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Cultura Língua e Comunicação



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                                 que esta curiosidade perante o Mundo o
                                 acompanhou até à morte. Formou-se numa
                                 escola técnica. O seu primeiro emprego foi de
                                 serralheiro mecânico. Fascinado pelos livros,
                                 visitava, à noite, com grande frequência, a
Biblioteca Municipal Central — Palácio Galveias.

   Aos 25 anos, publica o primeiro romance Terra do Pecado (1947), no
mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante, fruto do primeiro casamento
com Ilda Reis – com quem se casou em 1944 e com quem permaneceu até
1970. Nessa época, Saramago era funcionário público. Em 1988, casar-se-ia
com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del Río Sánchez, que
conheceu em 1986 e ao lado da qual viveu até à morte.

    Depois de Terra do Pecado, Saramago apresentou ao seu editor o livro
Clarabóia que, depois de rejeitado, permanece inédito até à data de hoje.
Persiste, contudo, nos esforços literários e, dezanove anos depois, funcionário,
então, da Editorial Estudos Cor, troca a prosa pela poesia, lançando Os
Poemas Possíveis. Num espaço de cinco anos, pública, sem alarde, mais dois
livros de poesia: Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). É
quando troca também de emprego, abandonando a Estudos Cor para trabalhar
no Diário de Notícias (DN) e, depois, no Diário de Lisboa. Em 1975, retorna ao
DN como Director-Adjunto, onde permanece por dez meses, até 25 de
Novembro do mesmo ano, quando os militares portugueses intervêm na
publicação (reagindo ao que consideravam os excessos da Revolução dos
Cravos) demitindo vários funcionários. É, hoje, controverso o modo ditatorial
como saneou jornalistas do DN. Demitido, Saramago resolve dedicar-se
apenas à literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionista.

   Da experiência vivida nos jornais, restaram quatro crónicas: Deste Mundo e
do Outro, 1971, A Bagagem do Viajante, 1973, As Opiniões que o DL Teve,

Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
Cultura Língua e Comunicação

1974 e Os Apontamentos, 1976. Mas não são as crónicas, nem os contos, nem
o teatro o responsável por fazer de Saramago um dos autores portugueses de
maior destaque - esta missão está reservada aos seus romances, género a que
retorna em 1977.

    Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago retornou ao
mundo da prosa ficcional com Manual de Pintura e Caligrafia. Mas ainda não
foi aí que o autor definiu o seu estilo. As marcas características do estilo
Saramaguiano só apareceriam com Levantado do Chão (1980), livro no qual o
autor retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo.

    Dois anos depois de Levantado do Chão (1982), surge o romance Memorial
do Convento, livro que conquista definitivamente a atenção de leitores e
críticos. Nele, Saramago misturou factos reais com personagens inventados.

    De 1980 a 1991, o autor trouxe a lume mais quatro romances que remetem
a factos da realidade material, problematizando a interpretação da "história"
oficial: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) - sobre as andanças do
heterónimo de Fernando Pessoa por Lisboa; A Jangada de Pedra (1986) - em
que se questiona o papel Ibérico na então CEE através da metáfora da
Península Ibérica soltando-se da Europa e encontrando o seu lugar entre a
velha Europa e a nova América; História do Cerco de Lisboa (1989) - onde um
revisor é tentado a introduzir um "não" no texto histórico que corrige, mudando-
lhe o sentido; e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) - onde Saramago
reescreve o livro sagrado sob a óptica de um Cristo que não é Deus e se
revolta contra o seu destino e onde, a fundo, questiona o lugar de Deus, do
cristianismo, do sofrimento e da morte. (sendo esta a sua obra mais
controversa).

