28 No 2, trabalhador escravo, não remunerado, portanto.
No 3, trabalhador remunerado, com experiência em car-
teira.
No 4, valorização da aparência física.
29 Ausência de referente (rua, número, telefone).
Presença de personagens (anunciados nos dois últimos
parágrafos).
30 Os dois traços aparecem na paródia do discurso religioso.
A vertente ‘destrutiva’ pode ser observada na descons-
trução do “Pai Nosso”; a ‘construtiva’ fica evidente na re-
construção poética dessa prece, acrescentando-lhe novos
elementos, que garantem a dimensão estética do poema.
31 O autor privilegia o sentido (i), “sentimento de dignidade
pessoal”, na medida em que afirma, repetidas vezes, que
o orgulho tem origem em uma convicção interior dos pró-
prios méritos, do próprio valor.
32 a) “Mas o homem vaidoso deveria saber que a alta opinião
dos outros, alvo de seus esforços, se obtém mais facil-
mente por um silêncio contínuo do que pela palavra,
mesmo quando há para dizer as coisas mais lindas.”
(linhas 10-14)
b) “Não é orgulhoso quem quer; pode-se, no máximo,
simular o orgulho, mas, como todo papel de convenção,
não logrará ser sustentado até o fim.” (linhas 14-17)
33 Com a expressão “esta persuasão”, faz-se referência à con-
vicção que o vaidoso deseja despertar nos outros de sua
superioridade em todas as coisas.
34 Espera-se que o aluno estabeleça articulações lógicas entre
os vocábulos que selecionará nos dois contextos de signifi-
cação – “rios” e “discurso” – e a interpretação construída.
35 a) A expressão “dicionária” pode ser entendida no con-
texto do poema como remetendo ao estado da palavra
antes de seu uso no fluxo da linguagem, quando ganha
vida ao se combinar com outras palavras. “Enfrasem”,
por sua vez, associa-se à noção de interligação. Poços
que se enfrasam são poços que se intercomunicam, que
se inter-relacionam num processo análogo ao que ocor-
re com as palavras no âmbito do discurso.
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12 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
b) dicionária: a palavra “dicionário”, normalmente um
substantivo, é usada como adjetivo, concordando em
gênero e número com o substantivo “situação”. enfra-
sem: a partir de um substantivo, “frase”, criou-se um
verbo, “enfrasar”, pelo acréscimo do prefixo “en-” e do
sufixo “-ar”.
36 Há hoje uma distinção bastante acentuada entre a figura
do proprietário e a figura do administrador. Isso não signi-
fica que o proprietário não possa administrar sua empresa,
mas sim que deve fazê-lo de acordo com técnicas geren-
ciais.
37 No enunciado (a), o verbo poder traz a ideia de ter capaci-
dade, e no (b), de possibilidade.
38 Há (Existe) uma palavra que conheço mas que não consigo
lembrar(recordar).
39 a) Uma das possibilidades de leitura seria considerar o ter-
mo do neurocientista como paciente da ação, ou seja,
nesse caso, o neurocientista foi indicado (indicaram o
neurocientista; alguém indicou o neurocientista), e esse
fato trouxe benefícios para a pesquisa. A outra possibili-
dade seria reconhecer o termo do neurocientista como
agente da ação, isto é, o neurocientista fez a indicação
(indicou algo/ alguém) e essa indicação feita por ele
trouxe benefícios para a pesquisa.
b) A indicação que o neurocientista fez trouxe benefícios
para a pesquisa. / O fato de terem indicado o neuro-
cientista trouxe benefícios para a pesquisa / A indicação
feita pelo neurocientista trouxe benefícios para a pes-
quisa.
40 a) Mantenha-se informado.
b) Não guarde ressentimentos. Desconsidere fatos passa-
dos.
41 Assim como a boa comunicação, o domínio da informática
e de idiomas.
42 a) Viva o povo brasileiro!
b) Depois de duas horas, o operário afinal conseguiu fixar
a viga.
43 a) Dispensáveis
b) Suspeito
c) Maliciosas
d) Ponderadas
44 a) As normas de etiqueta devem ser conhecidas.
b) Deve-se ler sobre estratégias de carreira.
45
Estado
de espírito
Comportamentos
sociais
Providências
práticas
a) Mantenha o
bom humor
a) Procure se
relacionar bem
com todos
a) Compre malas
resistentes
b) Interesse se
pelo novo
b) Cumpra os
horários
combinados
b) Tenha seus
documentos
sempre à mão
46 E
47 a) O termo “bexigas” pode fazer referências a balões de
gás, erupções da pele decorrentes da varíola e parte do
aparelho urinário.
b) O emprego do sinônimo “balão” em “600 balões”.
c) Balonismo.
48 a) Não. “Literalmente” significa rigorosamente. Nenhuma
gíria ou termo conotativo (“dança” em I e “apagadas”
em II) podem ser interpretados com rigor, visto que múl-
tiplas significações sempre estão presentes.
b) “Apagadas”. Há ambiguidade: as mulheres dos diri-
gentes do Kremlin tinham um papel inexpressivo na
sociedade russa (veja o contraste entre Raísa – “ela”,
esposa de Gobartchev – e as esposas dos outros líderes
russos). Além disso, muitas foram assassinadas. Co-
nhecimentos de História auxiliariam na resposta dessa
questão.
49 a) Assim como o aço da navalha,
A tua saudade (também) corta.
b) Haveria prejuízo porque as interjeições “ai, ai” reverbe-
ram o termo “atrapaia”, como verdadeiro eco.
50 O título do poema de Cacaso e seus dois primeiros versos
remetem a um amor predestinado, idealizado. O desejo
de realização desse amor, entretanto, é desmontado pelo
terceiro verso, que traz a contingência da realidade. Essa
ironia destrutiva é característica do discurso paródico.
51 A essência a que se refere o narrador corresponde a uma
visão positiva diante dos fatos. Quanto à variação de for-
ma, a primeira expressão é constituída de um adjetivo
(“estupendo”), a segunda, de um substantivo e um adje-
tivo (“sol glorioso”), e a terceira, de um substantivo mais
locução adjetiva – preposição e substantivo (“delícia de
vida”).
52 a) A passagem em que a percepção do narrador em rela-
ção aos fatos narrados não coincide com a do persona-
gem é a seguinte: “[...] porém outras vezes a natureza
mostrava-se carrancuda”.
b) No sentido literal, a expressão “mau tempo” limita-se a
informar as condições atmosféricas, enquanto, no sen-
tido figurado, indica dificuldades, adversidades de toda
ordem.
Módulo 13
Exercícios
1 D
A imagem mostrando um alto padrão de vida america-
no contrasta com a real condição das pessoas durante a
Grande Depressão. Na foto, uma fila de desempregados
esperando por alimentos mostra a discrepância entre o que
mostra o cartaz e a realidade vivida pela população.
2 B
Abordando a vida de uma criança que tem a marca de um
homem e marca de oficina humana, o fragmento de Morte
e Vida Severina destacado na resposta mostra a condição
árdua em que vive o menino Leandro Pereira Rodrigues,
cuja realidade foi apresentada pela reportagem.
3 A
A questão da escravidão, abordada no poema do poeta
romântico Castro Alves, é retomada de forma a mostrar
uma postura do negro como construtor ativo de sua li-
berdade no texto de Craveirinha, apresentado na letra
A. Nele, o negro – a voz do poema – estabelece uma
interlocução direta com o seu patrão, expondo sua não
aceitação do papel de eterno trabalhador serviçal (força
motriz).
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GABARITO
13Pré-vestibular extensivo | caderno 2
4 E
Para aproximar-se do leitor, os produtores da propaganda
estabeleceram um vínculo pautado na oposição entre o
leitor e os necessitados. Dessa forma, o primeiro teria difi-
culdades para acordar no inverno, já que desfruta de uma
condição agradável e quente em oposição aos necessitados
que não podem dormir dado o frio enfrentado. Esse ponto
de contato objetiva persuadir o leitor, sensibilizando-o a
contribuir em favor dos que não podem também usufruir
de uma cama quentinha no inverno.
5 C
É comum que as campanhas publicitárias destinadas aos
jovens contra o uso de drogas contenham a mensagem
“diga não à droga” ou “diga não às drogas”. Ziraldo dia-
loga com tal enunciado por meio de “não a droga”, sem o
acento grave, mas sem, contudo, impedir a ambiguidade. O
sentido é outro, mas busca objetivo semelhante: fazer com
que recaia sobre o jovem a responsabilidade de escolher o
caminho, uma vez que não é a droga que deve fazê-lo.
6 B
As alternativas presentes na imagem têm por finalidade
desconstruir um pensamento estético enraizado na socie-
dade. Dessa forma, elas fazem como que o leitor procure
rever seus conceitos e aceitar um análise mais sensível em
relação à beleza.
7 B
O texto jornalístico apresenta maneiras ecossustentáveis
em atos simples do cotidiano. Dentre elas, “reduzir a quan-
tidade de calorias, fervendo a água em recipientes tampa-
dos”.
8 C
A alternativa mais coerente é aquela em que se faz a ade-
quada comparação entre os textos, de acordo com os obje-
tivos/intenções de seus enunciadores. Isso necessariamente
sobre uma função da linguagem predominante em cada
um dos textos, as quais são, respectivamente, poética e
referencial.
9 D
Ao elaborar o anúncio, os publicitários se valem da meta-
linguagem quando empregam, conscientemente, a estraté-
gia de negar a característica exagerada a respeito do item
anunciado. Este é o propósito de todo o texto: sinalizar a
postura reguladora do conselho a fim de garantir a credi-
bilidade.
10 E
Na charge, o último estágio de desenvolvimento da evolu-
ção humana é ilustrado por um homem arqueado, diante
de um computador. Sua postura, no contexto da teoria
evolucionista, pode ser interpretada como figura concreta
do tema do retrocesso do desenvolvimento humano. De
outro modo, é possível interpretá-la também em seu senti-
do literal: a posição incorreta do corpo para o uso contínuo
do computador pode acarretar problemas físicos graves à
coluna e vícios de postura corporal.
11 E
O pequeno fragmento do Caderno do professor, editado
pela Secretaria da Educação, associa a busca por exercícios
físicos à moda, que incentiva uma modelagem do corpo
para melhor se prestar ao exibicionismo de uma época em
que “o corpo foi descoberto, despido e modelado pelos
exercícios físicos”. Tomando por base o conhecimento de
mundo, pode-se inferir que esses fins não sejam compatí-
veis com a promoção da saúde, incentivando, ao contrário,
uma série de condutas prejudiciais, tais como a adoção
de dietas não balanceadas, a ingestão de suplementos
nutricionais, de drogas e de hormônios. Exercícios exclu-
sivamente focados no aumento da massa muscular e na
modelagem do corpo também estariam incluídos nesse
contexto. Apelando para essas ilações e referências cultu-
rais, pode-se sustentar a correção da alternativa E.
12 A
Afirma-se que a dança integra o folclore de um povo.
Considerando-o como referente às tradições de um povo,
expressas nas lendas, crenças, canções e costumes, é ne-
cessário, então, assinalar a alternativa que explicite a correta
caracterização da dança como elemento folclórico. Isso sig-
nifica que, por meio da dança, pode-se externalizar o modo
pelo qual determinado povo se relaciona com o mundo.
13 B
O texto pretende mostrar que houve modificações no con-
ceito das lutas e das artes marciais, que originalmente se
vinculavam às necessidades da guerra ou representavam
uma filosofia de vida. O enunciado assinala que as lutas
têm sido usadas de modo inadequado e cabe ao candidato
identificar entre as opções aquela em que se ressalta a
verdadeira concepção de luta, que se opõe ao uso que se
tem feito dela na atualidade.
14 E
A resposta a essa questão depende de inferências feitas a
partir do texto. O autor apresenta as variadas formas de
dança de diferentes povos, as quais podem se transformar
devido às influências de outras culturas, ou devido à mu-
dança dos tempos. Além disso, ele afirma que qualquer
indivíduo pode dançar, não havendo pré-requisitos espe-
cíficos.
15 B
Essa alternativa demonstra, por meio da linguagem conci-
sa, a rapidez imprescindível de que este tipo de comunica-
ção necessita, visto que simula uma conversa direta e em
tempo real.
16 C
A partir da análise dos textos verifica-se que a única men-
sagem que não necessita de auxílio da falada é a figura 4,
pois os símbolos já estão explicados na figura pela escrita.
17 A
Os participantes de um chat são pessoas aleatórias que
podem se identificar ou não, sem determinação etária para
isso, em tempo real.
18 E
O hipertexto apresenta uma concepção de que a leitura é
resultado da interação autor – texto – leitor. Assim, cabe
a este não só captar intenções do autor, mas construir
sentidos. Essa autonomia é garantida pelo hipertexto.
19 E
A questão pede que se associe o Twitter à concisão, sua
característica mais evidente, que permite tratar dos mais
diversos assuntos, com os mais variados objetivos: provo-
car humor, informar, fofocar. Como o limite dos textos é
de 140 caracteres, torna-se indispensável desenvolver a
expressão clara e compreensível das ideias.
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14 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
20 D
O texto afirma que as novas bases tecnológicas que foram
criadas estão presentes em todos os meios produtivos da
atualidade. A expressão “Divisão Digital” que acompanhou as
TIC (tecnologias de informação e comunicação) faz referência
às diferenças sociais, tanto que um dos seus outros nomes
entre os traduzidos para o português é “Exclusão Digital”.
21 A
Percebe-se pelo texto a possibilidade de criar e de recriar
informações para o site em questão, o que pode provocar
a aquisição de informações verdadeiras ou não.
22 C
O texto serve de exemplo para a nova forma de comu-
nicação, geradora da chamada cultura “blip”, por meio
da qual as informações servem de base para o universo
comunicativo instaurado. Da união entre público e privado,
reinventa-se a privacidade.
23 D
Com o advento da explosão da informação a partir da se-
gunda metade do século XX, houve uma ampliação da difu-
são de conhecimento. Assim, há uma maior troca de ideias
de forma híbrida entre diferentes culturas, visto a facilidade
proporcionada pelos meios de comunicação que surgiram
na época. Com isso, há uma maior disseminação de infor-
mação de forma mais democrática e interativa.
24 D
A partir da leitura do infográfico, é possível perceber que
a amizade assimétrica, por não ser regulada pelo filtro do
mútuo conhecimento facilita a interação entre pessoas e a
criação de novos amigos. Assim, fica caracterizada a opo-
sição amizade simétrica - em que a reciprocidade reduz
chances de conhecer novas pessoas - e a amizade assi-
métrica - em que a ausência de reciprocidade possibilita
ampliar o rol de amigos.
análise de texto e fenômenos linguísticos
1 B
2 B
3 D
4 D
5 B
6 C
7 D
8 C
9 a) A representação é a de que o dicionário é um auxí-
lio para os ignorantes, ideia contida na expressão “pai
dos burros”. Ela é inadequada, porque o vocabulário de
uma pessoa, por mais culta que seja, sempre é extre-
mamente inferior ao número de palavras que um bom
dicionário comporta, portanto ele também é um auxílio
importante para as pessoas que não são ignorantes.
b) O termo “pra burro” pode ser lido como uma expressão
idiomática, que vale como adjunto adverbial de intensi-
dade e que visa assim a enfatizar as qualidades do dicio-
nário. O que produz humor é a possibilidade de outra
leitura da expressão, como indicadora do leitor adequado
a esse dicionário. Quebrando-se, portanto, a expectativa
e gerando comicidade, chama-se a esse leitor de burro.
