Regulamento do Concurso Um retrato da vida de Álvaro Cunhal
1. CONCURSO ESCOLAR DE ARTES PLÁSTICAS
UM RETRATO DA VIDA E OBRA
DE ÁLVARO CUNHAL
COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE
ÁLVARO CUNHAL
O OLHAR ARTÍSTICO DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS SOBRE
A VIDA E OBRA DE ÁLVARO CUNHAL
Destinatários: crianças da educação pré-escolar e alunos dos ensinos
básico, secundário e universitário
Inscrições: até 31 de janeiro de 2014
Consultar o REGULAMENTO DO CONCURSO:
http://www.slideshare.net/spzs/regulamento-concurso-spzs
ORGANIZAÇÃO
2. CONCURSO ESCOLAR: UM RETRATO DA VIDA E OBRA DE ÁLVARO CUNHAL
COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ÁLVARO CUNHAL
CONCURSO ESCOLAR
UM RETRATO DA VIDA E OBRA DE ÁLVARO CUNHAL
ANO LETIVO 2013/2014
REGULAMENTO
1.
APRESENTAÇÃO
No dia 10 de Novembro assinala-se a data de nascimento de Álvaro Cunhal. O Sindicato de
Professores da Zona Sul, distrito de Faro, membro da FENPROF (SPZS/FENPROF), no âmbito da
Comemoração do Centenário do Nascimento de Álvaro Cunhal, lança o concurso escolar “Um
retrato da vida e obra de Álvaro Cunhal”.
Considerando a relevância da vida e obra de Álvaro Cunhal na defesa dos direitos do povo
trabalhador português e enquanto artista e escritor, torna-se pertinente proporcionar às crianças e aos
jovens portugueses uma oportunidade de estudarem uma figura histórica, de desenvolverem, ou de
reforçarem, as suas competências enquanto futuros cidadãos ativos da sociedade e de estimularem a
sua criatividade através da expressão artística.
O concurso escolar “Um retrato da vida de Álvaro Cunhal” consiste na elaboração de
trabalhos de expressão artística que recriem a figura de Álvaro Cunhal e/ou um episódio da sua
história de vida ou ainda da sua obra artística.
Os trabalhos apresentados a concurso serão objeto de avaliação por um júri e de exposição.
Comemorar o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal é prestar homenagem a uma
personalidade que marcou a História Nacional. É prestar homenagem ao Homem que lutou
pela defesa intransigente dos direitos do povo trabalhador português. Assim, o
SPZS/FENPROF associa-se ao programa nacional de atividades comemorativas do centenário
do nascimento de Álvaro Cunhal, com a promoção de um concurso escolar dirigido às crianças
da educação pré-escolar e aos alunos dos ensinos básico, secundário e universitário.
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3. CONCURSO ESCOLAR: UM RETRATO DA VIDA E OBRA DE ÁLVARO CUNHAL
2.
OBJETIVO
Estimular o conhecimento da vida e obra de Álvaro Cunhal no ano em que se comemora o
centenário do seu nascimento e privilegiar a expressão artística enquanto veículo de comunicação de
ideias.
3.
PÚBLICO-ALVO
O concurso é dirigido às crianças da educação pré-escolar e aos alunos dos ensinos básico,
secundário e universitário.
4.
4.1.
NATUREZA DOS TRABALHOS
Áreas de trabalho. São aceites trabalhos originais no domínio da expressão artística:
desenho, cartaz, maquete, escultura, vídeo…
4.2.
Âmbito dos trabalhos. Os trabalhos a concurso deverão incidir sobre dois temas: um
retrato de Álvaro Cunhal, destinado às crianças da educação pré-escolar e aos alunos do 1º ciclo do
ensino básico e da educação especial e um acontecimento da vida ou obra de Álvaro Cunhal
(Prisão no Luso, 25 de março de 1949; Julgamento perante o tribunal fascista, 9 de maio de 1950;
Fuga da prisão-fortaleza de Peniche, 3 de janeiro de 1960; 25 de abril de 1974; Obra literária, Obra
plástica, entre outros) para os alunos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico, ensino secundário e ensino
universitário.
5.
5.1.
CONDIÇÕES DE CANDIDATURA
Candidatos. Considera-se como candidato, um grupo de até três alunos ou um aluno
individualmente, tendo um professor como responsável. O concurso é aberto às escolas da rede
pública e do ensino privado e cooperativo.
5.1.1. Cada aluno não poderá integrar mais do que um grupo mas pode apresentar um trabalho
individual;
5.1.2. Pode concorrer mais do que um grupo por turma ou por escola;
5.1.3. O mesmo professor poderá ser responsável por vários grupos ou trabalhos individuais.
5.2.
Categorias. Foram definidas as seguintes categorias de candidatos:
Educação Pré-Escolar
1º Ciclo do Ensino Básico
2º Ciclo do Ensino Básico
3º Ciclo do Ensino Básico
Ensino Secundário
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Educação Especial
Ensino Universitário
5.3.
Inscrições. São feitas em formulário próprio.
5.4.