   Nos anos seguintes, entre 1995 e 2005, Saramago publicou mais seis
romances, dando início a uma nova fase em que os enredos não se
desenrolam mais em locais ou épocas determinados e personagens dos anais
da história se ausentam: Ensaio Sobre a Cegueira (1995); Todos os Nomes
(1997); A Caverna (2001); O Homem Duplicado (2002); Ensaio Sobre a
Lucidez (2004); e As Intermitências da Morte (2005). Nessa fase, Saramago
penetrou de maneira mais investigadora os caminhos da sociedade
contemporânea, questionando a sociedade capitalista e o papel da existência
humana condenada à morte.

   Saramago faleceu no dia 18 de Junho de 2010, aos 87 anos de idade, na
sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de
leucemia crónica. O escritor estava doente havia algum tempo e o seu estado
de saúde agravou-se na sua última semana de vida.




Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
Cultura Língua e Comunicação

  O seu funeral teve Honras de Estado, tendo o seu corpo sido cremado no
Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.



                                     A Sua Obra

   Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores. (…) Basta
pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os
acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às
necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e
outras não menos arriscadas acrobacias.




                                   Obras publicadas

                                      Romances

Terra do Pecado, 1947

Manual de Pintura e Caligrafia, 1977

Levantado do Chão, 1980

Memorial do Convento, 1982

O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984

A Jangada de Pedra, 1986

História do Cerco de Lisboa, 1989

O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991

Ensaio Sobre a Cegueira, 1995

Todos os Nomes, 1997

A Caverna, 2000

O Homem Duplicado, 2002

Ensaio Sobre a Lucidez, 2004

As Intermitências da Morte, 2005

A Viagem do Elefante, 2008

Caim, 2009


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Cultura Língua e Comunicação

                                   Prémios
   De entre as premiações destacam-se o Prémio Camões (1995) -
distinção máxima oferecida aos escritores de língua portuguesa; o
Nobel de Literatura (1998) - o primeiro concedido a um escritor de
língua portuguesa, pela obra Memorial do Convento.



                                     Polémicas

    A carreira de Saramago foi acompanhada de diversas polémicas. As suas
opiniões pessoais sobre religião ou sobre a luta internacional contra o
terrorismo são muito discutidas e algumas resultam mesmo em acusações de
diversos quadrantes.

   Entre os vários textos que escreveu nunca escondeu que acreditava na
instauração de regime socialista recorrendo à força das armas. São dele as
afirmações: ―Ou esta Revolução se suicida (...) ou se recupera pela única via
que lhe deixam aqueles que a querem liquidar‖, "a violência revolucionária é
uma legítima defesa quando está em causa a vida e o futuro de um povo
inteiro" e "O regresso aos quartéis, que alguns teimam em preconizar, nada
resolveria as Forças Armadas, tendo sido MFA no seu sector progressista, não
podem recuperar neutralidades utópicas: mais vale, portanto, que, mesmo em
conflito, continuem no primeiro plano da acção política. Mas cuidado, o tempo
não espera". Estas afirmações consistiam num apelo implícito ao golpe militar,
que poderia mergulhar o país na guerra civil. De facto, no dia seguinte à
publicação destas afirmações, 25 de Novembro de 1974, sectores da esquerda
radical levam a cabo uma tentativa de golpe de estado falhado, assinalando
também o fim da influência de Saramago no DN.



                    Integração de Portugal numa Federação Ibérica

    Em entrevista ao jornal Diário de Notícias em 15 de Julho de 2007,
Saramago afirmou que a integração entre Espanha e Portugal é uma forte
probabilidade e que os portugueses só teriam a ganhar se Portugal fosse
integrado na Espanha, país no qual se auto-exilou (na ilha de Lanzarote) e que
viu como seu a atribuição do Nobel da Literatura.

    A ida para Lanzarote conta mais sobre o escritor do que deixa transparecer
a justificativa corrente (a medida censória portuguesa). A decisão tem um
carácter revelador, tanto mais se se levar em conta que, neste caso, "mais
oriental" significa dizer mais próximo de Portugal e do continente europeu.