10 a) Para Mafalda, o termo “estrangeiro” tem como refe-
rência qualquer país que não seja o dela; para Mano-
lito, o país onde está quem não nasceu nele. A garota
analisa o termo a partir de sua perspectiva exclusiva,
por isso sua pátria não pode ser em hipótese alguma
um país estrangeiro. O garoto, em contrapartida, en-
tende a palavra também a partir da perspectiva de
quem não é nascido onde está. Assim, para Mafalda,
tudo o que está na pátria não é estrangeiro; para Ma-
nolito, pode ser.
b) No primeiro quadrinho, o artigo “o”, em “o país”,
especifica o substantivo, determina-o como o local de
origem de Mafalda. O mesmo se dá no terceiro quadri-
nho, com o emprego do pronome “este”, que se refere
ao país da personagem, ou seja, à sua pátria. No segundo
quadrinho, o artigo “um”, em “um país estrangeiro”,
indetermina o substantivo, indicando qualquer país que
não seja a pátria. Por isso é que a personagem diz que o
país dela não pode ser um país estrangeiro.
11 a) Como consideração inicial, convém ressalvar que a
expressão “um interessante paradoxo” está inscrita
numa transcrição literal da pesquisa da socióloga Bianca
Freire-Medeiros. Por isso, pressupõe-se que o parado-
xo seja sua opinião, e não do articulista Carlos Haag
(enunciador do texto). O primeiro parágrafo estabelece
uma oposição explícita entre escassez e abundância,
confortos (consumo) × a privação disso. O paradoxo,
portanto, é estabelecido por meio do confronto entre
ser e parecer: o turista constrói um parecer de que ele
mudou sua escala de valores, por ser capaz de “dar
valor ao que realmente importa”. Entretanto a socióloga
afirma que não houve essa transformação, uma vez que
o turista, ao tomar contato com a miséria característica
das favelas, reforça “as vantagens, os confortos e os
benefícios do [seu] lar”.
b) Eis uma das várias respostas possíveis: Um guia relatou,
interpelando o interlocutor, que o turismo na favela é*
um pouco invasivo porque se anda* em ruas estrei-
tas, e os moradores deixam* as janelas abertas. Disse
também que havia turistas inconvenientes: observavam
indiscretamente o interior das casas, atitude bastante
desagradável. O guia acrescentou que já tinha aconteci-
do/acontecera algo similar com um colega de profissão:
uma moradora estava cozinhando no fogão, que ficava
ao lado da janela, e um turista tinha passado/passara,
tinha posto/pusera a mão pela janela e tinha aberto/
abrira a tampa da panela. Ela, enfurecida, tinha batido/
batera na mão dele.
Obs.: *o presente do indicativo, nesses casos, indica
ação de duração costumeira e não admite distinção
nítida entre anterioridade e posterioridade.
12 a) As imagens ajudam a distinguir os sentidos que o termo
polissêmico “globo” assume na propaganda. A repre-
sentação esférica do planeta é associada ao periódico,
pois a América do Sul está coberta pela primeira página
do jornal. Portanto o trecho “o GLOBO é avançado”
deve ser lido em sentido metafórico, relacionado aos
temas figurativizados pela imagem da esfera (globa-
lização, maior integração entre as nações, avanços
científicos e tecnológicos). Já a imagem em formato
cúbico figurativiza o modo conservador de ver o mun-
do, o que se reforça pelo termo “quadrado” — que na
língua corrente significa “retrógrado”, “antiquado”.
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GABARITO
15Pré-vestibular extensivo | caderno 2
b) A propaganda investe no jornal a qualidade de ser pro-
gressista, pois afirma que, se estivesse envolto por um
mundo retrógrado, ainda assim “O GLOBO” superaria
as limitações de seu tempo e estaria à frente dele.
13 a) A personagem que defende o acordo ortográfico tem
por base o pressuposto de que ele instaura a padro-
nização da língua, a unificação do idioma. Na prática,
isso significa que, por força do acordo, a língua portu-
guesa passaria a ser falada da mesma maneira em to-
dos os países lusófonos. Tal pressuposto é inadequado
porque não se trata de unificação do idioma, mas da
unificação das normas que regem a grafia das palavras
do idioma.
b) Na tira, o pressuposto é efetivamente quebrado. Com
efeito, um livro, editado em Portugal e apresentado como
já adaptado às normas do acordo, traz peculiaridades de
linguagem que prejudicam sua compreensão por um
brasileiro. O próprio personagem que defendia o acordo
não sabe o que é “bica” e “peúgas”. Ou seja, o acordo
ortográfico não unifica o idioma.
14 a) Considerando que a carne de gato é bastante semelhan-
te à de lebre, mas de qualidade inferior, duas paráfrases
possíveis seriam: “Não adquira um produto de qualida-
de inferior crendo que é superior” ou “não adquira um
produto guiando-se apenas pela aparência”.
b) A expressão idiomática “Não leve gato por lebre” alerta
para o risco de o consumidor se deixar iludir e adquirir
um produto que aparenta ser de qualidade superior,
mas na verdade não é. Ao afirmar que “Só Bom Bril é
Bom Bril”, a propaganda manifesta que nenhum outro
produto se iguala a “Bom Bril” (lebre), sendo os de-
mais de qualidade inferior (gatos). Pode-se considerar
também que o termo “Bom Bril” — por um processo
metonímico em que o nome de uma marca é usado
para designar o produto, tal qual em Gillete, por exem-
plo — é comumente usado para referir-se ao produto
“palha de aço”, qualquer que seja sua marca.
Assim, a propaganda também lembra o consumidor de
que imitações (gatos), apesar de comumente chamadas
de “Bom Bril”, não têm a qualidade do verdadeiro Bom
Bril (lebre).
Módulo 14
Exercícios
5 A visão do autor é, simplesmente, mostrar um grupo que
tem preferências contrárias ao grupo da maioria. Escolhe
um termo que causa um estranhamento, mas totalmente
pertinente pelo contexto.
6 Proporcionar uma quebra na leitura padrão e provocar uma
reflexão maior no leitor.
7 a) O “mas”, do 1º parágrafo, e “evidentemente”, no início
do 2º parágrafo.
b) Primeiramente, fazer o leitor aderir à leitura; por isso,
aproximando-se na linguagem. Em seguida, o autor
trata o assunto com mais seriedade e a análise passa a
apresentar elementos racionais.
8 Uma saudação “religiosa” a uma festividade popular. Tratar
algo simplista de forma mais elevada.
9 Com a colocação dos artigos definidos, passou-se a especi-
ficar mais os substantivos em questão. Com isso, houve uma
mudança radical de sentido. Na primeira sentença, colocava-
-se apenas uma caracterização do termo “franzinos”.
redação em prática
1a
parte – Construir a interdisciplinaridade e a proposta
de intervenção
1 a) O esquema deve ser feito com sugestões interdiscipli-
nares para ajudar na fundamentação dos parágrafos.
– O Brasil tem uma formação histórica que deixa o po-
der político na mão de poucos, muitas vezes coronéis,
o que não facilita uma atuação na esfera pública em
favor dos marginalizados.
– O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir
a escravidão e, quando o fez, não tratou da questão
social. Novos cidadãos não tinham espaço no âmbito
econômico.
– Nunca foi feita a reforma agrária no país, e o latifúndio
sempre foi priorizado. A divisão do país em algumas
capitanias hereditárias é uma prova disso.
– A economia brasileira se baseou, durante a coloniza-
ção, na monocultura agrícola. Isso provocou um atraso
na industrialização e uma escassa oferta de empregos.
– Dentro de um contexto de economia mundial, o Brasil
ocupou durante muito tempo uma posição de forne-
cedor de mão de obra barata e de não exportador ou
produtor de tecnologia. Com isso, a produção de ri-
queza não foi satisfatória, pois o país sempre precisou
importar tecnologia, gastando muito dinheiro com o
comércio desse produto.
Obs.: Mais ideias podem ser produzidas, tendo em vista
que a interdisciplinaridade deve estar sempre em função
da abordagem do tema e da argumentação.
b) O Brasil tem seus alicerces fundacionais baseados na
exclusão da maioria de todas as esferas que poderiam
proporcionar um certo nivelamento social. No âmbito
político, o coronelismo concentrou o poder de deci-
são na mão de poucos. Além disso, a concentração de
terras, que tem sua origem no sistema de capitanias
hereditárias em que o país estava dividido entre poucos
mandatários, perpetuou-se. Fatos históricos como esses
acarretaram uma exclusão clara e ajudaram a manter a
pobreza no país.
c) O país tem uma permanente dificuldade de produzir
riqueza. Com um passado agrário monocultor e uma
inserção na economia mundial baseada no forneci-
mento de matéria-prima, o Brasil não conseguiu, por
muito tempo, criar um fluxo de capital favorável com
o intuito de enriquecer a nação. Sem produzir bens
que agreguem valor realmente significativo, como
tecnologia de ponta, o país teve problemas, durante
várias décadas, para fazer a economia crescer. Isso
provocou uma escassez de recursos para a distribui-
ção, ajudando a perpetuar um contexto de pobreza
e miséria.
d) Em um contexto de grave miséria e desigualdade, me-
didas de efeito imediato são importantes para ame-
nizar uma necessidade latente, e decisões de alcance
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16 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
estrutural são fundamentais para a resolução definitiva.
Um acompanhamento social, tendo em vista a assis-
tência alimentar e médica, é importante para combater
o problema da fome, pois essa atrapalha a educação
por motivos biológicos. Além disso, investimentos em
produção de tecnologia, a partir de cursos técnicos
em zonas periféricas, são necessários para solucionar
a questão a longo prazo.
2 Quanto à construção do argumento, é importante que o
aluno reconheça que a ideia central do parágrafo – a ca-
pacidade, inerente à religião, de compreender o mundo
– não é bem trabalhada e, principalmente, não chega a
ser fundamentada. Assim, a interdisciplinaridade, que seria
importante para a fundamentação também, não recebe a
atenção que poderia ter recebido, de modo a explorar a
essência de tal recurso. Sugestão de parágrafo: A religião,
importante ao homem por trazer explicações a fenômenos
tanto objetivos quanto subjetivos, criva-se como essencial
não apenas em momentos de crise. Seja na Grécia Antiga
– quando, no apogeu da civilização, o politeísmo assume
grande peso –, seja nos dias atuais – em que a contempo-
raneidade é traduzida pela multiplicidade de crenças –, a
religião representa, ao indivíduo, a possibilidade de com-
preensão do mundo. Nesse sentido, de filósofos gregos e
troianos aos norte-americanos e japoneses, a coerência
religiosa é mais do que uma opção, é uma faculdade ine-
rente à humanidade.
3 a) Não. A conclusão não propõe uma intervenção eficaz
por não trazer uma problemática formulada. Isso quer
dizer que nem todos os temas exigem uma proposta de
intervenção, por não formularem, de fato, um conflito.
b) Sugestão de respostas: Situação-problema: A multipli-
cidade que marca a cidade traduz a impossibilidade de
formulação de uma identidade específica.
Solução: A identidade de uma determinada cidade não
precisa ser, por essência, homogênea e uniforme.
4 Para, enfim, desenvolver uma noção ativa de cidadania, o
povo brasileiro precisa refletir sobre dois graves problemas:
a importância dos investimentos em saúde e em educação
e o senso de liberdade cívica. O cidadão não precisa ser
substituído, mas alimentado, educado, instruído. A liber-
dade cívica exige como contrapartida o senso de liberdade
do outro. Logo, a prioridade deve ser a construção de um
aparato público em que a essência do governo democrático
possa conciliar os interesses divergentes. A ausência da cul-
tura cívica compromete o exercício dos direitos políticos, e
o cidadão político só é eficaz quando se apoia nos ombros
do cidadão civil.
2a
parte
Coletânea texto 1: a primeira coletânea nos mostra que,
contrariando aspectos históricos brasileiros, o crime deixou
de ser “coisa de pobre”. Anteriormente, verificava-se uma
maior incidência na taxa de criminalidade entre a popula-
ção mais pobre da sociedade. Hoje em dia, no entanto, o
que se verifica é uma “democratização” das cadeias, com
a presença, cada vez mais evidente, de presos oriundos
da classe média. Ainda de acordo com o texto, isso se
justificaria pelo desejo insaciável dos jovens de consumir,
o que os leva a cometer pequenos delitos. Além disso,
há, na prática desses crimes, um teor de exibicionismo e
de demonstração de poder. O sentimento de frustração,
muitas vezes em não conseguir manter o padrão de vida
da juventude leva a população da classe média a uma sen-
sação de frustração e impotência, mais uma justificativa,
ainda segundo o texto, para o ingresso da classe média no
mundo do crime.
Coletânea texto 2: a charge presente no segundo texto da
coletânea ratifica a ideia defendida no primeiro texto
de que o crime, nos dias atuais, não se limita à classe mais
baixa da população. Isso se verifica pela caracterização
do personagem à esquerda do quadrinho, de bermuda,
chinelo e gorro representando a classe baixa da população,
que chega para assaltar o menino rico, de classe média,
caracterizado pelos bolsos cheios de dinheiro. Ao abor-
dar a “vítima” a ideia é confirmada na medida em que
o garoto classe média também apresenta uma arma e se
mostra habituado à situação, pois além de considerar o
assaltante um “colega de trabalho” lida de forma natural
com a abordagem do criminoso. O aluno deve perceber
a importância da observação de pequenos detalhes para
interpretar de forma completa a mensagem expressa em
charges e caricaturas.
Tese: ao contrário do que se pode imaginar, o alto índice
de crimes praticados pela classe média não está ligado à
busca por bens materiais, mas mais do que isso, é devido
a uma destruição dos valores familiares e educacionais, o
que gera uma insatisfação permanente e um desejo de
transgressão.
Argumento 1: o aluno pode abordar o argumento da en-
trada da mulher no mercado de trabalho como causa para
uma nova formação familiar: a mulher, ausente, transfere
o papel de mãe para empregados e outros membros da
família. Neste parágrafo, o aluno pode recorrer a uma in-
terdisciplinaridade histórica, ilustrado seu argumento com
a luta feminista por igualdade de direitos.
Argumento 2: o jovem busca, inevitavelmente, o ca-
minho mais fácil para alcançar seus objetivos. O aluno
pode abordar a ideia de que o crime traz efeitos imediatos
e esse imediatismo, muitas vezes, transgride leis e cria
uma sensação de poder diante do mundo. Aproveitando
a ideia do imediatismo, o aluno poderá recorrer à litera-
tura para sua citação interdisciplinar, como o carpe diem
por exemplo.
