SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 24
Vacina de DNA
Guilherme Sales
Marina Sousa
Raquel Nascimento
Rebeca Donadon
Yuri Raslan
Figura 1: Modelo da dupla-fita de DNA
O que é Vacina?
• Nome originário do latim
vaccinus, de vacca (vaca)
• Administração de uma versão
mais atenuada, em geral, de
agentes patogênicos ou de
subunidades vacinais, que são
responsáveis pela doença.
Introdução
Figura 2: Vacinação contra Rubéola
Tipos de Vacinas Tradicionais
• Vacinas Replicantes (vírus-atenuadas)
▫ Multiplicação em células especializadas;
▫ Imunização de Viroses: caxumba, sarampo, rubéola;
• Vacinas Não Replicantes (inativadas)
▫ Organismo não se replica
▫ Exemplo: Hepatite A e B , Cólera , Influenza;
• Combinadas
▫ Antígenos de diferentes organismos
▫ Dose Única
▫ Exemplo: Vacinas do E. COLI
Introdução
Ação das Vacinas Tradicionais
• Reação Primária
▫ Produção de anticorpos;
• Reação imunológica
pelas subunidades vacinais
▫ Proteínas
▫ Polissacarídeos
Introdução
Figura 3: Função dos Linfócitos
Gráfico 1: Concentração de anticorpos específicos no plasma
para o antígeno introduzido no corpo doe um indivíduo
Tempo em
dias
I
III: 1ª inoculação do antígeno
II: 2ª inoculação do antígeno
Resposta
imune
primária
Resposta imune
secundária
Vacinas de DNA
• Fragmento de DNA
▫ Codificador de proteína imunogênica ou imunomoduladora;
▫ Inserido em um vetor de expressão bacteriano;
▫ Ativação da memória imunológica
• Uma vez dentro da célula:
▫ Núcleo: genes  RNAm
▫ Citoplasma: RNAm  proteínas antigênicas
• Antígenos são anunciados ao sistema imunitário de
dois modos:
▫ Deixar a célula
▫ Quebrados e acoplados às proteínas de histocompatibilidade
(MHC)
Histórico
• Década de 1950/60
▫ Primeiras ideias de que genes poderiam atuar como vacina;
• Década de 1970/80
▫ Desenvolvimento da Terapia Gênica;
• Década de 1990
▫ 1993: Primeira demonstração;
▫ 1996: Estudos envolvendo linfomas de célula T, a gripe e Herpes.
Fabricação da Vacina de DNA
I. Isolar parasita, fungo, bactéria ou vírus causador da doença;
II. Retirar fração da molécula de DNA;
III. Esse pedaço de DNA é colocado no sangue da pessoa
geralmente através de plasmídios;
IV. Dentro do organismo, a molécula de DNA do parasita entra
nas células;
V. Combina-se com DNA e forma proteína;
VI. Proteína produz anticorpos contra o parasita;
DNA do causador da
doença
Plasmídio
Técnica do
DNA
recombinante
Plasmídio
recombinado
Fabricação das Vacinas de DNA
Plasmídio é
adicionado à célula
bacteriana
Fabricação das Vacinas de DNA
Replicação do
Plasmídio
Recombinado
Fabricação das Vacinas de DNA
Purificação
Pronto para uso
Figura 4: Vacina
Vacina de DNA X Vacinas Tradicionais
Vacina de DNA Vacinas Tradicionais
Usa apenas o DNA dos organismos
infecciosos
Utiliza forma inativa ou morta dos
organismos infecciosos
Diminui o risco de uso do real
organismo infeccioso
Apresenta o possível risco de
fatalidade
Promove tanto a imunização
humoral quanto a celular
Promove imunização humoral
Tabela 1: Principais diferenças entre a vacina de DNA e as vacinas tracionais
Adendo: Imunização humoral e celular
• Imunização humoral:
▫ Resposta imunológica ativa
 Anticorpos (sangue)
 Mediada por Linfócitos B
 Imunoglobulinas
Class
es
Tipos Descrição
IgA 2
Encontrado em áreas de mucosas, como os intestinos, trato respiratório e trato
urogenital, prevenindo sua colonização por patógenos.
IgD 1 Suas funções são menos definidas do que as dos outros isotipos.
IgE 1 Desencadeia a liberação de histaminas. Também protege contra vermes parasitas.
IgG 4
Em suas quatro formas, proporciona a principal imunidade baseada em anticorpos contra
os patógenos que invadem o corpo. É o único tipo que o bebê recebe da mãe.
IgM 1
Expressa na superfície das células B. Elimina patógenos nos estágios iniciais da
imunidade mediada pelas células B antes que haja IgG suficiente.
Tabela 2: Descrição das classes das imunoglobulinas
Adendo: Imunização humoral e celular
• Imunização celular
▫ Mediada por Linfócitos T
▫ Não envolve anticorpos
▫ Ativação de macrófagos
Figura 5: Esquema da fagocitose por um macrófago
Vantagens da Vacina de DNA
• O sucesso da imunização com DNA depende:
▫ Natureza dos antígenos;
▫ Forma do antígeno (solúvel ou associado);
▫ Freqüência e via de administração;
▫ Concentração de DNA administrada;
▫ Idade e saúde do hospedeiro;
▫ Espécie dos animais vacinados;
• Principal Vantagem:
▫ Imunização Celular: Produção de linfócitos T auxiliares (CD4+) e
T citotóxico (CD8+);