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Cultura Língua e Comunicação

     O seu sentido Crítico Críticas a Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)

     Na sua passagem por Roma em 14 de Outubro de 2009, Saramago
chamou Joseph Alois Ratzinger, actualmente conhecido como Papa Bento XVI,
de "cínico", dizendo que a "insolência reaccionária" da Igreja Católica precisa
ser combatida com a "insolência da inteligência viva"

    De entre as suas principais declarações, estavam a de que Ratzinger tenha
a coragem de invocar Deus para reforçar o seu neomedievalismo universal, um
Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café,
mostra apenas o absoluto cinismo intelectual" dele. Disse também que " [a]s
insolências reaccionárias da Igreja Católica precisam de ser combatidas com a
insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não
podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos
representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no
poder".

   Afirmando ainda que a Igreja não se importa com o destino das almas e que
sempre procurou apenas controlar os seus corpos, e que o pouco compromisso
dos escritores e intelectuais poderia ser uma das causas da crise da
democracia, o escritor alertou que o fascismo está a crescer na Europa e
mostrou-se convencido de que, nos próximos anos "atacará com força". Por
isso, ressaltou, "temos que nos preparar para enfrentar o ódio e a sede de
vingança que os fascistas estão a alimentar".



                                   Oposição da Igreja Católica

                  Saramago encontrou sempre fortes críticas e oposição na
             Igreja Católica, que não aceita o exercício dessa liberdade
             democrática de Saramago (daí o facto de ele se referir a esta
             como "fascista" com frequência). Os protestantes (ou evangélicos)
             já declararam publicamente apoiar a liberdade de expressão do
             autor. E essa relação de tensão com a Igreja Católica é agravada
devido à origem portuguesa de Saramago, local onde o catolicismo ainda é
muito forte e discuti-lo ainda é um tabu.

    A interpretação que Saramago faz da Bíblia é a de que ela é um "manual de
maus costumes", cheio de "um catálogo de crueldade e do pior da natureza
humana", e que para uma pessoa comum a decifrar, precisaria de ter "um
teólogo ao lado". E cita para sustentar isso o episódio de violência relatados na
Bíblia, como sacrifício de Isaac, a destruição de Sodoma ou a vida de Job, por
exemplo. Para Saramago, todos eles revelam que "Deus não é de fiar".. Muito
pelo contrário, ele até mesmo estimula a leitura bíblica: "Sobre o livro sagrado,


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eu costumo dizer: lê a Bíblia e perde a fé!", diz Saramago. Na verdade, ele
apenas quer ter o direito de expressar a sua opinião.

    Porém, Saramago não deixa de reconhecer que a "Bíblia tem coisas
admiráveis do ponto de vista literário" e "muita coisa que vale a pena ler",
estando, entre elas, os Salmos, com páginas "belíssimas", o Cântico dos
Cânticos, e a parábola do semeador contada por Jesus.

    A relação de tensão de Saramago com a Igreja Católica cresceu fortemente
após a publicação do livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" em 1991, que
foi adaptado para o teatro em 2001. O livro foi motivo de fortes críticas por
parte de católicos que se consideraram ofendidos pela leitura secular que
Saramago faz da personagem Jesus.

  A Igreja Católica não gostou da atribuição do Prémio Nobel a Saramago
Romano: ―Saramago é, ideologicamente, um comunista inveterado.‖

     O lançamento do livro Caim (2009) voltou a suscitar "incompreensões,
resistência, ódios velhos", conforme Saramago. "Desperto muitos anticorpos
em certas pessoas", acrescenta, acusando várias vezes responsáveis da Igreja
Católica (mas não protestantes ou judeus) de terem comentado o livro que
ainda não leram – de facto, as pessoas foram instadas a comentar as
declarações sobre a Bíblia, feitas por Saramago.

    E, realmente, após o lançamento de Caim, várias vozes católicas se
insurgiram contra Saramago. Ele foi acusado (como se ele fosse um "herege",
e não um escritor) pelo padre José Tolentino Mendonça, director do
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, de fazer uma leitura ingénua,
ideológica e manipuladora da Bíblia.