Argumento 3: neste parágrafo, o aluno poderá ratificar
sua tese e para isso questionar como duas realidades tão
diferentes (o rico e o pobre) conseguem uma interação,
ainda que no mundo do crime. Isso pode ser justificado, por
exemplo, por meio do desenvolvimento de um argumento
que defenda a ideia de que o jovem, ao ingressar no mundo
do crime, está, de fato, interessado no diferente e não na
aquisição de bens materiais. É a busca pela ausência, pela
falta e, ao mesmo tempo o oferecimento de outra realidade
que permite a interação entre realidades tão diferentes.
Como proposta de intervenção para a conclusão, o aluno
poderá desenvolver uma das ideias abaixo:
– reavaliação da estrutura familiar;
– não favorecimento da classe alta no momento da aplica-
ção de penas para os delitos cometidos;
– despertar a consciência de que o foco do problema não
está apenas na classe menos favorecida, e adotar, assim,
medidas educacionais que busquem atingir também a
classe média.
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GABARITO
17Pré-vestibular extensivo | caderno 2
análise de texto e fenômenos linguísticos
1 B
2 D
3 B
4 A
5 C
6 D
7 D
8 C
9 A
10 B
11 D
12 A
13 A
14 C
15 C
16 D
17 C
18 C
19 A
20 B
21 C
Módulo 15
análise de texto e fenômenos linguísticos
1 B
2 C
3 D
4 A
5 A
6 C
7 A
8 B
9 C
10 C
11 D
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13 D
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20 A
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análise de texto e fenômenos linguísticos
1 B
2 C
3 D
4 A
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6 B
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  • 1. 1 GABARITO Pré-vestibular extensivo | caderno 2 | manual do Professor gABARITo Língua Portuguesa II Módulo 8 aplicação da teoria 1 A) Referência filosófica/histórica. B) Dados estatísticos. C) Base histórica. D) Questionamento. E) Flashes. F) Tradicional. 2 A) Questionamentos. B) Flashes. C) Tradicional. D) Tradicional. E) Abordagem histórica. 3 Pontos positivos: a redação apresenta uma introdução bas- tante criativa. Utiliza-se a ironia como forma de criar uma expectativa surpreendente no leitor. Pontos negativos: a redação é deficiente na argumentação e na defesa de ideias. Exercícios 1 Tema: democracia e desigualdade no Brasil. Estratégia: contextualização do tema com abordagem his- tórica. 2 a) No Brasil, não tenhamos dúvida, vivemos uma espécie de esquizofrenia, pois a imagem feminina oficial nunca coincide com a real. b) Nessa realidade, todos garantem sua segurança como podem, comprando armas, planejando roteiros, evi- tando sair de casa. Afinal, ninguém quer ser vítima da violência. c) De que adianta a pura consciência individual se o siste- ma não vê obstáculos para sua expansão destruidora? redação em prática 1a parte – Relação entre tipo de tema 3 estratégia de texto 1 A configuração social é, portanto, caracterizada pelo para- doxo fundamentado na Antiguidade Grega. Se, de um lado, tem-se a civilidade aparentemente instituída, por outro, vê- -se a barbaridade cotidiana em processo de banalização. Nesse contexto, civilização passa a ser sinônimo de barbárie inerente, em função do panorama social. Das aparências às certezas, certo é que o cenário atual será páginas de livros futuros fundamentais para o estudo da História – intitulados “A História da Civilização Decapitada”. 2 a) O tema avaliado é subjetivo, uma vez que trabalha com noções da ordem sentimental humana – noções essas oscilantes de acordo com as experiências pessoais. b) As palavras-chave do tema são “amar”, “compaixão” e “verdade”, já que há uma conceitualização dos senti- mentos amor e compaixão, relacionando-os ao estatuto de verdade. c) Para concluir o texto, o autor utiliza uma técnica se- melhante à proposta de intervenção – um dos critérios essenciais ao ENEM. Entretanto, essa estratégia é indi- cada somente a temas objetivos, que admitem soluções de aplicáveis e práticas à problemática. Como o tema em questão é subjetivo, a intervenção não é indicada, pois assuntos abstratos não podem ser definidos nem solucionados de forma geral. 2a parte – Criação de introdução e conclusões 1 a) Palavra é, em sua natureza etimológica, a unidade que, por meio de sua expressão, constitui valor semântico va- riável de acordo com a sociedade em que se apresenta. Nesse sentido, mantendo diálogos com as culturas de determinados povos, esse vocábulo torna-se respon- sável pela comunicação e expressividade humanas. Da literatura a conversas cotidianas, a palavra comporta-se, dessa forma, como a tradutora da arte antropóloga. b) “Palavras apenas, palavras pequenas”. Em sua arte, Cás- sia Eller canta uma aparente inexpressividade das pala- vras, que mascara o seu influente poder de expressão. Nessa dicotomia, qual é a verdadeira realidade inten- cional de um simples vocábulo? Eles não são somente um amontoado de letras? Ou será a palavra apenas um meio de comunicação social? Ela é, sem dúvida, o veí- culo milenar responsável pela integração humana. 2 a) Com base na Tese I, elabore: – Uma Introdução por situação concreta. Passos rápidos denunciavam a pressa para chegar ao destino. Depois passaria no supermercado, esquentaria o jantar congelado e ainda mandaria o relatório para o email do chefe, mas isso só depois da academia. Com a absorção de novos papéis e sua entrada no mercado de trabalho, cenas como essas tornaram-se comuns na rotina de muitas mulheres. Isso é apenas a prova de que a representação sobre elas hoje não segue o mes- mo padrão de antes, visto a sua superação dos antigos modelos e a inauguração de novos padrões. – Introdução por contextualização histórica. Uma passeata de donas de casa pelas ruas revelava mui- to mais que uma greve de aventais. O ano? Década de 1968. O movimento? Feminista. As reivindicações não passavam de meras solicitações por direitos iguais entre os sexos, mostrando que a herança da saga feminina é muito mais do que o cheiro de comida vindo da co- zinha. Com a absorção de novos papéis e sua entrada no mercado de trabalho, a mulher conseguiu superar ainda mais a existência de antigos modelos e inaugurar outros, reinventando sua posição social. b) Com base na Tese II, elabore: – Uma introdução por flashes. Saltos altos às ruas, em protestos. Aventais nas cintu- ras, em casas. Telefones à espera, em escritórios. Esses são os antagonismos que compõem o cenário moderno das mulheres, acompanhadas por desdobramentos em dupla jornada. Porém, o que não aparece nesse mesmo ambiente é o reconhecimento do papel feminino na sociedade contemporâneo. Das panelas aos escritórios, o quadro atual é marcado por preconceitos e limitações impostas por pressupostos anacrônicos. – Uma conclusão por ressalva. Nesse sentido, observa-se que os anseios da mulher atual são limitados muito mais pelo preconceito da sociedade do que por sua própria capacidade, que é inegável. A associação automática de determinados ícones à figura 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 1 2/28/14 10:40 AM
  • 2. 2 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 feminina colaboram ainda mais para esse posicionamen- to. Afinal, não há quem faça um almoço tão bom e cuide tão bem da roupa do filho e marido. Contudo, até que ponto não estará a mulher inserida nessa ideologia des- crente de suas próprias capacidades por causa de uma herança anacrônica? Resta a ela tentar ver além do pano de fundo imposto por esse cenário histórico. c) Com base na Tese III, elabore: – Uma conclusão com pergunta reflexiva. Sendo assim, a situação contemporânea da mulher apresenta o paradoxal encontro entre a mudança e a estabilidade. Alguns modelos foram ultrapassados, outros permanecem, mostrando que há possibilidade de coexistência pacífica entre os dois extremos. Afinal, não será exatamente o equilíbrio de posicionamentos o ideal buscado pela contemporaneidade? – Uma conclusão por proposta de intervenção. O quadro atual é pintado, portanto, por tintas e co- res diversificadas em sua essência, que traçam uma fotografia bipolar. De um lado, vê-se um cenário de estabilidade conduzido por tradicionalismos; do outro, tem-se um panorama marcado de mudanças traduzi- das por inovações. Para que essa oscilação seja marca apenas do passado, é preciso a reformulação do con- ceito único de família patriarcal. Com isso, por meio do reconhecimento da figura feminina como ativa desde o início da aprendizagem humana, é certo que as pró- ximas gerações a tratarão como uma projeção artística da superação humana. 3a parte – Uso de imagens / recursos do “texto-Circuito” 1 As produções cinematográficas são, portanto, projeções e representações sociais, não só com o objetivo de espe- lhar o contexto no qual se insere, mas também com o de traduzir os desdobramentos humanos. Da objetividade à subjetividade de sua apresentação, o cinema passa a ser sinônimo de funcionalismo: ao apresentar o homem junto à sociedade, descreve-os. Assim, tanto a mimesis quanto a catarse são consequências preestabelecidas e vislum- bradas. É provável, portanto, que os irmãos Lumière não visualizavam a projeção que esse meio de interação social poderia comportar. Acendem-se as luzes. Comentam-se entre as poltronas. Sobem os créditos. 2 a) Os elementos semânticos foram os que fazem referência ao cinema, não só como arte, mas também como local de entretenimento. Podemos destacar, nesse sentido, os trechos: “Sala escura. Plateia em silêncio. Começa a projeção” ; “Cena 1” ; “Cena 2” ; “grande tela”. b) Tese: Valores humanistas, éticos e universais podem ser construídos em detrimento da simples preservação humana. A1: (causa e consequência) A possibilidade de trocas culturais intensas acarreta a identificação com as mais diversas representações simbólicas da humanidade e a necessidade de erguimento de diretrizes tolerantes e democráticas. A2: (contra-argumentação) Em um contexto pós-mo- derno muitos acreditam na necessidade de relativização absoluta de valores éticos e que a condição individual deveria ser privilegiada. Entretanto, essa aceitação ampla e irrestrita de representações provoca, necessa- riamente, a tolerância de atos intolerantes e a própria condição íntima é ameaçada. Estratégias para o texto circuito: a) Introdução: o texto circuito, nesse caso, seria conse- guido a partir da imagem do quebra-cabeça. A visão de um jogo aparentemente fragmentado e disperso seria utilizada nesse primeiro parágrafo. b) A1: junto com esse argumento seria posta a ideia de que as peças do jogo podem se encaixar. c) A2: a ideia de que as peças vão formando um todo a partir do encaixe seria trabalhada. d) Conclusão: retomando a ideia da introdução, a concep- ção do quebra-cabeça que aparentemente é um jogo picotado e na verdade é formado por um todo hetero- gêneo e diverso seria afirmada. 3 Os japoneses glorificam a comemoração de 80 anos. Os indianos, a de 60. Já os brasileiros idolatram a de 100 anos. Atravessando séculos e gerações, o culto clássico à velhice, portanto, marca a maioria das nações. Assim, por mais que a condição física dos idosos não colabore inteiramente para a sua interação social, essa parcela da população, com seu acréscimo de sabedoria, faz valer a sua figuração. O conhecimento dos mesmos, desse modo, não se limita às problemáticas sociais e físicas, estendendo as suas palavras do pretérito perfeito ao mais-que-perfeito. A velhice perde, então, o estatuto de preterida, e ganha o de preferida. análise de texto e fenômenos linguísticos 1 B 2 A 3 B 4 D 5 D 6 C 7 B 8 A 9 C 10 C 11 B 12 D 13 D 14 A 15 C 16 A 17 C Módulo 9 redação em prática 1a parte – Estratégia de introdução e de conclusão 1 a) O autor focou-se em uma ilustração do cenário de he- róis brasileiros por meio da enumeração de diversos ícones. O recurso acabou não sendo eficiente, pois foi utilizado durante todo o parágrafo, não deixando es- paço para que fossem cumpridas as demais funções da introdução. Pode-se dizer também que o fato de o recurso ser usado exageradamente pode deixar o texto cansativo e que a presença da sonoridade das rimas descaracteriza o tom dissertativo. b) A tese foi apresentada ao final do parágrafo. No en- tanto, pode-se dizer que ela não foi apresentada de 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 2 2/28/14 10:40 AM
  • 3. GABARITO 3Pré-vestibular extensivo | caderno 2 maneira forte, pois apenas se afirmou um dos pontos propostos pelo tema, sem apresentar uma ideia dife- renciada com relação ao posicionamento escolhido. c) A figura do herói nacional criada pelo Romantismo no século XIX não se ateve ao seu tempo. Analisando a imagem do índio guerreiro, passando pelo grito de independência de D. Pedro I, e seguindo por tantos ícones cujos brados, mortes e vitórias – de Getúlio Vargas a Pelé – marcaram a nossa história, percebe- -se uma nação construída por heróis. Algumas vezes nos restam as cinzas de um herói desacreditado, em outros casos a esperança de um novo ícone. É impor- tante perceber, no entanto, que a presença de tantos mitos icônicos, apesar de ilustrar a história de nossa sociedade, afirma a inconsistência de uma nação frágil e volátil. 2 a) Tema: A relação do homem com os conflitos cotidia- nos e a sua capacidade de criar mecanismos de defesa. (mais amplo) Tema: As mudanças sociais interferem no desenvolvi- mento de novas doenças e no crescimento da indústria farmacêutica. (mais específico) Tese: A presença de no- vas doenças e males sociais se deve a uma sociedade frágil e desesperançosa. É possível estabelecer outros temas e teses, desde que coerentes com a discussão a respeito do conteúdo dos parágrafos. b) São utilizadas palavras do mesmo campo semântico, referentes à guerra. Esse recurso contribui para o texto como um todo, pois dá coerência e coesão ao encadea- mento de ideias, gerando o “texto-circuito”. c) A proposta não é eficaz, porque ela indica que os mé- dicos devem alertar a população, mas não aponta de forma prática e concreta como isso pode ser feito. d) • A dificuldade humana em lidar com os conflitos co- tidianos faz com que os indivíduos se entreguem a novas doenças sociais. • O surgimento de novas doenças está diretamente re- lacionado às transformações sociais, que geram novos conflitos e, logo, novas necessidades. 2a parte – Consistência argumentativa 1 Em uma sociedade que combina o domínio da propaganda e das instantaneidades, tudo se torna compacto e subme- tido ao ato de compra e venda. – Na sociedade regida por propagandas, todos os elemen- tos da vida de um indivíduo tornam-se capazes de propa- gar sua imagem diante do meio em que vive. – Outras respostas são possíveis. 2 Assim como o teatro abre suas cortinas para apresentar um espetáculo a ser adorado e aplaudido pelo público, os indivíduos constantemente expõem suas vidas em palcos, como meio de propagandas de si próprios, ilustrando para a sociedade suas ideias, suas relações e suas características pessoais. 3 As relações subjetivas do indivíduo com o outro e do indi- víduo consigo mesmo acabam sendo materializadas, como reflexo de uma sociedade em que tudo se torna objeto passível de venda. Os indivíduos, por influência das campanhas publicitárias, deixam de avaliar suas reais necessidades e desejos, tor- nando-se o consumo um meio de controle e de alienação. Cria-se uma comparação entre os indivíduos e uma con- sequente padronização dos objetivos materiais que esses devem atingir em suas vidas. Outras respostas são possíveis. 