Os trabalhos entregues deverão incluir de forma clara e inequívoca referências à identificação
da escola/agrupamento/universidade, ao nome do professor responsável, ao nome e ano de
escolaridade do(s) aluno(s) que participaram na execução de cada trabalho criativo original.
5.5.
Considera-se
que,
ao
concorrerem,
os
participantes
concedem
autorização
ao
SPZS/FENPROF para a utilização exclusiva dos seus produtos finais, nomeadamente para exposição
dos trabalhos e na sua itinerância, divulgar, publicar, editar e explorar os produtos, em qualquer
suporte, renunciando a toda e qualquer compensação financeira.
5.6.
Os trabalhos serão devolvidos aos concorrentes, reservando-se o direito ao SPZS de manter
em sua posse os que entender.
5.7.
Todas as dúvidas relacionadas com os processos de candidatura ou de envio dos trabalhos a
concurso podem ser esclarecidas através do envio de mail para o SPZS-Faro: faro@spzs.pt.
6.
6.1.
TEMAS E CATEGORIAS
Retrato de Álvaro Cunhal – Educação Pré-Escolar, 1º Ciclo do Ensino Básico, Educação
Especial (independentemente do ciclo de ensino a que pertence).
6.2.
Retrato de um acontecimento da vida ou obra de Álvaro Cunhal – 2º e 3º Ciclos do Ensino
Básico, Ensino Secundário e Ensino Universitário.
7.
ENTREGA OU ENVIO DOS TRABALHOS
Os trabalhos deverão ser entregues na delegação de Faro ou na subdelegação de Portimão do SPZS
OU enviados por correio para a delegação de Faro do SPZS faro@spzs.pt.
7.1.
Entrega dos trabalhos.
Faro: SPZS-Faro, Rua Miguel Bombarda, Ed. Varandas de Faro, Bloco E, r/c Dto, 8000-394 Faro
8.
8.1.
PRAZOS
Inscrições dos trabalhos: São feitas em formulário próprio e enviadas por correio eletrónico
para faro@spzs.pt, até ao dia 31 de janeiro de 2014.
8.2.
Entrega dos trabalhos: Os trabalhos deverão ser entregues ou enviados pelo correio (ver
ponto 6) até ao dia 21 de abril de 2014.
8.3.
Avaliação dos trabalhos pelo júri: 24 de abril de 2014.
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8.4.
Divulgação dos resultados: 25 de abril de 2014 no site do SPZS – http://www.spzs.pt/. Os
premiados serão contactados telefonicamente.
8.5.
Entrega de prémios e exposição dos trabalhos: a cerimónia de entrega dos prémios
decorrerá em Faro (local a anunciar) no dia 25 de abril de 2013. Os trabalhos apresentados a
concurso constituirão a exposição que será apresentada em várias localidades do Algarve.
9.
CRITÉRIOS DE APRECIAÇÃO
Constituem critérios de apreciação dos trabalhos apresentados a originalidade, a criatividade, o
domínio da técnica utilizada e a qualidade de apresentação.
10.
PRÉMIOS
Será atribuído um livro ao vencedor de cada categoria.
Todos os participantes receberão um diploma de participação.
O júri poderá atribuir menções honrosas, caso o decida.
Na sequência de apoios, o SPZS poderá atribuir diversos outros prémios.
11.
JÚRI
O júri de avaliação será composto pelas seguintes entidades:
Sindicato de Professores da Zona Sul – um elemento que presidirá;
FENPROF – um elemento;
Especialista na área de trabalho a concurso – um elemento a designar
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INSCRIÇÃO DO TRABALHO
(enviar para faro@spzs.pt)
1. ESCOLA/AGRUPAMENTO/UNIVERSIDADE
2. NOME DO PARTICIPANTE OU GRUPO DE PARTICIPANTES (ATÉ AO MÁXIMO DE
TRÊS E ELEMENTOS)
3. NOME E CONTACTO DO PROFESSOR RESPONSÁVEL (apenas para o ensino não
superior)
4. CATEGORIA (assinalar com X à frente da opção pretendida)
4.1. - Educação Pré-Escolar
4.2. - 1º Ciclo do Ensino Básico
4.3. - 2º Ciclo do Ensino Básico
4.4. - 3º Ciclo do Ensino Básico
4.5. - Ensino Secundário
4.6. - Educação Especial
4.7. - Ensino Universitário
5. EXPRESSÃO ARTÍSTICA (assinalar com X à frente da opção pretendida)
5.1. DESENHO
5.2. PINTURA
5.3. ESCULTURA
5.4. MAQUETE
5.5. VÍDEO
5.6. OUTRA
QUAL?
6. BREVE DESCRIÇÃO DO TRABALHO
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NOTAS BIOGRÁFICAS:
Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra (freguesia da Sé Nova) em 10 de Novembro de 1913. Passou parte
da sua infância em Seia. A família mudou-se entretanto para Lisboa, onde Álvaro Cunhal começou por
frequentar o Liceu Pedro Nunes e, mais tarde, o Liceu Camões.
