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Traduzido do original em Inglês
The Doctrine of Election
By A. W. Pink
A presente tradução consiste somente no Capítulo 10, Its Blessedness, da obra supracitada
Via: PBMinistries.org
(Providence Baptist Ministries)
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Dezembro de 2014
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão
do ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons Attribution-
NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
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A Bem-Aventurança da Eleição de Deus
Arthur Walkington Pink
[Capítulo 10 do livro The Doctrine of Election • Editado]
Em primeiro lugar, a doutrina da eleição magnifica o caráter de Deus. Ela exemplifica a Sua
graça. A eleição torna conhecido o fato de que a salvação é dom gratuito de Deus, gratuita-
mente concedido a quem Ele quer. Isso deve ser assim, pois aqueles que a recebem são
eles próprios não diferentes e nem melhores do que aqueles que não a recebem. A eleição
permite que alguns vão para o inferno, para mostrar que todos mereciam morrer. Mas a
graça vem como um arrastão e atrai de uma humanidade arruinada um pequeno rebanho,
para ser por toda a eternidade o monumento de soberana misericórdia de Deus. Ela exibe
Sua onipotência. A eleição torna conhecido o fato de que Deus é todo-poderoso, governan-
do e reinando sobre a terra, e declara que ninguém pode resistir com êxito à Sua vontade
ou frustrar Seus propósitos secretos. A eleição revela Deus quebrando a oposição do
coração humano, subjugando a inimizade da mente carnal, e com poder irresistível atraindo
os Seus escolhidos para Cristo. A eleição confessa que “nós O amamos porque Ele nos
amou primeiro”, e que nós cremos, porque Ele nos fez mui voluntários no dia do Seu poder
(Salmos 110:3).
A doutrina da eleição atribui toda a glória a Deus. Ela não permite qualquer crédito para a
criatura. Ela nega que o não-regenerado seja capaz de predizer um pensamento reto, gerar
uma afeição correta ou originar uma volição certa. Ela insiste que Deus deve operar em nós
tanto o querer como o efetuar. Ela declara que o arrependimento e a fé são eles próprios
dons de Deus, e não algo que o pecador contribui para o preço da sua salvação. Sua lingua-
gem é: “Não a nós, SENHOR, não a nós”, mas “Àquele que nos amou e nos lavou de nos-
sos pecados em seu próprio sangue”. Esses parágrafos foram escritos por nós há quase
um quarto de século, desde então, e até o dia de hoje nós nem os rescindimos nem os
modificamos.
O Senhor faz distinções entre os homens culpados de acordo com a soberania de Sua
graça. “Porque eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo
lhe tirarei. Mas da casa de Judá me compadecerei”. Judá não havia pecado também?
Não poderia o Senhor ter desistido de Judá? Na verdade, Ele poderia justamente tê-
lo feito, mas Ele se deleita na benignidade. Muitos pecaram, e justamente trouxeram
sobre si mesmos o castigo devido pelo pecado: eles não creem em Cristo, e morrem
em seus pecados. Mas Deus tem misericórdia, de acordo com a grandeza do Seu
coração, de muitos que não podem ser salvos em qualquer outro fundamento, senão
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desta misericórdia imerecida. Alegando Seu direito real, Ele diz: “Terei misericórdia
de quem eu tiver misericórdia”. A prerrogativa de misericórdia é exercida pela sobe-
rania de Deus, esta prerrogativa que Ele exerce, Ele concede a quem Ele quer, e Ele
tem o direito de fazê-lo, já que ninguém tem qualquer direito sobre Ele (C. H. Spur-
geon: “A Salvação é Propriedade do Senhor”, um Sermão em Oséias 1:7).
O que foi exposto acima torna suficientemente claro que não é coisa leve rejeitar esta parte
abençoada da verdade eterna; não, é uma questão mui solene e séria fazer isso. A Palavra
de Deus não nos é dada para selecionarmos e escolhermos, para destacarmos as partes
que apelampara nós, e desprezar tudo o que emsi não elogia a nossa razão e sentimentos.
Ela nos é dada como um todo, e por ela cada um de nós ainda será julgado. Rejeitar a
grande verdade que estamos aqui tratando é o cúmulo da impiedade, repudiar a eleição de
Deus é repudiar o Deus da eleição. É uma recusa a se curvar diante de Sua elevada
soberania. É o pregador corrupto opondo-se contra o santo Criador. É o orgulho presunçoso
que insiste em ser o determinante de seu próprio destino. É o espírito de Lúcifer, que disse:
“Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... Subirei sobre as
alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13-14).
Em segundo lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em que tudo é importante
no plano da salvação. Considere isto, primeiro, do lado Divino. A apresentação Escritu-
rística desta grande verdade é indispensável se os atos distintivosdo Deus Triuno em maté-
ria de salvação devem ser reconhecidos, honrados e confessados. A salvação não procede
de uma só Pessoa Divina, mas igualmente das três Pessoas Eternas. Jeová, então, orde-
nou as coisas de forma que cada Um na Divindade deve ser magnificado e glorificado
igualmente. O Pai é tão real e verdadeiramente o Salvador do Cristão como é o Senhor
Jesus, e assim também é o Espírito Santo, note como o Pai é expressamente designado
“Deus, nosso Salvador” em Tito 3:4, como distinto de “Jesus Cristo, nosso Salvador” no
versículo 5. Mas isso é ignorado e perdido de vista, se esta doutrina preciosa for omitida. A
predestinação pertence ao Pai, a propiciação ao Filho, a regeneração ao Espírito. O Pai
originou, o Filho efetuou nossa salvação, e pelo Espírito ela é consumada. Repudiar o pri-
meiro é retirar o próprio fundamento.