4 Percebe-se, portanto, que a propaganda é a forma mais direta e eficaz de se vender produtos e ideias a um indi- víduo. No entanto, não se pode esquecer que não só de bolsos e matérias são feitos os homens, mas principalmente de anseios, desejos e necessidades subjetivas. Esses não podem ser superados pelo materialismo, cabendo a cada ser humano a consciência crítica e o autoconhecimento para se avaliar diante da realidade publicitária. Assim, não importa que a propaganda seja a alma do negócio, e sim que a sensibilidade individual seja os olhos da alma e que a alma seja, por vezes, olhos cegos ao consumo. 3a parte – Análise de texto argumentativo 1 Convém destacar, ainda, que a necessidade da hora marca- da e o temor do envelhecimento fazem com que o homem viva em um paradoxo: é preciso rapidez para o correr das ações, porém a passagem do tempo assusta e desperta o medo do fim. Concomitantemente ao fato de procurar desacelerar os ponteiros do relógio por meio de plásticas, academias e terapias, o ser humano opta pela instanta- neidade tanto nas relações pessoais quanto no fluxo de informação, já que são muitos os afazeres e poucas as ho- ras. Nesse sentido, todos os fatos e atos devem ser velozes, contudo a velocidade significa o aumento dos anos e um medo maior da efemeridade da vida. O sorriso congelado no retrato é o elo com o passado perdido e o afastamento do presente conturbado. 2 Ter uma atitude egoísta não é a melhor forma de se com- portar. Pensar somente na própria saúde e família pode ser mais gratificante quando há predisposição a ajudar o coletivo. Essa postura faz-se presente quando deixamos de usar carros particulares e incentivamos o uso de transpor- tes coletivos. Pode parecer utópico, mas por meio de ações como essa é possível diminuir drasticamente os níveis de poluição atmosférica e os intermináveis engarrafamentos, o que deixaria menos estressados os motoristas mais im- pacientes. Assim, até o asfalto agradeceria. análise de texto e fenômenos linguísticos 1 A 2 B 3 D 4 A 5 B 6 C 7 A 8 D 9 D 10 C 11 B 12 D 13 B 14 A 15 C 16 C 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 3 2/28/14 10:40 AM
  • 4. 4 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 Módulo 10 Conceito de texto 1 O candidato bem preparado em literatura sabe que os anos de 1600 foram barrocos, o que leva à letra A como resposta. análise de textos não verbais 1 C Eixo interdisciplinar: construção do texto. Item do programa: compreensão dos elementos não ver- bais. Subitem do programa: relação entre e o verbal e não verbal. Objetivo: discriminar crítica presente na charge, com base na relação entre sua imagem e texto. Na charge, faz-se uma crítica direta à arte moderna, por meio da fala do personagem que observa o quadro. Nota- -se, também, uma crítica indireta no título do quadro, que focaliza um aspecto econômico associado ao uso da pala- vra “rombo”, frequentemente empregada para se referir a orçamentos insuficientes. 2 A Eixo interdisciplinar: estrutura e sentido do texto. Item do programa: organização interna do texto. Subitem do programa: relação entre imagem e palavra. Objetivo: explicar associação entre elementos verbais e não verbais na compreensão do sentido global do cartum. O cartum de Caulos combina elementos visuais e textuais. Para seu entendimento, faz-se necessária a leitura desta combinação. Cada uma das sete letras da palavra “solidão” aparece em balões distintos, demarcando o pensamento de sete personagens distintos. A separação das letras dessa maneira, associada à imagem de personagens que andam para um lado e para o outro sem esboçarem contato ou comunicação, e à circunstância de a palavra ser exatamente “solidão”, expressa, principalmente, a dificuldade de cone- xão entre as pessoas. 3 C Eixo interdisciplinar: estudo do texto. Item do programa: organização interna do texto. Subitem do programa: recursos tipográficos, imagens. Objetivo: explicar função de recurso não verbal. O recurso visual de balões de pensamento deixa claro que há diálogo do personagem apenas consigo mesmo, dessa maneira enfatizando sua condição solitária. Exercícios 1 E A “interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi” aparece com clareza no texto: “Durante mui- to tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de comunicação”. Os bandeirantes, que eram portugueses, usavam o tupi nas suas expedições. O Padre Vieira testemunha a convivência estreita entre as famílias dos portugueses e dos índios, sendo a língua tupi falada nessas famílias, mas indo os meninos aprender o português na escola. Fica claro que é dessa “interação pacífica” que resulta o patrimônio linguístico brasileiro. 2 B No primeiro texto, o trecho “resta saber o que ficou das línguas indígenas no português do Brasil” deixa pressupos- to que elementos de uma língua são preservados mesmo que não existam mais falantes dela. No segundo, a antiga escrita egípcia na Pedra de Roseta também comprova a preservação de elementos de uma língua, embora tenham desaparecido seus falantes. 3 E A resolução dessa questão depende mais da interpretação do texto do que de conhecimentos prévios. No trecho em que o autor menciona as duas variedades da “língua geral”, elas se mostram distribuídas espacialmente (norte/sul). 4 E O trecho de Cornélio Pires contém usos de variedades linguís- ticas não referendadas pelo normativismo — seja na morfos- sintaxe (“as perna curta”), seja na busca por representar a pro- núncia dessas variedades (“sombranceia”). Desse modo, ao registrar na escrita a descrição da personagem “Pisadeira”, o autor documenta e valoriza não só o folclore brasileiro, como também a própria fala característica do universo popular. 5 B “Corasamborim” (junção de “coração”, “samba” e “tambo- rim”) é uma criação vocabular dos enunciadores da canção, portanto um neologismo, formado por um mecanismo pre- visto no sistema linguístico: a composição por aglutinação ou, mais especificamente, a formação de palavra-valise. 6 A Como o enunciado já sinaliza, trata-se da função expressiva da linguagem. Cabe, então, comprovar isso assinalando suas características. Já que tal função centra-se no emissor, seus sentimentos e emoções são explorados, como revela o uso da interjeição “ah” e de pronomes e verbos na primeira pessoa, como “eu”, “me” e “vou”. 7 B A questão requer conhecimento sobre as funções de lin- guagem. Trata-se da função referencial porque tem caráter informativo, centrado na constatação. Empregam-se para isso, adjetivos neutros e vocabulário denotativo. 8 D O texto utiliza a metalinguagem de forma a referir-se a um assunto da própria Língua Portuguesa. Nele, é ressal- tado que expressões idiomáticas são inerentes a todas as diferentes regiões do Brasil. Assim, não se faz referência a discriminações sociais pela forma de falar entre as diferentes regiões do país, nem se tenta esclarecer o significado de ne- nhuma expressão; a preocupação do texto é simplesmente a de esclarecer o que são as tais expressões idiomáticas. 9 A No poema “Sentimental”, de Carlos Drummond de An- drade, o eu-lírico incorpora à sua reflexão elementos da realidade: escreve o nome da sua amada com letras de macarrão, enquanto a sopa esfria. Essa brincadeira faz alu- são ao próprio fazer poético, uma vez que a letra que falta para completar aquele nome pode refletir o impasse vivido pelo poeta durante o processo de composição: a busca por um termo específico, uma palavra adequada ou mesmo um encerramento ideal para o seu poema. Nas duas primeiras estrofes, ele se dirige à amada (“Ponho-me a escrever teu nome”, “uma letra somente / para acabar teu nome!”); na última, descreve o seu estado, além de criar poeticamente a metáfora do cartaz amarelo que paira sobre todas as consciências como forma de censura. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 4 2/28/14 10:40 AM
  • 5. GABARITO 5Pré-vestibular extensivo | caderno 2 10 B No texto, a função de linguagem característica é a refe- rencial, uma vez que o elemento da comunicação que ganha destaque é o referente, isto é, o objeto de que se fala. Em outros termos, a finalidade do artigo é informar o leitor a respeito de algo: no caso, trata da importância tanto do clorofórmio quanto do computador para o fazer científico. 11 C Embora o texto apresente um efeito positivo do dióxido de carbono, ele não deixa de apresentar os seus efeitos negativos, expressos por meio dos adjetivos encontrados nas expressões “consequências calamitosas” e “efeitos in- calculáveis”. 12 E A biografia de Machado de Assis que serviu de base à questão apresenta informações encadeadas de maneira cronológica: seu nascimento, a perda da mãe, a criação pela madrasta e a matrícula na escola pública. Apesar de um trecho de maior subjetividade (“o maior escritor do país e um mestre da língua”), a linguagem da biografia é marcada pela objetividade, ou seja, os enunciados foram elaborados para enfatizar o assunto, as informações sobre a vida de Machado, não as impressões pessoais do enun- ciador sobre elas. 13 E Na primeira ocorrência, o conectivo “mas” expressa con- teúdo de oposição: o vento batendo na cortina contrasta com o calor do apartamento. Na segunda, não tem valor de adversidade, mas de reiteração: o narrador diz que a personagem plantara “as sementes que tinha na mão, não outras”; logo, o trecho “mas essas apenas” enfatiza a in- formação dada. 14 D O gênero textual apresentado é a resenha crítica. O au- tor deve ter um conhecimento abrangente do assunto a ser tratado para que possa elaborar sua crítica (entendida aqui no sentido de comentário, análise ou apreciação). As opiniões apresentadas devem ser fundamentadas com exemplos, comparações e outros recursos que convençam o leitor da consistência das afirmações feitas. 15 A O texto pertence ao gênero anedota, que se caracteriza pela brevidade e simplicidade do enredo, visando à comici- dade e, normalmente, culminando em um efeito-surpresa. Não procura exibir um estilo literário refinado, nem neces- sariamente registrar uma experiência real. 16 a) O problema está na aberração que a clonagem repre- senta: a ovelha nasceu velha, já que seus telômeros “são 20% mais curtos do que deveriam ser numa ovelha de sua idade”. b) “Sabe-se que o comprimento dos telômeros diminui à medida que as células vão se dividindo...” c) “Se essa anomalia pode acarretar o envelhecimento precoce da ovelha ou não é outra história ainda a in- vestigar.” 17 a) São “mamíferos aquáticos, carnívoros”. No entanto, o texto está mal redigido, induzindo a uma contradição em “diferentemente de outros animais carnívoros, eles não comem um pedaço sequer de suas vítimas”. b) O medo de que os “dóceis e úteis” golfinhos venham a agredir os seres humanos que frequentam os parques aquáticos ou cidades costeiras “onde há muita proximi- dade com golfinhos”. c) “Lobo na pele de cordeiro”. 18 a) Millôr Fernandes utiliza o sufixo grego “logos/logia”, indicativo de áreas de conhecimento, para ironizar o ato de enganar, enrolar, embromar. b) “... só foi achar genial quando aprendeu que aquilo tudo era ecológico?” c) “... estava escrito que é pausterizado, ou pas-teurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau.” 19 a) “Alto demais” implica quantificação de valor que entra em contradição com o “em branco” do cheque. b) Prerrogativa são privilégios de maneira genérica, en- quanto privacidade é um dos privilégios: o todo (prer- rogativa) e a parte (privacidade). 20 a) Em “só no período de janeiro a abril, já foram 31” os marcadores só e já permitem inferir que a quantidade de acidentes, neste ano, será bem maior do que a do ano anterior. b) Os pichadores deveriam ser severamente punidos “por crime inafiançável” e trancados “em presídios por lon- gos anos”. 21 a) Ficaria um goleiro com cada vez mais defeitos. Rees- crevendo: “ficava horas aprimorando sua técnica” ou “ficava horas corrigindo seus defeitos”. b) O que vem após a expressão “por outro lado” deveria apresentar uma relação adversativa. O que ocorre é uma adição às informações contidas no período ante- rior. c) Racionalismo é termo empregado para designar um sistema filosófico em que a razão é considerada inde- pendente da experiência. Poderia ser substituído por racionalidade, objetividade ou frieza. 22 a) A alusão é feita à batalha de Waterloo (1815), em que Napoleão foi derrotado pelas tropas lideradas pelo du- que de Wellington, o que colocou um ponto final no Império Napoleônico. b) O profissional é considerado incompetente e sua estra- tégia levaria o exército a uma derrota, tal como a de Napoleão em Waterloo. c) O raciocínio do crítico toca em um ponto fundamental: a herança genética que determinaria as características intelectuais do estrategista. 23 a) A distinção básica estabelecida no texto é feita entre meios e resultados: “A responsabilidade civil dos mé- dicos em ações de indenização é, em geral, de meios e não de resultado.” Os médicos não se responsabilizam pelos resultados, apenas pelos meios (dedicação, atenção, cuidado, conhecimento), exceto em casos de cirurgia estética embelezadora e anestesia, “atos médicos tidos como obrigações de resultado”. b) Trata-se de uma pequena redação em forma de carta, em que o reclamante alega falta de dedicação, atenção, cuidado ou conhecimento por parte da firma responsável pelo conserto. A resposta fica, portanto, aberta, devendo o vestibulando enfatizar os elementos mencionados. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 5 2/28/14 10:40 AM