    Sobre tais opiniões, Saramago, com sarcasmo, disse: "Dizem que li a Bíblia
com ingenuidade porque é necessário fazer uma interpretação simbólica, ou
seja, aquilo que ali está escrito não tem sentido por si. E levou mil anos a ser
escrito‖. Ainda sobre a alegação de "ingenuidade", respondeu: "Abençoada
ingenuidade que me permitiu ler o que lá está e não qualquer operação de
prestidigitação, dessas em que a exegese é pródiga, forçando as palavras a
dizerem apenas o que interessa à igreja. Leio e falo sobre o que leio‖.

   Após a morte de Saramago, o jornal oficial do Vaticano chamou o escritor
de "populista extremista" e "ideólogo anti-religioso‖.

              Perseguição religiosa de católicos a Saramago
   Após ter enfrentado forte perseguição religiosa com o lançamento do livro
"O Evangelho Segundo Jesus Cristo" em 1991, o que culminou com a sua
mudança de Portugal para a Espanha pouco depois o lançamento de Caim em


Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
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2009, mesmo em pleno século XXI, voltou a render-lhe mais perseguição
religiosa.

     O poeta Manuel Alegre, sobre tais acontecimentos, declarou: "Isto é uma
história portuguesa cheia de preconceitos e fantasmas. Em primeiro lugar é
preciso ler o livro de José Saramago. Ele é um grande escritor, mas parece que
não se perdoa a Saramago, ser um grande escritor da língua portuguesa, ser
um Prémio Nobel e não ser um homem religioso". "Ele escreveu um livro, mas
não vejo ninguém discutir o livro. Só vejo discutir as opiniões que com todo o
direito ele expressou sobre a Bíblia". Conforme questiona Alegre, "As pessoas
podem não estar de acordo com aquilo que ele diz, mas como é que se pode
pôr em causa a seriedade de um homem que diz aquilo que pensa". Ele
considera tais acontecimentos como "um preconceito" e "resquícios de
dogmatismo".