Considere isso, agora, do lado humano: a eleição está na própria base da esperança de
um pecador. Por natureza, todos são filhos da ira. Na prática, todos se desviaram. O mundo
inteiro tornou-se culpado diante de Deus, todos estão expostos à ira, e se deixados a si
mesmos estariam envolvidos em uma ruína comum. Eles são “barro da mesma massa”, e
continuando sob a mão formadora da natureza seriam todos “vasos para desonra” (Roma-
nos 9:21). Quemquer que seja salvo, é pela graça de Deus (Romanos 11:4-7). JesusCristo,
o redentor dos pecadores, Ele mesmo é o Eleito, como descrito pelo profeta (Isaías 42:1).
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E todos os que alguma vez serão salvos, são eleitos nEle, dados a Ele pelo Pai, escolhidos
nEle antes da fundação do mundo. Foi para realizar a salvação que Deus entregou o Seu
Filho unigênito, e que Jesus Cristo assumiu a nossa natureza e deu Sua vida em resgate.
É para chamar os eleitos que as Escrituras são dadas, que os ministros são enviados, que
o Evangelho é pregado, e que o Espírito Santo está aqui. É para realizar a eleição que os
homens são ensinados por Deus, atraídos pelo Pai, regenerados pelo Espírito Santo, feitos
participantes da fé preciosa, dotados com o espírito de adoção, de oração e de santidade.
É em consequência de sua eleição que os homens são feitos obedientes ao Evangelho,
são santificados pelo Espírito, e tornam-se santos e irrepreensíveis diante de Deus. Se não
houvesse eleição Divina, não haveria salvação Divina. E isso não é uma afirmação mera-
mente arbitrária de nossa parte: “E como antes disse Isaías: Se o Senhor dos Exércitos nos
não deixara descendência, Teríamos nos tornado como Sodoma, e teríamos sido feitos
como Gomorra” (Romanos 9:29). Pecadores perdidos não podem se salvar. Deus não tinha
nenhuma obrigação de salvá-los. Se Ele Se agradou em salvar, Ele salva a quem quer.
A eleição não apenas está no fundamento da esperança de um pecador, mas também
acompanha cada passo do progresso do Cristão para o Céu. Traz-lhe as boas novas de
salvação. Ela abre seu coração para receber o Salvador. Ela é vista em cada ato de fé, em
cada dever sagrado, e em cada oração eficaz. Ela o chama. Ela o vivifica em Cristo. Ela
adorna a sua alma. Ela o coroa com justiça, vida e glória. Ela contém em si a garantia preci-
osa que “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”
(Filipenses 1:6). Não havia nada neles que levou Deus a escolhê-los como Seu povo; e Ele
então lida com eles, para não permitir que qualquer coisa neles ou a partir deles leve-os a
reverter essa escolha. Como Romanos 8:30 então definitivamente indica, a predestinação
envolve glorificação e, portanto, garante o suprimento de todas as necessidades dos esco-
lhidos entre os dois.
Em terceiro lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em seus elementos essen-
ciais. Destacaremos três ou quatro dos principais dentre estes. Em primeiro lugar, a honra
superlativa de ser escolhido por Deus. Em todas as escolhas que a pessoa faz, coloca um
valor sobre o escolhido. Pois, ser selecionado por um rei a um ofício, ou ser chamado para
algum emprego pelo Estado, será algo que dará dignidade para um homem. Assim ocorre
nos assuntos espirituais. Foi um elogio especial sobre Tito que ele havia sido “escolhido
das igrejas” (2 Coríntios 8:19). Mas que o grande Deus, o potentado bendito e único, esco-
lha essas criaturas miseráveis, desprezíveis, inúteis e vis como nós somos, excede todo o
entendimento. Pondere em 1 Coríntios 1:26-29, e veja como isso está ali colocado. Como
a escolha de Deus deve nos maravilhar. Como ela deve nos humilhar. Observe como essa
ênfase honrosa é colocada sobre o Senhor Jesus: “Eis o meu servo, a quem escolhi”
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(Mateus 12:18); assim sobre Seus membros também: “por causa dos eleitos que escolheu”
(Marcos 13:20).
Mais uma vez; a consequente excelência disso. Eles são os eleitos: os que Deus escolheu,
e isso não lhes confere necessariamente uma excelência elevada, valiosa, honrosa? Os
escolhidos de Deus, devem ser excelentes; é o ato de Deus que os torna assim. Observe
a ordem em 1 Pedro 2:6: “pedra angular, eleita e preciosa”, preciosa porque eleita. Pegue
o mais eminente dos santos de Deus, e qual é o seu maior título e honra? Este: “Por amor
de Davi, meu servo, a quem escolhi” (1 Reis 11:34). “Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a
quem escolhera” (Salmos 105:26). Paulo “este é para mim um vaso escolhido” (Atos 9:15).