  • 6. 6 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 c) No sentido no 7: “reconhecer como legítimo; acolher, sancionar”. 24 a) A legenda faz menção a escalar o Everest (montanha mais alta do mundo) em outros continentes, o que é impossível visto o Everest ser único. b) Erik Weihenmayer quer escalar outros picos em outros continentes. 25 a) No noticiário, a farinha era usada criminosamente no lu- gar do princípio ativo do anticoncepcional. Na charge, a relação aparece invertida: a pílula usada como elemento básico (= farinha) da massa de pizza. b) A pizza é uma mistura tamanha que fica impossível a distinção dos ingredientes. c) A expressão subentendida é “Tudo termina em pizza”, alusão à impunidade que seria, segundo sugere a char- ge, característica da sociedade em questão. 26 a) Sim. “Capitulação” é sinônimo de submissão, de en- trega, de rendição. Como o poema critica o povo que, “com vergonha / Da própria língua”, rende-se aos es- trangeirismos — representados pelo termo “delivery” —, o título do texto está adequado ao seu conteúdo. b) Não. O termo “delivery” é um anglicismo evitável, pois existem expressões em português — como entrega em domicílio ou a domicílio — que possuem praticamente o mesmo sentido de “delivery”. Já o termo “telepizza” foi formado a partir de “tele-” (do grego “longe”, “à distância”) e de “pizza”, palavra italiana cuja grafia não foi adaptada para o português. Lembrando que a palavra “até” é um marcador de pressuposição que inclui algo não usual num determinado grupo, pode-se concluir que, ao dizer que “delivery” é exagero “Até pra telepizza”, o enunciador deixa subentendida a noção de que “telepiz- za” não é uma palavra tão exótica quanto “delivery”. 27 “… todas sabemos …” 28 “… doce organograma …” 29 No primeiro caso, o valor da barra é de acréscimo, enquan- to no segundo caso, o valor do hífen é de comparação. 30 a) A presença marcante de adjetivos ou de sensações vi- suais, auditivas; o uso do imperfeito do indicativo; a unidade temporal. b) “... silêncio doce tudo envolvia...”; “Conceição lia, com os olhos escuros intensamente absorvidos na brochura de capa berrante.” 31 Um dentre os exemplos de função referencial: • “... e logo está a Cintura Industrial, quase tudo parado, só umas poucas fábricas ...” • “... e agora a triste Cintura Verde, as estufas pardas, cinzentas, lívidas ...” Um dentre os exemplos de função expressiva: • “... que parecem fazer da laboração contínua a sua re- ligião ...” • “... por isso é que os morangos devem ter perdido a cor, não falta muito para que sejam brancos por fora como já o vão sendo por dentro e tenham o sabor de qualquer coisas que não saiba a nada ...” 32 O pronome lhe indica que o personagem principal é o pos- suidor da louça ou indica posse. Um dentre os fragmentos: • “... de repente, sem avisar, apertou-se-lhe o coração a Cipriano Algor, ...” • “... o cão subia-lhe a os braços, ...” • “... e lambia-lhe a cara ...” 33 • “... Viremos agora à esquerda, lá ao longe, onde se veem aquelas árvores, sim, aquelas que estão juntas como se fossem um ramalhete, ...” • “... que a água desta fonte não poderá matar-te a sede naquele deserto, ...” 34 Mas há tantas músicas esperando ser escritas! Estilização. 35 Dois dentre os exemplos de reescritura: • A vela, porque ilumina, é uma vela alegre. • A vela, visto que ilumina, é uma vela alegre. causa • A vela, por iluminar, é uma vela alegre. • A vela, enquanto o ilumina, é uma vela alegre. • A vela, ao iluminar, é uma vela alegre. tempo • A vela, iluminando, é uma vela alegre. • A vela, se ilumina, é uma vela alegre. • A vela, caso ilumine, é uma vela alegre. condição • A vela, desde que ilumine, é uma vela alegre. • A vela, á medida que ilumina, é uma vela alegre. pro- porção • A vela, á proporção que ilumina, é uma vela alegre. 36 a) “a obrigatoriedade do diploma do jornalista para quem exerce a profissão” b) O enunciador mostra-se favorável à decisão do Supre- mo Tribunal Federal, que acabou com a exigência de curso superior específico para alguém trabalhar com a atividade jornalística. Ele considera essa exigência uma “excrescência”, “herança da ditadura militar”, cujo “ri- dículo” foi exposto por uma “comparação brilhante de Gilmar Mendes”, que associou a exigência do diploma de jornalista à pitoresca situação em que “toda e qual- quer refeição” devesse ser preparada por pessoas que cursaram “uma faculdade de culinária”. 37 a) O verbo “poder” está flexionado no plural concordando com o sujeito composto “o jornalismo e a liberdade de expressão”. A forma “pensados” está no masculino plural porque concorda com substantivos de gêneros diferentes (“jornalismo” é masculino e “liberdade” é feminino, prevalecendo o masculino na concordância nominal). b) O exemplo do chef, transposto para o jornalismo, pode ser assim traduzido: Um excelente jornalista certamente poderá ser formado numa faculdade de jornalismo, o que não legitima o estado a exigir que toda e qualquer matéria seja escrita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. 38 a) “Aonde ele foi?” e “Vai aonde for preciso!” Na norma culta canônica há uma oposição entre “onde”, advérbio que designa “lugar em que” se situa ação ou processo e “aonde” (preposição “a” 1 advér- bio “onde”), que indica “lugar a que” se dirige a ação, seu ponto de destino. Exemplos: Hotel onde nos hospedamos. Hotel aonde nos dirigimos. b) “Você conhece-o...” ou “Você o conhece...” O pronome pessoal na forma reta “ele” com função de objeto direto é típico da informalidade. O usual, na norma culta, é o pronome oblíquo “o”. Nós temos camisa para o frio? 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 6 2/28/14 10:40 AM
  • 7. GABARITO 7Pré-vestibular extensivo | caderno 2 Compreendemos que a banca, ao exigir o uso da “nor- ma padrão”, tenha pensado no grau maior de formali- dade. O uso de “a gente” incluindo a primeira pessoa do plural é marca de informalidade; na norma culta canônica se usa “nós”. A combinação “pro” (preposição “para” + artigo “o”) também é informal; o uso “para o” é seu correlato formal. 39 a) No texto da revista Veja, reconhece-se uma evidente re- ferência à corrente ultrarromântica, também conhecida como geração byroniana daquele movimento literário, que marcou presença nas décadas de 1850 e 1860. Os representantes dessa 2a fase da poesia romântica brasileira produziram obras de teor mórbido, em que se acentuam o gosto pelo tédio, a solidão noturna, a insatisfação amorosa e o culto da noite, temáticas inci- tadas pelo mal do século. b) Os versos “Quanta glória pressinto em meu futuro! / Que aurora de porvir e que manhã! / Eu perdera chorando essas coroas / Se eu morresse amanhã!”, do poema de Álvares de Azevedo, podem ser vistos como ilustração do “fim precoce” dos autores românticos, enfatizado por Manoel Carlos em seu texto. A estrofe citada exem- plifica, por um recurso fantasioso de autocontemplação, a angústia desses poetas perante a ideia da morte. 40 a) Os dois textos exploram a mesma temática: a mudança das coisas. Essa ideia é explicitada nos seguintes tre- chos: “Muda-se o ser, muda-se a confiança; / Todo o mundo é composto de mudança” (texto 1); “elas [as pessoas] vão sempre mudando” (texto 2). No entanto, convém explicitar que esse tema é tratado de forma diferenciada em cada um dos textos. O eu lírico do poe- ma camoniano vê com pessimismo as mudanças que se operam no mundo, porque constata que elas são geradoras de um mal cuja dor não pode ser superada (“Do mal ficam as mágoas na lembrança”) e ainda con- sidera que a ocorrência do bem, apenas hipotética (“se algum houve”), pode trazer mais sofrimento ao deixar “saudades”. Já o narrador de Grande sertão: veredas vê as mudanças com mais otimismo, ao qualificá-las como algo “importante e bonito”. b) Depois de sua reflexão a respeito das mudanças a que a vida humana está submetida, Riobaldo, o narrador de Grande sertão: veredas, passa a tecer comentários so- bre Deus e o diabo: “E, outra coisa: o diabo, é às brutas; mas Deus é traiçoeiro!” Isso significa reconhecer que Deus e o diabo exploram estratégias opostas em seu esforço de dirigir (e mudar) a vida humana. Enquanto o diabo age “às brutas”, isto é, de forma mais violenta e explícita, Deus atua “na lei do mansinho”, o que sugere maior sutileza. A ação divina se dá por intermédio de milagres nem sempre reconhecidos pelo ser humano; daí dizer que “Deus é traiçoeiro” – adjetivo destituído do sentido negativo habitual e revestido de carga po- sitiva, associado à bondade na condução do destino humano. 41 “... seus detratores, pessoas que não amam o Rio de Janei- ro,” “... copacabanização – para designar tudo de ruim que pode acontecer a um bairro,” 42 B 43 C 44 B 45 D 46 D 47 O aluno deverá identificar a intertextualidade proposta pelo texto de Adélia em relação ao trecho de Drummond, destacando a presença da paródia como recurso estilístico e a diferenciação do eu lírico em ambos os poemas. 48 Duas expressões cristalizadas são evocadas no título, a sa- ber, “com licença” e “licença poética”. O jogo de palavras permite condensar uma série de aspectos presentes no poema. A expressão “com licença” evoca a ideia de pedido de permissão, associável no poema, entre outras coisas, à apropriação do texto de um outro poeta e à caracteriza- ção da condição ainda submissa da mulher. Já a expressão licença poética remete às liberdades especiais franqueadas pela linguagem poética, ao espaço aberto pela poesia para a transgressão e para o inusitado. Módulo 11 Exercícios 1 a) “não esquecestes que ela era um nadinha mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma altura.” b) pontas – que / cabelos – os 2 a) Modo narrativo no primeiro parágrafo e modo argu- mentativo (ou dissertativo) no restante do texto. b) 1o segmento: verbos de ação tempo passado 2o seg- mento: verbos de estado tempo presente 3 a) Bufando e eriçava. Atribuição de agressividade ao au- tomóvel e à cidade. b) Antítese. Há uma relação de oposição entre as palavras. 4 a) Primeira etapa: automóvel. Segunda etapa: transforma- ção da linguagem. b) Reformador e reforma. 5 a) Paralelismo. Apresentação de estruturas sintáticas se- melhantes. b) Diferença: os elementos comparados representam clas- ses sociais diversas. Semelhança: os elementos compa- rados seguem um modo geral de organização, uma rotina imposta por diferentes grupos sociais. 6 a) Engrenagem: relaciona-se com a ideia de modo de or- ganização e controle da sociedade, que deve funcionar em perfeita ordem. Parafusos: referem-se aos indiví- duos que participam dessa engrenagem e que devem mantê-la em funcionamento perfeito (ou referem-se à mecanização do homem na sociedade). b) O enunciador aceita/defende a rebeldia, como fuga às imposições do sistema social. Docemente/docemente frouxos 7 a) Duas dentre as intenções: – motivar a reflexão. – aproximar o enunciador do leitor. – expressar uma dúvida do enunciador. – exprimir estado emocional do enunciador– destacar o fato seguinte, independentemente de sua causa. b) Duas dentre as características: – rebeldia. – persistência. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 7 2/28/14 10:40 AM
  • 8. 8 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 – ânsia de paixão. – desejo de liberdade. – anseio por ultrapassagem de limites. – instinto para a defesa contra os perigos. 8 a) A palavra que permite concluir que o fragmento apre- sentado não é o início do texto é o pronome demonstra- tivo “essa”. Apenas com o trecho dado, não é possível determinar a qual atividade o partido X se dedica, pois o pronome “essa”— de caráter anafórico — só adquire sentido pleno confrontado com um termo anterior a que faz referência. b) A incoerência do trecho estabelece-se pela seguinte passagem: “falta [...] de incapacidade”. Se falta incapa- cidade ao partido, significa dizer que ele é capaz para resolver o problema ao qual se tem dedicado. Entre as maneiras de se eliminar a incoerência, eis duas: 1. Seja por falta de vontade, de vocação ou de capa- cidade. 2. Seja por falta de vontade, de vocação ou por inca- pacidade. c) Entre as passagens que apontam uma postura pessimis- ta (crítica) em relação ao partido X, pode-se destacar: “está longe do desejado”. Essa passagem, em coesão com “dedica-se a essa ativi- dade mais do que nunca”, permite concluir que o texto tem uma postura pessimista, já que a não realização de uma intenção decorreu da incompetência, e não da falta de empenho do sujeito. 9 Para responder a este item, o candidato deveria observar: – Entre as frases I e II, está implícita uma relação de oposi- ção (que pode ser explicitada por um conector adversativo ou concessivo). – Entre II e III, uma relação de causa / consequência ou ainda entre uma afirmação e sua justificativa. Levando em conta essas observações, eis duas possibilidades de rees- critura das frases: • Para desespero meu, havia leitura obrigatória de livro in- dicado; / , porém sobreveio uma surpresa: era tão bom aquele livro (,) que não senti nenhum aborrecimento na leitura. • Embora me causasse desespero uma leitura obrigatória de livro indicado, sobreveio uma surpresa: era muito bom aquele livro, pois não houve nenhum aborreci- mento na leitura. 10 B 11 D 12 C 13 D 14 a) Artigo b) Artigo c) Pronome d) Elipse e) Pronome f) Pronome g) Numeral h) Advérbio i) Expressão adverbial (o seguinte) j) Expressão verbal ou “predicado pronto” (fizeram o mes- mo) k) Expressão verbal ou verbo vicário (é) l) Epíteto ou expressão nominal m) Epíteto ou expressão nominal n) Sinônimo o) Hiperônimo 15 a) Recorrência de termos. b) Paralelismo sintático ou re- corrência de recursos fonológicos. c) Paráfrase. 16 a) Assinala o argumento mais forte de uma série em que os argumentos apontam para conclusões contrárias. b) Assinala o argumento mais fraco de uma série em que os argumentos apontam para conclusões contrárias. c) Assinala o argumento mais forte de uma série em que os argumentos apontam para a mesma conclusão. d) Assinala o argumento mais fraco de uma série em que os outros argumentos, implícitos, apontam para a mes- ma conclusão. e) Assinala o argumento mais forte de uma série em que os argumentos apontam para a mesma conclusão. f) Soma argumentos que apontam para uma mesma con- clusão. g) Introduz um argumento decisivo para a série. h) Introduz uma conclusão para a argumentação realizada. i) Introduz um reforço para a argumentação anterior. j) Estabelece uma comparação para valorizar o primeiro elemento da série e comprovar a argumentação anterior. redação em prática 1a parte – Consistência na argumentação 1 Sugestão de parágrafo: A internet é, reconhecidamente, um canal de informação. Porém, contrariando o pensa- mento da maioria das pessoas, ela não produz conheci- mento. É inegável que por meio da WEB se pode, a título de exemplo, saber tudo sobre a vida de Mozart, mas pou- co se sabe sobre o músico e sua produção artística. Para que o conhecimento se dê, essas informações têm de ser transformadas, função desempenhada majoritariamente por pesquisadores, que organizam dados em um sistema estruturado e complexo. Na internet ocorre o inverso: sis- temas complexos são fragmentados, consultas rápidas a essas fontes são feitas e assim dificilmente se integra o intelecto. 2 Sugestão de parágrafo: Acreditar que o desenvolvimento do gosto pela leitura é uma questão puramente pessoal e emotiva significa adotar uma postura ingênua em rela- ção a esse tópico. Campanhas que incentivam a leitura enfatizando as transformações emocionais ocorridas no indivíduo leitor são inócuas. Um sujeito não se torna ne- cessariamente uma pessoa melhor após ler Crime e cas- tigo. Em nossa sociedade, ler está intimamente ligado ao quadro político-social vigente. A avaliação subjetiva de que a leitura é uma forma de redenção individual esbarra no fato de que o leitor não é um indivíduo desarraigado de sua condição de classe. A leitura é um direito que deve ser garantido a todos os indivíduos pelo Estado, sob a for- ma de bibliotecas públicas, barateamento de livros, entre outros incentivos. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 8 2/28/14 10:40 AM