Concluídos os estudos liceais, ingressou na Faculdade de Direito de Lisboa onde iniciou a sua
atividade revolucionária. Participou no movimento associativo estudantil, tendo sido eleito em 1934 como o
representante dos estudantes no Senado Universitário. Foi militante da Federação das Juventudes Comunistas
Portuguesas (FJCP) sendo eleito seu secretário-geral em 1935. Membro do Partido Comunista Português
desde 1931, a partir de 1935 passou a integrar o quadro de militantes clandestinos.
Preso em 1937 e em 1940 e submetido a torturas, voltou imediatamente à luta logo que libertado
depois de alguns meses de prisão.
Participou na reorganização do PCP de 1940/41 e foi membro do Secretariado de 1942 a 1949,
período durante o qual deu uma contribuição decisiva na atividade e definição da orientação e identidade do
Partido que faz do PCP um Partido profundamente enraizado na classe operária e nos trabalhadores, com forte
influência na intelectualidade e na juventude, grande partido nacional e dirigente da luta antifascista.
Preso de novo em 1949, passou toda a década de 50 nas prisões fascistas. Levado a julgamento, fez no
Tribunal fascista uma contundente acusação à ditadura fascista e a defesa da política do Partido. Condenado,
permaneceu 11 anos seguidos nas cadeias fascistas, dos quais cerca de 8 anos em completo isolamento.
Transferido da Penitenciária de Lisboa para a prisão-fortaleza de Peniche, evadiu-se em 3 de Janeiro de 1960
com um grupo de outros destacados militantes comunistas.
O período desde o início dos anos 60 até à Revolução de Abril de 1974 foi extraordinariamente
intenso. Integrou novamente o Secretariado do Comité Central, tendo sido eleito Secretário-geral do PCP em
Março de 1961. Deu uma contribuição decisiva na análise da situação nacional e na caracterização do regime
fascista, criando condições para a Revolução de Abril e influenciando o seu desenvolvimento.
Após o derrube da ditadura fascista em 25 de Abril de 1974, depois de quase quarenta anos de luta na
clandestinidade ou na prisão, pôde desenvolver a ação política nas condições de liberdade que a Revolução
proporcionou. Foi Ministro sem Pasta nos primeiros quatro Governos Provisórios e eleito deputado à
Assembleia Constituinte em 1975 e à Assembleia da República nas eleições realizadas entre 1975 e 1987. Foi
membro do Conselho de Estado de 1982 a 1992. A sua intervenção na fase do desenvolvimento do processo
revolucionário, e posteriormente na defesa das conquistas da revolução atingidas pelo processo
contrarrevolucionário, foi profundamente marcada pela avaliação e o estímulo ao papel da luta da classe
operária, dos trabalhadores, das massas populares.
Continuou a ter, até ao fim da sua vida, uma intervenção ativa na ação política, na atividade cultural e
artística, na afirmação confiante do projeto comunista.
Morreu aos 92 anos em 13 de Junho de 2005 e o seu funeral, no dia 15 de Junho, contou com a
participação de centenas de milhares de pessoas, o que constituiu uma extraordinária homenagem dos
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comunistas, dos democratas e patriotas, dos trabalhadores e do povo a quem Álvaro Cunhal dedicou a sua
vida.
Autor de vasta obra publicada, no plano político e ideológico, de que são exemplos trabalhos como
«As Lutas de Classes em Portugal nos Fins da Idade Média», «Contribuição para o Estudo da Questão
Agrária», «Rumo à Vitória», «A Revolução Portuguesa – O Passado e o Futuro», «O Partido com Paredes de
Vidro», «A Verdade e a Mentira na Revolução de Abril (A contra-revolução confessa-se)», «O Radicalismo
Pequeno-Burguês de Fachada Socialista», «Acção Revolucionária Capitulação e Aventura», «A Arte, o
Artista e a Sociedade», entre muitos outros, e centenas de informes/relatórios, de discursos, de colóquios,
entrevistas, debates, conferências, artigos em várias publicações; prefaciou e traduziu diversas obras, que
fazem de Álvaro Cunhal um intelectual que enriqueceu criativamente o pensamento político, económico,
social e cultural numa permanente relação dialéctica com a sua acção prática de organizador e dirigente
comunista.
Álvaro Cunhal foi também o homem, o comunista, o artista com um apaixonado interesse por todas as
esferas da vida, nomeadamente pela atividade de criação artística, quer no plano da literatura, nomeadamente
com o pseudónimo de «Manuel Tiago», com o romance e o conto («Até Amanhã, Camaradas»; «Cinco Dias;
Cinco Noites»; «A Estrela de Seis Pontas»; «A Casa de Eulália»; «Fronteiras»; «Um Risco na Areia»; «Os
Corrécios»; «Sala 3»; «Lutas e Vidas»; «Os Barrigas e os Magriços») e a tradução («Rei Lear» de
Shakespeare), quer no plano das artes plásticas, com o desenho e a pintura («Desenhos da Prisão»,
«Projectos»), quer ainda no plano da reflexão teórica sobre a estética e a criação cultural («A Arte, o Artista e
a Sociedade»).
http://alvarocunhal.pcp.pt/elementos-biogr%C3%A1ficos-de-%C3%A1lvaro-cunhal
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