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro
2:9), ou seja, eleitos. Essa expressão é retirada de “sereis a minha propriedade peculiar
dentre todos os povos” (Êxodo 19:5). Isso implica o que é precioso a Deus: “Visto que foste
precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei” (Isaías 43:4).
Mais uma vez, observe a plenitude desse alto privilégio. “Bem-aventurado aquele a quem
tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios” (Salmos 65:4); sim, ele é
“abençoado para sempre” (Salmos 21:6), ou como o Hebraico o apresenta: “separado para
bênçãos”, isto é, separado ou nomeado para nenhuma outra coisa, senão para bênçãos.
Como o Novo Testamento expressa: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
como também nos elegeu nele” (Efésios 1:3-4). Eleição, então, é a fonte do tesouro de toda
bem-aventurança. Os eleitos são escolhidos para uma maior aproximação e união a Deus
que é possível para as criaturas, para a maior comunhão com Ele próprio. Considere tam-
bém o tempo em que Ele nos escolheu, Paulo o datou: “o princípio” (2 Tessalonicenses
2:13). Deus nos amou desde que Ele era Deus, e enquanto Ele for Deus, Ele continuará a
nos amar. Deus é desde a eternidade e Ele continua sendo Deus pela eternidade (Salmos
90:2), e Seu amor por nós é muitíssimo antigo: “Com amor eterno te amei” [Jeremias 31:3].
E o Seu amor é como Ele mesmo: sem causa, imutável, infinito.
A bem-aventurança da eleição aparece novamente na comparativa raridade dos eleitos. A
escassez de homens desfrutando algum privilégio o magnifica, como no caso da preser-
vação de Noé e sua família: “a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram” (1
Pedro 3:20). Que contraste foi isso, em relação a todo o mundo “dos ímpios”, pois todos
pereceram! O mesmo fato e contraste foram enfatizados por Cristo em Lucas 12: “Porque
as nações do mundo buscam todas essas coisas” (v. 30), ou seja, as coisas temporais e
carnais, e Deus concede as tais para eles. Mas, em oposição a isso, o Senhor diz: “Não
temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (v. 32). Seu pro-
pósito era mostrar a mais grandiosa misericórdia de Deus, visto que tão poucos são reser-
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vados aos favores espirituais e eternos, enquanto todos os outros têm apenas coisas
materiais e temporais como a sua porção.
Como esse fato solene deve afetar os nossos corações. Volte seus olhos, caro leitor, sobre
o mundo de hoje, e olha para ele, o que você contemplará? Você não é compelido a dizer
sobre a atual geração, em todas as nações semelhantemente, que Deus as deixou a cami-
nhar “em seus próprios caminhos?”. Não devemos concluir tristemente sobre os homens e
mulheres desta época que “todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19)? O número escas-
so dos que são de Deus, são, na verdade poucos semeados, um pequeno punhado colhido
em comparação com toda a grande safra da humanidade. E que não seja esquecido que o
que aparece agora diante de nossos olhos, é apenas a realização daquilo que foi preor-
denado na eternidade. Não há um Deus frustrado e derrotado no trono do universo. Ele tem
o Seu caminho “na tormenta e na tempestade” (Naum 1:3).
E mais uma vez nós dizemos o quão profundamente esse contraste surpreendente deve
afetar nossos corações. “Pois alguns serem escolhidos e salvos, quando uma multidão,
sim, a generalidade dos outros devem padecer a perecer, como isso aumenta a misericór-
dia e a graça da salvação para nós; pois Deus, em Sua providência ordenou muitos meios
exteriores para resgatar alguns, os quais Ele nega aos outros, que perecem. Como isso
deve afetar as pessoas que são preservadas? Quanto mais quando essa é “uma tão grande
salvação” (Thomas Goodwin). Isso aparece a partir do que eram tipos e meras sombras
disso nos tempos do Antigo Testamento, como no caso de somente a única e pequena
família de Noé sendo poupada do dilúvio universal. Assim, também, pelo exemplo de Ló,
retirado de Sodoma pela mão dos anjos. E por quê? “Sendo-lhe o Senhor misericordioso”,
diz Gênesis 19:16. Observe que profundo senso e valorização que Ló teve sobre o mesmo:
“Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e engrandeceste a tua
misericórdia que a mim me fizeste, para guardar a minha alma em vida” (Gênesis 19:19).
Porém, há mais isso a ser considerado: a nossa libertação de uma condição de semelhante
miséria e ira, como a que pertence ao não-eleito, que não está mencionada nos casos
acima. Noé era “homem justo e perfeito em suas gerações” (Gênesis 6:9), e Ló era “justo”
e “enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis” (2 Pedro 2:7-8). Eles não eram
culpados daqueles pecados terríveis pelos quais Deus enviou aos seus semelhantes a
inundações e incêndios. Mas quando nós somos ordenados para a salvação, estamos
diante de Deus em uma condição de semelhante corrupção e culpa como toda a humani-
dade. Foi apenas o decreto soberano de um Deus soberano que determinou o nosso ser
trazido para fora de um estado de pecado e ira, para um estado de graça e justiça. Quão
estupenda, então, foi a misericórdia de Deus para conosco, em fazer esta diferença (1
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Coríntios 4:7) entre aqueles em quem não havia “nenhuma diferença” (Romanos 3:22)! Oh!
que amor, que obediência de todo o coração, que louvor são devidos a Ele.