  • 9. GABARITO 9Pré-vestibular extensivo | caderno 2 3 Sugestão de parágrafo: Políticas habitacionais democráti- cas que atendam aos interesses e aos anseios da popula- ção moradora de favelas precisam estar necessariamente comprometidas com a distribuição igualitária da condição urbana. As políticas implementadas no Rio nos anos 1990, entre elas o Favela-Bairro, ilustram bem a viabilidade dos novos modelos habitacionais. A irregularidade das mora- dias é fruto de um modelo que vigora desde o Estado Novo, paternalista e autoritário. O século XX tratou o pro- blema das favelas de dois modos distintos, um absenteísta e outro autoritário; ambos fracassaram. Sempre ligadas aos interesses do governo, tais políticas desconsideraram o papel das famílias que moravam nesses lugares. O reco- nhecimento da importância desses cidadãos contribui, so- bretudo, para a prática de medidas ligadas à infraestrutura e aos serviços básicos. 2a parte – Uso dos operadores argumentativos 1 A situação dos idosos é marcada por desrespeitos e abusos que caracterizam a impaciência para com um grupo não mais considerado produtivo. Diante das constantes injus- tiças, em 1999, a ONU investiu em medidas no sentido de garantir, no mínimo, a atenção básica a esse setor da população. Além disso, ficou claro que precisam ser resta- belecidos o direito de dignidade e o de participação para a inclusão dos idosos na vida social. Sem dúvida, eles são reflexo e afirmação da nossa história, dos nossos valores e da nossa cultura, e, por isso, devem ser adequadamente reconhecidos. 2 a) “A atividade física emagrece e é fundamental para o funcionamento do corpo todo.” b) – Embora a atividade física emagreça e seja fundamen- tal para o funcionamento do corpo todo, a dieta ainda é muito importante para perder peso. – A atividade física emagrece e é fundamental para o funcionamento do corpo todo, porém, a dieta é muito importante para perder peso. – Outras opções são possíveis. c) Os conectivos de concessão marcam os argumentos mais fracos, por isso, sabe-se que, nesse caso, fazer dieta tem mais relevância que a atividade física. Já os de adversidade assinalam a ideia mais forte. Além disso, é preciso lembrar que os elementos de concessivos for- mam orações subordinadas, e os adversativos, orações coordenadas. 3a parte – Construção do roteiro 1 Tese: ver o Brasil por meio de antigos clichês, tais como “nação do futuro” ou “país de contrastes”, noções já tão mascateadas, impossibilita que se construa uma avaliação crítica da vivência nacional. Não analisamos o nosso en- torno nem construímos, por nós mesmos, uma identidade brasileira revitalizada, condicionados que estamos a repetir as expressões desgastadas e usuais. Antítese: criticar intensamente a realidade encontrada no país, sem que haja uma reflexão acerca das fontes de nossas mazelas, é, a seu modo, uma postura tão alienada quanto a reprodução de discursos ufanistas, por também estar fundamentada na mera repetição de falas prontas. A denúncia de uma situação brasileira, quando oca, não acarreta efeito algum, nem provoca conscientização; per- de, portanto, seu sentido. Síntese: um posicionamento unicamente ufanista é pre- judicial, por tender à limitação; entretanto, colocar-se gra- tuitamente no papel de censor pouco acrescenta para o debate acerca das questões cruciais da realidade nacional. É necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre esses dois extremos para que, desse modo, a nação sonhada deixe de ser apenas uma utopia. análise de texto e fenômenos linguísticos 1 C 2 B 3 A 4 B 5 D 6 C 7 A 8 D 9 B 10 C 11 A 12 D 13 B 14 C 15 B 16 C Módulo 12 Exercícios 1 C O texto trabalha com a noção da variação linguística, abor- dando a variedade referente ao Português brasileiro e ao Português de Portugal. Além disso, sinaliza a existência de normas locais cultas e populares. Com isso, objetiva-se sinalizar que há uma norma brasileira e outra portuguesa, cada uma com suas particularidades. 2 A A questão envolve a variação linguística relativa aos fatores regionais. O enunciado constata que há variação nas pala- vras empregadas para nomear elementos de acordo com a localidade. 3 A O texto trata das variações linguísticas, resultantes de um processo de regionalização, entre falantes de uma mesma língua, a Portuguesa. A peculiaridade, dentre as muitas que sabemos existir na forma de falar dos brasileiros – os nordestinos que vivem em São Paulo, no caso -, que é re- tratada no texto e que faz com que possa ser feita essa dis- tinção, é a forma como se pronunciam as mesmas palavras por pessoas de origens diferentes. Trata-se da fonologia. 4 D No início, a menina dirige-se a Hagar de um modo mais for- mal, como estratégia para que ela seja levada a sério, já que ela mesma afirma que os adultos não o costumam fazer quan- do interagem com as crianças. À medida que vai ganhando sua atenção e confiança, ela deixa aflorar suas emoções e se impõe, partindo, então, para o discurso informal, o que pode ser notado pela utilização da expressão “tomar jeito”. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 9 2/28/14 10:40 AM
  • 10. 10 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 5 E No trecho “Enquanto o racismo que não quer dizer seu nome continua no Brasil, uma integração real pode come- çar pela linguagem”, pode-se inferir que ainda há racismo no Brasil, apesar dos eufemismos que se manifestam na linguagem, No entanto, uma mudança na forma de se fa- lar sobre essas questões pode ser o primeiro passo para mudança nas atitudes. 6 a) Ocorre “balbucio”, na acepção que lhe dá Roland Bar- thes, em: “Não o MST, a política de assentamento, de pequena economia familiar.” b) Os dois complementos utilizados são “saídas” e “um setor agrícola imenso”. A relação semântica que se es- tabelece entre eles é que o “setor agrícola” serve de exemplificação, como uma das várias “saídas” que o presidente julga haver para o Brasil. 7 a) Tu, que foste hasteado na lança dos heróis após a guerra da liberdade. b) O pronome tu, nesses versos de Castro Alves, refere- -se ao “auriverde pendão”, ao “estandarte”, ou seja, à bandeira do Brasil. Trata-se de uma apóstrofe (figura freqüente neste poeta), na qual a bandeira, tratada como interlocutora do eu-lírico, é personificada. O emprego do pronome tu, além da personificação, su- gere proximidade afetiva. 8 a) “... é aplicado uma vez por dia, e em doses pequenas”. [...] “não apresenta efeitos colaterais”. b) Produto (mais geral); anti-inflamatório (mais específico). c) Medicamento e remédio. 9 a) Autor: procura pessoas de nível social, econômico e cultural superior, deixando entrever que quer auferir vantagens do relacionamento. Leitor: mulher casada, sexualmente insatisfeita, tentada a novas aventuras e cujo universo social e cultural lhe permita decodificar a mensagem. b) “te conheceu ele fazia você”: falta de uniformidade na utilização dos pronomes; • “à um salário”: não se usa crase antes de termos mas- culinos; • “cujo ele só visita”: emprego inadequado do pronome relativo; repetição desnecessária do pronome pessoal. • “Eu casado”; “altura de 18 a 45 anos”; “São Paulo/ Capital”; “passagem fazendo”: omissão de vírgulas; • “estiver por passagem”: preposição usada incorreta- mente; • utilização de abreviações, maiúsculas e hífen de forma inadequada. c) A terceirização significa, metaforicamente, a busca da realização sexual fora do casamento, através do adul- tério, que é um comportamento socialmente discutível. 10 a) O efeito cômico é obtido pela contradição existente em cada um dos itens: o que se condena é colocado na própria condenação. b) 1. Utilização da frase feita “como o diabo foge da cruz”, exemplo típico de lugar-comum. 2. Os advérbios nunca e sempre implicam generaliza- ção, o que está sendo condenado. 3. Utilização da voz passiva “deve ser evitada” para aconselhar que ela não seja empregada. 11 a) “Aí”, “deita e rola”, “está por cima da carne-seca”, “se- ria um inferno”, “entrar em parafuso”. b) “Aí” 5 dessa forma, assim, então. “deita e rola” 5 faz o que quer. “está por cima da carne-seca” 5 está em situação pri- vilegiada. “seria um inferno” 5 seria traumático, difícil. “entrar em parafuso” 5 perder o controle. 12 a) Vista/visto e evolui/revoluciona. b) Em (1), utiliza-se a paronomásia (vista/visto) procurando obter, através da homofonia, uma identidade sonora para sentidos diferentes (vestir/ver). Em (4), os termos cognatos – termos que possuem a mesma raiz – (evolui/revoluciona) são utilizados para dar uma continuidade sonora (aliteração) a palavras de conotações diferentes (evolui, mais lento e natural / re- voluciona, maior rapidez, radical). 13 a) A seleção lexical (cultivar, semear, preservar) está no mesmo campo semântico e resgata metaforicamente os elementos da agricultura para se referirem a elementos culturais que “fazem parte da nossa natureza”. b) O cultivo de (cultivação de ou cultivamento de) amiza- des, a semeação de (ou semeadura de) empregos e a preservação da (preservamento da) nossa natureza. 14 As expressões são “que raio de língua é essa” e “que eu percebo”. Constituem paradoxo porque ao mesmo tempo a língua falada pelo grupo soava diferente, mas, por ele compreender, tornava-se igual à dele. 15 a) “rodar”. Para o patrocinado (o cinema nacional) rodar indica a produção e exibição de filmes; para o patrocina- dor (Petrobras Distribuidora) rodar indica o combustível (tanto para o carro quanto para o cinema nacional). b) – 1a leitura: papel importante porque o consumidor é copatrocinador, isto é, ele financia indiretamente o cinema nacional ao consumir produtos da Petrobras Distribuidora. – 2a leitura: papel importante porque o consumidor é personagem que faz parte de uma “trama” que incen- tiva o cinema nacional. 16 a) O provérbio — tal como vem estruturado — explora re- cursos sonoros típicos da função poética da linguagem, a saber: • cada segmento da oposição estabelecida no enuncia- do é constituído por um “verso” de sete sílabas; • no primeiro segmento, explora-se rima toante entre “fora” e “viola”; no segundo, entre “dentro” e “bo- lorento”; • as mesmas rimas citadas são internas; • as vogais tônicas abertas (ó) remetem à noção de ex- terioridade; as fechadas (e nasais) reforçam no plano da expressão a noção de interioridade. Nenhuma dessas coincidências se dá no texto publicitá- rio, que lembra o provérbio apenas na estrutura sintática de duas orações nominais e na antítese entre exteriori- dade e interioridade no adjunto adverbial de lugar. b) No texto publicitário, explora-se o recurso semântico da ambiguidade: a palavra “planta” pode ser interpretada como ser vivo do reino vegetal e como representação gráfica de uma construção arquitetônica (lembre-se de que a mensagem publicitária faz referência a um em- preendimento imobiliário). 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 10 2/28/14 10:40 AM
  • 11. GABARITO 11Pré-vestibular extensivo | caderno 2 Observação: Vale dizer que a ambiguidade aqui não é um defeito de construção, mas uma estratégia cons- cientemente utilizada pelo enunciador para produzir tal efeito de sentido, conferindo maior expressividade à mensagem. 17 a) Na onomatopeia cá, cá..., o narrador representa a risada de quem não está participando da história, no caso, o leitor. b) Como o texto trabalha a intertextualidade (o conto do Aladim), há uma confusão entre o “gênio”, que con- cretiza pedidos, e o “cliente”, que faz (encomenda) pedidos. c) A expressão “três pedidos”, pela ambiguidade que apresenta no contexto, levando João a inferir que se tratava de um comprador. 18 a) No primeiro quadrinho, ao usar a expressão “passar vergonha”, a personagem circunscreve o sentido de “palavrão” ao de “palavra obscena ou grosseira”. Cria- -se, assim, a expectativa de que o papagaio utiliza, com frequência, palavras de baixo calão. b) O efeito cômico do quadrinho surge do descompas- so entre a expectativa do leitor em relação a palavras obscenas e a escolha lexical realizada pelo papagaio. Palavras como “bocó”, “xixi”, “cocô” e “bumbum” re- metem a um campo de significado a que expressões grosseiras habitualmente se associam (xingamentos, aspectos fisiológicos e partes pudendas), mas que, nas escolhas do jargão infantil, perde qualquer efeito de obscenidade. O temor da personagem se concretiza, ela realmente passa vergonha diante dos amigos, mas altera-se o motivo: não é a obscenidade, mas a inge- nuidade das palavras que o envergonha. 19 a) A ironia, percebida apenas se se toma a palavra com significação de sarcasmo, está contida no trecho “ou também quando votam?” Ao indagar se não existe tam- bém a possibilidade de as mães produzirem marginais por meio do voto, o leitor da Folha está estabelecendo o pressuposto de que o governador do Rio de Janeiro, na condição de político eleito, pertenceria à classe dos marginais. b) No trecho citado, há inequivocamente uma crítica à declaração do governador do Rio de Janeiro. No en- tanto, ela é relativizada, ou seja, atenuada, já que não se endereça somente a ele. Ao incluir na interrogação o operador sintático apenas, o enunciador não deixa de concordar com o que Sérgio Cabral disse, isto é, que mães faveladas dão à luz marginais. 20 a) A polissemia da palavra “veículo” desencadeia no contexto uma ambiguidade, responsável pelo efeito de humor da tirinha. Na fala do garoto, tem o sentido de “meio” utilizado para a transmissão da cultura. Na fala de Mafalda, é interpretada com o sentido de “meio de locomoção” usado para o transporte da cultura. b) Sim. O efeito crítico está na denúncia de que a televisão não atua de fato como meio de transmissão da cultu- ra, mas como veículo, por exemplo, de ideias ligadas à banalização da vida pela violência, como sugerem as onomatopeias do terceiro quadro da tirinha. Por isso, Mafalda diz sarcasticamente que, se ela fosse a cultura, saltaria do veículo “TV” para seguir a pé. 21 a) Sim. O advérbio “porventura” está presente em uma pergunta delicada e retórica. Retórica porque já contém em si a resposta, isto é, o enunciador não se sente cul- pado por ter contrariado o pai ao mudar-se para o Rio de Janeiro, mas se sente afetivamente condoído, daí a delicadeza. Percebe-se que, na verdade, o propósito do enunciador é afirmar delicadamente que seu ato foi, no fundo, motivado pelo próprio pai, ao dar-lhe “o gosto pela arte” e ao dedicar-lhe “esforços e sacrifícios” que, por sua vez, geraram a “ambição de glórias futuras” e a necessidade de mudar-se para o Rio de Janeiro. b) As duas palavras que atestam mais evidentemente mo- dificações na língua portuguesa são “cousa” e “vosse- mecê”, variantes históricas de “coisa” e “você”, respec- tivamente. 22 D 23 B 24 C 25 A 26 A 27 a) comprão / pagala / dirija-se mossa / escriptorio / duvida b) compram / pagá-la / dirigir-se moça / escritório / dúvida 28 No 2, trabalhador escravo, não remunerado, portanto. No 3, trabalhador remunerado, com experiência em car- teira. No 4, valorização da aparência física. 29 Ausência de referente (rua, número, telefone). Presença de personagens (anunciados nos dois últimos parágrafos). 30 Os dois traços aparecem na paródia do discurso religioso. A vertente ‘destrutiva’ pode ser observada na descons- trução do “Pai Nosso”; a ‘construtiva’ fica evidente na re- construção poética dessa prece, acrescentando-lhe novos elementos, que garantem a dimensão estética do poema. 31 O autor privilegia o sentido (i), “sentimento de dignidade pessoal”, na medida em que afirma, repetidas vezes, que o orgulho tem origem em uma convicção interior dos pró- prios méritos, do próprio valor. 32 a) “Mas o homem vaidoso deveria saber que a alta opinião dos outros, alvo de seus esforços, se obtém mais facil- mente por um silêncio contínuo do que pela palavra, mesmo quando há para dizer as coisas mais lindas.” (linhas 10-14) b) “Não é orgulhoso quem quer; pode-se, no máximo, simular o orgulho, mas, como todo papel de convenção, não logrará ser sustentado até o fim.” (linhas 14-17) 33 Com a expressão “esta persuasão”, faz-se referência à con- vicção que o vaidoso deseja despertar nos outros de sua superioridade em todas as coisas. 34 Espera-se que o aluno estabeleça articulações lógicas entre os vocábulos que selecionará nos dois contextos de signifi- cação – “rios” e “discurso” – e a interpretação construída. 35 a) A expressão “dicionária” pode ser entendida no con- texto do poema como remetendo ao estado da palavra antes de seu uso no fluxo da linguagem, quando ganha vida ao se combinar com outras palavras. “Enfrasem”, por sua vez, associa-se à noção de interligação. Poços que se enfrasam são poços que se intercomunicam, que se inter-relacionam num processo análogo ao que ocor- re com as palavras no âmbito do discurso. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 11 2/28/14 10:40 AM