 Citocinas: Função reguladora na produção de anticorpos
Vantagens da Vacina de DNA
• Custo de produção em larga escala
▫ Consideravelmente menor
• São estáveis a temperatura ambiente e podem ser
liofizadas*
• Controle de qualidade mais eficiente;
• Não necessita de uma rede de refrigeração;
*Liofização ou criodessecação: desidratação para conservação. Há o congelamento e posterior retirada da
água por sublimação. Permanecem intactas as membranas. A redução da água inibe a ação dos microorganismos
e das enzimas.
Vantagens da Vacina de DNA
• Facilita transporte e distribuição
▫ Possibilita programas de imunização em regiões de difícil acesso;
• Não há imunização ao plasmídeo
▫ Um mesmo plamídeo para várias imunizações;
• Atende aos indivíduos imunocomprometidos
▫ Exemplo: A vacina comercial contra a tuberculose (BCG) é
contra-indicada;
• Crianças e idosos
▫ Sistema imunológico imaturo ou deficiente;
Desvantagens da Vacina de DNA
• Imunização Limitada
▫ Age apenas contra os componentes protéicos do organismo
patogênico;
• Possibilidade de Integração do DNA injetado ao
cromossomo humano ;
• Não substitui algumas vacinas tradicionais
▫ Exemplo: Anti-pneumocócica
• O material genético dos microorganismos é
pouco estável no núcleo da célula humana; Figura 6: Streptococcus
pneumoniae (gram-positiva)
Vias de Administração
• Inoculação direta do plasmídio pelas vias:
▫ Intramuscular*
▫ Subcutânea
▫ Oral
▫ Intradérmica*
▫ Intravenosa
▫ Intraorbital
▫ Via Mucosa
* Liberam o plasmídio no meio extracelular.
Figura 7: Terapia Gênica – Scientific American (1999)
Vias de Administração
• Gene Gun**
▫ John Sanford - Cornell University
 1987
▫ Cobertura de partículas de ouro ou tungstênio
com o DNA de interesse;
▫ Complexo partícula-DNA acelerado sob vácuo,
atingindo tecido alvo;
**As células recebem o DNA diretamente.
Figura 8: Gene Gun
Pesquisas Atuais
• A vacina de DNA mais estudada é a de plasmídio;
• Ainda não estão disponíveis para humanos;
• Uso da vacina de DNA contra HIV, Malária, Raiva,
Esclerose Múltipla;
• Duas vacinas de DNA foram recentemente licenciadas
para animais:
▫ Contra o vírus da Febre do Nilo do Ocidente, em equinos;
▫ Contra o vírus da necrose hematopoiética infecciosa em salmão;
• Tentativa de diminuir a indução da resposta imune
Referências Bibliográficas
• KANO, F. S.; VIDOTTO, O.; VIDOTTO, M. C. Vacina de DNA: aspectos
gerais e sua aplicação na medicina humana e veterinária. Semina:
Ciências Agrárias, Londrina, v. 28, n. 4, p. 709-726, Out/Dez. 2007
• CURTA, J.C.; SIMÃO, R. C. G.; SEGER, J. Vacina de DNA contra
doenças infecciosas. RBAC, v. 40, n.3, p. 187-191, Jul 2008.
Disponível em:
<http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_40_03/05.pdf>
Acesso em: 15 Nov 2009.
• SUPER. O que são alimentos liofilizados? Disponível em:
<http://super.abril.com.br/superarquivo/1989/conteudo_111788.s
html> Acesso em: 15 Nov 2009.
• GLICK, B. R.; PASTERNAK, J. J. Molecular Biotecnology: Principles
and aplications of recombinat DNA. 3 ed. Washington, DC:
American Society for Microbiology Press, 2003. 760p.
Referências Bibliográficas
• BRASIL ESCOLA. As vacinas de DNA. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/biologia/as-vacinas-de-
dna.html>Acesso em: 15 Nov 2009.
• SARAIVA. Vacinas genéticas. Disponível em:
<http://biosonialopes.editorasaraiva.com.br/navitacontent_/user
Files/File/SoniaLopes_Powerpoints/SoniaLopes_Textos_Atualiza_o/
vacinas_gen.pdf>Acesso em : 15 Nov 2009.
• REDEC. Vacinas de DNA. Disponível em:
<http://www.redetec.org.br/inventabrasil/dna.htm> Acesso em:
15 Nov 2009.
• LABORATÓRIO DE GENÉTICA CELULAR E MOLECULAR.Vacinas de
DNA carreadas por Salmonella. Disponível em:
<http://www.icb.ufmg.br/big/vacinas/Vacinas%20de%20DNA.htm>
Acesso em :15 Nov 2009.
Referências Bibliográficas
• DIÁRIO DA SAÚDE. Vacina de DNA poderá tratar doenças do sistema
imunológico. Disponível em:
<www.diáriodasaúde.com.br/news.article=vacina-dna/> Acesso
em: 13 Nov 2009.
• ABBAS, A.; LICHTMAN, A. H.; POBER, J. S. Cellular and molecular
immunology. W.B. SAUNDERS COMPANY, p. 553, 200
• BIER, O.:Bacteriologia e imunologia: Em suas aplicações à
medicina e à higiene. São Paulo: Melhoramentos, v.19, p. 1062,
1941
• MEDICINA AVANÇADA: DR. SHIRLEY CAMPOS. Vacina de DNA: uma
nova geração de imunobiológico. Disponível em:
<www.drashirleydecampos.com.br/notícias/16154> Acesso em: 13
Nov 2009.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFRicardo Portela
 
Resposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosResposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosGildo Crispim
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasEvandro Batista
 
Doenças causadas por fungos
Doenças causadas por fungosDoenças causadas por fungos
Doenças causadas por fungosRafael Serafim
 
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02Guilherme Wendel
 
Aula de microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
Aula de  microbiologia Prof. Gilberto de JesusAula de  microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
Aula de microbiologia Prof. Gilberto de JesusGilberto de Jesus
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaJaqueline Almeida
 
Doenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoáriosDoenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoáriosMarcos Santos
 

Was ist angesagt? (20)

Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas
 
Auto imunidade
Auto imunidadeAuto imunidade
Auto imunidade
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
 
Introdução à microbiologia
Introdução à microbiologiaIntrodução à microbiologia
Introdução à microbiologia
 
Resposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosResposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunos
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elas
 
Sistema Imunológico
Sistema ImunológicoSistema Imunológico
Sistema Imunológico
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Slide imuno
Slide imunoSlide imuno
Slide imuno
 
Vírus.
Vírus.Vírus.
Vírus.
 
Doenças causadas por fungos
Doenças causadas por fungosDoenças causadas por fungos
Doenças causadas por fungos
 
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
 
Apresentação bactérias
Apresentação bactériasApresentação bactérias
Apresentação bactérias
 
AULA 01 - MICROBIOLOGIA.pptx
AULA 01 - MICROBIOLOGIA.pptxAULA 01 - MICROBIOLOGIA.pptx
AULA 01 - MICROBIOLOGIA.pptx
 
Controle De Microorganismos
Controle De MicroorganismosControle De Microorganismos
Controle De Microorganismos
 
Imunidade Inata
Imunidade InataImunidade Inata
Imunidade Inata
 
Aula de microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
Aula de  microbiologia Prof. Gilberto de JesusAula de  microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
Aula de microbiologia Prof. Gilberto de Jesus
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia Básica
 
Doenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoáriosDoenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoários
 

Ähnlich wie Vacinas de DNA

Vacinas e programa alargado de vacinação slideshare
Vacinas e programa alargado de vacinação slideshareVacinas e programa alargado de vacinação slideshare
Vacinas e programa alargado de vacinação slideshareFalguni Homesh
 
Imunodeficiências emc
Imunodeficiências emcImunodeficiências emc
Imunodeficiências emcCláudia Sofia
 
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...Denise Selegato
 
Hepatites virais aula 04 junio
Hepatites virais aula 04 junioHepatites virais aula 04 junio
Hepatites virais aula 04 junioBeatrisMaria
 
VACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdfVACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdfDeboraLima101044
 
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialguestfced19
 
Características dos vírus e doenças causadas por vírus
Características dos vírus e doenças causadas por vírusCaracterísticas dos vírus e doenças causadas por vírus
Características dos vírus e doenças causadas por vírusMateusAlexandre21
 
Exercícios+de+vírus
Exercícios+de+vírusExercícios+de+vírus
Exercícios+de+víruscaetanofabio
 
Imunodeficiência Combinada Grave
Imunodeficiência Combinada GraveImunodeficiência Combinada Grave
Imunodeficiência Combinada GraveLara Lídia
 
vacina-e-imunoterapia (1).pptx
vacina-e-imunoterapia (1).pptxvacina-e-imunoterapia (1).pptx
vacina-e-imunoterapia (1).pptxnagelasouza1
 
Aula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptx
Aula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptxAula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptx
Aula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptxProfGuilhermeLopes
 

Ähnlich wie Vacinas de DNA (20)

Vacinas gênicas
Vacinas gênicasVacinas gênicas
Vacinas gênicas
 
Vacinas 2012
Vacinas 2012Vacinas 2012
Vacinas 2012
 
Vacinas
VacinasVacinas
Vacinas
 
3S_Terapias genicas
3S_Terapias genicas3S_Terapias genicas
3S_Terapias genicas
 
Vacinas e programa alargado de vacinação slideshare
Vacinas e programa alargado de vacinação slideshareVacinas e programa alargado de vacinação slideshare
Vacinas e programa alargado de vacinação slideshare
 
Vacinas de DNA
Vacinas de DNAVacinas de DNA
Vacinas de DNA
 
Vacinas
VacinasVacinas
Vacinas
 
Imunodeficiências emc
Imunodeficiências emcImunodeficiências emc
Imunodeficiências emc
 
Vírus.pptx
Vírus.pptxVírus.pptx
Vírus.pptx
 
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
 
Hepatites virais aula 04 junio
Hepatites virais aula 04 junioHepatites virais aula 04 junio
Hepatites virais aula 04 junio
 
VACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdfVACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdf
 
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficial
 
Características dos vírus e doenças causadas por vírus
Características dos vírus e doenças causadas por vírusCaracterísticas dos vírus e doenças causadas por vírus
Características dos vírus e doenças causadas por vírus
 
Aula virus (1)
Aula virus (1)Aula virus (1)
Aula virus (1)
 
Exercícios+de+vírus
Exercícios+de+vírusExercícios+de+vírus
Exercícios+de+vírus
 
Imunodeficiência Combinada Grave
Imunodeficiência Combinada GraveImunodeficiência Combinada Grave
Imunodeficiência Combinada Grave
 
Vacinas 2013
Vacinas 2013Vacinas 2013
Vacinas 2013
 
vacina-e-imunoterapia (1).pptx
vacina-e-imunoterapia (1).pptxvacina-e-imunoterapia (1).pptx
vacina-e-imunoterapia (1).pptx
 
Aula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptx
Aula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptxAula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptx
Aula 7 - imunologias das infecções parasitarias.pptx
 

Mehr von Marina Sousa

Resumo: Caso Clínico - ITU
Resumo: Caso Clínico - ITUResumo: Caso Clínico - ITU
Resumo: Caso Clínico - ITUMarina Sousa
 
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)Marina Sousa
 
Saúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A QuedaSaúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A QuedaMarina Sousa
 
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IVDiabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IVMarina Sousa
 
Ordem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraOrdem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraMarina Sousa
 