Em quarto lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em que uma verdadeira apre-
ensão da mesma é um grande promotor da santidade. De acordo com o propósito Divino,
os eleitos são destinados a uma santa vocação (2 Timóteo 1:9). Na realização desse propó-
sito, eles são real e efetivamente trazidos à santidade. Deus os separa de um mundo ímpio.
Ele escreve no coração deles a Sua Lei e afixa neles o Seu selo. Eles são feitos partici-
pantes da natureza Divina, sendo renovados à imagem dAquele que os criou. Eles são uma
habitação de Deus, seus corpos se tornam o templo do Espírito Santo, e eles são condu-
zidos por Ele. Uma mudança gloriosa é, portanto, neles operada, transformando seu caráter
e conduta. Eles lavam as suas vestiduras e as branqueiam no sangue do Cordeiro. Para
eles, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. Esquecendo-se das coisas que atrás
ficam, eles prosseguem para as coisas que estão diante. Eles são reis e sacerdotes para
Deus e, ainda serão adornados com coroas de glória.
Há aqueles que, em sua ignorância, dizem que a doutrina da eleição é uma doutrina licenci-
osa, que a crença nela é avaliada como algo que leva a produzir descuido e uma sensação
de segurança enquanto se vive em pecado. Essa acusação é uma reflexão blasfema sobre
o seu autor Divino. Esta verdade, como nós mostramos longamente, ocupa um lugar de
destaque na Palavra de Deus, e esta Palavra é santa, e toda ela útil para a instrução na
justiça (2 Timóteo 3:16). Todos e cada um dos apóstolos criam e ensinavam essa doutrina,
e eles foram os promotores de piedade e não incentivadores da vida relaxada. É verdade
que esta doutrina, como todas as outras Escrituras, pode ser pervertida por homens ímpios
e colocada em mau uso, mas até agora, enquanto militando contra a verdade, isso apenas
serve para demonstrar a temível extensão da depravação humana. Nós também admitimos
que homens não-regenerados podem intelectualmente defender essa doutrina e, em então,
firmarem-se emuma inércia fatal. Mas nósenfaticamente negamos que uma recepção dela,
de coração, produzirá qualquer efeito tal como este.
Que fé, obediência, santidade são as consequências inseparáveis e frutos da eleição é ine-
quivocamente claro a partir das Escrituras (Atos 13:48; Efésios 1:4; 1 Tessalonicenses 1:4-
7, Tito 1:1), e temsido totalmente estabelecido por nós nos capítulosanteriores. Como pode
ser de outra forma? A eleição sempre envolve regeneração e santificação, e quando uma
alma regenerada e santificada descobre que ela deve a sua renovação espiritual unicamen-
te à soberana predestinação de Deus, o que ela pode ser, senão verdadeiramente agrade-
cida e profundamente grata? E de que outra maneira ela pode expressar sua gratidão, do
que em um santo caminhar de obediência frutífera? Uma apreensão do amor eterno de
Deus por ela necessariamente despertará nela um amor sensível a Deus, e onde quer que
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este exista, haverá um esforço sincero para agradá-lO em todas as coisas. O fato é que um
sentido espiritual da distintiva graça de Deus é o mais poderoso motivo de constrangimento
para a piedade genuína.
Se entrássemos em detalhes sobre os principais elementos da santidade neste capítulo,
isso seria prorrogado por tempo indeterminado. Uma devida atenção ao fato de que não
havia nada em nós que moveu Deus a fixar Seu coração sobre nós, e que Ele nos previu
como criaturas arruinadas e merecedores do inferno, humilhará as nossas almas como
nada mais o fará. A compreensão espiritual que todos os nossos interesses estão inteira-
mente à disposição de Deus, operará em nós uma submissão à Sua vontade soberana
como nada mais pode. O fato de percebemos que Deus colocou Seu coração sobre nós
desde a eternidade, nos escolhendo para ser Seu tesouro peculiar, operará em nós um
desprezo pelo mundo. O conhecimento de que outros Cristãos são os eleitos e amados de
Deus evocará amor e bondade por eles. A garantia de que o propósito eterno de Deus é
imutável e assegura o suprimento de todas as nossas necessidades comunicará consolo
sólido em cada tribulação.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação,PropiciaçãoeDeclaração —C.H.Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS
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Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
 Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
 Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
 Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
 Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Pink
 Oração — Thomas Watson
 Pacto da Graça, O — Mike Renihan
 Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
 Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
 Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
 Plenitude do Mediador, A — John Gill
 Porção do Ímpios, A — J. Edwards
 Pregação Chocante — Paul Washer
 Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
 Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
 Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
 Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
 Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
 Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
 Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
 Sangue, O — C. H. Spurgeon
 Semper Idem — Thomas Adams
 Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
 Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
 Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
 Sobre aNossa Conversão a Deuse Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
 Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Owen
 Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
 Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
 Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
 Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
 Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1
2
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
4
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
6
Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10
Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos;
11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal.
12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.
13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos.
14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco.
15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus.
16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia.
17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.

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  • 2.