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Biografia de José Saramago

  • 1. Cultura Língua e Comunicação Biografia de José Saramago José Saramago nasceu na vila de Azinhaga, no concelho da Golegã, de uma família de pais e avós agricultores. A sua vida é passada grande parte em Lisboa, para onde a família se muda em 1924 – era um menino de apenas dois anos de idade. Dificuldades económicas impedem-no de entrar na universidade. Demonstra desde cedo interesse pelos estudos e pela cultura, sendo que esta curiosidade perante o Mundo o acompanhou até à morte. Formou-se numa escola técnica. O seu primeiro emprego foi de serralheiro mecânico. Fascinado pelos livros, visitava, à noite, com grande frequência, a Biblioteca Municipal Central — Palácio Galveias. Aos 25 anos, publica o primeiro romance Terra do Pecado (1947), no mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante, fruto do primeiro casamento com Ilda Reis – com quem se casou em 1944 e com quem permaneceu até 1970. Nessa época, Saramago era funcionário público. Em 1988, casar-se-ia com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del Río Sánchez, que conheceu em 1986 e ao lado da qual viveu até à morte. Depois de Terra do Pecado, Saramago apresentou ao seu editor o livro Clarabóia que, depois de rejeitado, permanece inédito até à data de hoje. Persiste, contudo, nos esforços literários e, dezanove anos depois, funcionário, então, da Editorial Estudos Cor, troca a prosa pela poesia, lançando Os Poemas Possíveis. Num espaço de cinco anos, pública, sem alarde, mais dois livros de poesia: Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). É quando troca também de emprego, abandonando a Estudos Cor para trabalhar no Diário de Notícias (DN) e, depois, no Diário de Lisboa. Em 1975, retorna ao DN como Director-Adjunto, onde permanece por dez meses, até 25 de Novembro do mesmo ano, quando os militares portugueses intervêm na publicação (reagindo ao que consideravam os excessos da Revolução dos Cravos) demitindo vários funcionários. É, hoje, controverso o modo ditatorial como saneou jornalistas do DN. Demitido, Saramago resolve dedicar-se apenas à literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionista. Da experiência vivida nos jornais, restaram quatro crónicas: Deste Mundo e do Outro, 1971, A Bagagem do Viajante, 1973, As Opiniões que o DL Teve, Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
  • 2. Cultura Língua e Comunicação 1974 e Os Apontamentos, 1976. Mas não são as crónicas, nem os contos, nem o teatro o responsável por fazer de Saramago um dos autores portugueses de maior destaque - esta missão está reservada aos seus romances, género a que retorna em 1977. Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago retornou ao mundo da prosa ficcional com Manual de Pintura e Caligrafia. Mas ainda não foi aí que o autor definiu o seu estilo. As marcas características do estilo Saramaguiano só apareceriam com Levantado do Chão (1980), livro no qual o autor retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo. Dois anos depois de Levantado do Chão (1982), surge o romance Memorial do Convento, livro que conquista definitivamente a atenção de leitores e críticos. Nele, Saramago misturou factos reais com personagens inventados. De 1980 a 1991, o autor trouxe a lume mais quatro romances que remetem a factos da realidade material, problematizando a interpretação da "história" oficial: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) - sobre as andanças do heterónimo de Fernando Pessoa por Lisboa; A Jangada de Pedra (1986) - em que se questiona o papel Ibérico na então CEE através da metáfora da Península Ibérica soltando-se da Europa e encontrando o seu lugar entre a velha Europa e a nova América; História do Cerco de Lisboa (1989) - onde um revisor é tentado a introduzir um "não" no texto histórico que corrige, mudando- lhe o sentido; e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) - onde Saramago reescreve o livro sagrado sob a óptica de um Cristo que não é Deus e se revolta contra o seu destino e onde, a fundo, questiona o lugar de Deus, do cristianismo, do sofrimento e da morte. (sendo esta a sua obra mais controversa). Nos anos seguintes, entre 1995 e 2005, Saramago publicou mais seis romances, dando início a uma nova fase em que os enredos não se desenrolam mais em locais ou épocas determinados e personagens dos anais da história se ausentam: Ensaio Sobre a Cegueira (1995); Todos os Nomes (1997); A Caverna (2001); O Homem Duplicado (2002); Ensaio Sobre a Lucidez (2004); e As Intermitências da Morte (2005). Nessa fase, Saramago penetrou de maneira mais investigadora os caminhos da sociedade contemporânea, questionando a sociedade capitalista e o papel da existência humana condenada à morte. Saramago faleceu no dia 18 de Junho de 2010, aos 87 anos de idade, na sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de leucemia crónica. O escritor estava doente havia algum tempo e o seu estado de saúde agravou-se na sua última semana de vida. Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