Melatonin in Humans
Melatonin in HumansMelatonin in Humans
Melatonin in HumansMarina Sousa
 
Olhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arteOlhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arteMarina Sousa
 
Caso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia MedianaCaso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia MedianaMarina Sousa
 
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...Marina Sousa
 
Microbiologia trabalho final
Microbiologia   trabalho finalMicrobiologia   trabalho final
Microbiologia trabalho finalMarina Sousa
 
Controle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do GlicogênioControle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do GlicogênioMarina Sousa
 

Mehr von Marina Sousa (18)

Aterosclerose
AteroscleroseAterosclerose
Aterosclerose
 
Resumo: Caso Clínico - ITU
Resumo: Caso Clínico - ITUResumo: Caso Clínico - ITU
Resumo: Caso Clínico - ITU
 
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
Supoerte Básico de Vida - Basic Life Suporte (BLS)
 
Saúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A QuedaSaúde do Idoso - A Queda
Saúde do Idoso - A Queda
 
Burnout
BurnoutBurnout
Burnout
 
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IVDiabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
Diabetes tipo I e a hipersensibilidade tipo IV
 
Ordem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraOrdem Siphonaptera
Ordem Siphonaptera
 
Trabalho final
Trabalho finalTrabalho final
Trabalho final
 
Melatonin in Humans
Melatonin in HumansMelatonin in Humans
Melatonin in Humans
 
Olhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arteOlhos, medicina e arte
Olhos, medicina e arte
 
Caso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia MedianaCaso clínico - Episiotomia Mediana
Caso clínico - Episiotomia Mediana
 
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRA...
 
Microbiologia trabalho final
Microbiologia   trabalho finalMicrobiologia   trabalho final
Microbiologia trabalho final
 
Polidactilia
PolidactiliaPolidactilia
Polidactilia
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
Gemelaridade
GemelaridadeGemelaridade
Gemelaridade
 
Gemelaridade
GemelaridadeGemelaridade
Gemelaridade
 
Controle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do GlicogênioControle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
Controle Alostérico da Fosforilação do Glicogênio
 