  • 3. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Traduzido do original em Inglês The Doctrine of Election By A. W. Pink A presente tradução consiste somente no Capítulo 10, Its Blessedness, da obra supracitada Via: PBMinistries.org (Providence Baptist Ministries) Tradução por Camila Almeida Revisão e Capa por William Teixeira 1ª Edição: Dezembro de 2014 Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão do ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons Attribution- NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
  • 4. Issuu.com/oEstandarteDeCristo A Bem-Aventurança da Eleição de Deus Arthur Walkington Pink [Capítulo 10 do livro The Doctrine of Election • Editado] Em primeiro lugar, a doutrina da eleição magnifica o caráter de Deus. Ela exemplifica a Sua graça. A eleição torna conhecido o fato de que a salvação é dom gratuito de Deus, gratuita- mente concedido a quem Ele quer. Isso deve ser assim, pois aqueles que a recebem são eles próprios não diferentes e nem melhores do que aqueles que não a recebem. A eleição permite que alguns vão para o inferno, para mostrar que todos mereciam morrer. Mas a graça vem como um arrastão e atrai de uma humanidade arruinada um pequeno rebanho, para ser por toda a eternidade o monumento de soberana misericórdia de Deus. Ela exibe Sua onipotência. A eleição torna conhecido o fato de que Deus é todo-poderoso, governan- do e reinando sobre a terra, e declara que ninguém pode resistir com êxito à Sua vontade ou frustrar Seus propósitos secretos. A eleição revela Deus quebrando a oposição do coração humano, subjugando a inimizade da mente carnal, e com poder irresistível atraindo os Seus escolhidos para Cristo. A eleição confessa que “nós O amamos porque Ele nos amou primeiro”, e que nós cremos, porque Ele nos fez mui voluntários no dia do Seu poder (Salmos 110:3). A doutrina da eleição atribui toda a glória a Deus. Ela não permite qualquer crédito para a criatura. Ela nega que o não-regenerado seja capaz de predizer um pensamento reto, gerar uma afeição correta ou originar uma volição certa. Ela insiste que Deus deve operar em nós tanto o querer como o efetuar. Ela declara que o arrependimento e a fé são eles próprios dons de Deus, e não algo que o pecador contribui para o preço da sua salvação. Sua lingua- gem é: “Não a nós, SENHOR, não a nós”, mas “Àquele que nos amou e nos lavou de nos- sos pecados em seu próprio sangue”. Esses parágrafos foram escritos por nós há quase um quarto de século, desde então, e até o dia de hoje nós nem os rescindimos nem os modificamos. O Senhor faz distinções entre os homens culpados de acordo com a soberania de Sua graça. “Porque eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei. Mas da casa de Judá me compadecerei”. Judá não havia pecado também? Não poderia o Senhor ter desistido de Judá? Na verdade, Ele poderia justamente tê- lo feito, mas Ele se deleita na benignidade. Muitos pecaram, e justamente trouxeram sobre si mesmos o castigo devido pelo pecado: eles não creem em Cristo, e morrem em seus pecados. Mas Deus tem misericórdia, de acordo com a grandeza do Seu coração, de muitos que não podem ser salvos em qualquer outro fundamento, senão
  • 5. Issuu.com/oEstandarteDeCristo desta misericórdia imerecida. Alegando Seu direito real, Ele diz: “Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”. A prerrogativa de misericórdia é exercida pela sobe- rania de Deus, esta prerrogativa que Ele exerce, Ele concede a quem Ele quer, e Ele tem o direito de fazê-lo, já que ninguém tem qualquer direito sobre Ele (C. H. Spur- geon: “A Salvação é Propriedade do Senhor”, um Sermão em Oséias 1:7). O que foi exposto acima torna suficientemente claro que não é coisa leve rejeitar esta parte abençoada da verdade eterna; não, é uma questão mui solene e séria fazer isso. A Palavra de Deus não nos é dada para selecionarmos e escolhermos, para destacarmos as partes que apelampara nós, e desprezar tudo o que emsi não elogia a nossa razão e sentimentos. Ela nos é dada como um todo, e por ela cada um de nós ainda será julgado. Rejeitar a grande verdade que estamos aqui tratando é o cúmulo da impiedade, repudiar a eleição de Deus é repudiar o Deus da eleição. É uma recusa a se curvar diante de Sua elevada soberania. É o pregador corrupto opondo-se contra o santo Criador. É o orgulho presunçoso que insiste em ser o determinante de seu próprio destino. É o espírito de Lúcifer, que disse: “Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13-14). Em segundo lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em que tudo é importante no plano da salvação. Considere isto, primeiro, do lado Divino. A apresentação Escritu- rística desta grande verdade é indispensável se os atos distintivosdo Deus Triuno em maté- ria de salvação devem ser reconhecidos, honrados e confessados. A salvação não procede de uma só Pessoa Divina, mas igualmente das três Pessoas Eternas. Jeová, então, orde- nou as coisas de forma que cada Um na Divindade deve ser magnificado e glorificado igualmente. O Pai é tão real e verdadeiramente o Salvador do Cristão como é o Senhor Jesus, e assim também é o Espírito Santo, note como o Pai é expressamente designado “Deus, nosso Salvador” em Tito 3:4, como distinto de “Jesus Cristo, nosso Salvador” no versículo 5. Mas isso é ignorado e perdido de vista, se esta doutrina preciosa for omitida. A predestinação pertence ao Pai, a propiciação ao Filho, a regeneração ao Espírito. O Pai originou, o Filho efetuou nossa salvação, e pelo Espírito ela é consumada. Repudiar o pri- meiro é retirar o próprio fundamento. Considere isso, agora, do lado humano: a eleição está na própria base da esperança de um pecador. Por natureza, todos são filhos da ira. Na prática, todos se desviaram. O mundo inteiro tornou-se culpado diante de Deus, todos estão expostos à ira, e se deixados a si mesmos estariam envolvidos em uma ruína comum. Eles são “barro da mesma massa”, e continuando sob a mão formadora da natureza seriam todos “vasos para desonra” (Roma- nos 9:21). Quemquer que seja salvo, é pela graça de Deus (Romanos 11:4-7). JesusCristo, o redentor dos pecadores, Ele mesmo é o Eleito, como descrito pelo profeta (Isaías 42:1).