  • 3. Cultura Língua e Comunicação O seu funeral teve Honras de Estado, tendo o seu corpo sido cremado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa. A Sua Obra Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores. (…) Basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias. Obras publicadas Romances Terra do Pecado, 1947 Manual de Pintura e Caligrafia, 1977 Levantado do Chão, 1980 Memorial do Convento, 1982 O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984 A Jangada de Pedra, 1986 História do Cerco de Lisboa, 1989 O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991 Ensaio Sobre a Cegueira, 1995 Todos os Nomes, 1997 A Caverna, 2000 O Homem Duplicado, 2002 Ensaio Sobre a Lucidez, 2004 As Intermitências da Morte, 2005 A Viagem do Elefante, 2008 Caim, 2009 Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
  • 4. Cultura Língua e Comunicação Prémios De entre as premiações destacam-se o Prémio Camões (1995) - distinção máxima oferecida aos escritores de língua portuguesa; o Nobel de Literatura (1998) - o primeiro concedido a um escritor de língua portuguesa, pela obra Memorial do Convento. Polémicas A carreira de Saramago foi acompanhada de diversas polémicas. As suas opiniões pessoais sobre religião ou sobre a luta internacional contra o terrorismo são muito discutidas e algumas resultam mesmo em acusações de diversos quadrantes. Entre os vários textos que escreveu nunca escondeu que acreditava na instauração de regime socialista recorrendo à força das armas. São dele as afirmações: ―Ou esta Revolução se suicida (...) ou se recupera pela única via que lhe deixam aqueles que a querem liquidar‖, "a violência revolucionária é uma legítima defesa quando está em causa a vida e o futuro de um povo inteiro" e "O regresso aos quartéis, que alguns teimam em preconizar, nada resolveria as Forças Armadas, tendo sido MFA no seu sector progressista, não podem recuperar neutralidades utópicas: mais vale, portanto, que, mesmo em conflito, continuem no primeiro plano da acção política. Mas cuidado, o tempo não espera". Estas afirmações consistiam num apelo implícito ao golpe militar, que poderia mergulhar o país na guerra civil. De facto, no dia seguinte à publicação destas afirmações, 25 de Novembro de 1974, sectores da esquerda radical levam a cabo uma tentativa de golpe de estado falhado, assinalando também o fim da influência de Saramago no DN. Integração de Portugal numa Federação Ibérica Em entrevista ao jornal Diário de Notícias em 15 de Julho de 2007, Saramago afirmou que a integração entre Espanha e Portugal é uma forte probabilidade e que os portugueses só teriam a ganhar se Portugal fosse integrado na Espanha, país no qual se auto-exilou (na ilha de Lanzarote) e que viu como seu a atribuição do Nobel da Literatura. A ida para Lanzarote conta mais sobre o escritor do que deixa transparecer a justificativa corrente (a medida censória portuguesa). A decisão tem um carácter revelador, tanto mais se se levar em conta que, neste caso, "mais oriental" significa dizer mais próximo de Portugal e do continente europeu. Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
  • 5. Cultura Língua e Comunicação O seu sentido Crítico Críticas a Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) Na sua passagem por Roma em 14 de Outubro de 2009, Saramago chamou Joseph Alois Ratzinger, actualmente conhecido como Papa Bento XVI, de "cínico", dizendo que a "insolência reaccionária" da Igreja Católica precisa ser combatida com a "insolência da inteligência viva" De entre as suas principais declarações, estavam a de que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar o seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual" dele. Disse também que " [a]s insolências reaccionárias da Igreja Católica precisam de ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no poder". Afirmando ainda que a Igreja não se importa com o destino das almas e que sempre procurou apenas controlar os seus corpos, e que o pouco compromisso dos escritores e intelectuais poderia ser uma das causas da crise da democracia, o escritor alertou que o fascismo está a crescer na Europa e mostrou-se convencido de que, nos próximos anos "atacará com força". Por isso, ressaltou, "temos que nos preparar para enfrentar o ódio