Vacinas de DNA

  • 1. Vacina de DNA Guilherme Sales Marina Sousa Raquel Nascimento Rebeca Donadon Yuri Raslan Figura 1: Modelo da dupla-fita de DNA
  • 2. O que é Vacina? • Nome originário do latim vaccinus, de vacca (vaca) • Administração de uma versão mais atenuada, em geral, de agentes patogênicos ou de subunidades vacinais, que são responsáveis pela doença. Introdução Figura 2: Vacinação contra Rubéola
  • 3. Tipos de Vacinas Tradicionais • Vacinas Replicantes (vírus-atenuadas) ▫ Multiplicação em células especializadas; ▫ Imunização de Viroses: caxumba, sarampo, rubéola; • Vacinas Não Replicantes (inativadas) ▫ Organismo não se replica ▫ Exemplo: Hepatite A e B , Cólera , Influenza; • Combinadas ▫ Antígenos de diferentes organismos ▫ Dose Única ▫ Exemplo: Vacinas do E. COLI Introdução
  • 4. Ação das Vacinas Tradicionais • Reação Primária ▫ Produção de anticorpos; • Reação imunológica pelas subunidades vacinais ▫ Proteínas ▫ Polissacarídeos Introdução Figura 3: Função dos Linfócitos Gráfico 1: Concentração de anticorpos específicos no plasma para o antígeno introduzido no corpo doe um indivíduo Tempo em dias I III: 1ª inoculação do antígeno II: 2ª inoculação do antígeno Resposta imune primária Resposta imune secundária
  • 5. Vacinas de DNA • Fragmento de DNA ▫ Codificador de proteína imunogênica ou imunomoduladora; ▫ Inserido em um vetor de expressão bacteriano; ▫ Ativação da memória imunológica • Uma vez dentro da célula: ▫ Núcleo: genes  RNAm ▫ Citoplasma: RNAm  proteínas antigênicas • Antígenos são anunciados ao sistema imunitário de dois modos: ▫ Deixar a célula ▫ Quebrados e acoplados às proteínas de histocompatibilidade (MHC)
  • 6. Histórico • Década de 1950/60 ▫ Primeiras ideias de que genes poderiam atuar como vacina; • Década de 1970/80 ▫ Desenvolvimento da Terapia Gênica; • Década de 1990 ▫ 1993: Primeira demonstração; ▫ 1996: Estudos envolvendo linfomas de célula T, a gripe e Herpes.
  • 7. Fabricação da Vacina de DNA I. Isolar parasita, fungo, bactéria ou vírus causador da doença; II. Retirar fração da molécula de DNA; III. Esse pedaço de DNA é colocado no sangue da pessoa geralmente através de plasmídios; IV. Dentro do organismo, a molécula de DNA do parasita entra nas células; V. Combina-se com DNA e forma proteína; VI. Proteína produz anticorpos contra o parasita;
  • 8. DNA do causador da doença Plasmídio Técnica do DNA recombinante Plasmídio recombinado Fabricação das Vacinas de DNA
  • 9. Plasmídio é adicionado à célula bacteriana
  • 10. Fabricação das Vacinas de DNA Replicação do Plasmídio Recombinado
  • 11. Fabricação das Vacinas de DNA Purificação Pronto para uso Figura 4: Vacina
  • 12. Vacina de DNA X Vacinas Tradicionais Vacina de DNA Vacinas Tradicionais Usa apenas o DNA dos organismos infecciosos Utiliza forma inativa ou morta dos organismos infecciosos Diminui o risco de uso do real organismo infeccioso Apresenta o possível risco de fatalidade Promove tanto a imunização humoral quanto a celular Promove imunização humoral Tabela 1: Principais diferenças entre a vacina de DNA e as vacinas tracionais
  • 13. Adendo: Imunização humoral e celular • Imunização humoral: ▫ Resposta imunológica ativa  Anticorpos (sangue)  Mediada por Linfócitos B  Imunoglobulinas Class es Tipos Descrição IgA 2 Encontrado em áreas de mucosas, como os intestinos, trato respiratório e trato urogenital, prevenindo sua colonização por patógenos. IgD 1 Suas funções são menos definidas do que as dos outros isotipos. IgE 1 Desencadeia a liberação de histaminas. Também protege contra vermes parasitas. IgG 4 Em suas quatro formas, proporciona a principal imunidade baseada em anticorpos contra os patógenos que invadem o corpo. É o único tipo que o bebê recebe da mãe. IgM 1 Expressa na superfície das células B. Elimina patógenos nos estágios iniciais da imunidade mediada pelas células B antes que haja IgG suficiente. Tabela 2: Descrição das classes das imunoglobulinas
  • 14. Adendo: Imunização humoral e celular • Imunização celular ▫ Mediada por Linfócitos T ▫ Não envolve anticorpos ▫ Ativação de macrófagos Figura 5: Esquema da fagocitose por um macrófago
  • 15. Vantagens da Vacina de DNA • O sucesso da imunização com DNA depende: ▫ Natureza dos antígenos; ▫ Forma do antígeno (solúvel ou associado); ▫ Freqüência e via de administração; ▫ Concentração de DNA administrada; ▫ Idade e saúde do hospedeiro; ▫ Espécie dos animais vacinados; • Principal Vantagem: ▫ Imunização Celular: Produção de linfócitos T auxiliares (CD4+) e T citotóxico (CD8+);  Citocinas: Função reguladora na produção de anticorpos