  • 6. Issuu.com/oEstandarteDeCristo E todos os que alguma vez serão salvos, são eleitos nEle, dados a Ele pelo Pai, escolhidos nEle antes da fundação do mundo. Foi para realizar a salvação que Deus entregou o Seu Filho unigênito, e que Jesus Cristo assumiu a nossa natureza e deu Sua vida em resgate. É para chamar os eleitos que as Escrituras são dadas, que os ministros são enviados, que o Evangelho é pregado, e que o Espírito Santo está aqui. É para realizar a eleição que os homens são ensinados por Deus, atraídos pelo Pai, regenerados pelo Espírito Santo, feitos participantes da fé preciosa, dotados com o espírito de adoção, de oração e de santidade. É em consequência de sua eleição que os homens são feitos obedientes ao Evangelho, são santificados pelo Espírito, e tornam-se santos e irrepreensíveis diante de Deus. Se não houvesse eleição Divina, não haveria salvação Divina. E isso não é uma afirmação mera- mente arbitrária de nossa parte: “E como antes disse Isaías: Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, Teríamos nos tornado como Sodoma, e teríamos sido feitos como Gomorra” (Romanos 9:29). Pecadores perdidos não podem se salvar. Deus não tinha nenhuma obrigação de salvá-los. Se Ele Se agradou em salvar, Ele salva a quem quer. A eleição não apenas está no fundamento da esperança de um pecador, mas também acompanha cada passo do progresso do Cristão para o Céu. Traz-lhe as boas novas de salvação. Ela abre seu coração para receber o Salvador. Ela é vista em cada ato de fé, em cada dever sagrado, e em cada oração eficaz. Ela o chama. Ela o vivifica em Cristo. Ela adorna a sua alma. Ela o coroa com justiça, vida e glória. Ela contém em si a garantia preci- osa que “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1:6). Não havia nada neles que levou Deus a escolhê-los como Seu povo; e Ele então lida com eles, para não permitir que qualquer coisa neles ou a partir deles leve-os a reverter essa escolha. Como Romanos 8:30 então definitivamente indica, a predestinação envolve glorificação e, portanto, garante o suprimento de todas as necessidades dos esco- lhidos entre os dois. Em terceiro lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em seus elementos essen- ciais. Destacaremos três ou quatro dos principais dentre estes. Em primeiro lugar, a honra superlativa de ser escolhido por Deus. Em todas as escolhas que a pessoa faz, coloca um valor sobre o escolhido. Pois, ser selecionado por um rei a um ofício, ou ser chamado para algum emprego pelo Estado, será algo que dará dignidade para um homem. Assim ocorre nos assuntos espirituais. Foi um elogio especial sobre Tito que ele havia sido “escolhido das igrejas” (2 Coríntios 8:19). Mas que o grande Deus, o potentado bendito e único, esco- lha essas criaturas miseráveis, desprezíveis, inúteis e vis como nós somos, excede todo o entendimento. Pondere em 1 Coríntios 1:26-29, e veja como isso está ali colocado. Como a escolha de Deus deve nos maravilhar. Como ela deve nos humilhar. Observe como essa ênfase honrosa é colocada sobre o Senhor Jesus: “Eis o meu servo, a quem escolhi”
  • 7. Issuu.com/oEstandarteDeCristo (Mateus 12:18); assim sobre Seus membros também: “por causa dos eleitos que escolheu” (Marcos 13:20). Mais uma vez; a consequente excelência disso. Eles são os eleitos: os que Deus escolheu, e isso não lhes confere necessariamente uma excelência elevada, valiosa, honrosa? Os escolhidos de Deus, devem ser excelentes; é o ato de Deus que os torna assim. Observe a ordem em 1 Pedro 2:6: “pedra angular, eleita e preciosa”, preciosa porque eleita. Pegue o mais eminente dos santos de Deus, e qual é o seu maior título e honra? Este: “Por amor de Davi, meu servo, a quem escolhi” (1 Reis 11:34). “Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera” (Salmos 105:26). Paulo “este é para mim um vaso escolhido” (Atos 9:15). “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2:9), ou seja, eleitos. Essa expressão é retirada de “sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos” (Êxodo 19:5). Isso implica o que é precioso a Deus: “Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei” (Isaías 43:4). Mais uma vez, observe a plenitude desse alto privilégio. “Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios” (Salmos 65:4); sim, ele é “abençoado para sempre” (Salmos 21:6), ou como o Hebraico o apresenta: “separado para bênçãos”, isto é, separado ou nomeado para nenhuma outra coisa, senão para bênçãos. Como o Novo Testamento expressa: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nele” (Efésios 1:3-4). Eleição, então, é a fonte do tesouro de toda bem-aventurança. Os eleitos são escolhidos para uma maior aproximação e união a Deus que é possível para as criaturas, para a maior comunhão com Ele próprio. Considere tam- bém o tempo em que Ele nos escolheu, Paulo o datou: “o princípio” (2 Tessalonicenses 2:13). Deus nos amou desde que Ele era Deus, e enquanto Ele for Deus, Ele continuará a nos amar. Deus é desde a eternidade e Ele continua sendo Deus pela eternidade (Salmos 90:2), e Seu amor por nós é muitíssimo antigo: “Com amor eterno te amei” [Jeremias 31:3]. E o Seu amor é como Ele mesmo: sem causa, imutável, infinito. A bem-aventurança da eleição aparece novamente na comparativa raridade dos eleitos. A escassez de homens desfrutando algum privilégio o magnifica, como no caso da preser- vação de Noé e sua família: “a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram” (1 Pedro 3:20). Que contraste foi isso, em relação a todo o mundo “dos ímpios”, pois todos pereceram! O mesmo fato e contraste foram enfatizados por Cristo em Lucas 12: “Porque as nações do mundo buscam todas essas coisas” (v. 30), ou seja, as coisas temporais e carnais, e Deus concede as tais para eles. Mas, em oposição a isso, o Senhor diz: “Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (v. 32). Seu pro- pósito era mostrar a mais grandiosa misericórdia de Deus, visto que tão poucos são reser-