e a sede de vingança que os fascistas estão a alimentar". Oposição da Igreja Católica Saramago encontrou sempre fortes críticas e oposição na Igreja Católica, que não aceita o exercício dessa liberdade democrática de Saramago (daí o facto de ele se referir a esta como "fascista" com frequência). Os protestantes (ou evangélicos) já declararam publicamente apoiar a liberdade de expressão do autor. E essa relação de tensão com a Igreja Católica é agravada devido à origem portuguesa de Saramago, local onde o catolicismo ainda é muito forte e discuti-lo ainda é um tabu. A interpretação que Saramago faz da Bíblia é a de que ela é um "manual de maus costumes", cheio de "um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana", e que para uma pessoa comum a decifrar, precisaria de ter "um teólogo ao lado". E cita para sustentar isso o episódio de violência relatados na Bíblia, como sacrifício de Isaac, a destruição de Sodoma ou a vida de Job, por exemplo. Para Saramago, todos eles revelam que "Deus não é de fiar".. Muito pelo contrário, ele até mesmo estimula a leitura bíblica: "Sobre o livro sagrado, Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
  • 6. Cultura Língua e Comunicação eu costumo dizer: lê a Bíblia e perde a fé!", diz Saramago. Na verdade, ele apenas quer ter o direito de expressar a sua opinião. Porém, Saramago não deixa de reconhecer que a "Bíblia tem coisas admiráveis do ponto de vista literário" e "muita coisa que vale a pena ler", estando, entre elas, os Salmos, com páginas "belíssimas", o Cântico dos Cânticos, e a parábola do semeador contada por Jesus. A relação de tensão de Saramago com a Igreja Católica cresceu fortemente após a publicação do livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" em 1991, que foi adaptado para o teatro em 2001. O livro foi motivo de fortes críticas por parte de católicos que se consideraram ofendidos pela leitura secular que Saramago faz da personagem Jesus. A Igreja Católica não gostou da atribuição do Prémio Nobel a Saramago Romano: ―Saramago é, ideologicamente, um comunista inveterado.‖ O lançamento do livro Caim (2009) voltou a suscitar "incompreensões, resistência, ódios velhos", conforme Saramago. "Desperto muitos anticorpos em certas pessoas", acrescenta, acusando várias vezes responsáveis da Igreja Católica (mas não protestantes ou judeus) de terem comentado o livro que ainda não leram – de facto, as pessoas foram instadas a comentar as declarações sobre a Bíblia, feitas por Saramago. E, realmente, após o lançamento de Caim, várias vozes católicas se insurgiram contra Saramago. Ele foi acusado (como se ele fosse um "herege", e não um escritor) pelo padre José Tolentino Mendonça, director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, de fazer uma leitura ingénua, ideológica e manipuladora da Bíblia. Sobre tais opiniões, Saramago, com sarcasmo, disse: "Dizem que li a Bíblia com ingenuidade porque é necessário fazer uma interpretação simbólica, ou seja, aquilo que ali está escrito não tem sentido por si. E levou mil anos a ser escrito‖. Ainda sobre a alegação de "ingenuidade", respondeu: "Abençoada ingenuidade que me permitiu ler o que lá está e não qualquer operação de prestidigitação, dessas em que a exegese é pródiga, forçando as palavras a dizerem apenas o que interessa à igreja. Leio e falo sobre o que leio‖. Após a morte de Saramago, o jornal oficial do Vaticano chamou o escritor de "populista extremista" e "ideólogo anti-religioso‖. Perseguição religiosa de católicos a Saramago Após ter enfrentado forte perseguição religiosa com o lançamento do livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" em 1991, o que culminou com a sua mudança de Portugal para a Espanha pouco depois o lançamento de Caim em Manuel Pinto e Clotilde Monteiro
  • 7. Cultura Língua e Comunicação 2009, mesmo em pleno século XXI, voltou a render-lhe mais perseguição religiosa. O poeta Manuel Alegre, sobre tais acontecimentos, declarou: "Isto é uma história portuguesa cheia de preconceitos e fantasmas. Em primeiro lugar é preciso ler o livro de José Saramago. Ele é um grande escritor, mas parece que não se perdoa a Saramago, ser um grande escritor da língua portuguesa, ser um Prémio Nobel e não ser um homem religioso". "Ele escreveu um livro, mas não vejo ninguém discutir o livro. Só vejo discutir as opiniões que com todo o direito ele expressou sobre a Bíblia". Conforme questiona Alegre, "As pessoas podem não estar de acordo com aquilo que ele diz, mas como é que se pode pôr em causa a seriedade de um homem que diz aquilo que pensa". Ele considera tais acontecimentos como "um preconceito" e "resquícios de dogmatismo". Manuel Pinto e Clotilde Monteiro