  • 12. 12 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 b) dicionária: a palavra “dicionário”, normalmente um substantivo, é usada como adjetivo, concordando em gênero e número com o substantivo “situação”. enfra- sem: a partir de um substantivo, “frase”, criou-se um verbo, “enfrasar”, pelo acréscimo do prefixo “en-” e do sufixo “-ar”. 36 Há hoje uma distinção bastante acentuada entre a figura do proprietário e a figura do administrador. Isso não signi- fica que o proprietário não possa administrar sua empresa, mas sim que deve fazê-lo de acordo com técnicas geren- ciais. 37 No enunciado (a), o verbo poder traz a ideia de ter capaci- dade, e no (b), de possibilidade. 38 Há (Existe) uma palavra que conheço mas que não consigo lembrar(recordar). 39 a) Uma das possibilidades de leitura seria considerar o ter- mo do neurocientista como paciente da ação, ou seja, nesse caso, o neurocientista foi indicado (indicaram o neurocientista; alguém indicou o neurocientista), e esse fato trouxe benefícios para a pesquisa. A outra possibili- dade seria reconhecer o termo do neurocientista como agente da ação, isto é, o neurocientista fez a indicação (indicou algo/ alguém) e essa indicação feita por ele trouxe benefícios para a pesquisa. b) A indicação que o neurocientista fez trouxe benefícios para a pesquisa. / O fato de terem indicado o neuro- cientista trouxe benefícios para a pesquisa / A indicação feita pelo neurocientista trouxe benefícios para a pes- quisa. 40 a) Mantenha-se informado. b) Não guarde ressentimentos. Desconsidere fatos passa- dos. 41 Assim como a boa comunicação, o domínio da informática e de idiomas. 42 a) Viva o povo brasileiro! b) Depois de duas horas, o operário afinal conseguiu fixar a viga. 43 a) Dispensáveis b) Suspeito c) Maliciosas d) Ponderadas 44 a) As normas de etiqueta devem ser conhecidas. b) Deve-se ler sobre estratégias de carreira. 45 Estado de espírito Comportamentos sociais Providências práticas a) Mantenha o bom humor a) Procure se relacionar bem com todos a) Compre malas resistentes b) Interesse se pelo novo b) Cumpra os horários combinados b) Tenha seus documentos sempre à mão 46 E 47 a) O termo “bexigas” pode fazer referências a balões de gás, erupções da pele decorrentes da varíola e parte do aparelho urinário. b) O emprego do sinônimo “balão” em “600 balões”. c) Balonismo. 48 a) Não. “Literalmente” significa rigorosamente. Nenhuma gíria ou termo conotativo (“dança” em I e “apagadas” em II) podem ser interpretados com rigor, visto que múl- tiplas significações sempre estão presentes. b) “Apagadas”. Há ambiguidade: as mulheres dos diri- gentes do Kremlin tinham um papel inexpressivo na sociedade russa (veja o contraste entre Raísa – “ela”, esposa de Gobartchev – e as esposas dos outros líderes russos). Além disso, muitas foram assassinadas. Co- nhecimentos de História auxiliariam na resposta dessa questão. 49 a) Assim como o aço da navalha, A tua saudade (também) corta. b) Haveria prejuízo porque as interjeições “ai, ai” reverbe- ram o termo “atrapaia”, como verdadeiro eco. 50 O título do poema de Cacaso e seus dois primeiros versos remetem a um amor predestinado, idealizado. O desejo de realização desse amor, entretanto, é desmontado pelo terceiro verso, que traz a contingência da realidade. Essa ironia destrutiva é característica do discurso paródico. 51 A essência a que se refere o narrador corresponde a uma visão positiva diante dos fatos. Quanto à variação de for- ma, a primeira expressão é constituída de um adjetivo (“estupendo”), a segunda, de um substantivo e um adje- tivo (“sol glorioso”), e a terceira, de um substantivo mais locução adjetiva – preposição e substantivo (“delícia de vida”). 52 a) A passagem em que a percepção do narrador em rela- ção aos fatos narrados não coincide com a do persona- gem é a seguinte: “[...] porém outras vezes a natureza mostrava-se carrancuda”. b) No sentido literal, a expressão “mau tempo” limita-se a informar as condições atmosféricas, enquanto, no sen- tido figurado, indica dificuldades, adversidades de toda ordem. Módulo 13 Exercícios 1 D A imagem mostrando um alto padrão de vida america- no contrasta com a real condição das pessoas durante a Grande Depressão. Na foto, uma fila de desempregados esperando por alimentos mostra a discrepância entre o que mostra o cartaz e a realidade vivida pela população. 2 B Abordando a vida de uma criança que tem a marca de um homem e marca de oficina humana, o fragmento de Morte e Vida Severina destacado na resposta mostra a condição árdua em que vive o menino Leandro Pereira Rodrigues, cuja realidade foi apresentada pela reportagem. 3 A A questão da escravidão, abordada no poema do poeta romântico Castro Alves, é retomada de forma a mostrar uma postura do negro como construtor ativo de sua li- berdade no texto de Craveirinha, apresentado na letra A. Nele, o negro – a voz do poema – estabelece uma interlocução direta com o seu patrão, expondo sua não aceitação do papel de eterno trabalhador serviçal (força motriz). 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 12 2/28/14 10:40 AM
  • 13. GABARITO 13Pré-vestibular extensivo | caderno 2 4 E Para aproximar-se do leitor, os produtores da propaganda estabeleceram um vínculo pautado na oposição entre o leitor e os necessitados. Dessa forma, o primeiro teria difi- culdades para acordar no inverno, já que desfruta de uma condição agradável e quente em oposição aos necessitados que não podem dormir dado o frio enfrentado. Esse ponto de contato objetiva persuadir o leitor, sensibilizando-o a contribuir em favor dos que não podem também usufruir de uma cama quentinha no inverno. 5 C É comum que as campanhas publicitárias destinadas aos jovens contra o uso de drogas contenham a mensagem “diga não à droga” ou “diga não às drogas”. Ziraldo dia- loga com tal enunciado por meio de “não a droga”, sem o acento grave, mas sem, contudo, impedir a ambiguidade. O sentido é outro, mas busca objetivo semelhante: fazer com que recaia sobre o jovem a responsabilidade de escolher o caminho, uma vez que não é a droga que deve fazê-lo. 6 B As alternativas presentes na imagem têm por finalidade desconstruir um pensamento estético enraizado na socie- dade. Dessa forma, elas fazem como que o leitor procure rever seus conceitos e aceitar um análise mais sensível em relação à beleza. 7 B O texto jornalístico apresenta maneiras ecossustentáveis em atos simples do cotidiano. Dentre elas, “reduzir a quan- tidade de calorias, fervendo a água em recipientes tampa- dos”. 8 C A alternativa mais coerente é aquela em que se faz a ade- quada comparação entre os textos, de acordo com os obje- tivos/intenções de seus enunciadores. Isso necessariamente sobre uma função da linguagem predominante em cada um dos textos, as quais são, respectivamente, poética e referencial. 9 D Ao elaborar o anúncio, os publicitários se valem da meta- linguagem quando empregam, conscientemente, a estraté- gia de negar a característica exagerada a respeito do item anunciado. Este é o propósito de todo o texto: sinalizar a postura reguladora do conselho a fim de garantir a credi- bilidade. 10 E Na charge, o último estágio de desenvolvimento da evolu- ção humana é ilustrado por um homem arqueado, diante de um computador. Sua postura, no contexto da teoria evolucionista, pode ser interpretada como figura concreta do tema do retrocesso do desenvolvimento humano. De outro modo, é possível interpretá-la também em seu senti- do literal: a posição incorreta do corpo para o uso contínuo do computador pode acarretar problemas físicos graves à coluna e vícios de postura corporal. 11 E O pequeno fragmento do Caderno do professor, editado pela Secretaria da Educação, associa a busca por exercícios físicos à moda, que incentiva uma modelagem do corpo para melhor se prestar ao exibicionismo de uma época em que “o corpo foi descoberto, despido e modelado pelos exercícios físicos”. Tomando por base o conhecimento de mundo, pode-se inferir que esses fins não sejam compatí- veis com a promoção da saúde, incentivando, ao contrário, uma série de condutas prejudiciais, tais como a adoção de dietas não balanceadas, a ingestão de suplementos nutricionais, de drogas e de hormônios. Exercícios exclu- sivamente focados no aumento da massa muscular e na modelagem do corpo também estariam incluídos nesse contexto. Apelando para essas ilações e referências cultu- rais, pode-se sustentar a correção da alternativa E. 12 A Afirma-se que a dança integra o folclore de um povo. Considerando-o como referente às tradições de um povo, expressas nas lendas, crenças, canções e costumes, é ne- cessário, então, assinalar a alternativa que explicite a correta caracterização da dança como elemento folclórico. Isso sig- nifica que, por meio da dança, pode-se externalizar o modo pelo qual determinado povo se relaciona com o mundo. 13 B O texto pretende mostrar que houve modificações no con- ceito das lutas e das artes marciais, que originalmente se vinculavam às necessidades da guerra ou representavam uma filosofia de vida. O enunciado assinala que as lutas têm sido usadas de modo inadequado e cabe ao candidato identificar entre as opções aquela em que se ressalta a verdadeira concepção de luta, que se opõe ao uso que se tem feito dela na atualidade. 14 E A resposta a essa questão depende de inferências feitas a partir do texto. O autor apresenta as variadas formas de dança de diferentes povos, as quais podem se transformar devido às influências de outras culturas, ou devido à mu- dança dos tempos. Além disso, ele afirma que qualquer indivíduo pode dançar, não havendo pré-requisitos espe- cíficos. 15 B Essa alternativa demonstra, por meio da linguagem conci- sa, a rapidez imprescindível de que este tipo de comunica- ção necessita, visto que simula uma conversa direta e em tempo real. 16 C A partir da análise dos textos verifica-se que a única men- sagem que não necessita de auxílio da falada é a figura 4, pois os símbolos já estão explicados na figura pela escrita. 17 A Os participantes de um chat são pessoas aleatórias que podem se identificar ou não, sem determinação etária para isso, em tempo real. 18 E O hipertexto apresenta uma concepção de que a leitura é resultado da interação autor – texto – leitor. Assim, cabe a este não só captar intenções do autor, mas construir sentidos. Essa autonomia é garantida pelo hipertexto. 19 E A questão pede que se associe o Twitter à concisão, sua característica mais evidente, que permite tratar dos mais diversos assuntos, com os mais variados objetivos: provo- car humor, informar, fofocar. Como o limite dos textos é de 140 caracteres, torna-se indispensável desenvolver a expressão clara e compreensível das ideias. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 13 2/28/14 10:40 AM
  • 14. 14 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 20 D O texto afirma que as novas bases tecnológicas que foram criadas estão presentes em todos os meios produtivos da atualidade. A expressão “Divisão Digital” que acompanhou as TIC (tecnologias de informação e comunicação) faz referência às diferenças sociais, tanto que um dos seus outros nomes entre os traduzidos para o português é “Exclusão Digital”. 21 A Percebe-se pelo texto a possibilidade de criar e de recriar informações para o site em questão, o que pode provocar a aquisição de informações verdadeiras ou não. 22 C O texto serve de exemplo para a nova forma de comu- nicação, geradora da chamada cultura “blip”, por meio da qual as informações servem de base para o universo comunicativo instaurado. Da união entre público e privado, reinventa-se a privacidade. 23 D Com o advento da explosão da informação a partir da se- gunda metade do século XX, houve uma ampliação da difu- são de conhecimento. Assim, há uma maior troca de ideias de forma híbrida entre diferentes culturas, visto a facilidade proporcionada pelos meios de comunicação que surgiram na época. Com isso, há uma maior disseminação de infor- mação de forma mais democrática e interativa. 24 D A partir da leitura do infográfico, é possível perceber que a amizade assimétrica, por não ser regulada pelo filtro do mútuo conhecimento facilita a interação entre pessoas e a criação de novos amigos. Assim, fica caracterizada a opo- sição amizade simétrica - em que a reciprocidade reduz chances de conhecer novas pessoas - e a amizade assi- métrica - em que a ausência de reciprocidade possibilita ampliar o rol de amigos. análise de texto e fenômenos linguísticos 1 B 2 B 3 D 4 D 5 B 6 C 7 D 8 C 9 a) A representação é a de que o dicionário é um auxí- lio para os ignorantes, ideia contida na expressão “pai dos burros”. Ela é inadequada, porque o vocabulário de uma pessoa, por mais culta que seja, sempre é extre- mamente inferior ao número de palavras que um bom dicionário comporta, portanto ele também é um auxílio importante para as pessoas que não são ignorantes. b) O termo “pra burro” pode ser lido como uma expressão idiomática, que vale como adjunto adverbial de intensi- dade e que visa assim a enfatizar as qualidades do dicio- nário. O que produz humor é a possibilidade de outra leitura da expressão, como indicadora do leitor adequado a esse dicionário. Quebrando-se, portanto, a expectativa e gerando comicidade, chama-se a esse leitor de burro. 10 a) Para Mafalda, o termo “estrangeiro” tem como refe- rência qualquer país que não seja o dela; para Mano- lito, o país onde está quem não nasceu nele. A garota analisa o termo a partir de sua perspectiva exclusiva, por isso sua pátria não pode ser em hipótese alguma um país estrangeiro. O garoto, em contrapartida, en- tende a palavra também a partir da perspectiva de quem não é nascido onde está. Assim, para Mafalda, tudo o que está na pátria não é estrangeiro; para Ma- nolito, pode ser. b) No primeiro quadrinho, o artigo “o”, em “o país”, especifica o substantivo, determina-o como o local de origem de Mafalda. O mesmo se dá no terceiro quadri- nho, com o emprego do pronome “este”, que se refere ao país da personagem, ou seja, à sua pátria. No segundo quadrinho, o artigo “um”, em “um país estrangeiro”, indetermina o substantivo, indicando qualquer país que não seja a pátria. Por isso é que a personagem diz que o país dela não pode ser um país estrangeiro. 