  • 8. Issuu.com/oEstandarteDeCristo vados aos favores espirituais e eternos, enquanto todos os outros têm apenas coisas materiais e temporais como a sua porção. Como esse fato solene deve afetar os nossos corações. Volte seus olhos, caro leitor, sobre o mundo de hoje, e olha para ele, o que você contemplará? Você não é compelido a dizer sobre a atual geração, em todas as nações semelhantemente, que Deus as deixou a cami- nhar “em seus próprios caminhos?”. Não devemos concluir tristemente sobre os homens e mulheres desta época que “todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19)? O número escas- so dos que são de Deus, são, na verdade poucos semeados, um pequeno punhado colhido em comparação com toda a grande safra da humanidade. E que não seja esquecido que o que aparece agora diante de nossos olhos, é apenas a realização daquilo que foi preor- denado na eternidade. Não há um Deus frustrado e derrotado no trono do universo. Ele tem o Seu caminho “na tormenta e na tempestade” (Naum 1:3). E mais uma vez nós dizemos o quão profundamente esse contraste surpreendente deve afetar nossos corações. “Pois alguns serem escolhidos e salvos, quando uma multidão, sim, a generalidade dos outros devem padecer a perecer, como isso aumenta a misericór- dia e a graça da salvação para nós; pois Deus, em Sua providência ordenou muitos meios exteriores para resgatar alguns, os quais Ele nega aos outros, que perecem. Como isso deve afetar as pessoas que são preservadas? Quanto mais quando essa é “uma tão grande salvação” (Thomas Goodwin). Isso aparece a partir do que eram tipos e meras sombras disso nos tempos do Antigo Testamento, como no caso de somente a única e pequena família de Noé sendo poupada do dilúvio universal. Assim, também, pelo exemplo de Ló, retirado de Sodoma pela mão dos anjos. E por quê? “Sendo-lhe o Senhor misericordioso”, diz Gênesis 19:16. Observe que profundo senso e valorização que Ló teve sobre o mesmo: “Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e engrandeceste a tua misericórdia que a mim me fizeste, para guardar a minha alma em vida” (Gênesis 19:19). Porém, há mais isso a ser considerado: a nossa libertação de uma condição de semelhante miséria e ira, como a que pertence ao não-eleito, que não está mencionada nos casos acima. Noé era “homem justo e perfeito em suas gerações” (Gênesis 6:9), e Ló era “justo” e “enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis” (2 Pedro 2:7-8). Eles não eram culpados daqueles pecados terríveis pelos quais Deus enviou aos seus semelhantes a inundações e incêndios. Mas quando nós somos ordenados para a salvação, estamos diante de Deus em uma condição de semelhante corrupção e culpa como toda a humani- dade. Foi apenas o decreto soberano de um Deus soberano que determinou o nosso ser trazido para fora de um estado de pecado e ira, para um estado de graça e justiça. Quão estupenda, então, foi a misericórdia de Deus para conosco, em fazer esta diferença (1
  • 9. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Coríntios 4:7) entre aqueles em quem não havia “nenhuma diferença” (Romanos 3:22)! Oh! que amor, que obediência de todo o coração, que louvor são devidos a Ele. Em quarto lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em que uma verdadeira apre- ensão da mesma é um grande promotor da santidade. De acordo com o propósito Divino, os eleitos são destinados a uma santa vocação (2 Timóteo 1:9). Na realização desse propó- sito, eles são real e efetivamente trazidos à santidade. Deus os separa de um mundo ímpio. Ele escreve no coração deles a Sua Lei e afixa neles o Seu selo. Eles são feitos partici- pantes da natureza Divina, sendo renovados à imagem dAquele que os criou. Eles são uma habitação de Deus, seus corpos se tornam o templo do Espírito Santo, e eles são condu- zidos por Ele. Uma mudança gloriosa é, portanto, neles operada, transformando seu caráter e conduta. Eles lavam as suas vestiduras e as branqueiam no sangue do Cordeiro. Para eles, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. Esquecendo-se das coisas que atrás ficam, eles prosseguem para as coisas que estão diante. Eles são reis e sacerdotes para Deus e, ainda serão adornados com coroas de glória. Há aqueles que, em sua ignorância, dizem que a doutrina da eleição é uma doutrina licenci- osa, que a crença nela é avaliada como algo que leva a produzir descuido e uma sensação de segurança enquanto se vive em pecado. Essa acusação é uma reflexão blasfema sobre o seu autor Divino. Esta verdade, como nós mostramos longamente, ocupa um lugar de destaque na Palavra de Deus, e esta Palavra é