  • 16. Vantagens da Vacina de DNA • Custo de produção em larga escala ▫ Consideravelmente menor • São estáveis a temperatura ambiente e podem ser liofizadas* • Controle de qualidade mais eficiente; • Não necessita de uma rede de refrigeração; *Liofização ou criodessecação: desidratação para conservação. Há o congelamento e posterior retirada da água por sublimação. Permanecem intactas as membranas. A redução da água inibe a ação dos microorganismos e das enzimas.
  • 17. Vantagens da Vacina de DNA • Facilita transporte e distribuição ▫ Possibilita programas de imunização em regiões de difícil acesso; • Não há imunização ao plasmídeo ▫ Um mesmo plamídeo para várias imunizações; • Atende aos indivíduos imunocomprometidos ▫ Exemplo: A vacina comercial contra a tuberculose (BCG) é contra-indicada; • Crianças e idosos ▫ Sistema imunológico imaturo ou deficiente;
  • 18. Desvantagens da Vacina de DNA • Imunização Limitada ▫ Age apenas contra os componentes protéicos do organismo patogênico; • Possibilidade de Integração do DNA injetado ao cromossomo humano ; • Não substitui algumas vacinas tradicionais ▫ Exemplo: Anti-pneumocócica • O material genético dos microorganismos é pouco estável no núcleo da célula humana; Figura 6: Streptococcus pneumoniae (gram-positiva)
  • 19. Vias de Administração • Inoculação direta do plasmídio pelas vias: ▫ Intramuscular* ▫ Subcutânea ▫ Oral ▫ Intradérmica* ▫ Intravenosa ▫ Intraorbital ▫ Via Mucosa * Liberam o plasmídio no meio extracelular. Figura 7: Terapia Gênica – Scientific American (1999)
  • 20. Vias de Administração • Gene Gun** ▫ John Sanford - Cornell University  1987 ▫ Cobertura de partículas de ouro ou tungstênio com o DNA de interesse; ▫ Complexo partícula-DNA acelerado sob vácuo, atingindo tecido alvo; **As células recebem o DNA diretamente. Figura 8: Gene Gun
  • 21. Pesquisas Atuais • A vacina de DNA mais estudada é a de plasmídio; • Ainda não estão disponíveis para humanos; • Uso da vacina de DNA contra HIV, Malária, Raiva, Esclerose Múltipla; • Duas vacinas de DNA foram recentemente licenciadas para animais: ▫ Contra o vírus da Febre do Nilo do Ocidente, em equinos; ▫ Contra o vírus da necrose hematopoiética infecciosa em salmão; • Tentativa de diminuir a indução da resposta imune
  • 22. Referências Bibliográficas • KANO, F. S.; VIDOTTO, O.; VIDOTTO, M. C. Vacina de DNA: aspectos gerais e sua aplicação na medicina humana e veterinária. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 28, n. 4, p. 709-726, Out/Dez. 2007 • CURTA, J.C.; SIMÃO, R. C. G.; SEGER, J. Vacina de DNA contra doenças infecciosas. RBAC, v. 40, n.3, p. 187-191, Jul 2008. Disponível em: <http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_40_03/05.pdf> Acesso em: 15 Nov 2009. • SUPER. O que são alimentos liofilizados? Disponível em: <http://super.abril.com.br/superarquivo/1989/conteudo_111788.s html> Acesso em: 15 Nov 2009. • GLICK, B. R.; PASTERNAK, J. J. Molecular Biotecnology: Principles and aplications of recombinat DNA. 3 ed. Washington, DC: American Society for Microbiology Press, 2003. 760p.
  • 23. Referências Bibliográficas • BRASIL ESCOLA. As vacinas de DNA. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/as-vacinas-de- dna.html>Acesso em: 15 Nov 2009. • SARAIVA. Vacinas genéticas. Disponível em: <http://biosonialopes.editorasaraiva.com.br/navitacontent_/user Files/File/SoniaLopes_Powerpoints/SoniaLopes_Textos_Atualiza_o/ vacinas_gen.pdf>Acesso em : 15 Nov 2009. • REDEC. Vacinas de DNA. Disponível em: <http://www.redetec.org.br/inventabrasil/dna.htm> Acesso em: 15 Nov 2009. • LABORATÓRIO DE GENÉTICA CELULAR E MOLECULAR.Vacinas de DNA carreadas por Salmonella. Disponível em: <http://www.icb.ufmg.br/big/vacinas/Vacinas%20de%20DNA.htm> Acesso em :15 Nov 2009.
  • 24. Referências Bibliográficas • DIÁRIO DA SAÚDE. Vacina de DNA poderá tratar doenças do sistema imunológico. Disponível em: <www.diáriodasaúde.com.br/news.article=vacina-dna/> Acesso em: 13 Nov 2009. • ABBAS, A.; LICHTMAN, A. H.; POBER, J. S. Cellular and molecular immunology. W.B. SAUNDERS COMPANY, p. 553, 200 • BIER, O.:Bacteriologia e imunologia: Em suas aplicações à medicina e à higiene. São Paulo: Melhoramentos, v.19, p. 1062, 1941 • MEDICINA AVANÇADA: DR. SHIRLEY CAMPOS. Vacina de DNA: uma nova geração de imunobiológico. Disponível em: <www.drashirleydecampos.com.br/notícias/16154> Acesso em: 13 Nov 2009.