11 a) Como consideração inicial, convém ressalvar que a expressão “um interessante paradoxo” está inscrita numa transcrição literal da pesquisa da socióloga Bianca Freire-Medeiros. Por isso, pressupõe-se que o parado- xo seja sua opinião, e não do articulista Carlos Haag (enunciador do texto). O primeiro parágrafo estabelece uma oposição explícita entre escassez e abundância, confortos (consumo) × a privação disso. O paradoxo, portanto, é estabelecido por meio do confronto entre ser e parecer: o turista constrói um parecer de que ele mudou sua escala de valores, por ser capaz de “dar valor ao que realmente importa”. Entretanto a socióloga afirma que não houve essa transformação, uma vez que o turista, ao tomar contato com a miséria característica das favelas, reforça “as vantagens, os confortos e os benefícios do [seu] lar”. b) Eis uma das várias respostas possíveis: Um guia relatou, interpelando o interlocutor, que o turismo na favela é* um pouco invasivo porque se anda* em ruas estrei- tas, e os moradores deixam* as janelas abertas. Disse também que havia turistas inconvenientes: observavam indiscretamente o interior das casas, atitude bastante desagradável. O guia acrescentou que já tinha aconteci- do/acontecera algo similar com um colega de profissão: uma moradora estava cozinhando no fogão, que ficava ao lado da janela, e um turista tinha passado/passara, tinha posto/pusera a mão pela janela e tinha aberto/ abrira a tampa da panela. Ela, enfurecida, tinha batido/ batera na mão dele. Obs.: *o presente do indicativo, nesses casos, indica ação de duração costumeira e não admite distinção nítida entre anterioridade e posterioridade. 12 a) As imagens ajudam a distinguir os sentidos que o termo polissêmico “globo” assume na propaganda. A repre- sentação esférica do planeta é associada ao periódico, pois a América do Sul está coberta pela primeira página do jornal. Portanto o trecho “o GLOBO é avançado” deve ser lido em sentido metafórico, relacionado aos temas figurativizados pela imagem da esfera (globa- lização, maior integração entre as nações, avanços científicos e tecnológicos). Já a imagem em formato cúbico figurativiza o modo conservador de ver o mun- do, o que se reforça pelo termo “quadrado” — que na língua corrente significa “retrógrado”, “antiquado”. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 14 2/28/14 10:40 AM
  • 15. GABARITO 15Pré-vestibular extensivo | caderno 2 b) A propaganda investe no jornal a qualidade de ser pro- gressista, pois afirma que, se estivesse envolto por um mundo retrógrado, ainda assim “O GLOBO” superaria as limitações de seu tempo e estaria à frente dele. 13 a) A personagem que defende o acordo ortográfico tem por base o pressuposto de que ele instaura a padro- nização da língua, a unificação do idioma. Na prática, isso significa que, por força do acordo, a língua portu- guesa passaria a ser falada da mesma maneira em to- dos os países lusófonos. Tal pressuposto é inadequado porque não se trata de unificação do idioma, mas da unificação das normas que regem a grafia das palavras do idioma. b) Na tira, o pressuposto é efetivamente quebrado. Com efeito, um livro, editado em Portugal e apresentado como já adaptado às normas do acordo, traz peculiaridades de linguagem que prejudicam sua compreensão por um brasileiro. O próprio personagem que defendia o acordo não sabe o que é “bica” e “peúgas”. Ou seja, o acordo ortográfico não unifica o idioma. 14 a) Considerando que a carne de gato é bastante semelhan- te à de lebre, mas de qualidade inferior, duas paráfrases possíveis seriam: “Não adquira um produto de qualida- de inferior crendo que é superior” ou “não adquira um produto guiando-se apenas pela aparência”. b) A expressão idiomática “Não leve gato por lebre” alerta para o risco de o consumidor se deixar iludir e adquirir um produto que aparenta ser de qualidade superior, mas na verdade não é. Ao afirmar que “Só Bom Bril é Bom Bril”, a propaganda manifesta que nenhum outro produto se iguala a “Bom Bril” (lebre), sendo os de- mais de qualidade inferior (gatos). Pode-se considerar também que o termo “Bom Bril” — por um processo metonímico em que o nome de uma marca é usado para designar o produto, tal qual em Gillete, por exem- plo — é comumente usado para referir-se ao produto “palha de aço”, qualquer que seja sua marca. Assim, a propaganda também lembra o consumidor de que imitações (gatos), apesar de comumente chamadas de “Bom Bril”, não têm a qualidade do verdadeiro Bom Bril (lebre). Módulo 14 Exercícios 5 A visão do autor é, simplesmente, mostrar um grupo que tem preferências contrárias ao grupo da maioria. Escolhe um termo que causa um estranhamento, mas totalmente pertinente pelo contexto. 6 Proporcionar uma quebra na leitura padrão e provocar uma reflexão maior no leitor. 7 a) O “mas”, do 1º parágrafo, e “evidentemente”, no início do 2º parágrafo. b) Primeiramente, fazer o leitor aderir à leitura; por isso, aproximando-se na linguagem. Em seguida, o autor trata o assunto com mais seriedade e a análise passa a apresentar elementos racionais. 8 Uma saudação “religiosa” a uma festividade popular. Tratar algo simplista de forma mais elevada. 9 Com a colocação dos artigos definidos, passou-se a especi- ficar mais os substantivos em questão. Com isso, houve uma mudança radical de sentido. Na primeira sentença, colocava- -se apenas uma caracterização do termo “franzinos”. redação em prática 1a parte – Construir a interdisciplinaridade e a proposta de intervenção 1 a) O esquema deve ser feito com sugestões interdiscipli- nares para ajudar na fundamentação dos parágrafos. – O Brasil tem uma formação histórica que deixa o po- der político na mão de poucos, muitas vezes coronéis, o que não facilita uma atuação na esfera pública em favor dos marginalizados. – O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão e, quando o fez, não tratou da questão social. Novos cidadãos não tinham espaço no âmbito econômico. – Nunca foi feita a reforma agrária no país, e o latifúndio sempre foi priorizado. A divisão do país em algumas capitanias hereditárias é uma prova disso. – A economia brasileira se baseou, durante a coloniza- ção, na monocultura agrícola. Isso provocou um atraso na industrialização e uma escassa oferta de empregos. – Dentro de um contexto de economia mundial, o Brasil ocupou durante muito tempo uma posição de forne- cedor de mão de obra barata e de não exportador ou produtor de tecnologia. Com isso, a produção de ri- queza não foi satisfatória, pois o país sempre precisou importar tecnologia, gastando muito dinheiro com o comércio desse produto. Obs.: Mais ideias podem ser produzidas, tendo em vista que a interdisciplinaridade deve estar sempre em função da abordagem do tema e da argumentação. b) O Brasil tem seus alicerces fundacionais baseados na exclusão da maioria de todas as esferas que poderiam proporcionar um certo nivelamento social. No âmbito político, o coronelismo concentrou o poder de deci- são na mão de poucos. Além disso, a concentração de terras, que tem sua origem no sistema de capitanias hereditárias em que o país estava dividido entre poucos mandatários, perpetuou-se. Fatos históricos como esses acarretaram uma exclusão clara e ajudaram a manter a pobreza no país. c) O país tem uma permanente dificuldade de produzir riqueza. Com um passado agrário monocultor e uma inserção na economia mundial baseada no forneci- mento de matéria-prima, o Brasil não conseguiu, por muito tempo, criar um fluxo de capital favorável com o intuito de enriquecer a nação. Sem produzir bens que agreguem valor realmente significativo, como tecnologia de ponta, o país teve problemas, durante várias décadas, para fazer a economia crescer. Isso provocou uma escassez de recursos para a distribui- ção, ajudando a perpetuar um contexto de pobreza e miséria. d) Em um contexto de grave miséria e desigualdade, me- didas de efeito imediato são importantes para ame- nizar uma necessidade latente, e decisões de alcance 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 15 2/28/14 10:40 AM
  • 16. 16 Pré-vestibular extensivo | caderno 2 estrutural são fundamentais para a resolução definitiva. Um acompanhamento social, tendo em vista a assis- tência alimentar e médica, é importante para combater o problema da fome, pois essa atrapalha a educação por motivos biológicos. Além disso, investimentos em produção de tecnologia, a partir de cursos técnicos em zonas periféricas, são necessários para solucionar a questão a longo prazo. 2 Quanto à construção do argumento, é importante que o aluno reconheça que a ideia central do parágrafo – a ca- pacidade, inerente à religião, de compreender o mundo – não é bem trabalhada e, principalmente, não chega a ser fundamentada. Assim, a interdisciplinaridade, que seria importante para a fundamentação também, não recebe a atenção que poderia ter recebido, de modo a explorar a essência de tal recurso. Sugestão de parágrafo: A religião, importante ao homem por trazer explicações a fenômenos tanto objetivos quanto subjetivos, criva-se como essencial não apenas em momentos de crise. Seja na Grécia Antiga – quando, no apogeu da civilização, o politeísmo assume grande peso –, seja nos dias atuais – em que a contempo- raneidade é traduzida pela multiplicidade de crenças –, a religião representa, ao indivíduo, a possibilidade de com- preensão do mundo. Nesse sentido, de filósofos gregos e troianos aos norte-americanos e japoneses, a coerência religiosa é mais do que uma opção, é uma faculdade ine- rente à humanidade. 3 a) Não. A conclusão não propõe uma intervenção eficaz por não trazer uma problemática formulada. Isso quer dizer que nem todos os temas exigem uma proposta de intervenção, por não formularem, de fato, um conflito. b) Sugestão de respostas: Situação-problema: A multipli- cidade que marca a cidade traduz a impossibilidade de formulação de uma identidade específica. Solução: A identidade de uma determinada cidade não precisa ser, por essência, homogênea e uniforme. 4 Para, enfim, desenvolver uma noção ativa de cidadania, o povo brasileiro precisa refletir sobre dois graves problemas: a importância dos investimentos em saúde e em educação e o senso de liberdade cívica. O cidadão não precisa ser substituído, mas alimentado, educado, instruído. A liber- dade cívica exige como contrapartida o senso de liberdade do outro. Logo, a prioridade deve ser a construção de um aparato público em que a essência do governo democrático possa conciliar os interesses divergentes. A ausência da cul- tura cívica compromete o exercício dos direitos políticos, e o cidadão político só é eficaz quando se apoia nos ombros do cidadão civil. 2a parte Coletânea texto 1: a primeira coletânea nos mostra que, contrariando aspectos históricos brasileiros, o crime deixou de ser “coisa de pobre”. Anteriormente, verificava-se uma maior incidência na taxa de criminalidade entre a popula- ção mais pobre da sociedade. Hoje em dia, no entanto, o que se verifica é uma “democratização” das cadeias, com a presença, cada vez mais evidente, de presos oriundos da classe média. Ainda de acordo com o texto, isso se justificaria pelo desejo insaciável dos jovens de consumir, o que os leva a cometer pequenos delitos. Além disso, há, na prática desses crimes, um teor de exibicionismo e de demonstração de poder. O sentimento de frustração, muitas vezes em não conseguir manter o padrão de vida da juventude leva a população da classe média a uma sen- sação de frustração e impotência, mais uma justificativa, ainda segundo o texto, para o ingresso da classe média no mundo do crime. Coletânea texto 2: a charge presente no segundo texto da coletânea ratifica a ideia defendida no primeiro texto de que o crime, nos dias atuais, não se limita à classe mais baixa da população. Isso se verifica pela caracterização do personagem à esquerda do quadrinho, de bermuda, chinelo e gorro representando a classe baixa da população, que chega para assaltar o menino rico, de classe média, caracterizado pelos bolsos cheios de dinheiro. Ao abor- dar a “vítima” a ideia é confirmada na medida em que o garoto classe média também apresenta uma arma e se mostra habituado à situação, pois além de considerar o assaltante um “colega de trabalho” lida de forma natural com a abordagem do criminoso. O aluno deve perceber a importância da observação de pequenos detalhes para interpretar de forma completa a mensagem expressa em charges e caricaturas. Tese: ao contrário do que se pode imaginar, o alto índice de crimes praticados pela classe média não está ligado à busca por bens materiais, mas mais do que isso, é devido a uma destruição dos valores familiares e educacionais, o que gera uma insatisfação permanente e um desejo de transgressão. Argumento 1: o aluno pode abordar o argumento da en- trada da mulher no mercado de trabalho como causa para uma nova formação familiar: a mulher, ausente, transfere o papel de mãe para empregados e outros membros da família. Neste parágrafo, o aluno pode recorrer a uma in- terdisciplinaridade histórica, ilustrado seu argumento com a luta feminista por igualdade de direitos. Argumento 2: o jovem busca, inevitavelmente, o ca- minho mais fácil para alcançar seus objetivos. O aluno pode abordar a ideia de que o crime traz efeitos imediatos e esse imediatismo, muitas vezes, transgride leis e cria uma sensação de poder diante do mundo. Aproveitando a ideia do imediatismo, o aluno poderá recorrer à litera- tura para sua citação interdisciplinar, como o carpe diem por exemplo. Argumento 3: neste parágrafo, o aluno poderá ratificar sua tese e para isso questionar como duas realidades tão diferentes (o rico e o pobre) conseguem uma interação, ainda que no mundo do crime. Isso pode ser justificado, por exemplo, por meio do desenvolvimento de um argumento que defenda a ideia de que o jovem, ao ingressar no mundo do crime, está, de fato, interessado no diferente e não na aquisição de bens materiais. É a busca pela ausência, pela falta e, ao mesmo tempo o oferecimento de outra realidade que permite a interação entre realidades tão diferentes. Como proposta de intervenção para a conclusão, o aluno poderá desenvolver uma das ideias abaixo: – reavaliação da estrutura familiar; – não favorecimento da classe alta no momento da aplica- ção de penas para os delitos cometidos; – despertar a consciência de que o foco do problema não está apenas na classe menos favorecida, e adotar, assim, medidas educacionais que busquem atingir também a classe média. 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 16 2/28/14 10:40 AM
  • 17. GABARITO 17Pré-vestibular extensivo | caderno 2 análise de texto e fenômenos linguísticos 1 B 2 D 3 B 4 A 5 C 6 D 7 D 8 C 9 A 10 B 11 D 12 A 13 A 14 C 15 C 16 D 17 C 18 C 19 A 20 B 21 C Módulo 15 análise de texto e fenômenos linguísticos 1 B 2 C 3 D 4 A 5 A 6 C 7 A 8 B 9 C 10 C 11 D 12 A 13 D 14 A 15 C 16 D 17 B 18 A 19 D 20 A Módulo 16 análise de texto e fenômenos linguísticos 1 B 2 C 3 D 4 A 5 A 6 B 7 A 8 B 9 C 10 C 11 D 12 A 13 D 14 A 15 C 16 D 17 B 18 A 19 D 001-040_PH_MP_POR2_C2.indd 17 2/28/14 10:40 AM