santa, e toda ela útil para a instrução na justiça (2 Timóteo 3:16). Todos e cada um dos apóstolos criam e ensinavam essa doutrina, e eles foram os promotores de piedade e não incentivadores da vida relaxada. É verdade que esta doutrina, como todas as outras Escrituras, pode ser pervertida por homens ímpios e colocada em mau uso, mas até agora, enquanto militando contra a verdade, isso apenas serve para demonstrar a temível extensão da depravação humana. Nós também admitimos que homens não-regenerados podem intelectualmente defender essa doutrina e, em então, firmarem-se emuma inércia fatal. Mas nósenfaticamente negamos que uma recepção dela, de coração, produzirá qualquer efeito tal como este. Que fé, obediência, santidade são as consequências inseparáveis e frutos da eleição é ine- quivocamente claro a partir das Escrituras (Atos 13:48; Efésios 1:4; 1 Tessalonicenses 1:4- 7, Tito 1:1), e temsido totalmente estabelecido por nós nos capítulosanteriores. Como pode ser de outra forma? A eleição sempre envolve regeneração e santificação, e quando uma alma regenerada e santificada descobre que ela deve a sua renovação espiritual unicamen- te à soberana predestinação de Deus, o que ela pode ser, senão verdadeiramente agrade- cida e profundamente grata? E de que outra maneira ela pode expressar sua gratidão, do que em um santo caminhar de obediência frutífera? Uma apreensão do amor eterno de Deus por ela necessariamente despertará nela um amor sensível a Deus, e onde quer que
  • 10. Issuu.com/oEstandarteDeCristo este exista, haverá um esforço sincero para agradá-lO em todas as coisas. O fato é que um sentido espiritual da distintiva graça de Deus é o mais poderoso motivo de constrangimento para a piedade genuína. Se entrássemos em detalhes sobre os principais elementos da santidade neste capítulo, isso seria prorrogado por tempo indeterminado. Uma devida atenção ao fato de que não havia nada em nós que moveu Deus a fixar Seu coração sobre nós, e que Ele nos previu como criaturas arruinadas e merecedores do inferno, humilhará as nossas almas como nada mais o fará. A compreensão espiritual que todos os nossos interesses estão inteira- mente à disposição de Deus, operará em nós uma submissão à Sua vontade soberana como nada mais pode. O fato de percebemos que Deus colocou Seu coração sobre nós desde a eternidade, nos escolhendo para ser Seu tesouro peculiar, operará em nós um desprezo pelo mundo. O conhecimento de que outros Cristãos são os eleitos e amados de Deus evocará amor e bondade por eles. A garantia de que o propósito eterno de Deus é imutável e assegura o suprimento de todas as nossas necessidades comunicará consolo sólido em cada tribulação. Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria!
  • 11.                                      10 Sermões — R. M. M’Cheyne Adoração — A. W. Pink Agonia de Cristo — J. Edwards Batismo, O — John Gill Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista — William R. Downing Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram — Peter Masters Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição — A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida pelos Arminianos — J. Owen Confissão de Fé Batista de 1689 Conversão — John Gill Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne Eleição Particular — C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — J. Owen Evangelismo Moderno — A. W. Pink Excelência de Cristo, A — J. Edwards Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Spurgeon Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Jeremiah Burroughs Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A — A. W. Pink Jesus! – C. H. Spurgeon Justificação,PropiciaçãoeDeclaração —C.H.Spurgeon Livre Graça, A — C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com. — Issuu.com/oEstandarteDeCristo Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —  Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel  Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston  Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. Spurgeon  Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink  Oração — Thomas Watson  Pacto da Graça, O — Mike Renihan  Paixão de Cristo, A — Thomas Adams  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards  Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — Thomas Boston  Plenitude do Mediador, A — John Gill  Porção do Ímpios, A — J. Edwards  Pregação Chocante — Paul Washer  Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon  Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon  Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne  Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon  Sangue, O — C. H. Spurgeon  Semper Idem — Thomas Adams  Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock  Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon  Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards  Sobre aNossa Conversão a Deuse Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink  Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan  Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone
  • 12. Issuu.com/oEstandarteDeCristo 2 Coríntios 4 1 2 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 3 4 entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.